Revista São José 2019

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R E V I S T A

sé ão o

edição 2019

C O N SCI ÊN CI A

Dr. Jairo Bouer

Sexualidade, comportamento e bullying

Colégio em atividade Leo Fraiman Síndrome do Imperador

Leoberto Brancher Círculos da Paz

viag e n s p ales tr a s açõ e s


com

CO NHE CI MEN TO


DI eu FE faço aREN ÇA

saojosecaxias www.saojosecaxias.com.br colegio@saojosecaxias.com.br

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Rua Os 18 do Forte, 1870 Caxias do Sul | RS

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osé ãoão osé

1901

ÍNDICE sé ão o

5

editorial

6

PALESTRA

8

são josé em ação

20

PALESTRA

22

ações: educação infantil

28

PALESTRA

30

ações: ensino fundamental i

50

entrevista

52

ações: ensino fundamental Ii

64

entrevista

66

ações: ensino médio

JAIRO BOUER | SEXUALIDADE, COMPORTAMENTO E BULLING

leo fraiman | a síndrome do imperador

luciane farina fochesatto | a importância de estabelecer limites

pedro guerra | patrono da feira do livro 2019

leoberto brancher | resolução e prevenção de conflitos

Jornalista: Miriam Spuldaro - MTB 14699 Fotos: Fotocine, Banco de Imagens e Arquivos Colégio São José Edição: Positiva Comunicação e Marketing Direção de Arte: Elias Carpeggiani Direção Geral: Ricardo “Bacana” Vignatti Aprovação: Jorge de Godoy Impressão: Gráfica Lorigraf - Novembro/2019 Tiragem: 2.200 exemplares


[ EDITORIAL ]

consciência e civilidade Prezado Leitor,

Com o desafio de estimularmos o comprometimento de todos com uma conduta dedicada ao exercício da cidadania, na qual, através do fazer pedagógico, possamos atingir nosso objetivo de construir sujeitos ativos capazes de transformar positivamente a sociedade em que estão inseridos, é que realizamos diversos projetos e ações ao longo do período letivo de 2019, demonstrados, em pequena parcela, nesta revista. Irmã Renata Anelda Segat Diretora do Colégio São José

Civilizado é todo aquele sujeito capaz de orientar a própria conduta a partir de parâmetros humanitários, cultivados na consciência humana, moldada por valores construídos ao longo da caminhada familiar e estudantil, fazendo com que cada um perceba a responsabilidade que tem na construção de uma sociedade justa e fraterna. Cada vez mais, embasados nos valores cristãos, apregoados pelo grande Mestre e somados ao carisma das irmãs de São José de comum união formamos laços para trilhar um movimento em busca do bem comum. Reconhece-se, assim, o verdadeiro sentido da vida no mundo contemporâneo, traduzido pelo amor ao próximo como a si mesmo e vivenciados nos projetos e atividades propostas. A consciência de civilidade é aprendida nos lares e cultivada na escola. Sem civilidade, não há valorização do amor como norma suprema na vida. Por isso, pedimos ao Senhor, forças para, através do nosso fazer diário, termos um novo olhar sobre nós e a realidade em que vivemos e atuamos. Dessa forma, conscientes de nossa grande missão, possamos viver como cidadãos comprometidos. Na edição deste ano, observamos multiplicados gestos de civilidade, bem como a nobreza de grandes atos, oportunizando aos nossos educandos a vivência de experiências enriquecedoras, que marcaram para sempre as suas vidas. Que a leitura e o olhar crítico sobre a revista, torne-nos parte deste grande projeto político-pedagógico chamado São José e que sempre sejamos parceiros nos sonhos e na construção de uma sociedade mais humana.

[5]


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Dr. Jairo Bouer debate sexualidade, comportamento e bullying Médico psiquiatra palestrou para diferentes gerações no Colégio São José

Conhecer os jovens da atualidade e entender mais sobre a sua realidade foram os motivos que trouxeram o médico psiquiatra Jairo Bouer ao Colégio São José de Caxias do Sul, no dia 30 de maio. Sob a ótica de um profissional que estuda o comportamento e a sexualidade humana

Conforme Bouer, esse é um indivíduo

há mais de duas décadas, Bouer abor-

extremamente integrado às tecnologias.

dou o tema ‘Emoções e Riscos’, expla-

“Há quem diga que é o ‘jovem máqui-

nando sobre questões como impactos da

na’. Essa geração, chamada de Geração

tecnologia na saúde e comportamento

Alfa, nasce imersa nesse universo da

dos adolescentes, bullying, sexualidade,

tecnologia”, apontou. Além disso, é uma

álcool, cigarro e drogas.Como ponto de

geração que tem autonomia e liberdade

partida, o especialista apresentou um

madura”, destacou o especialista. Bouer

de ação cada vez mais cedo. “Via de re-

perfil do jovem de hoje em dia, traça-

observa que ao mesmo tempo em que

gra, os pais saem para trabalhar e essa

do com base em relatos de pais, esco-

esse jovem tem experiências em diver-

criança tem contato com outros grupos

las, psiquiatras, psicólogos e pesquisas.

sos campos, tanto na vida real quanto

de crianças em escolas ou creche ain-

na virtual, permite-se mais, mostra-se

da muito pequena. Quando chegam em

mais engajado em diferentes causas, é

casa os pais estão cansados e têm difi-

um jovem que, por consequência, sofre

culdade de estarem próximo e trabalhar

mais. “Essa é uma geração que tem mui-

limites. Então, a criança acaba tendo

to mais ansiedade, tristezas, depressão,

maior liberdade de ação. É uma gera-

mais dificuldades de lidar com o outro,

ção precoce, mas não necessariamente

mais problemas de autoestima, transtornos alimentares, elevados índices de automutilações, tentativas de suicídios e de suicídios”.

[6]


[ PALESTRA ] As causas

Como agir

De acordo com o especialista, diversos

Bouer salienta dois pontos fundamen-

saltou que é necessário tentar entender

fatores são mencionados como possí-

tais que os pais precisam estar atentos

como essa geração funciona. Para isso,

veis causas para esse desequilíbrio com-

(e praticar) quando têm filhos, princi-

os pais e também as escolas precisam

portamental dos jovens atualmente. O

palmente adolescentes. O primeiro é o

buscar informações, seja pela leitura,

bullying é um deles. Pesquisas apontam

diálogo, que deve ser estabelecido desce

palestras ou dividindo experiências com

que, no Brasil, 20% (um a cada cinco)

cedo. “É importante que exista uma rota

outros pais. “Eu insisto muito que, ao

dos jovens sofrem bullying algumas ve-

de comunicação aberta entre os pais e

invés de somente resolver conflitos, de-

zes por mês e 10% sofrem todos os dias.

os filhos para que caso aconteça algum

vemos trabalhar a cultura de prevenção,

“Os impactos nas vítimas são muitos:

problema, seja resolvido mais facilmen-

ou seja, buscar um ambiente com me-

ansiedade, apatia, raiva, falta de vigor

te”. Segundo ele, a questão da sexuali-

nos assédio, bullying, pressão, mas com

para atividades, queda de atenção e de-

dade e seus riscos, por exemplo, deve

o empoderamento dos jovens para que

sempenho na escola, prejuízos da au-

ser abordada tanto em casa quanto na

eles possam administrar melhor os seus

toestima e muitos outros”.

escola. Outro tema importante, muito

limites e lidar melhor com as suas emo-

Bouer destaca, ainda, que trabalhos in-

comum nessa fase da vida, é o consumo

ções”, finalizou.

dicam para o uso excessivo da tecno-

de álcool e drogas, lícitas ou ilícitas. “Os

Jairo Bouer é formado em Medicina,

logia e da internet como causas para

pais se perguntam: como falar sobre ca-

pela Faculdade de Medicina de São Pau-

tantos problemas emocionais relaciona-

misinha, sexo, drogas e álcool com um

lo (FMUSP), com especialização em Psi-

dos à juventude. Somado a isso estão

adolescente de 12 anos? Isso se chama

quiatria, também pela USP. A partir de

questões como invasão da privacidade,

gerenciamento de risco. É preciso iniciar

sua atuação no Projeto Sexualidade do

visão distorcida da realidade, principal-

essa discussão antes que ele se exponha

Hospital das Clínicas da USP (Prosex),

mente em redes sociais, onde somente

aos comportamentos de risco. E não é

entre 1993 e 1994, passou a focar seu

o ‘belo’ é evidenciado, medo de rejeição,

porque estamos abordando esses assun-

trabalho no estudo da sexualidade hu-

cyberbulying, imediatismo, entre outros

tos em casa ou na escola que esse jovem

mana. Recentemente, o psiquiatra con-

fenômenos.

vai fazer sexo antes. Cada indivíduo tem

cluiu o mestrado em Antropologia Evo-

seu tempo. O importante é que, quan-

lutiva, em Londres, na Inglaterra. Jairo

do ele se deparar com essas situações,

também é biólogo, educador, palestran-

estará mais seguro sobre como agir”,

te, escritor e participa de programas de

orientou. A disparidade existente entre

televisão e rádio.

as gerações (pais e filhos) não deve ser um empecilho para o diálogo. Bouer res-

[7]


É S O J SÃO ÃO EM AÇ osé ãoão osé

1901

Grupo de Facilitadores conclui curso

Na noite de 23 de outubro, concluiu-se a formação de mais um grupo (composto por 25 pessoas) de facilitadores, dentro do Projeto Círculos da Paz e Justiça Restaurativa. Com esse grupo, somam-se, desde 2018, quando iniciamos a formação de professores, colaboradores e pais. foram aproximadamente 125 pessoas envolvidas, na comunidade educativa, neste projeto. Em 2018, oportunizamos três momentos de formação e, 2019, tivemos dois momentos, cada um com 20h de duração, sem contar as palestras e momentos de encontro oportunizados, fora a formação formal. Já aplicadas às práticas restaurativas desde 2018, no Colégio, principalmente na educação infantil e fundamental I, e, neste ano de 2019, em algumas séries do fundamental II, deverá ser incluída na proposta pedagógica para toda a comunidade educativa, pois traz, na sua essência, o resgate à valorização do ser humano como humano, abrindo um espaço de escuta e de pertencimento.

Franceses visitam o São José

interação e diversão! No dia 30 de março, nas dependências da escola, os estudantes foram recepcionados com muita música e animação. Reencontros foram fortalecidos e novas amizades iniciadas, em ambiente festivo, com direito a food trucks. A atividade Um misto de gratidão e esperança, traduziu-se o encon-

teve patrocínio da UCS, do Apoio - Pré Vestibular e do En-

tro que ocorreu no Colégio São José, o qual abriu suas por-

glish Labs; da 3G Entretenimento; e realização da APM do

tas para receber, com grande alegria, uma comitiva de

Colégio. A família São José sabe da importância de manter

franceses com a comunidade educativa, resgatando a his-

laços de amizade e faz questão de promover atividades em

tória da fundação da Congregação no Rio Grande do Sul.

que possam ser intensificados, repercutindo, assim, em mo-

Gratidão por todo o trabalho feito e idealizado pelas primeiras irmãs, que deixaram a sua terra natal, a França, e, com o suor do trabalho e a fé em um carisma mais profundo, construíram e edificaram o Pequeno Projeto em nossa região. Entre as obras, está a construção do Colégio São José de Caxias do Sul, em 1901, assumindo a direção e coordenação dos trabalhos ao longo do tempo. Esperança em manter cada vez mais vivo o laço de comprometimento de comum união, além-fronteiras, podendo, ao resgatar a história, projetar um futuro com proximidade de visão, de missão e de ação, permitindo quem sabe intercâmbios culturais, sociais e educacionais, para promover o crescimento e aprofundamento na cultura do cuidado para com as pessoas. Vivenciar este encontro foi uma oportunidade de expressar o reconhecimento da força do trabalho sustentado no carisma de unir povos e culturas, superando todos os desafios e obstáculos que se apresentam ao longo do caminho; na certeza de que se mantenha sempre presente a chama do fundador da Congregação Padre Jean Pierre Medaille, olhando para o próximo como expressão viva do Evangelho.

[8]

mentos agradáveis de estudo.


[ ações ] Colônia de Férias O projeto Colônia de Férias tem por objetivo oportunizar às crianças vivências cognitivas, motoras, afetivas e sociais. Muitas atividades foram organizadas tornando os momentos prazerosos, divertidos e significativos. Entre as atividades, foram vivenciados show de mágica, deliciosas receitas na oficina de culinária, brincadeiras de arte com borrifadores, boneco de neve, baile de fantasias, brincadeiras na piscina da Raiar, jogo de raquete com balões, GP Hotweels, bingo dos sons, aula de dança e futsal. Essas atividades e outras, encantaram e envolveram as crianças durante as férias, pois foi possível ver o sorriso no rosto de cada um.

conduta Os estudantes do 7º Ano do Ensino Fundamental participaram da palestra com o advogado João D’Villa para conversar sobre as consequências jurídicas do descumprimento de normas e leis. Na ocasião, os alunos refletiram sobre a importância da conduta correta e da responsabilidade individual de seus atos.

MEDALHISTAS Os estudantes,

Marcelo e Rafael de Azevedo Casano-

va, participaram, representando o Colégio São José e o Clube Recreio da Juventude, do CERGS 2019 - Jogos Escolares do Rio Grande do Sul, na modalidade judô, etapa 15 a 17 anos. Eles conquistaram primeiro lugar nas categorias até 66Kg (Rafael) e 90Kg (Marcelo). Os medalhistas de ouro classificaram-se para os Jogos Escolares da Juventude que vão ser realizados em Blumenau. O judô é um esporte que busca integrar o corpo e a mente. Além do vigor físico, ele exige muito equilíbrio e virtude uma vez que, para ser um grande lutador, é preciso ser um grande ser humano. Parabéns aos nossos representantes.

[9]


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Mix Saúde 2019 Ciências, conhecimento para a vida O Mix Saúde é um projeto que envolve várias áreas do conhecimento. Ele propõe e valoriza a pesquisa sobre elemen-

“ Os temas foram muito bem apresentados, a criatividade e a dedicação surpreenderam” . Marina Tonieto /Turma 205

tos que envolvem o bem-estar e a saúde como um todo. Os alunos vivenciam a importância do trabalho em grupo, de-

“ Gostei muito de participar da avaliação do projeto. Todos estavam muito bons, pude ver inúmeros temas que fugiam do comum. Criativos, os alunos mantinham o interesse dos visitantes. Estava tudo muito bem organizado”. Turma 102

senvolvendo o espírito de cooperação, expressão e oralidade. Foram três meses de muita preparação, desde a escolha dos temas, pesquisa, construção dos cartazes, pesquisa de campo, ensaios e

“ O Projeto Mix Saúde apresentado pelas turmas dos oitavos anos merece reconhecimento pela criatividade e desempenho dos alunos”.

apresentação final. Com assuntos atuais e de grande relevância, os alunos dos 8⁰

Laura Gil / Turma 205

anos apresentaram seus trabalhos com muita qualidade e eficiência, despertando a atenção e o respeito de familiares, amigos, alunos e professores. Os trabalhos foram avaliados por professores e alunos do ensino fundamental e médio com um retorno muito positivo.

A Olimpíada Brasileira de Biologia é uma

exige controle de tempo e emoções, ha-

competição organizada pelo Instituto

bilidade que pode ser aprendida e apri-

Butantan, de São Paulo, que tem como

morada com a prática.

participantes alunos regularmente ma-

participantes da primeira fase no Colégio

triculados no Ensino Médio das escolas

São José, oito alunos passaram para a

brasileiras. O caráter interpretativo da

segunda etapa. Em 28 de abril, a esco-

prova desenvolve a autonomia, com a

la foi sede da Olimpíada recebendo os

aplicação de conceitos modernos estu-

competidores de Caxias do Sul, Bento

dados em sala de aula, proposta esta

Gonçalves e Vacaria. Com resultados de

que oferece desafios e oportunidades

excelência, conclui-se que não existe li-

atraentes para ampliação do conheci-

mite para o aprendizado; se estimulados

mento dos alunos que querem algo a

e orientados nossos jovens expressam

mais. Resolver as questões propostas

seu potencial de forma surpreendente.

Dentre os 135

Parabéns a todos os envolvidos!

[ 10 ]


[ ações ] Pedro Guerra é o patrono da Feira do Livro O jovem escritor caxiense Pedro Guerra

Somos assim, humanos vivendo, aprendendo e tentando aos poucos melhorar. A frustração faz parte, o drama de cada dia também. Pedro Guerra

foi o patrono da 35ª Feira do Livro do Colégio São José. A feira ocorreu de 28 de maio a 1º de junho, nas dependências da instituição. A comunidade educativa sentiu-se muito alegre com a escolha do autor. “Eu gosto de explorar os livros ao máximo, trabalhar as diferentes plataformas e tentar atrair o adolescente para a literatura. Nas escolas, vários jovens já me contaram que nunca tinham lido um livro na vida, mas acabaram gostando e conhecendo outros autores. Esse é meu objetivo enquanto escritor, ser uma porta de entrada na formação de leitores”, disse o escritor.

Professores de educação física promovem jogos de integração

Os Jogos de Integração do Colégio São

Os times do Ensino Fundamental II e o

José aconteceram de 5 a 8 de outubro,

Ensino Médio respeitaram suas turmas

no Centro Poliesportivo da instituição. O

de origem. Os três primeiros lugares de

grupo de professores de Educação Física

cada categoria foram premiados com

planejou e, com a participação efetiva

medalhas. “O objetivo da atividade não

do Grêmio Estudantil (GESJ), coordenou

era definir ganhadores ou perdedores,

a execução de jogos nas modalidades

mas sim o trabalho em equipe entre os

Futsal e Handebol. Os times dos quin-

times. Durante o dia houve, muita emo-

tos anos foram constituídos em formato

ção, felicidade, assim como tristeza em

de Jamboree, ou seja, integrando estu-

perder, mas é por isso que a escola faz

dantes de diferentes turmas, através de

esses jogos, para nos ensinar a saber

sorteio. O formato agradou os estudan-

ganhar e perder, e, para assim, no futu-

tes, conforme relata Sara Alencastro da

ro, sabermos lidar com situações pare-

Rosa, da turma 51: “Eu adorei os jogos,

cidas”, sintetiza a aluna Sophia Gomes

mesmo tendo ficado em terceiro lugar. O

Poyer, da turma 51, expressando, a seu

mais importante foi se divertir com ou-

modo, a real intenção de toda a progra-

tras pessoas, de outras turmas. Fiquei

mação. Dado o sucesso da atividade, os

feliz fazendo novas amizades com outras

professores já pensam em reeditá-la em

meninas e ajudando elas nos jogos.”

2020.

[ 11 ]


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representantes e vices Os representantes e vice-representantes de turma tiveram palestra com a psicóloga Daiane Gava. Na oportunidade, refletiram sobre a diferença entre liderar e representar, responsabilidades, respeito, além da contribuição que eles podem dar para a escola. É o São José trabalhando o presente para termos um futuro com líderes promissores.

SETEMBRO AMARELO A psiquiatra Dra. Cristina Conte, esteve na nossa escola conversando com professores e equipe, sobre "Comportamento de Risco na Adolescência". Momento de extrema importância para conseguirmos entender e ajudar nossos adolescentes que passam por períodos de dor e sofrimento. - O que é um comportamento de risco? - Por que o adolescente se coloca em um comportamento assim? - Como podemos prevenir as famílias e o próprio adolescente? - O que fazer para ajudar? Essas e outras questões foram colocadas e abordadas e trouxeram alento para o nosso dia a dia.

- O QUE MOTIVA A SUA VIDA? - QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS PRIORIDADES DA SUA VIDA? - O QUE VOCÊ ESPERA DO SEU FUTURO? Foram três painéis interativos, onde os alunos puderam expressar e responder a estas questões. Estes murais estavam O Colégio São José passou o mês de setembro

diante do SOE e fizeram os alunos pen-

em campanha pelo Setembro Amarelo. Para

sarem, se questionarem e se colocarem

os alunos do 7º ao 9º ano do EF, foi propor-

nos seus conflitos e desejos, refletirem

cionado uma palestra com Kaleb Garbin, onde

sobre suas ansiedades, angústias, prio-

ele abordou o tema: "Valorização da Vida".

ridades, motivações e alegrias.

Que sentido estamos dando para nossa vida? Que valores realmente estamos dando importância? Quais as pessoas que valorizamos na nossa vida. Quais as pessoas que procuramos e damos um pouco do nosso tempo? Foi uma palestra muito sensível e tocante, que emocionou muitos dos nossos alunos. E, com certeza, contribuiu para suas reflexões e atitudes de valorização das suas vidas e de quem eles amam.

[ 12 ]


[ 13 ]


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São José Te Chama O grupo ‘São José Te Chama’ foi criado em 2017, com o sentido de buscar de forma coletiva um significado mais amplo para

PARA QUE TODOS SEJAM UM

a vida. Para isso, o grupo se reúne uma vez por mês para discutir questões e fazer reflexões. Sem perder o foco no carisma das Irmãs de São José, que é de unidade e comunhão, estudam a história que iniciou com o padre Jean Pierre Médaille e a palavra, imprescindíveis em qualquer caminhada. Com o slogam para que todos sejam um, este grupo também conduz atividades com a comunidade escolar pensando o Colégio para os próximos anos, por meio de um planejamento estratégico com espiritualidade. No ano de 2018, foram realizados dois grandes encontros quando se levantou questões sobre ameaças, fraquezas, oportunidades e forças. Neste ano, retomou-se a caminhada do ano anterior ressaltando as forças coletivas.

DIA DO ESTUDANTE Todos os anos comemoramos, no dia 11 de

Na nossa escola, esta comemoração é mui-

agosto, o Dia do Estudante. Mas você sabe o

to esperada por todos os alunos. Este ano,

motivo dessa comemoração? Essa festivida-

além do tradicional cachorro quente feito

de surgiu 100 anos após o imperador Dom

pela diretora Irmã Renata, contamos com

Pedro I autorizar a criação dos dois primei-

inúmeras atividades culturais. A escola Te-

ros cursos de Ciências Jurídicas do Brasil, a

clado’s realizou uma apresentação no audi-

Faculdade de Direito de Olinda e a Faculdade

tório, momento em que alguns dos nossos

de Direito do Largo do São Francisco (SP).

alunos puderam mostrar seus talentos aos

Em 11 de agosto de 1927, ocorre uma co-

colegas. Em parceria com a 3G, os estu-

memoração em homenagem a estas insti-

dantes do turno da manhã participaram de

tuições e entre os convidados, o advogado

atividades interativas envolvendo jogos,

Celso Gand Ley, sugeriu aos demais partici-

música e dança. O recreio prolongado pro-

pantes que, na mesma data, fosse instituído

porcionou uma manhã divertida, acolhedo-

o Dia do Estudante.

ra e comemorativa.

[ 14 ]


[ ações ] SEMANA DO GAÚCHO Para celebrar a Semana Farroupilha, o Colégio São José realizou uma programação Cultural voltada às Tradições Gaúchas. Já, no início da semana, Diego Boschetti e Flaviano Pasquali voltaram às raízes com suas gaitas entoando músicas tradicionalistas. A atividade teve sequência com Willian Monteiro, Vinícius Tenedini e Márcio Barreto através do som das violas e canto. Durante todo período, os estudantes cantaram o hino Rio-Grandense e professores buscaram realizar, em sala de aula, atividades relacionadas ao nosso Pampa Gaúcho. Para finalizar, no dia 19 de setembro, além das tradicionais rodas de chimarrão contamos com a presença do CTG Heróis Farroupilha que, com toda sua beleza e encanto, nos presenteou com lindas danças. Uma semana de reverência ao nosso querido estado.

Eu sou Valentina Pellin Generoso e tenho 9 anos. Danço CTG há 4 anos e quando danço me sinto livre, posso libertar o que está dentro de mim, viver meus sonhos. No CTG aprendemos a ter foco, disciplina e fazemos muitas amizades. Dançamos todas as danças tradicionais, mas o que mais gosto é a entrada e saída da apresentação. Ensaio e me dedico muito para não ter erros nas apresentações e ser escolhida para dançar nos rodeios Valentina Pellin Generoso - 4º ano e aluna do CTG Heróis Farroupilha

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NA ERA DOS DINOSSaUROS

“No Tempo Integral aprendi muitas coisas, sei que dinossauro significa lagarto terrível. Esse projeto foi muito divertido, pois brincamos e aprendemos muitas curiosidades sobre os gigantes. Levarei

Com o objetivo de voltar ao passado para

meus conhecimentos para sempre! “

melhor entender o presente, as crianças

Alicia Dietrich, 10 anos

do Tempo Integral participaram do projeto "A Era dos Dinossauros". Os gigantes da pré-história habitaram o imaginá-

“Aprendi que os dinossauros existiram,

rio das nossas crianças. Um mundo de

mas não existem mais, agora o que existe

descobertas e aprendizagens em todas

são os ossos deles escondidos e que se chamam fósseis.”

as áreas do conhecimento este projeto

Ana Valentina Bohn Danuzo, 6 anos

proporcionou. Fizeram uma fantástica e emocionante viagem há milhões de anos atrás, antes mesmo da inteligência hu-

“O Tempo Integral realizou vários traba-

mana habitar a Terra. Mergulharam na

lhos sobre os dinossauros, aprendi muitas

história, conhecendo através de drama-

coisas, eles foram extintos, tinha muitas

tizações, jogos, vídeos, pesquisas, arte

espécies, alguns eram herbívoros e outros

e músicas, as características, diferenças

carnívoros. Aprendi sobre aquele tempo.” Anita Marcolan Romanini, 10 anos

e semelhanças entre eles. Construíram uma máquina do tempo com muita criatividade, pesquisaram sobre a extinção dos dinossauros e foram em busca de

“Quem pesquisa os fósseis são os arqueó-

respostas para inúmeras perguntas que

logos e eles precisam usar uma roupa

surgiram ao longo do trabalho. Muitas

especial e protegida.”

foram as aprendizagens, e alguns de-

Vitor Gabriel Poli, 6 anos

poimentos das crianças mostram isso ao lado.

“O VERDADEIRO EU em cada um é bom, sábio e poderoso...” Carolyn Boyes Watson e Kay Pranis

lização, de encontro com os diferentes.

Com o objetivo de nos conectar com

Os Círculos são um espaço intencional

nosso eu verdadeiro, de modo que se

altamente estruturado, dedicado a pro-

possa viver alinhados com valores que

mover a conexão, a compreensão e o

possibilitem a construir relacionamen-

diálogo do grupo, construindo relações

tos saudáveis em sala de aula e na co-

e trabalhando com as diferenças de en-

munidade, o Colégio organizou Círculos

contro a harmonia nas relações. O pro-

da Paz em todas as turmas, do quinto

cesso do Círculo permite que as pessoas

ano à terceira série do Ensino Médio, em

Escolas são comunidades intensas e di-

decidam o que querem compartilhar

momento simultâneo, no mesmo dia e

nâmicas que trabalham continuamente

com a profundidade a qual se sintam

horário. Nas demais, onde há uni docên-

no sentido de como os membros da co-

confortáveis. Quanto maior for o nível de

cia cada professor equilibrou o desenvol-

munidade educativa vão conviver, uma

confiança em um grupo, mais eficientes

vimento num espaço e tempo próprios,

vez que a escola é um espaço de socia-

os Círculos serão. Construir confiança,

dando senso de pertencimento e tran-

porém, demanda tempo.

quilidade aos estudantes.

[ 16 ]


[ AÇÕES ]

Como elo entre os pais, mestres e direção, a APM da Escola São José busca sempre as melhores soluções e caminhos. Desse modo, fortalecemos nossas relações, criando um ambiente escolar salutar, em

APM ão io S

José

ég

Col

que os processos educacionais são aprimorados por meio do nosso compromisso constante de assistência e de integração entre as famílias, a escola e a comunidade.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES COLÉGI O S ÃO JOSÉ

[ 17 ]


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Arraiá São José

OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA

Os festejos juninos têm diferentes ca-

A OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA DO PORTAL EDU-

racterísticas em todo o país e podem se

CACIONAL ocorreu de 13 de maio a 29 de junho.

apresentar como instrumento pedagógi-

Os alunos do 5º ao 9º anos do Colégio São José

co nas escolas, relembrando tradições de

foram convidados a participar desta atividade e,

cada região do Brasil. Diz a história que

aquele que aceitou o desafio, necessitou de astú-

as primeiras festas eram chamadas de

cia, agilidade e raciocínio lógico para resolver as

Joaninas. As comemorações se populari-

tarefas apresentadas, trabalhando consigo com

zaram e após a entrada dos festejos dos

metas e prazos já determinados. A estudante So-

quatro principais santos no calendário

fia Gomes Poyer, 5º ano, adorou participar: “As

católico, passou-se a chamá-la de Festa

questões me faziam pensar muito, às vezes eram

Junina. As festas remetem à tradição de

complicadas, como também eram mais tranqui-

cada região com doces e canções típicas

las. Sei que dei o melhor de mim e que ano que

de cada parte do país, possibilitando uma

vem poderei tentar novamente.” Para Lorenzo

visão ampla da formação cultural de um

Marques Zanol, 7º ano, foi desafiador: “Gosto de

povo. Na nossa escola, as bandeirinhas

desafios, gosto de Matemática e a participação

azuis, vermelhas e brancas deram um co-

me deu a oportunidade de colocar em prática os

lorido especial para a festa. Os pequenos

conhecimentos estudados na disciplina”. O estu-

da Educação infantil abrilhantaram o Ar-

dante Pedro Augusto dos Santos Cândeia, 9º ano,

raiá com danças típicas e muita simpatia.

estava em viagem de férias com a família e, mes-

Já o Ensino Fundamental I participou da

mo assim, participou: “Eu não esperava chegar à

organização das brincadeiras e ornamen-

final. As questões foram simples, porém reque-

tação da festa. Os professores trabalha-

riam muito raciocínio lógico e, às vezes, quase

ram nas “tendas” acolhendo os familiares

enganavam.” Já a estudante Eduarda Sonda de

que vieram prestigiar, no dia 15 de junho,

Godoy, 9º ano, achou muito gratificante:” Parti-

esse momento tão importante de relação

cipar de mais uma Olimpíada de Matemática do

entre família e escola.

Portal Educacional foi uma oportunidade de desenvolver o raciocínio lógico através da aplicação dos conteúdos vistos em aula. Com a Olimpíada descobri mais sobre a disciplina, a sua ciência e seus enigmas. Foram momentos de expectativa pelos resultados e satisfação com as conquistas”. É gratificante para nossa escola saber que numa atividade interessante como esta, de amplitude nacional, diversos estudantes ficaram classificados em diferentes etapas do processo, inclusive na final, trabalhando habilidades e emoções nem sempre imaginadas. Que venham novas olimpíadas por aí!

Excelência, tradição e evolução no ensino musical há 33 anos.

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[ ações ]

Visita das Soberanas Nosso ano letivo começou muito mais

Zambelli cantando, a rainha e as prin-

alegre e com cheirinho de festa. Festa

cesas foram recebidas com aplausos e

que faz parte da história de Caxias do

muito carinho demonstrados através de

Sul e uma das mais populares do país

bilhetes e cartas. Os estudantes do 4º

que evidencia o imigrante, a cultura ita-

ano também convidaram as soberanas

liana e a "uva", fruto que contribuiu para

para participarem da 31ª Festa Italiana

o desenvolvimento inicial da cidade e

da nossa escola. “Seria uma honra tê-las

continua se destacando nos dias atuais.

neste evento que também tem como

Com o tema “Viva una Bela Giornada”

objetivo promover a cultura italiana da

recebemos as soberanas Maiara Perot-

nossa região”, disse Alícia Dietrich, ao

toni, Milena Remus Caregnato e Viviane

fazer o convite. Um momento importan-

Piamolini Gaelzer. O trio veio convidar

te que ficará guardado na memória afe-

toda comunidade educativa para partici-

tiva de cada participante.

par da festa. Com a voz da aluna Natália

TURNO INTEGRAL Uma Educação Integral pressupõe muito

nâmicas. Como culminância, uma turma

mais que o desenvolvimento de conteú-

apresentou para a outra suas aprendiza-

dos. Implica reconhecer o direito de to-

gens. Foram momentos especiais como

dos os alunos, aprender e acessar opor-

percebemos nos relatos:

tunidades educativas diferenciadas e diversificadas a partir da interação com múltiplas linguagens, recursos, espaços e saberes. Pensando nessa formação, o projeto Tempo Integral do Colégio São José busca, através de oficinas, desenvolver

habilidades

importantes

para

construção de aprendizagens significativas. Entre tantos destacamos “brincando

“No projeto Brincando com as Sensações aprendemos o que cada sentido faz no nosso corpo, e a função de cada um. Em pesquisa aprendemos que ao nascer o bebê tem pouca visão, por isso reconhece a mãe pelo cheiro. A visão só fica completa aos cinco anos. Descobri essas curiosidades e passar no túnel das sensações foi bem legal! “ Júlio Montanari Toniazzo e Arthur Lazzarotto 10 anos “Gostei de fazer atividade com os olhos vendados, ouvindo e sentindo a música.” Guilherme Pacheco - 7 anos

com as sensações” onde, com atividades de observação, às crianças levantaram hipóteses acerca de assuntos diversos, oportunidades de contato com o mundo através dos sentidos explorando recursos diferentes, interagindo com os fatos, ampliando, assim, a rede de significa-

“Provei, amei e aprendi fazer um gostoso Milk-shake de banana, também brinquei com o papel bolha, achei o máximo”. Pedro Duarte Machado - 5 anos “Eu gostei de tocar uns instrumentos musicais feitos de sucata, o violão que eu fiz com meu papai e enfeitei com adesivos, faz um som muito legal! Juliana da Silva Pezzi - 4 anos

dos. A sensibilidade, o fazer, o apreciar e o contextualizar fizeram parte das di-

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osé ãoão osé

1901

Leo Fraiman palestra para mais de 600 pessoas no São José A Síndrome do Imperador, assunto principal do seu último livro, foi a temática que norteou o encontro “Todo pai e toda a mãe quer fazer o seu

sociedade ocidental de hoje, as pessoas

filho feliz, não é verdade? Se a sua res-

estão confundindo felicidade com prazer.

posta para essa questão foi sim, então

“Prazer do telefone novo, dos privilégios

saiba que você está errado. O grande

descabidos, de uma vida sem limites,

erro na educação é esse: querer fazer

de comer tudo o que se quer, etc. Nes-

o filho feliz”. Com essa afirmação, diga-

se tipo de vida, onde a criança se tor-

mos, surpreendente, o psicoterapeuta

na uma imperadora e manda nos pais,

Leo Fraiman abriu sua palestra, que reu-

a família entra em colapso”, alertou. O

niu mais de 600 expectadores, no Colé-

palestrante chama atenção para o real

gio São José de Caxias do Sul, no dia 25

sentido da felicidade, que deve ser gal-

de setembro. Bem humorado, o pales-

gada em valores, virtude, superação e

trante abordou, de forma leve, um tema

bons vínculos. “Uma pessoa que não for

que, inicialmente, parecia tenso, que é

inspirada e orientada na sala de casa e

a educação dos filhos. “A gente não tem

na sala de aula a chegar à melhor ver-

P – presença:

como fazer o outro feliz. O que podemos

são de si, que não acolher o outro em

carinho, afeto, celular de lado, olho no

fazer é, juntamente com a escola, ofe-

seu coração, que não fizer o melhor para

olho, se importar, conversar, acolher;

recer as condições para que ele se faça

a sua comunidade, que não for movida

feliz. Isso parece que é um mero detalhe

por valores, estará em estado de caos e

O – organização:

semântico, mas faz toda a diferença”,

ficará mais infeliz”.

acrescentou. Fraiman destacou que, na

Cincos itens do empoderamento familiar

quem dá a palavra final sobre horários, estilo de alimentação, sobre a parte financeira é o pai e não o filho;

D – disciplina; não adianta sozinho o professor cobrar capricho na lição, se o pai não olha, não se importa e não valoriza o esforço;

E

– engajamento:

empatia, afetividade

R

– resiliência:

aqui se aplica algo que eu falo no livro: o cola com mola, ou seja, na hora que seu filho está com dificuldade, você acolhe, dá o colo, mas você estimula a buscar alternativas. O excesso de colo é mimo e o excesso de autonomia é o abandono. O equilíbrio é o que funciona.


[ PALESTRA ]

Números que preocupam

Diante das evidências, Fraiman alerta

abordada na palestra de Leo Fraiman vi-

para o número crescente de casos de

rou um livro, lançado recentemente: A

Narcisismo. Segundo a Sociedade Nor-

síndrome do imperador – pais empode-

te-americana de Psiquiatria, esse índice

rados educam melhor. “Meu intuito hoje

triplicou nos últimos 30 anos. “Desde os

é sensibilizar os pais quanto às cinco ati-

Anos 1960, multiplicou-se a cada década

tudes básicas que trabalham o empode-

a possibilidade de uma criança ter de-

ramento familiar, dos pais, para que eles

pressão. O índice de suicídio já passou

sejam agentes de formação da criança.”

da casa dos 11 mil por ano no Brasil. O

Quer testar para saber se seu filho(s) é

consumo de drogas lícitas e ilícitas das

um imperador (a). Leo explica que um

mais diversas só aumenta.” Em países

imperador característico apresenta dez

em que o projeto de vida é encontrar

características certeiras. “Eu chamo de

uma profissão que dê dinheiro e torne

os dez ‘Is’ do imperador. São dez ati-

a pessoa famosa, ao invés de algo que

tudes que demonstram que não existe

combine com a natureza ou que ela faça

felicidade, satisfação, compromisso com

a diferença, a felicidade escapa. “Quem

o outro. Então, ele age como imperador

fala é um psicólogo chamado Tal Ben-

mesmo. Dá de dedo na cara da mãe,

-Shahar, que é o professor mais procu-

briga com o pai e confronta o professor.

rado de Harvard. O curso dele, chamado

Aí eu pergunto; uma pessoa assim vai

Felicidade, é o mais concorrido da uni-

construir cidadania? Não vai porque ela

versidade americana. Outros autores

não internalizou a percepção de interde-

também reafirmam essa tese. É prati-

pendência, de solidariedade, de susten-

camente uma unanimidade, na comuni-

tabilidade, de humanidade. Então, ela

dade científica, de que a busca desen-

não desenvolve a capacidade de cons-

freada pelo status e pela popularidade

truir a própria felicidade”

não nos leva à felicidade”. A temática

Léo Frainan é psicoterapeuta, Mestre em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano, palestrante, escritor e autor da Metodologia OPEE – Projeto de Vida e Empreendedorismo. Sua vinda a Caxias foi patrocinada por escolas católicas e Associações de Pais e Mestres: São José Centro, La Salle Carmo, Madre Imilda, São João Batista, Murialdo Centro, La Salle, São Carlos, Murialdo Ana Rech, São José Capivari, Nossa Senhora Goretti, Bom Pastor, São José Cruzeiro, Faculdade Murialdo e Colégio Medianeira.

[ 21 ]


É S O J O Ã S O Ã Ç EM A

EDUCAÇÃO INFANTIL a partir de 3 anos | pré I, II e III

BRINCAR E INTERAGIR Os alunos da Educação Infantil tÊm se aventurado na proposta do brincar heurístico, uma ideia que aguça ainda mais sua curiosidade. Mas como seria esse tipo de brincadeira? Primeiramente, a palavra “heurístico”

a criatividade dos adultos em relação à

vem do grego eurisko e significa des-

tarefa de cuidar das crianças, tornando

cobrir, alcançar a compreensão de algo.

essa atividade muito mais estimulan-

Nesta proposta, o foco do brincar está

te e prazerosa. Goldschmied e Jackson

na descoberta e também na manipu-

(2006) nos dizem que o brincar heurísti-

lação e exploração de objetos diferen-

co envolve oferecer a um grupo de crian-

ciados como, sucatas, areia, sementes,

ças, uma grande quantidade de objetos

objetos da natureza (galhos, pinhas e

para que elas brinquem livremente sem

folhas secas), entre outros. Além de de-

a intervenção dos adultos. Deste modo,

senvolver a autonomia e a criatividade,

os alunos absorvem as informações de

o brincar heurístico contribui também

maneira contextualizada, conforme seu

para o desenvolvimento da habilidade

foco de interesse e realidade. Assim,

de concentração. Nesse sentido, o brin-

irão estabelecer uma leitura de mundo

car tem sua própria lógica. A repetição

que irá contribuir de maneira significati-

contínua desenvolve habilidades e novos

va para o desenvolvimento de habilida-

conhecimentos. O brincar heurístico não

des fundamentais para o crescimento.

foi pensado apenas para as crianças,

Vejam algumas falas e fotos destas ex-

mas também com o objetivo de libertar

periências:

“Eu consigo espiar porque vira uma super luneta de ver cometas.” Diana - Pré 3C durante a exploração de cones

[ 22 ]

“Na caixa de luz, o que aparece é onde a gente passa o dedo. Lorenzo – Pré 3C durante a exploração de areia na caixa de luz

“Estamos fazendo bolo!” Pré 2D, ao explorar areia, utensílios e recipientes diversos

“Esta é minha torre!” Rafael - Pré 1A, ao explorar cones


[ EDUCAÇÃO INFANTIL ] “Gostei muito da visita da Léia Cassol porque ela contou uma história com muitas histórias. Foi legal porque parecia que eu estava dentro dos livros. A bruxinha tinha uma risada engraçada!” Juliana - Pré 2B, sobre a visita da autora

AVENTURAS LITERÁRIAS COM LÉIA CASSOL

“No livro o Homero, ele é um cachorro bonito e na minha casa a Belinha é uma cachorrinha pequeninha e sapeca de estimação. Vou contar a história do Homero para ela! Será que ela vai ficar feliz?” José Arthur - Pré 2B, sobre o livro “Homero”

“Eu gostei da música: Miroca o que é cativar? Não sei não! Eu nunca ouvi falar!” Yasmin - Pré 3D, sobre o livro “A menina do cabelo roxo e o principezinho”

Na Feira do Livro deste ano, os alunos

prar o livro escolhido. A ideia animou

da Educação Infantil receberam a visi-

os pequenos, incentivou-os à prática li-

ta da autora Léia Cassol que proporcio-

terária e, ainda, valorizou a experiência

nou uma tarde mágica e divertida aos

econômica/ financeira de forma lúdica e

pequenos, trazendo consigo a contação

intencional. As crianças gostaram muito

musicada de histórias com os persona-

das histórias dos livros trabalhados em

gens presentes nos livros trabalhados

aula, construíram obras relacionadas e

no projeto “Deixa que eu conto”. A pro-

ficaram ansiosas para finalmente conhe-

posta do projeto era poupar moedas e

cer a senhorita do cabelo roxo, a autora.

trocados de dinheiro, marcando os valo-

Algumas das falas mais significativas do

res em uma tabela e guardando-os em

projeto podem ser conferidas ao lado:

“Tem a parte que o cometa cai na casa da menina e o principezinho aparece na janela e ela convida ele para entrar. Isso foi muito legal!” Ana ValentinaPré 3D, sobre o livro “A menina do cabelo roxo e o principezinho”

“Gostei da Léia! O cabelo dela tem cheiro de uva!” Criança do Pré I sobre a visita da autora

um cofrinho para posteriormente com-

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[ 23 ]


osé ãoão osé

1901

UMA MANHÃ DE DIVERSÃO COM O PAPAI Na véspera do Dia dos Pais, a Educação Infantil aqueceu o corpo e o coração em um clima de muito afeto no Centro Esportivo São José (Poli). Com o espaço todo pensado e organizado para curtir muitas brincadeiras e interações, os papais aproveitaram de forma lúdica e divertida a companhia dos pequenos, aproveitando para socializar e fortalecer os vínculos afetivos. Com tanta diversão, foi fácil se envolver e entrar na brincadeira. Para comemorar esse dia tão especial teve boliche, corrida da colher, acerte o alvo, vôlei no lençol, corrida do saco, circuito com obstáculos, corrida de bastão, espaço de leitura, cabaninha e muito mais! Também teve “salchipão”, preparado com muito carinho por uma equipe de professores, pais e funcionários da escola. Para eternizar esse momento tão especial, os papais foram presenteados com uma linda fotografia, que foi capturada pela cabine que havia no local. Assim, esse momento de alegria e diversão ficou registrado para além da memória. O envolvimento de todos, a comunhão e os sorrisos foram um presente para todos que desfrutaram deste momento.

MATERNAL

A importância do brincar no Maternal O ato de brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa que não é apenas lazer, mas sim, um ato de aprender. A capacidade das crianças se expressarem, imaginarem e adquirirem novos conhecimentos surgem através do brincar. Brincadeiras e brinquedos são os meios que as crianças têm para se relacionarem com o ambiente físico e social, despertando a curiosidade e ampliando habilidades. É uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, ressaltando também a importância para o desenvolvimento integral, físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Por isso, as turmas de maternal levam o brincar a “sério”, recheando as tardes com muitas brincadeiras lúdicas e divertidas, pois é, através dele, que a criança desenvolve, constrói pensamentos e seu próprio jeito de ver o mundo, aprendendo a interagir com a realidade.

[ 24 ]


ENTREVISTA [ EDUCAÇÃO[ INFANTIL ] ]

MOMENTOS EM FAMÍLIA: O MARAVILHOSO JARDIM DAS ARTES

Em tempos em que a cultura da arte

munidade escolar, que fosse parte do

pressão das crianças (gráfico-plástica e

tem perdido o foco nas políticas públi-

seu repertório de vida. Quem sabe um

também corporal), por meio de vivên-

cas governamentais, resgatar as artes

jardim? Ao pesquisarmos obras de arte

cias artísticas visuais, manuais e corpo-

como forma de expressão se torna algo

que pudessem despertar nas crianças

rais com encenação de musical de palco

importante porque

viabiliza que esta

o apreço pela arte, deparamo-nos com

com o tema “O Maravilhoso Jardim das

seja experienciada pelas crianças desde

o artista francês Oscar-Claude Monet e

Artes”, fazendo referência ao jardim de

pequenas. A arte é uma forma de lingua-

suas pinturas realizadas a partir de seu

Monet. O presente projeto mexeu com

gem e de leitura de mundo que precisa

jardim pessoal. Encontramos um acervo

as sensações e sentimentos das crian-

ser degustada, vivida, apreciada, criada

incrível que denota um apreço pelo am-

ças durante o seu processo construtivo

e aprendida desde cedo, porque é capaz

biente natural em que vivera, o conheci-

e a presença da família foi de extrema

de mexer com sensações, sentimentos e

do jardim de Monet. Monet e algumas de

importância para dar maior sentido a es-

fomentar, quando criação pessoal, o não

suas obras selecionadas sobre o seu jar-

sas experiências vividas. Foi com ela que

dito pela criança ou, como diria Paulo

dim serviram de cerne para este projeto

nossos pequenos artistas compartilha-

Fochi, “tornar visível o invisível”. Dessa

que teve como objetivo principal des-

ram todas as suas descobertas e toda a

forma, concordamos com Doria (in ZA-

pertar na criança o amor pelas artes por

sua arte durante e na culminância deste

GONEL, 2013, p. 82) que diz que “quan-

meio de um “passeio no jardim”, usan-

lindo e significativo projeto. Acreditamos

do falamos de vivência de criação artís-

do-se também do conceito de eco-arte,

que esse laço entre família e escola foi

tica dentro das escolas, estamos falando

onde elementos naturais e reciclados

capaz de fortalecer vínculos, comple-

de um espaço onde o importante é o es-

foram reaproveitados para promover a

mentar valores, ampliar experiências da

tímulo à criatividade, o desenvolvimento

sustentabilidade do planeta transfor-

comunidade escolar e criar uma cultura

da imaginação e da fantasia”, e como é

mando-os em linguagem artística. Já

de pertencimento. Esta foi nossa Festa

bom proporcionar estas vivências para

Vivaldi nos cercou pelas notas musicais

da Família deste ano. Uma grande festa

crianças da Educação Infantil. Para con-

em busca da expressão, ampliando o

no Maravilhoso Jardim das Artes!

ceber esse viés das artes, decidimos

repertório cultural das crianças. Portan-

partir de algo que fosse relativamente

to, a intenção primordial deste projeto

conhecido pelas crianças da nossa co-

foi promover a arte como forma de ex-

ZAGONEL, Bernadete (Org.). Metodologia do ensino de arte. Curitiba: Intersaberes, 2013.

[ 25 ]


osé ãoão osé

1901

PRÉ II

Brincando de plantar

Com o objetivo de proporcionar uma vivência lúdica de plantar, as crianças do Pré II vivenciaram a observação e exploração de sementes, a manipulação da terra e o processo de plantio de forma dialogada. Foi um momento significativo que rendeu muitas aprendizagens. No processo eles conseguiram compreender a necessidade da água e do sol para as

PRÉ III

sementes crescerem.

Criança Cidadã O Projeto Criança Cidadã emerge da Pedagogia da Escuta. As crianças têm espaço para expressarem suas curiosidades, inquietações e dúvidas. Dessa maneira, o processo pedagógico acontece por meio de pesquisa. A pergunta da criança vira tema de pesquisa, cria-se hipóteses, o conhecimento entra em diálogo e, assim, vai se desenhando um ambiente de investigação participativa. A pesquisa dentro da escola perpassa o conhecimento científico e adentra ao conhecimento de mundo na infância, explorando diferentes linguagens e aproximando-se da construção do conhecimento significativo. Essa construção de conhecimento é realizada por uma criança que tem espaço de fala, espaço de escuta e que é protagonista da sua aprendizagem. O projeto Criança Cidadã oferece oportunidades de aprendizagem por meio da experimentação, da observação, das múltiplas linguagens e de uma pedagogia delineada por meio da inquietação e da expressão da criança.

[ 26 ]


[ EDUCAÇÃO INFANTIL ]

Missa em homenagem aos avós

O pré III da Educação Infantil, no mês de julho, realizou mais uma vez a missa em homenagem aos queridos avós. Antes dessa linda culminância, os alunos exploraram o tempo dos avós, receberam uma mala de outro tempo, vivenciaram brincadeiras antigas com os avós, relembraram objetos e brinquedos dos vovôs. Toda a missa preparada por eles, com as crianças encenando, fazendo as preces, orações, entradas, ofertório e demonstrando todo o carinho pelos avós com as canções. No final, o abraço e os sorrisos ao reconhecer a figura desses queridos avós estamparam a alegria do encontro. E sabemos assim como a música cantada na missa: “Vovó, vovô, vocês são bons demais, nos dão carinho e força aos nossos pais!”

Exploradores O Pré III da Educação Infantil instiga as crianças a serem verdadeiros Exploradores. Lembrando Russel, do filme “Up Altas Aventuras”, durante todo o ano elas vão conquistando novos bottons para suas faixas de exploradores. E explorar é o lema do processo pedagógico. Explorar as diferentes linguagens, os diferentes materiais e o encontro com o outro. Afinal, é explorando as relações e o mundo que a aprendizagem ganha sentido. No início do ano, juntamente com as famílias, as crianças constroem seus binóculos de exploradores que os acompanham em muitas aventuras do aprender. E, assim, eles vão explorando a linguagem construtora, linguagem do corpo, da arte, da música, da dança, do movimento, da plasticidade, do letramento. E tantas outras linguagens que só criança sabe expressar e explorar.

[ 27 ]


osé ãoão osé

1901

a importância de dizer não aos filhos Em palestra ministrada no Colégio São José, Luciane Farina Fochesatto discorre sobre a importância de estabelecer limites, nas diferentes fases da vida da criança

‘Não diga sim, quando você precisa dizer

com o NÃO somos nós, pais. É aí que es-

e celular não é brincar. Sempre digo que

não’. Essa foi a temática da palestra mi-

tamos pecando”, garantiu a especialista,

criança tem que brincar. Isso é saudável,

nistrada pela psicóloga e terapeuta fami-

destacando que é responsabilidade dos

pois nesse momento eles colocam pra

liar, Luciane Farina Fochesatto, no dia 11

pais criarem um bom ser humano. “Nós

fora todas as suas angústias. Essa falta

de junho, no Colégio São José de Caxias

não somos somente pais, somos educa-

do lúdico está acabando com as nossas

do Sul. Esse é um assunto que desperta

dores emocionais. Hoje, temos um pro-

crianças”, evidenciou.

atenção de pais e professores, especial-

blema muito grave nesta geração, com

Marina aponta dados alarmantes com

mente em um tempo em que as crianças

menos de 25 anos. Eles são analfabetos

relação à saúde mental das crianças e

e os adolescentes estão cada vez mais

emocionais. Nós estamos tão preocupa-

dos jovens brasileiros. “Conforme uma

empoderados e exigentes e, ao mesmo

dos em evoluir cognitivamente que esta-

pesquisa divulgada nos últimos meses,

tempo, cada vez menos intolerantes e

mos esquecendo de alfabetizá-los emo-

o Brasil é o país mais ansioso do mundo,

resistentes às regras e aos limites. Por

cionalmente”, alertou.

ou seja, somos campeões em casos de

isso, a importância de se refletir sobre o

A psicóloga chamou atenção dos pais

transtornos de ansiedade. Aumentou em

tema proposto pela especialista.

e professores presentes para os trans-

16% o uso de ansiolíticos nos últimos

“Por que é tão difícil dizer NÃO?”, inda-

tornos emocionais que estão se gene-

dois anos (entre 2016 e 2018). Junto

gou Luciane. “A gente tem dificuldade de

ralizando entre as crianças e os jovens

a isso o que temos? Um crescente nas

dizer não porque nós ficamos frustrados

brasileiros. “Nossos filhos não sabem

taxas de automutilações (+ 20%) e de

de vê-los sofrer. Quem não sabe lidar

mais brincar. Jogar vídeo game, tablete

suicídios (12%)”.

[ 28 ]


[ PALESTRA ] Como reverter essa situação

Fases evolutivas e como lidar com cada uma Fase oral – zero a 2 ano: Assim chamada porque o bebê leva tudo para a boca. “Nessa fase, a criança precisa ter um adulto de referência para educá-lo, de preferência a mãe. Isso não quer dizer que a mãe precisa estar em casa em tempo integral para educar o filho. Aqui o importante é dar muito amor”.

Fase anal – 2 a 4 anos: É assim conhecida por que é nesse período que as crianças aprendem a controlar os esfíncteres e é quando se inicia o desfralde. “Para mim, como mãe, essa fase é uma das mais difíceis, porque eles são um protótipo do adolescente. É a fase da teimosia, do não, da birra e do confronto. Mas é nessa fase que a gente constrói o limite, a censura. Essa é a fase mais imPara reverter esse quadro, segundo a

portante para dizer não. Se os pais não disseram não aqui, não se desesperem.

profissional, é necessário muito empe-

Nem tudo está perdido. Terão mais uma chance de dizer não, lá na fase dos

nho e envolvimento da família. “Não em-

quatro aos seis anos. Porém, se não disseram não até aí, não adianta mais. Não

poderem seus filhos. Deem autoestima

adianta mandar para a psicóloga com 15, 16 ou 18 anos porque não tem mais

e não poder, pois eles nem sabem o que

jeito. Esta é a fase da construção do superego (aspecto moral da personalidade

fazer com isso. E nunca esqueçam: nós

do indivíduo). Quando eles batem de frente com vocês, só estão testando. Não

somos os caciques e eles os índios. Não

caiam nessa”.

temos que ser amigos deles. Somos os pais e essa posição deve ser bem esta-

Fase fálica – 4 a 6 anos: É quando eles percebem as diferenças entre

belecida dentro de casa. Nessa hora não

os sexos, ou seja, que meninos têm pênis e meninas têm vagina. “Nessa fase,

dá para transferir a responsabilidade

muitos começam a se masturbar, mas isso é normal da idade. Pais, não se

para mais ninguém. Nem para a escola,

desesperem e não briguem com eles por essa razão. Cabe a vocês orientá-los

nem para as cuidadoras e nem para as

sobre o melhor momento e local para fazerem isso e, sobretudo, coordenar para

avós. Vale aquele antigo ditado: a escola

que não vire compulsão. Nessa fase também começam a brincar de ‘médico’,

ensina e a família educa”.

mas são só descobertas. Quando o adulto se depara com uma situação assim,

Confrontá-los com a realidade também é

fica em choque, mas calma gente, nessa idade eles não têm maldade nenhuma.

outra maneira de fortalecer emocional-

Para eles é só uma brincadeira. A maldade está na cabeça do adulto que vê a

mente as crianças, de acordo com a es-

situação. Porém, nessa fase precisamos ensiná-los sobre os cuidados com o

pecialista. “Nós colocamos nossos filhos

corpo, que não permitam que ninguém, além dos pais, coloque a mão no órgão

‘dentro de bolhas’ para protegê-los, mas

genitais deles, etc. Nesta fase também surge o complexo de Édipo, em que o

isso os enfraquece e os mantêm anal-

menino apresenta atração pela mãe e se rivaliza com o pai, e na menina ocorre

fabetos emocionais. Para reverter essa

o inverso”.

situação, precisamos fazer com que eles tenham contato com as emoções, tanto

Fase de latência – 6 a 11 anos: Nessa fase, a menina, que até en-

as boas quanto as ruins”, ensinou.

tão era apaixonada pelo pai, começa a se identificar com a figura feminina. E

Para que os pais tenham condições de

o menino que era apaixonado pela mãe, começa a se identificar com o sexo

lidar e passar segurança para essas

masculino. A partir daí eles passam a se espelhar nos pais. “Essa é a fase da

crianças, é necessário que estejam bem

escolarização. Neste período há o deslocamento da libido e da sexualidade para

psicologicamente e entre si, sugere a es-

atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em

pecialista. “Primeiramente, os pais pre-

atividades sociais e escolares”.

cisam estar preparados emocionalmente e ter maturidade para passar segurança

Fase genital – a partir de 11 anos: Marca o início da adolescência e

a essas crianças. O casal precisa estar

a retomada dos impulsos sexuais. Os hormônios estão em ebulição e isso os

bem, ter intimidade. Nós precisamos nos

desorienta, inclusive cognitivamente. “Os meninos por causa da testosterona,

preocupar e cuidar do nosso casamento

ficam de TPM 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. Ficam

assim como nos preocupamos e cuida-

mais bravos, irritados e mais agressivos. Os hormônios os deixam mais distraí-

mos dos nossos filhos”.

dos e dispersos. Eles se desconectam do mundo. É normal. Não batam boca com eles, por mais que eles queiram, negociem. Nós como pais, precisamos tentar entende-los nessa fase”.

[ 29 ]


É S O J O Ã S O Ã Ç EM A

ENSINO FUNDAMENTAL I Do 1º ao 4º ano

1º ANO

PROJETO GALINHA RUIVA Era uma vez uma galinha Ruiva, que

Por fim, colocaram “a mão na massa”,

morava com seus pintinhos em uma

fazendo um delicioso pão que foi assado

fazenda. Um dia percebeu que o milho

na sala de aula, aguçando o paladar das

estava maduro, pronto para colher e vi-

crianças. Segundo Erico Ciervo da turma

rar alimento. Tudo era muito trabalhoso,

15, “o melhor pão do mundo”. Quando

ela precisava da ajuda dos amigos para

pronto chegou o momento de degustá-lo

colher, debulhar, moer e fazer a farinha

acrescentando vários recheios gostosos.

para preparar um delicioso pão. Mas,

O aluno Murilo Rockenbach comentou:

ninguém quis ajudá-la, teve que fazer

“Podemos repetir até acabar porque

tudo sozinha. Na hora que o pão ficou

nunca comi um pão tão bom”. Após o

pronto todos quiseram saboreá-lo.

momento de degustação, os estudantes

Foi a partir dessa narrativa que os es-

levaram a receita para casa a fim de pra-

tudantes do 1º ano desenvolveram o

ticar com a família. A aluna Milena No-

projeto sobre alimentação. Durante as

vaes conta que o pão que fez ficou igual-

tardes, além de conhecer a história, tra-

zinho ao da sua professora “mas tive que

balharam com dobraduras, fantoches,

fazer duas vezes até acertar”. Foi muito

produção textual. Utilizando sequência

significativo esse projeto finalizado com

de imagens, confeccionaram o cenário da

a exposição dos trabalhos realizados em

história e construíram a receita do pão.

sala de aula.

HISTÓRIA DA ESCRITA

Como surgiu a escrita? Essa foi a per-

que logo iniciaram pesquisas e muitos

gunta realizada pelos alunos do primei-

questionamentos. Descobriram que nos-

ro ano a partir do projeto “História da

sos antepassados contavam narrativas

Escrita”. Para respondê-la, as professo-

passadas de geração em geração. Viram

ras buscaram, na literatura infantil, uma

que, na antiguidade, os registros eram

forma de explicar essa questão. A partir

feitos através de desenhos e que, pos-

das obras “Ana, o cachorro e a boneca”

teriormente, surgiram muitas outras re-

e “Ana, a família e o Baobá” da autora

presentações, entre elas, nosso alfabe-

Léia Cassol, os alunos conheceram uma

to. Perceberam que para ler e escrever é

personagem africana, com cabelo feito

necessário compreender o que os sinais

molinha de caderno, que adorava sua

representam e as regras para combiná-

boneca de pano. Seu avô, Griô, diante

-los. Em um jogo que não conhecemos

de tanta curiosidade, convida Ana para

as regras, não conseguimos entrar na

ouvir uma história ao redor da foguei-

brincadeira e, com a escrita, acontece a

ra, como faziam nossos antepassados. A

mesma coisa. Onde há desejo em apren-

história aguçou a curiosidade dos alunos

der existe espaço para novas discussões

[ 30 ]

e muitas aprendizagens.


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] Miniolimpíada Os alunos do 1° ano foram convidados a participar da Miniolimpíada 2019 em uma manhã bem animada junto às famílias, onde as crianças puderam brincar e se divertir com os colegas, professores e nosso convidado especial, o mascote Tony. A aluna Júlia Gobetti Tomazoni, relata que “a miniolimpíada foi muito legal porque teve muitas brincadeiras. Eu gostei muito de brincar com o balão e também de dançar com a mamãe.” Foi uma manhã em que as crianças puderam demonstrar suas habilidades motoras como o correr, saltar, girar e rebater através de jogos e brincadeiras lúdicas de forma espontânea e prazerosa. Parabéns, crianças! Vocês foram verdadeiros atletas!

PRIMAVERA Depois do frio, das folhas no chão, da falta das flores, do tempo cinzento, o sol cria forças, dos galhos secos surgem folhas. Os pássaros começam a cantar e as flores tímidas começam a tomar o seu lugar. A natureza rompe o frio, o silêncio para recomeçar, para iniciar uma linda estação. Talvez seja a mais linda, porque antes dela passamos pela dureza do inverno, onde a natureza se acaba para recomeçar. É a luta pela vida, força de querer brotar, se abrir ao novo, de cantar novamente, de viver. Essa é a Primavera! Tempo de alegria e cores! E, para comemorar a vinda dessa estação tão agradável, os estudantes do 1º ano desenvolveram o projeto “O colorido da Primavera”. Após uma atividade de contação de histórias sobre a referida estação, muito diálogo e pesquisas relacionadas ao assunto, os alunos foram organizados em oficinas e convidados a confeccionarem um divertido chapéu de jornal decorado com lindas flores. Todas as crianças foram para casa protegidas com seus chapéus coloridos, regados de criatividade e imaginação.

[ 31 ]


osé ãoão osé

1901

A FANTÁSTICA LOJA DE CHAPÉUS Em um lugar muito, muito, mas muito

neste cabide, os chapéus eram mágicos.

distante havia uma pacata cidade, com

Quando colocados na cabeça, imediata-

ruas delicadas, casas coloridas e pes-

mente acontecia algo esplêndido, uma

soas agradáveis. Esta cidade se cha-

experiência única, estupenda! O que

mava Sombreroville. Nessa cidade, fi-

será que acontecia? E foi com essa curio-

cava uma lojinha antiga de chapéus de

sidade que os alunos dos primeiros anos

muitas cores, de diferentes formas e

iniciaram suas aventuras e descobertas,

tamanhos. Havia até uns com modelos

na Fantástica Loja de Chapéus. Através

estranhos. Atrevo-me a dizer de gos-

de dança, canto e muita poesia, os es-

to duvidoso, mas que estavam lá, nas

tudantes viajaram por diferentes lugares

prateleiras, um pouco empoeirados pelo

e desvendaram esse mistério. Uma noite

tempo. Uns eram adquiridos, outros, no

mágica onde aprendizagem e encanta-

entanto, eram apenas apreciados pela

mento se entrelaçaram, culminando em

sua beleza ou esquisitice. Em um canto

um verdadeiro espetáculo. Certamente

escondido da loja, havia um cabide es-

um grande evento que ficará registrado

pecial! Diferente dos demais! Os mora-

na memória dos adultos e crianças que

dores mais antigos da cidade diziam que

fizeram parte desse momento.

SHOW DE TALENTOS

Entende-se que a aprendizagem acon-

Talentos. Durante o primeiro semestre,

tece na interação entre professor e alu-

as crianças do primeiro ano compartilha-

no, relação que explora a complexidade

ram um tempo precioso de convivência

do binômio ensinar e aprender. É falar

e aprendizado. Com espaço para expres-

de uma relação de troca. Troca de ex-

sar, aos colegas e professores, as suas

periências, de saberes e sabores que

habilidades, somando assim, incontáveis

emergem do conhecimento. Uma par-

aprendizagens. Tiveram a oportunidade

tilha mútua em que todos os envolvi-

de escolher e organizar os trabalhos a

dos acabam transformando a forma de

serem apresentados como mágicas, ex-

pensar sobre os assuntos abordados. A

periências, pesquisas, leituras, músicas,

aprendizagem é singular. É incontrolá-

danças, poesias, maquetes e outros ti-

vel. Ninguém aprende da mesma manei-

pos de manifestações artísticas e cultu-

ra. Ninguém aprende apenas o que se

rais. Esse projeto tornou as tardes mais

imagina ensinar, o que torna a interação

ricas, prazerosas e plenas de saberes.

enriquecedora, uma vez que respeita as

Favoreceram o desenvolvimento da ex-

habilidades de cada indivíduo e manei-

pressão oral, trouxeram novas possibili-

ra distinta de adquiri-las. Foi pensando

dades de ação no contexto escolar, en-

nessas múltiplas linguagens e formas de

riquecendo o processo de alfabetização.

aprender que surge o projeto Show de

[ 32 ]


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] PROJETO:

SEU ALFABETO VISITA MINHA CASA

As brincadeiras e os jogos desempe-

conhecer ele!” disse Georgia Lorenzoni

migo. Foi legal poder jogar e aprender a

nham um importante papel para o de-

Schiavenin. Durante as tardes, surgem

escrever as palavrinhas com o meu novo

senvolvimento da criança. É o momento

comentários sobre as vivências com o

amigo”, relatou Rafael Lorenzi Foppa. É

em que ela poderá expressar suas fanta-

personagem “... de noite, na hora de

gratificante perceber a mobilização das

sias, seus desejos, medos, sentimentos

dormir vesti meu pijama no Seu Alfa-

famílias para a chegada do persona-

e os conhecimentos que vai construindo

beto, para que ele ficasse quentinho!”,

gem e as percepções posteriores a sua

a partir das experiências que vive. Foi

destacou Milena Giusto Segat. Já Maria-

visita. “O Seu Alfabeto é o mascote da

pensando na importância dessas vivên-

na Duarte Comin conta que o persona-

turma. Sim, um amigo. Eu entendo, ele

cias que, as turmas dos Primeiros Anos

gem foi para natação “... coloquei óculos

leva muita subjetividade. São as brinca-

criaram o projeto “Seu Alfabeto visita

de mergulho e sunga, mas minha mãe

deiras das salas, as próprias relações e

minha casa”, baseado no livro “O aniver-

disse que ele não podia mergulhar. En-

vínculo que eles fazem na escola, o ca-

sário do Seu Alfabeto” – de Almir Pie-

tão ficou sentado me olhando e depois

rinho da professora, entre outros. Estar

dade. Durante alguns meses, os alunos

brincamos lá na minha casa”. “Eu fiz

conhecendo o ambiente e rotina familiar,

receberam a visita do boneco Seu Alfa-

muita coisa com o Seu Alfabeto. Brin-

desperta ainda mais essas sensações.

beto e junto dele uma sacola encantada,

quei, fiz os jogos e até dormi com ele”,

Por isso, é tão esperado e amado por

contendo jogos e atividades para rea-

afirmou Matheus Brum Gluck. E, assim,

todos, além de estar contribuindo com

lizar juntamente com a família. Com a

cada criança pôde conviver com o perso-

a conquista do processo da alfabetiza-

proposta foi possível observar a alegria

nagem, brincando, jogando, partilhando

ção: leituras, letras e palavras. É lindo

no rosto de cada criança ao receber um

momentos mágicos. As famílias também

mesmo ver nas crianças essa admiração

amigo diferente em seu lar. “Não vejo

fizeram parte desta linda proposta, par-

por algo que parece tão simples!”, desta-

a hora de poder levar o Seu Alfabeto lá

ticipando e envolvendo-se com as ativi-

cou Simone Bohm Flamia, mãe da aluna

em casa. Minha mãe está curiosa pra

dades. “Lá em casa todos jogaram co-

Luana.

[ 33 ]


osé ãoão osé

1901

TEMPO DE BRINCAR Desde muito cedo, os brinquedos e brincadeiras ocupam espaço no imaginário infantil e são repletos de significados e afetos. Através do brincar, a criança desenvolve elementos fundamentais na formação da personalidade, visto que aprende, experimenta situações, organiza suas emoções, processa informações, constrói autonomia de ação, entre outros. Pensando nessa importância, os alunos do 1º ano desenvolveram o projeto “Tempo de brincar”. Em parceria com as famílias cada estudante foi desafiado a construir um brinquedo a partir de materiais alternativos, com o intuito de proporcionar um momento lúdico, despertar a criatividade e, acima de tudo, perceber que construindo nossos brinquedos eles podem ser mais interessantes, divertidos e únicos. Após muita diversão, os brinquedos fizeram parte de uma exposição para apreciação de todas as famílias.

viagem de estudos ecoviv No mês de junho, as crianças do primeiro ano vivenciaram momentos significativos no passeio para ECOVIV na cidade de Nova Petrópolis. Lá, participaram de uma trilha ecológica juntamente com a personagem Branca de Neve. Na trilha, observaram a natureza, descobriram curiosidades sobre alguns bichinhos como abelhas, coelhos, minhocas. No caminho da trilha se encontraram com a bruxa malvada e os sete anões. O desfecho dessa história aconteceu na casa da Branca de Neve com a participação das crianças. Nossos pequenos andaram de carretão, teleférico, barquinho, depois Esse passeio resultou em muitas experiências, momentos inesquecíveis

brincaram em um parque cheio de desafios como

sorrisos e aprendizagens.

pontes, cordas e carrinho de lomba. Um almoço gostoso e lanches feitos com ajuda da Branca de

O passeio foi sensacional, aprendi que as árvores com troncos verdes são mais saudáveis.” Marcela Ribeiro 7 anos

[ 34 ]

“O nosso passeio foi maravilhoso, amei brincar com os meus amigos e passar um dia inteirinho respirando ar puro.” Júlia Gobetti Tomazoni 7 anos

““As abelhas são insetos voadores e fazem a polinização, é só a gente não mexer com elas que elas não picam. Só atacam se acharem que estão ameaçadas.” João Antônio Hunter 7 anos

Neve foram oferecidos, tornando o passeio mais prazeroso e divertido. As crianças amaram e construíram muitas aprendizagens como podemos observar em alguns comentários:


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] As Mais Belas Páginas Escritas “Como é importante ter amor no coração, não

Jesus nos deixou, como guias na formação de

é profe!”. Com este comentário puro e singelo

crianças de bem e felizes!“. Na Bíblia, estão os

da aluna Carolina Perussato Marques, demos

ensinamentos de amor que Jesus falou há mais

início a um belo momento de reflexão e troca

de dois mil anos. “Há mais de dois mil anos?”,

de lindas mensagens entre os estudantes do

questionou, espantada, a aluna Carolina Da-

segundo ano a partir do projeto intitulado“ Bí-

neluz Alves. “Então é tudo muito velho!”, co-

blia: as mais belas páginas escritas”. Com base

mentou o aluno Marco Antônio Olmi. Em meio a

nas parábolas “O Semeador” e o “Filho Pródi-

muitos sorrisos, descobrimos que mesmo sen-

go”, os alunos foram convidados a trazerem,

do tão antiga, a Bíblia continua atual e precisa

para o tempo presente, todos os ensinamentos

se fazer presente na vida das pessoas. Acre-

contidos nestas passagens além de confeccio-

ditamos e torcemos para que, com estes ensi-

narem uma pequena bíblia com desenhos e fra-

namentos os alunos se tornem seres de bom

ses especiais. “São histórias repletas de amor,

coração, que saibam respeitar e cuidar uns dos

caridade e humildade” - afirmam as professo-

outros com carinho e amor; muito AMOR!

ras envolvidas. “Elas trazem os exemplos que

A caixa de Jéssica O período de volta às aulas sempre traz uma

que o maior presente que podemos oferecer

dose, maior ou menor, dá aquele friozinho na

aos colegas é a amizade. Entre uma palavra e

barriga. Depois de um tempo de descanso, é

outra as crianças iam relatando suas experiên-

momento de retornar a rotina, reencontrar os

cias. “Eu sempre fico nervoso no início do ano e

amigos, professores, conhecer a nova dinâmi-

sinto uma dorzinha na barriga” contou o aluno

ca de trabalho. São muitas novidades! E, para

Lucca Pezzi Fontana. A história despertou ex-

receber essa criançada cheia de vida os pro-

pectativas entre as crianças que começaram a

fessores do 2º ano prepararam uma dinâmica

verbalizar suas angústias “Será que conseguirei

muito especial a partir do livro “A Caixa Jés-

fazer novos amigos?”, “Será que aprenderei coi-

sica”, de Peter Carnavas. A narrativa retrata a

sas novas?”, “Vou conseguir escrever com letra

história de uma menina que esperava ansiosa

cursiva?”. Após muito diálogo cada professora

seu primeiro dia de aula acreditando que seria

abriu uma caixa surpresa. Nela um mimo para

o momento especial de encontrar muitos ami-

cada criança como sinal de um ano que inicia.

gos. Durante vários dias pensou em diferentes

“Eu adorei o presente, achei muito bonitinho!”,

estratégias para chamar a atenção dos colegas

disse a aluna Marina Bortolini. Para finalizar a

como levar uma caixa surpresa com seu urso de

atividade cada turma construiu junto às profes-

brinquedo dentro, distribuir bolinhos de lanche

soras um cartaz para fixar na porta de cada sala

para todos, até levar seu cachorro entrou na es-

de aula. Nele uma grande caixa com o dese-

tratégia. Mas, as táticas de Jessica não deram

nho de todos os colegas da turma simbolizan-

muito certo. Até que, um dia a menina levou a

do um presente que as professoras receberam

caixa vazia e quando foi abri-la de dentro saiu

para cuidar durante todo ano de 2019. Agora é

um menino. Que maravilha! Um novo amigo!

trabalhar e aguardar para ver as surpresas que

Ambos saem brincando pela escola mostrando

estes pequenos presentes nos trarão!

MISSA DAS MÃES

É comum, no Brasil, a comemoração do Dia das Mães em todo segundo domingo de maio. Essa data já se tornou sinônimo de afeto, carinho e na nossa escola um momento especial de homenagem para aquela pessoa que zela pelo cuidado. Este momento foi marcado por uma celebração na Catedral Diocesana no dia 11 de maio onde as crianças do 2º ano do Ensino Fundamental I cantaram e entregaram um coração simbolizando o carinho por aquela que nos deu a vida.

[ 35 ]


osé ãoão osé

2º ANO

1901

POLIESPORTIVO DOS JOGOS ANTIGOS: TÚNEL DO TEMPO Que tal entrar no clima do projeto “Túnel do Tempo” resgatando brincadeiras antigas que animavam nossos pais e avós quando crianças?

O computador, o videogame e a televi-

Tempo” também nas aulas de Educação

o trabalho em equipe, a cooperação, o

são têm tomado o lugar das atividades

Física. Eles pesquisaram jogos e brinca-

senso de participação, a autoconfiança,

ao ar livre em toda a sociedade, tirando

deiras favoritas das famílias e após vi-

além da concentração e da força de não

da criança a oportunidade de descobrir a

venciaram os mesmos nas aulas. Foram

desistir facilmente das coisas que bus-

importância dos jogos e brincadeiras que

momentos em que todos aprenderam

camos. “Aproveitamos o momento para

não precisam de tecnologia para diver-

jogos novos e perceberam o quanto é

fazer o nosso corpo se mexer e descobrir

tir. “Antigamente as crianças não tinham

divertido e prazeroso as atividades de

o que divertia nossos pais na época em

tantos brinquedos como as de hoje e,

seus pais e avós. Refletiram sobre as

que eles eram crianças”, relata a aluna

por isso, tinham que usar mais a criati-

brincadeiras do passado e do presente

Manuela Graminho no início das brinca-

vidade para brincar”, relata o aluno Vitor

e perceberam as diferenças e o valor de

deiras das Olímpiadas. A professora Ga-

Popsin Prux da Rosa. Usavam tocos de

cada tempo. Pensando nisso, resgata-

briela, professora de Educação Física e

madeira, pedrinhas, legumes e palitos

mos algumas dessas brincadeiras e jo-

mediadora desse projeto, acredita que,

para fazer animais, além de brincadeiras

gos em um projeto chamado “Olimpía-

“quando participam de brincadeiras ins-

como amarelinha, cinco Marias, pé de

das das Brincadeiras Antigas”, realizado

piradas nos Jogos Antigos, as crianças

lata ou de madeira, elástico, queimada,

no Poliesportivo do Colégio São José,

são apresentadas a novas modalidades,

pega-pega, pular corda, assim, se di-

com o objetivo de permitir que as crian-

o que pode despertar novos talentos e

vertiram por décadas e décadas. “Minha

ças vivenciassem, aprendessem e se

interesse por desafios, além de fazer

mãe me contou que, a mãe dela, minha

divertissem com brincadeiras clássicas

com as crianças desenvolvam a criati-

avó, brigava com ela para ela entrar em

que animavam os seus pais e avós na

vidade.” As brincadeiras antigas propor-

casa, pois eles adoravam brincar na rua

infância deles. As brincadeiras antigas

cionam inúmeros benefícios, tanto no

e no pátio de casa. E, hoje, ela briga co-

funcionam como pontes para o passado,

desenvolvimento físico, quanto na lin-

migo para eu largar o celular e ir brincar

pois, quando as crianças brincam, elas se

guagem, raciocínio, percepção, memória

lá fora”, contou Fernanda Acosta, com

defrontam, o tempo todo, com vestígios

e pensamento, ou seja, no desenvolvi-

muita alegria e entusiasmo. O mundo

que as gerações mais velhas deixaram.

mento intelectual. No projeto, foram

de descobertas e novas aprendizagens

Além disso, foi um bom motivo para in-

resgatadas brincadeiras como, as cinco

através do brincar, foi o que aconteceu

centivar as crianças a vivenciarem brin-

Marias, pular corda, pé de madeira, elás-

com os alunos do 2º ano do Ensino Fun-

cadeiras antigas, realizando atividades

tico, pega-pega e queimada. As crian-

damental, durante o projeto “Túnel do

de forma cooperativa, para estimular

ças foram divididas em seis grupos e as

[ 36 ]


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ]

brincadeiras em seis estações. Então,

no chão, pegar outra peça. Depois tentar

pegar um amigo. Caso esse fosse pego,

cada grupo de crianças passava pelas

pegar duas, três, ou mais, ficando com

se tornava o pegador. A corda foi um de-

diferentes estações de brincadeiras e,

todas as peças na mão. Já com a brin-

safio para muitas crianças, mas foi uma

conforme o sinal da professora, muda-

cadeira de pé de madeira, as crianças

estação bem divertida, onde elas eram

vam de estação para participarem de to-

puderam caminhar com pequenos blo-

desafiadas a pular corda. Para valorizar

das as brincadeiras. Uma tarde cheia de

cos de madeiras segurando uma corda

a participação dos alunos e o empe-

resgates, aprendizagens e muita alegria.

com as mãos. Precisavam da ajuda das

nho de cada um nas estações de jogos

“É muito legal poder brincar das mesmas

mãos para erguerem os pés do chão e

e brincadeiras antigas os alunos foram

coisas que meus pais brincavam quando

conseguiram caminhar. “É muito fácil e

presenteados com medalhas de honra ao

eram crianças”, relata a aluna Paula Zat-

divertido, mas precisa de bastante equi-

mérito. Ao final do projeto, pudemos per-

ta, com grande afeto. Cada brincadeira

líbrio”, fala Eduarda Paoletti Dallegrave.

ceber que as crianças adoraram resgatar

do projeto foi pensada e trabalhada de

Na estação que tinha a brincadeira do

brincadeiras tradicionais e vivenciadas

forma a apresentar a brincadeira para as

elástico, duas crianças eram responsá-

pelos seus familiares quando crianças.

crianças, destacar regras e limites para

veis por segurar o elástico, enquanto a

Alcançamos o interesse e a curiosidade

brincar de forma organizada e apro-

outra realizava uma sequência de saltos

através das atividades desenvolvidas no

veitar ao máximo aquele momento. As

e manobras, usando as pernas e pés sob

resgate à cultura popular reconhecendo

cinco Marias foram trazidas por alguns

o elástico. O aluno Victor L. Heidges fala

a brincadeira como elemento do desen-

alunos. Muitos ainda relataram que foi

com grande alegria: “Essa é uma brin-

volvimento infantil. As brincadeiras são

a avó que confeccionou como no caso

cadeira desafiadora, precisa de muita

um dos elementos fundamentais para

da aluna Alana Dall Onder Cardoso, que

concentração e eu adorei brincar disso”.

construção dos conhecimentos necessá-

conta que “minha avó que fez e me deu

A brincadeira de queimada foi realizada

rios à vida em sociedade. A forma como

de presente. Ela me ensinou a jogar e

com equipes. Cada equipe arremessa-

as crianças brincam refletem sua forma

às vezes eu e minha mãe brincamos lá

va a bola para acertar em uma criança

de ver, entender e aprender o mundo.

em casa.” “Também trouxe e foi minha

que estava no centro e caso conseguis-

Sendo assim, é de suma importância o

avó que fez, ela também me ensinou a

se, essa criança deveria seguir para a

seu resgate no ambiente escolar.

jogar”, logo ressalta a aluna Isadora da

equipe da criança que acertou e o jogo

Silva Balen. Brincamos lançando uma

continuava. Na brincadeira de pega-pe-

pedra para o alto e, antes que ela caia

ga uma criança era o pegador e tentava

[ 37 ]


osé ãoão osé

1901

Túnel do tempo Compartilhando o melhor arquivo: Nossa Infância

Um cientista preocupado com a infân-

iniciaram a noite do dia 30 de agosto,

cidade da vida, aproveitando o tempo da

cia observa que as crianças de hoje es-

com a apresentação do projeto “Com-

melhor maneira, conectando-se no que

tão muito envolvidas com a tecnologia.

partilhando o melhor arquivo: Nossa

realmente tem sentido: a família. Os

Diante da situação resolve criar uma

Infância”. No período que antecedeu

alunos demonstravam alegria no olhar

máquina para parar o tempo, pois acre-

o projeto, os alunos fizeram um lindo

e os pais emocionados puderam reviver

dita que assim conseguirá analisar as

resgate cultural. Através de pesquisas,

um pouquinho do seu melhor arquivo, a

perdas obtidas com o avanço tecnológi-

desvendaram a infância dos seus pais,

sua infância, sendo muito bem represen-

co. No entanto, na construção, algo sai

avós e as descobertas transformaram-

tada pelos seus filhos. Através das falas

errado e a máquina acaba o conduzindo

-se em uma linda apresentação. Após

dos pais, podemos sentir um pouco de

para o passado, levando-o resgatar as

muitas aventuras e recordações, uma

como foi este momento...

memórias da sua própria infância. Foi

mensagem final direcionada às famílias

assim que as turmas do Segundo Ano

para que voltem a dar sentido à simpli-

“Todas as apresentações de cada turma tiveram cenas que me fizeram lembrar de momentos que eu vivi na minha infância, até de algumas coisas que eu adorava e já tinha esquecido. Como foi bom e como me senti feliz em poder ter lembrado dos meus momentos de criança.” Família da Bianca Monegat Dallagnol Turma 23

[ 38 ]

“...houve uma coerência e sequência de enredo em todo o espetáculo e finalizando com a música Desconecta, deixando muitos pais emocionados, muitos chorando e outros repensando sobre o desconectar um pouco e se fazer presente no hoje na vida de seu filho. Devemos resgatar mais o lúdico e equilibrar a tecnologia para vivermos com mais criatividade e com elos de afetos.” Família da Cecília Albert Bauler – Turma 21

“A escolha do tema foi importantíssima diante da realidade em que vivemos: saber dosar o uso dos eletrônicos, fazendo com que jamais se sobreponha às conexões pessoais de amizade e de convívio familiar...Revivemos o passado e sentimentos de nostalgia vieram à mente: rimos e também enchemos os olhos de lágrimas.” Família da Valentina Dall’Agnol de Castilhos Turma 22


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ]

Explorar o mundo através dos cinco sentidos foi a proposta do projeto “Aprendendo com os sentidos”, elaborado pelos professores do 2º ano. Com uma caixa surpresa, os alunos tentavam identificar, através da visão, paladar, tato, olfato e audição, os elementos disponibilizados nela. Ao se depararem com a caixa as crianças ficaram ansiosas para descobrir o que havia dentro, demonstrando, em

3º ANO

OS SENTIDOS VIVÊNCIAS SOBRE OS CÍRCULOS DE CONSTRUÇÃO DE PAZ No mês de maio foi realizada uma atividade no Centro Esportivo São José com o objetivo de estreitar vínculos fraternos entre os alunos dos 3ºs Anos. É relevante destacar que os Círculos de Construção de Paz e Resolução de Conflitos é uma metodologia de facilitação de diálogo. Esta

alguns momentos, medo em colocar as

proposta, assumida por toda a escola, se faz necessária,

mãos em algo desconhecido. Durante

devido à importância de auxiliar a criança e o adolescente,

a atividade, Pedro Henrique Debastiani

desde cedo, a resolver os conflitos do cotidiano e respeitar

relata, “profe, eu estou ouvindo o baru-

e lidar com as diferenças de maneira pacificadora. Com

lho e sentindo o que é esse objeto”, de-

base nesta metodologia, os professores dos 3º anos, reali-

monstrando que utilizamos mais de um

zaram uma atividade diferenciada no Centro Esportivo São

sentido simultaneamente para interpre-

José. A amizade, respeito, bem querer, responsabilidade,

tar as sensações do meio. Sofia Cardoso

companheirismo, solidariedade, afeto, entre outros valores

Hunter percebeu que, com o olfato, era

foram pauta no Círculo. O facilitador teve a responsabili-

possível perceber os cheiros das coisas

dade de criar um clima de confiança, afeto e segurança,

e alerta “profe, o olfato ajuda a perce-

proporcionando um ambiente agradável e favorável para

ber se o cheiro é ou não de um produto

que cada criança se sentisse à vontade para expressar

perigoso”. E foi através dessas e outras

seus sentimentos. Os alunos contribuíram com depoimen-

experiências que os alunos perceberam

tos, “precisamos aprender a conviver e respeitar todos os

que os cinco sentidos trabalham juntos e em harmonia e que precisamos desenvolvê-los diariamente com os mais variados estímulos. Descobrir o mundo, realizando experiências através dos órgãos sensoriais, causou diferentes sensações nos alunos dos segundos anos.

colegas. Ser amigo, verdadeiro e com esperanças”. Após, no pátio externo, foi realizado um grande círculo com todos os alunos, onde todas as turmas com suas mensagens, soltaram balões em favor da paz entre todos, finalizando este encontro com a música “Só o amor, muda o que já se fez” do Roupa Nova.

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osé ãoão osé

1901

3º ANO

PROJETO LIVRO DIGITAL O que você fez pelo seu planeta hoje?

as características próprias do gênero de

Esse foi o tema proposto para o Proje-

texto trabalhado. A construção dos diá-

to Oficina do texto 2019, realizado nas

logos, a coerência na escrita, o uso da

aulas de informática em parceria com o

pontuação adequada foram alguns itens

portal educacional. Através dos perso-

importantes a serem observados na hora

nagens de Ziraldo, os estudantes foram

da construção do material. Para finalizar

convidados a escrever uma história em

o projeto, a partir de uma versão vir-

quadrinhos, buscando pensar coletiva-

tual, cada obra foi transformada em um

mente em melhorias na qualidade de

exemplar único de um texto impresso

vida das pessoas e saúde do Planeta.

e entregue para cada criança. Victória

Para Ananda Dahmer Ramos, a escrita do

Kahler Corrêa destaca: “Adorei escre-

livro foi muito importante porque além

ver meu próprio livro. Aqui na escola já

de mostrar que boas atitudes diárias

somos experientes na escrita de livros,

são fundamentais ainda “somos autores

pois todos os anos passamos por esse

de uma história que ajuda a preservar

projeto, mas a cada ano se torna mais

o Meio Ambiente”. O projeto exigiu dos

divertido”.

alunos empenho e estudo, explorando

BIBLIOTECA INFANTIL A biblioteca infantil do colégio São José

o 3º ano participou do projeto “Conhe-

é um espaço lúdico com uma proposta

cendo o Folclore”. Nessa tarde, os alunos

de mediação de leitura. Nesse ambien-

vivenciaram um jogo onde eles eram as

te, os alunos participam de atividades

peças de um grande tabuleiro. No cen-

de contação de histórias desenvolvendo

tro, havia caixas com parlendas, trovas,

o gosto e o prazer em ler. Aqui, eles têm

músicas infantis, acalantos, adivinhas,

acesso ao vasto mundo literário através

trava-línguas, brincadeiras, narrativas,

de obras clássicas, histórias de ficção,

personagens, ditado popular e crendi-

aventura, folclore, entre outros gêneros.

ces. Durante o jogo os estudantes, além

Assim, a biblioteca leva uma gama de

de se divertirem, resgataram as histórias

opções ao leitor, promovendo o conta-

e o acervo que fazem parte do folclore.

to agradável e estabelecendo uma re-

Esse universo que permeia a imaginação

lação afetiva, emotiva e sensorial com

e a fantasia desperta nos alunos a von-

os livros. A contação de histórias para

tade de sempre visitar a biblioteca e de

os estudantes do 3º ano, bem como nos

nela permanecer por mais tempo. Pro-

demais níveis de ensino, são planeja-

porcionar momentos como esse torna a

das, compatibilizadas com os projetos

leitura mais prazerosa.

pedagógicos, dialogam com os conteú-

importância da mediação da leitura no

dos que são estudados pelos alunos.

espaço escolar, quando as crianças rela-

Entre tantas estratégias de mediação,

tam sobre estes momentos.

“A biblioteca infantil é ótima! Lá eu posso ver livros inéditos e encantadores! É diversão garantida”. Fernando Correa Fay De Azevedo Turma 33

[ 40 ]

Percebemos a

“A biblioteca infantil me faz ter boa criatividade, me faz aprender bastante coisa, como novas palavras, ler melhor e também me faz ter boa imaginação. Eu gosto da biblioteca infantil”. Arthur Sirena Manara Turma 33


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] Projeto Guardiões do Meio Ambiente Nosso planeta é afetado por vários pro-

mos separar o lixo para que os rios e o

blemas ambientais, muitos deles pro-

mar não fiquem mais poluídos. Precisa-

vocados por diversas ações humanas.

mos evitar que o lixo continue matando

Estes problemas comprometem a fauna,

os animais”. O envolvimento dos alunos

flora, solo, águas, ar e, consequente-

foi tão grande que decidiram se enga-

mente, as pessoas. Pensando nisso, os

jar em outra campanha fora do contexto

estudantes do 3º ano desenvolveram o

escolar: a Campanha Plástico do Bem.

projeto “Guardiões do Meio Ambiente”.

Nela, os alunos arrecadaram tampinhas

A partir do tema, as crianças iniciaram

que foram destinadas ao Programa Flo-

pesquisas e estudos sobre a importância

rescer com o objetivo de vendê-las para

da preservação e proteção dos recursos

reciclagem e arrecadar fundos para

naturais. Entre tantos trabalhos, desta-

aquisição de um parque para as crianças

camos a Campanha do Lixo. Durante o

do projeto. A culminância aconteceu no

recreio, grupos de alunos, caracteriza-

dia 13 de agosto. Nessa data, um gru-

dos como “Guardiões do Meio Ambien-

po de crianças, representando os alunos

te”, conscientizavam os colegas sobre a

do 3º ano, visitou as dependências do

importância de deixar o pátio da escola

Programa, na sede da empresa Ran-

limpo, colocando cada tipo de resíduo no

don, onde trocaram experiências com as

coletor correto. Segundo o aluno Gabriel

crianças do projeto, conversaram sobre

Coelho, é muito importante colocar cada

a preservação ambiental e a importância

recipiente no local correto, pois “colocan-

da reciclagem. Na sequência, fizeram a

do cada lixo no seu lugar, podemos re-

entrega das tampinhas recolhidas du-

ciclar”. Enquanto o grupo dos Guardiões

rante a campanha. Thiago Vial relata sua

cumpria sua missão no pátio, outros fa-

experiência dizendo que “ser Guardião

ziam paródias, rap, liam mensagens so-

do Meio Ambiente foi uma experiência

bre a importância do destino correto do

muito legal. “Aprendi a importância de

lixo no auto falante da escola, passando

separar o lixo, ajudando os outros e o

seus recados para todos estudantes do

planeta”.

colégio. Nas conclusões do aluno Davi Siqueira De Boni da Silva, “nós precisa-

A magia da infância Em comemoração ao “Dia das Crianças”,

emoções, explorar o mundo com con-

os terceiros anos tiveram uma semana

fiança e se comunicar. Crianças apoia-

para lá de divertida! Além de explorar

das têm mais chances de serem adultos

o tema infância, destacando os direi-

positivos e seguros. Além de estudar e

tos e deveres presentes no Estatuto

refletir sobre situações referentes à in-

da Criança e do Adolescente (ECA), os

fância, buscando sempre alternativas

estudantes foram convidados a pensar

para resolução dessas questões, os es-

em situações reportadas sobre a violên-

tudantes participaram da confecção de

cia infantil. Lívia Ferreira relata o amor

painéis, da degustação de um delicioso

que sente por sua família dizendo que

picolé, cinema com pipoca e ainda um

é nela que se sente segura. Além dis-

grande show de talentos. Momento em

so, destaca que adora ser criança, pois

que demonstraram como é simples ser

“brincamos, estudamos e temos o amor

feliz no mundo da criança! Kauã Vent-

de nossas famílias”. Sabemos que a con-

tura relata que “a semana da criança na

fiança é muito importante na relação

nossa escola é muito especial, podemos

entre pais e filhos, pois ao confiar no

brincar e ser feliz”!

adulto, a criança aprende a regular suas

[ 41 ]


osé ãoão osé

1901

viva una bela giornada Falar da cultura Italiana, dos nossos an-

dizendo que através dele, pôde conhecer

tepassados, da vida difícil desse povo que

um pouco mais da cultura da cidade que a

veio da Itália e construiu uma história

acolheu e seus familiares. “Eu gostei bas-

em nossa cidade foi o grande objetivo do

tante de Caxias do Sul, principalmente

projeto “Viva una Bela Giornada”, tema

da escola que me ensinou sobre a cidade

da Festa da Uva de 2019. Através de pes-

e a Festa da Uva. Uma tarde conheci a

quisas em acervos fotográficos, vídeos,

rainha e as princesas, onde tivemos um

documentários, os estudantes puderam

encontro bem caloroso”. Além das ativi-

conhecer um pouco mais da história de

dades de sala de aula, os estudantes par-

Caxias do Sul fazendo comparações so-

ticiparam de uma oficina de culinária no

bre as mudanças que a cidade sofreu ao

centro Poliesportivo. Jasmym Gadelha de

longo desses anos. Descobriram que era

Santana descreve que de todo projeto o

hábito dos primeiros imigrantes uma cer-

que mais gostou foi “fazer um mousse de

ta reverência à terra e à colheita, como

Uva e depois degustar”. Uma verdadeira

elo entre as pessoas e como respeito

experiência de resgate cultural através da

pela dádiva do alimento. Helena Gritz,

valorização das nossas tradições

aluna da turma 33, apreciou o projeto

REVIVENDO A TRADIÇÃO

Este ano, o Projeto Revivendo a Tradição

campeira. De lanche, saborearam um de-

cos. Através de poesia, dança, teatro, jo-

abordou, em sua apresentação, a diver-

licioso salsichão. Para organizar as dan-

gral, as crianças apresentaram a culiná-

sidade cultural do Rio Grande do Sul. Du-

ças contamos com a colaboração dos pro-

ria, a indumentária, as lendas gaúchas,

rante os meses de agosto e setembro os

fessores Neto e Luana do CTG Rincão da

as músicas e o bom chimarrão. Para fi-

estudantes realizaram pesquisas, parti-

Lealdade. A culminância do projeto ocor-

nalizar, os estudantes cantaram a música

ciparam de uma palestra com a profes-

reu no dia 27 de setembro com o tema

“Conheça o Rio Grande“. Um convite para

sora de história Eliz Regina Perotoni De

“Museu dos Pampas”. Na sua 26ª edição,

prestigiar as belezas da nossa terra: o ar

Oliveira, que veio explanar sobre a cul-

a noite de sexta-feira lotou o auditório

puro, o perfume das flores, o sol, e a hos-

tura gaúcha e seus costumes. No centro

do Colégio com familiares dos alunos dos

pitalidade do gaúcho. Uma noite emocio-

Poliesportivo, os alunos participaram da

3º anos trazendo a história da Revolução

nante que ficará registrada na memória

mateada e trabalharam sobre a culinária

Farroupilha e seus personagens históri-

de todos que participaram do projeto.

[ 42 ]


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] VEGETAIS No mês de agosto, os estudantes dos 3º

integrar o projeto: o estudo referente

anos iniciaram uma jornada de pesqui-

às partes, funções e cuidados necessá-

sas sobre os vegetais. No Mundo Verde,

rios para germinação, atividades envol-

além de compartilhar as aprendizagens,

vendo contação de histórias, criação de

iniciaram uma plantação de tomates ce-

um álbúm sobre o tema abordado, entre

reja enfatizando a importância dos ve-

outros procedimentos. Após um período

getais para uma alimentação rica em

de espera e cuidado chegou o momento

vitaminas. Érick Camargo Branco obser-

de degustar a produção.

vando o procedimento do plantio relata:

to feliz em comer e ver que realmente

“Eu nunca tinha visto, que a terra suga-

o tomate explode na boca igual ao da

va a água! Na minha casa, é plantado

história que a profe contou”, relata Hen-

direto na terra e não tinha visto esse fe-

rique Fochesatto Sperandio referindo-se

nômeno...”. A partir do cultivo, os alunos

à obra “Tudo vem da terra... até os to-

passaram acompanhar o crescimento

mates explosivos!”, das autoras Gisel-

da planta descrevendo as etapas do seu

la Cassol e Regina Vieira. Segundo as

desenvolvimento. Diariamente, as crian-

professoras e mediadoras do projeto, é

ças iam até a plantação e admiravam-se

muito importante essas práticas que es-

com pequenas mudanças. “Nossa! Que

timulem a observação, a experimenta-

susto ver as sementes daquele tamanho

ção e a pesquisa, vivências que auxiliem

e depois perceber o quanto cresceu...”,

o estudante a refletir sobre os processos

diz Gabriela Castilhos Alessandrini. En-

e construir, a partir deles, aprendizados

quanto as plantas iam crescendo, ou-

importantes.

“Fiquei mui-

tras atividades foram planejadas para

QUINTA DA ESTÂNCIA Os alunos do terceiro ano do Ensino Fun-

Sul. Conheceram a herança indígena que

damental I têm como Projeto principal

contribuiu para a cultura gaúcha. Após

conhecer e vivenciar a cultura gaúcha,

a explanação, o aluno Davi Siqueira De

participando de oficinas que propiciam

Boni da Silva destaca que “os índios

o contato com os costumes e histórias.

nos passaram muitos conhecimentos e

A culinária, o carreteiro, o uso dos ins-

costumes que ainda hoje preservamos

trumentos na confecção do chimarrão, a

como uso de chás e ervas para curar fe-

lida no campo, a vestimenta da prenda e

ridas”. A origem da vestimenta e da nos-

do gaúcho, as músicas que traduzem as

sa bandeira, o processo de preparação

histórias da nossa tradição, como nos-

da erva-mate, as lendas que contam de

so lindo hino e batalhas que marcaram

forma lúdica fatos e costumes ainda pre-

a Revolução Farroupilha, foram alguns

servados, os cuidados com os animais

temas abordados em aula e vivenciados

e a forma de sustento com o material

na viagem de estudos realizada no dia

obtido através da tosquia, do couro, de

1º de outubro, na propriedade Quinta da

produtos de origem animal usados para

Estância, em Viamão. “Que ótimo ter-

o consumo e venda nas zonas urbanas

mos um lugar histórico perto da nossa

também foram temas abordados na via-

cidade que mostra e explica como tudo

gem. Enfim, uma oportunidade de vi-

aconteceu no passado, e mais, momen-

venciar o conhecimento em um grande

tos da Revolução que se passaram nes-

museu a céu aberto sobre a história do

sas terras e agora estamos aqui. É muita

nosso estado. “Foi muito bom o passeio.

emoção”, destaca Anthonia Boufleuer de

Todos nós devemos ter o respeito pela

Oliveira. Durante a viagem, os estudan-

nossa tradição”, relata a aluna Valentina

tes aprofundaram seus conhecimentos

Corsetti Segatto.

referentes à história do Rio Grande do

[ 43 ]


osé ãoão osé

4º ANO

1901

AVANTE SÃO JOSÉ Sabemos que uma das inquietações das

Em novembro, no Centro Esportivo São

crianças e das famílias refere-se à pas-

José, os estudantes deram continuidade

sagem dos alunos para o Ensino Funda-

ao Projeto, participando de oficinas de

mental II, quando eles deixam de ter

Ciências, História e Artes com os profes-

apenas uma docente e passam a ter

sores do Ensino Fundamental II. Nesse

várias. Diante desta realidade, as pro-

momento, puderam vivenciar a rotina,

fessoras do 4º ano, junto do Soe, orga-

o formato da organização diária, a troca

nizaram o Projeto "Avante São José". No

de professores e ainda esclarecer suas

início deste ano, os alunos construíram

dúvidas relacionadas a essa nova etapa

uma mala com o propósito de guar-

escolar. Um momento que certamente

dar toda a bagagem que gostariam de

ficará registrado na memória afetiva das

lavar para o ano seguinte: aprendiza-

crianças.

gem, vivências, lembranças, amizades.

COLÔNIA ITALIANA Para compreender melhor como ocorreu a colonização italiana na nossa região, os estudantes do 4º ano criaram o projeto “Colônia Italiana”. Através de pesquisas, os alunos descobriram que ao se estabelecerem na Colônia Caxias, os imigrantes construíram uma moradia provisória, para que a família ficasse abrigada, a qual era feita com tábuas serradas manualmente e cobertas com lascas de toras de pinheiro (scàndole). Mais tarde, construíram casas mais seguras, feitas com madeira e pedra e com telhados de telhas ou zinco. As portas tinham dobradiças feitas de ferro ou couro e tramelas que serviam de fechadura. Essas novas

óleo; mais tarde passaram a usar lam-

os porcos. Mantidos pelas mulheres de

construções tinham um porão, geral-

piões com querosene. Próximo da casa,

casa, havia o jardim e a horta onde eram

mente de pedra, que servia para guardar

os imigrantes italianos construíram o

cultivadas flores, verduras e legumes,

pipas de vinho, banha, toucinho, queijo,

forno para assar, o paiol para guardar

respectivamente. A partir das informa-

salame, etc. Próxima da residência era

as sementes, a colheita e as ferramen-

ções os alunos construíram suas “mini

construída uma casinha chamada latrina,

tas, a estribaria para vacas, o chiqueiro

colônias”. Os alunos, Gabriel Cemin da

ou privada, que servia de banheiro. Mui-

e o galinheiro. Parte da propriedade era

Silva e Maria Antonia Santos de Souza,

tas casas foram enfeitadas nos beirais

reservada para o potreiro (local em que

ficaram encantados com a construção,

dos telhados com ornamentos de ma-

os animais pastavam), outra parte, para

disseram não imaginar que os italianos

deira, uma espécie de renda que forma-

os parreirais e o pomar onde plantavam:

tinham tanto trabalho para poder sobre-

va desenhos chamados lambrequins. A

laranjeiras, bergamoteiras, caquizeiros,

viver e não deixar faltar nada para sua

água necessária era retirada de um poço

pereiras, macieiras, figueiras, goiabeiras

família. A colônia era, com certeza, um

cavado, puxada por baldes amarrados

e marmeleiros. Com as frutas produzi-

lugar maravilhoso para morar!

com cordas. A iluminação era feita com

das se alimentavam, transformavam em

lamparinas que queimavam em sebo ou

geleias e compotas, além de alimentar

[ 44 ]


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS O universo da literatura infantil esteve

sempre foi pensado com carinho pela

presente nos encontros com a professo-

mediadora, principalmente na escolha

ra e contadora de história Patricia Bas-

da história, dos recursos a serem utili-

tian Alberti. Nos encontros quinzenais

zados e na forma como os alunos pode-

dos quartos anos, professores e alunos

riam participar. Para Patricia, o momento

sempre aguardavam ansiosos pela hora

de contar histórias é especial, é o mo-

do conto, pela história que seria nar-

mento onde as leituras e os afetos são

rada, pelos materiais que seriam utili-

compartilhados. E, nesta troca afetiva,

zados, pelo tempo que seria destinado

o aluno passa a gostar de histórias, a

aos alunos para o teatro, para a leitura,

maravilhar-se com o mundo mágico da

discussão e manuseio dos livros. Se-

literatura e a despertar o prazer de ler.

gundo Patrícia, o espaço da Biblioteca

Laura Borges Moraes relata que a hora

Infantil é um local mágico onde não há

do conto “é um momento muito espe-

limites para as emoções e as experiên-

cial, não é só diversão, pois nos ajuda

cias proporcionadas pelos livros e pela

a melhorar nossa criatividade.” Já para

contação. A literatura, com seu papel

Raul Bohm “esses momentos são impor-

transformador, abre portas e leva todos

tantes pois aprendemos como se conta

para o mundo fascinante do imaginário,

uma história”. A professora Patrícia Ta-

do conhecimento e das curiosidades. As

vares de Souza relata que “é muito pra-

crianças passam a ver o mundo de di-

zeroso esses momentos para os alunos,

versas maneiras, o que contribui para

pois estimula a oralidade, a imaginação

o seu desenvolvimento, ajudando-a a

e a criatividade. A leitura aguça a critici-

lidar com a realidade. Diante da impor-

dade, a interpretação e interação social,

tância que o momento da Contação re-

oferecendo assim um contato com o seu

presenta, o planejamento dos encontros

mundo imaginário”.

PROJETO EDUCAÇÃO FINANCEIRA Com a proposta de incentivo à leitura e

demonstrando a importância da media-

desenvolvimento de hábitos saudáveis

ção nesse processo. Michele Toigo Roc-

de planejamento financeiro, realizou-se

kenbach destaca que o gerenciamento

o projeto “Deixa que eu conto”, da es-

do dinheiro com êxito, pode ensinar aos

critora Léia Cassol. O projeto teve iní-

alunos valores como responsabilidade

cio em março e concretizou-se em maio,

e consumo consciente, tão necessários

na Feira do Livro. Cada aluno recebeu

para vida cotidiana dos estudantes. A

um cofrinho e, semanalmente, colocava

aluna Betina de Ross Pandolfo da Silva

suas economias nele, tudo bem contado

afirmou que economizando aprendemos

e registrado. Com o valor economizado,

a não gastar dinheiro “à toa”, mas sim

cada estudante pode comprar um dos li-

utilizá-lo de forma correta. Augusto Sco-

vros sugeridos para o quarto ano: Era

pel Sirena, gostou muito do projeto, pois

uma vez... em Caxias do Sul ou Era uma

“guardando as moedas pode-se usufruir

vez... em Bento Gonçalves que foram

do valor economizado com segurança e

trabalhados em sala de aula. Os alunos

responsabilidade”.

foram orientados pelas professoras titulares que se envolveram no projeto,

[ 45 ]


osé ãoão osé

1901

Prática de judô nas aulas de Educação Física Em uma semana muito especial e di-

a todos pelo cuidado e afetividade. Um

vertida, os alunos do 4° ano tiveram

dos nossos judocas também fez sua con-

nas aulas de Educação Física a prática

tribuição. O aluno Rafael Longui Luciano,

do judô, um esporte olímpico que tanto

da turma 43, dividiu sua história e expe-

contribui para o processo de desenvolvi-

riência com o esporte, o que trouxe mais

mento da capacidade física, intelectual

encorajamento para seus colegas e ami-

e moral das crianças. Durante as aulas,

gos. Pular, girar, rolar e desequilibrar-se

foi possível perceber os olhares curiosos

com o barulho do corpo em contato com

dos alunos para os senseis (palavra ja-

o tatame foi pura euforia para os estu-

ponesa que trata com respeito um pro-

dantes. O Colégio São José agradece os

fessor ou mestre) Hyan Melo da Silva

senseis e os alunos participantes, pois

e Guilherme Knak, que, cheios de ex-

quando se divide conhecimento todos

periência e conhecimento, encantaram

saem ganhando.

LÍNGUA ITALIANA O projeto Imigração Italiana, desen-

seus avós. Ao término das atividades, os

volvido ao longo do ano ofereceu aos

alunos falavam com muita facilidade o

alunos dos 4º anos aulas de Língua Ita-

que aprendiam e sentiam-se italianos de

liana, com a professora Marli Albani de

alma e coração. O colega Bruno Bortolo-

Lima, profissional de excelência do Colé-

so Gonçalves, da turma 44, relatou que

gio São José. As aulas ministradas pela

aprendeu muito nas aulas de língua ita-

professora oportunizaram conhecer um

liana e ajudou na preparação da festa. A

vocabulário que complementou os estu-

colega da mesma turma, Marina Vebber

dos da cultura italiana, tais como músi-

Perini, disse que as aulas foram muito

cas, saudações, dias da semana, meses

divertidas e adorou aprender a língua

do ano, partes do corpo humano, ora-

que “seus nonos falam de vez em quan-

ções do Pai Nosso e da Ave Maria. Foi

do”. A professora Marli registrou que

muito gratificante perceber o interesse,

para sua surpresa, ao encontrar uma

o entusiasmo e a alegria dos estudan-

estudante no trânsito, a mesma identifi-

tes durante as aulas, nas quais traziam

cou-se e cumprimentou-a dizendo “Ciao,

contribuições e exemplos dados pelos

como stai?”

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[ ENSINO FUNDAMENTAL I ]

XXXI FESTA ITALIANA: ERA UMA VEZ... EM CAXIAS DO SUL

Há 31 anos o Colégio São José realiza a

tes, pesquisas, visita ao Museu Munici-

liano com muita expressividade, o que

tradicional Festa Italiana, que neste ano

pal de Caxias do Sul, músicas, danças,

abrilhantou a celebração. Além de ser

também foi muito especial. A Festa es-

teatro, preparação para a missa, aulas

um momento de plena espiritualidade

banjou emoção e resgatou valores como

de língua italiana, apreciação de vídeos,

e demonstração de fé. A apresentação

o respeito, a gratidão, a reverência ao

a história da imigração italiana foi es-

artístico-cultural narrou a história da

povo italiano, que juntamente com ou-

tudada. A XXXI Festa Italiana contou

imigração italiana baseada no livro de

tros grupos constrói até hoje a história

com três momentos: missa, apresenta-

literatura “Era uma vez... em Caxias do

de Caxias do Sul. O projeto Imigração

ções artístico-culturais, envolvendo ex-

Sul”, escrito por Leia Cassol. As alunas

Italiana foi desenvolvido com muito ca-

pressão oral e corporal, e almoço típico

da turma 42 fizeram questão de regis-

rinho pelo grupo de professoras do 4º

italiano, preparado com muito sabor e

trar: “Estava muito ansiosa pela festa,

ano em conjunto com a coordenação

carinho por pessoas que amam nossa

me esforcei muito para dar o meu me-

pedagógica. O resultado foi um grande

região. A celebração da Missa Italiana foi

lhor!”, disse Lara Gabriela Ceolin Hahn.

espetáculo artístico-cultural. A história

muito emocionante e o sentimento fra-

“Adorei a dança, gostei de participar dos

de Caxias do Sul é contada há 144 anos

terno que existe entre escola e família

ensaios e das atividades do projeto”,

e cada aluno reconheceu que faz parte

esteve presente em todos os momentos.

relatou Marina Panassol Colombo. Com

desta linda trajetória, e que há ainda

Os alunos foram muito bem ensaiados,

certeza esta linda festa ficará no cora-

muito para contar. Através de estudos

pelos professores Vinícius e José Márcio,

ção de todos os alunos e familiares do 4º

em sala de aula, construções de maque-

para cantar as músicas no dialeto ita-

ano. E Viva la Mérica!

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[ 47 ]


osé ãoão osé

1901

Museu Municipal: uma viagem pelo tempo A visita ao Museu Municipal é uma das

nhecimentos da cultura italiana e esta-

principais atividades do projeto Imigra-

beleceu um paralelo entre o progresso e

ção Italiana, pois através dela os alu-

desenvolvimento da nossa cidade. A alu-

nos dos 4º anos fazem uma verdadeira

na Isabela Mascarelo, da turma 43, des-

viagem pelo tempo e podem vivenciar

tacou: “No museu conhecemos objetos

experiências únicas que favorecem a

utilizados pelos imigrantes italianos que

compreensão do contexto que construiu

eram muito simples, mas muito úteis”.

a história da nossa região. As turmas

Já o Arthur Comin disse: “Eu nem fazia

do 4º ano visitaram o museu no mês de

ideia que pudesse existir tudo o que vi

agosto deste ano. A viagem pelo mu-

no museu. Os italianos realmente tra-

seu iniciou com a vinda dos primeiros

balhavam muito”. Além disso, os alunos

imigrantes italianos. Histórias, objetos,

aprenderam que tudo o que nossa cida-

ferramentas, instrumentos, máquinas e

de é hoje, deve-se ao esforço e trabalho

símbolos oportunizaram os alunos co-

dos imigrantes italianos e que só resta

nhecer, compreender e ampliar os co-

nossa gratidão!

OFICINA DE TEXTO Resgatando nossa história

Já sabemos que a linguagem exerce im-

importante de expressar, através da es-

portante papel em nossas vidas. Ela é a

crita, suas vivências e experiências, de-

porta de entrada para a cultura, o saber

senvolvendo além de habilidades o prazer

tecnológico, científico, etc. Ela é uma das

em escrever e criar. Algumas crianças da

ferramentas para a formação do ser hu-

turma 43 comparam a Oficina do Textos

mano, para a interação com as outras

com uma mecânica dizendo que ao entrar

pessoas e culturas. A linguagem, tanto

na oficina a produção sempre sai melhor

oral quanto escrita, orienta nossas ações,

que iniciou. A professora Patrícia Calgaro

ajuda-nos

conhecimentos

Schmitz relata que os alunos mostram-se

e auxilia no desenvolvimento de nosso

motivados a compreender a forma mági-

pensamento e criatividade. E, devido à

ca como as palavras podem se reconfigu-

tamanha importância, os professores do

rar num texto, traduzindo significados e

4º ano criaram o projeto Oficina de Tex-

compreensões mais claras, quando bem

tos. No início do ano, os estudantes rece-

elaboradas. Os alunos Arthur de Bairros

beram um caderno onde semanalmente

Peroni e Isabela Salamon Fabris explicam

registravam suas aprendizagens relacio-

que as Oficinas de Textos, influenciaram

nadas à construção da escrita. Durante

muito na aprendizagem da escrita, me-

o processo, foram trabalhados diferentes

lhoraram a letra. E, mais ainda, percebe-

gêneros de texto, regra de escrita, dicas

ram que conhecer e aplicar as regras de

de organização do texto segundo carac-

estruturação do texto tornaram as histó-

terísticas de cada gênero. Um momento

rias criativas e interessantes.

[ 48 ]

a

construir

RECONTO DOS MEDOS


[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] Páscoa de PÊSSANKAS

Durante o mês de abril os alunos do 4º

simbolizar a vida nova que cada um pode

ano construíram o projeto “Páscoa de

fazer acontecer na Páscoa. O aluno Henri-

PÊSSANKAS”. Através de pesquisas des-

que Boff Henrich fez questão de registrar

cobriram que pêssanka é uma palavra que

sua opinião: “Eu gostei muito do trabalho

provém do verbo ucraniano pyssaty, sig-

das pêssankas, porque a turma teve que

nificando escrever. Então pêssankas são

usar criatividade para fazer seu ovo. Cada

ovos escritos, onde os desenhos são sím-

pêssanka ficou especial, do jeito de cada

bolos que representam a materialização do

um. Além de pintura usamos fios de lã, o

que se deseja ao nosso semelhante. Esta é

que tornou os trabalhos muito bonitos”.

uma arte muito antiga, uma tradição ver-

Para a aluna Isadora Mari Sonda, o traba-

dadeiramente milenar do povo ucraniano,

lho das pêssankas “foi muito gostoso de

que pertence também aos descendentes

fazer, com os fios de lã ficou macio, fofo e

no Brasil. Com o advento do Cristianismo,

colorido. Foi bacana conhecer um símbolo

as pêssankas passaram a somar símbolos

da Páscoa dos povos ucranianos e alguns

cristãos, sem perder as suas origens e a

colegas trouxeram mini pêssankas para

sua essência. Uma pêssanka é dada a uma

ilustrar nossos estudos”. O colorido das

pessoa muito especial e querida, é um

pêssankas deixou a sala de aula pronta

presente de grande valor para quem rece-

para receber a visita do Coelho da Páscoa,

be. Por ser um símbolo da ressurreição de

salientou a professora Angela Moraes.

Cristo, da vida, os ovos foram feitos para

Mas será que o Coelho gostou?

No primeiro semestre de atividades escolares, os estudantes do 4º ano participaram de uma viagem. Esse passeio faz parte de uma das atividades do projeto “Resgatando Nossa História”. Os estudantes iniciaram seus estudos em Bento Gonçalves, conhecendo a Epopeia Italiana, um espaço de dois mil metros quadrados de área construída que é a representação artística, em um cenário maravilhoso, da vinda dos imigrantes italianos, do Porto de Gênova até o Brasil. As professoras acompanharam suas turmas sentindo a emoção em partilhar esta linda viagem com seus alunos. Em Veranópolis conheceram a Gruta Indígena e em Vila Flores passaram à tarde na Casa do Artesão,

onde participaram de oficinas de dressa, fuxico, vagonite e flores de palha, além do Filó, um momento de troca de experiências através dos tempos, de oração, de cantoria, de histórias e muitas aprendizagens. Em depoimento, o aluno Felipe Boreli Pasuch diz: “Aprendemos muito sobre os imigrantes italianos, gostamos das atividades do Filó e da caverna indígena”. Já a aluna Manuela Becker de Lima, destaca: “No almoço, no Restaurante Mascaron, ouvimos relatos de uma descendente da família Mascaron que até contou que quando iam para a escola, iam sem calçado, encontravam água, lavavam os pés e depois entravam na escola”. Com certeza foi uma viagem inesquecível!

Como sabemos, as atividades relacionadas

pelo título foi uma sugestão do colega

Uma experiência única, estar no papel da

a mediação de leitura na biblioteca da es-

Theo Correia Ruffato. A turma acreditou

criança, ouvir a contação sob o olhar e as

cola são realizadas pela contadora de his-

na ideia, separou as partes, fez ilustra-

vozes delas. Vivenciando a fantasia atra-

tórias Patricia Alberti, quinzenalmente. No

ções, ensaiou as falas e apresentou. Foi

vés da história, onde tudo é possível. Foi

entanto, em uma das aulas a história foi

um momento muito especial. Segundo

mágico”, relata Patricia. Depois da conta-

um pouco diferente. Os estudantes da tur-

o colega Rafael Sostisso Vial, ele adorou

ção de história, a turma oportunizou uma

ma 41 juntamente com sua professora de-

ver a reação da professora Patrícia, “os

dinâmica recheada de boas gargalhadas,

senvolveram um projeto para surpreender

olhos dela brilhavam”. Patrícia ficou en-

com mímicas para descobrir os “nossos”

a mediadora utilizando como estratégia o

cantada com a surpresa. “Foi a primeira

medos. Com certeza a hora do conto au-

livro “Pequeno rato, grande livro dos me-

vez que tive o privilégio de ter um mo-

xiliou para formação de ótimos contado-

dos”, escrito por Emily Gravett. A escolha

mento de hora do conto só para mim.

res de histórias!

[ 49 ]


osé ãoão osé

1901

Feira do Livro 2019 A espontaneidade e o bom humor do escritor Pedro Guerra deram o tom da 35ª Feira do Livro do Colégio São José, ocorrida entre os dias 28 de maio e 1º de junho

Durante a semana, o patrono desta edi-

culturais. Pedro Guerra é jornalista, com

A rainha está morta (2013); Queda Li-

ção do evento abordou a questão do

pós-graduação em Marketing, pela FGV,

vre (2015); Precisava de você (2015);

bullying, temática de seu livro Todo o

e em Liderança-Inovação-Gestão, pela

Cabra Cega (2017); Como eu imagino

bullying da minha vida, por meio de pe-

PUC-RS. Além de escritor, é cronista

você (2017); As lágrimas que não Chorei

ças teatrais e debates com os estudan-

do jornal Pioneiro, ministra cursos de

(2018); Vício (2018); Três (2019); Todo

tes.

A programação da Feira do Livro

escrita, Marketing e empreendedoris-

o bullying da minha vida (2019) e O me-

também contou com diversas atrações

mo, e desenvolve projetos em escolas,

nino debaixo da minha cama (2019).

culturais, palestras, contação de histó-

os quais visam à formação de leitores.

Confira uma entrevista com o patrono da

rias, apresentações artísticas, bate-pa-

Aos 27 anos tem dez livros publicados:

35ª Feira do Livro do Colégio São José.

pos com diferentes autores e recreios

[ 50 ]


Como foi para você ser escolhido o patrono da 35ª Feira do Livro do Colégio São José de Caxias do Sul? Como está sendo essa experiência? Pedro Guerra: Foi bem inesperado. O convite foi feito de uma forma muito linda. Fui até a escola para ver sobre alguns livros da Feira. Quando cheguei estavam todos os alunos na escada da biblioteca e começaram a recitar uma das minhas crônicas. No final, a direção fez o convite formal. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento. Foi uma honra. O São José foi uma das primeiras escolas que trabalhei, enquanto escritor, ainda em 2014. Já desenvolvi projetos com o Ensino Médio e agora com o Fundamental II, sempre com livros diferentes. Voltar como patrono, tendo como proposta debater a questão do bullying, está sendo muito especial. Fico realizado em ver os alunos interessados, participando e debatendo sobre esse tema. Acredito que conseguimos realizar o movimento que queríamos: aproximar os jovens da leitura e mostrar que o livro não é chato, especialmente em um universo em que a internet, o WhatsApp e as redes sociais estão tão presentes, e que podemos encontrar uma história com que a gente se identifique e fazer da leitura um exercício prazeroso.

De que forma você trabalhou o tema bullying com os estudantes? Pedro Guerra: Trouxe uma peça de teatro, a qual criei baseada no livro Todo o bullying da minha vida. Nesse stand up conversei e interagi com os estudantes, para que eles se sentissem mais próximos e para que, de uma forma mais lúdica, entendessem e entrassem no tema. O assunto foi tratado de uma forma leve, conforme a faixa etária deles, com vídeos, áudios e bate-papos.

Como foi pra você ter contato mais próximo com o público jovem? Pedro Guerra: Isso pra mim foi o mais importante, porque sinto que eles têm muita carência. Acredito que os adolescentes precisam ser escutados, pois estão se sentido muito sozinhos. As vezes, abrem o Instagram, por exemplo, e veem aquelas pessoas perfeitas, com vidas perfeitas e acham que aquilo é o que tem que ser seguido. Aí ficam com baixa autoestima e vem a depressão. Então, esses momentos de conversa e de troca de experiências fazem com que eles se sintam mais acolhidos. Para mim também é muito importante. Me enche o coração poder dividir com eles essas angústias.

Aos 27 anos você possui dez livros publicados. Como e quando surgiu o seu interesse pela escrita? Pedro Guerra: Sempre tive duas grandes referências em casa, que são os meus pais. Eles sempre leram muito. Meu pai muito mais voltado à área técnica e científica e a minha mãe mais à ficção, à Literatura e aos romances. Eles sempre me incentivaram muito, me mostraram a importância da leitura e me compravam muitos livros. Fui me tornando um leitor a partir daquilo que trabalho hoje, que é a identificação. Ou seja, escolhia um livro que contasse uma história que me interessasse ou que eu pudesse me ver naquele contexto. Fui descobrindo novos títulos, novos gêneros e autores e, assim, criando o hábito da leitura. Aos 12 anos, quando cursava o sétimo ano do Ensino Fundamental, entre uma aula e outra, comecei a escrever minhas primeiras linhas nos cadernos de aula. Assim, descobri que além de ler, gostava de escrever minhas próprias histórias. Na época, minha mãe me deu alguns livros da Agatha Christie e percebi que era daquele gênero que eu gostava. Porém, ainda não me sentia maduro o suficiente para escrever um livro, mas continuei rabiscando durante toda a adolescência. Quando saí da escola, com 17 anos, escrevi o meu primeiro livro, um romance adolescente, com um toque de suspense. Não foi publicado porque era muito extenso e se tornaria muito caro para publicá-lo na época. Agora, dez anos depois, ele foi publicado.

Qual é o título dessa publicação que levou dez anos para ser escrita e foi lançada em julho deste ano? O que ela aborda? Pedro Guerra: Chama-se O menino debaixo da minha cama. É um romance adolescente e se passa em Porto Tempestade, mesma cidade fictícia de outros livros meus. Ao longo de dez anos, esse livro foi postado na internet, no Wattpad, e contabiliza mais 350 mil leituras online. Diante desse sucesso, decidi publicá-lo.

Qual é a faixa etária dos seus livros? Pedro Guerra: Trabalho com o público a partir dos dez até os 18 anos. Porém, tem muitos pais que descobrem as histórias por meio dos filhos e acabam curtindo também. O livro As lágrimas que não chorei compila diversas crônicas que escrevi para o jornal Pioneiro e também acaba agradando o público mais adulto. Dica: Acompanhe o trabalho de Pedro Guerra (www.escritorpedroguerra.com) Instagram (@eupedroguerra) e Facebook (Pedro Guerra).

[ ENTREVISTA ] De onde vem a inspiração para as suas histórias? Pedro Guerra: Principalmente das pessoas. O livro Todo o Bullying da minha vida mistura relatos de jovens com a minha própria história; além das minhas experiências e de coisas que vejo nas ruas. Misturo tudo com um pouco de ficção, coloco ‘em um grande liquidificador’ e acaba saindo uma história.

Você é escritor e desenvolve projetos voltados para essa área. O que você diz para os jovens que se identificam com o teu trabalho e que almejam seguir por esse caminho? Pedro Guerra: Tem que ler muito e ler de tudo. A escrita é um exercício. Todos os dias ou momentos possíveis é preciso exercitar. No primeiro momento não seja tão crítico. Use a escrita como válvula de escape e depois vá filtrando e lapidando. Pode ser que muitos jovens que se identificam com o ato de escrever não tenham a pretensão de se tornarem escritores, mas vejo a escrita como uma das artes que nos permite se ‘esvaziar’ um pouco. O meu jeito de chorar é escrevendo. Tirando aquela angústia do peito e a transformando em palavras.

Quem não descobriu o prazer da leitura na infância, como você, é possível começar mais tarde e tornar-se um leitor habitual? Pedro Guerra: Sempre é tempo. Esses dias uma menina de 15 anos veio falar comigo e me contou que nunca havia lido um livro do início ao fim, mas que tinha conhecido o Precisava de você. Ao ler a dedicatória, onde eu dedico ‘aos iludidos’, achou que era a história dela e começou a leitura. Leu todo o livro, depois passou para outros títulos meus e foi para outros autores. Agora, tornou-se uma leitora de verdade. Por isso, sempre digo que a leitura é um exercício, de pais, da escola e da sociedade. É preciso mostrar para a criança e para o adolescente, principalmente, que pode ser um momento legal.

[ 51 ]


osé ãoão osé

É S O J O Ã S O Ã Ç EM A 5º ANO

1901

ENSINO FUNDAMENTAL II Do 5º ao 9º ano

CÉLULAS EM AÇÃO: ESTUDANDO E APRENDENDO SEMPRE MAIS Estudar o corpo humano, passear pelo

do características das mesmas e diferen-

imaginário e desvendar o que de verda-

ciando aquelas que são de animais ou

de temos e aquilo que faz parte de nos-

de vegetais. Também puderam confec-

so ser, foi tarefa dada aos cientistas das

cionar, em casa, uma célula, mostrando

turmas dos quintos anos do Colégio São

suas estruturas fundamentais. Da apre-

José. Com este intuito, os alunos foram

sentação feita em sala, também veio a

motivados a criar e a até degustar uma

ideia de criar uma célula e degustá-la,

deliciosa célula do corpo humano, feita

contando o que foi fundamental em sua

com ingredientes pra lá de especiais. O

elaboração. Não só de palavras e ideias

estudo de Ciências do quinto ano per-

os alunos aproveitaram estas aulas, mas

passa pelo conhecimento daquilo que

também de gostos e sabores novos, os

compõem nosso corpo, desde o princí-

quais ficarão por muito tempo em sua

pio, até a formação do organismo por

memória, pois aprender é uma ação sem

completo. Inicialmente, os alunos foram

igual, principalmente quando a fazemos

levados a conhecer a pequena estrutura

e nem percebemos que está acontecen-

que compõe os seres vivos, lendo tex-

do. Que venham mais receitas, mais

tos, vendo e ouvindo áudios, indo ao

ideias, mais aprendizagens novas a res-

laboratório de Ciências e visualizando

peito do fantástico mundo do corpo hu-

células no microscópio, bem como, dan-

mano.

PROJETO ETNIAS O evento retrata a história da construção do RS através dos costumes, crenças, religião e cultura dos povos: Portugueses, Italianos, Índios, Açorianos, Japoneses, Oriente Médio, Alemãs, Africanos, Poloneses e Espanhóis. Através de falas, danças e trabalhos, os alunos homenageiam as principais etnias que foram determinantes para o povoamento, desenvolvimento e progresso do Rio Grande do Sul. A partir desse projeto, resgatam a história dos povos que fizeram parte da colonização do nosso estado e adquirem conhecimento sobre a influência desses no dia a dia e a cultura sul-rio-grandense, resultado de uma herança de muitos povos.

[ 52 ]


[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]

INICIAÇÃO À LÓGICA COM MICRO:BIT Imagine usar um minúsculo computador e brincar de programação? E por que programação? O ensino de programação não serve apenas para despertar o interesse por áreas de exatas, mas também para desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de concentração e outras tantas habilidades. O raciocínio lógico é um processo de estruturação e construção do pensamento que permite ao indivíduo chegar a uma determinada conclusão ou resolver um problema utilizando normas lógicas. Em virtude disso, foi proposta para a turma 51, quinto ano da manhã, em algumas aulas de Matemática, a atividade de criação de um jogo usando a programação em blocos com as placas de Micro:bit da BBC, que são pequenos computadores que executam tarefas. A atividade foi dividida em dois momentos, sendo que o primeiro foi de conhecer e testar comandos básicos e o segundo foi de construir e apresentar um jogo para a professora de Informática. E o exercício com as placas de Micro:bit foi um sucesso! Ficaram evidentes o interesse e a concentração dos estudantes por mais esse trabalho diferenciado.

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osé ãoão osé

1901

mapas mentais O uso de mapas mentais como registro e técnica de estudo

Há milhares de anos, o homem tem co-

ferramenta riquíssima em informação

o processo de confecção do mapa men-

dificado informações em organizadores

e uma agradável opção para revisar o

tal, possa perceber de que forma o aluno

gráficos. Antes da invenção da escrita, o

que se aprendeu. Foi a partir dos es-

compreendeu os processos históricos,

homem pré-histórico já usava desenhos

tudos destas técnicas, que envolvem a

bem como o que mais ficou marcado na

para descrever seu dia a dia ou até mes-

confecção de mapas mentais, que o pro-

percepção do estudante. Isso permite

mo para se comunicar com seus pares.

fessor Rafael Tiago Debastiani propôs

até mesmo que o professor possa inter-

Portanto, não é de se admirar que seja

aos alunos dos 5º anos do Colégio São

vir nesse processo caso seja necessário

mais fácil compreender informações no

José que trabalhassem com a proposta.

para uma nova explicação ou esclareci-

formato de mapas mentais. Mas, afinal,

Os estudantes aplicaram parte de seus

mento de determinado conceito em es-

o que são mapas mentais? São diagra-

registros a respeito do conteúdo ‘Os In-

pecífico. A experiência tem sido um su-

mas que usam metáforas visuais ou

dígenas do Rio Grande do Sul’ na dispo-

cesso e caiu no gosto dos estudantes,

métodos para tipificar uma informação.

sição de mapas abertos, com uma estru-

que passam a pedir cada vez mais para

Uma forma, linha, seta, símbolo ou até

tura escolhida em forma de teia (a ideia

fazerem novos mapas mentais sobre os

mesmo figuras têm um significado es-

principal se localiza no centro do mapa

demais conteúdos, inclusive em outras

pecial. Por exemplo, para demonstrar-

e todos os conceitos abordados ficam

disciplinas. Fator este que contribui para

mos a importância de um determinado

em torno dela). Os alunos foram esbo-

o aprimoramento da síntese e da orga-

conceito, escrevemos com letras enor-

çando palavras-chave entrelaçadas com

nização gráfica do que é aprendido em

mes ou até mesmo pintamos de forma

desenhos e cores vivas para chamar a

sala de aula e reflete, consistentemente,

diferenciada das demais informações

atenção deles próprios na hora de estu-

nos processos de avaliação.

escritas. Juntos todos os elementos uti-

dar. Desenhos com significados próprios

lizados tornam os mapas mentais uma

permitem que o professor, ao visualizar

[ 54 ]


[ ENSINO FUNDAMENTAL II ] Viagem de estudos Missões 2019

Nos dias 8 e 9 de agosto, partimos para

Luz ao cair da noite em meio às próprias

mais uma viagem de estudos às ruínas

ruínas da Missão de São Miguel Arcanjo,

das Missões Jesuíticas do Rio Grande do

local onde pudemos visitar abertamente

Sul, com as turmas de 5º anos do Colégio

horas antes transformando-o em nossa

São José. A já tradicional saída de estu-

sala de aula daquele dia juntamente com

dos muito esperada por todos e sempre

o Santuário de Caaró, que guarda ainda

lembrada com carinho por nossos alunos

memórias da primeira leva das missões

que já tiveram a oportunidade de ir em

jesuíticas em nosso estado. No dia se-

anos anteriores, mais uma vez agradou

guinte, a visita à Catedral Angelopolita-

a todos. Convivência, respeito, amizade

na, na cidade de Santo Ângelo, pudemos

e muitas histórias foram as tônicas da

contemplar a arte sacra construída pelos

nossa viagem que contemplou em cheio

índios além das vigas das ruínas da an-

os estudos de História do Rio Grande do

tiga igreja erguida por mãos indígenas e

Sul mostrando o passado no território

pelo ideário cristão jesuíta. A visita guia-

gaúcho ainda quando pertencente à co-

da ao museu que guarda a história das

roa espanhola. A saga dos índios Guara-

antigas missões na região encerrou nos-

nis, que viveram nessas terras, o contato

sos estudos colocando-nos no caminho

com os empreendedores padres Jesuítas

de volta pra casa. Certamente uma ex-

em missão de catequização e os acordos

periência transcendental que aproximou

entre as coroas portuguesa e espanhola,

nossos alunos de momentos e persona-

que culminaram na triste Guerra Guara-

gens épicos de nossa história, tornando

nítica a qual fez herói missioneiro o ín-

o aprendizado muito mais significativo e

dio Sepé Tiarajú, são narrados de forma

marcante para todos.

brilhante e vivaz no espetáculo Som e

“ Achei muito legal essa viagem. Gostaria que tivesse mais viagens assim. Gostei bastante, pois tive a experiência de dormir fora de casa e ver todas aquelas coisas que estudei no livro, assim, real.”

“ Eu gostei muito da viagem para as missões, e o ponto turístico tem uma ótima paisagem e o show de luzes fala sobre as missões e como tudo começou. O hotel é ótimo! Visitamos um Santuário, Caaró e a Catedral...”

Nelson Olmi

Aluno Henrique Moreira

“ Estou amando participar dessa incrível apresentação. Adoro dançar, aprender, mas o que é mais legal é poder aprender se divertindo e ainda mais com os amigos, é muito divertido e pode ter certeza que vou sair dali sabendo muitas coisas que não sabia. Parabéns a todos envolvidos nesse projeto” Aluna Isabela Daneluz

[ 55 ]


osé ãoão osé

1901

Teoria e prática 6º ANO

Ecossistema, ecologia, biodiversidade... são conceitos estudados e compreendidos no 6º ano. Para melhor compreessão e experimentação, realizamos um projeto em parceria com a Universidade de Caxias do Sul. Os alunos do 6º ano passaram uma tarde no museu de Ciências da Universidade observando os diferentes ecossistemas e recebendo orientações para a montagem de um terrário. O terrário nos possibilita observar o funcionamento do mundo natural, assim como o comportamento de algumas espécies animais e o desenvolvimento dos vegetais. Observando o terrário, podemos compreender melhor o ciclo da água e das plantas e como os animais nascem, vivem e morrem. Acreditamos que a teoria e a prática são fundamentais para a eficácia dos estudos.

“Gostamos muito de fazer o terrário, pois aprendemos que o solo precisa de várias camadas diferentes, o professor do Museu da UCS nos ajudou a montar o nosso próprio terrário. No aquário vimos várias espécies de peixes muito bonitos. Nos deparamos também com algo triste: a poluição provocada pelos humanos que leva a morte de muitos animais marinhos. No museu pudemos observar diferentes animais terrestres, seus ecossistemas,. Tivemos a oportunidade de tirar nossas dúvidas e entender tudo melhor.”

“Eu achei muito divertido, foi uma experiência incrível. Aprendi muitas coisas nessa ida a campo, como por exemplo, que as plantas precisam de diferentes minerais para se desenvolverem. Gostei muito dessa prática de ir para a UCS, pois conseguimos pôr em prática o que aprendi em aula. Adorei a experiência!”

Fernanda Finger e Eduarda Marques

Prova Integrada Visando um aprendizado interdisciplinar e de qualidade a longo prazo, os alunos do 6º ano passaram por um desafio, no dia 30 de outubro, que ainda se repetirá muitas vezes. Trata-se da Prova Integrada, que reuniu questões de diversas áreas do conhecimento, ligadas por um assunto em comum, para serem resolvidas no mesmo dia. Além de desenvolver um ponto de vista interdisciplinar, o objetivo é, desde cedo, ambientar o aluno para esse tipo de desafio, aumentando sua dificuldade gradualmente à medida que avança de ano para, ao chegar ao Ensino Médio, estar mais preparado para o Simulado do ENEM.

[ 56 ]

Germano Bohm

“Adoramos a oportunidade de conhecer mais sobre a vida marinha, a construção do terrário e a visita ao Museu da UCS. Isso contribuiu muito para ampliarmos o conhecimento dos conteúdos estudados na sala de aula.” Franciele Magalhães Merchiori e Valentina Melo da Silva.


[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]

Povos Antigos No dia 13 de setembro, o Colégio São José recebeu a tradicional visita de viajantes do tempo. Ocorrida anualmente, os reis, rainhas, faraós, deuses, deusas, heróis e personagens míticos surgem em nosso presente para contar um pouco mais sobre como era a vida na antiguidade. Tratou-se do Projeto Interdisciplinar “Povos Antigos Visitam o São José”, desenvolvido pelo 6º ano, que aliou uma série de habilidades nas mais diversas áreas do conhecimento: pesquisa sobre o seu personagem nas aulas de História, redação da fala nas aulas de Língua Portuguesa, confecção do figurino nas aulas de Educação Artística e ensaios praticados em diversos outros componentes curriculares. O resultado foi incrível, um aprendizado interdisciplinar repleto de diversão. Desde já, aguardamos os viajantes do ano que vem!

Viagem de estudos a Porto Alegre No dia 23 de agosto, os alunos do 6º Ano

do. Além do museu da PUC-RS, visita-

ções manuscritas e cadernos de ano-

do Ensino Fundamental do Colégio São

ram o MARGS – Museu de Arte do Rio

tações do grande escritor gaúcho Érico

José tiveram a oportunidade de visitar

Grande do Sul, o Santander Cultural,

Veríssimo. Nossos alunos viveram uma

Porto Alegre, capital do nosso estado.

mantido em um prédio histórico de Porto

ótima experiência, pois esta viagem pe-

Com muita motivação e disposição, pu-

Alegre, e o Centro Cultural CEEE Érico

dagógica e cultural propiciou, além de

deram explorar e descobrir o Museu de

Veríssimo, localizado no Centro Histó-

conhecimento educacional, também mo-

Ciência e Tecnologia da PUC-RS, espaço

rico de Porto Alegre, a poucos metros

mentos de confraternização envolvendo

de formação e informação que prevê a

da Praça da Alfândega, que contempla

temas e processos históricos explorados

participação ativa dos visitantes, onde

a história da energia elétrica no Brasil,

nos componentes curriculares do ano.

conhecer ciência se transforma numa

contendo um acervo de obras originais

emocionante experiência de aprendiza-

datilografadas, com inúmeras observa-

[ 57 ]


osé ãoão osé

7º ANO

1901

Projeto Quem Ama Cuida

O grande Projeto Interdisciplinar do 7º ano, “Quem Ama Cuida”, visou conscientizar os alunos sobre a importância de habitar o planeta em harmonia com os outros seres vivos. Para isso, contou com uma série de atividades em todos os componentes curriculares, entre elas a pesquisa histórica e geográfica, a confecção de cartazes, a elaboração de fichas com dados matemáticos e a elaboração de uma exposição exibindo animais adotados por integrantes da escola. Para coroar o Projeto, os alunos ainda tiveram uma palestra em parceria com a SOAMA e receberam a visita, no dia 02 de outubro, dos cães que auxiliam nos trabalhos da Brigada Militar. Além de conscientizar sobre nossa responsabilidade com os outros seres vivos do planeta, o projeto buscou despertar, nos alunos, a importância de uma adoção responsável.

semana da pátria “Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores Nossos bosques têm mais vida Nossa vida no teu seio mais amores"

Minha terra tem palmeiras Mas quase todas foram cortadas As aves que aqui gorjeavam Agora não gorjeiam mais

Com certeza você reconhece esse tre-

Nosso céu tem mais estrelas

cho do Hino Nacional Brasileiro, mas

Mas não podemos mais as ver

você sabia que eles fazem referência

Estão escondidas em meio às queimadas

a um poema de Gonçalves Dias, de

Onde não podem mais resplandecer

1847? Esse e muitos outros fatos e curiosidades foram trabalhados pelos

Nossas várzeas têm mais flores

estudantes do 7º Ano do Ensino Fun-

Muito mais do que imaginas

damental em alusão à SEMANA DA PÁ-

Mas foram todas vendidas

TRIA. O objetivo foi trabalhar nos alu-

Para serem usadas nas drogarias

nos o sentimento de patriotismo, por meio do estudo da história do Brasil e

Brasil, o que viraste?

do Hino Brasileiro e da realização de

O país das maravilhas

atividades que remetessem à Semana

Agora é o país da maldade

da Pátria, como produção de cartazes e

Mas que crueldade!

poemas intertextuais como a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Ao lado, um dos poemas produzidos pela aluna Nikole Cecconello Koenig, da turma 73.

[ 58 ]

Nikole Cecconello Koenig Turma 73


[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]

8º ANO

Viagem de estudos

Nos dias 14 a 17 de agosto, alunos e

América Latina e casa do famoso Ipirelo,

dia seguinte, os alunos conheceram a

professores do 7º ano do Colégio São

um leão marinho resgatado há 25 anos,

Estação Ecológica do Taim, considerada

José realizaram a sua viagem anual de

depois de ficar órfão e não conseguir

um dos lugares mais bonitos do estado.

estudos. Nesses quatro dias, os alunos

mais voltar ao seu habitat natural. Além

Ela apresenta grande diversidade de ani-

passaram por diversos lugares de gran-

disso, os estudantes conheceram o Mu-

mais e paisagens. Logo após, dirigiram-

de importância cultural, histórica e am-

seu Atlântico e tiveram a oportunidade

-se ao Chuí, na fronteira com o Uruguai

biental. A primeira parada foi em Rio

de visitar alguns dos principais pontos

para atravessar a aduana e conhecer a

Grande, cidade localizada entre a Lagoa

turísticos da região central da cidade: a

Fortaleza de Santa Teresa e o Forte de

Mirim, a Lagoa dos Patos e o Oceano

biblioteca Rio-Grandense, a Catedral de

São Miguel, construídos respectivamen-

Atlântico. Por isso, possui um dos por-

São Pedro e a Praça Tamandaré são al-

te em 1776 e 1737. Foram dias de muito

tos de maior movimentação do país. No

guns exemplos. Outro ponto turístico vi-

aprendizado e diversão. Com certeza,

primeiro dia de viagem, os estudantes

sitado foi a Praia do Cassino e os Molhes

foi uma viagem inesquecível, da qual os

e professores puderam conhecer o por-

da Barra do Rio Grande, a terceira maior

alunos sempre se lembrarão com muito

to e o Museu Oceanográfico, o maior da

obra de engenharia naval do planeta. No

carinho.

check in em Curitiba

Nos dias 11, 12 e 13 de setembro, um

viagem de muito aprendizado, belas pai-

grupo de alunos do 8º ano teve a oportu-

sagens naturais, momentos felizes ao

nidade de conhecer pontos turísticos da

lado dos colegas e dos professores.

cidade de Curitiba (PR). O roteiro iniciou

Conforme o aluno Pedro Henrique Emer,

no Jardim Botânico, seus jardins geomé-

da turma 85, a viagem de estudos foi

tricos e a estufa de três abóbadas, um

uma experiência muito diversificada e

dos principais cartões postais de Curi-

importante. “Além de termos cumprido o

tiba. A turma conheceu também vários

intuito de aprendizado, tivemos a opor-

parques naturais: a Ópera de Arame, o

tunidade de conhecer novos lugares e de

Bosque do Alemão, o Parque Tanguá, a

fortalecer os nossos vínculos. Acredito

Universidade Livre do Meio Ambiente.

que estes fatores, em conjunto, cons-

Além disso, visitaram o Museu Oscar

tituirão lembranças memoráveis para o

Niemayer, também conhecido como Mu-

restante de nossas vidas”, disse. Segun-

seu do Olho, um verdadeiro exemplo da

do a aluna Maria Luiza Biasuz de Alen-

arquitetura aliada à arte. Ao meio dia,

castro, da turma 82, “o passeio foi muito

deliciaram-se no restaurante Madalosso,

legal, conhecemos lugares muito bo-

considerado um dos maiores salões do

nitos, andamos de trem. Enfim, estava

mundo. Já no segundo dia, um passeio

tudo muito show. Muitas risadas e novos

de trem até Morretes, uma pequena ci-

amigos.” “A viagem nos deu a oportu-

dade no meio da Serra do Mar, com du-

nidade de conhecermos um novo lugar,

ração aproximada de 3h, onde são per-

com diferentes culturas, paisagens, ex-

corridos 110 km de trilhos em meio a

periências e fez com que tivéssemos vá-

paisagens deslumbrantes. Finalizando

rios momentos de diversão juntos”, de

com um almoço típico: o barreado. Pela

acordo com as alunas Emanuela Piccoli

manifestação dos alunos, esta foi uma

e Maria Eduarda Maques, da turma 81.

[ 59 ]


osé ãoão osé

1901

Círculo de Construção de Paz Os alunos do 8º ano tiveram um mo-

81. “O Círculo de Paz é muito legal, pois

mento especial de formação de diálogos

percebi que muitas pessoas precisavam

no primeiro semestre deste ano. O pro-

desabafar o que estavam sentindo e foi

jeto ‘Círculo de Construção de Paz’ visa

o que aconteceu. Notei também que a

ao fortalecimento dos laços e à criação

turma se uniu, na questão de ajudar e

de um espírito de pertencimento à tur-

de escutar o próximo. Excelente inicia-

ma, por meio do diálogo, da reflexão

tiva e, em minha opinião, uma vez por

sobre a importância da amizade, assim

mês deveria ser mudado os assuntos,

como o senso de valores. A dinâmica

mas com o objetivo de desabar e falar

teve muito apreço, como ilustra o depoi-

o que está sentindo naquele momento”.

mento da aluna Lara Bianchi, da turma

O Projeto Soletrando ocorreu com os

com maior número de soletrações corre-

alunos do 8º ano, tendo como objetivos

tas. No dia 29 de novembro, transcorreu

desenvolver a competência linguística

a final do Soletrando, com a participa-

dos mesmos, para que busquem sempre

ção de todos os alunos do 8º ano tor-

o aprimoramento de suas capacidades

cendo pelos seus representantes. Além

de refletir, de explorar, de construir e de

da soletração, ocorreram apresentações

aplicar o que aprendem, tanto quando

musicais e a escolha da melhor torcida.

leem como quando escrevem. A primeira

O projeto teve o apoio do Grêmio Estu-

fase da atividade teve início já em se-

dantil da escola. De acordo com um gru-

tembro com a distribuição de mais de

po de alunos do 8º ano, “o Soletrando é

quatrocentas palavras em que todos os

benéfico para o nosso vocabulário, pois

alunos as soletraram nas aulas de Lín-

nele há muitas palavras que não conhe-

gua Portuguesa. Na segunda semana de

cemos e que precisamos pesquisá-las

novembro, foram dois alunos classifica-

para soletrar corretamente.”

dos de cada turma para a final, aqueles

Diversidade nas Américas

[ 60 ]

No dia 16 de julho ocorreu uma gincana

prato típico, caricatura, entre outras.

500 quilos de alimentos e, em torno, de

cultural de integração, cujo tema “Diver-

Além disso, foi colocado em prática os

300 escovas de dentes. As doações fo-

sidade nas Américas”, movimentou as

conteúdos das disciplinas, por meio de

ram destinadas a várias instituições.De

turmas 81, 82, 83, 84 e 85. Os alunos se

questões subjetivas e objetivas inseridas

acordo com a aluna Gabriela Pretto, da

dividiram em cinco equipes, cada uma

sempre no contexto dos cinco países da

turma 83, “a gincana nos proporcionou

caracterizada pelo país representativo.

América, como Chile, Canadá, Estados

um dia diferente de aprendizado e de

O objetivo foi interagir e motivar os alu-

Unidos, Colômbia e México. Uma das

diversão. Além de contribuir para a inte-

nos por meio de atividades de pesquisa

provas tinha como propósito arrecadar

gração entre as turmas, nós ampliamos

e de entretenimento. As provas foram

alimentos não perecíveis (feijão e ar-

nosso conhecimento sobre os países que

variadas, como: confeccionar grito de

roz) e, também, escovas de dentes. As

representávamos”.

guerra, desfile temático, coreografia,

equipes conseguiram arrecadar quase


9º ANO

[ ENSINO FUNDAMENTAL II ] Viagem ao Beto Carrero e Camboriú O 9º ano encerra um ciclo extremamente importante na formação de todo estudante, o Ensino Fundamental. Novos objetivos, novos planos, novos sonhos sem, no entanto, perder a essência. Para que a alegria, o companheirismo, a amizade e a doçura da infância se mantenham, a viagem deste ano aconteceu entre 2 e 4 de outubro, para o Parque Beto Carrero e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Integração e diversão garantidas. “A viagem do 9º Ano é com certeza uma das mais especiais, pois não é apenas uma “viagem de estudos”, é um passeio com o intuito de divertir os alunos, já estamos no fim de um ciclo muito importante. Sinto que que o roteiro foi preparado com muito carinho e agradeço à escola pelos momentos incríveis que passei ao lado dos meus colegas e professores.” Giulia Pagliarin Vial Turma 95

“Nesta viagem de estudos, tivemos a oportunidade de, junto de nossos colegas, nos divertir e conhecer o Parque Beto Carrero e a cidade de Balneário Camboriú. Foi uma excelente experiência e com certeza levaremos todos esses momentos conosco para o resto de nossas vidas. Agradecemos, em nome do 9º ano, aos professores e envolvidos por tornarem esta viagem a melhor de todas.” Lucca Ramos Zattera e Pedro Henrique Cadó Souto da Silva Turma 95

FUNDAMENTAL É SÃO JOSÉ: Os alunos do 9º ano do EF, tiveram a oportunidade de conhecerem a realidade do dia a dia do Ensino Médio. Através de relatos dos alunos que estão frequentando o Ensino Médio. Todos puderam tirar dúvidas, questionar, ouvir os relatos e após, tiveram aulas com os professores Sandro Prás e Daniel Dutra, os quais abordaram temas como: ENEM, Vestibulares, conquistas, ganhos e perdas, Física, História e muito mais. Foi uma manhã diferenciada, com direito ao delicioso cachorro quente da Irmã Renata e uma imersão no Ensino Médio.

[ 61 ]


osé ãoão osé

1901

Livro de Memórias As turmas de 9º anos da escola estão participando do projeto “Livro de Memórias”. Trata-se de uma elaborada produção textual que conta a trajetória desses estudantes no Ensino Fundamental, através de textos, imagens e das histórias que eles compartilham. O trabalho está sendo realizado sob a supervisão dos professores de Geografia (André), Língua Portuguesa (Adiles) e História

“Acho a experiência excepcional. Tanto estar escrevendo o Livro de Memórias, já que ele nos permite lembrar de diversos acontecimentos na nossa trajetória durante o Fundamental, quanto a ideia de o guardarmos durante nossa vida. Acredito que, como estamos sempre mudando, as recordações que o projeto traz mostram como evoluímos nesse meio tempo, também fazendo-nos sentir grande nostalgia da época em que éramos menores, com bem menos responsabilidades”. Rafaela Rombaldi - Turma 92

(Eliz Regina). Cada acontecimento, viagem, projeto e situações vivenciadas no colégio foram revisitados pelos alunos na execução desse projeto. Uma bela recordação que, uma vez finalizada, será guardada por esses alunos e suas famílias! Ao lado, fragmentos de textos produzidos por nossos alunos, comentando sobre a importância desse trabalho:

Tecnologia: uso e consequências Os estudantes dos 9º anos do Colégio

seram as estudantes Isadora Fedrizzi e

São José, após estudarem como se faz

Maria Gabriela Paniz Bacêdo, da turma

um Seminário, pesquisaram e elabora-

95, “o Seminário foi uma experiência

ram, no laboratório de Informática, os

muito interessante em diversos aspec-

slides sobre o uso da tecnologia envol-

tos. Nós, formamos grupos com nossos

vendo assuntos como: fake news e sua

colegas, com os quais estamos ou não

influência no mundo atual; saúde e tec-

acostumados a trabalhar e, dessa forma,

nologia; uso da tecnologia na educação;

compartilhamos ideias e conhecimentos.

celular na escola e crimes virtuais. O

Foram sorteados os temas, todos rela-

projeto interdisciplinar, que envolveu as

cionados à tecnologia, sua importância,

disciplinas de Língua Portuguesa, Língua

seus benefícios e seus malefícios, com

Inglesa, História, Matemática, Geogra-

os quais montamos uma apresentação

fia, Ciências e Educação Religiosa, tem o

de slides e apresentamos para as outras

objetivo de desenvolver consciência crí-

turmas e professores. Fomos avaliados

tica; relacionar conteúdos prévios com o

pela postura, expressão oral e conteúdo.

assunto do trabalho; identificar crimes

Esse trabalho nos proporcionou apren-

virtuais (cyberbullying, exposição inde-

der um pouco mais sobre os assuntos

vida, assédio virtual...) e expressar-se

trabalhados, que são muito presentes

oralmente. As turmas 91, 92, 93, 94 e

em nosso dia a dia, também desenvol-

95 deram um show de conhecimento,

vemos a nossa expressão oral e exerci-

expressividade e desenvoltura no palco

tamos a convivência social”.

com a apresentação deste Seminário. Todos estão de parabéns e como dis-

[ 62 ]

“O projeto ‘Livro de Memórias’, uma parceria entre as disciplinas de História, Português e Geografia, propõe uma escrita contando a trajetória do aluno em todo o ensino fundamental. Falamos da nossa vida pessoal, colegas, professores, funcionários, sobre a estrutura da escola, além das expectativas para nosso futuro no São José. É sempre bom relembrar do passado e dos momentos vividos aqui, enquanto estudantes. Registrar todas as memórias em um livro foi uma ideia interessante, já que no futuro conseguiremos ler e recordar as boas coisas do período escolar.” Cauã Knak Formigheri - Turma 94


[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]

Visita ao Museu da FEB

Iniciando o período letivo de 2019, de

só fantasiava, conhecer melhor os feitos

forma integrada e dando real significa-

dos pracinhas na visão de um guia que

do ao aprendizado, os alunos das tur-

auxiliou nosso passeio, contando a histó-

mas dos 9º anos visitaram o museu da

ria de forma que pudéssemos sentir or-

Força Expedicionária Brasileira (FEB) de

gulho daqueles que representaram nosso

Caxias do Sul. Esse foi um momento de

país de forma corajosa em um dos acon-

inteirar-se da história dos ‘pracinhas’

tecimentos mais lembrados do mundo.

durante a Segunda Guerra Mundial,

Depois desse dia, passei a me interessar

principalmente daqueles que viveram na

muito mais sobre a atuação dos praci-

região da Serra Gaúcha.Conforme a es-

nhas e acredito que não fui a única que

tudante Helena Ronchetti, da turma 91,

saiu de lá pensando de forma diferente”,

a visita foi uma experiência única e bas-

pontuou a estudante Júlia Finger, da tur-

tante importante. “Adquirimos inúmeros

ma 92. Para os alunos Catherine Marcon

conhecimentos, podemos contribuir para

Schmitt, da turma 93, e Manoela Danna

a construção de seres humanos melho-

Letti, da 94, a experiência fora da sala

res e perceber quantas coisas positivas

de aula mostrou a importância que a Se-

existem em nosso país. A participação

gunda Guerra Mundial teve para o mun-

da Força Expedicionária Brasileira na Se-

do. “Percebemos a realidade, a gravida-

gunda Guerra Mundial foi essencial. Ela

de e a importância da Segunda Guerra

nos inspira e nos orgulha do que nos-

na história e nos dias atuais assim como

so país já fez, contribuindo, assim, para

também os avanços na tecnologia e na

um mundo melhor”, afirma a estudante.

medicina”, disseram as alunas. Segundo

A experiência real com visitação contri-

a estudante Letícia F. Buffon, da turma

bui para as aulas de história, já que os

95, a aula foi “mais interessante do que

estudantes puderam visualizar objetos

o normal. Lá vimos um documentário

e lugares que estudaram. “Na FEB es-

com o relato de alguns dos pracinhas e

tão conservados pedaços da história dos

após a exposição dos artefatos originais

soldados brasileiros. Para mim foi uma

da FEB, como máscaras de gás, armas,

experiência deslumbrante. Até aquele

uniformes, medalhas insígnias e selos da

dia, eu apenas imaginava como eram

Força Expedicionária Brasileira, também

os mantimentos que carregavam, como

como alguns itens Eixo. Com os murais,

eram as armas utilizadas, as vestimen-

conseguimos ter um entendimento me-

tas e tudo o mais que faz parte da jorna-

lhor da história”.

da deles por lá. Assim, com essa visita, fui capaz de, além de ver o que antes

[ 63 ]


osé ãoão osé

1901

São José implanta método de resolução e prevenção de conflitos que preconiza o diálogo Projeto Círculo de Construção de Paz é baseado na Justiça Restaurativa. Conheça mais essa metodologia, sua origem e função

Desenbargador Leoberto Brancher

Com o objetivo de solucionar e, sobretu-

perturbadora para o ambiente acadêmi-

do, prevenir questões conflitivas dentro

co, bem como para o desempenho dos

do âmbito escolar, o Colégio São José de

alunos e da qualidade da saúde men-

Caxias do Sul está desenvolvendo um

tal dos professores. E o que a Justiça

projeto baseado na Justiça Restaurativa,

Restaurativa propõe, enquanto modelo

cujo método de promoção do diálogo é o

filosófico, é que nós somos as pessoas

chamado Círculo de Construção de Paz.

pelas quais estamos esperando. Saímos

Para explicar melhor o que é o Círculo

daquele modelo piramidal de uma hie-

de Construção de Paz, bem como a sua

rarquia estruturada, olhamos para as

veia matriz, a Justiça Restaurativa, fo-

pessoas e perguntamos o que pode ser

mos conversar com o Desembargador

feito. Isso tanto entre professores quan-

Leoberto Brancher, que há duas dé-

to entre os alunos, exercitando essa

cadas estuda profundamente o tema e é

capacidade dialógica, habilidade para a

um dos responsáveis pela sua aplicação

qual somos pouco treinados”.

na Justiça brasileira e também no âm-

Brancher observa que no âmbito escolar

bito escolar. “A Justiça Restaurativa tem

a abordagem restaurativa pode mostrar

diferentes metodologias para promover

que, muitas vezes, um aluno que agre-

o diálogo e uma delas chama-se Círculos

diu o outro também estava sendo vítima

de Construção de Paz, que é uma me-

de bullying ou de agressões em família

todologia baseada nas tradições indíge-

ou é vítima de um pai alcóolatra que vio-

nas do Canadá, que foi sistematizada a

lenta a mãe, por exemplo. “Em muitos

partir das experiências de um juiz cana-

casos, o agressor está sendo vítima de

dense e trazida das tribos para aplicação

agressão por muito tempo e explode,

na Justiça Restaurativa. Ela tem uma

numa atitude agressiva, como que num

característica comunitária de solução

pedido de ajuda para que a atenção seja

consensual e tem uma qualidade que é

voltada pra ele. O modelo tradicional de

a possibilidade de promovermos círculos

justiça potencializa sentimentos de hos-

de diálogos não conflitivos, com os mais

tilidade, tentativa de ocultamento, raiva

diversos temas”, aponta.

e rancor. Todavia, quando trabalhamos

O magistrado explica que a Justiça Res-

com a outra equação, a Justiça Restau-

taurativa aos poucos tem ganhado espa-

rativa, temos a chance de apaziguar

ço na área da educação, em virtude de

emocionalmente esse contexto e mudar

uma demanda de pacificação das esco-

esses sentimentos, promovendo pers-

las. “A desordem emocional dos tempos

pectivas de paz”, observa o especialista.

atuais influi na relação entre alunos e pais e destes com a escola, e tem sido

[ 64 ]


[ entrevista ]

Justiça Restaurativa - origem A justiça restaurativa, como conceito,

cuidar com mais atenção das necessidades

vem se propagando no Brasil desde o

da vítima, como também vai olhar para o

início deste século, mas, oficialmen-

ofensor com maior autonomia. Porque

te, a partir de 2005, ainda muito li-

simplesmente o submetermos a uma pu-

gada ao sistema de justiça. Conforme

nição é uma atitude passiva a qual ele tem

Brancher, ela nasce em um campo

que se submeter. Então, se você diz a ele

de discussão da Justiça Criminal, em

o que pode fazer para reparar esse dano,

questionamento a pouca eficácia das

é uma atitude proativa e ele terá que dar

intervenções punitivas, no que se re-

algo de si para recuperar o mal causado”.

fere ao acertamento das relações que

A Justiça Restaurativa é uma das linhas

são causadoras e que também são

que coloca em discussão essa visão da

consequências de um crime, uma in-

criminologia crítica. “Aqui, basicamente,

fração. “O primeiro aspecto que ela le-

o que se propõe é a mudança da fórmula

vanta é perguntar para a vítima: qual

básica de equacionamento: a matriz tra-

a sua necessidade? O que você sentiu?

dicional trabalha com a ideia de culpa, de

Qual foi o dano causado? E pergun-

perseguição de culpado, da imposição de

tar para o infrator o que ele faria para

um castigo, baseado na força coercitiva

reparar esse dano. Isso já traz uma

do Estado, como método de adequação de

mudança de foco da discussão jurídi-

comportamento. Já a Justiça Restaurativa

ca, da lei, para o campo das relações

vai trocar esse componente da culpa pela

interpessoais, do humano. Tira aquela

responsabilidade; ao invés de uma perse-

perspectiva de punição como resposta

guição do culpado, promove-se o encon-

automática e coloca em pauta a repa-

tro; ao invés da imposição, o diálogo. Mas

ração de danos. Isso não somente vai

tudo isso só acontece se a pessoa assume

o que fez. Assim, ao invés do castigo, teremos a reparação do dano; ao invés da coerção, que é a força de submeter o outro, teremos outro componente de força que é a coesão, a força da estabilização que o consenso produz”, explica. O magistrado aponta que as experiências de quem participa desse processo são positivas. Segundo ele, existe uma redução de reincidência com relação ao infrator, e existe um processo de melhor superação da experiência traumática mais libertadora das vítimas. “Tem um ganho em termos de ressignificação de um sistema, tem um ganho em termos de benefícios diretos para quem participa. É mais comum que participem desse processo que envolve a Justiça Restaurativa aqueles que já têm uma relação prévia, ou de vizinhança ou de trabalho, enfim, que possuam algum vínculo ou relação ou proximidade”.

[ 65 ]


osé ãoão osé

É S O J O Ã S O Ã Ç EM A 1ª SÉRIE

1901

ENSINO MÉDIO De 1ª a 3ª série

H2O: Início, Meio e Fim Uma esperança da vida Com o objetivo de incentivar os alunos

Orientação da Codeca, quando conhe-

a conhecer, compreender o processo de

ceram uma associação de separação

tratamento, a importância da água para

do lixo seletivo e o Aterro Sanitário São

os seres vivos, bem como, torná-lo um

Giácomo, atualmente usado como meio

agente responsável por desenvolver e

de transbordo para o lixo comum (or-

desencadear mudanças sociais e ecoló-

gânico) com destino para o CTR Rincão

gicas, é o que os alunos da 1ª série do

das Flores. As visitas proporcionaram

Ensino Médio realizaram o projeto inter-

relembrar os conceitos de lixo seletivo,

disciplinar que envolveu as disciplinas de

orgânico e como efetuar o descarte cor-

Arte, Biologia, Filosofia, Geografia, His-

retamente. Os alunos, além do relatório

tória, Matemática e Química. A propos-

escrito, produziram um curta-metragem

ta para os estudantes foi realizar visitas

em que abordaram o tema promovendo

diversas, como o projeto ‘Os Caminhos

iniciativas de preservação, conscientiza-

da Água’ sob a orientação do Samae, a

ção e responsabilidade nos formatos de

Estação de Tratamento de Água Parque

documentário, telejornais e filmes, in-

da Imprensa e a Estação de Tratamen-

clusive com conteúdo humorístico.

to de Esgoto Pinhal. Além disso, foram visitados “Os Caminhos do Lixos”, sob a

Recital de Poesias Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado. Mario Quintana

[ 66 ]

Foi no primeiro trimestre de 2019 que

versos de poetas, como os portugueses

corporais para libertar a arte criativa de

as turmas da 1ª série do Ensino Médio

Fernando Pessoa e Camões, bem como

cada aluno. Além de danças e declama-

tiveram a oportunidade de abrir as jane-

dos poetas brasileiros Castro Alves,

ções, a comunidade escolar pôde apre-

las da imaginação e da expressão poé-

Gonçalves Dias, Vinícius de Moraes, Ma-

ciar o talento musical e dramático de

tica. Foram duas manhãs de apresenta-

rio Quintana, João Cabral de Melo Neto,

inúmeros alunos.

ções artísticas durante a Feira do Livro

Cecília Meireles, entre outros. A intenção

escolar, em que foram prestigiados os

dessa atividade era usar as habilidades


[ ENSINO MÉDIO ]

Bate-papo literário na Feira do Livro Considerando o desafio que é o prazer

Brasil na reportagem sobre “O Hábito da

da leitura em tempos digitais, o bate-

Leitura Encontra Obstáculos no Brasil”.

-papo literário deste ano trouxe os es-

Diante dessa citação, os autores e de-

critores Mateus Sperafico, Carina Corá,

mais presentes foram incitados não só

André Segalla e Pedro Guerra, bem

a ler, mas a dividir com os outros suas

como a ex-aluna Allana Boff, para com-

leituras e vivências literárias, ouvindo

partilharem suas experiências leitoras.

e contando histórias. Cada um contou

Segundo o presidente do Conselho de

quais foram suas primeiras leituras e

Administração da Livraria Cultura, Pedro

como se descobriram escritores, colo-

Herz, a dificuldade das pessoas em ouvir

caram suas opiniões sobre a influência

o que o outro tem a dizer é o que mais

digital em tempos em que a leitura está

contribui para que se leia pouco no país.

perdendo espaço. Ao mesmo tempo, os

Segundo ele, o leitor nasce em casa.

autores mencionaram a importância do

“Quando leem para ele, quando leem na

lugar que ela deve ocupar em nossas vi-

frente dele. A leitura nos obriga a ficar

das para sermos mais que receptores,

calado, ouvindo o que o outro tem a di-

sermos geradores de cultura e conheci-

zer”, disse o presidente para o Portal Um

mento.

VIAGEM A FOZ O projeto

sobre a importância

da água teve como complemento a

viagem de estudos da 1ª sé-

rie à Usina Binacional de Itaipu, a maior do mundo em produção de energia, ao Parque das Aves, às Cataratas do Iguaçu, e ao Marco das 3 Fronteiras.

[ 67 ]


osé ãoão osé

2ª SÉRIE

1901

ESQUETES LITERÁRIOS

De outros tempos para o nosso tempo... Em setembro, a escola literalmente viajou no tempo, transformando seus espaços em palco dos clássicos de Martins Pena, Sófocles, Gil Vicente e Shakespeare. Movidos pela leitura e análise de peças clássicas da literatura, os alunos da 2ª Série do Ensino Médio reviveram os conflitos, as tragédias e as comédias representan-

“Clássico é um livro o que nunca terminou u de dizer aquilo que tinha para dizer.”

do-as ao seu modo. No intuito de incentivar o gosto pelo texto literário, descobrir e incentivar talentos, bem como, articular saberes e administrar conflitos, o projeto envolveu praticamente todos os componentes curriculares e mostrou que os

Italo Calvino

clássicos, além de únicos ainda têm muito a dizer ao nosso tempo.

MUNDO FEEVALE No dia 21 de agosto, os estudantes da 2ª Série do Ensino Médio, na busca por esclarecimentos sobre as profissões, par-

“Através de todas as experiências vivenciadas em um único dia, foi um passeio de muito aprendizado e novidade. Mesmo que nesse momento seja assustador pensar em uma profissão para o resto da vida, é sempre bom ter essa participação da própria escola.” Ana Carolina Goes - Turma 204

ticiparam do projeto Mundo FEEVALE, em Novo Hamburgo. A atividade objetiva proporcionar a aproximação da vida acadêmica para conhecer as diferentes áreas do conhecimento e tecnologias. No período da tarde, seguiram para Porto Alegre passear no Centro Histórico da capital. Visitaram o MARGS - Museu de

“Todos os locais visitados fizeram com que tivéssemos contato com um grande conhecimento histórico e cultural. É inegável o fato de que essa foi uma viagem incrível para mim, tendo como parte mais significativa a oportunidade de conhecer o curso que estava interessada e enfrentar a difícil escolha. Assim, começamos aos poucos a nos direcionar para essa nova fase da vida. Bruna Parizzoto

- Turma 205

Arte do RS, o Memorial do RS, com a mostra LÃ CRUA, fios de memória e o Farol Santander, local que está ocorrendo a exposição “Saramago - os pontos e a vista”. Com certeza, a viagem proporcionou momentos únicos de convivência e aprendizado.

[ 68 ]

“Fiquei muito grata por poder participar desse projeto, poder conhecer um pouco mais sobre essa profissão encantadora. Esta viagem gerou muito aprendizado e o início de uma grande caminhada.“ Marina Corso Tonietto - Turma 205


[ ENSINO MÉDIO ] Sonhar Não Basta, é Preciso Agir

Entidade SCAN "... com o final das duas visitas conseguimos nos aproximar e conhecer lhes melhor, perceber a importância do voluntariado. Uma experiência inesquecível, que será levada em nossas lembranças para toda a vida. Aprendemos lições que nos inspiraram a sermos pessoas melhores e valorizarmos as pessoas presentes e aproveitarmos o tempo que temos..." Danielle, Isabelle, Maria Luiza, Thaís e Vitória - Turma 203

Entidade LEFAN "... a visita foi uma das experiências mais gratificantes que já tivemos. Foi um dia cheio de aprendizados, emoções e histórias que ficarão para sempre em nossos corações. Ademais o projeto nos trouxe uma lição de vida, quando percebemos que não devemos reclamar de coisas fúteis, e sim, agradecer por tudo o que temos." Bruna, Eduardo, Marina e Paula - Turma205

O projeto Sonhar Não Basta, é Preciso Agir, das segundas séries do Ensino Médio do Colégio São José, é um lindo projeto de conscientização, sensibilização e, principalmente, ação. Os alunos são convidados a visitar uma entidade assistencial e tomar contato com a realidade das pessoas assisti-

Entidade CAMI "Após uma tarde repleta de novas experiências e momentos especiais, encontramos paixões mútuas: o amor pela dança e pela arte. Uma diferente realidade foi capaz de nos proporcionar grande crescimento pessoal, nos mostrando a importância de valorizar a família e o presente." Ana Goes, Juliana, Luiza e Maria Carolina Turma 204

das, crianças, jovens, idosos ou pessoas portadoras de deficiência. Tivemos grupos que visitaram entidades

Entidade LAR DE IDOSOS SÃO FRANCISCO

que fazem trabalho assistencial mais

" ...a forma como os residentes interagiram com o nosso grupo foi emocionante e contagiante, fazendo com que sentissemos que passar à tarde com os idosos e realizar a doação foram atos muito valiosos. É algo que nunca esqueceremos."

específico e de apoio social, como banco de alimentos ou o Hemocentro. Fato indiscutível é que o ganho humano e a experiência sensibilizadora são

Giovane, Guilherme Calloni, Gustavo Anesi, Leonardo e Otho - Turma 204

enorme para os alunos envolvidos.

3ª SÉRIE

Seminário das Profissões

No dia 22 de maio maio, os estudantes da 3ª

de profissionais de diversos segmentos

Série do Ensino Médio participaram da

sociais que relataram sua experiência de

abertura do Seminário das Profissões

vida aos estudantes da escola. Para fina-

que contou com a presença de diversos

lizar a semana dedicada às Profissões, a

profissionais das mais variadas áreas,

Psicóloga Daiane Gava conversou sobre

que vieram conversar com os alunos

as “Habilidades comportamentais para

sobre suas respectivas atividades pro-

o profissional do futuro”. O objetivo da

fissionais. No dia 23 de maio foi a data

atividade é auxiliar os alunos na escolha

escolhida para o diálogo e reflexão sobre

de sua futura profissão. O Colégio São

“os desafios do presente com visão de

José agradece a presença e participação

futuro” que contou com a participação

de todos!

[ 69 ]


osé ãoão osé

1901

3ª SÉRIE

Bioética

Com o intuito de integrar as ciências

religiosas, consagrando-se como impor-

interações medicamentosas, fármacos,

naturais e as ciências sociais como con-

tante área do conhecimento por discu-

funções químicas, ect.) e as possíveis

tribuição para a sociedade em termos

tir limites e parâmetros éticos e morais

implicações éticas desta abordagem. A

de convivência, saber ouvir, respeitar

para avanços das pesquisas científicas.

culminância ocorreu nas aulas de Filo-

diferentes posicionamentos, atitude al-

Inicialmente os alunos desenvolveram

sofia, com as apresentações dos citados

truísta, reflexão e o debate de questões

pesquisas sobre os temas, num proces-

temas a partir dos itens: a questão bio-

éticas de suma importância para a so-

so de escolha e

interesse: transgêni-

lógica, a legislação brasileira e interna-

ciedade contemporânea, as disciplinas

cos, uso de tecidos e órgãos animais em

cional, a visão das diferentes religiões,

de Filosofia, Biologia, Química e Língua

humanos, vida e inteligência artificial,

prós e contras da prática e a fundamen-

Portuguesa propuseram aos estudantes

aborto, doação de órgãos, eutanásia, or-

tação nos filósofos. Nesse momento,

da 3ª série do Ensino Médio, o projeto

totanásia, distanásia, mistanásia, suicí-

transcorreu o debate intermediado por

sobre Bioética. Sendo um ramo da Bio-

dio assistido, células tronco, engenharia

um grupo debatedor. Como desenvolver

logia, que surgiu na década de 1970, a

genética, fertilização artificial, clonagem

opinião requer conhecimento, a discipli-

partir dos avanços das pesquisas gené-

e tecnologia de vigilância. Também pes-

na de Língua Portuguesa proporcionou

ticas, desenvolveu-se de forma interdis-

quisaram a química dos medicamentos

uma produção textual como constatação

ciplinar com a Biologia, Filosofia, Direito,

relacionando os assuntos vistos em aula

dos resultados obtidos pelos debates e

Ética, Medicina e até mesmo questões

com uma bula analisada (princípio ativo,

reflexões dos alunos.

Equilíbrio bioquímico e as emoções A agitação cotidiana aliada ao estresse, à insegurança e Às dúvidas são situações que paralisam os adolescentes. Por isso, um momento de relaxamento e reflexão, propiciado pelas professoras Silvana e Celeste, torna-se indispensável para as 3ª séries do Ensino Médio. Os componentes curriculares de Química e Biologia integram seus conteúdos de sistema nervoso, inteligências múltiplas e equilíbrio químico para desacelerar as ondas mentais buscando o controle das emoções. Utilizando música, técnicas respiratórias e reflexões, os estudantes vivenciaram um momento revigorante para a saúde física, emocional e mental.

[ 70 ]


[ ENSINO MÉDIO ] Gincana de Integração A importância da preservação do planeta, através de um desenvolvimento sustentável e o aprofundamento do tema ‘Fraternidade e Políticas Públicas’, foi o que norteou os trabalhos da Gincana de Integração 2019 das 3ª séries do Ensino Médio. As diferentes áreas do conhecimento propiciaram muitas atividades às equipes promovendo integração entre os estudantes e reflexões sobre o tema. O princípio da dignidade da pessoa humana foi uma constante na execução das tarefas, sendo que os estudantes surpreenderam pelo dinamismo, criatividade e comprometimento com a sustentabilidade e as próximas gerações.

Genética forense A busca incessante de conhecimento

criaram situações práticas e de reflexão

lecular. O assunto relevante que amplia

nos permitiu aproveitar um dos proje-

sobre diversos temas. No mês de abril e

a qualidade no processo ensino aprendi-

tos da Universidade de Caxias do Sul

maio, os alunos da 3ª série participaram

zagem e desperta grande interesse em

(UCS), que tem o objetivo de apoiar o

da oficina Genética Forense, ministrada

várias profissões, visto que, esclarece

ensino de conteúdos transversais ou

pela mestre Raquel Balestrin. O tema

casos criminais, auxiliando a justiça com

complementares ao currículo de Biologia

trata da utilização dos conhecimentos e

o estudo do DNA.

do Ensino Médio, ofereceu oficinas que

das técnicas de genética e biologia mo-

“As novas gerações vão mudar de carreira mais de uma vez durante a vida”. Fil Roberto Romano

olimpíada de química

A Olimpíada de Química do RS é uma

renço Neumann Seibt, da turma 301, e

competição anual voltada para estu-

Marco Antônio Piletti ,da turma 302, na

dantes talentosos em Química. A equi-

modalidade EM-3. Ambos participaram

pe olímpica do Colégio São José/2019

da Cerimônia de Premiação na Unisinos,

realizou a prova da XVIII Olimpíada de

campus de São Leopoldo no dia 18 de

Química do RS, no dia 5 de outubro, na

novembro. Agradecemos a participação

UCS. Novamente tivemos estudantes

e empenho de todos os estudantes.

destaques com menção honrosa: Lou-

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osé ãoão osé

1901

Projeto Terceirão 2019

A chegada à última série do Ensino Mé-

légio. Para tanto, os professores lançam,

Além de tudo isso, o projeto permite que

dio é um momento muito significativo na

anualmente, um tema gerador, sobre o

os diferentes componentes curriculares

trajetória de qualquer estudante. Vis-

qual as turmas precisam construir uma

insiram-se no contexto de aprendizagem,

lumbrar a saída definitiva da escola (ao

apresentação. Em 2019, os professores

já que o autoconhecimento se dá nas di-

menos como aluno) e, ao mesmo tem-

fizeram uma provocação importantíssi-

mensões concreta, real, material, biológi-

po, deparar-se com as incertezas que

ma na formação individual – a busca do

ca, mas também nas dimensões estética,

marcam essa ruptura – carreira, possi-

autoconhecimento. Com a consciência de

ética, cultural, artística. Motivar essa ju-

bilidades de mudança, realização de so-

que a atualidade sustentada nas tecnolo-

ventude a tornar-se protagonista de sua

nhos ou, simplesmente, a continuidade

gias e na velocidade das transformações,

própria vida é uma excelente justificativa

dos estudos - mexe com os sentimen-

aliada à constante incerteza a respeito

para engajar todos os professores da 3ª

tos dessa juventude que está se jogan-

do futuro, são cenários que exigem cada

série em um projeto grande e, conse-

do no mundo. Por essa razão, a 3ª série

vez mais habilidades socioemocionais, o

quentemente, acabar engajando os pró-

do Ensino Médio, que já vem carregada

Projeto Terceirão 2019 propõe o aforismo

prios alunos. A culminância, que ocorreu

de simbolismos, ganha no Colégio São

grego “Conhece a ti mesmo”. A partir da

em outubro com uma linda apresentação

José, há vários anos, o que já se tornou

indagação socrática, o desafio de questio-

aos familiares, é apenas o final do pro-

o tradicional Projeto Terceirão. O proje-

nar passa a ser não para fora, mas para

cesso, e que emociona sim, mas adquire

to já foi desenvolvido em diversos for-

dentro de cada um. Conhecer nossos de-

sentido quando vivenciado durante todo

matos ao longo dos anos: como festival

sejos, nossos limites, nossas capacidades

o processo. E, então, no final, resta apro-

de cinema, esquetes teatrais, mostra

e nossas fraquezas pode ser uma grande

veitar a janela que se abre para nossos

cultural e artística. Na sua essência, po-

ferramenta para nosso amadurecimento

tantos talentos escondidos atrás desses

rém, o projeto é uma oportunidade de

pessoal, profissional e educacional. Co-

rostinhos jovens. O Projeto Terceirão São

reflexão, por parte dos estudantes, a

nhece a ti mesmo é o projeto perfeito

José continua marcando as gerações de

respeito da sua trajetória na escola e,

para que estudantes possam avaliar suas

estudantes que passam pela escola.

principalmente, da sua inserção no con-

relações com a família, com o transcen-

texto que ultrapassa as paredes do co-

dente, com o amor, o medo, a coragem...

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Turma 301

Turma 302

“Quem “Q Que em so s sou ou e eu eu? u? E Eu u p pensava en e nsa ava va q que ue n ue nós ós é ós éramos ram ramo ra mo o os s a aq aquilo quilo uilo ui o q que ue u e ffaaa-

“Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no

zíamos. Então somos engenheiros, enfermeiras, pedreiros e

espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em tor-

faxineiras, mas não, não somos somente nossas ocupações,

no, e quem sabe, respirar. Compreender: somos inquilinos de

há algo além. Então, eu pensei que nós éramos nossas emo-

algo bem maior que o medo e a raiva do nosso segredo indivi-

ções: dores, amores, felicidades e tristezas, e depois... não,

dual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres

nós também não somos só isso. Na verdade, nós somos es-

e todas as lutas têm significado, como fases de um processo”.

colhas; a vida é feita de escolhas. Escolham ser saudáveis,

Trecho da obra Pensar é transgredir – Lya Luft, apresentado

escolham amar e respeitar e também escolham se dedicar aos

pela turma 302.

seus sonhos. Sim, essa é a resposta; é isso que nós somos. Nós somos o resultado de todas as nossas escolhas”.

Turma 303

Turma 304

“Todos os dias nós acordamos, nos arrumamos e vamos para

“Ao mesmo tempo que parece tão simples, a amizade é tão

nossos compromissos. Muitas vezes nos frustramos e gosta-

complexa. Ela tem o poder de ouvir com os olhos sem usar

ríamos que, por um dia, tudo fosse diferente e não tivéssemos

uma única palavra. A verdadeira amizade está em amar as

preocupações: mas a ideia não sai do pensamento e seguimos

semelhanças e aceitar as diferenças. Ser amigo é um oficio

com a nossa vida. Por quê? O que nos move e nos faz conti-

difícil. Afinal, ninguém é perfeito. Por isso são poucos os ver-

nuar? Cada um tem suas particularidades e seus próprios ob-

dadeiros amigos, os irmãos de coração. Talvez uns 10, 15,

jetivos, mas todas as pessoas buscam algo em comum: sentir.

20 dos seus 1000 seguidores do Instagram, mas será o tem-

Por isso, procure um amor para se arrepiar, um trabalho para

po quem dirá quem eles são. Ou melhor dizendo os tempos.

se inspirar, uma amizade para se aventurar, um passatempo

Tempos de alegria, tempos de tristeza, tempos de luta, tem-

para estremecer de alegria. Viver é se emocionar, coração pa-

pos de glória”.

rado apenas apodrece. Afinal, temos nosso próprio tempo.” Texto adaptado da crônica de Fabricio Carpinejar.

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osé ãoão osé

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Desafios do presente é tema de debate com estudantes do Ensino Médio

Vivemos em um tempo desafiador e exi-

dizer com certeza o que se quer e acer-

tração de Empresas, pós-graduado em

gente, no qual somos cada vez mais co-

tar. Então, o conselho que deixo para

Gestão de Pessoas e mestre e doutor em

brados pela sociedade. Diante desse ce-

vocês é que entrem para a universida-

Administração. Com a experiência de

nário, fica a preocupação dos jovens com

de, estudem muito e a vida irá mostrar

quem está à frente do setor de Recursos

relação ao futuro profissional. Visando

a vocês o caminho”, citou. O Frei Capu-

Humanos de uma das maiores empre-

auxiliar no processo de escolha de uma

chinho Jaime Bettega abordou a ques-

sas do país, a coordenadora de RH da

profissão, no dia 23 de maio, o Colégio

tão da Espiritualidade e do Positivismo,

Randon S.A., Silvana Gemelli, ressaltou

São José de Caxias do Sul promoveu um

qualidades

importantes

aos jovens que tão importante quanto

momento de descontração direcionado

por ele no atual mercado de trabalho,

buscar capacitação é desenvolver va-

aos estudantes dos segundos e tercei-

além de dividir com os jovens um pouco

lores éticos. “Hoje buscamos pessoas

ros anos do Ensino Médio. Na oportuni-

da sua história de vida. “O mundo está

humanas e que tenham empatia. Essas

dade, cinco painelistas, convidados pela

em constante movimento e precisamos

são competências fundamentais para

direção da escola, debateram sobre os

estar sempre renovando a nossa baga-

quem quer se diferenciar no mercado

‘Desafios do presente’ e apresentaram

gem. O conhecimento nos abre janelas

de trabalho”, apontou a profissional. O

suas experiências no segmento em que

infinitas”, argumentou o sacerdote que é

Superintendente do Hospital Pompeia de

atuam.De forma leve e descontraída, a

formado em Filosofia, Teologia, Adminis-

Caxias do Sul, Francisco Ferrer chamou

consideradas

professora de Literatura e Língua Portu-

atenção para a importância que a famí-

guesa Magda Corsetti Torresini divertiu

lia e a escola têm no processo de esco-

a todos com uma dinâmica que integrou

lha profissional do jovem. “A escolha da

os alunos. Enquanto interagiam no

profissão está baseada nas vivências do

palco, Magda abordava questões

dia a dia, na família, na escola e com

como

os amigos. Escolher uma profissão não

escolhas

profissionais,

vocações e profissões do fu-

é algo fácil, mas vocês estão em uma

turo. “Nessa fase

idade em que se busca o autoconheci-

da vida é difícil

mento. A má notícia é que o tempo voa. A boa notícia é que nós somos o piloto”, frisou Ferrer. A empresária caxiense Tatiane Pellin tem sua trajetória profissional ligada à história da empresa fundada por seus pais, a confecções Pellin. Durante o debate, ela contou aos estudantes sobre o início de sua carreira na empresa e os desafios enfrentados pela família para manter o negócio ao longo dos anos, reinventando-se e apostando em contratos com redes como Marisa, C&A e Renner. “É muito importante ter um curso superior, se aperfeiçoar, mas não quer dizer que não podemos errar e mudar. Não sabemos o que vem pela frente. O que digo a vocês é: sejam ousados, independente da área escolhida. E saibam que nada cai do céu. É necessário muito trabalho”, aconselhou.

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O Colégio São José deseja aos alunos, pais, colaboradores, amigos o e comunidade um Natall e Final de Ano e paz e luz. repletos de

osé o ã

1901


www.saojosecaxias.com.br

sé ão o

1901

saojosecaxias

54.3223.6799

colegio@saojosecaxias.com.br

Rua Os 18 do Forte, 1870 | Caxias do Sul | RS


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