Tutano Nº1

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Ano 1 - No 1 - julho de 2012

tutano

Delírios da cozinha do Beto Madalosso

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SE VOCÊ FOSSE UM QUEIJO, QUE QUEIJO SERIA?


editorial

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1 Estava aqui

pensando em que receita escolher para estrear esta revista. Resolvi ir Ă bolonhesa, que tem tudo a ver com o que pensei para a revista: gostosa e despretensiosa. Pega o vinho e vem comigo.

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2

Eu tinha 17 anos quando fiz esse prato pela primeira vez. Eu e mais oito amigos, na casa de praia do Rodrigo, amigo meu, durante uma viagem de surfe. Só porque minha família tinha restaurantes, fui o escalado pelos esfomeados pra fazer o jantar. No som, Men at Work. Nos copos, bastante cerveja. Refoguei cebola, alho e juntei cenoura cortada em cubinhos.

3 Abri a geladeira e

achei um pedaço de bacon dando sopa e fritei junto. Aí sempre pinta um pra ajudar, pra não precisar lavar a louça no final. Então o Mabu, meu primo, esquentou água numa panela e colocou o spaghetti dentro.

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oO oO o oo ohh hhH H hhH hhH 4 Adicionei a carne moída e fritei até

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ficar marronzinha. Coloquei um copo de vinho e terminei usando tomate pelati. Escorri a massa, misturei na panela do molho e mexi por um tempo até incorporar. Pra fechar, foram duas mãos cheias de parmesão ralado. Comemos tudo na panela, antes mesmo de chegar à mesa. Fome é fome, depois de um dia inteiro dentro do mar então...

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is comer e beber

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Cruzar de ferry boat até Kadıköy, do lado asiático, para almoçar no restaurante Çiya. O chef resgatou receitas do interior da Turquia, que são deliciosas. Você pede o que vê nas panelas e vai para a mesa. Os garçons levam os pratos até você. Beba Ayran, um iogurte bem líquido temperado com sal. www.ciya.com.tr

Se t i v e sse que da r 5 dic as, elas se riam: Quem busca um destino gastronomicamente interessante para as próximas férias deve considerar Istambul, na Turquia. A cidade é um paraíso gourmet, ainda mais nos meses de verão, quando os restaurantes enchem as calçadas de mesas, as pessoas ficam até tarde na rua e as noites parecem emendar-se nos dias

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Jantar no restaurante Karaköy Lokantası. Uma interpretação mais gourmet das especialidades turcas num ambiente à la anos 1950. O hotel, que fica em cima do restaurante, também é ótimo. www.karakoylokantasi.com


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Fazer um esquenta nos bares da Nevizade Sokak, a rua mais animada da cidade. São dezenas de bares, um do lado do outro. O raki com gelo é o que os turcos gostam de beber, ou a cerveja local Efes.

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Comprar (e usar) o guia Istanbul Eats – Exploring the Culinary Backstreets, da editora Boyut, que lista as melhores comidas de rua da cidade. As livrarias da Istiklal Caddesi têm para vender. www.boyutstore.com

Passear pelo bairro residencial de Bebek, na beira do Bósforo, e experimentar o lokum da Bebek Badem Ezmesi. Esses doces turcos podem ser encontrados em vários lugares do mundo, mas o deles é de tirar o chapéu. Fica na rua principal do bairro, do lado oposto ao café Starbucks.

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on the road

Pelas barbas do Yeti Guilherme e Bianca Canever passaram por Kashgar em uma de suas viagens pelo mundo. A cidade fica na província chinesa de Xinjiang, um caldeirão cultural desde a época da Rota da Seda. A diversidade de povos que moram ali se reflete naturalmente na culinária local A maior parte da população é uigur, de origem turca, e um dos pratos mais comuns dessa região é o Plov, arroz com cenoura, alho, cebola e carne de carneiro, temperado com coentro, cominho e pimenta-preta. Outro prato saboroso de origem centro-asiática é o Narin, um verdadeiro banquete com carne de cavalo cozida no próprio caldo, servida com diversos acompanhamentos. O casal experimentou a versão caprina do Narin, com suculentas cabeças de bode para comer com as mãos. Para acompanhar, beberam Kumis, leite de égua fermentado, e ficaram ligeiramente embriagados, graças a Deus.

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AS RUAS DE KASHGAR SÃO CHEIAS DE VENDEDORES DE COMIDAS


os KEBABS SÃO SUCULENTOS, FEITOS COM CARNE DE BODES E CABRAS Para quem prefere comida “caseira”, os restaurantes do centro também servem chop suey, rolinhos primavera e pato laqueado. Pena que o tempo na cidade não foi suficiente para experimentarem filés de camelo ou carne de iaque, aquele boi peludo do Himalaia.

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EM DIAS DE FESTA, O NARIN É SERVIDO NA RUA, PARA TODA A VIZINHANÇA COMER JUNTo

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baixa gastronomia

yaki desafio Quem desafia Guilherme Caldas e Rafael Martins

Curitiba Baixa Gastronomia

O desafio yakissoba da Senhora Chung Sempre haverá um lugar em nossos corações ogros para este cantinho – literalmente – comandado pela Senhora Chung, a coreana mais simpática do Bigorrilho. Não é um lugar para chegar e comer apressado, mas a espera compensa. Uma porque dá pra esperar comendo um gyoza feito no vapor ou frito na chapa e outra porque o yakissoba é bom demais. Daí, Beto, vai encarar?

quem p r o va ca nun is ma ece esqu

madonna mia!!!

eito gado e em copo de pin a ej rv ce desafio eac am tomav nquanto uns caras que esconfiança. E

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ora Chung Bugogi - Senh , 2296 Bruno Filgueira 5 (41) 3335-842 o Não aceita cartã

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crônica à milanesa

Pequenos pares... Todo mundo tem seu par. Os gordinhos, as gordinhas, o narigudo, a estrábica, o bonito, o velho, a Sandy: todos um dia encontram sua alma gêmea. Eu sempre achei a Chenin Blanc uma uva muito boa pra ser tão pouco usada e comentada. Entre tantas opções frustradas, o Domaine Baumard Clos Du Papillon 2002 teve de esperar um dia aberto para saber seu par num domingueiro pão com manteiga (Président, das mais ajeitadinhas que se encontram nos supermercados Pão de Açúcar). Sua cor, inclusive, lembra manteiga clarificada. No nariz, tem contraposições de doce e cítrico, como lichia e grapefruit, ainda um fundo de brioche e lindas notas de, pasmem, foie gras. Na boca, é um pouco ligeiro, mas tem acidez e delicadeza suficientes para esta instância tão subestimada, o pão com manteiga. Os aspargos, tão crucificados, mesmo eles, acharam sua harmonia. Acompanhando um cartoccio de atum, ganharam vida num Stephane Tissot Chardonnay En Barberon, da região de Jura – um vinho pra gente grande beber. Jura é como o Woody Allen dos vinhos. Tem humor, acidez, é um pouco perturbado, complexo e gera opiniões maniqueístas. Tem esse corpo andrógino entre um branco e um Jerez. Está na minha lista dos 10 vinhos mais surpreendentes do ano. Ontem preparei um tartare de atum com amêndoas e foie gras para minha confraria, desafiando as leis da harmonização. Até mesmo um Sauternes desempenharia parcialmente seu papel junto ao foie, esquecendo-se do atum. Professor Black, como bom professor, tirou da manga uma carta desconhecida no meu baralho: um Muscat congelado do maluco Bonny Doon. Sem clima propício para produzir um IceWine, Randall Grahm (dono da bodega) experimentou congelar as uvas artificialmente, numa câmara refrigerada. Virou um vinho lindo. Com o tartare, foi perfeito. Os aromas de manga e laranja-baía eram os ingredientes que faltavam na receita (umas mangas em julienne e duas gotinhas de laranja). O Dia dos Namorados passou e eu não tinha um par com quem celebrar. Em todo caso, separei umas garrafas de branco, tinto e espumante para me acompanhar. Está vendo? Até a solidão é harmonizável. Danilo Nakamura é jornalista, formado em gastronomia, escreve para as revistas DiVino e DiVino Sabores e é autor do blog Food Hunter danilonakamura.blogspot.com

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happy hour

GIM HENDRICK ’ S Receitinha safada Servir gelatina com vodca é tão last year. Experimente esta receita de sorvete de gim, misturando os ingredientes e colocando para congelar: 10 partes de sorvete de baunilha 5 partes de gim (se for Hendrick’s, melhor) 2 partes de licor Maraschino 1 parte de licor Lillet Blanc 1 pitada de noz-moscada Das remotas províncias da Escócia, terra de uísques famosos, surgiu também o Hendrick’s, um gim diferente. Com uma produção anual quase artesanal, é uma bebida difícil de encontrar, ainda mais depois de o Wall Street Journal elegê-la o melhor gim do planeta. Com uma boa dose de marketing irreverente, a marca conquistou barmen descolados, que se tornaram embaixadores Hendrick’s. Eles criam drinques e até receitas com a bebida, que vão para um blog chamado The Unusual Times (www.unusualtimes.net). Na sua composição, os caras misturam rosas da Bulgária e pepino, o que dá um gosto sublime ao néctar. Para os fãs de um gim-tônica, a diferença fica clara na hora de prová-lo, já que deve ser servido com uma fatia de pepino, em vez da tradicional rodela de limão.

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Bares legais para tomar um Hendrick’s Tonic Pavilhão Chinês – Lisboa Baretto – São Paulo Unik – Buenos Aires


você é o que você come

Se vocÊ fosse um queijo que queijo seria?

Mineiro

Seria um queijinho mineiro que comia na casa da minha avó, feito por ela. Jacqueline Lemos, superintendente do ParkShoppingBarigüi

English cheddar !

Um queijo honesto, nada afetado como os franceses e que um pedaço dura um tempão é o cheddar, inglês, of course. Seria esse. Daniel Lane, fotógrafo londrino

Reblochon Porque é macio, cremoso e muito saboroso. Brigit Eichenberger, coordenadora de eventos da Ópera de Zurique

Parmigiano Reggiano DOP ! Por ser original, grande, gordinho e spicy.

António Vidinha, consultor de Alimentos e Bebidas na Sol Maior Food Services, em Angola

Brie ou Camembert

Sempre confundo camembert com brie, mas seria o que tem o sabor mais forte entre os dois. Ramiro Boero, músico

Azeitão

Serra da Estrela

Melissa Oliveira, gerente-geral do hotel Unique, de São Paulo

Adriana Beigel, designer de joias

Eu seria um azeitão, queijo português que adoro. Firme por fora e suave, macio por dentro.

Ele é difícil de encontrar, intenso e saboroso. Foi considerado o melhor queijo do mundo, pelo menos era o que diziam lá em Portugal!

napoleon

É feito de leite de brebis (ovelha) e tem um sabor sem igual. Ana Clara Garmendia, jornalista de moda

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menu du jour

o que tem na sua geladeira?

Sabe quando falta criatividade (e ingredientes) para decidir o menu do dia? Aqui vai uma boa notícia: sempre tem uma solução

é o que tem pra hoje!

O que tem na geladeira? Na geladeira de Riccardo Guerra nunca podem faltar queijo e espumante ou Champagne. Hoje tem palmitos, aspargos, minitomates, queijos brie e gruyère, caldo de frango (feito por ele!) e vodca (no freezer).

#luxo #magia #ryquesa

champagne palmitos aspargos minitomates queijo brie gruyère caldo de frango vodca (no freezer!) Riccardo Guerra é maquiador, cabeleireiro e, agora, uma celebridade: é vencedor da segunda edição do programa Por um Fio, do canal GNT.

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Qual é a sugestão, Beto? Sugiro um risoto bem colorido, afinal, com uma geladeira dessas, suponho que o Riccardo tenha pelo menos arroz na despensa. Pode começar fritando o tomate pra soltar o caldo e dar cor ao risoto, depois frite o arroz junto, adicione uma taça de Champagne e espere secar. Daí vá colocando caldo de galinha e mexendo pra dar cremosidade. Pode picar um pouco desses dois queijos e colocar junto, até derreter e incorporar no risoto. No finalzinho, quando estiver com a textura certa, acrescente o aspargo quebrado em pedaços grandes e o palmito. A vodca? Tome pra fazer o risoto descer mais redondo.


comida pra que?

comida para

malhar

I'm sexy and I know it!!!

Surubim Assado com Tâmaras e Amêndoas Tem comida pra tudo nesta vida. Pra engordar, principalmente. Mas nossa consultora para assuntos de corpo bonito, Tatiane Hallage, traz uma ótima receita para quem se preocupa com a alimentação e não quer ficar só no franguinho com salada

I work out!!! Ingredientes 4 filés de surubim 5 tâmaras picadas 5 amêndoas picadas (ou em lascas) Sal, pimenta-do-reino moída e azeite de oliva a gosto

Modo de fazer Disponha os filés de peixe em um refratário forrado com papel-alumínio. Tempere o peixe com sal, pimenta e azeite de oliva. Misture as tâmaras com as amêndoas e espalhe sobre os filés. Coloque para assar em forno pré-aquecido a 180 graus. Asse por 20-30 minutos.

Tatiane Hallage é personal trainer e uma chef premiada na cozinha de sua casa. Quer mais? Visite: receitasparamalhar.wordpress.com

“A receita pode ser feita com qualquer peixe, mas fiz com o surubim e ficou uma delícia”

Mas por que É bom? O peixe é uma excelente fonte de proteínas, principalmente porque possui baixo teor de gordura. Isso faz com que sua digestão seja mais rápida, sendo ideal para ser servido no jantar durante a semana, quando vamos para a cama mais cedo. Além disso, é rico em ômega 3, vitaminas (A, D e B) e minerais (cálcio, fósforo, iodo e cobalto). Já tâmaras e amêndoas são ricas em fibras, o que potencializa a sensação de saciedade sem alterar muito o valor calórico do prato. São fontes de vitamina A e E (respectivamente) e minerais como cálcio, magnésio, fósforo e potássio.

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pequenos detalhes

A rainha

do drama!

Cebola-roxa, cebola-pêra, cebola-branca, cebola-pérola, chalotas. Em rodelas, em cubos, picadinha ou em tirinha. Cebola, sempre cebola. Cebola always. Não dá pra viver sem ela

A cebola nos surpreende! Não, eu não estou falando do sabor da cebola e das milhares de maneiras de preparála. Estou falando daquela choradeira que dá quando a gente enfia a faca nela. Por que algumas fazem a gente chorar e outras não? Nunca li sobre isso, mas deve ser pelo nível de maturação e pelo seu grau de acidez: tipo laranja, às vezes um doce, às vezes um azedume. Já cheguei a usar óculos de natação pra evitar as lágrimas, mas nem isso deu certo. No final, não é a choradeira que me irrita. O que me irrita é não saber qual vai me fazer chorar e qual não vai. O que indica isso? A cor? A textura? O tamanho? Não sei! Mas sabe o que? Prefiro nem saber. Isso pouco importa perto do efeito surpreendente que ela proporciona às nossas receitas.

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sem medo de ser feliz Não é porque a cebola (e seu fiel companheiro, o alho) te deixa com mau hálito que você vai parar de comê-la, certo? Mas acredite, há quem evite, com medo de incomodar o próximo. Amigo, vá de balinha de hortelã, chiclete e até Cepacol, mas não abra mão desse prazer!


al ncip i r p a u ue se ela faz n e q z i uas ãe, d que ha m ravilhas ve pra q abor n i s a ,m er euza zer as m lada. S ísica: dá N a a f Don o pra fa ebola r tão de s f c trun ha é a uma que éa n arne de c cozi “Beto, é olho”. e : rd ho tudo rossa o m tarta o taman artes o a g sd par op e en ero radinho da cinc . Você p m d a e c ola ua rt e elho ue em q ete. Pra e da ceb dentes m n q t s O i par e alfi la. P la no cebo cabeça d ure uma da cebo carne. t uma rne, mis roc-croc deixa na com c a a bola erte de c sentir o r que el e c a c o egue grelha. A r. A deve ém o sab p , o a sc rra tamb urra cima d não to o você h c e d er em o fiz e jogue a assar as quan doce d n a m r m Qu e tudo ogo p nte, de ser u anteiga a t f a s c a o cas nto do char b e p com m r r qu o po a vai mu r vai ve pere só e l m cebo pra com uva! Te as min e r â i u l r q b a em e em doce , fati (robalo ão, o i mais ilho. e lim s om he e tom xa n o cevic uco de o r eno ola car n , s pelo m vai b o e r t c ão ea oen olo re Cort para c doce, c e espe po o lim í você ) a finas , batata o-reino esse tem cidez (d tirar s d N m a o e cub imenta comer. rar sua álito) s i p t a h sal, hora pr ebola e – mau c uma har” a om bafo n c i “coz ai ficar v não ância. c a cro

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gastroglobalizaç ão

carne com sal

Uma das coisas que me fascinam quando viajo é descobrir que, em diferentes lugares do mundo, há gente preparando alimentos de jeitos parecidos. E isso acontece há milênios, muito antes de caravelas e caravanas. Tento imaginar como as pessoas chegaram até as receitas, testando, experimentando e adaptando o que dava certo e errado. Uma delas é a da carne seca, ou charque, que se obtém ao curarmos a carne com sal e especiarias. Quando os hunos invadiram a Europa, diz-se que traziam pedaços de carne seca amarrados às selas dos cavalos. Os espanhóis, quando chegaram às Américas, viram que os incas desidratavam a carne de lhama para fazer “charqui”, daí a origem da palavra, que em inglês é “jerky. Os sul-africanos adoram o biltong, que pode ser feito de gado, carne de caça ou avestruz. Os suecos desidratam a carne de rena e na China come-se os pork chips, que nada mais são do que carne de porco curada em forma de batata chips. Ou seja, é uma receita global que, sempre que posso, experimento em minhas viagens.

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ca e s e n ue r q ca har ky c r ui je q s r p a i ch ch rk o p

I'm lovin'it!!!

!!!

Receita de carne soleada A fazendeira paranaense Lia Frare adora carne de sol, mas tem uma receita interessante para quem não é fã do seu gosto forte. Para preparar a carne soleada, Lia salga um pedaço qualquer de carne (picanha é seu favorito) e deixa-o no sol durante uma tarde. O ideal é aproveitar os meses frios e, de preferência, dias de lua nova, para evitar que moscas e mosquitos pousem no alimento. Com isso, a carne adquire apenas um leve toque de sol, podendo ir para a grelha e ser servida suculenta.

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comida com sotaque

paixão

nacional, produç ão

local

Sabores incríveis, rótulos bacanas, nomes divertidos e prêmios internacionais. A microcervejaria Bodebrown tem tudo isso. E é daqui. Você conhece? Companheira para todas as horas, vai do boteco da mais baixa gastronomia às mais estreladas mesas do mundo. A cerveja não tem frescura, mas também não se mixa para qualquer vinho de narizinho em pé. E sabe o melhor? Tão especial quanto uma cerveja importada, originária da cervejaria mais tradicional da Bélgica, pode ser uma feita (praticamente) em casa. Quando consumimos um produto local, experimentamos as tradições, a cultura, o sotaque e os costumes de uma sociedade. E mesmo tendo sido inventada há mais de 10 mil anos, de ter chegado ao Brasil em 1808, de ser paixão nacional em dezenas de países mundo afora, a cerveja pode ser única, exclusiva, com sotaque leite-quente. Na microcervejaria Bodebrown, do meu amigo Samuel, tem até uma cerveja gourmet que leva pinhão na receita. Um exemplo perfeito do melhor produto local.

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Combina com o que? Qualquer leigo sabe que vinho branco vai bem com carne branca e que vinho tinto combina com carne vermelha. Claro que não é tão simples assim, mas a regra é quase sempre essa. E as cervejas? Primeiro, é fundamental conhecer as características do prato e da cerveja. Basicamente, para pratos mais pesados, com sabores mais intensos e molhos mais encorpados são indicadas cervejas mais fortes, mais alcoólicas. Pratos leves combinam com cervejas leves. Mas existem também outras técnicas de harmonização, como o “contraste” (quando as características, sabor, aroma e texturas da cerveja se diferenciam dos pratos, mas melhoram o sensorial) e a “semelhança” (quando o prato e a cerveja têm características sensoriais semelhantes).


BODEBROWN W E E H E A VY

*

+ P R A TOS

DA FORNERIA 1a harmonização: Carré da Villa (costeleta de cordeiro com purê de batatas e crosta aromática) 2a harmonização: Filé Gorgonzola (mignon grelhado servido com suave creme de gorgonzola e garganelli) 3a harmonização: Dubai Burger (hambúrguer de cordeiro assado em forno a lenha, molho sour cream)

* ven c de O edora d u a La Bi ro no M Medalh u a e Cana rre em M ndial de on dá Scot . Estilo treal, trad ch Ale, Strong ce ic Ingl ional d rveja rece esa, insp a Escola ita ir a d os Mon origina da na ge ld t e r r s Be n e d e 1 7 1 9 it as e s c o c i no s e m e s as .

CO P A C A B A N A O ponto central desta receita é o malte, com aromas adocicados e tostados e sabor caramelado e defumado, teor alcoólico de 8% (cerveja forte)


os chefs também comem

vale a foto Aqui perto e lá longe. Comida boa tem em todo lugar

Muito

daqui

alé m do

ceviche

Simone Bert é chef dos restaurantes Wanchako e El Brujo, ambos em Maceió. Casada com um peruano, aprendeu os segredos da culinária com a sogra e hoje prepara os ceviches mais famosos do Brasil Simone é bem chegada a uma alimentação saudável, mas não abre mão de uma junk food vez ou outra. “Às vezes, quando saio do trabalho exausta, às duas da manhã, passo no McDonald’s e peço um McChicken. Chego em casa, tomo um banho e como o sanduíche vendo um filme na tevê.” De tanto ver lagosta, peixe e camarão, no dia a dia prefere mesmo é um bife bem suculento. Mas evita frituras e açúcar. O segredo dela para recarregar as energias é um suco de beterraba, cenoura e caju, que ela toma sem coar. “Fica tão espesso que quase dá para mastigar, é a melhor coisa quando não tenho tempo para comer direito”, conta. Cardápio de hoje: logo cedo, bolacha de gergelim com requeijão e café com leite. Depois, arroz integral, milanesa (feito na salamandra), feijão-verde e uma tangerina. Mais tarde, um caqui.

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Polpetone do restaurante Villa Favorita, em Cunha, na Serra do Mar paulista

dali

Quiabo empanado frito, que comi no restaurante PNY Bistrô, em Williamsburg, Nova York


digestivo

a m i t l ú A o ã i e ç f e r exa dE A l

n dr

Ele não é o malvadão Baltazar, que bate em mulher, nem o carismático verdureiro Vanderlei. Também não é o vilão Gilmar ou o peão fiel escudeiro de Eriberto Leão. Essas são apenas algumas facetas do artista Alexandre Nero. Compositor, cantor, arranjador e sonoplasta, diretor musical, ele é figura conhecida no cenário cultural curitibano muito antes de virar ator da Globo. Já integrou os grupos Fato e Denorex 80, foi líder da banda Maquinaíma e agora segue carreira solo na música, além de atuar na TV, cinema e teatro. Nesta entrevista Nero nos conta como seria sua última refeição.

e N e ro

imag

odr em: R

ig o T

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O que não poderia faltar na mesa da sua última refeição? Na verdade, o menos importante seria a comida. Mas se tivesse que escolher mesmo seria arroz, feijão, bife e batata frita. Quem prepararia? Minha mãe. E a bebida para acompanhar? Não gosto de beber enquanto estou comendo. Mas depois seria cerveja, com certeza. Onde seria? Em casa, com as pessoas que eu amo: meus pais, meus irmãos, todos os grandes amigos. Que som tocaria? Acho que já que é a minha última refeição, escolheria o meu último disco (Vendo Amor), que fala das relações de amor, de gentileza, de carinho. Mas o som estaria bem baixinho, porque não gosto de som ambiente alto. E a roupa? O que você vestiria? Estaria descalço, de moletom e camiseta, com certeza. Mais algum detalhe indispensável? Estaria todo mundo bêbado, que é bem mais divertido!

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za n


sweet dreams

Será o fim dos cupcakes? Já reparou que os doces e sobremesas que eram chiques no começo dos anos 2000 já estão pra lá de démodé? Pois é, sobremesa é assim: o up-to-date de hoje pode ser so last year amanhã, igualzinho à moda. Convidamos a especialista Bibiana Schneider para nos contar um pouco dessa história

A NOS 7 0 O máximo nos restaurantes era pedir um Crêpe Suzette. O auge do espetáculo era quando o maître vinha na sua mesa flambar o crepe, lembra?

A NOS 8 0 Os entendidos pediam profiteroles ou creme de papaia com cassis. Já em casa a sobremesa de domingo era pavê, estrogonofe de nozes, manjar branco ou gelatina colorida

com leite condensado. Na rua, o sonho com bastante açúcar virou mania.

A NOS 9 0 O petit gateau reinou absoluto por muitos anos e ainda é hors concours nos cardápios.

A NOS 2000 Os doces da moda mudam a cada ano: macarons, cupcakes, brigadeiros, fudges, whoopies...

O pretinho básico que nunca sai de moda O chocolate tem uma história um pouco diferente, pois atravessa os anos imune a modismos. Nem mesmo pode ser considerado um doce, e sim uma iguaria. Segue tendências (taí o chocolate com pimenta para dar um exemplo), mas nunca sai de moda.

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del i c i ous , del i c i ous th i s way you ’ re gonna k i ll me !


comer e beber em

Editorial

2

4

istambul

um passeio por

X injiang

8

9 pequenos pares GIM HENDRIck’s

11 UM QUEIJO?

e SE VOCÊ

FOSSE

16

6

O n the R oad

10

baixa

gastronomia

12 Menu du jour: o que tem na sua geladeira?

3

1 MALHAr

comida PARA

14 Acebola: RAINHA DO DRAMA gastroglobalizaç ão

PAIXãO NACIONAL, 18 cerveja: PRODUçãO LOCAL

Os chefs 20 também comem

A ú LT I M A 21 REFEIç ãO de

alexandre nero

Expediente

Edição Beto Madalosso Projeto Pulp Edições Diretora de Redação Fernanda Ávila Ferreira drt 3884 Diretora de Criação Patricia Papp Diretor de Conteúdo Vicente Frare Direção de Arte Halini Saad e Bruna Michelin Colaboração Guilherme e Bianca Canever, Guilherme Caldas, Rafael Martins, Danilo Nakamura, Riccardo Guerra, Tatiane Hallage, Samuel Cavalcanti, Simone Setti, Bibiana Schneider, nuno papp e Alexandre Nero Impressão SERZEGRAF Tiragem: 3.000 A Revista tutano é uma publicação

gratuita dos restaurantes Madalosso, Famiglia Fadanelli e Forneria Copacabana

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Polpetone da Famiglia Fadanelli

Aqui a gente faz o polpetone com um “blend” de carnes bovina e suína: são usadas três partes de filé mignon, duas partes de lombo suíno e uma parte de bacon, todas moídas. Os temperos, bem picadinhos, são: cebola, tomilho e manjericão. Coloque tudo no bowl e misture bem até chegar numa massa uniforme. Acrescente sal e pimenta-do-reino moída na hora. Ao dar forma ao polpetone, coloque uma fatia fina de mussarela dentro, que vai derreter no prato. Passe o polpetone na farinha de trigo, de rosca, no ovo e frite. Está pronto. Ah, e não pode fazer muito grande, senão a carne do meio fica fria e crua. É servido sobre molho de tomate, mas esse a gente conta numa próxima edição!

Depois de tantos experimentos, chegamos a um molho para carpaccio muito saboroso e bem fácil de fazer. Usamos 400 ml de creme de leite, uma colher de mostarda Dijon com sementes, uma colher de mostarda comum e um punhado (uma mão cheia) de alcaparras bem picadas. Daí é só misturar num bowl e mexer com um fuê pra arejar o molho. Acerte o sal e tempere com um pouco de pimenta-do-reino antes de servir. O queijo ralado, as folhas de rúcula e as sementes de abóbora tostadas que vão em cima ficam por conta do gosto do cliente.

da Forneria Copacabana

Carpaccio Molho do do nosso jeito


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