Jornal das 6 nº3

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jornal das

Agrupamento de Escolas de Esgueira maio de 2014— nº 3


Página 1 Equipa: Educadora Sara Carvalho, Professora Celeste Vieira, Professora Isabel Branco, Luísa Rodrigues (5ªF), Martim Tavares (5º F). “O Jornal das 6” está feliz! Foram tantos os contributos para este número, que não foi possível incluir tudo. Assim, irá sair outro número em meados de junho. Continuem a participar. OBRIGADA

INDICE Editorial

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Dia do Agrupamento

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Dia do Pai

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Páscoa

Pag 15

Abril– 40 anos

Pag 18

Dia da Mãe

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Aconteceu (vários)

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Departamentos

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Editorial

O 3º período veio com a Primavera. Esta transporta consigo a ideia de renovação. E renovação, tal como a Primavera, transporta-nos para um novo ciclo. Na natureza, os novos ciclos só aparentemente se repetem! Não há uma Primavera igual à anterior: as flores do nosso jardim nem sempre são as mesmas e quando o são, há sempre mudança, na cor, na quantidade, no dia do mês em que se abrem para nós … É assim na vida, é assim na Escola... Também o 3º período letivo só aparentemente constitui um ciclo igual ao anterior. Este ano, com a Primavera, veio mais uma novidade: o MEC decidiu fundir a EB Aires Barbosa e a ES Jaime Magalhães Lima numa única Escola que passou a chamar-se Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima. Esta novidade constitui mais um desafio para nós. Uns dirão que é um ciclo que se encerra, outros que é mais um ciclo que começa. Será o fecho de um ciclo, o início de outro .... mas é sobretudo a vida a nossa, a da Escola – a prosseguir, mesmo quando a nostalgia amolece o novo caminho, qual dia cinzento em tempo de Primavera. É assim que encaro a agregação das duas escolas, como mais um desafio com que nos deparamos, um novo ciclo que se inicia. Desejo esta Escola, agora Escola Básica e Secundária, uma realidade que não apague a memória daquelas que lhe deram origem, mas que não fique presa à nostalgia inspirada por essa memória. Desejo que se reinvente, que se renove, que se reconstrua a partir das pedras sólidas da suas fundações. Por isso, o Conselho Geral, decidiu atribuir o nome de Aires Barbosa à Biblioteca, ao pavilhão gimnodesportivo e ao edifício da ex EB Aires Barbosa e ainda instituir um prémio com o nome deste humanista que a comunidade educativa escolheu para patrono daquela que foi a Escola Básica Aires Barbosa. Convido todos – alunos, professores, pais e encarregados de educação, assistentes operacionais – a dar mais um passo para a construção deste novo edifício. Helena Libório, Diretora do Agrupamento de Escolas de Esgueira

Serviços de Psicologia e Orientação Pag 36

Bibliotecas

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Parcerias e Projetos

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Somos o Presente

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O Mundo depois da Escola

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Fazemos História

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Dia do Agrupamento—24 de abril O Dia do Agrupamento foi mais um pequeno passo na construção da nossa identidade. Crianças da educação pré-escolar e alunos do 1º ciclo do ensino básico foram acompanhados por alunos mais velhos em múltiplas atividades. Várias gerações de alunos em aprendizagem. Estivemos todos juntos a dar passos firmes no caminho que queremos construir. Um caminho que passa por respostas de qualidade para todas as crianças e jovens do nosso Agrupamento. Helena Libório, Diretora

Tea Party

Workshop de Reciclagem

Laboratórios

Tea Party

Espanhol

Desporto

Biblioteca

Desporto


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Workshop de sabonetes

Jogos Matemáticos

Plantação de árvores

Matemáticos

Teatro

Oficina de Música

Workshop de embrulhos (turma de Comércio)

Exposição—Rosa dos Ventos


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Depoimentos de antigos alunos

Concerto Desporto

Educação Moral e Religiosa Católica

Eletricidade e Eletrotecnia

Alemão

Educação Moral e Religiosa Católica

Laboratórios de Biologia e Geologia

Laboratórios de Física e de Química


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Docentes Aposentados Serviços Administrativos

Serviços Administrativos

Francês

Oficina de Educação Tecnológica

Tea Party


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Jogos matemáticos

Magia

Desporto

Uma Guia (Rafaela) e um elemento da Imprensa (Luísa)

Espanhol


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Jogos

Sarau

Laboratório de Biologia

Oficina de Música


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Dança no Polivalente

Sarau—depoimento de antigo alunoCarlos Rosário

Matemática


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Exposição de instrumentos musicais

Exposição de depoimentos de antigos alunos e professores O 25 de abril

Salas de Informática

Desporto

Os melhores alunos de 2012/2013 Jogos Matemáticos


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Dia do Agrupamento—24 de abril

Sessão fotográfica com os melhores alunos—aqui está o Luís

Alguns dos melhores alunos de

Público no Pavilhão

Laboratório de Biologia

2012/2013

Drª Ângela – Junta de Freguesia de Esgueira, Drª Helena Libório – Diretora do Agrupamento de Escolas de Esgueira, Drª Cristina Oliveira – Delegada Regional de Educação do Centro, Dr Rogério – Câmara Municipal de Aveiro


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Dia do Agrupamento—24 de abril No dia 24 de abril deslocámo-nos às escolas “grandes” para festejar o dia do agrupamento. Fizemos muitas coisas engraçadas: jogos matemáticos, expressão plástica, visita a exposições, espetáculo de magia… Que dia bonito! Alunos do 1.º G (Quinta do Simão)

Dia do Agrupamento: No dia 24 de Abril, as crianças do JI da Alumieira, foram visitar a Escola Sede, onde estudam crianças e jovens, como os irmãos, primos e vizinhos das nossas crianças. A turma C, aderiu facilmente às atividades propostas, participando com muito agrado nos ateliês de instrumentos musicais, jogos tradicionais e espetáculo de magia. Na avaliação pós atividade, as crianças manifestaram contudo, ter gostado mais do espetáculo de magia, seguido dos jogos tradicionais. Para além, das atividades, o que mais impressionou positivamente as crianças deste grupo, foi o tamanho da “escola grande”, nomeadamente o número de salas, mas também a afabilidade e delicadeza dos alunos “mais velhos” para com eles. As famílias demonstraram ter ficado satisfeitas com esta “cerimónia” especialmente dedicada a todos os alunos e em especial aos seus filhos. Foi sem dúvida uma experiência extraordinária para todas as crianças, nomeadamente para as das escolas visitantes. Parabéns a quem organizou, com tanta eficiência, pois foi muito bem conseguido. JI da Alumieira


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Dia do Agrupamento—24 de abril Fomos às escolas grandes e gostámos muito.- Vários Tivemos um guia e foi uma boa ajuda , porque nos ajudou a descobrir onde estavam os livros (na Biblioteca); Onde fizemos as experiências (laboratório); e como faziam magia (numa sala muito pequenina).

-Vimos como ficavam os pulmões. Quando nós inspiramos os pulmões enchem de ar.- Afonso -Se inspirarmos ar puro, os pulmões ficam cheios de ar puro.- Afonso -Se inspirarmos o cheio do fumo do tabaco os nossos pulmões ficam cheios de ar mau. Gabriel -Não devemos fumar nem estar ao pé das pessoas que estão a fumar.- Vários

Laboratório das ciências

-Também vimos as células do sangue. Afonso

-Que é onde se fazem as experiências. Nós também temos mas é pequenino! - Gostei de ver os ovos, 1 de galinha, 1 de pato e um de avestruz. Aprendemos que os ovos não são todos iguais. O de avestruz era o maior e o de galinha o mais pequeno. – Afonso e Simão -Os animais vivos: lagostins, 1 enguia, minhocas, peixes, dois coelhos, não era 1 a chichila e 1 coelho. Afonso e Pedro -A chichila tem o rabo comprido e as orelhas pequeninas e era preta. O coelho tinha as orelhas grandes e o rabo pequenino e era acinzentado.- Gustavo, Afonso e Gabriel

Espetáculo de Magia -Gostamos da revista a beber água. Simão -Do menino a fazer desaparecer o copo de plástico.- Vários -Do espetáculo de desatar o nó- Leandro

Dança -O Simão a Angélica e a Sara dançaram.- Gustavo

-Também tinha animais mortos.- Pedro -O rato, para descobrir como é que ele era.- Afonso -Gostei de ver os pulmões, para mostrar aos meninos que não devem fumar!- Pedro -O pulmão fica cinzento e doente.- Vários -Quando nós formos grandes nós não vamos fumar porque nos vimos no microscópio ! Vários

Patinagem -O Fábio aprendeu a patinar.- Vários

JI de Esgueira, Sala B


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Dia do Pai—19 de março O meu PAI gosta de mim, porque…

... brinca comigo, com os brinquedos, pega-me ao colo, dá -me beijinhos e abraços e pega-me às cavalitas. ... pega-me às cavalitas, dança comigo quando vou a uma festa e dá-me muitos beijinhos. Gosta de brincar comigo. ... dá-me beijinhos e abraços, e eu gosto...são docinhos. ... brinca comigo e com a mana ao faz de conta. Joga à bola connosco. ... porque dá-me beijinhos, faz-me cócegas, põe-me às cavalitas. ... porque me dá um abraço, mas só conversa com a mãe. ... quando ele sai da sua loja dá-me um beijinho quando entra em casa e eu também dou um beijinho a ele e a mamã também. ... anda comigo às cavalitas, dá-me beijinhos e xi-corações. ... eu pinto com o meu pai com pincéis e rolinhos, e brinco com o pai. O pai gosta muito de mim.

No Jardim de Infância da Quinta do Simão, as crianças têm vivido estes três últimos meses com grande entusiasmo e motivação, empenhando-se nas diversas atividades. Chegou a primavera e depois de tanta chuva, é bom voltar a ver o sol para retemperar forças e quando toca a trabalhar não se poupam a esforços para concretizar as atividades planeadas. Em março foi o dia do pai.

... leva-me à escola e brinca comigo e deixa-me jogar no meu tablet à noite e de manhã. ... o meu papá joga jogos comigo. ... pega-me às cavalitas, dá-me beijinhos e xi-corações e compra-me muitos livros de histórias para crianças e tapame quando eu vou dormir. ... conta-me histórias e eu gosto. ... ele pega-me ao colo e também me faz festinhas e dá beijinhos. ... o meu pai brinca comigo e às vezes leva-me aos escuteiros, anda comigo de bicicleta, joga à bola comigo e com o meu mano e gosta de conversar comigo. ... “leva” ao colo e às cavalitas, vê televisão comigo e brinca aos legos. O pai gosta muito, muito de mim e dá-me beijinhos. Continua na Página Seguinte

JI da Quinta do Simão


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Dia do Pai—19 de março Tempo para os afetos Para darmos continuidade ao «tempo dos afetos» festejámos o dia do Pai no dia 19 de março. O pai da Matilde veio à escola ler a história dos “101 Dálmatas” e trouxe surpresas: guloseimas e um desenho para colorir. Elaborámos um jogo e um cartão para oferecer aos nossos pais. Lemos poemas, histórias e cantámos canções. JI de Esgueira, sala A

Continuação ... é meu amigo. Dá-me beijinhos e tem saudades de mim, quando está longe. ... ele brinca comigo, pega-me às cavalitas e ao colo, ensina-me coisas e compra-me coisas. ... é meu amigo. Arranja-me brinquedos novos, conversa comigo, pega-me ao colo, dá-me beijinhos antes de eu vir para a escola.. ... às vezes vem buscar-me à escola e conta-me histórias antes de ir dormir. ... conta-me histórias. Já me contou a história do Peter Pan, o menino voador. ... o meu pai tira as compras do carrinho e arruma no carro e depois gira o carrinho comigo lá dentro e eu gosto de andar à volta. Depois arruma o carrinho e tira a moeda. ... ele à noite vai tapar-me com o cobertor. Ele dá-me também um beijinho, e eu faço desenhos e eu dou ao pai e ele cola-os no quarto da minha mana. ... nos passeios o pai e mãe pegam-me nas mãos e eu salto.

JI Alumieira


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Páscoa

PÁSCOA: Festa da ESPERANÇA e do AMOR Símbolos da Páscoa: Ninguém pode viver sem festas. Elas ajudam-nos a lembrar, a recordar um acontecimento feliz da família, do povo, da nação ou mesmo do mundo inteiro. Por isso, as festas são celebrações alegres e todos gostamos delas. A festa da Páscoa acontecia originariamente no inicio da primavera para celebrar a alegria do renascer da natureza, tempo em que plantas florescem e os animais aparecem trazendo a abundância. Com a saída dos hebreus do Egipto, no tempo de Moisés, esta festa converteu-se em memorial de libertação, alegria pela liberdade adquirida e a esperança da vinda do Messias. Os judeus continuam, atualmente, a celebrar esta sua grande festa. Com a morte e ressurreição gloriosa de Jesus a Páscoa ganha uma nova dimensão. Cristo Morto e Ressuscitado é a garantia da vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio, da graça sobre o pecado, da verdade sobre a mentira. Para os cristãos, a Páscoa é a festa das festas, a sole-

CRUZ-Simboliza a vitória de Jesus sobre a morte, a salvação e a ressurreição. Uma das tradições mais antigas e belas da Páscoa é a Visita Pascal em que a Cruz de Jesus visita todas as famílias cristãs e anuncia a alegria da Sua Ressurreição. SINOS-São eles que anunciam, nas igrejas católicas a ressurreição de Cristo no domingo de Páscoa. CORDEIRO-Significa para os cristãos que Jesus é o Cordeiro que foi sacrificado para libertar a humanidade do pecado e da morte eterna. CÍRIO PASCAL-Vela que é acesa na Vigília Pascal e significa que Jesus é a Luz do mundo. Tem desenhadas as letras gregas “alfa” e “ómega” significando que Jesus é o princípio e o fim de tudo.

nidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria. Nela recordam a morte de Jesus, fonte de salvação para todos e proclamam a Sua ressurreição. Reúnem-se no Banquete oferecido a todos, a Eucaristia e antecipam a última Páscoa, passagem da morte à vida eterna que acontecerá a todos. Recordam que fazem parte de um novo povo aberto a todos - a Igreja, celebrando o grande Amor que Deus tem pela Humanidade. Assim, a Páscoa é a festa da Esperança e do Amor, onde acolhendo a graça da Ressurreição de Cristo e deixando-se renovar pela misericórdia de Deus, é possível deixar que a força do seu amor transforme a nossa vida, tornando-nos instrumentos da sua misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra e fazer florir a justiça, o amor e a paz.

OVOS DE PÁSCOA-Simbolizam o começo de uma vida nova, são um costume típico de muitos países. Quer sejam ovos de galinha pintados, tradicionais sobretudo na Polónia e na Ucrânia, quer ovos de chocolate envoltos em papel decorativo brilhante, recheados de amêndoas e enfeitados com bonitas fitas, segundo os costumes mais ocidentais, o que é certo é que os ovos fazem parte do nosso imaginário pascal.

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Páscoa COELHO DA PÁSCOA: Simboliza a fertilidade e a esperança de vida nova. Esta tradição nasceu na Alemanha, há muitos séculos, pelo que se dizia às crianças que os coelhos levavam os ovos e os escondiam nas ervas. Na manhã do dia de Páscoa as crianças tinham de procurar os ovos escondidos pelos coelhinhos.

AMÊNDOAS-Pela sua configuração, supõe-se que as amêndoas simbolizem a consagração do ovo, constituindo um dos mais populares e específicos presentes alimentares cerimoniais da doçaria da quadra pascal. FOLAR-É uma tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costuma levar no Domingo de Ramos um ramo de flores à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

EMRC-Teresa Ribeiro

No dia 2 de abril, pusemos em prática a receita de “Folares de Páscoa” que nos foi aconselhada pelo Sr. Miguel, padeiro na padaria da localidade. O Sr. Miguel orientou todos os trabalhos. Fomos colocando os ingredientes numa taça, enquanto o Sr. Miguel ia amassando . Alguns meninos rasparam limão e juntámos à massa. O Sr. Miguel amassou tudo muito bem e deu-nos explicações sobre a levedura e a cozedura. Gostámos muito desta atividade porque aprendemos mas, especialmente, porque vamos ter oportunidade de comer os folares. Vamos ter o prazer de saborear os folares, durante o lanche convívio, a realizar no último dia de aulas do 2º periodo.

Os alunos do 4º ano D de Alumieira


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Páscoa Vivenciámos a Páscoa e uma das atividades que fizemos, foi um coelho da Páscoa, com uma cenoura às costas, na qual cada criança guardou amêndoas para partilhar com a família. Outra, foi aprender a fazer folares. O Sr. Miguel, o padeiro de Mataduços, veio ensinar a fazer folares a todas as turmas do estabelecimento da Alumieira. Foi muito simpático e interessante. Fixe, fixe, foi o lanche. Os folares ficaram muito cheirosos e saborosos! Muito Obrigado, sr. Miguel, pela sua partilha e disponibilidade. JI de Alumieira

No dia quatro de abril recebemos na nossa escola a visita do Coelho da Páscoa! Este coelhinho ofereceu-nos ovinhos da Páscoa e que docinhos que eram! Fizemos o jogo da caça aos ovos, e foi giro andar à procura deles como se fossemos piratas à procura do tesouro. No final do dia celebrámos os aniversários e comemos um delicioso bolo de chocolate feito por nós. 1.º e 4.º G (Quinta do Simão)


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O fermento dos ideais republicanos, em Aveiro, entrou na população de algum modo como o sal… formando uma psicologia coletiva, em qualidades e defeitos que a distinguem de outras povoações… Eduardo Cerqueira (adaptado)

Oposição Democrática em Aveiro

Abril, 40 anos de democracia O Estado Novo em Portugal, conhecido por muitos como o Salazarismo, acabou devido a um conjunto de fatores. O povo, que na sua maioria era analfabeto, que vivia em casas muitíssimo degradadas, mal iluminadas, trabalhava sem condições e não possuía qualquer tipo de proteção social, começou a organizar protestos públicos. Em Portugal, grassavam os mendigos, os pé - descalços e o trabalho infantil. Os estudantes, que sentiam a opressão e a falta de liberdade expressão impostas por Salazar, organizaram revoltas e manifestações. Os militares, que em África, Angola, Guiné e Moçambique, colónias portuguesas, combatiam numa guerra devastadora que parecia não ter fim, e lhes estava a retirar direitos profissionais, formaram o Movimento das Forças Armadas (MFA), que preparou a revolução do 25 de Abril Os civis, descontentes com toda a situação uniram-se e constituíram movimentos de oposição política. Ora, é neste contexto que surge Aveiro e a designação de A Cidade dos Congressos, mencionada muitas vezes com orgulho pelos aveirenses. O percurso desta terra na luta a favor dos ideais da liberdade vem desde 1820, com as lutas liberais e culmina com a ação de um grupo de democratas que organizaram três grandes reuniões oposicionistas ao Estado Novo: o I Congresso Republicano, em 1957, sob a iniciativa do Dr. Mário Sacramento. As intervenções incidiram, na sua maioria, sobre a restauração das liberdades democráticas;

o II Congresso Republicano, em 1969, igualmente da iniciativa do Dr. Mário Sacramento. Os temas dominantes já não eram apenas, como anteriormente, os direitos cívicos que se impunha restaurar e defender, mas também a análise e a caracterização da situação económica, social e cultural, acompanhadas, em alguns casos, de medidas programáticas;

e o III Congresso da Oposição Democrática, em 1973, que teve como secretário o Dr. Álvaro Seiça Neves, e no qual também participaram o Dr. Flávio Sardo, Dr. António Neto Brandão e António Regala, todos distintos cidadãos aveirenses. Diferencia-se dos anteriores pelo aprofundamento das análises políticas, pelas propostas programáticas e, pelo apoio do povo que conduziu a violenta carga policial que procurou impedir os democratas de prestarem homenagem a Mário Sacramento. Este incidente foi divulgado pela comunicação social, dando a imagem de um Governo repressor, que não tolerava uma simples romagem a um cemitério.

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Oposição Democrática em Aveiro

Cine teatro Avenida – III Congresso da Oposição Democrática, em 1973

Cine teatro Avenida – III Congresso da Oposição Democrática, em 1973

Romagem ao cemitério para prestar homenagem a Mário Sacramento, em 1973

Carga policial, repressão à romagem ao cemitério, em 1973

Professora Eugénia Cunha

O Jornal precisa de si Tem um texto interessante? Um desenho bem feito? Gosta de desporto, música, cinema … ? Gostaria de ver publicado um artigo sobre o seu tema favorito? Colabore !!

jornal@esjml.edu.pt


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25 de Abril

São memórias do dia 25 de Abril na primeira pessoa, depoimentos recolhidos pela TSF um pouco por todo o país: Como soube? O que se lembra desse dia? O que sentiu? Onde estava ?Entrevistas para o programa “O meu 25 de abril “ da TSF , de 30 de Janeiro de 2014

Elsa Jorge, Professora “Vínhamos no 2 cavalos, vínhamos sempre com a música ligada, e naquele dia só havia música, não havia locução absolutamente nenhuma e nós achámos estranho. Chegámos à escola, não havia escola e fomos para casa. Entretanto fui ter com uma amiga minhae, nunca mais me esquece, ela estava sentada nas escadas do prédio, a chorar. Eu disse: -Então, Teresa, o que se passa? -Tu sabes que aconteceu uma revolução em Lisboa e os militares estão todos cá fora e a minha irmã está lá! E o meu pai... O pai dela era guarda fiscal e era uma pessoa muito autoritária e severa e tinha-lhe dito que aquilo era muito mau. Mas eu sabia que era muito bom...”

Celeste Vieira, Professora “Lembro-me daquilo que senti à minha volta, principalmente na cara das pessoas, no estar das pessoas, no alívio de uma tensão, que eu não percebia muito bem na altura, mas que vim a perceber depois...o relaxe de poder dizer o que se queria, o poder comentar o que se passava à volta, principalmente ao nível da família, onde sentia muita pressão... Na escola foi a liberdade total: podermos falar com os professores, os professores falarem connosco, podermos estar rapazes e raparigas...e foi por aí a liberdade!”

D. Rosa, assistente operacional “No início, eu não percebia o que se estava a passar, só depois, mais tarde, comecei a perceber; mas eu pensava que vinha para aí uma guerra, só se viam carros de guerra, todos cheios de capacetes, e muita polícia na rua...era o que eu via...depois comecei a melhor o que era, mas sempre com medo. Pouca gente tinha televisão, mas eu fui acompanhando e aí percebi que, realmente, era o dia da liberdade!” Ccravos pintados pelos meninos do 5D, após reflexão e apresentação oral/escrita das

Miguel, 10 anos, 5ºD

suas ideias sobre o que foi o 25 de abril

“O 25 de abril foi em 1974. Havia um senhor chamado Salazar que mandava em Portugal. As pessoas não podiam falar mal do governo, senão eram castigadas. Mas, no dia 25 de abril, tudo mudou. As pessoas revoltaram-se e o exército também. Não houve muitos tiros, nem mortes. Eles, os tropas, puseram cravos dentro das armas. Até que o governo se rendeu. E agora este dia é feriado.”

Professora Celeste Vieira


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Dia da Mãe Vivenciar o dia do pai e da mãe favorece a construção dos conceitos associados, reconstruindo e aprofundando as relações vivenciadas no interior de uma família, entrelaçando o que se vive, com o que se descobre. O que se exprime por simples que seja, é apreciado e aprofunda afetos. A família tem uma importância crucial na vida das crianças. Os momentos que as crianças passam com os pais, com a família, favorecem interações únicas e insubstituíveis. A forma como falam, demonstram a “ideia” que têm sobre o mundo. Aqui, as crianças expressam como sentem o amor da mãe...

A MÃE gosta de mim, porque... ... dá-me abraços e beijinhos. Pega-me ao colo, conta-me histórias, e leva-me a passear e aos avós. ... dá-me beijinhos quando vou para a escola, brinca comigo, conta-me histórias. ... porque dá-me beijinhos e abraços; conta-me histórias às vezes, e compra-me roupa para eu andar bonita... e diz que gosta muito de mim... ... dá-me miminhos, é muito amiga, conta-me histórias à noite quando vou para a cama. ... gosta que ande bonita como uma princesa... não me pega ao colo, porque eu já sou grande e pesada, só me pega ao colo quando está sentada. ... conta-me histórias e faz o resumo comigo; compra-me roupa para eu “vestir-me” e andar bonita... ... ela é minha amiga e simpática; brinca comigo, vê bonecos comigo; e vai passear comigo. ... me dá beijinhos, leva-me a passear, leva-me ao cinema, conta-me histórias. ... leva-me à escola, faz-me comida boa, brinca comigo, pega-me ao colo e dá-me beijinhos e gosta muito que ande bonita. ... dá-me beijinhos e abraços; faz comida muito boa, dá-me banho e leva-me a passear mais o pai. ... dá-me beijinhos e abraços, beijinhos à esquimó que eu adoro e conta-me histórias à noite. Conversa muito comigo. ... é muito minha amiga, conta-me histórias, leva-me a passear, faz-me comida, compra-me brinquedos, dá-me beijinhos e abraços. ... às vezes vê televisão comigo. ... me faz cócegas, pega-me ao colo, faz comida para todos que é muito boa e dá-me beijinhos. ... me lê histórias à noite e dá-me beijinhos quando me leva à escola. ... dá-me beijos, leva-me ao café, vê televisão comigo, pega-me ao colo. ... eu sou bonita, tenho os cabelos loiros e olhos azuis; compra-me vestidos, compra-me sapatos de princesa ... às vezes com um cristal. ... dá-me comer, conta-me as histórias da escola, leva-me a passear, leva-me ao cinema....

Continua na página seguinte


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Dia da Mãe

... ela é querida e fofinha, conta-me histórias, joga comigo às cartas, escreve comigo o meu nome e vê televisão comigo! ... ela faz-me cócegas, dá-me beijinhos, brinca comigo quando tem tempo, e também é minha amiga. Ela também me faz bolos às vezes. ... dá-me beijinhos e abraços; vê bonecos comigo, brinca comigo às vezes...leva-me a passear de autocarro. ... conta-me histórias, dá-me banho, brinca comigo, vê televisão, dá-me beijinhos e não me pega ao colo, porque eu sou grande e pesado... mas dou-lhe xi-corações.

JI Alumieira Mãe Querida mãe, não sei descrever os meus sentimentos em relação a ti, ou quando me falam de ti. Sinto raiva, ódio, amor, paixão e acima de tudo, saudades. É uma dor imensa no meu peito, parecem agulhas a perfurar-me o coração, de um lado ao outro. Existem momentos em que não sei que atitude tomar, ou que caminho seguir, mas penso em ti; pensar em ti acalma-me e trazme paz ao coração. Há alturas na vida em que me apetece morrer e ir para junto de ti, por vezes parece a melhor das soluções, mas a dor, o desespero e principalmente a saudade que que tenho vivido nestes últimos oito anos, fizeram-me forte e indestrutível e tenho de o ser sempre não como as ondas que tudo destroem, mas como as rochas que tudo suportam.. Digo do fundo do meu coração: és a mulher da minha vida, tenho pena de teres partido tão cedo, mas sabes, quando era mais nova dizia: «Quando for grande, quero ser como a minha mãe» e ainda quero, minha heroína. Sempre quis fazer uma tatuagem com o teu nome, mas hoje sei que as melhores tatuagens encontram-se no coração: são memórias guardadas para todo o sempre. És a minha maior força e também a minha maior fraqueza. És a minha dor clandestina. Amo-te, Mãe. Ana Francisca Morais, Nº1 – 8º A


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Para comemorar este dia tão especial as crianças do JI de Esgueira sala B, fizeram um alfinete em forma de flor e um lindo postal para oferecer à mãe. Aprenderam também este lindo poema para dizer à mãe.

Dia da Mãe

MÃE Mãe, como eu te adoro Por me dares tanto amor Por ti minha Mãe Um beijo cheio de Amor

JI de Esgueira, Sala B

Para assinalar este dia, realizámos uma prenda para as Mães: um alfinete para colocar nos casacos. Elaborámos um cartão com uma frase para cada Mãe. Aprendemos

canções,

ou-

vimos histórias e realizámos

A atividade eleita no mês de maio, foi a do dia da mãe, que para além de canções, poesias e declarações de carinho para a mãe, cada criança fez o seu postal

trabalhos de expressão plástica alusivos ao tema.

JI de Esgueira, Sala A

JI da Quinta do Simão


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Vários O Agrupamento de Escolas de Esgueira participou em mais um projeto promovido pela Universidade de Aveiro - o Campus Júnior. Integrado na missão da Universidade de Aveiro de “criar conhecimento e expandir o acesso ao saber em benefício das pessoas e da sociedade”, o Campus Júnior, visa sensibilizar os alunos do ensino básico para a importância da formação pós-secundária e superior, promovendo a valorização da escola e a auto-estima dos alunos menos motivados para o prosseguimento dos estudos.

Este projeto visa servir a comunidade, em geral, prestando uma atenção especial à comunidade mais próxima, por se encontrar na região natural de influência da UA. Procura-se divulgar a atividade multifacetada da UA nos domínios da formação, investigação, cultura e lazer, oferecendo um conjunto diversificado de oportunidades e de experiências a jovens adolescentes durante a sua estadia no Campus Universitário.

O Jornal das 6 participou no dia 3 de maio no Encontro Nacional de Jornais Escolares, em Espinho. No decorrer desta iniciativa da Direção-Geral da Educação e do jornal Público, o Jornal das 6 aprendeu a melhorar e já tem muitas ideias para um novo formato, a apresentar no próximo ano letivo!

Um total de 32 empresas, duas autarquias (nomeadamente Aveiro e Águeda) e ainda o Centro Hospitalar do Baixo Vouga responderam afirmativamente ao desafio da Escola Secundária de Esgueira para serem parceiros na promoção de estágios aos alunos finalistas dos três cursos profissionais e um curso CEF., assinando protocolos de colaboração. Segundo a responsável do Agrupamento de Escolas de Esgueira, Helena Libório, “ganha a escola, porque vê os seus alunos a progredirem no seu percurso escolar e cumprindo uma das componentes curriculares dos seus cursos, ganham as empresas porque contribuem para a formação cívica dos jovens e para a sua qualificação profissional e ganham, acima de tudo, os alunos”, considerando que esta experiência no mundo real do trabalho vem despertá-los para um conjunto de valores e posturas próprias de quem quer ser profissional numa determinada área.


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Departamentos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo

A sensibilização às ciências-integrada na Área do Conhecimento do Mundo- para além da ligação com o meio próximo envolvente, tenta abranger outos domínios do conhecimento humano, domínios esses capazes de enquadrar e sistematizar a compreensão do mundo e que podem ir desde a história ou a sociologia à geografia, física, química e biologia. Enquanto mediadores da ação, cabe-nos o papel de criar situações que, quer na sala quer no exterior, promovam a curiosidade e o desejo de saber mais, desenvolvendo uma atitude cientifica e experimental que desperte o interesse das crianças e as ajude a interrogarem-se sobre a realidade, a colocar problemas, a procurar soluções, situações que são simultaneamente ocasiões de descoberta e de exploração do mundo. No dia da primavera semeamos plantas aromáticas: salsa, sálvia e manjerona em garrafões de plástico cortados ao meio, depois com a ajuda de algumas mães semeamos outras plantas aromáticas no nosso jardim de infância: coentros, camomila, erva-cidreira e plantamos limonete. Escrevemos o nome das plantas em cartolina e plastificamos. Aprendemos que estas plantas aromáticas são utilizadas para muitas coisas, na comida, perfumes e para fazer chás que fazem bem à saúde.

Também no exterior encontramos caracóis e aprendemos como se faz um terrário: com pedras, areia, terra, cascalho e plantamos alface. Assim, podemos observar melhor os caracóis na nossa sala e mais tarde iremos devolvêlos ao seu habitat. Aprendemos muitas coisas sobre eles, como se deslocam, de que se alimentam, que são animais invertebrados, qual é o seu habitat e fizemos o registo em desenho.

Como o tempo está de primavera aproveitamos o espaço exterior para realizar um circuito com várias atividades de expressão motora.

Jardim de infância de Cabo Luís-turma D


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Departamentos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo A ciência no Jardim de Infância: A Ciência já algum tempo, que devido à sua natureza e sobretudo ao seu desenvolvimento, deixou de ser um assunto meramente de cientistas. O ensino da Ciência no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico, está relacionado “com a compreensão das “coisas” do dia a dia, e da razão pela qual, elas se comportam de determinada forma”.

Na tacinha das natas – aprender a fazer manteiga. “Não é preciso ser “grande” para saber que a ciência nos faz compreender melhor o mundo, que há fenómenos científicos por trás de tudo o que nos rodeia. A professora bibliotecária veio contar-nos uma história que fala de duas rãs que caíram numa taça e para não morrerem transformaram as natas em manteiga. Foi assim, que analisando tudo, descobrimos como se faz manteiga e fizemos ... ficou deliciosa ...

Economia para crianças: Economia para crianças – aprender quantas moedas custa um livro, um jogo... Tivemos outra vez a comunidade dentro da sala. Uma mãe formada em contabilidade, veio falar sobre economia e contabilidade às crianças, contextualizando-as no dia a dia destas. Foi muito interessante. No fim, construíram um porquinho mealheiro e lidaram com algumas notas e moedas, descobrindo números do seu dia a dia, nas notas e nas moedas, descobrindo o seu valor de acordo com o que podiam comprar... JI de Alumieira


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Departamentos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo

Assistimos a um concerto de música clássica: Com a visualização deste concerto, descobrimos as características de uma sala de teatro, de uma orquestra, de um coro, das roupas adequadas... o que é um cantor lírico, um maestro e uma maestrina, bem como as regras do uso de espaços sociais e transportes públicos.

Quem dá um abraço ao Martim? Mais uma vez tivemos a comunidade na sala. Desta vez foi a Ana dos Bolsos grandes, da Associação de Pais e EE da Sec Dr Jaime de Magalhães Lima, uma excecional contadora de histórias, que veio dramatizar a história, “quem dá um abraço ao Martim?”. Foi envolvente e ternurento... afinal, o melhor abraço, é da mãe... Muito obrigada Ana, pela sua partilha e disponibilidade. Nós adorámos! JI de Alumieira

JI de Esgueira, Sala A


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“O meu Mundinho”

Departamentos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo

Os primeiros meses do ano foram muito chuvosos. As crianças traziam notícias sobre o avanço do mar, derrocadas de terras e no diário de turma no item “Queremos Saber/fazer!” resolveram : Queremos fazer uma experiência para saber porque é que o mar veio para a terra na barra e aquelas terras todas vieram para a estrada? Daí a planificação de duas experiências para que as crianças percebessem o seu porquê e a necessidade de termos comportamentos menos evasivos para com a natureza. Experiência da Erosão das dunas pelo vento Conclusão: As dunas são muito importantes para o mar não vir para a terra. O vento é muito forte e sempre, sempre a sobrar destrói as dunas. As ervinhas que há nas dunas seguram a areia. Não devemos calcar as dunas senão as ervinhas morrem e não seguram a areia. Experiência da erosão do solo pela chuva O início em 6 de Março de 2014 e o término da experiência em 27 de Março de 2014 Eis as nossas leituras e conclusões: Os terrenos têm de ter ervas, plantas, flores, e árvores para segurarem a terra. As raízes não deixam a terra deslizar

JI de Esgueira, Sala B

No mês de abril as crianças salientaram as atividades da comemoração da primavera e como não foi possível trabalhar a horta devido ao tempo atmosférico, resolvemos fazer na sala a experiência e registo da germinação do feijão. No mês de abril as crianças salientaram as atividades da comemoração da primavera e como não foi possível trabalhar a horta devido ao tempo atmosférico, resolvemos fazer na sala a experiência e registo da germinação do feijão. JI da Quinta do Simão


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Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

Realizou-se uma conversa subordinada ao tema "Conversando sobre...a energia das microondas", no dia 6 de maio na Biblioteca da E.B.S. Dr. Jaime Magalhães Lima.

Os alunos do curso profissional Técnico de Informática de Gestão do 11º e 12 anos, do agrupamento de Escolas de Esgueira, participaram na sexta edição do torneio de programação

Esteve connosco o Professor Doutor Luis Cadil-

TECLA’14 (Torneio Estudantil de Computação multi-

lon do Dep. de Física da U. Aveiro.

Linguagem de Aveiro). O torneio é destinado aos alunos que frequentam o ensino secundário ou equivalente

dividindo-se

por

duas fases de apuramento. Numa 1ª fase, os alunos participantes

prestaram

provas na escola de origem. Os alunos Patrícia Martins e Rafael Dias, do 12º ano, da Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima, Agru-

Da nossa escola foi apurada uma equipa para a fase final, que se realizou no dia 12 de Março, nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA). A equipa apurada, constituída pelos alunos Daniel Lemos e Luís Almeida obteve o quinto lugar, num total de 33 equipas participantes, prove-

pamento de Escolas de Esgueira, ficaram em 2º lugar no Mat12. Parabéns!

nientes de escolas dos distritos de Aveiro, Braga, Porto, Viseu, Coimbra, Guarda, Lisboa e Setúbal. Este é um torneio que visa sensibilizar os alunos do ensino secundário para a área da programação de computadores e constitui um ponto de encontro de âmbito regional para alunos e professores interessados no tema. (para mais informações consulte http://tecla.estga.ua.pt/). Prof. Ana Paula Reis


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Departamento de Matemática e Ciências Experimentais Aluna da EBS Dr.Jaime Magalhães Lima (Agrupamento de Escolas de Esgueira) obtém menção honrosa nas Olimpíadas da Física A aluna do 11ºC, Débora Soraia Correia, obteve uma menção honrosa nas Olimpíadas de Física (escalão B) que decorreram na Universidade de Coimbra, no dia 3 de maio, ao ficar em sexto lugar entre cerca de doze dezenas de alunos de escolas da região centro. Irá disputar a final em Lisboa, no dia 7 de Junho, com mais 35 alunos selecionados em Portugal Continental, Açores e Madeira. Parabéns!

Medalha de bronze nas olimpíadas da química júnior A somar à menção honrosa obtida nas Olimpíadas da Física, também, no passado dia 5 de abril, a equipa "Luminosas" constituída pelas alunas da EBS Dr. Jaime Magalhães Lima (Agrupamento de Escolas de Esgueira), Ana Luís Sousa (9ºA), Anastasia Bolfaciuc (9ªF) e Lara Caldeira Melo (9ºF), obteve a medalha de bronze nas Olimpíadas de Química Júnior, na Universidade de Aveiro. De salientar que nesta atividade participaram 50 equipas, oriundas de 50 escolas, uma das quais foi a nossa. Parabéns à equipa!!!

Participação de alunos da EBS Dr. Jaime Magalhães Lima no SuperTmatik de Astronomia e de Física e Química.:

No Supermatik de Astronomia o Miguel Castanheira do 7º D ficou no Top10, com um honroso 5º lugar. Também o Rúben(7ºC), Beatriz e Marcos (7ºA) obtiveram lugares muito honrosos. No SuperTmatik de Física e Química, foram as alunas Ana Luísa e Ana Odete do 9ºA, a Iara e a Daniela do 9ºF que se distinguiram. Parabéns a todos e, claro, também aos professores que os incentivaram a participar neste concurso.


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Departamento de Ciências Sociais e Humanas Todos os seres vivos vivem numa constante luta pela adaptação. Face a um problema, uma necessidade criada nas suas vidas, surgem, por processos complexos, alterações, soluções para as questões colocadas pela Natureza. Estas soluções são transmitidas aos descendentes, que podem, por sua vez e face a novos problemas, desenvolver inovadoras respostas. O Homem, enquanto ser vivo, enfrenta as mesmas dificuldades que qualquer outra espécie, tendo necessidade, por isso, de encontrar soluções para estas. A pergunta impulsionou o seu avanço, desde o desenvolvimento de polegares até à invenção da roda, do motor a vapor e da televisão. A certo momento do processo evolutivo, o Homem adquiriu capacidade crítica. Consciente das suas limitações físicas e dotado de sentido crítico face ao mundo e ao seu próprio pensamento, o Homem é capaz de desenvolver as suas respostas externamente a si próprio, trazendo-as para o exterior sob a forma de máquinas e teorias. Assim, a pergunta pode ser entendida como o motor por detrás da vida – algo inerente à própria vida – que, não podendo ser evitada, cria respostas progressivamente melhores e mais eficientes em campos variados, desde as ciências naturais às tecnologias, passando pelas ciências humanas. Tendo referido a ciência e o conhecimento científico anteriormente, torna-se importante esclarecer qual a importância e o papel da pergunta neste contexto específico. Embora sendo de consenso geral que esta constitui um importante momento na construção de novo conhecimento, diferentes filósofos integram-na e conduzem-na em momentos diferentes, dando-lhe significados distintos. René Descartes, um grande pensador do século dezassete e defensor do racionalismo, dá uma grande importância à pergunta, encarando-a como a dúvida. ”Notei, há alguns anos já, que, tendo recebido desde a mais tenra idade tantas coisas falsas por verdadeiras, e sendo tão duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e começar, de novo, desde os primeiros fundamentos, se quisesse estabelecer algo de seguro e duradoiro nas ciências.”1 Com isto, o filósofo pretende salientar a importância de duvidar do conhecimento pré-estabelecido. Segundo Descartes, muito daquilo que julgamos como facto consumado não podemos ter a certeza de ser verdade. Há muitas razões para isto, desde os preconceitos que apreendemos em crianças, à falsa informação que recebemos dos sentidos e ao facto de, mesmo em questões matemáticas, haver por vezes erros. Tendo isto em conta, a pergunta assume um papel fundamental, servindo como método de destruição do erro e como base de construção da verdade. Apenas aquilo que não deixa a menor dúvida, sendo claro e distinto ao espírito, pode ser considerado como verdade. Esta afirmação constitui o primeiro – e mais importante – momento do método de Descartes. Kant e, mais tarde, Popper, encaram a pergunta de forma diferente, apesar de concordarem com Descartes quanto à sua importância. Ambos os filósofos se referem à necessidade de conhecimentos prévios, de uma base científica para a formulação da pergunta. Sem um plano mental previamente construído, é impossível para o cientista entender e interpretar aquilo que recebe da experiência. Assim sendo, Popper afirma que a pergunta deriva do choque entre a realidade – aquilo que observamos – e as nossas próprias expetativas e teorias. Khun aprofunda esta ideia, salientando a importância do contexto cultural da época na forma de questionar do cientista. Para ele, o paradigma – ou seja, o conjunto de de descobertas científicas, teorias, leis, dispositivos experimentais e metodologias reconhecidas pela comunidade científica – define o modo de pensar do indivíduo, de tal forma que, durante um período que ele denomina de Ciência Normal, este não pensa exteriormente ao paradigma, levantando problemas apenas no âmbito do seu aprofundamento. Só o acumular de provas que contrariam o pré-estabelecido pode levar a um período de crise, que levanta novas perguntas, criando um período de Ciência Extraordinária. A crise altera assim a forma de olhar do cientista, levantando novos problemas e dando aso a novas soluções, causando um avanço na ciência. 1 DESCARTES, R., Meditações Sobre a Filosofia Primeira, Almedina, Coimbra, 1992, p.105-108

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Departamento de Ciências Sociais e Humanas Enquanto Khun se focou na importância à priori da comunidade no progresso científico, Popper pensou sobretudo na demarcação do conhecimento científico, salientando a individualidade do cientista no processo de colocação de problemas. Regressando, portanto, ao processo estabelecido por Popper, o cientista estabelece uma pergunta. Este questionar leva então à formulação de uma hipótese. “ Nos primeiros estádios do desenvolvimento de uma ideia, comportamo-nos mais como artistas, impulsionados pelo temperamento e pelo gosto pessoal. (…) Começa-se com um palpite, uma impressão, um desejo até, de que o mundo seja de uma determinada maneira”.2 Segundo Popper e o método do falsificacionismo, estas hipóteses devem depois verificadas através de testes empíricos. Só depois de corroboradas pela comunidade científica é que estas podem ser estabelecidas como teorias explicativas válidas, substituindo outras menos explicativas, abrangentes e simples. No entanto, os testes devem ter como objetivo refutar ou falsificar a teoria, e não confirmá-la. O uso de exemplos empíricos e particulares que estão de acordo com as expetativas para confirmar uma teoria geral trata-se de uma generalização – um raciocínio indutivo. Este tipo de confirmação de teorias cairia sempre no problema da indução: a falta de sustentação lógica. Por essa razão, o cientista deve procurar exemplos que refutem a teoria; caso esta resista, trata-se de uma teoria provável, pois, com avanços tecnológicos, podem vir a surgir testes capazes de a contrariar. O falsificacionismo de Popper leva a uma conclusão que pode não ser a desejada por muitos cientistas. Se, mesmo não sendo refutada, uma teoria científica não se torna verdadeira, então nunca haverá uma verdade absoluta na ciência. Poderemos aproximar-nos dela à medida que as teorias se tornam mais abrangentes, resistentes e explicativas, mas a verdade estará para sempre fora do nosso alcance. E mesmo que um dia alcancemos a verdade, não a reconheceremos como tal, já que estaremos sempre à espera de novos testes capazes de a falsificar. Assim sendo, o conhecimento torna-se progressivamente mais verosímil, deixando, no entanto, sempre espaço em aberto para a sua renovação e melhoria. Se considerarmos a evolução do conhecimento podemos comprovar esta mesma ideia. Para a pergunta como foi criado o universo houve múltiplas teorias, começando pela da criação divina e culminando no Big Bang, tendo muitas outras intermédias. Mas sabemos que, mesmo esta última, e apesar dos grandes avanços científicos e tecnológicos do último século, não é definitiva. Já existem fortes argumentos contra esta possibilidade, pelo que é possível antever que, eventualmente, se dará uma alteração do paradigma e será criada uma teoria ainda mais forte para esta pergunta. Através deste exemplo, podemos comparar um aspeto importante da pergunta e da solução: a sua durabilidade. A solução já percebemos ser constantemente renovada, agora e no futuro, devido ao seu próprio carácter e condições de evolução. Ao contrário desta, a pergunta mantém-se inalterada, independentemente de qualquer outra mudança. É evidente que, à medida que há um desenvolvimento das tecnologias, o ser humano se torna capaz de questionar mais profundamente, de observar e estudar de formas antes nunca pensadas. O microscópio, por exemplo, é um dos avanços que levou a um novo mundo de investigações e suposições a níveis antes impossíveis. Isto leva à criação de novas perguntas, mais concretas e profundas. No entanto, as grandes questões, aquelas que são colocadas desde o início dos tempos, mantêm-se connosco, inalteradas e por responder. Para o fazer foram propostas inúmeras soluções. Admitimos que estas se aproximam cada vez mais da verdade, mas ainda assim são e continuarão a ser substituídas, não constituindo uma condição permanente. Por outro lado, as perguntas não se adaptam às hipóteses, às tecnologias ou a quem as coloca. A pergunta - a causa da evolução e da procura de respostas - é em si mesma a solução. Enquanto que qualquer resposta imaginável não é suficiente para a satisfazer, o próprio questionar possibilita a procura da verdade. É neste sentido que a pergunta alcança a sua verdadeira dimensão; enquanto a solução é provisória e falível, a pergunta é eterna e promissora, garantindo o avanço da ciência. Em última análise, as respostas ficam então para segundo plano, adquirindo relevância o progresso, que apenas é possível pelo perpétuo esforço de questionar. 2JOÃO MANGUEIJO (2003), Mais Rápido que a Luz, Lisboa, Gradiva, pp. 22-23

Ana Luísa Costa, 11ºB


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Departamento de Expressões Realizou-se no passado sábado dia 26 de Abril em Coimbra no Instituto Pedro Hispano a Fase Regional Escolar de Xadrez da Zona Centro. A Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima esteve representada, no escalão de juvenis, pelo aluno Daniel Bernardo do 10ºF, que se sagrou Vencedor do Torneio, ficando apurado para disputar os Nacionais. Também no escalão iniciados a Escola esteve representada pelos alunos António Martins e João Silva, ambos do 6º ano, que se classificaram em 4º e 5º lugares respetivamente. De realçar que estes dois alunos, apesar de serem ainda do Escalão de Infantis,

O nosso aluno Daniel Bernardo, do 10ºF, representou a EBS Jaime Magalhães Lima (Agrupamento de Escolas de Esgueira) nos Campeonatos Nacionais de Desporto Escolar (16, 17 e 18 de maio) em Lisboa, Cascais e Oeiras. O Daniel está classificado no ranking nacional de Xadrez, do qual fazem parte 55 alunos de todo o país.

competiram já no escalão de Iniciados. Excelentes resultados obtidos pelos nossos alunos que estão de parabéns!

No âmbito do módulo de Pedestrianismo, da disciplina de PAFD, a turma do 11º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva realizou no dia 5 de Maio uma visita de estudo a Macieira de Alcoba. Foram 8 Km no percurso PR4 Trilho das Terras de Granito, por caminhos rurais, urbanos e florestais. Muito bonito e interessante!


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Departamento de Línguas

Sociedade A sociedade em que vivemos atualmente é muito diferente daquela em que se vivia há uns anos atrás. As pessoas mudaram! A sociedade mudou! Nada

7ºF na Semana da leitura – Dramatização e recriação do poe-

ficou igual …

ma “Fala!” de A. O’Neill -19 de março – aula na Biblioteca

Neste momento, quem não “andar nas modas” é basicamente excluído da sociedade. As roupas, as lojas e as marcas dominam; têm cada vez maior importância na vida das pessoas. E para quê? Afinal, não são elas que definem quem nós somos! Um outro aspeto que também me choca, neste mundo atual, é o facto de ninguém cumprimentar ninguém. Há uns tempos, sempre que se andava na rua, dizia-se “bom dia!”, “boa tarde!” ou um simples “olá!” a toda a gente, mas isso já não acontece! Será que têm medo das pessoas que passam na rua? Ou será apenas vergonha de ser-se educado? Depois há ainda um outro grande problema e muito atual! Agora, já ninguém se encontra pessoalmente! É tudo virtual! É tudo “online”! Computadores, tele-

Semana da leitura -26 de março

móveis, tablets … mais e mais tecnologia! Esquecem-

9ºA - Aula na Biblioteca

se que conversar com pessoas, pessoalmente, é importante! O contacto físico, o próprio frente a frente é necessário para o equilíbrio emocional. A sociedade mudou. Em alguns aspetos para melhor, em outros para pior… Mas tudo está interligado! Tudo gerado por tudo! A sociedade vai mudando... Nada é para sempre!...

Mafalda Sousa, 9ºC


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Departamento de Línguas

La solidarité et les droits humains Projeto de Leitura e Voluntariado "Laços de Leitura"

La solidarité est très importante parce que nous

Encontro Intergaracional

devons aider les autres et respecter les droits humains.

Os alunos da turma A do 9º ano foram ao Centro

Actuellement les droits des

Social de Santa Joana

personnes et des enfants ne

Princesa, no âmbito da

sont pas respectés dans de

disciplina de Português.

nombreux pays. C'est très triste! Tous les gens devraient

O 9ºA juntamente com a

avoir des droits égaux. Par exemple le droit de l’ali-

Professora Betina Martins e os Professores Estagiários da

mentation adéquate, de la santé, de l’éducation et

Universidade de Aveiro foram visitar os idosos deste Lar,

de l’expression. Malheureusement, ces droits ne

participando no Projeto “Laços de Leitura”.

sont pas respectés, car il y a une grande inégalité

Os mais novos apresentaram alguns livros do Plano Nacional de Leitura e os mais velhos

sociale et économique. Je pense que nous devons investir dans des orga-

contaram as suas histórias

nismes pour aider ceux qui ont besoin. Des organi-

de vida, nomeadamente as

sations comme l'UNICEF, Les MÉDECINS SANS

vivenciadas durante a épo-

FRONTIÈRES et la CROIX ROUGE doivent être

ca da ditadura.

soutenus. 9º A

Nous devons partager les uns avec les autres et dire non à l'égoïsme et à 'injustice. Soyez des amis et donnez de l'affection à ceux qui se sentent seuls et ont besoin. Pratiquez des actes de solidarité pour atténuer la tristesse dans le monde. Essayez d’améliorer la qualité de vie de beaucoup de personnes et luttez pour le bonheur dans le monde. Anastasia Bolfaciuc, 9º F


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Serviços de Psicologia e Orientação

No dia 6 de maio de 2014, realizou-se na EBS Dr. Jaime Magalhães Lima, Agrupamento de Escolas de Esgueira, uma Feira Vocacional. Esta feira destinou-se prioritariamente aos alunos do 9º ano e do ensino secundário e visou dar-lhes informações sobre cursos e saídas profissionais, de modo a que façam escolhas informadas para o seu futuro e insere-se na estratégia de investimento nos alunos seguida pelo Agrupamento de Escolas de Esgueira. Estiveram presentes várias instituições, tais como instituições de ensino superior (UA, UBI, UC, IPB, IPV,) Bombeiros Novos de Aveiro, Associação Industrial de Aveiro (AIDA), o Exército Português, a Força Aérea e o IPDJ

Acesso ao Ensino Superior http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt


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Bibliotecas Concurso Nacional de Leitura

As vencedoras da fase de Escola do Concurso Nacional de leitura (CNL), Ana Luís Cruz de Sousa e Andreia Catarina Marques Nogueira, do 9º A, participaram na prova distrital de Aveiro do CNL, no Quartel das Artes Dr. Alípio Sol - Oliveira do Bairro, no dia 2 de maio. Nesta fase estiveram representadas 61 escolas do distrito de Aveiro. A receção aos participantes ficou assinalada pela presença de homens estátua que encarnaram vultos

da

literatura

portuguesa.

O

nosso

patrono

foi

o

grandioso

Fernando

Pessoa.

As alunas, que representaram o nosso Agrupamento, não venceram, mas participaram com empenho e brio. Parabéns e que continuem a ser grandes leitoras!

Este ano, pela primeira vez, decorreu o Concurso Intermunicipal de Leitura, promovido pela Rede de Bibliotecas da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro. Após realização da fase de Escola, no nosso Agrupamento, ficaram apurados os alunos: 4º ano Beatriz Adrêgo Martins Bandeira, nº 3, turma A Alice Margarida da Silva França Moreira, nº 2, turma A Ana Francisca Ferreira Gamelas, nº 2, turma C 6º ano Ana Filipa Bastos Pinho, nº 2, turma B Maria Alves Rodrigues, nº 15, turma C Eduardo de Ataíde Valente Jardim, nº 5, turma C A segunda fase do concurso, realizada nos dias 28 e 29 de abril, na Biblioteca Municipal de Aveiro, onde participaram os alunos apurados de todos os Agrupamentos do concelho de Aveiro teve como vencedoras, no 1º ciclo, a aluna Beatriz Adrêgo Martins Bandeira do 4º A e ,no 2º ciclo, a aluna Ana Filipa Bastos Pinho do 6º B, ambas do nosso Agrupamento. Estas alunas irão à final, fase InterConcelhia, que se realizará em Anadia, no próximo dia 28 de junho. Parabéns às finalistas e a todos os alunos que participam no CIL.


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Exposição “Os nossos Animais”

Projeto EntreSendas Exposição “Vivências” Esteve aberta ao público até ao dia 30 de Abril a exposi-

Durante o último

mês

foi

ção “Vivências”, produto de um trabalho de Photovoice das crianças e jovens a fre-

árduo o trabalho dos jovens do Espaço Aluno,

quentar o espaço TIC do

que decorre na Escola Aires Barbosa.

EntreSendas-E5G.

Numa

iniciativa conjunta com a Casa Municipal da Juventude, a Fundação Padre

A curiosidade de saber mais sobre os nossos ani-

Félix e o Projeto RiAgir, foi proposto às crianças e jovens das comunida-

mais surgiu e o desafio foi lançado a todos os par-

des de Ervideiros, Esgueira e de uma turma de 9º ano de S. Bernardo que

ticipantes. Decidiu-se então planificar e organizar

retratassem em fotografia os aspetos que caraterizam as comunidades ciga-

uma atividade, cujo resultado final foi uma exposição.

nas. O produto final foi um conjunto de fotografias que retratam a família cigana, os pratos preferidos das crianças e jovens, o local onde vivem, os

Esta exposição, denominada de “Os nossos animais”, começou com a recolha de fotografias dos

seus animais preferidos, as festas e o luto (dois aspetos muito importantes para estas comunidades). No dia 27 de Fevereiro os alunos da escola EB1 Quinta do Simão foram

animais de cada um

visitar a exposição à Casa da Juven-

e com a construção

tude de Aveiro, tal como as famí-

das suas apresenta-

lias dos jovens de S. Bernardo que

ções em que cons-

participaram na iniciativa. As crianças e jovens de Ervideiros pude-

tou também sempre

ram então servir de anfitriões da

uma ou outra curiosidade sobre a espécie de ani-

exposição e explicar aos colegas

mal em causa.

que não tinham participado na iniciativa o significado das fotografias. No final houve ainda tempo para várias brincadeiras. Uma experiência a repe-

Esta exposição reuniu a apresentação dos animais, uma breve informação sobre o abandono dos animais e ainda a identificação das instituições do distrito de Aveiro que protegem estes nossos amigos.

tir!


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Projeto EntreSendas

A magia

na escola…

No dia 24 de abril, no Dia do Agrupamento de Escolas de Esgueira, a magia chegou à escola. Numa sessão de Encontro(s) denominada de “A magia da escola através do Espaço Aluno do EntreSendas-E5G” pretendeu-se sensibilizar todas crianças que assistiram, para não faltarem à escola e nunca a abandonarem, uma vez que a escola é um espaço de aprendizagem, de diversão e até de magia… Os alunos que participam no Espaço Aluno, na Escola Aires Barbosa organizaram e deram voz à mensagem e mãos e sabedoria aos fantásticos truques de magia que apresentaram. Contou-se ainda com um convidado especial, Filipe L.S. Monteiro, que fez delirar todos os presentes, desde os mais novos aos mais velhos, com mais truques de ilusionismo. O Filipe voltou a fazer companhia ao EntreSendas-E5G e a retribuição pela sua disponibilidade foi a divulgação do seu livro “O Menino que queria Salvar o Mundo”.

Um Intervalo Ativo… na Escola EB Quinta do Simão Desde o início do ano, duas vezes por semana, o Projeto EntreSendas dinamiza intervalos em períodos da hora de almoço. Vários foram os jogos e dinâmicas já realizadas, sempre com o objetivo de desenvolver competências pessoais e sociais das crianças. As atividades lúdicas apresentam-se assim como o método do Intervalo ativo, onde também há espaço para trabalhar outras questões sentidas como necessárias pelo próprio corpo docente desta escola. O jogo do Mata (ringue), os Arcos das cores, a Mímica das profissões; o Lencinho; a Barra do lenço; as Corrida de sacos; as Estafetas; a Corda; os Jogos de tabuleiro (para os dias de chuva) e o Futebol sem bola foram algumas das atividades desenvolvidas ao longo do ano. Aqui ficam algumas fotografias de atividades que animaram as horas de almoço de todos!


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Projeto Eco Escolas

Horta biológica na Escola

A horta da nossa Escola está muito bonita! Tem uma cerca nova e canteiros pequenos para podermos facilmente trabalhar. Este ano choveu muito e durante muito tempo o que atrasou os nossos trabalhos. Apesar disso, plantámos muitas culturas tais como: favas, ervilhas, batatas, alfaces, cebolas roxas, beringelas, courgettes, pimenteiros, tomateiros, couves, acelgas, cenouras, etc. Cuidamos da manutenção deste espaço com empenho e achamos que todos gostam de ver a horta bem cuidada! O solo não é rico e de boa estrutura mas tentamos melhorar adicionando composto à base de estrume de cavalo. Precisamos de colocar resíduos orgânicos no intervalo dos canteiros e nos próprios canteiros, junto às culturas, para: combater as infestantes; melhorar a estrutura do solo; manter a humidade; aumentar a biodiversidade e a fertilidade do solo. Cuidamos também do canteiro de aromáticas e temos novas plantas das quais salientamos a Achillea millefolium, também conhecida como “planta doutor” devido às suas importantes propriedades medicinais.

Por um AMBIENTE melhor!

http://blog-de-aprendizagem.blogspot.pt/2011/06/

desenhos-do-meio-ambiente.html


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Prática Pedagógica Supervisionada

Prática Pedagógica Supervisionada (PPS) Escola Básica de Esgueira - Turma do 1.ºC

O nosso testemunho... Enquanto alunas do Mestrado em Ensino dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, da Universidade de Aveiro, a experiência de estágio na turma C do 1.º ano de escolaridade mostrou-se extremamente positiva e enriquecedora. A forma como todos nos acolheram neste Agrupamento de Escolas e, em particular, na Escola Básica de Esgueira proporcionou-nos todas as condições para uma boa prática pedagógica. Em fevereiro, os alunos receberam-nos com beijos, abraços, perguntas atrás de perguntas; éramos o centro das atenções e os alunos faziam questão de o demonstrar! Para eles, não era novidade, pois já no primeiro semestre tinham recebido outras duas professoras estagiárias, a Mónica e a Nádia. E, segundo sabemos, foi uma boa experiência para ambas as partes, tendo sido criados laços afetivos muito positivos e que, neste semestre, os alunos, muito naturalmente, quiseram continuar a manter connosco e... conseguiram-no! Também o apoio e a experiência da professora cooperante mostrou-se uma mais-valia na preparação das nossas práticas diárias, fazendonos sentir que estávamos a trabalhar para um objetivo comum: o sucesso

escolar dos alunos. A sua abertura às nossas propostas, tanto a nível da implementação das aulas como a nível da elaboração dos próprios planos e, ainda, a sua preocupação em nos mostrar e falar sobre o(s) outro(s) lado (s) da Escola, que não só a sala de aula, permitiram-nos ter uma outra visão de toda a envolvência escolar e do que nos espera no futuro, que almejamos próximo!


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Prática Pedagógica Supervisionada

Quando chegámos à sala de aula, na nossa primeira intervenção, houve um turbilhão de emoções e preocupações, principalmente no que concerne ao que era melhor para os alunos ao nível das práticas pedagógicas, de como chegar até todos eles, atendendo à heterogeneidade da turma. Ver a sua evolução ao nível das aprendizagens, nas diferentes disciplinas, através das atividades que fomos promovendo, nomeadamente ao nível da leitura, da escrita, do cálculo mental e do ensino experimental das ciências foi deveras gratificante e enriquecedor. Todas as tentativas de tornar melhor, e mais entusiasmante, o ato de aprender e de ensinar e ver os resultados finais foi, como costuma referir a professora Fátima Mesquita, e bem, "um bálsamo para o nosso coração", e um reflexo do nosso trabalho conjunto. Estes estímulos, para um melhor processo de ensino-aprendizagem, não aconteceram, apenas, em contexto de sala de aula e como tal considerámos importante partilhar com todos as oportunidades que nos proporcionaram ao longo desta prática pedagógica. A diversidade de atividades em que participamos, desde que chegámos - como a exposição «A Física no dia-a-dia» , no Agrupamentos de Escolas de Eixo; o concerto da Filarmonia das Beiras, no Centro de Congressos de Aveiro; a sensibilização da Educação Rodoviária na Escola Básica Aires Barbosa; o Dia do Agrupamento nas Escolas Básica Aires Barbosa e Secundária Jaime Magalhães Lima; a demonstração de Judo, pelo treinador Nuno Vieira (Escola de Judo de Esgueira) e a visita de estudo ao Zoo da Maia -, proporcionou-nos, de facto, numerosas e extraordinárias experiências, que muito nos permitiram não só ter uma visão mais alargada do que é ser-se professor como também ter a plena consciência de que esta profissão não passa apenas pela relação com os alunos, em contexto de sala de aula. O nosso maior desejo é que tenhamos oferecido a todos, e muito em particular aos alunos que acompanhámos, tanto quanto nos ofereceram, a NÓS! Por tudo isso, o nosso muito OBRIGADA!

Maria e Vanessa


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Prática Pedagógica Supervisionada Prática Pedagógica Supervisionada (PPS) - Escola Básica de Esgueira - Turma do 1.ºC Enquanto professora supervisora da Universidade de Aveiro, responsável pela área de língua portuguesa, das alunas de mestrado dos 1.º e 2.º ciclos do ensino Básico, Maria e Vanessa, a lecionar à turma do 1.º C, sendo a Professora Fátima Mesquita a professora cooperante da Escola Básica de Esgueira, aqui estou eu também, de molde a dar um pequeno, ainda que sentido, testemunho do que vi e, mormente, vivi, quando me desloquei à vossa escola. Vi, e no que a toda a escola diz respeito, uma entrega muito grande às crianças - a alma (ou, se quisermos, a vida), na verdade, de qualquer escola. Uma dedicação enorme, que se traduzia, por vezes, numa repreensão perante um perigo que pudesse surgir de uma acão menos prudente, num abraço terno, numa palavra acolhedora, num sorriso tranquilizador… Vi, e, agora, em relação ao 1.º C, uma professora que trata os seus alunos como verdadeiramente suas crianças. Simultaneamente com o coração e com a razão. Como qualquer pai. Como qualquer mãe. Como, enfim, qualquer pessoa que intensamente queira o melhor para aqueles alunos que são, precisamente, o futuro da nossa terra, do nosso distrito, do nosso país. Vi, ainda, uma professora sempre disponível para acolher e orientar duas novas colegas, com uma ímpar generosidade. Vi, e ainda em relação ao 1.º C, duas alunas de mestrado, a Maria e a Vanessa, desde o início conscientes de que não só começaria com o estágio uma etapa decisiva, no que diz respeito à profissão de «professor», como também de que muito haveria ainda a aprender. Porém, vi-as, sim, também desde o início conscientes de que, com esforço da sua parte, e com a sempre atenta e precisosa colaboração da professora cooperante, seria possível progredir, a todos os níveis. Vi, por último, e também quanto ao 1.º C, meninas e meninos que sempre muito bem me receberam e a quem quero aqui também agradecer todo o carinho. E continuem a estudar sempre muito! E, como não poderia deixar de ser, mais do que ver, pude então (também) viver. Vivi, na verdade, um ambiente fantástico. Vivi aprendizagens diversas, e a níveis também variados. Aprendi mesmo muito, e aqui me confesso, com a professora cooperante, com a Maria, com a Vanessa e com todas as meninas e com todos os meninos do 1.º C. Quando alguém passa pela nossa vida, deixa-nos sempre mais ricos, diz a sabedoria popular. Pois assim foi também comigo. Muito obrigada, a todos, por me terem feito uma professora, e uma pessoa, melhor. Doutora Luciana Graça, Universidade de Aveiro


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Prática Pedagógica Supervisionada Breve Reflexão sobre a Prática Pedagógica Supervisionada (PPS) no Agrupamento de Escolas de Esgueira Como Diretor de Curso de Mestrado em Ensino do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico (CEB) da Universidade de Aveiro começo por referir que logo no primeiro contacto com o Agrupamento de Escolas de Esgueira (AEE) e com a atual Diretora do mesmo - Dra. Helena Libório - encontrei abertura e disponibilidade sem restrições em colaborar na formação de futuros professores. Testemunhei que tudo foi feito para que os professores deste agrupamento também correspondessem a essa disponibilidade. Depois, enquanto supervisor de Matemática e Ciências, quer no 1º, quer no 2º CEB, encontrei no AEE, ao logo deste ano letivo de 2013/14, entre os que voluntariamente se envolveram neste processo formativo, docentes empenhados, atentos e que contribuíram com muito do seu tempo e profissionalismo para a formação dos mestrandos do curso acima referido. Neste âmbito, colaborei, na Escola Básica de Esgueira, com a Doutora Fátima Mesquita e acompanhei a sua turma do 1º C. A sua dedicação e relação com os seus alunos e com as 4 mestrandas (estagiárias), que ali desenvolveram a sua prática Pedagógica do 1º CEB, são um incentivo à colaboração e uma evidência que a educação faz a diferença e pode ser a chave para um futuro melhor! Para tal, importa relevar e potenciar processos formativos: em contextos colaborativos entre todos os elementos da comunidade educativa (como reforçar esta colaboração?), com modelos e perspetivas que não sejam só miméticas e de modelação (como investigar estas práticas e qual o impacte desta na melhoria dos processos formativos dos estagiários e do êxito educativo das crianças?) e em ambientes flexíveis, de participação construtiva e com pensamento crítico (como podemos superar a racionalidade técnica que nos tem regido?). Desejo que neste e em todos os agrupamentos de escolas portuguesas possamos continuar a aprender e a viver aquilo que defendemos fundamentadamente que devemos ser e fazer! Rui Marques Vieira Diretor de Curso e Supervisor de Prática Pedagógica de Matemática e Ciências Universidade de Aveiro, Departamento de Educação


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Prática Pedagógica Supervisionada

Ser professora cooperante da Universidade de Aveiro, mais concretamente do Departamento da Educação é um continuar de todo um percurso profissional e académico de que muito me orgulho, quer como pessoa, quer como profissional da educação. É continuar a manter "laços" com a UA, é ter mais uma oportunidade de partilha e aprendizagem, desta vez com futuras professoras, ao nível da prática pedagógica supervisionada, pois permite estabelecer interações positivas e diferenciadoras através das práticas colaborativas de trabalho, apoiando, aconselhando e orientando o seu desempenho diário. Trabalhar ao longo deste ano letivo, quer com a Mónica e a Nádia, no primeiro semestre, quer agora neste semestre com a Maria e a Vanessa, foi um privilégio. Também eu cresci com elas, pois trouxeram para a sala de aula novas energias, novas motivações, novas atividades, novas práticas, que em muito contribuíram para o sucesso escolar de cada aluno numa turma tão heterogénea. A interação de práticas pedagógicas que com elas fui estabelecendo ao longo do ano letivo, sempre através de um trabalho colaborativo e reflexivo, quer em contexto de sala de aula nas diferentes disciplinas, quer noutros contextos escolares, deu-nos alento para continuar a nossa caminhada profissional, pois esta experiência abre-nos novas janelas para o mundo colorido que deve ser o ato de ensinar, e isso foi muito bom e gratificante!

Professora Fátima Mesquita


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Somos o Presente O tema do presente “Jornal das 6” é “Renovação”. Procurámos então alguém que, pelo seu percurso, já tivesse experienciado várias vivências dentro do Agrupamento. Chegámos assim à Dª Luísa, uma excelente Assistente Operacional, que foi entrevistada pelos alunos do 4º ano da Quinta so Simão, onde agora trabalha.

Luís Paulo: Há quantos anos trabalha? D.ª Luísa: Trabalho há catorze anos. Luís Paulo: E o nível de ensino? D.ª Luísa: Comecei a trabalhar na EB da Alumieira, dei apoio a uma criança com síndrome de Down, dei apoio numa sala do pré-escolar em Esgueira, a crianças autistas, na Aires Barbosa e este ano letivo na EB da Quinta do Simão. Luís Paulo: Qual a faixa etária que gostou mais de trabalhar? D.ª Luísa: Com crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo. Luís Paulo: Gosta do que faz? D. Luísa: Gosto muito e também aprendo com as crianças. Luís Paulo: O que ensina às crianças? D. Luísa: Tento incutir regras nas crianças, ensino- lhes jogos e acima de tudo a respeitarem-se. Luís Paulo: Como é estar na Quinta do Simão e trabalhar com crianças de uma cultura diferente? D. Luísa: É muito bom e tem sido um desafio todos os dias.


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O Mundo depois da escola Fomos saber o que faz a Professora Maria José Venâncio A minha escola dos plátanos Fazer parte do corpo docente da escola dos plátanos era um objetivo na minha vida profissional. Aconteceu no ano de 1994. Ainda hoje posso recordar a alegria que senti quando constatei a minha colocação na E.B. 1 de Esgueira, nos mapas afixados nas paredes na então Direção Escolar, sita na Avenida Dr. Lourenço Peixinho. Também me lembro bem do primeiro dia em que pisei aquele espaço como docente, recebida com o radioso sorriso da funcionária Isabel Marques. Foram onze anos de entrega, dedicação e crescimento: -A integração da Tatiana (portadora de autismo) e do Pedro Nuno (síndroma de Down) em contexto turma; -A festa de Natal feita pelos docentes para os seus alunos; - A sala Teach; -O Clube de Jornalismo e a horta; -Os jogos tradicionais no espaço exterior; -A fundação e crescimento da Associação de Pais; -A luta pela manutenção do espaço exterior…(o que foi retirado à escola continua ao “sabor da maré”); - A Biblioteca Escolar; -O início dos Agrupamentos… 1º o Horizontal… depois o Vertical com a E.B. 2,3 Aires Barbosa…; Tantos e tão gratificantes momentos que difícil seria escolher um só. A aposentação “precoce”, mas com tempo de serviço já excedente, veio cortar o cordão umbilical que me ligava a este espaço. Porquê? ...Agora não importa refletir sobre isso, mas sim fazer uma pré reflexão sobre o futuro. Afinal, quem sou eu? “As palavras como bichinhos de estimação” é o título do meu primeiro conto publicado com a chancela da Chiado Editora, e apresentado no dia 16 de Maio, na Biblioteca Municipal de Aveiro. Esta história aposta na sedução de ser capaz de escrever poemas e, se a Escola Básica de Esgueira me quiser para orientar momentos de escrita diferentes, eu prometo voltar à

Escola dos plátanos.


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O Mundo depois da escola Uma particular Biografia

Nascida a 18 de Março de 1954 na aldeia de Delongo, concelho de Tomar, desde tenra idade manifestei o desejo de ser "professora primária", para ensinar palavras. A avó paterna e o pai foram quem me ensinou a observar a natureza e foi pela sua voz que entrei no Mundo das histórias. A escrita foi sempre a melhor confidente sendo a minha poesia o lacre das minhas emoções. Em Outubro de 1972, concluído o Magistério Primário, iniciei o meu percurso como professora primária. Ao longo deste percurso a formação foi sempre uma aposta e o fascínio das palavras continuou a acompanhar-me. Assim que me foi possível, formalizei o meu curso com a licenciatura em Ensino na Universidade de Aveiro. Durante 12 anos fui cooperante da U.A. como orientadora dos alunos estagiários da licenciatura de Professores do 1º ciclo. Fiz parte da bolsa de formadores do Centro de Formação de Professores (José Pereira Tavares ) das Escolas de Aveiro, onde fui responsável pela Oficina de Escrita Criativa “A Linguagem dos Sentidos”. A minha escrita sempre foi partilhada nos grupos de trabalho e, ocasionalmente, por motivos muito específicos, diversos poemas foram publicados no Diário de Aveiro (Dia da Mulher, dia da Mãe, dia da árvore….) Brincar com as palavras foi “uma arte” que aprendi com grandes mestres e que cultivei ao longo do meu percurso como docente. Aquando da formação dos Agrupamentos de Escolas, ocupei durante 11 anos o lugar de vice-Presidente do Conselho Executivo no Agrupamento de Escolas de Esgueira e, o tempo letivo que me coube foi, então, ocupado com o desenvolvimento de Oficinas de Escrita, o Clube de Jornalismo e a Hora do Conto em contexto Biblioteca Escolar. Depois da aposentação comecei a desenvolver o meu projeto “As palavras como bichinhos de estimação” em turmas do 1º ciclo com cujos docentes tenho laços de amizade e que se identificam com o meu trabalho, mantendo ainda esta atividade sempre que a vida mo permite. Dizem que a minha escrita é uma praia imensa! Desde a poesia profunda aos versos jocosos, desde os simples romances às histórias infantis e à poesia para crianças, as palavras fazem, sem dúvida, parte de mim.


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Fazemos História Por onde andam os nossos antigos alunos? Lembram-se da Marta?

Comecei a escrever muito cedo. Acho que ainda não sabia escrever e já andava com papel e caneta atrás, a tentar registar tudo o que se passava à minha volta. Mantive muitos diários numa altura em que ainda não havia internet (parece impossível) e esse foi um ritual que me acompanhou durante muitos anos. Na escola – quer na Aires Barbosa, quer mais tarde na Jaime Magalhães Lima – a minha disciplina de eleição sempre foi o Português, porque podia escrever, escrever, escrever. Tive a sorte de ter professores que sempre incentivaram o caminho. Por isso posso dizer que não foi o jornalismo que me levou à escrita, mas sim a escrita que me levou ao jornalismo. Quis ser jornalista desde que me apercebi que contar histórias reais poderia ser ainda melhor do que escrever histórias ficcionadas. Ao mesmo tempo também sempre soube que queria trabalhar com pessoas e que no jornalismo teria a possibilidade de conhecer muitas pessoas diferentes (e, por inerência) as suas (muitas e diferentes) histórias. É como escrever um livro todos os dias, mas sem ficção, apenas com a verdade das pessoas com quem nos cruzamos. Houve uma altura no percurso, no final do secundário, em que balancei para a Psicologia mas a primeira vontade prevaleceu. Cheguei também a pensar ser advogada, mas não conseguiria defender os ‘maus’ da fita. No jornalismo não tenho de defender ninguém: tenho apenas de contar o que aconteceu, todas as versões da história, sem interferir nela. Acho que é isso que me agrada. Não mudo o mundo – ou o rumo das coisas – apenas mostro como ele é, com as suas graças e desgraças, as suas virtudes e defeitos. Não sei o dia em que decidi ser jornalista mas sei que foi um dia feliz: acertar no caminho (mesmo que se demore a perceber qual é ou que a dada altura se mude de trajeto) é motivo para isso. Marta Martins Silva


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Fazemos História A Mara enviou algumas fotos do tempo de estudante, para que o possamos reconhecer

Sim! Andei na Aires e na Jaime! O ensino básico e secundário são o tempo e o lugar onde criamos a nossa identidade e onde crescemos enquanto pessoas, onde descobrimos as nossas primeiras ambições e onde damos o nosso primeiro passo para o futuro. Desde cedo que sabia que queria ir para Desporto. Provavelmente nunca mudei de ideias, porque o Educação Física na escola sempre me motivou, sempre me deu condições e sempre me apoiou para evoluir. Daqui destaco o apoio da prof. Isabel Serrano e do prof. Francisco Bugalho na minha preparação para os pré-requisitos, prova necessária para o acesso ao Ensino Superior. Felizmente sempre estive numa boa turma, muito unida que, ainda hoje, guardo no coração com muito carinho e nostalgia, como o lugar e as pessoas para onde e para quem queremos sempre voltar. As escolas de Esgueira foram o palco de inúmeros momentos ao longo do meu percurso, desde as atuações de música e os intervalos a saltar à corda na Aires, aos espetáculos de teatro e às Escolíadas na Jaime. Já para não falar nas visitas de estudo, no baile e na viagem de finalistas. Recordo e, ainda hoje, procuro os fantásticos croissants de chocolate e os pães com chouriço da Jaime. Os professores sempre mantiveram um contacto muito perto, acompanhando-nos ao longo dos anos com bastante cumplicidade e empatia, fazendo-nos confiar neles e melhorando as nossas dificuldades. Ainda hoje, enquanto estagio na minha escola e trabalho no clube, me revejo em muitos momentos que passei na escola do meu tempo, sendo um dos pilares na minha tomada de decisão, a forma como os professores lidaram comigo e as reações que tiveram em determinada situação. Só tenho mesmo a agradecer a todos, incluindo colegas, professores e funcionários das escolas, o terem-me proporcionado bons anos de vida, a aprender, a brincar, a conviver, a crescer e a encontrar o meu caminho – especialização em metodologia de treino. Mara Mata 22 anos Estagiária de mestrado de ensino e treinadora adjunta no Castelo da Maia



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