Jornal das 6 nº 4

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jornal das

Agrupamento de Escolas de Esgueira Junho de 2014— nº 4


Página 1 Equipa: Educadora Sara Carvalho, Professora Celeste Vieira, Professora Isabel Branco, Assistente Operacional Esmeralda Freitas, Luísa Rodrigues (5ªF), Martim Tavares (5º F), Patrícia Ferreira (10ºD).

Editorial Escrevo este texto cerca de 24 horas após a gala das Escolíadas na qual recebemos o prémio de vencedores da edição de 2014. Por isso, vou falar sobre coesão. E o que tem uma coisa a ver com a outra? Tudo! No momento em que recebemos a taça, uma aluna – a Mariana – teve a sabedoria de transmitir numa frase a ideia que adotei para Editorial mote deste texto. Disse que em Esgueira – referia-se à Escola, ao grupo das Escolíadas - , somos todos a construir o projeto e não um individualmente e que esse é o segredo do sucesso. Aconteceu De facto, pude constatar ao longo de meses que o que tornou esta equipa imparável foi a partilha de objetivos, de sonhos, de ambições, que os fez mobilizar uma Escola e eu diria uma comunidade educati- Departamentos va, tornando-a cúmplice do seu projeto.

INDICE

Para aquela jovem, Esgueira (leia-se a Escola, o grupo Escolíadas) é isso! Para os outros 75, a escola é isso! Sentimo-lo quando em unísso- Bibliotecas no gritam a pleno pulmão ESGUEIRA! Depois de todas as emoções misturadas com o cansaço acumulado da semana e o massacre causado por uns sapatos altos, que decidira Parcerias e Projetos usar para prestigiar o momento, a cumplicidade de todos quantos exaltavam a alegria da taça de que me confiaram a guarda, encheu a Associação de Pais e E.E.s minha noite e deu mais sentido à minha condição de diretora. O testemunho da Mariana – o chefe da estação da nossa peça de teatro – acordou jovial e persistente na minha manhã de sábado, transformando-se, ao longo do dia, na mensagem que quero transmi- O Mundo depois da Escola tir ao Agrupamento de Escolas de Esgueira. Seremos grandes se partilharmos objetivos, se construirmos projetos mobilizadores, dos alunos, dos professores, dos não docentes, dos pais, da comunidade. Fazemos História Para os 75 alunos das Escolíadas e de todos quantos sabiamente mobilizaram para o projeto, Esgueira é grande. Vestiram a camisola de tal modo que se confunde com a própria pele! Tenho a ambição de respirar coesão no Agrupamento de Escolas de Esgueira. ESGUEIRA!

Helena Libório, Diretora do Agrupamento de Escolas de Esgueira

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Dia do Agrupamento— Agrupamento—24 de abril

No dia 24 de abril, comemorou-se no nosso Agrupamento de Escolas, o Dia do Agrupamento. Os alunos mais novos, da Pré e do Primeiro Ciclo, foram convidados a participar em várias atividades na escola sede. Quando os alunos do 4.º A chegaram à escola sede tinham à sua espera um aluno mais velho que tinha a função de os acompanhar pelas atividades. Esta turma participou em 3 atividades: A primeira realizou-se no Laboratório de Ciências Naturais, onde puderam observaram alguns ovos de aves, tais como um ovo de avestruz, de galinha, de ganso e de codorniz. Também viram, através de um microscópio, tecido de pulmão de um fumador e tecido de pulmão de um não fumador. Através de uma experiência observaram como fica o pulmão de um fumador depois de fumar apenas um cigarro. Viram ainda animais de diferentes espécies, como por exemplo, lagostins, uma enguia, caracóis, minhocas, peixes, etc. A segunda atividade ocorreu numa sala onde havia uma exposição de eletricidade e eletrónica. Nessa exposição viram e puderam experimentar projetos de eletricidade e eletrónica que alunos mais velhos tinham realizado. A terceira atividade, uma “aula” de Francês, teve como objetivo divulgar o Francês e motivar os alunos a aprenderem esta Língua. Os alunos consideraram que a aula foi muito divertida e estava muito bem organizada. Aprenderam que várias palavras que utilizamos na Língua Portuguesa são de origem francesa, viram um planisfério onde estavam assinalados os países em que se fala a Língua Francesa, o número de falantes dessa Língua e algumas palavras e expressões que os franceses utilizam no dia-a-dia. Fizeram também um jogo em que os alunos estavam organizados em vários grupos e tinham de mostrar aquilo que tinham aprendido durante a “aula” e, no final, ainda cantaram uma canção em Francês. Os alunos apreciaram muito as atividades do Dia do Agrupamento e reconheceram que houve muito esforço de todos os que participaram na organização deste evento.

Turma do 4.ºA


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Dia do Agrupamento— Agrupamento—24 de abril Depois de uma amena conversa sobre as motivações deste dia, fui com uma das turmas que me estava destinada ao laboratório de Ciências, onde os alunos seguiram com muito entusiasmo as explicações das professoras sobre a reutilização de embalagens e de cápsulas de café Nespresso, manipulando os materiais. Uma das alunas exibiu com um largo sorriso os brincos feitos com cápsulas de várias cores. Participaram ainda no processo de manufatura do sabonete a partir de um ingrediente como o azeite. “Tão macias que ficam as nossas mãos!” – diziam eles quando as professoras lhes deram a oportunidade de experimentarem o produto final na lavagem das mãos. Depois do intervalo, estes alunos foram ao Circo Matemático, participando de forma entusiástica, sempre que foram solicitados. Com outros alunos, o entusiasmo manifestado foi idêntico ao participarem, por exemplo, nas atividades de Origami no laboratório de Matemática e nas diversas atividades das ciências experimentais no laboratório de Físico Químicas. Mas, “Happy” estavam os concorrentes da atividade do Karaoke quando cantaram esta canção de Pharrell Williams e os espetadores no auditório. Não podendo deixar de salientar ainda o convívio entre professores no tradicional “Tea Party”, o chá das 5h com scones, croissants e bolos, seguiu-se à noite, pelas 21h, a sessão solene com um programa muito bem concebido! Carla Costa, profª do grupo 220

Ilustrações do 2º A EB1 de Esgueira


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Dia da Mãe Mãe És a luz que me guia, dás-me força e alegria.

Mãe

Tenho voz de anjo, coração de dragão que só se penetra com o teu coração.

Mãe, são só precisas três letras para descrever o amor que tu me dás todos os dias ao acordar.

As tuas palavras são lições e com o meu coração tens ligações

Mãe, posso viver sem amigos, mas não posso viver sem ti

Deste-me a vida, um teto e amor, só não me deste tristezas nem incertezas.

Diana, Belkiss, João David, Sónia - 5ºF

Lara, Beatriz, Luísa, Tiago Lomba - 5º F

Mãe, lembro-me do carinho que tu me deste, lembro-me do teu sorriso, lembro-me dos teus conselhos. Mais uma vez digo-te: Adoro-te! Beijos

Mãezinha, és tão querida és tão boa amiga dás-me alegria Vou amar-te toda a vida. És como uma seta a guiar o meu caminho ensinas-me a andar até ao futuro chegar. Mereces mais do que o mar mereces uma rosa para cheirar por todo o carinho que me estás a dar. Mariana Costa, João Cardoso, Ana Rita, Sara Correia - 5º F

Bruna Monteiro - 5º F


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Joana (Santa).

Dia da Cidade de Aveiro

Princesa de Portugal, filha do rei D. Afonso V e da rainha, sua mulher, D. Isabel. N. em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1452; fal. no convento de Aveiro a 12 de Maio de 1490.

O nascimento desta princesa causou o maior entusiasmo e alegria, por não haver sucessor, e logo no berço foi jurada em cortes por princesa herdeira do reino, titulo que pela primeira vez se dava em Portugal. O nome de Joana, que recebeu no baptismo, fora em memória de S. João Evangelista, a que sua mãe consagrava cordial afecto. Desde muito criança mostrou tendências para a vida religiosa. Tinha 15 anos quando faleceu a rainha sua mãe, e D. Afonso V logo lhe deu casa com a mesma grandeza e fausto, e por mordomo, primeiramente a Fernão Telo de Menezes, do seu conselho, e depois a D. João de Lima, 2.º visconde de Vila Nova da Cerveira. A princesa continuou na sua vida religiosa, tornando-se digna da admiração de todos pelas suas elevadas virtudes, e pela forma com que ao decoro da sua pessoa unia os rigores da maior austeridade, porque no público ostentava pelas galas a pompa e fausto senhoril, e no interior ocultava por baixo delas a estamenha grosseira, o cilício e outros instrumentos de penitencia. Não faltava nas festas e nas danças com o semblante alegre, mas não perdia um só momento de se entregar com humildade ao jejum, à oração, e sobretudo às muitas esmolas que repartia com largueza, e por sua própria mão aos pobres. Chegou a ter por divisa, pela sua grande devoção, e a mandar pintar uma coroa de espinhos em todas as salas do seu paço, fazendo-a gravar em sua prata, e esmaltar em todas as suas jóias. Alguns príncipes desejaram tê-la por esposa; Luís XI, rei de França, pediu-a em casamento para o delfim seu filho; Maximiliano, rei dos romanos, filho do imperador Frederico III; [Ricardo III], rei de Inglaterra; porém a santa princesa todos rejeitou, porque o seu maior desejo era consagrar-se a Deus. Em 1471, voltando D. Afonso V da tomada de Arzila e de Tanger; determinou Santa Joana cortar por tudo que se oferecesse contra a sua vocação, e tomar o hábito de religiosa. Esperou o pai, vestida ricamente e adornada com as melhores jóias, beijou-lhe reverente a mão, declarou sua vontade, requereu como paga do mesmo triunfo que ele ganhara, instou, e conseguiu, ainda que contra vontade de D. Afonso, o que ela mais desejava, a entrada no claustro. Passou primeiro ao mosteiro de Odivelas para a companhia de D. Filipa de Lencastre, sua tia; sentindo, porém, abraçar-se em desejos de mais austera observância, resolveu recolher-se no convento de Jesus de Aveiro da ordens de S. Domingos, por ter fama de grande austeridade, preferindo-o ao de Santa Clara, de Coimbra, que seu pai lhe apontava. Fez a sua entrada solene no referido convento de Aveiro com a mesma, D. Filipa, sua tia, a 3 de Agosto de 1472. Desejosa de professar, passados dois anos e meio depois da sua entrada, a 25 de Janeiro de 1475, vestiu o hábito com todas as cerimónias da religião. A deliberação da piedosa princesa causou o maior desgosto a D. Afonso V e a seu filho, o príncipe D. João, que se opuseram energicamente, assim como os grandes do reino, levando os povos a protestar por seus procuradores à porta do mosteiro contra aquela resolução, de que podiam resultam graves perigos para o reino em vista da falta de sucessores à Coroa, mas esses rogos, nem a doença, de que esteve quase sendo vitima antes de terminar o ano de noviciado, fizeram desistir a princesa do seu propósito. Não pôde, contudo, professar, porque uma junta de teólogos congregada na presença do soberano para decidir tão importante assunto, resolveu que a princesa estava obrigada em consciência a deixar essa pretensão. D. Joana, vendo que não podia realizar o seu desejo, contentou-se em ficar no convento como secular, não havendo meio de a resolver a voltar à corte. No ano de 1479, porém, sobreveio-lhe nova tribulação com a peste que se desenvolveu em Aveiro, e a santa princesa foi constrangida a sair do convento a 7 de Setembro e a retirar-se à vila de Avis, e depois a Abrantes. Cessando o mal, passados 11 meses, recolheu-se outra vez ao seu convento. Com a morte do rei seu pai em 1481 e tendo sido aclamado seu irmão D. João II, fez voto solene de castidade a 25 de Novembro do referido ano, continuando com maior fervor os seus costumados exercícios com todos os rigores de religiosa, até que faleceu. Foi sepultada no coro, onde em 1577 D. Ana Manique de Lara, duquesa de Caminha, lhe mandou fazer um túmulo de ébano, marchetado de bronze dourado.


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Dia da Cidade de Aveiro Continuação da página anterior

Pelas suas virtudes o povo principiou a considerá-la santa, culto que já lhe rendia em vida, mas que aumentou em devoção depois da sua morte. No ano de 1626 começou-se com grande empenho a diligência da sua beatificação. Abriu-se o túmulo, e encontrou-se o corpo como se tivesse ali sido depositado naquela hora; tiradas as inquirições de seus milagres pelo bispo de Coimbra D. João Manuel, se lhe mandou pendurar diante uma lâmpada de prata. Foi canonizada a 4 de Abril de 1693, por Inocêncio XII, concedendo que no reino e seus domínios se pudesse rezar desta virgem, e pudessem ser veneradas as suas imagens, e invocar a protecção, como bem-aventurada, a rogos do rei D. Pedro II e de todos os prelados e magistrados do reino. O referido monarca D. Pedro II lhe mandou fazer um sumptuoso mausoléu de jaspe finíssimo lavrado com variedade de embutidos, mas só depois da sua morte, é que as santas relíquias para ali foram trasladadas, a 25 de Outubro de 1711. Sobre o mausoléu estão as quinas portuguesas, e na face a coroa de espinhos que a santa adoptara por divisa. O mausoléu estava cercado de lâmpadas, e o duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre, lhe ajuntou 5 primorosos candeeiros de prata de grande valor, que doou ao mosteiro. Santa Joana foi senhora da vila de Aveiro e seu termo, menos a jurisdição que não quis nunca, e de todas as rendas, direitos reais dízimos de pescado, com a sisa e imposição do sal da mesma vila; e dos lugares de Mortágua, Eixo, Requeixo, a quinta de Vilarinho e de Balsaime, com todos os seus reguengos de que se lhe fez mercê a 19 de Agosto de 1485, como consta do Arquivo Real. http://www.arqnet.pt/dicionario/joana_santa.html

Exposição na Biblioteca Aires Barbosa.


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Dia da Cidade de Aveiro

Trabalho do 3ยบ A EB1 de Esgueira


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Vários Acabaram as aulas e chegaram as férias. As aulas acabaram e as férias chegaram. Finalmente este dia chegou. É tempo de dizer adeus aos amigos e aos professores. Vamos ter mais tempo para ficar com a família, de ir à praia, de acordar mais tarde, descansar, pular, brincar e de fazer tantas outras coisas ou não fazer nada. Isto é, a partir de agora, a maior parte dos alunos estão oficialmente de férias. Boas férias.

Cicloturismo Vai-se realizar mais um cicloturismo, durante o dia 13, com o tradicional percurso entre Esgueira e a Costa Nova.

Pois, mas ainda não é para todos… é só para alguns. Para os alunos do ensino secundário, junho não significa a proximidade das férias. Os que frequentam o 10.º e 11.º ano percorrem ainda o caminho rumo ao ensino superior e os do 12.º ano, esse momento é agora. Este é um dos momentos mais decisivos no percurso escolar de um estudante: a realização dos Exames Nacionais. Por um lado, terminam um ciclo de estudos funda-

Foto de 2013

mental para a sua formação pessoal e académica, por outro, é o entrar no mercado de trabalho ou o iniciar de um outro patamar escolar.

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E o calendário avança e o nervosismo cresce. Apetece dizer como o DJ Avicii “So wake me up when it's all over”. Feeling my way through the darkness Guided by a beating heart I can't tell where the journey will end But I know where to start De facto não sabemos como tudo vai acabar, mas sabemos onde vai começar. Durante a época de exames a pressão é muita. A experiência diz-nos, porque também já fui aluna, que os estudantes devem ter a noção da importância deste desafio que é necessário superar, sem o dramatismo que tende a colocar os resultados e as médias acima de tudo, prepararem-se para ele com equilíbrio e uma dose tolerável de pressão. E sobretudo acreditando sempre que vão ser capazes de atingir os resultados e os objetivos desejados garantindo assim um final feliz. Um conselho aos pais: devem ajudar os vossos filhos a manter a mente sã. Não é o momento de recriminações. O aluno pode não se ter esforçado ao longo do ano, os pais podem ter razão de queixa, mas o "ajuste de contas" pode esperar até à publicação dos resultados finais. Boa sorte para todos e votos de bom trabalho! E boas férias, claro! Elsa Jorge, Presidente do Conselho Geral

Bailes de Finalistas Na sequência dos bailes de finalistas dos alunos do 12º ano, vai-se realizar dia 13 de junho o baile de finalistas dos alunos do 9º ano. Felicidades, meninos


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Vários Roadshow de Cursos Profissionais Sarau Dia 14 de junho, pelas 20:30h, realiza-se o SARAU de Nos dias 30 e 31 de maio, realizou-se no Parque de Exposições

de

Aveiro

um roadshow, pro-

encerramento do ano letivo, no grande auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, de acordo com o programa anexo. Convido todos os professores a assistirem ao espetáculo em que os nossos alunos são os artistas.

movido pela ANQEP (Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional), no qual a EBS Jaime Magalhães Lima participou para divulgar os curso profissionais que nos propomos ministrar.

A Feira do Livro e da Música 2012 decorre até 10 de junho, no Rossio. Organizada pela Câmara Municipal de Aveiro, a Feira do Livro e da Música assinala este ano 40 anos . Horário do certame: de segunda a quintafeira, das 17.00 às 23.00 horas; às sextasfeiras, das 17.00 às 24.00 horas; sábados e 1 de junho das 10.00 às 24.00 horas, com interrupção na hora de almoço. Aos domingos o certame e das 14.00 às 23.00 horas. Para o programa das atividades, consulte http://files.cm-aveiro.pt/ XPQ5FaAXX34865aGdb9zMjjeZKU.pdf

A vossa presença é importante para eles!


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Departamentos do PréPré-Escolar e do 1º Ciclo

Visita de Estudo Visita de Estudo ao Portugal dos Pequenitos No dia 7 de maio as turmas do 1º ano da Escola Básica de Esgueira, foram ao Jardim Zoológico da Maia. Na manhã do dia 14 de maio, a estação de Aveiro

Fomos e viemos de autocarro.

ficou repleta de pequenos passageiros, eram 80 alunos do 2º ano de escolaridade, do Agrupamento de Escolas de Esgueira, acompanhados pelos seus pro-

No zoo havia muitos animais: macacos, cobras, zebras, leões, veados, cangurus ...

fessores e pela D. Madalena. As crianças estavam eufóricas, muitas delas nunca tinham viajado de comboio,

nem

Os alunos deram comida às zebras, veados e cangurus. Foi um dia muito divertido, convivemos e aprendemos

conheciam o

muito

espaço mági-

diferentes animais:

co que é “ O

como vivem, o que

Portugal dos

comem, como se

sobre

os

Pequenitos” em Coimbra.

reproduzem...

É enriquecedor observar os alunos fora do contexto

Queremos voltar!

escolar, descobrem-se comportamentos surpreendentes e reforçam-se laços afetivos. O dia foi divertido, o convívio muito agradável e até o bom tempo marcou presença! Professora Margarida

Mariana, 1º C


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Departamentos do PréPré-Escolar e do 1º Ciclo Vista de Estudo No dia dezasseis de maio visitámos o Museu Marítimo de Ílhavo e o Navio de Santo André. Às nove horas saímos da escola e fomos para o autocarro. Quando entrámos no Museu Marítimo de Ílhavo, a Guia informou-nos de que íamos visitar as quatro salas mais importantes do Museu: a Sala da Ria, a Sala do Faina Maior, a Sala das Conchas e a Sala dos Mares. Entrámos na Sala da Ria de Aveiro onde vimos um filme sobre a Ria e seus barcos. Observámos barcos típicos de Aveiro: o Moliceiro, o Mercantel e o Saleiro. A Guia disse -nos os significados dos seus símbolos e os nomes dos homens que os construíram. Dirigimo-nos para uma sala grande onde visionámos outro filme, cuja personagem principal era um bacalhau chamado Gaspar que é a mascote do Museu. No Faina Maior aprendemos como os bacalhaus eram pescados e como se preparavam até chegarem aos locais de venda. Esta sala é uma homenagem aos homens que andaram na pesca de arrastão. Subimos uma rampa e fomos ver a Sala das Conchas que tinha muitas conchas vindas de todo o Mundo e que foram doadas ao Museu. Na Sala dos Mares vimos miniaturas de embarcações, aparelhos náuticos e de pesca, os mares onde os homens pescavam e os vários tipos de bacalhaus. Adorámos o aquário com bacalhaus vivos e, em particular um bacalhau que chegou há pouco tempo! À saída ficámos admirados ao ver um bacalhau revestido de moedas, sentado numa cadeira e com uma coroa na cabeça: queria dizer que o bacalhau é Rei! Saímos do Museu e fomos almoçar ao Jardim Oudinot. Deram-nos um gelado muito fresquinho e brincámos no parque. Fizemos fila para entrar no Navio Museu Santo André. Dentro do navio fomos vendo muitas coisas, com a ajuda da Guia; por exemplo: as partes do navio, como é que se pescava, onde e como se cozinhava, onde se comia, onde as pessoas mais e menos importantes da tripulação dormiam, onde e como armazenavam o bacalhau Saímos do Navio e agradecemos à Guia por nos ter feito a visita guiada. Dirigimo-nos ao autocarro que nos trouxe à Escola. A Visita de Estudo foi inesquecível! “A vida no mar era a melhor vida que houve no mundo. Nunca mais será esquecida pelo povo nobre”. Texto coletivo - 3º B


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Departamentos do PréPré-Escolar e do 1º Ciclo

No âmbito do Projeto SOBE, recebemos a visita do higienista oral Mário Valdez e da enfermeira Ana Lúcia. Foi importante sabermos como tratar bem dos nossos dentes. Aprendemos a escovar os dentes corretamente e quantas vezes os devemos escovar ao dia. Também ficámos a saber quais os alimentos saudáveis para a nossa dentição. Foi giro porque já escova-

aprendemos

abril realizou -se uma ação de sensibilização subordinada

ao

tema: higiene oral.

mos os dentes na escola e

No dia 4 de

Foi realizado um rastreio por dois higienistas

ainda

de saúde oral do centro de saúde.

mais sobre este tema.

Falamos da importância da escovagem dos dentes e da alimentação saudável. 2.º/3.ºF (Quinta do Simão) A Educadora: Júlia Dias

Semana da Leitura

EB1 de Esgueira

Mais fotos nas notícias sobre a Biblioteca


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Departamento de Matemática e Ciências Experimentais No âmbito da disciplina de Ciências da Natureza, a professora estagiária Daniela Silva propôs à turma do 5.º F que realizasse uma notícia para o jornal da escola. Tinha como objetivos informar a comunidade escolar sobre as atividades relativas à poluição do ar, que a turma realizou; se estas contribuíram para o aumento dos conhecimentos dos aluno; bem como se os sensibilizou para a necessidade de todos contribuirmos para a preservação ambiental. Poluição do ar “A nossa turma (5.º F) realizou duas atividades práticas sobre o tema “a poluição do ar”. Na primeira atividade, intitulada “Detetives do ar” investigámos se havia ou não poluição na nossa sala de aula. Dividimo-nos em cinco grupos, cada um tinha um maço de lenços de papel, cinco pares de luvas, cinco sacos de plástico transparente, uma caneta de acetato e um caderno de registos. Cada um dos grupos definiu quem limparia uma mesa, o parapeito de uma janela, o quadro de giz e o vidro de uma das janelas. De seguida colocámos as luvas, pegámos num lenço e dirigimo-nos para o local que nos foi destinado. Pegámos no nosso lenço de papel e passámo-lo na zona atribuída. Voltámos para a mesa de trabalho e pusemo-lo no nosso saco (no qual escrevemos o local de onde foram retiradas as amostras). No final observámos os lenços de papel com o nosso grupo e preenchemos o “Quadro 1” do guião da atividade, onde pudemos concluir que havia presença de partículas.” (Luísa Rodrigues, n.º 18). No chão da sala havia terra, que vem agarrada no calçado; no parapeito da janela existia pó que vem do ar; no quadro de giz encontrámos pó; no vidro da janela havia fumo das fábricas e carros; e na mesa de estudo encontrámos aparas de lápis.” (Marisol Azevedo, n.º 21). “Na segunda atividade, intitulada “O que é que se esconde no ar?” (Luísa Rodrigues, n.º 18) “lemos um texto sobre o Concelho de Aveiro e a Fábrica de celulose do Caima” (João Cardoso, n.º 14), “tentámos identificar os fatores que alteram a qualidade do ar, as propriedades do ar e recolhemos na nossa escola dados sobre a poluição. De seguida reunimo -nos com o nosso grupo (formado na primeira atividade) e a professora distribuiu um par de luvas e um papel “armadilha”. De seguida elegemos um representante do grupo que depois colocou o papel “armadilha” no local da escola que foi atribuído pela professora. Após 28 dias, o representante de cada grupo dirigiu-se ao local onde tinha colocado o papel “armadilha” e, com a ajuda da professora, retirou-o. Já com todos os papéis “armadilha”, colocámos cada um num tabuleiro, onde estavam identificados os locais de onde tinham sido retirados os papéis. Depois os tabuleiros passaram de mesa em mesa e com as lupas analisámo-los e preenchemos o “Quadro 2” do guião d atividade e pudemos concluir que todos os locais estavam poluídos, mas que os locais mais reservados tinham menos poluição” (Luísa Rodrigues, n.º 18). “Aprendemos que a poluição pode ser diminuída através da: redução do consumo de energia, que diminui a queima de combustíveis fósseis e consequentemente a produção de dióxido de carbono diminui; plantação de vegetação e preservação de florestas; utilização de filtros despoluidores nas chaminés das industrias; substituição dos CFC´s; etc.” (João Freitas, n.º 15). “Diz stop à poluição, no futuro as consequências da poluição vão ser desastrosas.” (João Cardoso, n.º 14).


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Departamento de Ciências Sociais e Humanas Alunos de EMRC no InterEscolas

No dia 2 de maio, em Sever do Vouga, encontraram-se, pelo XIII ano consecutivo, alunos e professores de EMRC, no Interescolas da Diocese de Aveiro, sob o lema “EMRC… Juntos por Ti!“. Este evento contou com a presença de três mil e quinhentos alunos, provenientes de escolas públicas e colégios da área da Diocese de Aveiro e com muitos professores que sendo de EMRC ou de outras áreas disciplinares, generosamente acompanharam os seus alunos. A nossa escola participou com 60 alunos do 2º ciclo, 41 do 3º ciclo e 1 aluna do secundário, acompanhados por 5 professores. Os nossos alunos distribuíram abraços grátis, fizeram amizades, jogaram, brincaram e num ambiente salutar em contacto com a natureza, desenvolveram atitudes de cidadania e valores humanos e cristãos. Foi um dia inesquecível, onde a alegria, o convívio salutar, a cor e o espírito de partilha e de união foram as tónicas dominantes. Para o ano haverá mais e até lá fica o grito deste dia: Moral é… FIXE! Professora Teresa Ribeiro

UMA SEMANA EM TAIZÉ

As malas estavam prontas há cerca de duas semanas e a ansiedade parecia não parar de aumentar. Contávamos os dias para esta promissora aventura, dias esses que pareciam demorar cada vez mais a passar. Finalmente, era a nossa vez de partir para esta experiência sobre a qual ainda pouco (ou nada!) sabíamos para além dos testemunhos daqueles que já tinham tido essa oportunidade. Embarcámos no autocarro. O tempo previsto de viagem era de cerca de vinte e quatro horas. O que, para ti, deve parecer uma longa e cansativa viagem, não? Para nós, não o foi. A diversão e o entusiasmo preencheram os espaços de silêncio que invadiam de quando em quando o autocarro, fazendo com que a viagem passasse num ápice. Continua na página seguinte


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Departamento de Ciências Sociais e Humanas Continuação da página anterior

Aproximava-se a nossa vez de visitar e viver ao máximo a comunidade ecuménica de Taizé, com outros católicos e protestantes. Durante aquela única semana, promovida e organizada no âmbito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, teríamos oportunidade de nos abstrairmos o máximo possível do que nos atormentava. De dia 1 a dia 9 de Março encontrar-nos-íamos em profunda introspeção, oração e convívio, naquilo que parecia um mundo completamente à parte, isento de maldade e dor. Ainda nos lembramos, com nostalgia, do momento em que vimos a placa “Communauté de Taizé” pela primeira vez. Ainda nos lembramos, com saudade, do ruído embalador das malas de viagem a deslizar sobre o piso de terra batida. Ainda nos lembramos, com alegria, do quão diferente a primeira oração foi daquilo a que estávamos habituadas. Ainda nos lembramos, com desconsolo, da primeira refeição que nos serviram (que em nada teve a ver com as restantes). Depressa, esta nova rotina tornou-se a nossa rotina de sonho, de tal modo que nos custou imenso ter que a abandonar quando chegou o momento de regressar a Portugal. Custou-nos deixar as três orações diárias que apesar de simples, nos invadiam e completavam a alma, e nos tocavam nos mais profundos esconderijos da nossa mente. Por acréscimo, custou-nos o facto de termos deixado para trás todas as pessoas fantásticas que conhecemos e aquelas que mesmo não conhecendo nos brindavam com a sua simpatia ao dizer simples e mágicos “Bonjour!” cheios de energia. Foi em Taizé que pudemos aumentar a nossa fé e reencontrarmo-nos com Deus. Foi com o amor de Deus que tivemos possibilidade de descobrir o melhor de nós, e de dá-lo a conhecer aos outros. Porque em Taizé não importa o que tu tens, o que tu fazes, quem tu aparentas ser. Importa apenas quem tu és, na mais pura genuinidade. Nós conseguimos libertar-nos, dar asas à nossa louca imaginação, ao ponto de caminharmos descalças sobre o asfalto só porque sim, só porque nos apeteceu. Taizé é isso mesmo: viveres na simplicidade (com ou sem sapatos!), viveres bem juntinho de Deus e deixares-te guiar pelos planos que Ele tem para ti. Sem darmos por isso, os seis dias tinham chegado ao fim. No entanto, bastou apenas o primeiro dia em Taizé para nos apercebermos que queríamos repetir a experiência. Já sonhamos voltar a sentir Taizé. Queremos poder repetir aquela que foi uma das melhores semanas da nossa vida. E queremos que te juntes a nós nesta reconfortante aventura! Mariana Cruz e Beatriz Gonçalves – Alunas do 10ºano


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Gostaria de ver publicado um artigo sobre o seu tema favorito?

Tem um texto interessante? Um desenho bem feito? Gosta de desporto, música, cinema … ?

O Jornal precisa de si

Departamento de Expressões

Decorreu na Escola Básica de Aradas, no passado dia 4 de junho, a Fase Final na modalidade de Futsal no escalão de Infantis Masculinos. Depois de alcançar o 1.º lugar na fase de grupos, a equipa da nossa escola conquistou um honroso 3.º lugar. Neste escalão participaram 28 equipas, o que, por si só, enaltece ainda mais a classificação obtida. Parabéns ao Bruno Santos, Ricardo Vila Maior, Hermenegildo Figueiredo, António Freire, Fábio Sanhá, André Medeiros, Rui Vieira, Celestino Silva, João Barros, Alexandre Antunes, Ricardo Cruz, Gabriel Morais, Tomás Jesus, Marcos Ribeiro, Rui Silva e Rainer Sambú, quer pela participação assídua nos treinos, quer pelo empenho e qualidade impostos nos vários jogos disputados.


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Departamento de Expressões Os alunos da turma profissional de Gestão de Desporto 10ºH - realizaram uma visita de estudo no passado dia 30 de Maio ao Centro de Alto Rendimento – Velódromo Nacional em Anadia. O motivo desta deslocação prendeu-se com a realização da Taça do Mundo de Ginástica Artística. Neste evento desportivo de tão elevado nível, os alunos e professores acompanhantes tiveram oportunidade de visitar estas instalações desportivas, únicas no país, e assistir a treinos e provas dos melhores ginastas do mundo. Os alunos demonstraram muito interesse e ficaram obviamente rendidos às prestações dos ginastas. Acresce também que puderam ter uma visão real dos recursos materiais e humanos que tal evento exige.

Nos dias 2 e 14 de Maio, decorreram duas concentrações do Desporto Escolar na modalidade de BTT, respetivamente na Branca e Mealhada. Os

Nesta competição, a participação portuguesa esteve em destaque. A ginasta Filipa Martins obteve medalha de ouro no solo, medalha de prata nas paralelas assimétricas e medalha de bronze nos saltos. Outra ginasta, Diana Abrantes alcan-

alunos participantes estiveram muito bem, sendo que a prova na Branca realizou-se num percurso difícil e o percurso na Mealhada decorreu dentro do parque da cidade. Na mealhada o Miguel Gonçalves obteve o segundo lugar na categoria de juniores masculinos

çou a medalha de bronze na trave. Professora Sílvia Caetano

Nos dias 25 e 26 de abril teve lugar no Agrupamento de Escolas do Mundão, em Viseu, o Encontro Regional de ténis de mesa. Neste evento desportivo de grande notoriedade, que acolheu os melhores alunos praticantes da modalidade da região centro do país, esteve presente o aluno da ES de Esgueira, Ricardo Pereira (8ºE). Após um primeiro dia intenso de eliminatórias em singulares, o Ricardo entrou no 2º dia de prova bastante motivado e apesar de ter sido um ano em que treinou muito pouco, como o próprio admitiu, obteve o 7º lugar na classificação final.


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Departamento de Línguas “Viajar é sempre uma forma de aprendizagem” Os humanos, desde sempre, viajaram pelo mundo e, mais recentemente, pelo espaço, fora deste planeta. Estas viagens sempre tiveram objetivos de descoberta, de aquisição de novos conhecimentos ou de pro-

O amor é como um Barco a navegar

porcionar lazer, acabando por se tornarem cruciais para o nosso desenvol-

Os peixes pedem água E eu o teu olhar

vimento.

Navegando, a sonhar…

As primeiras viagens foram as do homem primitivo que pretendia encontrar locais mais favoráveis à sua sobrevivência e que viria a povoar outros continentes. O objetivo manteve-se essencialmente o mesmo. Por exemplo, expedições dos antigos fenícios com o objetivo de encontrar novas terras onde pudessem viver e criar novas rotas comerciais. Também as tão lembradas viagens dos portugueses, durante a Era dos Descobrimentos, se destinavam a descobrir novas terras, rotas e produtos exóticos e, as mais recentes, as viagens à Lua que se destinavam, mais uma vez, a adquirir saberes sobre o enorme universo a que pertencemos. Muito do que nós sabemos e ensinamos deve-se, de uma forma ou de outra, a estas viagens.

As palavras vêm em segredo, na memória ficam No fundo do mar. A luz do luar estremece No teu mundo, a navegar. Quem as ouve, também as sente… As árvores abanam E os teus olhos brilham Na imensidão do mar. Adriana Santos, Beatriz Ribeiro e Deise Simão, 7º A

Por outro lado, as viagens também melhoram as relações entre aqueles envolvidos. Certamente, Vasco da Gama e os seus companheiros sentir-seiam muitos chegados uns aos outros ao desfrutarem de um grande sentimento de camaradagem, especialmente, após todas as dificuldades que enfrentaram. O mesmo pode ser aplicado, atualmente, por exemplo, quando estamos num cruzeiro, pois acabamos por desenvolver amizades com as pessoas que vemos todos os dias. Outro exemplo histórico seria o dos peregrinos que viajaram para a América e que, indubitavelmente, desenvolveram um sentimento de comunidade. Sim, as viagens vieram a ser uma das principais razões pelas quais nós somos o que somos. Como seria a nossa vida sem aquela curiosidade que nos levou a percorrer enormes distâncias e, muitas vezes, a desafiar certos elementos? André Alves, aluno do 9ºC

Eu amo quem me quiser, Mas se o amor não aparecer, Será só o que Deus disser E o que ele bem entender! O amor aparece E desaparece de repente, Mas se for sustentado A sua vida é permanente, Para sempre, eternamente… Henrique Cardoso e Mauro Reis, 7º B


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Departamento de Línguas

Eu tenho uma folha de papel Pintada com um pincel.

A tesoura corta e recorta Nela posso escrever

A tesoura tesourinha

Viaja pelo papel,

Para depois toda a gente ler.

corta, corta sem parar

Monta num cavalinho

pequenina e azulinha

Como se estivesse num carrossel.

sempre pronta a ajudar Às vezes parece um bichinho,

E dá muita vida. O papel devo reutilizar Para o Mundo salvar!

Poemas do 5ºC

A folha é branca ou colorida

Sempre a rastejar; É feita de plástico e gosta muito de cortar

Ou uma ave Com asas para voar.

gosta porque é fantástica está sempre pronta a trabalhar

A tesoura nunca para Está sempre a trabalhar, Mas na hora de descansar Fecha os olhos e põe-se a sonhar!

Apago tudo o que tenho Na minha memória Eu e a minha bola Andamos a caminhar

Pois com ela

Que eu viajo

Tudo passa.

Que eu desenho

Para lançar. A minha bola é redonda Está sempre a rodar Tenho sempre que a ir buscar Onde ela parar.

Guilherme Lobo, 5ºD

É na folha de papel

Elias, 5º D

Barcos, aviões e muito mais Casas e carros cheios de vida.

Guilherme Leal, 5ºD

Poemas do 5ºD

Vamos sempre aos cestos

Com a minha borracha

Leve como o vento, como a água


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Galopar

Departamento de Línguas

Galopa rigidamente ou a brincar Galopa como se galopar fosse sonhar ou até andar Galopa à profissional porque isso é banal, mas faz sempre um sorriso especial Galopa com emoção e com coração Galopa por galopar ou porque te sentes no ar Galopa pela calada ou com autorização Galopa com o teu cavalo ou com o do teu irmão Galopa para provas ou por lazer, mas fá-lo sempre com prazer

Sonha! Sonha a dormir, sonha acordado Sonha com gosto, sonha de verdade Sonha com vingança, sonha com paixão Sonha com o que queres, sonha com imaginação Sonha sonhos bons, não sonhos maus Um dia sonho contigo, outro dia sonhas comigo Sonha com os teus objetivos, mas não te esqueças dos perigos

Galopa por galopar, mas vê se não passas por este poema para não o estragar

Não sonhes com o passado, sonha com o futuro

(Recriação do poema “Fala” de O´´Neill)

Não sonhes com quem te despreza, sonha com quem te quer.

Mª Beatriz Loureiro e Juliana Gouveia, 7ºF

Sonha a vida inteira, sonha até morrer! Sê tu próprio, sonha com o coração!

A bola é redonda

Sonha como se sonhar fosse um refúgio para a alma. Usada no basquetebol Na mão ou no pé

Recriação do poema “Fala!” de Alexandre O’Neill

Como no futebol.

Huberto Rodrigues, Inês Oliveira, 7ºF

Brinco com ela no parque É divertida e rola muito

A minha folha de papel

Para a apanhar

Serve para escrever

Há que dar uma corrida

Poemas de barcos.

Grande ou pequena

Neles faço troça dos navios.

É claro que rola

Barcos de papel muito brancos

E pode ser de várias cores.

Tão brancos como o papel

É isto a bola.

Com linhas azuis Com um nome escrito Miguel, 5ºD Daniel, 5º D


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Bibliotecas Semana da Leitura na Escola Básica de Esgueira Entre 17 e 21 de março de 2014 comemorou-se, na Escola Básica de Esgueira, a Semana da Leitura com todos os alunos do Pré-escolar e do Ensino Básico. O tema central foi a "Língua Portuguesa" que, em 2014, celebra os 800 anos do conhecimento dos seus textos mais antigos. Todas as escolas do País foram "desafiadas" a cruzarem atividades alusivas à Semana da Leitura - festa da leitura e da língua - com projetos em desenvolvimento, nomeadamente o Projeto SOBE (parceria RBEPNL-DGS). Em sala de aula, cada turma selecionou uma obra e preparou um trabalho sobre a mesma, de acordo com os motes, sugeridos pelo Plano Nacional de Leitura. Consoante o público-alvo, foram sugeridas várias obras e apresentados os respetivos motes. Para o Pré-escolar e primeiro ano “Bons livros provocam os melhores sorrisos"; para o segundo ano "Dar com a língua nos dentes"; para o terceiro ano "Uma boca, mil palavras" e para o quarto ano "O Português nas bocas do mundo". A cada turma foi entregue um molde de uma boca, que serviu de símbolo para os placares e onde foram posteriormente expostos os trabalhos por cada ano de escolaridade. Escolheu-se uma boca com um sorriso porque os motes deste ano estavam todos relacionados com a boca e interligados com o projeto SOBE (Saúde Oral nas Bibliotecas Escolares). Foi uma semana intensa de realização de atividades em prol da leitura. Assim, estiveram envolvidos todos os professores, as Voluntárias da Leitura, Ana Salústio e Joana Mafalda Melo, a professora bibliotecária Brígida Varanda e alguns pais/encarregados de educação. Quanto às atividades dinamizadas na Biblioteca Escolar de Esgueira, a professora Brígida ficou responsável pelo mote "Bocas Saudáveis para lerem bons livros" tendo apresentado a história "Kiko, dentinho de leite" de Manuela Mota Ribeiro a todas as turmas dos 2º e 4º anos. As Voluntárias de Leitura dinamizaram atividades com as restantes turmas, tendo todos os alunos desta forma beneficiado de sessões de leitura durante toda a semana. Foram ainda realizadas outras atividades, nomeadamente: a partilha de leituras entre as turmas; pais que vieram à sala de aula dos seus educandos contar uma história; encontros com as escritoras Leonor Mexia para as turmas do 1.º Ano, Maria João Lopo Carvalho para os 2.º anos e Isabel Fernandes Pinto para os grupos do Préescolar. Os objetivos foram cumpridos. Estas atividades contribuem para que os alunos sejam, cada vez mais, atraídos para o mundo fantástico da leitura.

A equipa dinamizadora: Brígida Varanda, Cristina Cação, Fátima Mesquita, Irene Santos, Paula Gonçalves


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Bibliotecas Dia da Criança—5º F Dia da Criança—6ºC e 6º E

Dia da Criança—Ensino Especial

O 5º F e dois jornalistas do “Jornal das 6”: o Martim e a Luísa. Quem os descobre?


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Bibliotecas Dia da Criança—5º E

Dia da Criança— 5º C

Dia da Criança— Biblioteca Aires Barbosa


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Bibliotecas Semana da Leitura— Peddypaper

Semana da Leitura - "Leitor Casual"

Leitura do texto " As lágrimas são como o mar" pela assistente operacional Paula Gato e do texto "os ais" pelo Professor Carlos Gonçalves

Rede de Bibliotecas de Aveiro No dia 11 de junho realizar-se-á a festa de encerramento da atividade curricular da Rede de Bibliotecas do Município de Aveiro, integrada na Feira do Livro e prevista no PAA das Bibliotecas. Do nosso Agrupamento participarão alguns alunos da Pré B (educadora Cristina Cação), 1º A (professora Ana Paula Gonçalves) e 1º C (professora Fátima Mesquita)

Semana da Leitura - "Livro com Livro se paga"


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Bibliotecas Semana da Leitura— “Projeto SOBE” - 4º A Semana da Leitura - “ Projeto SOBE” - 4º B

Semana da Leitura - EB1 de Esgueira


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Serviços de Psicologia e Orientação Relações Interpessoais Os Serviços de Psicologia orientaram sessões de formação sobre Relações Interpessoais.

Projetos EntreSendas e Alternativas O projeto Alternativas II, Projeto de Prevenção da Toxicodependência do Centro Social e Paroquial da Vera Cruz em parceria com o Projeto EntreSendas E5G, iniciou a sua intervenção na Escola Básica 1 da Quinta do Simão.

Temos Sessões de Treino de 7º B

Competências dirigidas aos alunos das duas turmas da Escola Básica 1 da Quinta do Simão. As sessões terão uma periodicidade quinzenal e funcionarão alternadamente às 4ª Feiras no período das 13h30 às 14h30. 7ª A

Já iniciámos e começamos com duas sessões muito interessantes que nos trouxeram várias surpresas. Descobrimos como somos, escrevemos o que pensamos dos nossos colegas e eles também escreveram o que pensam de cada um nós. Turmas do 1º CEB

Prémio Ilídio Pinho O Projeto das Professoras Paula e Ana Paula Moreira (premiado pela Fundação Ilídio Pinho) está a ganhar forma. A Sala de CiênOportunidade de concias Naturais no Edifício Aires Barbosa está a ficar linda! tornar o adverso... entre aulas, exames, reuniões, correções, classificações. Fazer valer o que se sente e interessa: o mar, a na-

Projeto “Mar de Oportunidades” a crescer

tureza, a arte - passar a mensagem....é o que nos move.


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Projeto Educação e Promoção para a Saúde ”Aprender a Sexualidade

Com o CAE (Centro de Artes e Espetáculos) da

e os Afetos para a Saúde

Figueira da Foz completamente

No âmbito do PES, as turmas do 8º ano da escola participaram numa sessão de formação visando a informação e aquisição de competências em educação sexual e a adoção de atitudes e comportamentos adequados face à sexualidade Estas sessões foram dinamizadas pela enfermeira Ana Lúcia Oliveira da Unidade de Saúde Pública de Aveiro.

Escolíadas

lotado, a Escola Secundária de Esgueira, Dr. Jaime de Magalhães Lima sagrou-se a grande vencedora das Escolíadas Glicínias Plaza. As Escoliadas são um concurso entre escolas que contempla provas de teatro, música/ dança, cultura geral, pintura e claque. Após várias eliminatórias em que competiram escolas de Aveiro, Coimbra, Ílhavo, Vagos, Mira, Oliveira do Bairro, Mangualde, Carregal do Sal, S. Pedro do Sul, Albergaria, Mortágua, Canas de Senhorim, entre outras, a Escola Sec Dr Jaime de Magalhães Lima obteve a pontuação mais elevada. De realçar que a escola já tinha sido vencedora em 2013 e em 2011.

Este ano , além de ser vencedora absoluta, foi ainda vencedora nas categorias de teatro e pintura, tendo dois alunos sido nomeados para melhor desempenho de todas as escolas em teatro (João Gonçalo Limas) e Dança (Mariana Rodrigues).


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Tendo como objetivo final compreender a função da CPCJA e o seu papel como comissão de proteção, desloquei-me à Câmara Municipal de Aveiro, sede atual da instituição, e conversei um pouco com a Dra. Ana Maçãs, advogada de profissão, eleita em Julho de 2013, Presidente da Comissão de Aveiro, exercendo desde aí funções de decisão, gestão e de representatividade.

Drª Ana Maçãs

Antes Comissão de Proteção de Menores, agora CPCJA- Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro, é uma instituição oficial, sem qualquer poder judiciário, que procura intervir em casos de perigo, ou seja, casos onde o desenvolvimento e bem-estar das crianças e dos jovens está ou poderá ser prejudicado. A Comissão atua em situações de abuso sexual, maus tratos, negligência, ou em qualquer outra situação onde a dignidade e integridade da criança ou jovem, como ser humano esteja ou possa vir a ser lesada. Auxiliando crianças, jovens e pais desde 1992, a Comissão é constituída pela Comissão Alargada e pela Comissão Restrita. A Comissão Alargada é de dimensão preventiva, com representantes de várias entidades, entre outras, as Forças Policiais, o Município, a Segurança Social, os Serviços de Saúde, bem como quatro pessoas designadas pela Assembleia Municipal. Por outro lado, a Comissão Restrita, de cariz mais prático, digamos assim, tem como competência principal a resolução de situações que põem em causa os Direitos das crianças e jovens. É composta por um número igual ou superior a cinco dos membros que compõem a Comissão Alargada. A estes compete--lhes atender e informar as pessoas que se dirigem à comissão, proceder à instauração de processos, entre outras funções. A CPCJ acompanha crianças e jovens dos 0 aos 18 anos de idade. No entanto, e se expressarem essa vontade, a Comissão pode acompanhar até aos 21 anos.

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens

É importante salientar que a intervenção da CPCJ não é feita sem o consentimento dos jovens quando estes têm mais de 12 anos, bem como pressupõe o consentimento dos seus pais ou representantes legais. A Comissão conta com a cooperação de várias pessoas, tais como familiares ou amigos, vizinhos e de entidades médicas ou mesmo das escolas. Por vezes é assim que a comissão chega aos jovens em perigo, sendo sinalizados por estes. Em suma, a CPCJ tem como papel principal a proteção das crianças e jovens, esgotando todos os recursos e fazendo os possíveis para manter o jovem com o seu agregado familiar. O último recurso, se assim a comissão o entender, e não havendo outra solução, será ponderado o acolhimento institucional. Esteja atento e sempre alerta. A criança que vê todos os dias, pode estar em perigo. Não se conforme. Se tiver conhecimento de algum caso como os acima descritos contacte a CPCJA via FAX, E-mail, telefone ou telemóvel, se preferir pode fazer a anúncia anonimamente. Pode, também, dirigir-se aos Paços do Concelho, na Praça da República, à Câmara Municipal.

FAX

234 400 558

Telefone

234 400 206

Telemóvel

962 004 183

E-mail

cpcjaveiro@cm-aveiro.pt

Reportagem de Patrícia Ferreira, 10ºD


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Associação de Pais e Encarregados de Educação SEMINÁRIO DE REFLEXÃO PROSPECTIVA “NÓS E A ESCOLA DE OLHO POSTO NO FUTURO”

No seguimento dos seminários já anteriormente realizados pela Apee.eA, a Associação de pais e encarregados de educação da escola Dr. Jaime Magalhães Lima (ApeeJML) promoveu a sessão 06, no dia 3 de Abril de 2014. Este seminário teve como tronco comum uma reflexão prospetiva sobre os futuros cinco e dez anos das comunidades deste território e teve a colaboração dos órgãos de direção da escola, Dr. Pompílio e como especialista o Sr Prof. Dr. Carlos Jalali.

O programa elaborado para a realização desta iniciativa teve como tema principal a questão da cidadania. A ApeeJML achou pertinente centrar a sua atenção, enquanto pais, nos problemas desafios que se colocam a alguns níveis e que tem grande tendência em se agravar. E o primeiro e mais imediato desses desafios é o que diz respeito à incapacidade de o Estado suportar financeiramente os encargos que resultam dessa longevidade e envelhecimento demográfico, a menos que haja uma mudança radical de atitude dos nossos filhos e dos jovens em geral em termos de cidadania fiscal. O segundo desafio que se coloca com esta situação de haver cada vez mais idosos, emerge do facto de vivemos numa sociedade que fomenta o individualismo e que cria uma apetência desenfreada pelo consumismo. Uma sociedade que idolatra o novo e tende a desprezar o que é velho, que tende a abandonar o idoso. Uma sociedade que não facilita a solidariedade e o associativismo.

Notas conclusivas do seminário

A cidadania é algo que não nasce com a pessoa mas que se aprende; o que significa que a podemos alterar através de aprendizagens, de hábitos que se vão adquirindo sobretudo na juventude. Como processo educativo, tem uma particularidade em relação ao processo de aprendizagem: é algo que se aprende sobretudo de forma prática, na experimentação. Por outro lado, a cidadania só existe se for efetivamente exercida por cada um, o que requer disponibilidade e envolvimento individual na comunidade, embora seja sempre coletiva (de todos nós) a responsabilidade pela mudança de paradigma no exercício da cidadania. Os benefícios do associativismo sob as suas diferentes formas são enormes, sobretudo nos pré-jovens (faixa dos 12-13 anos), ajudando-os, por exemplo, a tomar decisões coletivas, a escolher os serviços que querem prestar à comunidade, a envolver-se mais com os pais e com os membros da comunidade, a desenvolverem o seu discurso e a avançar para a excelência ética, sem esquecer toda a dimensão lúdica e de promoção de laços de amizade que essa participação envolve. Continua na Página Seguinte


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Continuação da página anterior

Associação de Pais e Encarregados de Educação

É essencial que num país como Portugal – que detém um dos mais baixo índices de associativismo por habitante da Europa, em que os critérios de entrada na Universidade não passam por uma apreciação curricular nesta área e onde os problemas sociais e económicos se irão avolumar com o facto de haver cada vez mais idosos e menos crianças – os pais reflitam seriamente sobre toda esta matéria e percebam o quanto é fundamental para o crescimento, responsabilização e preparação para a vida adulta dos seus filhos, a sua participação na resolução das crescentes dificuldades com que um grande número de pessoas se debate (de ordem social, cultural, económica, etc.) e que nos próximos 5 a 10 anos não vão diminuir. E para isso é essencial que reconheçam a importância do associativismo sob as suas diferentes formas, como elemento estruturante da vida comunitária e forma de solidariedade intergeracional. Mas também é importante que os filhos tenham a consciência de tudo isso, consciência que a maioria não tem (conforme dados colhidos através de inquérito realizado pela associação de pais junto dos alunos do ensino secundário desta escola) e que só podem adquirir se estimulados a envolver-se na comunidade, a perceber como esta funciona em termos de organização política e social e, sobretudo, se estimulados a exercer uma efetiva cidadania fiscal, pelo desenvolvimento de uma postura informada e crítica relativamente cobrança e gestão dos dinheiros públicos e à evasão fiscal, o que implica, designadamente, que conheçam o custo de cada aluno na escola pública que frequentam, os apoios que recebem, a razão pela qual isso acontece e os modos – bem ou mal sucedidos – como esses apoios são usados. Tal inquérito é revelador da importância de a fiscalidade ser compreensível para a generalidade dos jovens, por se ter constatado um elevado grau de iliteracia neste âmbito, mas também se ter constatado um expressivo desejo de obterem mais informação sobre a matéria. Relativamente à escola, o desafio principal que se coloca é o de promover espaços onde os alunos possam desenvolver esse tipo de atividades por sua própria iniciativa (e não por imposição escolar), dando-lhes margem para descobrirem e desenvolverem projetos de voluntariado e de solidariedade, devendo a escola articular-se com a câmara municipal, juntas de freguesia, instituições locais, etc., para alcançar esse objetivo. Relativamente aos pais, o desafio que se coloca é, sobretudo, o de darem o exemplo e de se envolverem com a escola e com a comunidade na realização de atividades nesta área. Ser bom aluno não quer dizer que se seja bom cidadão e os pais devem transmitir esta informação aos filhos por atos e não somente por palavras. Por outro lado, devem existir espaços onde os pais possam partilhar ações de cidadania com os filhos, que não têm que ser em grande escala (as redes de partilha podem ser com vizinhos, com outros pais da escola, etc.). E perante o grande deficit de participação e colaboração dos pais no processo educativo escolar, é fundamental que a escola e as instituições da comunidade local apostem em estratégias para os envolver nos projetos de voluntariado e de solidariedade promovidos pelos filhos, assim como, face à ignorância e iliteracia fiscal de grande parte das famílias, que abra espaços para o envolvimento dos pais na educação da cidadania fiscal. Em conclusão, sabido que o ensino escolar é basicamente académico e visa essencialmente a obtenção de boas notas, a questão que subsiste para reflexão após este Seminário é a seguinte: que atitude pode e deve cada um de nós adotar, enquanto pai/mãe/ encarregado de educação, para ajudar o seu filho/educando a ser não só um bom aluno como também, e sobretudo, uma pessoa ética e civicamente bem formada, um bom cidadão?


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O Mundo depois da escola A Natália, antiga Professora Universitária e Educadora tem andado ocupada. Ainda assim, acedeu ao nosso desafio:

Cheguei ao jardim-de-infância da Quinta do Simão à hora do meu pôr-do-sol profissional. Este testemunho será, por isso mesmo, escrito com palavras-de-cor-saudade. Transcreverá instantes vividos, em forma de tela impressionista, sabendo que «o que sinto, na verdadeira substância com que o sinto, é absolutamente incomunicável; e quanto mais profundamente o sinto, tanto mais incomunicável é», num feliz pensamento de Fernando Pessoa. Nunca irei esquecer o espanto que senti no momento em que sou confrontada com uma instituição educativa destinada a crianças de etnia cigana. Consciente da complexidade do momento, contactei algumas colegas que tinham sentido essa experiência em anos anteriores. Os traços comuns que retenho aumentaram o meu questionamento: “desatentas, dificuldade de concentração, incapazes de ouvir uma história até ao fim, amigas do confronto físico …” No primeiro dia ouso contar-lhes uma história. Dramatizo-a. As crianças riem-se e, no final, dizem a várias vozes ”conta outra vez”. Afinal… … Afinal, cedo percebi que, ali, naquele mundo de infâncias, era eu a estrangeira. As crianças falavam-me e, na maior parte das vezes, tinha que solicitar a presença de uma tradutora, nem sempre bem-sucedida. Assumi o que sempre defendera enquanto formadora. Procurei pôr em ação, a cada instante, a Pedagogia do Encontro. Sabia que, só através dela, poderia ampliar as possibilidades e as cores das diferenças que nos uniam; só através dela seria capaz de acolher o outro em mim com as suas especificidades, saberes e cultura. Acreditei e promovi a força do brincar, direito inquestionável das infâncias e, intencionalmente, apostei diariamente para que espaço e tempo comuns fortalecessem o SER e o ESTAR de TODOS. Confirmei, mais uma vez, que as infâncias gostam de se permitir perder tempo para observar, experimentar e dispor de contextos capazes de responder à necessidade incessante de vivenciar aventuras cognitivas e afetivas a partir de si mesma, dos seus interesses e motivações. A pedagogia do encontro faz da escuta a sua matriz, da reflexão o seu eco-ação, e da reciprocidade, respeito e empatia as suas alicerces. Fiz minhas as palavras de Rubem Alves: «Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro».

Continua na página seguinte

Fomos uma grande família


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Fazemos História Eu chamo-me Dean Shaff e ando a estudar na universidade New York University Abu Dhabi. Ela faz parte do sistema mundial da New York University. Agora estou a tirar o curso de Física, mas ainda não sei exatamente como quero passar a minha vida profissional. Pretendo realizar um trabalho de investigação sobre um fenómeno astrofísico durante o verão, ao lado de um professor meu. Quando tinha quinze anos, despedi-me de Minnesota e comecei uma aventura aqui em Portugal. Eu tinha resolvido passar dez meses na casa duma família portuguesa, a tentar viver a vida dum adolescente português. A AFS, um programa de intercâmbio internacional, fez com que a minha experiência fosse possível. A AFS fornecia uma rede de apoio, através de um grupo dedicado de voluntários, que facilitava a minha estadia aqui em Aveiro. Eu tive a imensa sorte por ter uma família de acolhimento simpática e querida, que realmente se importava com meu bem-estar. Passei o meu ano letivo na escola secundária Dr. Jaime Magalhães Lima. No início, tinha muita dificuldade com a língua portuguesa, mas ao longo dos dez meses, ia falando, escrevendo, e ouvindo melhor. Eu não diria que a experiência AFS é para todos, pois ela acaba por ser muito difícil. Passar quase um ano num ambiente estrangeiro, a falar uma língua nova, e a interagir com uma cultura não-habitual, exige muito da alma e do cérebro. Para mim, foi a experiência mais importante da minha vida, pois deu-me a oportunidade de ver o mundo por uma perspetiva nova. Dean Shaff Continuação da página anterior

Vivi tempos entre o solitário e o solidário! Solitário na construção de um currículo valorizador de processos consistentes e mobilizadores do gosto pelo aprender a partir do pensar e fazer emergentes das competências e saberes de cada criança. Solidário na cumplicidade das professoras que me acompanharam na edificação de uma escola que procurava assumir-se fragmento do futuro; no apoio das educadoras sempre disponíveis na sua tolerância, compreensão e estimulante saber; e no diálogo e questionamento constantes com o Agrupamento, unidas que estávamos no desejo de impregnarmos a escola da Quinta do Simão de sentido de ser, estar e conviver. «O que vemos, de facto, não é o que vemos, senão o que somos», diz Bernardo Soares. A vida é o que dela fazemos, seja no jardimde-infância, na escola, ou no tempo a desbravar da reforma. São sempre mundos novos a serem gerados com a arte de quem ama e acredita que é a caminhar que se faz o caminho se, de mãos dadas, com a ética da solidariedade e da compreensão. Educadora Natália Abrantes





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