R E V I S T A
sé ão o
edição 2019
C O N SCI ÊN CI A
Dr. Jairo Bouer
Sexualidade, comportamento e bullying
Colégio em atividade Leo Fraiman Síndrome do Imperador
Leoberto Brancher Círculos da Paz
viag e n s p ales tr a s açõ e s
com
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osé ãoão osé
1901
ÍNDICE sé ão o
5
editorial
6
PALESTRA
8
são josé em ação
20
PALESTRA
22
ações: educação infantil
28
PALESTRA
30
ações: ensino fundamental i
50
entrevista
52
ações: ensino fundamental Ii
64
entrevista
66
ações: ensino médio
JAIRO BOUER | SEXUALIDADE, COMPORTAMENTO E BULLING
leo fraiman | a síndrome do imperador
luciane farina fochesatto | a importância de estabelecer limites
pedro guerra | patrono da feira do livro 2019
leoberto brancher | resolução e prevenção de conflitos
Jornalista: Miriam Spuldaro - MTB 14699 Fotos: Fotocine, Banco de Imagens e Arquivos Colégio São José Edição: Positiva Comunicação e Marketing Direção de Arte: Elias Carpeggiani Direção Geral: Ricardo “Bacana” Vignatti Aprovação: Jorge de Godoy Impressão: Gráfica Lorigraf - Novembro/2019 Tiragem: 2.200 exemplares
[ EDITORIAL ]
consciência e civilidade Prezado Leitor,
Com o desafio de estimularmos o comprometimento de todos com uma conduta dedicada ao exercício da cidadania, na qual, através do fazer pedagógico, possamos atingir nosso objetivo de construir sujeitos ativos capazes de transformar positivamente a sociedade em que estão inseridos, é que realizamos diversos projetos e ações ao longo do período letivo de 2019, demonstrados, em pequena parcela, nesta revista. Irmã Renata Anelda Segat Diretora do Colégio São José
Civilizado é todo aquele sujeito capaz de orientar a própria conduta a partir de parâmetros humanitários, cultivados na consciência humana, moldada por valores construídos ao longo da caminhada familiar e estudantil, fazendo com que cada um perceba a responsabilidade que tem na construção de uma sociedade justa e fraterna. Cada vez mais, embasados nos valores cristãos, apregoados pelo grande Mestre e somados ao carisma das irmãs de São José de comum união formamos laços para trilhar um movimento em busca do bem comum. Reconhece-se, assim, o verdadeiro sentido da vida no mundo contemporâneo, traduzido pelo amor ao próximo como a si mesmo e vivenciados nos projetos e atividades propostas. A consciência de civilidade é aprendida nos lares e cultivada na escola. Sem civilidade, não há valorização do amor como norma suprema na vida. Por isso, pedimos ao Senhor, forças para, através do nosso fazer diário, termos um novo olhar sobre nós e a realidade em que vivemos e atuamos. Dessa forma, conscientes de nossa grande missão, possamos viver como cidadãos comprometidos. Na edição deste ano, observamos multiplicados gestos de civilidade, bem como a nobreza de grandes atos, oportunizando aos nossos educandos a vivência de experiências enriquecedoras, que marcaram para sempre as suas vidas. Que a leitura e o olhar crítico sobre a revista, torne-nos parte deste grande projeto político-pedagógico chamado São José e que sempre sejamos parceiros nos sonhos e na construção de uma sociedade mais humana.
[5]
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Dr. Jairo Bouer debate sexualidade, comportamento e bullying Médico psiquiatra palestrou para diferentes gerações no Colégio São José
Conhecer os jovens da atualidade e entender mais sobre a sua realidade foram os motivos que trouxeram o médico psiquiatra Jairo Bouer ao Colégio São José de Caxias do Sul, no dia 30 de maio. Sob a ótica de um profissional que estuda o comportamento e a sexualidade humana
Conforme Bouer, esse é um indivíduo
há mais de duas décadas, Bouer abor-
extremamente integrado às tecnologias.
dou o tema ‘Emoções e Riscos’, expla-
“Há quem diga que é o ‘jovem máqui-
nando sobre questões como impactos da
na’. Essa geração, chamada de Geração
tecnologia na saúde e comportamento
Alfa, nasce imersa nesse universo da
dos adolescentes, bullying, sexualidade,
tecnologia”, apontou. Além disso, é uma
álcool, cigarro e drogas.Como ponto de
geração que tem autonomia e liberdade
partida, o especialista apresentou um
madura”, destacou o especialista. Bouer
de ação cada vez mais cedo. “Via de re-
perfil do jovem de hoje em dia, traça-
observa que ao mesmo tempo em que
gra, os pais saem para trabalhar e essa
do com base em relatos de pais, esco-
esse jovem tem experiências em diver-
criança tem contato com outros grupos
las, psiquiatras, psicólogos e pesquisas.
sos campos, tanto na vida real quanto
de crianças em escolas ou creche ain-
na virtual, permite-se mais, mostra-se
da muito pequena. Quando chegam em
mais engajado em diferentes causas, é
casa os pais estão cansados e têm difi-
um jovem que, por consequência, sofre
culdade de estarem próximo e trabalhar
mais. “Essa é uma geração que tem mui-
limites. Então, a criança acaba tendo
to mais ansiedade, tristezas, depressão,
maior liberdade de ação. É uma gera-
mais dificuldades de lidar com o outro,
ção precoce, mas não necessariamente
mais problemas de autoestima, transtornos alimentares, elevados índices de automutilações, tentativas de suicídios e de suicídios”.
[6]
[ PALESTRA ] As causas
Como agir
De acordo com o especialista, diversos
Bouer salienta dois pontos fundamen-
saltou que é necessário tentar entender
fatores são mencionados como possí-
tais que os pais precisam estar atentos
como essa geração funciona. Para isso,
veis causas para esse desequilíbrio com-
(e praticar) quando têm filhos, princi-
os pais e também as escolas precisam
portamental dos jovens atualmente. O
palmente adolescentes. O primeiro é o
buscar informações, seja pela leitura,
bullying é um deles. Pesquisas apontam
diálogo, que deve ser estabelecido desce
palestras ou dividindo experiências com
que, no Brasil, 20% (um a cada cinco)
cedo. “É importante que exista uma rota
outros pais. “Eu insisto muito que, ao
dos jovens sofrem bullying algumas ve-
de comunicação aberta entre os pais e
invés de somente resolver conflitos, de-
zes por mês e 10% sofrem todos os dias.
os filhos para que caso aconteça algum
vemos trabalhar a cultura de prevenção,
“Os impactos nas vítimas são muitos:
problema, seja resolvido mais facilmen-
ou seja, buscar um ambiente com me-
ansiedade, apatia, raiva, falta de vigor
te”. Segundo ele, a questão da sexuali-
nos assédio, bullying, pressão, mas com
para atividades, queda de atenção e de-
dade e seus riscos, por exemplo, deve
o empoderamento dos jovens para que
sempenho na escola, prejuízos da au-
ser abordada tanto em casa quanto na
eles possam administrar melhor os seus
toestima e muitos outros”.
escola. Outro tema importante, muito
limites e lidar melhor com as suas emo-
Bouer destaca, ainda, que trabalhos in-
comum nessa fase da vida, é o consumo
ções”, finalizou.
dicam para o uso excessivo da tecno-
de álcool e drogas, lícitas ou ilícitas. “Os
Jairo Bouer é formado em Medicina,
logia e da internet como causas para
pais se perguntam: como falar sobre ca-
pela Faculdade de Medicina de São Pau-
tantos problemas emocionais relaciona-
misinha, sexo, drogas e álcool com um
lo (FMUSP), com especialização em Psi-
dos à juventude. Somado a isso estão
adolescente de 12 anos? Isso se chama
quiatria, também pela USP. A partir de
questões como invasão da privacidade,
gerenciamento de risco. É preciso iniciar
sua atuação no Projeto Sexualidade do
visão distorcida da realidade, principal-
essa discussão antes que ele se exponha
Hospital das Clínicas da USP (Prosex),
mente em redes sociais, onde somente
aos comportamentos de risco. E não é
entre 1993 e 1994, passou a focar seu
o ‘belo’ é evidenciado, medo de rejeição,
porque estamos abordando esses assun-
trabalho no estudo da sexualidade hu-
cyberbulying, imediatismo, entre outros
tos em casa ou na escola que esse jovem
mana. Recentemente, o psiquiatra con-
fenômenos.
vai fazer sexo antes. Cada indivíduo tem
cluiu o mestrado em Antropologia Evo-
seu tempo. O importante é que, quan-
lutiva, em Londres, na Inglaterra. Jairo
do ele se deparar com essas situações,
também é biólogo, educador, palestran-
estará mais seguro sobre como agir”,
te, escritor e participa de programas de
orientou. A disparidade existente entre
televisão e rádio.
as gerações (pais e filhos) não deve ser um empecilho para o diálogo. Bouer res-
[7]
É S O J SÃO ÃO EM AÇ osé ãoão osé
1901
Grupo de Facilitadores conclui curso
Na noite de 23 de outubro, concluiu-se a formação de mais um grupo (composto por 25 pessoas) de facilitadores, dentro do Projeto Círculos da Paz e Justiça Restaurativa. Com esse grupo, somam-se, desde 2018, quando iniciamos a formação de professores, colaboradores e pais. foram aproximadamente 125 pessoas envolvidas, na comunidade educativa, neste projeto. Em 2018, oportunizamos três momentos de formação e, 2019, tivemos dois momentos, cada um com 20h de duração, sem contar as palestras e momentos de encontro oportunizados, fora a formação formal. Já aplicadas às práticas restaurativas desde 2018, no Colégio, principalmente na educação infantil e fundamental I, e, neste ano de 2019, em algumas séries do fundamental II, deverá ser incluída na proposta pedagógica para toda a comunidade educativa, pois traz, na sua essência, o resgate à valorização do ser humano como humano, abrindo um espaço de escuta e de pertencimento.
Franceses visitam o São José
interação e diversão! No dia 30 de março, nas dependências da escola, os estudantes foram recepcionados com muita música e animação. Reencontros foram fortalecidos e novas amizades iniciadas, em ambiente festivo, com direito a food trucks. A atividade Um misto de gratidão e esperança, traduziu-se o encon-
teve patrocínio da UCS, do Apoio - Pré Vestibular e do En-
tro que ocorreu no Colégio São José, o qual abriu suas por-
glish Labs; da 3G Entretenimento; e realização da APM do
tas para receber, com grande alegria, uma comitiva de
Colégio. A família São José sabe da importância de manter
franceses com a comunidade educativa, resgatando a his-
laços de amizade e faz questão de promover atividades em
tória da fundação da Congregação no Rio Grande do Sul.
que possam ser intensificados, repercutindo, assim, em mo-
Gratidão por todo o trabalho feito e idealizado pelas primeiras irmãs, que deixaram a sua terra natal, a França, e, com o suor do trabalho e a fé em um carisma mais profundo, construíram e edificaram o Pequeno Projeto em nossa região. Entre as obras, está a construção do Colégio São José de Caxias do Sul, em 1901, assumindo a direção e coordenação dos trabalhos ao longo do tempo. Esperança em manter cada vez mais vivo o laço de comprometimento de comum união, além-fronteiras, podendo, ao resgatar a história, projetar um futuro com proximidade de visão, de missão e de ação, permitindo quem sabe intercâmbios culturais, sociais e educacionais, para promover o crescimento e aprofundamento na cultura do cuidado para com as pessoas. Vivenciar este encontro foi uma oportunidade de expressar o reconhecimento da força do trabalho sustentado no carisma de unir povos e culturas, superando todos os desafios e obstáculos que se apresentam ao longo do caminho; na certeza de que se mantenha sempre presente a chama do fundador da Congregação Padre Jean Pierre Medaille, olhando para o próximo como expressão viva do Evangelho.
[8]
mentos agradáveis de estudo.
[ ações ] Colônia de Férias O projeto Colônia de Férias tem por objetivo oportunizar às crianças vivências cognitivas, motoras, afetivas e sociais. Muitas atividades foram organizadas tornando os momentos prazerosos, divertidos e significativos. Entre as atividades, foram vivenciados show de mágica, deliciosas receitas na oficina de culinária, brincadeiras de arte com borrifadores, boneco de neve, baile de fantasias, brincadeiras na piscina da Raiar, jogo de raquete com balões, GP Hotweels, bingo dos sons, aula de dança e futsal. Essas atividades e outras, encantaram e envolveram as crianças durante as férias, pois foi possível ver o sorriso no rosto de cada um.
conduta Os estudantes do 7º Ano do Ensino Fundamental participaram da palestra com o advogado João D’Villa para conversar sobre as consequências jurídicas do descumprimento de normas e leis. Na ocasião, os alunos refletiram sobre a importância da conduta correta e da responsabilidade individual de seus atos.
MEDALHISTAS Os estudantes,
Marcelo e Rafael de Azevedo Casano-
va, participaram, representando o Colégio São José e o Clube Recreio da Juventude, do CERGS 2019 - Jogos Escolares do Rio Grande do Sul, na modalidade judô, etapa 15 a 17 anos. Eles conquistaram primeiro lugar nas categorias até 66Kg (Rafael) e 90Kg (Marcelo). Os medalhistas de ouro classificaram-se para os Jogos Escolares da Juventude que vão ser realizados em Blumenau. O judô é um esporte que busca integrar o corpo e a mente. Além do vigor físico, ele exige muito equilíbrio e virtude uma vez que, para ser um grande lutador, é preciso ser um grande ser humano. Parabéns aos nossos representantes.
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Mix Saúde 2019 Ciências, conhecimento para a vida O Mix Saúde é um projeto que envolve várias áreas do conhecimento. Ele propõe e valoriza a pesquisa sobre elemen-
“ Os temas foram muito bem apresentados, a criatividade e a dedicação surpreenderam” . Marina Tonieto /Turma 205
tos que envolvem o bem-estar e a saúde como um todo. Os alunos vivenciam a importância do trabalho em grupo, de-
“ Gostei muito de participar da avaliação do projeto. Todos estavam muito bons, pude ver inúmeros temas que fugiam do comum. Criativos, os alunos mantinham o interesse dos visitantes. Estava tudo muito bem organizado”. Turma 102
senvolvendo o espírito de cooperação, expressão e oralidade. Foram três meses de muita preparação, desde a escolha dos temas, pesquisa, construção dos cartazes, pesquisa de campo, ensaios e
“ O Projeto Mix Saúde apresentado pelas turmas dos oitavos anos merece reconhecimento pela criatividade e desempenho dos alunos”.
apresentação final. Com assuntos atuais e de grande relevância, os alunos dos 8⁰
Laura Gil / Turma 205
anos apresentaram seus trabalhos com muita qualidade e eficiência, despertando a atenção e o respeito de familiares, amigos, alunos e professores. Os trabalhos foram avaliados por professores e alunos do ensino fundamental e médio com um retorno muito positivo.
A Olimpíada Brasileira de Biologia é uma
exige controle de tempo e emoções, ha-
competição organizada pelo Instituto
bilidade que pode ser aprendida e apri-
Butantan, de São Paulo, que tem como
morada com a prática.
participantes alunos regularmente ma-
participantes da primeira fase no Colégio
triculados no Ensino Médio das escolas
São José, oito alunos passaram para a
brasileiras. O caráter interpretativo da
segunda etapa. Em 28 de abril, a esco-
prova desenvolve a autonomia, com a
la foi sede da Olimpíada recebendo os
aplicação de conceitos modernos estu-
competidores de Caxias do Sul, Bento
dados em sala de aula, proposta esta
Gonçalves e Vacaria. Com resultados de
que oferece desafios e oportunidades
excelência, conclui-se que não existe li-
atraentes para ampliação do conheci-
mite para o aprendizado; se estimulados
mento dos alunos que querem algo a
e orientados nossos jovens expressam
mais. Resolver as questões propostas
seu potencial de forma surpreendente.
Dentre os 135
Parabéns a todos os envolvidos!
[ 10 ]
[ ações ] Pedro Guerra é o patrono da Feira do Livro O jovem escritor caxiense Pedro Guerra
Somos assim, humanos vivendo, aprendendo e tentando aos poucos melhorar. A frustração faz parte, o drama de cada dia também. Pedro Guerra
foi o patrono da 35ª Feira do Livro do Colégio São José. A feira ocorreu de 28 de maio a 1º de junho, nas dependências da instituição. A comunidade educativa sentiu-se muito alegre com a escolha do autor. “Eu gosto de explorar os livros ao máximo, trabalhar as diferentes plataformas e tentar atrair o adolescente para a literatura. Nas escolas, vários jovens já me contaram que nunca tinham lido um livro na vida, mas acabaram gostando e conhecendo outros autores. Esse é meu objetivo enquanto escritor, ser uma porta de entrada na formação de leitores”, disse o escritor.
Professores de educação física promovem jogos de integração
Os Jogos de Integração do Colégio São
Os times do Ensino Fundamental II e o
José aconteceram de 5 a 8 de outubro,
Ensino Médio respeitaram suas turmas
no Centro Poliesportivo da instituição. O
de origem. Os três primeiros lugares de
grupo de professores de Educação Física
cada categoria foram premiados com
planejou e, com a participação efetiva
medalhas. “O objetivo da atividade não
do Grêmio Estudantil (GESJ), coordenou
era definir ganhadores ou perdedores,
a execução de jogos nas modalidades
mas sim o trabalho em equipe entre os
Futsal e Handebol. Os times dos quin-
times. Durante o dia houve, muita emo-
tos anos foram constituídos em formato
ção, felicidade, assim como tristeza em
de Jamboree, ou seja, integrando estu-
perder, mas é por isso que a escola faz
dantes de diferentes turmas, através de
esses jogos, para nos ensinar a saber
sorteio. O formato agradou os estudan-
ganhar e perder, e, para assim, no futu-
tes, conforme relata Sara Alencastro da
ro, sabermos lidar com situações pare-
Rosa, da turma 51: “Eu adorei os jogos,
cidas”, sintetiza a aluna Sophia Gomes
mesmo tendo ficado em terceiro lugar. O
Poyer, da turma 51, expressando, a seu
mais importante foi se divertir com ou-
modo, a real intenção de toda a progra-
tras pessoas, de outras turmas. Fiquei
mação. Dado o sucesso da atividade, os
feliz fazendo novas amizades com outras
professores já pensam em reeditá-la em
meninas e ajudando elas nos jogos.”
2020.
[ 11 ]
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representantes e vices Os representantes e vice-representantes de turma tiveram palestra com a psicóloga Daiane Gava. Na oportunidade, refletiram sobre a diferença entre liderar e representar, responsabilidades, respeito, além da contribuição que eles podem dar para a escola. É o São José trabalhando o presente para termos um futuro com líderes promissores.
SETEMBRO AMARELO A psiquiatra Dra. Cristina Conte, esteve na nossa escola conversando com professores e equipe, sobre "Comportamento de Risco na Adolescência". Momento de extrema importância para conseguirmos entender e ajudar nossos adolescentes que passam por períodos de dor e sofrimento. - O que é um comportamento de risco? - Por que o adolescente se coloca em um comportamento assim? - Como podemos prevenir as famílias e o próprio adolescente? - O que fazer para ajudar? Essas e outras questões foram colocadas e abordadas e trouxeram alento para o nosso dia a dia.
- O QUE MOTIVA A SUA VIDA? - QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS PRIORIDADES DA SUA VIDA? - O QUE VOCÊ ESPERA DO SEU FUTURO? Foram três painéis interativos, onde os alunos puderam expressar e responder a estas questões. Estes murais estavam O Colégio São José passou o mês de setembro
diante do SOE e fizeram os alunos pen-
em campanha pelo Setembro Amarelo. Para
sarem, se questionarem e se colocarem
os alunos do 7º ao 9º ano do EF, foi propor-
nos seus conflitos e desejos, refletirem
cionado uma palestra com Kaleb Garbin, onde
sobre suas ansiedades, angústias, prio-
ele abordou o tema: "Valorização da Vida".
ridades, motivações e alegrias.
Que sentido estamos dando para nossa vida? Que valores realmente estamos dando importância? Quais as pessoas que valorizamos na nossa vida. Quais as pessoas que procuramos e damos um pouco do nosso tempo? Foi uma palestra muito sensível e tocante, que emocionou muitos dos nossos alunos. E, com certeza, contribuiu para suas reflexões e atitudes de valorização das suas vidas e de quem eles amam.
[ 12 ]
[ 13 ]
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São José Te Chama O grupo ‘São José Te Chama’ foi criado em 2017, com o sentido de buscar de forma coletiva um significado mais amplo para
PARA QUE TODOS SEJAM UM
a vida. Para isso, o grupo se reúne uma vez por mês para discutir questões e fazer reflexões. Sem perder o foco no carisma das Irmãs de São José, que é de unidade e comunhão, estudam a história que iniciou com o padre Jean Pierre Médaille e a palavra, imprescindíveis em qualquer caminhada. Com o slogam para que todos sejam um, este grupo também conduz atividades com a comunidade escolar pensando o Colégio para os próximos anos, por meio de um planejamento estratégico com espiritualidade. No ano de 2018, foram realizados dois grandes encontros quando se levantou questões sobre ameaças, fraquezas, oportunidades e forças. Neste ano, retomou-se a caminhada do ano anterior ressaltando as forças coletivas.
DIA DO ESTUDANTE Todos os anos comemoramos, no dia 11 de
Na nossa escola, esta comemoração é mui-
agosto, o Dia do Estudante. Mas você sabe o
to esperada por todos os alunos. Este ano,
motivo dessa comemoração? Essa festivida-
além do tradicional cachorro quente feito
de surgiu 100 anos após o imperador Dom
pela diretora Irmã Renata, contamos com
Pedro I autorizar a criação dos dois primei-
inúmeras atividades culturais. A escola Te-
ros cursos de Ciências Jurídicas do Brasil, a
clado’s realizou uma apresentação no audi-
Faculdade de Direito de Olinda e a Faculdade
tório, momento em que alguns dos nossos
de Direito do Largo do São Francisco (SP).
alunos puderam mostrar seus talentos aos
Em 11 de agosto de 1927, ocorre uma co-
colegas. Em parceria com a 3G, os estu-
memoração em homenagem a estas insti-
dantes do turno da manhã participaram de
tuições e entre os convidados, o advogado
atividades interativas envolvendo jogos,
Celso Gand Ley, sugeriu aos demais partici-
música e dança. O recreio prolongado pro-
pantes que, na mesma data, fosse instituído
porcionou uma manhã divertida, acolhedo-
o Dia do Estudante.
ra e comemorativa.
[ 14 ]
[ ações ] SEMANA DO GAÚCHO Para celebrar a Semana Farroupilha, o Colégio São José realizou uma programação Cultural voltada às Tradições Gaúchas. Já, no início da semana, Diego Boschetti e Flaviano Pasquali voltaram às raízes com suas gaitas entoando músicas tradicionalistas. A atividade teve sequência com Willian Monteiro, Vinícius Tenedini e Márcio Barreto através do som das violas e canto. Durante todo período, os estudantes cantaram o hino Rio-Grandense e professores buscaram realizar, em sala de aula, atividades relacionadas ao nosso Pampa Gaúcho. Para finalizar, no dia 19 de setembro, além das tradicionais rodas de chimarrão contamos com a presença do CTG Heróis Farroupilha que, com toda sua beleza e encanto, nos presenteou com lindas danças. Uma semana de reverência ao nosso querido estado.
Eu sou Valentina Pellin Generoso e tenho 9 anos. Danço CTG há 4 anos e quando danço me sinto livre, posso libertar o que está dentro de mim, viver meus sonhos. No CTG aprendemos a ter foco, disciplina e fazemos muitas amizades. Dançamos todas as danças tradicionais, mas o que mais gosto é a entrada e saída da apresentação. Ensaio e me dedico muito para não ter erros nas apresentações e ser escolhida para dançar nos rodeios Valentina Pellin Generoso - 4º ano e aluna do CTG Heróis Farroupilha
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[ 15 ]
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NA ERA DOS DINOSSaUROS
“No Tempo Integral aprendi muitas coisas, sei que dinossauro significa lagarto terrível. Esse projeto foi muito divertido, pois brincamos e aprendemos muitas curiosidades sobre os gigantes. Levarei
Com o objetivo de voltar ao passado para
meus conhecimentos para sempre! “
melhor entender o presente, as crianças
Alicia Dietrich, 10 anos
do Tempo Integral participaram do projeto "A Era dos Dinossauros". Os gigantes da pré-história habitaram o imaginá-
“Aprendi que os dinossauros existiram,
rio das nossas crianças. Um mundo de
mas não existem mais, agora o que existe
descobertas e aprendizagens em todas
são os ossos deles escondidos e que se chamam fósseis.”
as áreas do conhecimento este projeto
Ana Valentina Bohn Danuzo, 6 anos
proporcionou. Fizeram uma fantástica e emocionante viagem há milhões de anos atrás, antes mesmo da inteligência hu-
“O Tempo Integral realizou vários traba-
mana habitar a Terra. Mergulharam na
lhos sobre os dinossauros, aprendi muitas
história, conhecendo através de drama-
coisas, eles foram extintos, tinha muitas
tizações, jogos, vídeos, pesquisas, arte
espécies, alguns eram herbívoros e outros
e músicas, as características, diferenças
carnívoros. Aprendi sobre aquele tempo.” Anita Marcolan Romanini, 10 anos
e semelhanças entre eles. Construíram uma máquina do tempo com muita criatividade, pesquisaram sobre a extinção dos dinossauros e foram em busca de
“Quem pesquisa os fósseis são os arqueó-
respostas para inúmeras perguntas que
logos e eles precisam usar uma roupa
surgiram ao longo do trabalho. Muitas
especial e protegida.”
foram as aprendizagens, e alguns de-
Vitor Gabriel Poli, 6 anos
poimentos das crianças mostram isso ao lado.
“O VERDADEIRO EU em cada um é bom, sábio e poderoso...” Carolyn Boyes Watson e Kay Pranis
lização, de encontro com os diferentes.
Com o objetivo de nos conectar com
Os Círculos são um espaço intencional
nosso eu verdadeiro, de modo que se
altamente estruturado, dedicado a pro-
possa viver alinhados com valores que
mover a conexão, a compreensão e o
possibilitem a construir relacionamen-
diálogo do grupo, construindo relações
tos saudáveis em sala de aula e na co-
e trabalhando com as diferenças de en-
munidade, o Colégio organizou Círculos
contro a harmonia nas relações. O pro-
da Paz em todas as turmas, do quinto
cesso do Círculo permite que as pessoas
ano à terceira série do Ensino Médio, em
Escolas são comunidades intensas e di-
decidam o que querem compartilhar
momento simultâneo, no mesmo dia e
nâmicas que trabalham continuamente
com a profundidade a qual se sintam
horário. Nas demais, onde há uni docên-
no sentido de como os membros da co-
confortáveis. Quanto maior for o nível de
cia cada professor equilibrou o desenvol-
munidade educativa vão conviver, uma
confiança em um grupo, mais eficientes
vimento num espaço e tempo próprios,
vez que a escola é um espaço de socia-
os Círculos serão. Construir confiança,
dando senso de pertencimento e tran-
porém, demanda tempo.
quilidade aos estudantes.
[ 16 ]
[ AÇÕES ]
Como elo entre os pais, mestres e direção, a APM da Escola São José busca sempre as melhores soluções e caminhos. Desse modo, fortalecemos nossas relações, criando um ambiente escolar salutar, em
APM ão io S
José
ég
Col
que os processos educacionais são aprimorados por meio do nosso compromisso constante de assistência e de integração entre as famílias, a escola e a comunidade.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES COLÉGI O S ÃO JOSÉ
[ 17 ]
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Arraiá São José
OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA
Os festejos juninos têm diferentes ca-
A OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA DO PORTAL EDU-
racterísticas em todo o país e podem se
CACIONAL ocorreu de 13 de maio a 29 de junho.
apresentar como instrumento pedagógi-
Os alunos do 5º ao 9º anos do Colégio São José
co nas escolas, relembrando tradições de
foram convidados a participar desta atividade e,
cada região do Brasil. Diz a história que
aquele que aceitou o desafio, necessitou de astú-
as primeiras festas eram chamadas de
cia, agilidade e raciocínio lógico para resolver as
Joaninas. As comemorações se populari-
tarefas apresentadas, trabalhando consigo com
zaram e após a entrada dos festejos dos
metas e prazos já determinados. A estudante So-
quatro principais santos no calendário
fia Gomes Poyer, 5º ano, adorou participar: “As
católico, passou-se a chamá-la de Festa
questões me faziam pensar muito, às vezes eram
Junina. As festas remetem à tradição de
complicadas, como também eram mais tranqui-
cada região com doces e canções típicas
las. Sei que dei o melhor de mim e que ano que
de cada parte do país, possibilitando uma
vem poderei tentar novamente.” Para Lorenzo
visão ampla da formação cultural de um
Marques Zanol, 7º ano, foi desafiador: “Gosto de
povo. Na nossa escola, as bandeirinhas
desafios, gosto de Matemática e a participação
azuis, vermelhas e brancas deram um co-
me deu a oportunidade de colocar em prática os
lorido especial para a festa. Os pequenos
conhecimentos estudados na disciplina”. O estu-
da Educação infantil abrilhantaram o Ar-
dante Pedro Augusto dos Santos Cândeia, 9º ano,
raiá com danças típicas e muita simpatia.
estava em viagem de férias com a família e, mes-
Já o Ensino Fundamental I participou da
mo assim, participou: “Eu não esperava chegar à
organização das brincadeiras e ornamen-
final. As questões foram simples, porém reque-
tação da festa. Os professores trabalha-
riam muito raciocínio lógico e, às vezes, quase
ram nas “tendas” acolhendo os familiares
enganavam.” Já a estudante Eduarda Sonda de
que vieram prestigiar, no dia 15 de junho,
Godoy, 9º ano, achou muito gratificante:” Parti-
esse momento tão importante de relação
cipar de mais uma Olimpíada de Matemática do
entre família e escola.
Portal Educacional foi uma oportunidade de desenvolver o raciocínio lógico através da aplicação dos conteúdos vistos em aula. Com a Olimpíada descobri mais sobre a disciplina, a sua ciência e seus enigmas. Foram momentos de expectativa pelos resultados e satisfação com as conquistas”. É gratificante para nossa escola saber que numa atividade interessante como esta, de amplitude nacional, diversos estudantes ficaram classificados em diferentes etapas do processo, inclusive na final, trabalhando habilidades e emoções nem sempre imaginadas. Que venham novas olimpíadas por aí!
Excelência, tradição e evolução no ensino musical há 33 anos.
A Evolução do Ensino Musical Caxias do Sul | Farroupilha (54) 3223.0545 | 99178.4949 | 99106.2455
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[ ações ]
Visita das Soberanas Nosso ano letivo começou muito mais
Zambelli cantando, a rainha e as prin-
alegre e com cheirinho de festa. Festa
cesas foram recebidas com aplausos e
que faz parte da história de Caxias do
muito carinho demonstrados através de
Sul e uma das mais populares do país
bilhetes e cartas. Os estudantes do 4º
que evidencia o imigrante, a cultura ita-
ano também convidaram as soberanas
liana e a "uva", fruto que contribuiu para
para participarem da 31ª Festa Italiana
o desenvolvimento inicial da cidade e
da nossa escola. “Seria uma honra tê-las
continua se destacando nos dias atuais.
neste evento que também tem como
Com o tema “Viva una Bela Giornada”
objetivo promover a cultura italiana da
recebemos as soberanas Maiara Perot-
nossa região”, disse Alícia Dietrich, ao
toni, Milena Remus Caregnato e Viviane
fazer o convite. Um momento importan-
Piamolini Gaelzer. O trio veio convidar
te que ficará guardado na memória afe-
toda comunidade educativa para partici-
tiva de cada participante.
par da festa. Com a voz da aluna Natália
TURNO INTEGRAL Uma Educação Integral pressupõe muito
nâmicas. Como culminância, uma turma
mais que o desenvolvimento de conteú-
apresentou para a outra suas aprendiza-
dos. Implica reconhecer o direito de to-
gens. Foram momentos especiais como
dos os alunos, aprender e acessar opor-
percebemos nos relatos:
tunidades educativas diferenciadas e diversificadas a partir da interação com múltiplas linguagens, recursos, espaços e saberes. Pensando nessa formação, o projeto Tempo Integral do Colégio São José busca, através de oficinas, desenvolver
habilidades
importantes
para
construção de aprendizagens significativas. Entre tantos destacamos “brincando
“No projeto Brincando com as Sensações aprendemos o que cada sentido faz no nosso corpo, e a função de cada um. Em pesquisa aprendemos que ao nascer o bebê tem pouca visão, por isso reconhece a mãe pelo cheiro. A visão só fica completa aos cinco anos. Descobri essas curiosidades e passar no túnel das sensações foi bem legal! “ Júlio Montanari Toniazzo e Arthur Lazzarotto 10 anos “Gostei de fazer atividade com os olhos vendados, ouvindo e sentindo a música.” Guilherme Pacheco - 7 anos
com as sensações” onde, com atividades de observação, às crianças levantaram hipóteses acerca de assuntos diversos, oportunidades de contato com o mundo através dos sentidos explorando recursos diferentes, interagindo com os fatos, ampliando, assim, a rede de significa-
“Provei, amei e aprendi fazer um gostoso Milk-shake de banana, também brinquei com o papel bolha, achei o máximo”. Pedro Duarte Machado - 5 anos “Eu gostei de tocar uns instrumentos musicais feitos de sucata, o violão que eu fiz com meu papai e enfeitei com adesivos, faz um som muito legal! Juliana da Silva Pezzi - 4 anos
dos. A sensibilidade, o fazer, o apreciar e o contextualizar fizeram parte das di-
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osé ãoão osé
1901
Leo Fraiman palestra para mais de 600 pessoas no São José A Síndrome do Imperador, assunto principal do seu último livro, foi a temática que norteou o encontro “Todo pai e toda a mãe quer fazer o seu
sociedade ocidental de hoje, as pessoas
filho feliz, não é verdade? Se a sua res-
estão confundindo felicidade com prazer.
posta para essa questão foi sim, então
“Prazer do telefone novo, dos privilégios
saiba que você está errado. O grande
descabidos, de uma vida sem limites,
erro na educação é esse: querer fazer
de comer tudo o que se quer, etc. Nes-
o filho feliz”. Com essa afirmação, diga-
se tipo de vida, onde a criança se tor-
mos, surpreendente, o psicoterapeuta
na uma imperadora e manda nos pais,
Leo Fraiman abriu sua palestra, que reu-
a família entra em colapso”, alertou. O
niu mais de 600 expectadores, no Colé-
palestrante chama atenção para o real
gio São José de Caxias do Sul, no dia 25
sentido da felicidade, que deve ser gal-
de setembro. Bem humorado, o pales-
gada em valores, virtude, superação e
trante abordou, de forma leve, um tema
bons vínculos. “Uma pessoa que não for
que, inicialmente, parecia tenso, que é
inspirada e orientada na sala de casa e
a educação dos filhos. “A gente não tem
na sala de aula a chegar à melhor ver-
P – presença:
como fazer o outro feliz. O que podemos
são de si, que não acolher o outro em
carinho, afeto, celular de lado, olho no
fazer é, juntamente com a escola, ofe-
seu coração, que não fizer o melhor para
olho, se importar, conversar, acolher;
recer as condições para que ele se faça
a sua comunidade, que não for movida
feliz. Isso parece que é um mero detalhe
por valores, estará em estado de caos e
O – organização:
semântico, mas faz toda a diferença”,
ficará mais infeliz”.
acrescentou. Fraiman destacou que, na
Cincos itens do empoderamento familiar
quem dá a palavra final sobre horários, estilo de alimentação, sobre a parte financeira é o pai e não o filho;
D – disciplina; não adianta sozinho o professor cobrar capricho na lição, se o pai não olha, não se importa e não valoriza o esforço;
E
– engajamento:
empatia, afetividade
R
– resiliência:
aqui se aplica algo que eu falo no livro: o cola com mola, ou seja, na hora que seu filho está com dificuldade, você acolhe, dá o colo, mas você estimula a buscar alternativas. O excesso de colo é mimo e o excesso de autonomia é o abandono. O equilíbrio é o que funciona.
[ PALESTRA ]
Números que preocupam
Diante das evidências, Fraiman alerta
abordada na palestra de Leo Fraiman vi-
para o número crescente de casos de
rou um livro, lançado recentemente: A
Narcisismo. Segundo a Sociedade Nor-
síndrome do imperador – pais empode-
te-americana de Psiquiatria, esse índice
rados educam melhor. “Meu intuito hoje
triplicou nos últimos 30 anos. “Desde os
é sensibilizar os pais quanto às cinco ati-
Anos 1960, multiplicou-se a cada década
tudes básicas que trabalham o empode-
a possibilidade de uma criança ter de-
ramento familiar, dos pais, para que eles
pressão. O índice de suicídio já passou
sejam agentes de formação da criança.”
da casa dos 11 mil por ano no Brasil. O
Quer testar para saber se seu filho(s) é
consumo de drogas lícitas e ilícitas das
um imperador (a). Leo explica que um
mais diversas só aumenta.” Em países
imperador característico apresenta dez
em que o projeto de vida é encontrar
características certeiras. “Eu chamo de
uma profissão que dê dinheiro e torne
os dez ‘Is’ do imperador. São dez ati-
a pessoa famosa, ao invés de algo que
tudes que demonstram que não existe
combine com a natureza ou que ela faça
felicidade, satisfação, compromisso com
a diferença, a felicidade escapa. “Quem
o outro. Então, ele age como imperador
fala é um psicólogo chamado Tal Ben-
mesmo. Dá de dedo na cara da mãe,
-Shahar, que é o professor mais procu-
briga com o pai e confronta o professor.
rado de Harvard. O curso dele, chamado
Aí eu pergunto; uma pessoa assim vai
Felicidade, é o mais concorrido da uni-
construir cidadania? Não vai porque ela
versidade americana. Outros autores
não internalizou a percepção de interde-
também reafirmam essa tese. É prati-
pendência, de solidariedade, de susten-
camente uma unanimidade, na comuni-
tabilidade, de humanidade. Então, ela
dade científica, de que a busca desen-
não desenvolve a capacidade de cons-
freada pelo status e pela popularidade
truir a própria felicidade”
não nos leva à felicidade”. A temática
Léo Frainan é psicoterapeuta, Mestre em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano, palestrante, escritor e autor da Metodologia OPEE – Projeto de Vida e Empreendedorismo. Sua vinda a Caxias foi patrocinada por escolas católicas e Associações de Pais e Mestres: São José Centro, La Salle Carmo, Madre Imilda, São João Batista, Murialdo Centro, La Salle, São Carlos, Murialdo Ana Rech, São José Capivari, Nossa Senhora Goretti, Bom Pastor, São José Cruzeiro, Faculdade Murialdo e Colégio Medianeira.
[ 21 ]
É S O J O Ã S O Ã Ç EM A
EDUCAÇÃO INFANTIL a partir de 3 anos | pré I, II e III
BRINCAR E INTERAGIR Os alunos da Educação Infantil tÊm se aventurado na proposta do brincar heurístico, uma ideia que aguça ainda mais sua curiosidade. Mas como seria esse tipo de brincadeira? Primeiramente, a palavra “heurístico”
a criatividade dos adultos em relação à
vem do grego eurisko e significa des-
tarefa de cuidar das crianças, tornando
cobrir, alcançar a compreensão de algo.
essa atividade muito mais estimulan-
Nesta proposta, o foco do brincar está
te e prazerosa. Goldschmied e Jackson
na descoberta e também na manipu-
(2006) nos dizem que o brincar heurísti-
lação e exploração de objetos diferen-
co envolve oferecer a um grupo de crian-
ciados como, sucatas, areia, sementes,
ças, uma grande quantidade de objetos
objetos da natureza (galhos, pinhas e
para que elas brinquem livremente sem
folhas secas), entre outros. Além de de-
a intervenção dos adultos. Deste modo,
senvolver a autonomia e a criatividade,
os alunos absorvem as informações de
o brincar heurístico contribui também
maneira contextualizada, conforme seu
para o desenvolvimento da habilidade
foco de interesse e realidade. Assim,
de concentração. Nesse sentido, o brin-
irão estabelecer uma leitura de mundo
car tem sua própria lógica. A repetição
que irá contribuir de maneira significati-
contínua desenvolve habilidades e novos
va para o desenvolvimento de habilida-
conhecimentos. O brincar heurístico não
des fundamentais para o crescimento.
foi pensado apenas para as crianças,
Vejam algumas falas e fotos destas ex-
mas também com o objetivo de libertar
periências:
“Eu consigo espiar porque vira uma super luneta de ver cometas.” Diana - Pré 3C durante a exploração de cones
[ 22 ]
“Na caixa de luz, o que aparece é onde a gente passa o dedo. Lorenzo – Pré 3C durante a exploração de areia na caixa de luz
“Estamos fazendo bolo!” Pré 2D, ao explorar areia, utensílios e recipientes diversos
“Esta é minha torre!” Rafael - Pré 1A, ao explorar cones
[ EDUCAÇÃO INFANTIL ] “Gostei muito da visita da Léia Cassol porque ela contou uma história com muitas histórias. Foi legal porque parecia que eu estava dentro dos livros. A bruxinha tinha uma risada engraçada!” Juliana - Pré 2B, sobre a visita da autora
AVENTURAS LITERÁRIAS COM LÉIA CASSOL
“No livro o Homero, ele é um cachorro bonito e na minha casa a Belinha é uma cachorrinha pequeninha e sapeca de estimação. Vou contar a história do Homero para ela! Será que ela vai ficar feliz?” José Arthur - Pré 2B, sobre o livro “Homero”
“Eu gostei da música: Miroca o que é cativar? Não sei não! Eu nunca ouvi falar!” Yasmin - Pré 3D, sobre o livro “A menina do cabelo roxo e o principezinho”
Na Feira do Livro deste ano, os alunos
prar o livro escolhido. A ideia animou
da Educação Infantil receberam a visi-
os pequenos, incentivou-os à prática li-
ta da autora Léia Cassol que proporcio-
terária e, ainda, valorizou a experiência
nou uma tarde mágica e divertida aos
econômica/ financeira de forma lúdica e
pequenos, trazendo consigo a contação
intencional. As crianças gostaram muito
musicada de histórias com os persona-
das histórias dos livros trabalhados em
gens presentes nos livros trabalhados
aula, construíram obras relacionadas e
no projeto “Deixa que eu conto”. A pro-
ficaram ansiosas para finalmente conhe-
posta do projeto era poupar moedas e
cer a senhorita do cabelo roxo, a autora.
trocados de dinheiro, marcando os valo-
Algumas das falas mais significativas do
res em uma tabela e guardando-os em
projeto podem ser conferidas ao lado:
“Tem a parte que o cometa cai na casa da menina e o principezinho aparece na janela e ela convida ele para entrar. Isso foi muito legal!” Ana ValentinaPré 3D, sobre o livro “A menina do cabelo roxo e o principezinho”
“Gostei da Léia! O cabelo dela tem cheiro de uva!” Criança do Pré I sobre a visita da autora
um cofrinho para posteriormente com-
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[ 23 ]
osé ãoão osé
1901
UMA MANHÃ DE DIVERSÃO COM O PAPAI Na véspera do Dia dos Pais, a Educação Infantil aqueceu o corpo e o coração em um clima de muito afeto no Centro Esportivo São José (Poli). Com o espaço todo pensado e organizado para curtir muitas brincadeiras e interações, os papais aproveitaram de forma lúdica e divertida a companhia dos pequenos, aproveitando para socializar e fortalecer os vínculos afetivos. Com tanta diversão, foi fácil se envolver e entrar na brincadeira. Para comemorar esse dia tão especial teve boliche, corrida da colher, acerte o alvo, vôlei no lençol, corrida do saco, circuito com obstáculos, corrida de bastão, espaço de leitura, cabaninha e muito mais! Também teve “salchipão”, preparado com muito carinho por uma equipe de professores, pais e funcionários da escola. Para eternizar esse momento tão especial, os papais foram presenteados com uma linda fotografia, que foi capturada pela cabine que havia no local. Assim, esse momento de alegria e diversão ficou registrado para além da memória. O envolvimento de todos, a comunhão e os sorrisos foram um presente para todos que desfrutaram deste momento.
MATERNAL
A importância do brincar no Maternal O ato de brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa que não é apenas lazer, mas sim, um ato de aprender. A capacidade das crianças se expressarem, imaginarem e adquirirem novos conhecimentos surgem através do brincar. Brincadeiras e brinquedos são os meios que as crianças têm para se relacionarem com o ambiente físico e social, despertando a curiosidade e ampliando habilidades. É uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, ressaltando também a importância para o desenvolvimento integral, físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Por isso, as turmas de maternal levam o brincar a “sério”, recheando as tardes com muitas brincadeiras lúdicas e divertidas, pois é, através dele, que a criança desenvolve, constrói pensamentos e seu próprio jeito de ver o mundo, aprendendo a interagir com a realidade.
[ 24 ]
ENTREVISTA [ EDUCAÇÃO[ INFANTIL ] ]
MOMENTOS EM FAMÍLIA: O MARAVILHOSO JARDIM DAS ARTES
Em tempos em que a cultura da arte
munidade escolar, que fosse parte do
pressão das crianças (gráfico-plástica e
tem perdido o foco nas políticas públi-
seu repertório de vida. Quem sabe um
também corporal), por meio de vivên-
cas governamentais, resgatar as artes
jardim? Ao pesquisarmos obras de arte
cias artísticas visuais, manuais e corpo-
como forma de expressão se torna algo
que pudessem despertar nas crianças
rais com encenação de musical de palco
importante porque
viabiliza que esta
o apreço pela arte, deparamo-nos com
com o tema “O Maravilhoso Jardim das
seja experienciada pelas crianças desde
o artista francês Oscar-Claude Monet e
Artes”, fazendo referência ao jardim de
pequenas. A arte é uma forma de lingua-
suas pinturas realizadas a partir de seu
Monet. O presente projeto mexeu com
gem e de leitura de mundo que precisa
jardim pessoal. Encontramos um acervo
as sensações e sentimentos das crian-
ser degustada, vivida, apreciada, criada
incrível que denota um apreço pelo am-
ças durante o seu processo construtivo
e aprendida desde cedo, porque é capaz
biente natural em que vivera, o conheci-
e a presença da família foi de extrema
de mexer com sensações, sentimentos e
do jardim de Monet. Monet e algumas de
importância para dar maior sentido a es-
fomentar, quando criação pessoal, o não
suas obras selecionadas sobre o seu jar-
sas experiências vividas. Foi com ela que
dito pela criança ou, como diria Paulo
dim serviram de cerne para este projeto
nossos pequenos artistas compartilha-
Fochi, “tornar visível o invisível”. Dessa
que teve como objetivo principal des-
ram todas as suas descobertas e toda a
forma, concordamos com Doria (in ZA-
pertar na criança o amor pelas artes por
sua arte durante e na culminância deste
GONEL, 2013, p. 82) que diz que “quan-
meio de um “passeio no jardim”, usan-
lindo e significativo projeto. Acreditamos
do falamos de vivência de criação artís-
do-se também do conceito de eco-arte,
que esse laço entre família e escola foi
tica dentro das escolas, estamos falando
onde elementos naturais e reciclados
capaz de fortalecer vínculos, comple-
de um espaço onde o importante é o es-
foram reaproveitados para promover a
mentar valores, ampliar experiências da
tímulo à criatividade, o desenvolvimento
sustentabilidade do planeta transfor-
comunidade escolar e criar uma cultura
da imaginação e da fantasia”, e como é
mando-os em linguagem artística. Já
de pertencimento. Esta foi nossa Festa
bom proporcionar estas vivências para
Vivaldi nos cercou pelas notas musicais
da Família deste ano. Uma grande festa
crianças da Educação Infantil. Para con-
em busca da expressão, ampliando o
no Maravilhoso Jardim das Artes!
ceber esse viés das artes, decidimos
repertório cultural das crianças. Portan-
partir de algo que fosse relativamente
to, a intenção primordial deste projeto
conhecido pelas crianças da nossa co-
foi promover a arte como forma de ex-
ZAGONEL, Bernadete (Org.). Metodologia do ensino de arte. Curitiba: Intersaberes, 2013.
[ 25 ]
osé ãoão osé
1901
PRÉ II
Brincando de plantar
Com o objetivo de proporcionar uma vivência lúdica de plantar, as crianças do Pré II vivenciaram a observação e exploração de sementes, a manipulação da terra e o processo de plantio de forma dialogada. Foi um momento significativo que rendeu muitas aprendizagens. No processo eles conseguiram compreender a necessidade da água e do sol para as
PRÉ III
sementes crescerem.
Criança Cidadã O Projeto Criança Cidadã emerge da Pedagogia da Escuta. As crianças têm espaço para expressarem suas curiosidades, inquietações e dúvidas. Dessa maneira, o processo pedagógico acontece por meio de pesquisa. A pergunta da criança vira tema de pesquisa, cria-se hipóteses, o conhecimento entra em diálogo e, assim, vai se desenhando um ambiente de investigação participativa. A pesquisa dentro da escola perpassa o conhecimento científico e adentra ao conhecimento de mundo na infância, explorando diferentes linguagens e aproximando-se da construção do conhecimento significativo. Essa construção de conhecimento é realizada por uma criança que tem espaço de fala, espaço de escuta e que é protagonista da sua aprendizagem. O projeto Criança Cidadã oferece oportunidades de aprendizagem por meio da experimentação, da observação, das múltiplas linguagens e de uma pedagogia delineada por meio da inquietação e da expressão da criança.
[ 26 ]
[ EDUCAÇÃO INFANTIL ]
Missa em homenagem aos avós
O pré III da Educação Infantil, no mês de julho, realizou mais uma vez a missa em homenagem aos queridos avós. Antes dessa linda culminância, os alunos exploraram o tempo dos avós, receberam uma mala de outro tempo, vivenciaram brincadeiras antigas com os avós, relembraram objetos e brinquedos dos vovôs. Toda a missa preparada por eles, com as crianças encenando, fazendo as preces, orações, entradas, ofertório e demonstrando todo o carinho pelos avós com as canções. No final, o abraço e os sorrisos ao reconhecer a figura desses queridos avós estamparam a alegria do encontro. E sabemos assim como a música cantada na missa: “Vovó, vovô, vocês são bons demais, nos dão carinho e força aos nossos pais!”
Exploradores O Pré III da Educação Infantil instiga as crianças a serem verdadeiros Exploradores. Lembrando Russel, do filme “Up Altas Aventuras”, durante todo o ano elas vão conquistando novos bottons para suas faixas de exploradores. E explorar é o lema do processo pedagógico. Explorar as diferentes linguagens, os diferentes materiais e o encontro com o outro. Afinal, é explorando as relações e o mundo que a aprendizagem ganha sentido. No início do ano, juntamente com as famílias, as crianças constroem seus binóculos de exploradores que os acompanham em muitas aventuras do aprender. E, assim, eles vão explorando a linguagem construtora, linguagem do corpo, da arte, da música, da dança, do movimento, da plasticidade, do letramento. E tantas outras linguagens que só criança sabe expressar e explorar.
[ 27 ]
osé ãoão osé
1901
a importância de dizer não aos filhos Em palestra ministrada no Colégio São José, Luciane Farina Fochesatto discorre sobre a importância de estabelecer limites, nas diferentes fases da vida da criança
‘Não diga sim, quando você precisa dizer
com o NÃO somos nós, pais. É aí que es-
e celular não é brincar. Sempre digo que
não’. Essa foi a temática da palestra mi-
tamos pecando”, garantiu a especialista,
criança tem que brincar. Isso é saudável,
nistrada pela psicóloga e terapeuta fami-
destacando que é responsabilidade dos
pois nesse momento eles colocam pra
liar, Luciane Farina Fochesatto, no dia 11
pais criarem um bom ser humano. “Nós
fora todas as suas angústias. Essa falta
de junho, no Colégio São José de Caxias
não somos somente pais, somos educa-
do lúdico está acabando com as nossas
do Sul. Esse é um assunto que desperta
dores emocionais. Hoje, temos um pro-
crianças”, evidenciou.
atenção de pais e professores, especial-
blema muito grave nesta geração, com
Marina aponta dados alarmantes com
mente em um tempo em que as crianças
menos de 25 anos. Eles são analfabetos
relação à saúde mental das crianças e
e os adolescentes estão cada vez mais
emocionais. Nós estamos tão preocupa-
dos jovens brasileiros. “Conforme uma
empoderados e exigentes e, ao mesmo
dos em evoluir cognitivamente que esta-
pesquisa divulgada nos últimos meses,
tempo, cada vez menos intolerantes e
mos esquecendo de alfabetizá-los emo-
o Brasil é o país mais ansioso do mundo,
resistentes às regras e aos limites. Por
cionalmente”, alertou.
ou seja, somos campeões em casos de
isso, a importância de se refletir sobre o
A psicóloga chamou atenção dos pais
transtornos de ansiedade. Aumentou em
tema proposto pela especialista.
e professores presentes para os trans-
16% o uso de ansiolíticos nos últimos
“Por que é tão difícil dizer NÃO?”, inda-
tornos emocionais que estão se gene-
dois anos (entre 2016 e 2018). Junto
gou Luciane. “A gente tem dificuldade de
ralizando entre as crianças e os jovens
a isso o que temos? Um crescente nas
dizer não porque nós ficamos frustrados
brasileiros. “Nossos filhos não sabem
taxas de automutilações (+ 20%) e de
de vê-los sofrer. Quem não sabe lidar
mais brincar. Jogar vídeo game, tablete
suicídios (12%)”.
[ 28 ]
[ PALESTRA ] Como reverter essa situação
Fases evolutivas e como lidar com cada uma Fase oral – zero a 2 ano: Assim chamada porque o bebê leva tudo para a boca. “Nessa fase, a criança precisa ter um adulto de referência para educá-lo, de preferência a mãe. Isso não quer dizer que a mãe precisa estar em casa em tempo integral para educar o filho. Aqui o importante é dar muito amor”.
Fase anal – 2 a 4 anos: É assim conhecida por que é nesse período que as crianças aprendem a controlar os esfíncteres e é quando se inicia o desfralde. “Para mim, como mãe, essa fase é uma das mais difíceis, porque eles são um protótipo do adolescente. É a fase da teimosia, do não, da birra e do confronto. Mas é nessa fase que a gente constrói o limite, a censura. Essa é a fase mais imPara reverter esse quadro, segundo a
portante para dizer não. Se os pais não disseram não aqui, não se desesperem.
profissional, é necessário muito empe-
Nem tudo está perdido. Terão mais uma chance de dizer não, lá na fase dos
nho e envolvimento da família. “Não em-
quatro aos seis anos. Porém, se não disseram não até aí, não adianta mais. Não
poderem seus filhos. Deem autoestima
adianta mandar para a psicóloga com 15, 16 ou 18 anos porque não tem mais
e não poder, pois eles nem sabem o que
jeito. Esta é a fase da construção do superego (aspecto moral da personalidade
fazer com isso. E nunca esqueçam: nós
do indivíduo). Quando eles batem de frente com vocês, só estão testando. Não
somos os caciques e eles os índios. Não
caiam nessa”.
temos que ser amigos deles. Somos os pais e essa posição deve ser bem esta-
Fase fálica – 4 a 6 anos: É quando eles percebem as diferenças entre
belecida dentro de casa. Nessa hora não
os sexos, ou seja, que meninos têm pênis e meninas têm vagina. “Nessa fase,
dá para transferir a responsabilidade
muitos começam a se masturbar, mas isso é normal da idade. Pais, não se
para mais ninguém. Nem para a escola,
desesperem e não briguem com eles por essa razão. Cabe a vocês orientá-los
nem para as cuidadoras e nem para as
sobre o melhor momento e local para fazerem isso e, sobretudo, coordenar para
avós. Vale aquele antigo ditado: a escola
que não vire compulsão. Nessa fase também começam a brincar de ‘médico’,
ensina e a família educa”.
mas são só descobertas. Quando o adulto se depara com uma situação assim,
Confrontá-los com a realidade também é
fica em choque, mas calma gente, nessa idade eles não têm maldade nenhuma.
outra maneira de fortalecer emocional-
Para eles é só uma brincadeira. A maldade está na cabeça do adulto que vê a
mente as crianças, de acordo com a es-
situação. Porém, nessa fase precisamos ensiná-los sobre os cuidados com o
pecialista. “Nós colocamos nossos filhos
corpo, que não permitam que ninguém, além dos pais, coloque a mão no órgão
‘dentro de bolhas’ para protegê-los, mas
genitais deles, etc. Nesta fase também surge o complexo de Édipo, em que o
isso os enfraquece e os mantêm anal-
menino apresenta atração pela mãe e se rivaliza com o pai, e na menina ocorre
fabetos emocionais. Para reverter essa
o inverso”.
situação, precisamos fazer com que eles tenham contato com as emoções, tanto
Fase de latência – 6 a 11 anos: Nessa fase, a menina, que até en-
as boas quanto as ruins”, ensinou.
tão era apaixonada pelo pai, começa a se identificar com a figura feminina. E
Para que os pais tenham condições de
o menino que era apaixonado pela mãe, começa a se identificar com o sexo
lidar e passar segurança para essas
masculino. A partir daí eles passam a se espelhar nos pais. “Essa é a fase da
crianças, é necessário que estejam bem
escolarização. Neste período há o deslocamento da libido e da sexualidade para
psicologicamente e entre si, sugere a es-
atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em
pecialista. “Primeiramente, os pais pre-
atividades sociais e escolares”.
cisam estar preparados emocionalmente e ter maturidade para passar segurança
Fase genital – a partir de 11 anos: Marca o início da adolescência e
a essas crianças. O casal precisa estar
a retomada dos impulsos sexuais. Os hormônios estão em ebulição e isso os
bem, ter intimidade. Nós precisamos nos
desorienta, inclusive cognitivamente. “Os meninos por causa da testosterona,
preocupar e cuidar do nosso casamento
ficam de TPM 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. Ficam
assim como nos preocupamos e cuida-
mais bravos, irritados e mais agressivos. Os hormônios os deixam mais distraí-
mos dos nossos filhos”.
dos e dispersos. Eles se desconectam do mundo. É normal. Não batam boca com eles, por mais que eles queiram, negociem. Nós como pais, precisamos tentar entende-los nessa fase”.
[ 29 ]
É S O J O Ã S O Ã Ç EM A
ENSINO FUNDAMENTAL I Do 1º ao 4º ano
1º ANO
PROJETO GALINHA RUIVA Era uma vez uma galinha Ruiva, que
Por fim, colocaram “a mão na massa”,
morava com seus pintinhos em uma
fazendo um delicioso pão que foi assado
fazenda. Um dia percebeu que o milho
na sala de aula, aguçando o paladar das
estava maduro, pronto para colher e vi-
crianças. Segundo Erico Ciervo da turma
rar alimento. Tudo era muito trabalhoso,
15, “o melhor pão do mundo”. Quando
ela precisava da ajuda dos amigos para
pronto chegou o momento de degustá-lo
colher, debulhar, moer e fazer a farinha
acrescentando vários recheios gostosos.
para preparar um delicioso pão. Mas,
O aluno Murilo Rockenbach comentou:
ninguém quis ajudá-la, teve que fazer
“Podemos repetir até acabar porque
tudo sozinha. Na hora que o pão ficou
nunca comi um pão tão bom”. Após o
pronto todos quiseram saboreá-lo.
momento de degustação, os estudantes
Foi a partir dessa narrativa que os es-
levaram a receita para casa a fim de pra-
tudantes do 1º ano desenvolveram o
ticar com a família. A aluna Milena No-
projeto sobre alimentação. Durante as
vaes conta que o pão que fez ficou igual-
tardes, além de conhecer a história, tra-
zinho ao da sua professora “mas tive que
balharam com dobraduras, fantoches,
fazer duas vezes até acertar”. Foi muito
produção textual. Utilizando sequência
significativo esse projeto finalizado com
de imagens, confeccionaram o cenário da
a exposição dos trabalhos realizados em
história e construíram a receita do pão.
sala de aula.
HISTÓRIA DA ESCRITA
Como surgiu a escrita? Essa foi a per-
que logo iniciaram pesquisas e muitos
gunta realizada pelos alunos do primei-
questionamentos. Descobriram que nos-
ro ano a partir do projeto “História da
sos antepassados contavam narrativas
Escrita”. Para respondê-la, as professo-
passadas de geração em geração. Viram
ras buscaram, na literatura infantil, uma
que, na antiguidade, os registros eram
forma de explicar essa questão. A partir
feitos através de desenhos e que, pos-
das obras “Ana, o cachorro e a boneca”
teriormente, surgiram muitas outras re-
e “Ana, a família e o Baobá” da autora
presentações, entre elas, nosso alfabe-
Léia Cassol, os alunos conheceram uma
to. Perceberam que para ler e escrever é
personagem africana, com cabelo feito
necessário compreender o que os sinais
molinha de caderno, que adorava sua
representam e as regras para combiná-
boneca de pano. Seu avô, Griô, diante
-los. Em um jogo que não conhecemos
de tanta curiosidade, convida Ana para
as regras, não conseguimos entrar na
ouvir uma história ao redor da foguei-
brincadeira e, com a escrita, acontece a
ra, como faziam nossos antepassados. A
mesma coisa. Onde há desejo em apren-
história aguçou a curiosidade dos alunos
der existe espaço para novas discussões
[ 30 ]
e muitas aprendizagens.
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] Miniolimpíada Os alunos do 1° ano foram convidados a participar da Miniolimpíada 2019 em uma manhã bem animada junto às famílias, onde as crianças puderam brincar e se divertir com os colegas, professores e nosso convidado especial, o mascote Tony. A aluna Júlia Gobetti Tomazoni, relata que “a miniolimpíada foi muito legal porque teve muitas brincadeiras. Eu gostei muito de brincar com o balão e também de dançar com a mamãe.” Foi uma manhã em que as crianças puderam demonstrar suas habilidades motoras como o correr, saltar, girar e rebater através de jogos e brincadeiras lúdicas de forma espontânea e prazerosa. Parabéns, crianças! Vocês foram verdadeiros atletas!
PRIMAVERA Depois do frio, das folhas no chão, da falta das flores, do tempo cinzento, o sol cria forças, dos galhos secos surgem folhas. Os pássaros começam a cantar e as flores tímidas começam a tomar o seu lugar. A natureza rompe o frio, o silêncio para recomeçar, para iniciar uma linda estação. Talvez seja a mais linda, porque antes dela passamos pela dureza do inverno, onde a natureza se acaba para recomeçar. É a luta pela vida, força de querer brotar, se abrir ao novo, de cantar novamente, de viver. Essa é a Primavera! Tempo de alegria e cores! E, para comemorar a vinda dessa estação tão agradável, os estudantes do 1º ano desenvolveram o projeto “O colorido da Primavera”. Após uma atividade de contação de histórias sobre a referida estação, muito diálogo e pesquisas relacionadas ao assunto, os alunos foram organizados em oficinas e convidados a confeccionarem um divertido chapéu de jornal decorado com lindas flores. Todas as crianças foram para casa protegidas com seus chapéus coloridos, regados de criatividade e imaginação.
[ 31 ]
osé ãoão osé
1901
A FANTÁSTICA LOJA DE CHAPÉUS Em um lugar muito, muito, mas muito
neste cabide, os chapéus eram mágicos.
distante havia uma pacata cidade, com
Quando colocados na cabeça, imediata-
ruas delicadas, casas coloridas e pes-
mente acontecia algo esplêndido, uma
soas agradáveis. Esta cidade se cha-
experiência única, estupenda! O que
mava Sombreroville. Nessa cidade, fi-
será que acontecia? E foi com essa curio-
cava uma lojinha antiga de chapéus de
sidade que os alunos dos primeiros anos
muitas cores, de diferentes formas e
iniciaram suas aventuras e descobertas,
tamanhos. Havia até uns com modelos
na Fantástica Loja de Chapéus. Através
estranhos. Atrevo-me a dizer de gos-
de dança, canto e muita poesia, os es-
to duvidoso, mas que estavam lá, nas
tudantes viajaram por diferentes lugares
prateleiras, um pouco empoeirados pelo
e desvendaram esse mistério. Uma noite
tempo. Uns eram adquiridos, outros, no
mágica onde aprendizagem e encanta-
entanto, eram apenas apreciados pela
mento se entrelaçaram, culminando em
sua beleza ou esquisitice. Em um canto
um verdadeiro espetáculo. Certamente
escondido da loja, havia um cabide es-
um grande evento que ficará registrado
pecial! Diferente dos demais! Os mora-
na memória dos adultos e crianças que
dores mais antigos da cidade diziam que
fizeram parte desse momento.
SHOW DE TALENTOS
Entende-se que a aprendizagem acon-
Talentos. Durante o primeiro semestre,
tece na interação entre professor e alu-
as crianças do primeiro ano compartilha-
no, relação que explora a complexidade
ram um tempo precioso de convivência
do binômio ensinar e aprender. É falar
e aprendizado. Com espaço para expres-
de uma relação de troca. Troca de ex-
sar, aos colegas e professores, as suas
periências, de saberes e sabores que
habilidades, somando assim, incontáveis
emergem do conhecimento. Uma par-
aprendizagens. Tiveram a oportunidade
tilha mútua em que todos os envolvi-
de escolher e organizar os trabalhos a
dos acabam transformando a forma de
serem apresentados como mágicas, ex-
pensar sobre os assuntos abordados. A
periências, pesquisas, leituras, músicas,
aprendizagem é singular. É incontrolá-
danças, poesias, maquetes e outros ti-
vel. Ninguém aprende da mesma manei-
pos de manifestações artísticas e cultu-
ra. Ninguém aprende apenas o que se
rais. Esse projeto tornou as tardes mais
imagina ensinar, o que torna a interação
ricas, prazerosas e plenas de saberes.
enriquecedora, uma vez que respeita as
Favoreceram o desenvolvimento da ex-
habilidades de cada indivíduo e manei-
pressão oral, trouxeram novas possibili-
ra distinta de adquiri-las. Foi pensando
dades de ação no contexto escolar, en-
nessas múltiplas linguagens e formas de
riquecendo o processo de alfabetização.
aprender que surge o projeto Show de
[ 32 ]
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] PROJETO:
SEU ALFABETO VISITA MINHA CASA
As brincadeiras e os jogos desempe-
conhecer ele!” disse Georgia Lorenzoni
migo. Foi legal poder jogar e aprender a
nham um importante papel para o de-
Schiavenin. Durante as tardes, surgem
escrever as palavrinhas com o meu novo
senvolvimento da criança. É o momento
comentários sobre as vivências com o
amigo”, relatou Rafael Lorenzi Foppa. É
em que ela poderá expressar suas fanta-
personagem “... de noite, na hora de
gratificante perceber a mobilização das
sias, seus desejos, medos, sentimentos
dormir vesti meu pijama no Seu Alfa-
famílias para a chegada do persona-
e os conhecimentos que vai construindo
beto, para que ele ficasse quentinho!”,
gem e as percepções posteriores a sua
a partir das experiências que vive. Foi
destacou Milena Giusto Segat. Já Maria-
visita. “O Seu Alfabeto é o mascote da
pensando na importância dessas vivên-
na Duarte Comin conta que o persona-
turma. Sim, um amigo. Eu entendo, ele
cias que, as turmas dos Primeiros Anos
gem foi para natação “... coloquei óculos
leva muita subjetividade. São as brinca-
criaram o projeto “Seu Alfabeto visita
de mergulho e sunga, mas minha mãe
deiras das salas, as próprias relações e
minha casa”, baseado no livro “O aniver-
disse que ele não podia mergulhar. En-
vínculo que eles fazem na escola, o ca-
sário do Seu Alfabeto” – de Almir Pie-
tão ficou sentado me olhando e depois
rinho da professora, entre outros. Estar
dade. Durante alguns meses, os alunos
brincamos lá na minha casa”. “Eu fiz
conhecendo o ambiente e rotina familiar,
receberam a visita do boneco Seu Alfa-
muita coisa com o Seu Alfabeto. Brin-
desperta ainda mais essas sensações.
beto e junto dele uma sacola encantada,
quei, fiz os jogos e até dormi com ele”,
Por isso, é tão esperado e amado por
contendo jogos e atividades para rea-
afirmou Matheus Brum Gluck. E, assim,
todos, além de estar contribuindo com
lizar juntamente com a família. Com a
cada criança pôde conviver com o perso-
a conquista do processo da alfabetiza-
proposta foi possível observar a alegria
nagem, brincando, jogando, partilhando
ção: leituras, letras e palavras. É lindo
no rosto de cada criança ao receber um
momentos mágicos. As famílias também
mesmo ver nas crianças essa admiração
amigo diferente em seu lar. “Não vejo
fizeram parte desta linda proposta, par-
por algo que parece tão simples!”, desta-
a hora de poder levar o Seu Alfabeto lá
ticipando e envolvendo-se com as ativi-
cou Simone Bohm Flamia, mãe da aluna
em casa. Minha mãe está curiosa pra
dades. “Lá em casa todos jogaram co-
Luana.
[ 33 ]
osé ãoão osé
1901
TEMPO DE BRINCAR Desde muito cedo, os brinquedos e brincadeiras ocupam espaço no imaginário infantil e são repletos de significados e afetos. Através do brincar, a criança desenvolve elementos fundamentais na formação da personalidade, visto que aprende, experimenta situações, organiza suas emoções, processa informações, constrói autonomia de ação, entre outros. Pensando nessa importância, os alunos do 1º ano desenvolveram o projeto “Tempo de brincar”. Em parceria com as famílias cada estudante foi desafiado a construir um brinquedo a partir de materiais alternativos, com o intuito de proporcionar um momento lúdico, despertar a criatividade e, acima de tudo, perceber que construindo nossos brinquedos eles podem ser mais interessantes, divertidos e únicos. Após muita diversão, os brinquedos fizeram parte de uma exposição para apreciação de todas as famílias.
viagem de estudos ecoviv No mês de junho, as crianças do primeiro ano vivenciaram momentos significativos no passeio para ECOVIV na cidade de Nova Petrópolis. Lá, participaram de uma trilha ecológica juntamente com a personagem Branca de Neve. Na trilha, observaram a natureza, descobriram curiosidades sobre alguns bichinhos como abelhas, coelhos, minhocas. No caminho da trilha se encontraram com a bruxa malvada e os sete anões. O desfecho dessa história aconteceu na casa da Branca de Neve com a participação das crianças. Nossos pequenos andaram de carretão, teleférico, barquinho, depois Esse passeio resultou em muitas experiências, momentos inesquecíveis
brincaram em um parque cheio de desafios como
sorrisos e aprendizagens.
pontes, cordas e carrinho de lomba. Um almoço gostoso e lanches feitos com ajuda da Branca de
O passeio foi sensacional, aprendi que as árvores com troncos verdes são mais saudáveis.” Marcela Ribeiro 7 anos
[ 34 ]
“O nosso passeio foi maravilhoso, amei brincar com os meus amigos e passar um dia inteirinho respirando ar puro.” Júlia Gobetti Tomazoni 7 anos
““As abelhas são insetos voadores e fazem a polinização, é só a gente não mexer com elas que elas não picam. Só atacam se acharem que estão ameaçadas.” João Antônio Hunter 7 anos
Neve foram oferecidos, tornando o passeio mais prazeroso e divertido. As crianças amaram e construíram muitas aprendizagens como podemos observar em alguns comentários:
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] As Mais Belas Páginas Escritas “Como é importante ter amor no coração, não
Jesus nos deixou, como guias na formação de
é profe!”. Com este comentário puro e singelo
crianças de bem e felizes!“. Na Bíblia, estão os
da aluna Carolina Perussato Marques, demos
ensinamentos de amor que Jesus falou há mais
início a um belo momento de reflexão e troca
de dois mil anos. “Há mais de dois mil anos?”,
de lindas mensagens entre os estudantes do
questionou, espantada, a aluna Carolina Da-
segundo ano a partir do projeto intitulado“ Bí-
neluz Alves. “Então é tudo muito velho!”, co-
blia: as mais belas páginas escritas”. Com base
mentou o aluno Marco Antônio Olmi. Em meio a
nas parábolas “O Semeador” e o “Filho Pródi-
muitos sorrisos, descobrimos que mesmo sen-
go”, os alunos foram convidados a trazerem,
do tão antiga, a Bíblia continua atual e precisa
para o tempo presente, todos os ensinamentos
se fazer presente na vida das pessoas. Acre-
contidos nestas passagens além de confeccio-
ditamos e torcemos para que, com estes ensi-
narem uma pequena bíblia com desenhos e fra-
namentos os alunos se tornem seres de bom
ses especiais. “São histórias repletas de amor,
coração, que saibam respeitar e cuidar uns dos
caridade e humildade” - afirmam as professo-
outros com carinho e amor; muito AMOR!
ras envolvidas. “Elas trazem os exemplos que
A caixa de Jéssica O período de volta às aulas sempre traz uma
que o maior presente que podemos oferecer
dose, maior ou menor, dá aquele friozinho na
aos colegas é a amizade. Entre uma palavra e
barriga. Depois de um tempo de descanso, é
outra as crianças iam relatando suas experiên-
momento de retornar a rotina, reencontrar os
cias. “Eu sempre fico nervoso no início do ano e
amigos, professores, conhecer a nova dinâmi-
sinto uma dorzinha na barriga” contou o aluno
ca de trabalho. São muitas novidades! E, para
Lucca Pezzi Fontana. A história despertou ex-
receber essa criançada cheia de vida os pro-
pectativas entre as crianças que começaram a
fessores do 2º ano prepararam uma dinâmica
verbalizar suas angústias “Será que conseguirei
muito especial a partir do livro “A Caixa Jés-
fazer novos amigos?”, “Será que aprenderei coi-
sica”, de Peter Carnavas. A narrativa retrata a
sas novas?”, “Vou conseguir escrever com letra
história de uma menina que esperava ansiosa
cursiva?”. Após muito diálogo cada professora
seu primeiro dia de aula acreditando que seria
abriu uma caixa surpresa. Nela um mimo para
o momento especial de encontrar muitos ami-
cada criança como sinal de um ano que inicia.
gos. Durante vários dias pensou em diferentes
“Eu adorei o presente, achei muito bonitinho!”,
estratégias para chamar a atenção dos colegas
disse a aluna Marina Bortolini. Para finalizar a
como levar uma caixa surpresa com seu urso de
atividade cada turma construiu junto às profes-
brinquedo dentro, distribuir bolinhos de lanche
soras um cartaz para fixar na porta de cada sala
para todos, até levar seu cachorro entrou na es-
de aula. Nele uma grande caixa com o dese-
tratégia. Mas, as táticas de Jessica não deram
nho de todos os colegas da turma simbolizan-
muito certo. Até que, um dia a menina levou a
do um presente que as professoras receberam
caixa vazia e quando foi abri-la de dentro saiu
para cuidar durante todo ano de 2019. Agora é
um menino. Que maravilha! Um novo amigo!
trabalhar e aguardar para ver as surpresas que
Ambos saem brincando pela escola mostrando
estes pequenos presentes nos trarão!
MISSA DAS MÃES
É comum, no Brasil, a comemoração do Dia das Mães em todo segundo domingo de maio. Essa data já se tornou sinônimo de afeto, carinho e na nossa escola um momento especial de homenagem para aquela pessoa que zela pelo cuidado. Este momento foi marcado por uma celebração na Catedral Diocesana no dia 11 de maio onde as crianças do 2º ano do Ensino Fundamental I cantaram e entregaram um coração simbolizando o carinho por aquela que nos deu a vida.
[ 35 ]
osé ãoão osé
2º ANO
1901
POLIESPORTIVO DOS JOGOS ANTIGOS: TÚNEL DO TEMPO Que tal entrar no clima do projeto “Túnel do Tempo” resgatando brincadeiras antigas que animavam nossos pais e avós quando crianças?
O computador, o videogame e a televi-
Tempo” também nas aulas de Educação
o trabalho em equipe, a cooperação, o
são têm tomado o lugar das atividades
Física. Eles pesquisaram jogos e brinca-
senso de participação, a autoconfiança,
ao ar livre em toda a sociedade, tirando
deiras favoritas das famílias e após vi-
além da concentração e da força de não
da criança a oportunidade de descobrir a
venciaram os mesmos nas aulas. Foram
desistir facilmente das coisas que bus-
importância dos jogos e brincadeiras que
momentos em que todos aprenderam
camos. “Aproveitamos o momento para
não precisam de tecnologia para diver-
jogos novos e perceberam o quanto é
fazer o nosso corpo se mexer e descobrir
tir. “Antigamente as crianças não tinham
divertido e prazeroso as atividades de
o que divertia nossos pais na época em
tantos brinquedos como as de hoje e,
seus pais e avós. Refletiram sobre as
que eles eram crianças”, relata a aluna
por isso, tinham que usar mais a criati-
brincadeiras do passado e do presente
Manuela Graminho no início das brinca-
vidade para brincar”, relata o aluno Vitor
e perceberam as diferenças e o valor de
deiras das Olímpiadas. A professora Ga-
Popsin Prux da Rosa. Usavam tocos de
cada tempo. Pensando nisso, resgata-
briela, professora de Educação Física e
madeira, pedrinhas, legumes e palitos
mos algumas dessas brincadeiras e jo-
mediadora desse projeto, acredita que,
para fazer animais, além de brincadeiras
gos em um projeto chamado “Olimpía-
“quando participam de brincadeiras ins-
como amarelinha, cinco Marias, pé de
das das Brincadeiras Antigas”, realizado
piradas nos Jogos Antigos, as crianças
lata ou de madeira, elástico, queimada,
no Poliesportivo do Colégio São José,
são apresentadas a novas modalidades,
pega-pega, pular corda, assim, se di-
com o objetivo de permitir que as crian-
o que pode despertar novos talentos e
vertiram por décadas e décadas. “Minha
ças vivenciassem, aprendessem e se
interesse por desafios, além de fazer
mãe me contou que, a mãe dela, minha
divertissem com brincadeiras clássicas
com as crianças desenvolvam a criati-
avó, brigava com ela para ela entrar em
que animavam os seus pais e avós na
vidade.” As brincadeiras antigas propor-
casa, pois eles adoravam brincar na rua
infância deles. As brincadeiras antigas
cionam inúmeros benefícios, tanto no
e no pátio de casa. E, hoje, ela briga co-
funcionam como pontes para o passado,
desenvolvimento físico, quanto na lin-
migo para eu largar o celular e ir brincar
pois, quando as crianças brincam, elas se
guagem, raciocínio, percepção, memória
lá fora”, contou Fernanda Acosta, com
defrontam, o tempo todo, com vestígios
e pensamento, ou seja, no desenvolvi-
muita alegria e entusiasmo. O mundo
que as gerações mais velhas deixaram.
mento intelectual. No projeto, foram
de descobertas e novas aprendizagens
Além disso, foi um bom motivo para in-
resgatadas brincadeiras como, as cinco
através do brincar, foi o que aconteceu
centivar as crianças a vivenciarem brin-
Marias, pular corda, pé de madeira, elás-
com os alunos do 2º ano do Ensino Fun-
cadeiras antigas, realizando atividades
tico, pega-pega e queimada. As crian-
damental, durante o projeto “Túnel do
de forma cooperativa, para estimular
ças foram divididas em seis grupos e as
[ 36 ]
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ]
brincadeiras em seis estações. Então,
no chão, pegar outra peça. Depois tentar
pegar um amigo. Caso esse fosse pego,
cada grupo de crianças passava pelas
pegar duas, três, ou mais, ficando com
se tornava o pegador. A corda foi um de-
diferentes estações de brincadeiras e,
todas as peças na mão. Já com a brin-
safio para muitas crianças, mas foi uma
conforme o sinal da professora, muda-
cadeira de pé de madeira, as crianças
estação bem divertida, onde elas eram
vam de estação para participarem de to-
puderam caminhar com pequenos blo-
desafiadas a pular corda. Para valorizar
das as brincadeiras. Uma tarde cheia de
cos de madeiras segurando uma corda
a participação dos alunos e o empe-
resgates, aprendizagens e muita alegria.
com as mãos. Precisavam da ajuda das
nho de cada um nas estações de jogos
“É muito legal poder brincar das mesmas
mãos para erguerem os pés do chão e
e brincadeiras antigas os alunos foram
coisas que meus pais brincavam quando
conseguiram caminhar. “É muito fácil e
presenteados com medalhas de honra ao
eram crianças”, relata a aluna Paula Zat-
divertido, mas precisa de bastante equi-
mérito. Ao final do projeto, pudemos per-
ta, com grande afeto. Cada brincadeira
líbrio”, fala Eduarda Paoletti Dallegrave.
ceber que as crianças adoraram resgatar
do projeto foi pensada e trabalhada de
Na estação que tinha a brincadeira do
brincadeiras tradicionais e vivenciadas
forma a apresentar a brincadeira para as
elástico, duas crianças eram responsá-
pelos seus familiares quando crianças.
crianças, destacar regras e limites para
veis por segurar o elástico, enquanto a
Alcançamos o interesse e a curiosidade
brincar de forma organizada e apro-
outra realizava uma sequência de saltos
através das atividades desenvolvidas no
veitar ao máximo aquele momento. As
e manobras, usando as pernas e pés sob
resgate à cultura popular reconhecendo
cinco Marias foram trazidas por alguns
o elástico. O aluno Victor L. Heidges fala
a brincadeira como elemento do desen-
alunos. Muitos ainda relataram que foi
com grande alegria: “Essa é uma brin-
volvimento infantil. As brincadeiras são
a avó que confeccionou como no caso
cadeira desafiadora, precisa de muita
um dos elementos fundamentais para
da aluna Alana Dall Onder Cardoso, que
concentração e eu adorei brincar disso”.
construção dos conhecimentos necessá-
conta que “minha avó que fez e me deu
A brincadeira de queimada foi realizada
rios à vida em sociedade. A forma como
de presente. Ela me ensinou a jogar e
com equipes. Cada equipe arremessa-
as crianças brincam refletem sua forma
às vezes eu e minha mãe brincamos lá
va a bola para acertar em uma criança
de ver, entender e aprender o mundo.
em casa.” “Também trouxe e foi minha
que estava no centro e caso conseguis-
Sendo assim, é de suma importância o
avó que fez, ela também me ensinou a
se, essa criança deveria seguir para a
seu resgate no ambiente escolar.
jogar”, logo ressalta a aluna Isadora da
equipe da criança que acertou e o jogo
Silva Balen. Brincamos lançando uma
continuava. Na brincadeira de pega-pe-
pedra para o alto e, antes que ela caia
ga uma criança era o pegador e tentava
[ 37 ]
osé ãoão osé
1901
Túnel do tempo Compartilhando o melhor arquivo: Nossa Infância
Um cientista preocupado com a infân-
iniciaram a noite do dia 30 de agosto,
cidade da vida, aproveitando o tempo da
cia observa que as crianças de hoje es-
com a apresentação do projeto “Com-
melhor maneira, conectando-se no que
tão muito envolvidas com a tecnologia.
partilhando o melhor arquivo: Nossa
realmente tem sentido: a família. Os
Diante da situação resolve criar uma
Infância”. No período que antecedeu
alunos demonstravam alegria no olhar
máquina para parar o tempo, pois acre-
o projeto, os alunos fizeram um lindo
e os pais emocionados puderam reviver
dita que assim conseguirá analisar as
resgate cultural. Através de pesquisas,
um pouquinho do seu melhor arquivo, a
perdas obtidas com o avanço tecnológi-
desvendaram a infância dos seus pais,
sua infância, sendo muito bem represen-
co. No entanto, na construção, algo sai
avós e as descobertas transformaram-
tada pelos seus filhos. Através das falas
errado e a máquina acaba o conduzindo
-se em uma linda apresentação. Após
dos pais, podemos sentir um pouco de
para o passado, levando-o resgatar as
muitas aventuras e recordações, uma
como foi este momento...
memórias da sua própria infância. Foi
mensagem final direcionada às famílias
assim que as turmas do Segundo Ano
para que voltem a dar sentido à simpli-
“Todas as apresentações de cada turma tiveram cenas que me fizeram lembrar de momentos que eu vivi na minha infância, até de algumas coisas que eu adorava e já tinha esquecido. Como foi bom e como me senti feliz em poder ter lembrado dos meus momentos de criança.” Família da Bianca Monegat Dallagnol Turma 23
[ 38 ]
“...houve uma coerência e sequência de enredo em todo o espetáculo e finalizando com a música Desconecta, deixando muitos pais emocionados, muitos chorando e outros repensando sobre o desconectar um pouco e se fazer presente no hoje na vida de seu filho. Devemos resgatar mais o lúdico e equilibrar a tecnologia para vivermos com mais criatividade e com elos de afetos.” Família da Cecília Albert Bauler – Turma 21
“A escolha do tema foi importantíssima diante da realidade em que vivemos: saber dosar o uso dos eletrônicos, fazendo com que jamais se sobreponha às conexões pessoais de amizade e de convívio familiar...Revivemos o passado e sentimentos de nostalgia vieram à mente: rimos e também enchemos os olhos de lágrimas.” Família da Valentina Dall’Agnol de Castilhos Turma 22
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ]
Explorar o mundo através dos cinco sentidos foi a proposta do projeto “Aprendendo com os sentidos”, elaborado pelos professores do 2º ano. Com uma caixa surpresa, os alunos tentavam identificar, através da visão, paladar, tato, olfato e audição, os elementos disponibilizados nela. Ao se depararem com a caixa as crianças ficaram ansiosas para descobrir o que havia dentro, demonstrando, em
3º ANO
OS SENTIDOS VIVÊNCIAS SOBRE OS CÍRCULOS DE CONSTRUÇÃO DE PAZ No mês de maio foi realizada uma atividade no Centro Esportivo São José com o objetivo de estreitar vínculos fraternos entre os alunos dos 3ºs Anos. É relevante destacar que os Círculos de Construção de Paz e Resolução de Conflitos é uma metodologia de facilitação de diálogo. Esta
alguns momentos, medo em colocar as
proposta, assumida por toda a escola, se faz necessária,
mãos em algo desconhecido. Durante
devido à importância de auxiliar a criança e o adolescente,
a atividade, Pedro Henrique Debastiani
desde cedo, a resolver os conflitos do cotidiano e respeitar
relata, “profe, eu estou ouvindo o baru-
e lidar com as diferenças de maneira pacificadora. Com
lho e sentindo o que é esse objeto”, de-
base nesta metodologia, os professores dos 3º anos, reali-
monstrando que utilizamos mais de um
zaram uma atividade diferenciada no Centro Esportivo São
sentido simultaneamente para interpre-
José. A amizade, respeito, bem querer, responsabilidade,
tar as sensações do meio. Sofia Cardoso
companheirismo, solidariedade, afeto, entre outros valores
Hunter percebeu que, com o olfato, era
foram pauta no Círculo. O facilitador teve a responsabili-
possível perceber os cheiros das coisas
dade de criar um clima de confiança, afeto e segurança,
e alerta “profe, o olfato ajuda a perce-
proporcionando um ambiente agradável e favorável para
ber se o cheiro é ou não de um produto
que cada criança se sentisse à vontade para expressar
perigoso”. E foi através dessas e outras
seus sentimentos. Os alunos contribuíram com depoimen-
experiências que os alunos perceberam
tos, “precisamos aprender a conviver e respeitar todos os
que os cinco sentidos trabalham juntos e em harmonia e que precisamos desenvolvê-los diariamente com os mais variados estímulos. Descobrir o mundo, realizando experiências através dos órgãos sensoriais, causou diferentes sensações nos alunos dos segundos anos.
colegas. Ser amigo, verdadeiro e com esperanças”. Após, no pátio externo, foi realizado um grande círculo com todos os alunos, onde todas as turmas com suas mensagens, soltaram balões em favor da paz entre todos, finalizando este encontro com a música “Só o amor, muda o que já se fez” do Roupa Nova.
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osé ãoão osé
1901
3º ANO
PROJETO LIVRO DIGITAL O que você fez pelo seu planeta hoje?
as características próprias do gênero de
Esse foi o tema proposto para o Proje-
texto trabalhado. A construção dos diá-
to Oficina do texto 2019, realizado nas
logos, a coerência na escrita, o uso da
aulas de informática em parceria com o
pontuação adequada foram alguns itens
portal educacional. Através dos perso-
importantes a serem observados na hora
nagens de Ziraldo, os estudantes foram
da construção do material. Para finalizar
convidados a escrever uma história em
o projeto, a partir de uma versão vir-
quadrinhos, buscando pensar coletiva-
tual, cada obra foi transformada em um
mente em melhorias na qualidade de
exemplar único de um texto impresso
vida das pessoas e saúde do Planeta.
e entregue para cada criança. Victória
Para Ananda Dahmer Ramos, a escrita do
Kahler Corrêa destaca: “Adorei escre-
livro foi muito importante porque além
ver meu próprio livro. Aqui na escola já
de mostrar que boas atitudes diárias
somos experientes na escrita de livros,
são fundamentais ainda “somos autores
pois todos os anos passamos por esse
de uma história que ajuda a preservar
projeto, mas a cada ano se torna mais
o Meio Ambiente”. O projeto exigiu dos
divertido”.
alunos empenho e estudo, explorando
BIBLIOTECA INFANTIL A biblioteca infantil do colégio São José
o 3º ano participou do projeto “Conhe-
é um espaço lúdico com uma proposta
cendo o Folclore”. Nessa tarde, os alunos
de mediação de leitura. Nesse ambien-
vivenciaram um jogo onde eles eram as
te, os alunos participam de atividades
peças de um grande tabuleiro. No cen-
de contação de histórias desenvolvendo
tro, havia caixas com parlendas, trovas,
o gosto e o prazer em ler. Aqui, eles têm
músicas infantis, acalantos, adivinhas,
acesso ao vasto mundo literário através
trava-línguas, brincadeiras, narrativas,
de obras clássicas, histórias de ficção,
personagens, ditado popular e crendi-
aventura, folclore, entre outros gêneros.
ces. Durante o jogo os estudantes, além
Assim, a biblioteca leva uma gama de
de se divertirem, resgataram as histórias
opções ao leitor, promovendo o conta-
e o acervo que fazem parte do folclore.
to agradável e estabelecendo uma re-
Esse universo que permeia a imaginação
lação afetiva, emotiva e sensorial com
e a fantasia desperta nos alunos a von-
os livros. A contação de histórias para
tade de sempre visitar a biblioteca e de
os estudantes do 3º ano, bem como nos
nela permanecer por mais tempo. Pro-
demais níveis de ensino, são planeja-
porcionar momentos como esse torna a
das, compatibilizadas com os projetos
leitura mais prazerosa.
pedagógicos, dialogam com os conteú-
importância da mediação da leitura no
dos que são estudados pelos alunos.
espaço escolar, quando as crianças rela-
Entre tantas estratégias de mediação,
tam sobre estes momentos.
“A biblioteca infantil é ótima! Lá eu posso ver livros inéditos e encantadores! É diversão garantida”. Fernando Correa Fay De Azevedo Turma 33
[ 40 ]
Percebemos a
“A biblioteca infantil me faz ter boa criatividade, me faz aprender bastante coisa, como novas palavras, ler melhor e também me faz ter boa imaginação. Eu gosto da biblioteca infantil”. Arthur Sirena Manara Turma 33
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] Projeto Guardiões do Meio Ambiente Nosso planeta é afetado por vários pro-
mos separar o lixo para que os rios e o
blemas ambientais, muitos deles pro-
mar não fiquem mais poluídos. Precisa-
vocados por diversas ações humanas.
mos evitar que o lixo continue matando
Estes problemas comprometem a fauna,
os animais”. O envolvimento dos alunos
flora, solo, águas, ar e, consequente-
foi tão grande que decidiram se enga-
mente, as pessoas. Pensando nisso, os
jar em outra campanha fora do contexto
estudantes do 3º ano desenvolveram o
escolar: a Campanha Plástico do Bem.
projeto “Guardiões do Meio Ambiente”.
Nela, os alunos arrecadaram tampinhas
A partir do tema, as crianças iniciaram
que foram destinadas ao Programa Flo-
pesquisas e estudos sobre a importância
rescer com o objetivo de vendê-las para
da preservação e proteção dos recursos
reciclagem e arrecadar fundos para
naturais. Entre tantos trabalhos, desta-
aquisição de um parque para as crianças
camos a Campanha do Lixo. Durante o
do projeto. A culminância aconteceu no
recreio, grupos de alunos, caracteriza-
dia 13 de agosto. Nessa data, um gru-
dos como “Guardiões do Meio Ambien-
po de crianças, representando os alunos
te”, conscientizavam os colegas sobre a
do 3º ano, visitou as dependências do
importância de deixar o pátio da escola
Programa, na sede da empresa Ran-
limpo, colocando cada tipo de resíduo no
don, onde trocaram experiências com as
coletor correto. Segundo o aluno Gabriel
crianças do projeto, conversaram sobre
Coelho, é muito importante colocar cada
a preservação ambiental e a importância
recipiente no local correto, pois “colocan-
da reciclagem. Na sequência, fizeram a
do cada lixo no seu lugar, podemos re-
entrega das tampinhas recolhidas du-
ciclar”. Enquanto o grupo dos Guardiões
rante a campanha. Thiago Vial relata sua
cumpria sua missão no pátio, outros fa-
experiência dizendo que “ser Guardião
ziam paródias, rap, liam mensagens so-
do Meio Ambiente foi uma experiência
bre a importância do destino correto do
muito legal. “Aprendi a importância de
lixo no auto falante da escola, passando
separar o lixo, ajudando os outros e o
seus recados para todos estudantes do
planeta”.
colégio. Nas conclusões do aluno Davi Siqueira De Boni da Silva, “nós precisa-
A magia da infância Em comemoração ao “Dia das Crianças”,
emoções, explorar o mundo com con-
os terceiros anos tiveram uma semana
fiança e se comunicar. Crianças apoia-
para lá de divertida! Além de explorar
das têm mais chances de serem adultos
o tema infância, destacando os direi-
positivos e seguros. Além de estudar e
tos e deveres presentes no Estatuto
refletir sobre situações referentes à in-
da Criança e do Adolescente (ECA), os
fância, buscando sempre alternativas
estudantes foram convidados a pensar
para resolução dessas questões, os es-
em situações reportadas sobre a violên-
tudantes participaram da confecção de
cia infantil. Lívia Ferreira relata o amor
painéis, da degustação de um delicioso
que sente por sua família dizendo que
picolé, cinema com pipoca e ainda um
é nela que se sente segura. Além dis-
grande show de talentos. Momento em
so, destaca que adora ser criança, pois
que demonstraram como é simples ser
“brincamos, estudamos e temos o amor
feliz no mundo da criança! Kauã Vent-
de nossas famílias”. Sabemos que a con-
tura relata que “a semana da criança na
fiança é muito importante na relação
nossa escola é muito especial, podemos
entre pais e filhos, pois ao confiar no
brincar e ser feliz”!
adulto, a criança aprende a regular suas
[ 41 ]
osé ãoão osé
1901
viva una bela giornada Falar da cultura Italiana, dos nossos an-
dizendo que através dele, pôde conhecer
tepassados, da vida difícil desse povo que
um pouco mais da cultura da cidade que a
veio da Itália e construiu uma história
acolheu e seus familiares. “Eu gostei bas-
em nossa cidade foi o grande objetivo do
tante de Caxias do Sul, principalmente
projeto “Viva una Bela Giornada”, tema
da escola que me ensinou sobre a cidade
da Festa da Uva de 2019. Através de pes-
e a Festa da Uva. Uma tarde conheci a
quisas em acervos fotográficos, vídeos,
rainha e as princesas, onde tivemos um
documentários, os estudantes puderam
encontro bem caloroso”. Além das ativi-
conhecer um pouco mais da história de
dades de sala de aula, os estudantes par-
Caxias do Sul fazendo comparações so-
ticiparam de uma oficina de culinária no
bre as mudanças que a cidade sofreu ao
centro Poliesportivo. Jasmym Gadelha de
longo desses anos. Descobriram que era
Santana descreve que de todo projeto o
hábito dos primeiros imigrantes uma cer-
que mais gostou foi “fazer um mousse de
ta reverência à terra e à colheita, como
Uva e depois degustar”. Uma verdadeira
elo entre as pessoas e como respeito
experiência de resgate cultural através da
pela dádiva do alimento. Helena Gritz,
valorização das nossas tradições
aluna da turma 33, apreciou o projeto
REVIVENDO A TRADIÇÃO
Este ano, o Projeto Revivendo a Tradição
campeira. De lanche, saborearam um de-
cos. Através de poesia, dança, teatro, jo-
abordou, em sua apresentação, a diver-
licioso salsichão. Para organizar as dan-
gral, as crianças apresentaram a culiná-
sidade cultural do Rio Grande do Sul. Du-
ças contamos com a colaboração dos pro-
ria, a indumentária, as lendas gaúchas,
rante os meses de agosto e setembro os
fessores Neto e Luana do CTG Rincão da
as músicas e o bom chimarrão. Para fi-
estudantes realizaram pesquisas, parti-
Lealdade. A culminância do projeto ocor-
nalizar, os estudantes cantaram a música
ciparam de uma palestra com a profes-
reu no dia 27 de setembro com o tema
“Conheça o Rio Grande“. Um convite para
sora de história Eliz Regina Perotoni De
“Museu dos Pampas”. Na sua 26ª edição,
prestigiar as belezas da nossa terra: o ar
Oliveira, que veio explanar sobre a cul-
a noite de sexta-feira lotou o auditório
puro, o perfume das flores, o sol, e a hos-
tura gaúcha e seus costumes. No centro
do Colégio com familiares dos alunos dos
pitalidade do gaúcho. Uma noite emocio-
Poliesportivo, os alunos participaram da
3º anos trazendo a história da Revolução
nante que ficará registrada na memória
mateada e trabalharam sobre a culinária
Farroupilha e seus personagens históri-
de todos que participaram do projeto.
[ 42 ]
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] VEGETAIS No mês de agosto, os estudantes dos 3º
integrar o projeto: o estudo referente
anos iniciaram uma jornada de pesqui-
às partes, funções e cuidados necessá-
sas sobre os vegetais. No Mundo Verde,
rios para germinação, atividades envol-
além de compartilhar as aprendizagens,
vendo contação de histórias, criação de
iniciaram uma plantação de tomates ce-
um álbúm sobre o tema abordado, entre
reja enfatizando a importância dos ve-
outros procedimentos. Após um período
getais para uma alimentação rica em
de espera e cuidado chegou o momento
vitaminas. Érick Camargo Branco obser-
de degustar a produção.
vando o procedimento do plantio relata:
to feliz em comer e ver que realmente
“Eu nunca tinha visto, que a terra suga-
o tomate explode na boca igual ao da
va a água! Na minha casa, é plantado
história que a profe contou”, relata Hen-
direto na terra e não tinha visto esse fe-
rique Fochesatto Sperandio referindo-se
nômeno...”. A partir do cultivo, os alunos
à obra “Tudo vem da terra... até os to-
passaram acompanhar o crescimento
mates explosivos!”, das autoras Gisel-
da planta descrevendo as etapas do seu
la Cassol e Regina Vieira. Segundo as
desenvolvimento. Diariamente, as crian-
professoras e mediadoras do projeto, é
ças iam até a plantação e admiravam-se
muito importante essas práticas que es-
com pequenas mudanças. “Nossa! Que
timulem a observação, a experimenta-
susto ver as sementes daquele tamanho
ção e a pesquisa, vivências que auxiliem
e depois perceber o quanto cresceu...”,
o estudante a refletir sobre os processos
diz Gabriela Castilhos Alessandrini. En-
e construir, a partir deles, aprendizados
quanto as plantas iam crescendo, ou-
importantes.
“Fiquei mui-
tras atividades foram planejadas para
QUINTA DA ESTÂNCIA Os alunos do terceiro ano do Ensino Fun-
Sul. Conheceram a herança indígena que
damental I têm como Projeto principal
contribuiu para a cultura gaúcha. Após
conhecer e vivenciar a cultura gaúcha,
a explanação, o aluno Davi Siqueira De
participando de oficinas que propiciam
Boni da Silva destaca que “os índios
o contato com os costumes e histórias.
nos passaram muitos conhecimentos e
A culinária, o carreteiro, o uso dos ins-
costumes que ainda hoje preservamos
trumentos na confecção do chimarrão, a
como uso de chás e ervas para curar fe-
lida no campo, a vestimenta da prenda e
ridas”. A origem da vestimenta e da nos-
do gaúcho, as músicas que traduzem as
sa bandeira, o processo de preparação
histórias da nossa tradição, como nos-
da erva-mate, as lendas que contam de
so lindo hino e batalhas que marcaram
forma lúdica fatos e costumes ainda pre-
a Revolução Farroupilha, foram alguns
servados, os cuidados com os animais
temas abordados em aula e vivenciados
e a forma de sustento com o material
na viagem de estudos realizada no dia
obtido através da tosquia, do couro, de
1º de outubro, na propriedade Quinta da
produtos de origem animal usados para
Estância, em Viamão. “Que ótimo ter-
o consumo e venda nas zonas urbanas
mos um lugar histórico perto da nossa
também foram temas abordados na via-
cidade que mostra e explica como tudo
gem. Enfim, uma oportunidade de vi-
aconteceu no passado, e mais, momen-
venciar o conhecimento em um grande
tos da Revolução que se passaram nes-
museu a céu aberto sobre a história do
sas terras e agora estamos aqui. É muita
nosso estado. “Foi muito bom o passeio.
emoção”, destaca Anthonia Boufleuer de
Todos nós devemos ter o respeito pela
Oliveira. Durante a viagem, os estudan-
nossa tradição”, relata a aluna Valentina
tes aprofundaram seus conhecimentos
Corsetti Segatto.
referentes à história do Rio Grande do
[ 43 ]
osé ãoão osé
4º ANO
1901
AVANTE SÃO JOSÉ Sabemos que uma das inquietações das
Em novembro, no Centro Esportivo São
crianças e das famílias refere-se à pas-
José, os estudantes deram continuidade
sagem dos alunos para o Ensino Funda-
ao Projeto, participando de oficinas de
mental II, quando eles deixam de ter
Ciências, História e Artes com os profes-
apenas uma docente e passam a ter
sores do Ensino Fundamental II. Nesse
várias. Diante desta realidade, as pro-
momento, puderam vivenciar a rotina,
fessoras do 4º ano, junto do Soe, orga-
o formato da organização diária, a troca
nizaram o Projeto "Avante São José". No
de professores e ainda esclarecer suas
início deste ano, os alunos construíram
dúvidas relacionadas a essa nova etapa
uma mala com o propósito de guar-
escolar. Um momento que certamente
dar toda a bagagem que gostariam de
ficará registrado na memória afetiva das
lavar para o ano seguinte: aprendiza-
crianças.
gem, vivências, lembranças, amizades.
COLÔNIA ITALIANA Para compreender melhor como ocorreu a colonização italiana na nossa região, os estudantes do 4º ano criaram o projeto “Colônia Italiana”. Através de pesquisas, os alunos descobriram que ao se estabelecerem na Colônia Caxias, os imigrantes construíram uma moradia provisória, para que a família ficasse abrigada, a qual era feita com tábuas serradas manualmente e cobertas com lascas de toras de pinheiro (scàndole). Mais tarde, construíram casas mais seguras, feitas com madeira e pedra e com telhados de telhas ou zinco. As portas tinham dobradiças feitas de ferro ou couro e tramelas que serviam de fechadura. Essas novas
óleo; mais tarde passaram a usar lam-
os porcos. Mantidos pelas mulheres de
construções tinham um porão, geral-
piões com querosene. Próximo da casa,
casa, havia o jardim e a horta onde eram
mente de pedra, que servia para guardar
os imigrantes italianos construíram o
cultivadas flores, verduras e legumes,
pipas de vinho, banha, toucinho, queijo,
forno para assar, o paiol para guardar
respectivamente. A partir das informa-
salame, etc. Próxima da residência era
as sementes, a colheita e as ferramen-
ções os alunos construíram suas “mini
construída uma casinha chamada latrina,
tas, a estribaria para vacas, o chiqueiro
colônias”. Os alunos, Gabriel Cemin da
ou privada, que servia de banheiro. Mui-
e o galinheiro. Parte da propriedade era
Silva e Maria Antonia Santos de Souza,
tas casas foram enfeitadas nos beirais
reservada para o potreiro (local em que
ficaram encantados com a construção,
dos telhados com ornamentos de ma-
os animais pastavam), outra parte, para
disseram não imaginar que os italianos
deira, uma espécie de renda que forma-
os parreirais e o pomar onde plantavam:
tinham tanto trabalho para poder sobre-
va desenhos chamados lambrequins. A
laranjeiras, bergamoteiras, caquizeiros,
viver e não deixar faltar nada para sua
água necessária era retirada de um poço
pereiras, macieiras, figueiras, goiabeiras
família. A colônia era, com certeza, um
cavado, puxada por baldes amarrados
e marmeleiros. Com as frutas produzi-
lugar maravilhoso para morar!
com cordas. A iluminação era feita com
das se alimentavam, transformavam em
lamparinas que queimavam em sebo ou
geleias e compotas, além de alimentar
[ 44 ]
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS O universo da literatura infantil esteve
sempre foi pensado com carinho pela
presente nos encontros com a professo-
mediadora, principalmente na escolha
ra e contadora de história Patricia Bas-
da história, dos recursos a serem utili-
tian Alberti. Nos encontros quinzenais
zados e na forma como os alunos pode-
dos quartos anos, professores e alunos
riam participar. Para Patricia, o momento
sempre aguardavam ansiosos pela hora
de contar histórias é especial, é o mo-
do conto, pela história que seria nar-
mento onde as leituras e os afetos são
rada, pelos materiais que seriam utili-
compartilhados. E, nesta troca afetiva,
zados, pelo tempo que seria destinado
o aluno passa a gostar de histórias, a
aos alunos para o teatro, para a leitura,
maravilhar-se com o mundo mágico da
discussão e manuseio dos livros. Se-
literatura e a despertar o prazer de ler.
gundo Patrícia, o espaço da Biblioteca
Laura Borges Moraes relata que a hora
Infantil é um local mágico onde não há
do conto “é um momento muito espe-
limites para as emoções e as experiên-
cial, não é só diversão, pois nos ajuda
cias proporcionadas pelos livros e pela
a melhorar nossa criatividade.” Já para
contação. A literatura, com seu papel
Raul Bohm “esses momentos são impor-
transformador, abre portas e leva todos
tantes pois aprendemos como se conta
para o mundo fascinante do imaginário,
uma história”. A professora Patrícia Ta-
do conhecimento e das curiosidades. As
vares de Souza relata que “é muito pra-
crianças passam a ver o mundo de di-
zeroso esses momentos para os alunos,
versas maneiras, o que contribui para
pois estimula a oralidade, a imaginação
o seu desenvolvimento, ajudando-a a
e a criatividade. A leitura aguça a critici-
lidar com a realidade. Diante da impor-
dade, a interpretação e interação social,
tância que o momento da Contação re-
oferecendo assim um contato com o seu
presenta, o planejamento dos encontros
mundo imaginário”.
PROJETO EDUCAÇÃO FINANCEIRA Com a proposta de incentivo à leitura e
demonstrando a importância da media-
desenvolvimento de hábitos saudáveis
ção nesse processo. Michele Toigo Roc-
de planejamento financeiro, realizou-se
kenbach destaca que o gerenciamento
o projeto “Deixa que eu conto”, da es-
do dinheiro com êxito, pode ensinar aos
critora Léia Cassol. O projeto teve iní-
alunos valores como responsabilidade
cio em março e concretizou-se em maio,
e consumo consciente, tão necessários
na Feira do Livro. Cada aluno recebeu
para vida cotidiana dos estudantes. A
um cofrinho e, semanalmente, colocava
aluna Betina de Ross Pandolfo da Silva
suas economias nele, tudo bem contado
afirmou que economizando aprendemos
e registrado. Com o valor economizado,
a não gastar dinheiro “à toa”, mas sim
cada estudante pode comprar um dos li-
utilizá-lo de forma correta. Augusto Sco-
vros sugeridos para o quarto ano: Era
pel Sirena, gostou muito do projeto, pois
uma vez... em Caxias do Sul ou Era uma
“guardando as moedas pode-se usufruir
vez... em Bento Gonçalves que foram
do valor economizado com segurança e
trabalhados em sala de aula. Os alunos
responsabilidade”.
foram orientados pelas professoras titulares que se envolveram no projeto,
[ 45 ]
osé ãoão osé
1901
Prática de judô nas aulas de Educação Física Em uma semana muito especial e di-
a todos pelo cuidado e afetividade. Um
vertida, os alunos do 4° ano tiveram
dos nossos judocas também fez sua con-
nas aulas de Educação Física a prática
tribuição. O aluno Rafael Longui Luciano,
do judô, um esporte olímpico que tanto
da turma 43, dividiu sua história e expe-
contribui para o processo de desenvolvi-
riência com o esporte, o que trouxe mais
mento da capacidade física, intelectual
encorajamento para seus colegas e ami-
e moral das crianças. Durante as aulas,
gos. Pular, girar, rolar e desequilibrar-se
foi possível perceber os olhares curiosos
com o barulho do corpo em contato com
dos alunos para os senseis (palavra ja-
o tatame foi pura euforia para os estu-
ponesa que trata com respeito um pro-
dantes. O Colégio São José agradece os
fessor ou mestre) Hyan Melo da Silva
senseis e os alunos participantes, pois
e Guilherme Knak, que, cheios de ex-
quando se divide conhecimento todos
periência e conhecimento, encantaram
saem ganhando.
LÍNGUA ITALIANA O projeto Imigração Italiana, desen-
seus avós. Ao término das atividades, os
volvido ao longo do ano ofereceu aos
alunos falavam com muita facilidade o
alunos dos 4º anos aulas de Língua Ita-
que aprendiam e sentiam-se italianos de
liana, com a professora Marli Albani de
alma e coração. O colega Bruno Bortolo-
Lima, profissional de excelência do Colé-
so Gonçalves, da turma 44, relatou que
gio São José. As aulas ministradas pela
aprendeu muito nas aulas de língua ita-
professora oportunizaram conhecer um
liana e ajudou na preparação da festa. A
vocabulário que complementou os estu-
colega da mesma turma, Marina Vebber
dos da cultura italiana, tais como músi-
Perini, disse que as aulas foram muito
cas, saudações, dias da semana, meses
divertidas e adorou aprender a língua
do ano, partes do corpo humano, ora-
que “seus nonos falam de vez em quan-
ções do Pai Nosso e da Ave Maria. Foi
do”. A professora Marli registrou que
muito gratificante perceber o interesse,
para sua surpresa, ao encontrar uma
o entusiasmo e a alegria dos estudan-
estudante no trânsito, a mesma identifi-
tes durante as aulas, nas quais traziam
cou-se e cumprimentou-a dizendo “Ciao,
contribuições e exemplos dados pelos
como stai?”
DESDE
1987
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[ ENSINO FUNDAMENTAL I ]
XXXI FESTA ITALIANA: ERA UMA VEZ... EM CAXIAS DO SUL
Há 31 anos o Colégio São José realiza a
tes, pesquisas, visita ao Museu Munici-
liano com muita expressividade, o que
tradicional Festa Italiana, que neste ano
pal de Caxias do Sul, músicas, danças,
abrilhantou a celebração. Além de ser
também foi muito especial. A Festa es-
teatro, preparação para a missa, aulas
um momento de plena espiritualidade
banjou emoção e resgatou valores como
de língua italiana, apreciação de vídeos,
e demonstração de fé. A apresentação
o respeito, a gratidão, a reverência ao
a história da imigração italiana foi es-
artístico-cultural narrou a história da
povo italiano, que juntamente com ou-
tudada. A XXXI Festa Italiana contou
imigração italiana baseada no livro de
tros grupos constrói até hoje a história
com três momentos: missa, apresenta-
literatura “Era uma vez... em Caxias do
de Caxias do Sul. O projeto Imigração
ções artístico-culturais, envolvendo ex-
Sul”, escrito por Leia Cassol. As alunas
Italiana foi desenvolvido com muito ca-
pressão oral e corporal, e almoço típico
da turma 42 fizeram questão de regis-
rinho pelo grupo de professoras do 4º
italiano, preparado com muito sabor e
trar: “Estava muito ansiosa pela festa,
ano em conjunto com a coordenação
carinho por pessoas que amam nossa
me esforcei muito para dar o meu me-
pedagógica. O resultado foi um grande
região. A celebração da Missa Italiana foi
lhor!”, disse Lara Gabriela Ceolin Hahn.
espetáculo artístico-cultural. A história
muito emocionante e o sentimento fra-
“Adorei a dança, gostei de participar dos
de Caxias do Sul é contada há 144 anos
terno que existe entre escola e família
ensaios e das atividades do projeto”,
e cada aluno reconheceu que faz parte
esteve presente em todos os momentos.
relatou Marina Panassol Colombo. Com
desta linda trajetória, e que há ainda
Os alunos foram muito bem ensaiados,
certeza esta linda festa ficará no cora-
muito para contar. Através de estudos
pelos professores Vinícius e José Márcio,
ção de todos os alunos e familiares do 4º
em sala de aula, construções de maque-
para cantar as músicas no dialeto ita-
ano. E Viva la Mérica!
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[ 47 ]
osé ãoão osé
1901
Museu Municipal: uma viagem pelo tempo A visita ao Museu Municipal é uma das
nhecimentos da cultura italiana e esta-
principais atividades do projeto Imigra-
beleceu um paralelo entre o progresso e
ção Italiana, pois através dela os alu-
desenvolvimento da nossa cidade. A alu-
nos dos 4º anos fazem uma verdadeira
na Isabela Mascarelo, da turma 43, des-
viagem pelo tempo e podem vivenciar
tacou: “No museu conhecemos objetos
experiências únicas que favorecem a
utilizados pelos imigrantes italianos que
compreensão do contexto que construiu
eram muito simples, mas muito úteis”.
a história da nossa região. As turmas
Já o Arthur Comin disse: “Eu nem fazia
do 4º ano visitaram o museu no mês de
ideia que pudesse existir tudo o que vi
agosto deste ano. A viagem pelo mu-
no museu. Os italianos realmente tra-
seu iniciou com a vinda dos primeiros
balhavam muito”. Além disso, os alunos
imigrantes italianos. Histórias, objetos,
aprenderam que tudo o que nossa cida-
ferramentas, instrumentos, máquinas e
de é hoje, deve-se ao esforço e trabalho
símbolos oportunizaram os alunos co-
dos imigrantes italianos e que só resta
nhecer, compreender e ampliar os co-
nossa gratidão!
OFICINA DE TEXTO Resgatando nossa história
Já sabemos que a linguagem exerce im-
importante de expressar, através da es-
portante papel em nossas vidas. Ela é a
crita, suas vivências e experiências, de-
porta de entrada para a cultura, o saber
senvolvendo além de habilidades o prazer
tecnológico, científico, etc. Ela é uma das
em escrever e criar. Algumas crianças da
ferramentas para a formação do ser hu-
turma 43 comparam a Oficina do Textos
mano, para a interação com as outras
com uma mecânica dizendo que ao entrar
pessoas e culturas. A linguagem, tanto
na oficina a produção sempre sai melhor
oral quanto escrita, orienta nossas ações,
que iniciou. A professora Patrícia Calgaro
ajuda-nos
conhecimentos
Schmitz relata que os alunos mostram-se
e auxilia no desenvolvimento de nosso
motivados a compreender a forma mági-
pensamento e criatividade. E, devido à
ca como as palavras podem se reconfigu-
tamanha importância, os professores do
rar num texto, traduzindo significados e
4º ano criaram o projeto Oficina de Tex-
compreensões mais claras, quando bem
tos. No início do ano, os estudantes rece-
elaboradas. Os alunos Arthur de Bairros
beram um caderno onde semanalmente
Peroni e Isabela Salamon Fabris explicam
registravam suas aprendizagens relacio-
que as Oficinas de Textos, influenciaram
nadas à construção da escrita. Durante
muito na aprendizagem da escrita, me-
o processo, foram trabalhados diferentes
lhoraram a letra. E, mais ainda, percebe-
gêneros de texto, regra de escrita, dicas
ram que conhecer e aplicar as regras de
de organização do texto segundo carac-
estruturação do texto tornaram as histó-
terísticas de cada gênero. Um momento
rias criativas e interessantes.
[ 48 ]
a
construir
RECONTO DOS MEDOS
[ ENSINO FUNDAMENTAL I ] Páscoa de PÊSSANKAS
Durante o mês de abril os alunos do 4º
simbolizar a vida nova que cada um pode
ano construíram o projeto “Páscoa de
fazer acontecer na Páscoa. O aluno Henri-
PÊSSANKAS”. Através de pesquisas des-
que Boff Henrich fez questão de registrar
cobriram que pêssanka é uma palavra que
sua opinião: “Eu gostei muito do trabalho
provém do verbo ucraniano pyssaty, sig-
das pêssankas, porque a turma teve que
nificando escrever. Então pêssankas são
usar criatividade para fazer seu ovo. Cada
ovos escritos, onde os desenhos são sím-
pêssanka ficou especial, do jeito de cada
bolos que representam a materialização do
um. Além de pintura usamos fios de lã, o
que se deseja ao nosso semelhante. Esta é
que tornou os trabalhos muito bonitos”.
uma arte muito antiga, uma tradição ver-
Para a aluna Isadora Mari Sonda, o traba-
dadeiramente milenar do povo ucraniano,
lho das pêssankas “foi muito gostoso de
que pertence também aos descendentes
fazer, com os fios de lã ficou macio, fofo e
no Brasil. Com o advento do Cristianismo,
colorido. Foi bacana conhecer um símbolo
as pêssankas passaram a somar símbolos
da Páscoa dos povos ucranianos e alguns
cristãos, sem perder as suas origens e a
colegas trouxeram mini pêssankas para
sua essência. Uma pêssanka é dada a uma
ilustrar nossos estudos”. O colorido das
pessoa muito especial e querida, é um
pêssankas deixou a sala de aula pronta
presente de grande valor para quem rece-
para receber a visita do Coelho da Páscoa,
be. Por ser um símbolo da ressurreição de
salientou a professora Angela Moraes.
Cristo, da vida, os ovos foram feitos para
Mas será que o Coelho gostou?
No primeiro semestre de atividades escolares, os estudantes do 4º ano participaram de uma viagem. Esse passeio faz parte de uma das atividades do projeto “Resgatando Nossa História”. Os estudantes iniciaram seus estudos em Bento Gonçalves, conhecendo a Epopeia Italiana, um espaço de dois mil metros quadrados de área construída que é a representação artística, em um cenário maravilhoso, da vinda dos imigrantes italianos, do Porto de Gênova até o Brasil. As professoras acompanharam suas turmas sentindo a emoção em partilhar esta linda viagem com seus alunos. Em Veranópolis conheceram a Gruta Indígena e em Vila Flores passaram à tarde na Casa do Artesão,
onde participaram de oficinas de dressa, fuxico, vagonite e flores de palha, além do Filó, um momento de troca de experiências através dos tempos, de oração, de cantoria, de histórias e muitas aprendizagens. Em depoimento, o aluno Felipe Boreli Pasuch diz: “Aprendemos muito sobre os imigrantes italianos, gostamos das atividades do Filó e da caverna indígena”. Já a aluna Manuela Becker de Lima, destaca: “No almoço, no Restaurante Mascaron, ouvimos relatos de uma descendente da família Mascaron que até contou que quando iam para a escola, iam sem calçado, encontravam água, lavavam os pés e depois entravam na escola”. Com certeza foi uma viagem inesquecível!
Como sabemos, as atividades relacionadas
pelo título foi uma sugestão do colega
Uma experiência única, estar no papel da
a mediação de leitura na biblioteca da es-
Theo Correia Ruffato. A turma acreditou
criança, ouvir a contação sob o olhar e as
cola são realizadas pela contadora de his-
na ideia, separou as partes, fez ilustra-
vozes delas. Vivenciando a fantasia atra-
tórias Patricia Alberti, quinzenalmente. No
ções, ensaiou as falas e apresentou. Foi
vés da história, onde tudo é possível. Foi
entanto, em uma das aulas a história foi
um momento muito especial. Segundo
mágico”, relata Patricia. Depois da conta-
um pouco diferente. Os estudantes da tur-
o colega Rafael Sostisso Vial, ele adorou
ção de história, a turma oportunizou uma
ma 41 juntamente com sua professora de-
ver a reação da professora Patrícia, “os
dinâmica recheada de boas gargalhadas,
senvolveram um projeto para surpreender
olhos dela brilhavam”. Patrícia ficou en-
com mímicas para descobrir os “nossos”
a mediadora utilizando como estratégia o
cantada com a surpresa. “Foi a primeira
medos. Com certeza a hora do conto au-
livro “Pequeno rato, grande livro dos me-
vez que tive o privilégio de ter um mo-
xiliou para formação de ótimos contado-
dos”, escrito por Emily Gravett. A escolha
mento de hora do conto só para mim.
res de histórias!
[ 49 ]
osé ãoão osé
1901
Feira do Livro 2019 A espontaneidade e o bom humor do escritor Pedro Guerra deram o tom da 35ª Feira do Livro do Colégio São José, ocorrida entre os dias 28 de maio e 1º de junho
Durante a semana, o patrono desta edi-
culturais. Pedro Guerra é jornalista, com
A rainha está morta (2013); Queda Li-
ção do evento abordou a questão do
pós-graduação em Marketing, pela FGV,
vre (2015); Precisava de você (2015);
bullying, temática de seu livro Todo o
e em Liderança-Inovação-Gestão, pela
Cabra Cega (2017); Como eu imagino
bullying da minha vida, por meio de pe-
PUC-RS. Além de escritor, é cronista
você (2017); As lágrimas que não Chorei
ças teatrais e debates com os estudan-
do jornal Pioneiro, ministra cursos de
(2018); Vício (2018); Três (2019); Todo
tes.
A programação da Feira do Livro
escrita, Marketing e empreendedoris-
o bullying da minha vida (2019) e O me-
também contou com diversas atrações
mo, e desenvolve projetos em escolas,
nino debaixo da minha cama (2019).
culturais, palestras, contação de histó-
os quais visam à formação de leitores.
Confira uma entrevista com o patrono da
rias, apresentações artísticas, bate-pa-
Aos 27 anos tem dez livros publicados:
35ª Feira do Livro do Colégio São José.
pos com diferentes autores e recreios
[ 50 ]
Como foi para você ser escolhido o patrono da 35ª Feira do Livro do Colégio São José de Caxias do Sul? Como está sendo essa experiência? Pedro Guerra: Foi bem inesperado. O convite foi feito de uma forma muito linda. Fui até a escola para ver sobre alguns livros da Feira. Quando cheguei estavam todos os alunos na escada da biblioteca e começaram a recitar uma das minhas crônicas. No final, a direção fez o convite formal. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento. Foi uma honra. O São José foi uma das primeiras escolas que trabalhei, enquanto escritor, ainda em 2014. Já desenvolvi projetos com o Ensino Médio e agora com o Fundamental II, sempre com livros diferentes. Voltar como patrono, tendo como proposta debater a questão do bullying, está sendo muito especial. Fico realizado em ver os alunos interessados, participando e debatendo sobre esse tema. Acredito que conseguimos realizar o movimento que queríamos: aproximar os jovens da leitura e mostrar que o livro não é chato, especialmente em um universo em que a internet, o WhatsApp e as redes sociais estão tão presentes, e que podemos encontrar uma história com que a gente se identifique e fazer da leitura um exercício prazeroso.
De que forma você trabalhou o tema bullying com os estudantes? Pedro Guerra: Trouxe uma peça de teatro, a qual criei baseada no livro Todo o bullying da minha vida. Nesse stand up conversei e interagi com os estudantes, para que eles se sentissem mais próximos e para que, de uma forma mais lúdica, entendessem e entrassem no tema. O assunto foi tratado de uma forma leve, conforme a faixa etária deles, com vídeos, áudios e bate-papos.
Como foi pra você ter contato mais próximo com o público jovem? Pedro Guerra: Isso pra mim foi o mais importante, porque sinto que eles têm muita carência. Acredito que os adolescentes precisam ser escutados, pois estão se sentido muito sozinhos. As vezes, abrem o Instagram, por exemplo, e veem aquelas pessoas perfeitas, com vidas perfeitas e acham que aquilo é o que tem que ser seguido. Aí ficam com baixa autoestima e vem a depressão. Então, esses momentos de conversa e de troca de experiências fazem com que eles se sintam mais acolhidos. Para mim também é muito importante. Me enche o coração poder dividir com eles essas angústias.
Aos 27 anos você possui dez livros publicados. Como e quando surgiu o seu interesse pela escrita? Pedro Guerra: Sempre tive duas grandes referências em casa, que são os meus pais. Eles sempre leram muito. Meu pai muito mais voltado à área técnica e científica e a minha mãe mais à ficção, à Literatura e aos romances. Eles sempre me incentivaram muito, me mostraram a importância da leitura e me compravam muitos livros. Fui me tornando um leitor a partir daquilo que trabalho hoje, que é a identificação. Ou seja, escolhia um livro que contasse uma história que me interessasse ou que eu pudesse me ver naquele contexto. Fui descobrindo novos títulos, novos gêneros e autores e, assim, criando o hábito da leitura. Aos 12 anos, quando cursava o sétimo ano do Ensino Fundamental, entre uma aula e outra, comecei a escrever minhas primeiras linhas nos cadernos de aula. Assim, descobri que além de ler, gostava de escrever minhas próprias histórias. Na época, minha mãe me deu alguns livros da Agatha Christie e percebi que era daquele gênero que eu gostava. Porém, ainda não me sentia maduro o suficiente para escrever um livro, mas continuei rabiscando durante toda a adolescência. Quando saí da escola, com 17 anos, escrevi o meu primeiro livro, um romance adolescente, com um toque de suspense. Não foi publicado porque era muito extenso e se tornaria muito caro para publicá-lo na época. Agora, dez anos depois, ele foi publicado.
Qual é o título dessa publicação que levou dez anos para ser escrita e foi lançada em julho deste ano? O que ela aborda? Pedro Guerra: Chama-se O menino debaixo da minha cama. É um romance adolescente e se passa em Porto Tempestade, mesma cidade fictícia de outros livros meus. Ao longo de dez anos, esse livro foi postado na internet, no Wattpad, e contabiliza mais 350 mil leituras online. Diante desse sucesso, decidi publicá-lo.
Qual é a faixa etária dos seus livros? Pedro Guerra: Trabalho com o público a partir dos dez até os 18 anos. Porém, tem muitos pais que descobrem as histórias por meio dos filhos e acabam curtindo também. O livro As lágrimas que não chorei compila diversas crônicas que escrevi para o jornal Pioneiro e também acaba agradando o público mais adulto. Dica: Acompanhe o trabalho de Pedro Guerra (www.escritorpedroguerra.com) Instagram (@eupedroguerra) e Facebook (Pedro Guerra).
[ ENTREVISTA ] De onde vem a inspiração para as suas histórias? Pedro Guerra: Principalmente das pessoas. O livro Todo o Bullying da minha vida mistura relatos de jovens com a minha própria história; além das minhas experiências e de coisas que vejo nas ruas. Misturo tudo com um pouco de ficção, coloco ‘em um grande liquidificador’ e acaba saindo uma história.
Você é escritor e desenvolve projetos voltados para essa área. O que você diz para os jovens que se identificam com o teu trabalho e que almejam seguir por esse caminho? Pedro Guerra: Tem que ler muito e ler de tudo. A escrita é um exercício. Todos os dias ou momentos possíveis é preciso exercitar. No primeiro momento não seja tão crítico. Use a escrita como válvula de escape e depois vá filtrando e lapidando. Pode ser que muitos jovens que se identificam com o ato de escrever não tenham a pretensão de se tornarem escritores, mas vejo a escrita como uma das artes que nos permite se ‘esvaziar’ um pouco. O meu jeito de chorar é escrevendo. Tirando aquela angústia do peito e a transformando em palavras.
Quem não descobriu o prazer da leitura na infância, como você, é possível começar mais tarde e tornar-se um leitor habitual? Pedro Guerra: Sempre é tempo. Esses dias uma menina de 15 anos veio falar comigo e me contou que nunca havia lido um livro do início ao fim, mas que tinha conhecido o Precisava de você. Ao ler a dedicatória, onde eu dedico ‘aos iludidos’, achou que era a história dela e começou a leitura. Leu todo o livro, depois passou para outros títulos meus e foi para outros autores. Agora, tornou-se uma leitora de verdade. Por isso, sempre digo que a leitura é um exercício, de pais, da escola e da sociedade. É preciso mostrar para a criança e para o adolescente, principalmente, que pode ser um momento legal.
[ 51 ]
osé ãoão osé
É S O J O Ã S O Ã Ç EM A 5º ANO
1901
ENSINO FUNDAMENTAL II Do 5º ao 9º ano
CÉLULAS EM AÇÃO: ESTUDANDO E APRENDENDO SEMPRE MAIS Estudar o corpo humano, passear pelo
do características das mesmas e diferen-
imaginário e desvendar o que de verda-
ciando aquelas que são de animais ou
de temos e aquilo que faz parte de nos-
de vegetais. Também puderam confec-
so ser, foi tarefa dada aos cientistas das
cionar, em casa, uma célula, mostrando
turmas dos quintos anos do Colégio São
suas estruturas fundamentais. Da apre-
José. Com este intuito, os alunos foram
sentação feita em sala, também veio a
motivados a criar e a até degustar uma
ideia de criar uma célula e degustá-la,
deliciosa célula do corpo humano, feita
contando o que foi fundamental em sua
com ingredientes pra lá de especiais. O
elaboração. Não só de palavras e ideias
estudo de Ciências do quinto ano per-
os alunos aproveitaram estas aulas, mas
passa pelo conhecimento daquilo que
também de gostos e sabores novos, os
compõem nosso corpo, desde o princí-
quais ficarão por muito tempo em sua
pio, até a formação do organismo por
memória, pois aprender é uma ação sem
completo. Inicialmente, os alunos foram
igual, principalmente quando a fazemos
levados a conhecer a pequena estrutura
e nem percebemos que está acontecen-
que compõe os seres vivos, lendo tex-
do. Que venham mais receitas, mais
tos, vendo e ouvindo áudios, indo ao
ideias, mais aprendizagens novas a res-
laboratório de Ciências e visualizando
peito do fantástico mundo do corpo hu-
células no microscópio, bem como, dan-
mano.
PROJETO ETNIAS O evento retrata a história da construção do RS através dos costumes, crenças, religião e cultura dos povos: Portugueses, Italianos, Índios, Açorianos, Japoneses, Oriente Médio, Alemãs, Africanos, Poloneses e Espanhóis. Através de falas, danças e trabalhos, os alunos homenageiam as principais etnias que foram determinantes para o povoamento, desenvolvimento e progresso do Rio Grande do Sul. A partir desse projeto, resgatam a história dos povos que fizeram parte da colonização do nosso estado e adquirem conhecimento sobre a influência desses no dia a dia e a cultura sul-rio-grandense, resultado de uma herança de muitos povos.
[ 52 ]
[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]
INICIAÇÃO À LÓGICA COM MICRO:BIT Imagine usar um minúsculo computador e brincar de programação? E por que programação? O ensino de programação não serve apenas para despertar o interesse por áreas de exatas, mas também para desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de concentração e outras tantas habilidades. O raciocínio lógico é um processo de estruturação e construção do pensamento que permite ao indivíduo chegar a uma determinada conclusão ou resolver um problema utilizando normas lógicas. Em virtude disso, foi proposta para a turma 51, quinto ano da manhã, em algumas aulas de Matemática, a atividade de criação de um jogo usando a programação em blocos com as placas de Micro:bit da BBC, que são pequenos computadores que executam tarefas. A atividade foi dividida em dois momentos, sendo que o primeiro foi de conhecer e testar comandos básicos e o segundo foi de construir e apresentar um jogo para a professora de Informática. E o exercício com as placas de Micro:bit foi um sucesso! Ficaram evidentes o interesse e a concentração dos estudantes por mais esse trabalho diferenciado.
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osé ãoão osé
1901
mapas mentais O uso de mapas mentais como registro e técnica de estudo
Há milhares de anos, o homem tem co-
ferramenta riquíssima em informação
o processo de confecção do mapa men-
dificado informações em organizadores
e uma agradável opção para revisar o
tal, possa perceber de que forma o aluno
gráficos. Antes da invenção da escrita, o
que se aprendeu. Foi a partir dos es-
compreendeu os processos históricos,
homem pré-histórico já usava desenhos
tudos destas técnicas, que envolvem a
bem como o que mais ficou marcado na
para descrever seu dia a dia ou até mes-
confecção de mapas mentais, que o pro-
percepção do estudante. Isso permite
mo para se comunicar com seus pares.
fessor Rafael Tiago Debastiani propôs
até mesmo que o professor possa inter-
Portanto, não é de se admirar que seja
aos alunos dos 5º anos do Colégio São
vir nesse processo caso seja necessário
mais fácil compreender informações no
José que trabalhassem com a proposta.
para uma nova explicação ou esclareci-
formato de mapas mentais. Mas, afinal,
Os estudantes aplicaram parte de seus
mento de determinado conceito em es-
o que são mapas mentais? São diagra-
registros a respeito do conteúdo ‘Os In-
pecífico. A experiência tem sido um su-
mas que usam metáforas visuais ou
dígenas do Rio Grande do Sul’ na dispo-
cesso e caiu no gosto dos estudantes,
métodos para tipificar uma informação.
sição de mapas abertos, com uma estru-
que passam a pedir cada vez mais para
Uma forma, linha, seta, símbolo ou até
tura escolhida em forma de teia (a ideia
fazerem novos mapas mentais sobre os
mesmo figuras têm um significado es-
principal se localiza no centro do mapa
demais conteúdos, inclusive em outras
pecial. Por exemplo, para demonstrar-
e todos os conceitos abordados ficam
disciplinas. Fator este que contribui para
mos a importância de um determinado
em torno dela). Os alunos foram esbo-
o aprimoramento da síntese e da orga-
conceito, escrevemos com letras enor-
çando palavras-chave entrelaçadas com
nização gráfica do que é aprendido em
mes ou até mesmo pintamos de forma
desenhos e cores vivas para chamar a
sala de aula e reflete, consistentemente,
diferenciada das demais informações
atenção deles próprios na hora de estu-
nos processos de avaliação.
escritas. Juntos todos os elementos uti-
dar. Desenhos com significados próprios
lizados tornam os mapas mentais uma
permitem que o professor, ao visualizar
[ 54 ]
[ ENSINO FUNDAMENTAL II ] Viagem de estudos Missões 2019
Nos dias 8 e 9 de agosto, partimos para
Luz ao cair da noite em meio às próprias
mais uma viagem de estudos às ruínas
ruínas da Missão de São Miguel Arcanjo,
das Missões Jesuíticas do Rio Grande do
local onde pudemos visitar abertamente
Sul, com as turmas de 5º anos do Colégio
horas antes transformando-o em nossa
São José. A já tradicional saída de estu-
sala de aula daquele dia juntamente com
dos muito esperada por todos e sempre
o Santuário de Caaró, que guarda ainda
lembrada com carinho por nossos alunos
memórias da primeira leva das missões
que já tiveram a oportunidade de ir em
jesuíticas em nosso estado. No dia se-
anos anteriores, mais uma vez agradou
guinte, a visita à Catedral Angelopolita-
a todos. Convivência, respeito, amizade
na, na cidade de Santo Ângelo, pudemos
e muitas histórias foram as tônicas da
contemplar a arte sacra construída pelos
nossa viagem que contemplou em cheio
índios além das vigas das ruínas da an-
os estudos de História do Rio Grande do
tiga igreja erguida por mãos indígenas e
Sul mostrando o passado no território
pelo ideário cristão jesuíta. A visita guia-
gaúcho ainda quando pertencente à co-
da ao museu que guarda a história das
roa espanhola. A saga dos índios Guara-
antigas missões na região encerrou nos-
nis, que viveram nessas terras, o contato
sos estudos colocando-nos no caminho
com os empreendedores padres Jesuítas
de volta pra casa. Certamente uma ex-
em missão de catequização e os acordos
periência transcendental que aproximou
entre as coroas portuguesa e espanhola,
nossos alunos de momentos e persona-
que culminaram na triste Guerra Guara-
gens épicos de nossa história, tornando
nítica a qual fez herói missioneiro o ín-
o aprendizado muito mais significativo e
dio Sepé Tiarajú, são narrados de forma
marcante para todos.
brilhante e vivaz no espetáculo Som e
“ Achei muito legal essa viagem. Gostaria que tivesse mais viagens assim. Gostei bastante, pois tive a experiência de dormir fora de casa e ver todas aquelas coisas que estudei no livro, assim, real.”
“ Eu gostei muito da viagem para as missões, e o ponto turístico tem uma ótima paisagem e o show de luzes fala sobre as missões e como tudo começou. O hotel é ótimo! Visitamos um Santuário, Caaró e a Catedral...”
Nelson Olmi
Aluno Henrique Moreira
“ Estou amando participar dessa incrível apresentação. Adoro dançar, aprender, mas o que é mais legal é poder aprender se divertindo e ainda mais com os amigos, é muito divertido e pode ter certeza que vou sair dali sabendo muitas coisas que não sabia. Parabéns a todos envolvidos nesse projeto” Aluna Isabela Daneluz
[ 55 ]
osé ãoão osé
1901
Teoria e prática 6º ANO
Ecossistema, ecologia, biodiversidade... são conceitos estudados e compreendidos no 6º ano. Para melhor compreessão e experimentação, realizamos um projeto em parceria com a Universidade de Caxias do Sul. Os alunos do 6º ano passaram uma tarde no museu de Ciências da Universidade observando os diferentes ecossistemas e recebendo orientações para a montagem de um terrário. O terrário nos possibilita observar o funcionamento do mundo natural, assim como o comportamento de algumas espécies animais e o desenvolvimento dos vegetais. Observando o terrário, podemos compreender melhor o ciclo da água e das plantas e como os animais nascem, vivem e morrem. Acreditamos que a teoria e a prática são fundamentais para a eficácia dos estudos.
“Gostamos muito de fazer o terrário, pois aprendemos que o solo precisa de várias camadas diferentes, o professor do Museu da UCS nos ajudou a montar o nosso próprio terrário. No aquário vimos várias espécies de peixes muito bonitos. Nos deparamos também com algo triste: a poluição provocada pelos humanos que leva a morte de muitos animais marinhos. No museu pudemos observar diferentes animais terrestres, seus ecossistemas,. Tivemos a oportunidade de tirar nossas dúvidas e entender tudo melhor.”
“Eu achei muito divertido, foi uma experiência incrível. Aprendi muitas coisas nessa ida a campo, como por exemplo, que as plantas precisam de diferentes minerais para se desenvolverem. Gostei muito dessa prática de ir para a UCS, pois conseguimos pôr em prática o que aprendi em aula. Adorei a experiência!”
Fernanda Finger e Eduarda Marques
Prova Integrada Visando um aprendizado interdisciplinar e de qualidade a longo prazo, os alunos do 6º ano passaram por um desafio, no dia 30 de outubro, que ainda se repetirá muitas vezes. Trata-se da Prova Integrada, que reuniu questões de diversas áreas do conhecimento, ligadas por um assunto em comum, para serem resolvidas no mesmo dia. Além de desenvolver um ponto de vista interdisciplinar, o objetivo é, desde cedo, ambientar o aluno para esse tipo de desafio, aumentando sua dificuldade gradualmente à medida que avança de ano para, ao chegar ao Ensino Médio, estar mais preparado para o Simulado do ENEM.
[ 56 ]
Germano Bohm
“Adoramos a oportunidade de conhecer mais sobre a vida marinha, a construção do terrário e a visita ao Museu da UCS. Isso contribuiu muito para ampliarmos o conhecimento dos conteúdos estudados na sala de aula.” Franciele Magalhães Merchiori e Valentina Melo da Silva.
[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]
Povos Antigos No dia 13 de setembro, o Colégio São José recebeu a tradicional visita de viajantes do tempo. Ocorrida anualmente, os reis, rainhas, faraós, deuses, deusas, heróis e personagens míticos surgem em nosso presente para contar um pouco mais sobre como era a vida na antiguidade. Tratou-se do Projeto Interdisciplinar “Povos Antigos Visitam o São José”, desenvolvido pelo 6º ano, que aliou uma série de habilidades nas mais diversas áreas do conhecimento: pesquisa sobre o seu personagem nas aulas de História, redação da fala nas aulas de Língua Portuguesa, confecção do figurino nas aulas de Educação Artística e ensaios praticados em diversos outros componentes curriculares. O resultado foi incrível, um aprendizado interdisciplinar repleto de diversão. Desde já, aguardamos os viajantes do ano que vem!
Viagem de estudos a Porto Alegre No dia 23 de agosto, os alunos do 6º Ano
do. Além do museu da PUC-RS, visita-
ções manuscritas e cadernos de ano-
do Ensino Fundamental do Colégio São
ram o MARGS – Museu de Arte do Rio
tações do grande escritor gaúcho Érico
José tiveram a oportunidade de visitar
Grande do Sul, o Santander Cultural,
Veríssimo. Nossos alunos viveram uma
Porto Alegre, capital do nosso estado.
mantido em um prédio histórico de Porto
ótima experiência, pois esta viagem pe-
Com muita motivação e disposição, pu-
Alegre, e o Centro Cultural CEEE Érico
dagógica e cultural propiciou, além de
deram explorar e descobrir o Museu de
Veríssimo, localizado no Centro Histó-
conhecimento educacional, também mo-
Ciência e Tecnologia da PUC-RS, espaço
rico de Porto Alegre, a poucos metros
mentos de confraternização envolvendo
de formação e informação que prevê a
da Praça da Alfândega, que contempla
temas e processos históricos explorados
participação ativa dos visitantes, onde
a história da energia elétrica no Brasil,
nos componentes curriculares do ano.
conhecer ciência se transforma numa
contendo um acervo de obras originais
emocionante experiência de aprendiza-
datilografadas, com inúmeras observa-
[ 57 ]
osé ãoão osé
7º ANO
1901
Projeto Quem Ama Cuida
O grande Projeto Interdisciplinar do 7º ano, “Quem Ama Cuida”, visou conscientizar os alunos sobre a importância de habitar o planeta em harmonia com os outros seres vivos. Para isso, contou com uma série de atividades em todos os componentes curriculares, entre elas a pesquisa histórica e geográfica, a confecção de cartazes, a elaboração de fichas com dados matemáticos e a elaboração de uma exposição exibindo animais adotados por integrantes da escola. Para coroar o Projeto, os alunos ainda tiveram uma palestra em parceria com a SOAMA e receberam a visita, no dia 02 de outubro, dos cães que auxiliam nos trabalhos da Brigada Militar. Além de conscientizar sobre nossa responsabilidade com os outros seres vivos do planeta, o projeto buscou despertar, nos alunos, a importância de uma adoção responsável.
semana da pátria “Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores Nossos bosques têm mais vida Nossa vida no teu seio mais amores"
Minha terra tem palmeiras Mas quase todas foram cortadas As aves que aqui gorjeavam Agora não gorjeiam mais
Com certeza você reconhece esse tre-
Nosso céu tem mais estrelas
cho do Hino Nacional Brasileiro, mas
Mas não podemos mais as ver
você sabia que eles fazem referência
Estão escondidas em meio às queimadas
a um poema de Gonçalves Dias, de
Onde não podem mais resplandecer
1847? Esse e muitos outros fatos e curiosidades foram trabalhados pelos
Nossas várzeas têm mais flores
estudantes do 7º Ano do Ensino Fun-
Muito mais do que imaginas
damental em alusão à SEMANA DA PÁ-
Mas foram todas vendidas
TRIA. O objetivo foi trabalhar nos alu-
Para serem usadas nas drogarias
nos o sentimento de patriotismo, por meio do estudo da história do Brasil e
Brasil, o que viraste?
do Hino Brasileiro e da realização de
O país das maravilhas
atividades que remetessem à Semana
Agora é o país da maldade
da Pátria, como produção de cartazes e
Mas que crueldade!
poemas intertextuais como a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Ao lado, um dos poemas produzidos pela aluna Nikole Cecconello Koenig, da turma 73.
[ 58 ]
Nikole Cecconello Koenig Turma 73
[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]
8º ANO
Viagem de estudos
Nos dias 14 a 17 de agosto, alunos e
América Latina e casa do famoso Ipirelo,
dia seguinte, os alunos conheceram a
professores do 7º ano do Colégio São
um leão marinho resgatado há 25 anos,
Estação Ecológica do Taim, considerada
José realizaram a sua viagem anual de
depois de ficar órfão e não conseguir
um dos lugares mais bonitos do estado.
estudos. Nesses quatro dias, os alunos
mais voltar ao seu habitat natural. Além
Ela apresenta grande diversidade de ani-
passaram por diversos lugares de gran-
disso, os estudantes conheceram o Mu-
mais e paisagens. Logo após, dirigiram-
de importância cultural, histórica e am-
seu Atlântico e tiveram a oportunidade
-se ao Chuí, na fronteira com o Uruguai
biental. A primeira parada foi em Rio
de visitar alguns dos principais pontos
para atravessar a aduana e conhecer a
Grande, cidade localizada entre a Lagoa
turísticos da região central da cidade: a
Fortaleza de Santa Teresa e o Forte de
Mirim, a Lagoa dos Patos e o Oceano
biblioteca Rio-Grandense, a Catedral de
São Miguel, construídos respectivamen-
Atlântico. Por isso, possui um dos por-
São Pedro e a Praça Tamandaré são al-
te em 1776 e 1737. Foram dias de muito
tos de maior movimentação do país. No
guns exemplos. Outro ponto turístico vi-
aprendizado e diversão. Com certeza,
primeiro dia de viagem, os estudantes
sitado foi a Praia do Cassino e os Molhes
foi uma viagem inesquecível, da qual os
e professores puderam conhecer o por-
da Barra do Rio Grande, a terceira maior
alunos sempre se lembrarão com muito
to e o Museu Oceanográfico, o maior da
obra de engenharia naval do planeta. No
carinho.
check in em Curitiba
Nos dias 11, 12 e 13 de setembro, um
viagem de muito aprendizado, belas pai-
grupo de alunos do 8º ano teve a oportu-
sagens naturais, momentos felizes ao
nidade de conhecer pontos turísticos da
lado dos colegas e dos professores.
cidade de Curitiba (PR). O roteiro iniciou
Conforme o aluno Pedro Henrique Emer,
no Jardim Botânico, seus jardins geomé-
da turma 85, a viagem de estudos foi
tricos e a estufa de três abóbadas, um
uma experiência muito diversificada e
dos principais cartões postais de Curi-
importante. “Além de termos cumprido o
tiba. A turma conheceu também vários
intuito de aprendizado, tivemos a opor-
parques naturais: a Ópera de Arame, o
tunidade de conhecer novos lugares e de
Bosque do Alemão, o Parque Tanguá, a
fortalecer os nossos vínculos. Acredito
Universidade Livre do Meio Ambiente.
que estes fatores, em conjunto, cons-
Além disso, visitaram o Museu Oscar
tituirão lembranças memoráveis para o
Niemayer, também conhecido como Mu-
restante de nossas vidas”, disse. Segun-
seu do Olho, um verdadeiro exemplo da
do a aluna Maria Luiza Biasuz de Alen-
arquitetura aliada à arte. Ao meio dia,
castro, da turma 82, “o passeio foi muito
deliciaram-se no restaurante Madalosso,
legal, conhecemos lugares muito bo-
considerado um dos maiores salões do
nitos, andamos de trem. Enfim, estava
mundo. Já no segundo dia, um passeio
tudo muito show. Muitas risadas e novos
de trem até Morretes, uma pequena ci-
amigos.” “A viagem nos deu a oportu-
dade no meio da Serra do Mar, com du-
nidade de conhecermos um novo lugar,
ração aproximada de 3h, onde são per-
com diferentes culturas, paisagens, ex-
corridos 110 km de trilhos em meio a
periências e fez com que tivéssemos vá-
paisagens deslumbrantes. Finalizando
rios momentos de diversão juntos”, de
com um almoço típico: o barreado. Pela
acordo com as alunas Emanuela Piccoli
manifestação dos alunos, esta foi uma
e Maria Eduarda Maques, da turma 81.
[ 59 ]
osé ãoão osé
1901
Círculo de Construção de Paz Os alunos do 8º ano tiveram um mo-
81. “O Círculo de Paz é muito legal, pois
mento especial de formação de diálogos
percebi que muitas pessoas precisavam
no primeiro semestre deste ano. O pro-
desabafar o que estavam sentindo e foi
jeto ‘Círculo de Construção de Paz’ visa
o que aconteceu. Notei também que a
ao fortalecimento dos laços e à criação
turma se uniu, na questão de ajudar e
de um espírito de pertencimento à tur-
de escutar o próximo. Excelente inicia-
ma, por meio do diálogo, da reflexão
tiva e, em minha opinião, uma vez por
sobre a importância da amizade, assim
mês deveria ser mudado os assuntos,
como o senso de valores. A dinâmica
mas com o objetivo de desabar e falar
teve muito apreço, como ilustra o depoi-
o que está sentindo naquele momento”.
mento da aluna Lara Bianchi, da turma
O Projeto Soletrando ocorreu com os
com maior número de soletrações corre-
alunos do 8º ano, tendo como objetivos
tas. No dia 29 de novembro, transcorreu
desenvolver a competência linguística
a final do Soletrando, com a participa-
dos mesmos, para que busquem sempre
ção de todos os alunos do 8º ano tor-
o aprimoramento de suas capacidades
cendo pelos seus representantes. Além
de refletir, de explorar, de construir e de
da soletração, ocorreram apresentações
aplicar o que aprendem, tanto quando
musicais e a escolha da melhor torcida.
leem como quando escrevem. A primeira
O projeto teve o apoio do Grêmio Estu-
fase da atividade teve início já em se-
dantil da escola. De acordo com um gru-
tembro com a distribuição de mais de
po de alunos do 8º ano, “o Soletrando é
quatrocentas palavras em que todos os
benéfico para o nosso vocabulário, pois
alunos as soletraram nas aulas de Lín-
nele há muitas palavras que não conhe-
gua Portuguesa. Na segunda semana de
cemos e que precisamos pesquisá-las
novembro, foram dois alunos classifica-
para soletrar corretamente.”
dos de cada turma para a final, aqueles
Diversidade nas Américas
[ 60 ]
No dia 16 de julho ocorreu uma gincana
prato típico, caricatura, entre outras.
500 quilos de alimentos e, em torno, de
cultural de integração, cujo tema “Diver-
Além disso, foi colocado em prática os
300 escovas de dentes. As doações fo-
sidade nas Américas”, movimentou as
conteúdos das disciplinas, por meio de
ram destinadas a várias instituições.De
turmas 81, 82, 83, 84 e 85. Os alunos se
questões subjetivas e objetivas inseridas
acordo com a aluna Gabriela Pretto, da
dividiram em cinco equipes, cada uma
sempre no contexto dos cinco países da
turma 83, “a gincana nos proporcionou
caracterizada pelo país representativo.
América, como Chile, Canadá, Estados
um dia diferente de aprendizado e de
O objetivo foi interagir e motivar os alu-
Unidos, Colômbia e México. Uma das
diversão. Além de contribuir para a inte-
nos por meio de atividades de pesquisa
provas tinha como propósito arrecadar
gração entre as turmas, nós ampliamos
e de entretenimento. As provas foram
alimentos não perecíveis (feijão e ar-
nosso conhecimento sobre os países que
variadas, como: confeccionar grito de
roz) e, também, escovas de dentes. As
representávamos”.
guerra, desfile temático, coreografia,
equipes conseguiram arrecadar quase
9º ANO
[ ENSINO FUNDAMENTAL II ] Viagem ao Beto Carrero e Camboriú O 9º ano encerra um ciclo extremamente importante na formação de todo estudante, o Ensino Fundamental. Novos objetivos, novos planos, novos sonhos sem, no entanto, perder a essência. Para que a alegria, o companheirismo, a amizade e a doçura da infância se mantenham, a viagem deste ano aconteceu entre 2 e 4 de outubro, para o Parque Beto Carrero e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Integração e diversão garantidas. “A viagem do 9º Ano é com certeza uma das mais especiais, pois não é apenas uma “viagem de estudos”, é um passeio com o intuito de divertir os alunos, já estamos no fim de um ciclo muito importante. Sinto que que o roteiro foi preparado com muito carinho e agradeço à escola pelos momentos incríveis que passei ao lado dos meus colegas e professores.” Giulia Pagliarin Vial Turma 95
“Nesta viagem de estudos, tivemos a oportunidade de, junto de nossos colegas, nos divertir e conhecer o Parque Beto Carrero e a cidade de Balneário Camboriú. Foi uma excelente experiência e com certeza levaremos todos esses momentos conosco para o resto de nossas vidas. Agradecemos, em nome do 9º ano, aos professores e envolvidos por tornarem esta viagem a melhor de todas.” Lucca Ramos Zattera e Pedro Henrique Cadó Souto da Silva Turma 95
FUNDAMENTAL É SÃO JOSÉ: Os alunos do 9º ano do EF, tiveram a oportunidade de conhecerem a realidade do dia a dia do Ensino Médio. Através de relatos dos alunos que estão frequentando o Ensino Médio. Todos puderam tirar dúvidas, questionar, ouvir os relatos e após, tiveram aulas com os professores Sandro Prás e Daniel Dutra, os quais abordaram temas como: ENEM, Vestibulares, conquistas, ganhos e perdas, Física, História e muito mais. Foi uma manhã diferenciada, com direito ao delicioso cachorro quente da Irmã Renata e uma imersão no Ensino Médio.
[ 61 ]
osé ãoão osé
1901
Livro de Memórias As turmas de 9º anos da escola estão participando do projeto “Livro de Memórias”. Trata-se de uma elaborada produção textual que conta a trajetória desses estudantes no Ensino Fundamental, através de textos, imagens e das histórias que eles compartilham. O trabalho está sendo realizado sob a supervisão dos professores de Geografia (André), Língua Portuguesa (Adiles) e História
“Acho a experiência excepcional. Tanto estar escrevendo o Livro de Memórias, já que ele nos permite lembrar de diversos acontecimentos na nossa trajetória durante o Fundamental, quanto a ideia de o guardarmos durante nossa vida. Acredito que, como estamos sempre mudando, as recordações que o projeto traz mostram como evoluímos nesse meio tempo, também fazendo-nos sentir grande nostalgia da época em que éramos menores, com bem menos responsabilidades”. Rafaela Rombaldi - Turma 92
(Eliz Regina). Cada acontecimento, viagem, projeto e situações vivenciadas no colégio foram revisitados pelos alunos na execução desse projeto. Uma bela recordação que, uma vez finalizada, será guardada por esses alunos e suas famílias! Ao lado, fragmentos de textos produzidos por nossos alunos, comentando sobre a importância desse trabalho:
Tecnologia: uso e consequências Os estudantes dos 9º anos do Colégio
seram as estudantes Isadora Fedrizzi e
São José, após estudarem como se faz
Maria Gabriela Paniz Bacêdo, da turma
um Seminário, pesquisaram e elabora-
95, “o Seminário foi uma experiência
ram, no laboratório de Informática, os
muito interessante em diversos aspec-
slides sobre o uso da tecnologia envol-
tos. Nós, formamos grupos com nossos
vendo assuntos como: fake news e sua
colegas, com os quais estamos ou não
influência no mundo atual; saúde e tec-
acostumados a trabalhar e, dessa forma,
nologia; uso da tecnologia na educação;
compartilhamos ideias e conhecimentos.
celular na escola e crimes virtuais. O
Foram sorteados os temas, todos rela-
projeto interdisciplinar, que envolveu as
cionados à tecnologia, sua importância,
disciplinas de Língua Portuguesa, Língua
seus benefícios e seus malefícios, com
Inglesa, História, Matemática, Geogra-
os quais montamos uma apresentação
fia, Ciências e Educação Religiosa, tem o
de slides e apresentamos para as outras
objetivo de desenvolver consciência crí-
turmas e professores. Fomos avaliados
tica; relacionar conteúdos prévios com o
pela postura, expressão oral e conteúdo.
assunto do trabalho; identificar crimes
Esse trabalho nos proporcionou apren-
virtuais (cyberbullying, exposição inde-
der um pouco mais sobre os assuntos
vida, assédio virtual...) e expressar-se
trabalhados, que são muito presentes
oralmente. As turmas 91, 92, 93, 94 e
em nosso dia a dia, também desenvol-
95 deram um show de conhecimento,
vemos a nossa expressão oral e exerci-
expressividade e desenvoltura no palco
tamos a convivência social”.
com a apresentação deste Seminário. Todos estão de parabéns e como dis-
[ 62 ]
“O projeto ‘Livro de Memórias’, uma parceria entre as disciplinas de História, Português e Geografia, propõe uma escrita contando a trajetória do aluno em todo o ensino fundamental. Falamos da nossa vida pessoal, colegas, professores, funcionários, sobre a estrutura da escola, além das expectativas para nosso futuro no São José. É sempre bom relembrar do passado e dos momentos vividos aqui, enquanto estudantes. Registrar todas as memórias em um livro foi uma ideia interessante, já que no futuro conseguiremos ler e recordar as boas coisas do período escolar.” Cauã Knak Formigheri - Turma 94
[ ENSINO FUNDAMENTAL II ]
Visita ao Museu da FEB
Iniciando o período letivo de 2019, de
só fantasiava, conhecer melhor os feitos
forma integrada e dando real significa-
dos pracinhas na visão de um guia que
do ao aprendizado, os alunos das tur-
auxiliou nosso passeio, contando a histó-
mas dos 9º anos visitaram o museu da
ria de forma que pudéssemos sentir or-
Força Expedicionária Brasileira (FEB) de
gulho daqueles que representaram nosso
Caxias do Sul. Esse foi um momento de
país de forma corajosa em um dos acon-
inteirar-se da história dos ‘pracinhas’
tecimentos mais lembrados do mundo.
durante a Segunda Guerra Mundial,
Depois desse dia, passei a me interessar
principalmente daqueles que viveram na
muito mais sobre a atuação dos praci-
região da Serra Gaúcha.Conforme a es-
nhas e acredito que não fui a única que
tudante Helena Ronchetti, da turma 91,
saiu de lá pensando de forma diferente”,
a visita foi uma experiência única e bas-
pontuou a estudante Júlia Finger, da tur-
tante importante. “Adquirimos inúmeros
ma 92. Para os alunos Catherine Marcon
conhecimentos, podemos contribuir para
Schmitt, da turma 93, e Manoela Danna
a construção de seres humanos melho-
Letti, da 94, a experiência fora da sala
res e perceber quantas coisas positivas
de aula mostrou a importância que a Se-
existem em nosso país. A participação
gunda Guerra Mundial teve para o mun-
da Força Expedicionária Brasileira na Se-
do. “Percebemos a realidade, a gravida-
gunda Guerra Mundial foi essencial. Ela
de e a importância da Segunda Guerra
nos inspira e nos orgulha do que nos-
na história e nos dias atuais assim como
so país já fez, contribuindo, assim, para
também os avanços na tecnologia e na
um mundo melhor”, afirma a estudante.
medicina”, disseram as alunas. Segundo
A experiência real com visitação contri-
a estudante Letícia F. Buffon, da turma
bui para as aulas de história, já que os
95, a aula foi “mais interessante do que
estudantes puderam visualizar objetos
o normal. Lá vimos um documentário
e lugares que estudaram. “Na FEB es-
com o relato de alguns dos pracinhas e
tão conservados pedaços da história dos
após a exposição dos artefatos originais
soldados brasileiros. Para mim foi uma
da FEB, como máscaras de gás, armas,
experiência deslumbrante. Até aquele
uniformes, medalhas insígnias e selos da
dia, eu apenas imaginava como eram
Força Expedicionária Brasileira, também
os mantimentos que carregavam, como
como alguns itens Eixo. Com os murais,
eram as armas utilizadas, as vestimen-
conseguimos ter um entendimento me-
tas e tudo o mais que faz parte da jorna-
lhor da história”.
da deles por lá. Assim, com essa visita, fui capaz de, além de ver o que antes
[ 63 ]
osé ãoão osé
1901
São José implanta método de resolução e prevenção de conflitos que preconiza o diálogo Projeto Círculo de Construção de Paz é baseado na Justiça Restaurativa. Conheça mais essa metodologia, sua origem e função
Desenbargador Leoberto Brancher
Com o objetivo de solucionar e, sobretu-
perturbadora para o ambiente acadêmi-
do, prevenir questões conflitivas dentro
co, bem como para o desempenho dos
do âmbito escolar, o Colégio São José de
alunos e da qualidade da saúde men-
Caxias do Sul está desenvolvendo um
tal dos professores. E o que a Justiça
projeto baseado na Justiça Restaurativa,
Restaurativa propõe, enquanto modelo
cujo método de promoção do diálogo é o
filosófico, é que nós somos as pessoas
chamado Círculo de Construção de Paz.
pelas quais estamos esperando. Saímos
Para explicar melhor o que é o Círculo
daquele modelo piramidal de uma hie-
de Construção de Paz, bem como a sua
rarquia estruturada, olhamos para as
veia matriz, a Justiça Restaurativa, fo-
pessoas e perguntamos o que pode ser
mos conversar com o Desembargador
feito. Isso tanto entre professores quan-
Leoberto Brancher, que há duas dé-
to entre os alunos, exercitando essa
cadas estuda profundamente o tema e é
capacidade dialógica, habilidade para a
um dos responsáveis pela sua aplicação
qual somos pouco treinados”.
na Justiça brasileira e também no âm-
Brancher observa que no âmbito escolar
bito escolar. “A Justiça Restaurativa tem
a abordagem restaurativa pode mostrar
diferentes metodologias para promover
que, muitas vezes, um aluno que agre-
o diálogo e uma delas chama-se Círculos
diu o outro também estava sendo vítima
de Construção de Paz, que é uma me-
de bullying ou de agressões em família
todologia baseada nas tradições indíge-
ou é vítima de um pai alcóolatra que vio-
nas do Canadá, que foi sistematizada a
lenta a mãe, por exemplo. “Em muitos
partir das experiências de um juiz cana-
casos, o agressor está sendo vítima de
dense e trazida das tribos para aplicação
agressão por muito tempo e explode,
na Justiça Restaurativa. Ela tem uma
numa atitude agressiva, como que num
característica comunitária de solução
pedido de ajuda para que a atenção seja
consensual e tem uma qualidade que é
voltada pra ele. O modelo tradicional de
a possibilidade de promovermos círculos
justiça potencializa sentimentos de hos-
de diálogos não conflitivos, com os mais
tilidade, tentativa de ocultamento, raiva
diversos temas”, aponta.
e rancor. Todavia, quando trabalhamos
O magistrado explica que a Justiça Res-
com a outra equação, a Justiça Restau-
taurativa aos poucos tem ganhado espa-
rativa, temos a chance de apaziguar
ço na área da educação, em virtude de
emocionalmente esse contexto e mudar
uma demanda de pacificação das esco-
esses sentimentos, promovendo pers-
las. “A desordem emocional dos tempos
pectivas de paz”, observa o especialista.
atuais influi na relação entre alunos e pais e destes com a escola, e tem sido
[ 64 ]
[ entrevista ]
Justiça Restaurativa - origem A justiça restaurativa, como conceito,
cuidar com mais atenção das necessidades
vem se propagando no Brasil desde o
da vítima, como também vai olhar para o
início deste século, mas, oficialmen-
ofensor com maior autonomia. Porque
te, a partir de 2005, ainda muito li-
simplesmente o submetermos a uma pu-
gada ao sistema de justiça. Conforme
nição é uma atitude passiva a qual ele tem
Brancher, ela nasce em um campo
que se submeter. Então, se você diz a ele
de discussão da Justiça Criminal, em
o que pode fazer para reparar esse dano,
questionamento a pouca eficácia das
é uma atitude proativa e ele terá que dar
intervenções punitivas, no que se re-
algo de si para recuperar o mal causado”.
fere ao acertamento das relações que
A Justiça Restaurativa é uma das linhas
são causadoras e que também são
que coloca em discussão essa visão da
consequências de um crime, uma in-
criminologia crítica. “Aqui, basicamente,
fração. “O primeiro aspecto que ela le-
o que se propõe é a mudança da fórmula
vanta é perguntar para a vítima: qual
básica de equacionamento: a matriz tra-
a sua necessidade? O que você sentiu?
dicional trabalha com a ideia de culpa, de
Qual foi o dano causado? E pergun-
perseguição de culpado, da imposição de
tar para o infrator o que ele faria para
um castigo, baseado na força coercitiva
reparar esse dano. Isso já traz uma
do Estado, como método de adequação de
mudança de foco da discussão jurídi-
comportamento. Já a Justiça Restaurativa
ca, da lei, para o campo das relações
vai trocar esse componente da culpa pela
interpessoais, do humano. Tira aquela
responsabilidade; ao invés de uma perse-
perspectiva de punição como resposta
guição do culpado, promove-se o encon-
automática e coloca em pauta a repa-
tro; ao invés da imposição, o diálogo. Mas
ração de danos. Isso não somente vai
tudo isso só acontece se a pessoa assume
o que fez. Assim, ao invés do castigo, teremos a reparação do dano; ao invés da coerção, que é a força de submeter o outro, teremos outro componente de força que é a coesão, a força da estabilização que o consenso produz”, explica. O magistrado aponta que as experiências de quem participa desse processo são positivas. Segundo ele, existe uma redução de reincidência com relação ao infrator, e existe um processo de melhor superação da experiência traumática mais libertadora das vítimas. “Tem um ganho em termos de ressignificação de um sistema, tem um ganho em termos de benefícios diretos para quem participa. É mais comum que participem desse processo que envolve a Justiça Restaurativa aqueles que já têm uma relação prévia, ou de vizinhança ou de trabalho, enfim, que possuam algum vínculo ou relação ou proximidade”.
[ 65 ]
osé ãoão osé
É S O J O Ã S O Ã Ç EM A 1ª SÉRIE
1901
ENSINO MÉDIO De 1ª a 3ª série
H2O: Início, Meio e Fim Uma esperança da vida Com o objetivo de incentivar os alunos
Orientação da Codeca, quando conhe-
a conhecer, compreender o processo de
ceram uma associação de separação
tratamento, a importância da água para
do lixo seletivo e o Aterro Sanitário São
os seres vivos, bem como, torná-lo um
Giácomo, atualmente usado como meio
agente responsável por desenvolver e
de transbordo para o lixo comum (or-
desencadear mudanças sociais e ecoló-
gânico) com destino para o CTR Rincão
gicas, é o que os alunos da 1ª série do
das Flores. As visitas proporcionaram
Ensino Médio realizaram o projeto inter-
relembrar os conceitos de lixo seletivo,
disciplinar que envolveu as disciplinas de
orgânico e como efetuar o descarte cor-
Arte, Biologia, Filosofia, Geografia, His-
retamente. Os alunos, além do relatório
tória, Matemática e Química. A propos-
escrito, produziram um curta-metragem
ta para os estudantes foi realizar visitas
em que abordaram o tema promovendo
diversas, como o projeto ‘Os Caminhos
iniciativas de preservação, conscientiza-
da Água’ sob a orientação do Samae, a
ção e responsabilidade nos formatos de
Estação de Tratamento de Água Parque
documentário, telejornais e filmes, in-
da Imprensa e a Estação de Tratamen-
clusive com conteúdo humorístico.
to de Esgoto Pinhal. Além disso, foram visitados “Os Caminhos do Lixos”, sob a
Recital de Poesias Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado. Mario Quintana
[ 66 ]
Foi no primeiro trimestre de 2019 que
versos de poetas, como os portugueses
corporais para libertar a arte criativa de
as turmas da 1ª série do Ensino Médio
Fernando Pessoa e Camões, bem como
cada aluno. Além de danças e declama-
tiveram a oportunidade de abrir as jane-
dos poetas brasileiros Castro Alves,
ções, a comunidade escolar pôde apre-
las da imaginação e da expressão poé-
Gonçalves Dias, Vinícius de Moraes, Ma-
ciar o talento musical e dramático de
tica. Foram duas manhãs de apresenta-
rio Quintana, João Cabral de Melo Neto,
inúmeros alunos.
ções artísticas durante a Feira do Livro
Cecília Meireles, entre outros. A intenção
escolar, em que foram prestigiados os
dessa atividade era usar as habilidades
[ ENSINO MÉDIO ]
Bate-papo literário na Feira do Livro Considerando o desafio que é o prazer
Brasil na reportagem sobre “O Hábito da
da leitura em tempos digitais, o bate-
Leitura Encontra Obstáculos no Brasil”.
-papo literário deste ano trouxe os es-
Diante dessa citação, os autores e de-
critores Mateus Sperafico, Carina Corá,
mais presentes foram incitados não só
André Segalla e Pedro Guerra, bem
a ler, mas a dividir com os outros suas
como a ex-aluna Allana Boff, para com-
leituras e vivências literárias, ouvindo
partilharem suas experiências leitoras.
e contando histórias. Cada um contou
Segundo o presidente do Conselho de
quais foram suas primeiras leituras e
Administração da Livraria Cultura, Pedro
como se descobriram escritores, colo-
Herz, a dificuldade das pessoas em ouvir
caram suas opiniões sobre a influência
o que o outro tem a dizer é o que mais
digital em tempos em que a leitura está
contribui para que se leia pouco no país.
perdendo espaço. Ao mesmo tempo, os
Segundo ele, o leitor nasce em casa.
autores mencionaram a importância do
“Quando leem para ele, quando leem na
lugar que ela deve ocupar em nossas vi-
frente dele. A leitura nos obriga a ficar
das para sermos mais que receptores,
calado, ouvindo o que o outro tem a di-
sermos geradores de cultura e conheci-
zer”, disse o presidente para o Portal Um
mento.
VIAGEM A FOZ O projeto
sobre a importância
da água teve como complemento a
viagem de estudos da 1ª sé-
rie à Usina Binacional de Itaipu, a maior do mundo em produção de energia, ao Parque das Aves, às Cataratas do Iguaçu, e ao Marco das 3 Fronteiras.
[ 67 ]
osé ãoão osé
2ª SÉRIE
1901
ESQUETES LITERÁRIOS
De outros tempos para o nosso tempo... Em setembro, a escola literalmente viajou no tempo, transformando seus espaços em palco dos clássicos de Martins Pena, Sófocles, Gil Vicente e Shakespeare. Movidos pela leitura e análise de peças clássicas da literatura, os alunos da 2ª Série do Ensino Médio reviveram os conflitos, as tragédias e as comédias representan-
“Clássico é um livro o que nunca terminou u de dizer aquilo que tinha para dizer.”
do-as ao seu modo. No intuito de incentivar o gosto pelo texto literário, descobrir e incentivar talentos, bem como, articular saberes e administrar conflitos, o projeto envolveu praticamente todos os componentes curriculares e mostrou que os
Italo Calvino
clássicos, além de únicos ainda têm muito a dizer ao nosso tempo.
MUNDO FEEVALE No dia 21 de agosto, os estudantes da 2ª Série do Ensino Médio, na busca por esclarecimentos sobre as profissões, par-
“Através de todas as experiências vivenciadas em um único dia, foi um passeio de muito aprendizado e novidade. Mesmo que nesse momento seja assustador pensar em uma profissão para o resto da vida, é sempre bom ter essa participação da própria escola.” Ana Carolina Goes - Turma 204
ticiparam do projeto Mundo FEEVALE, em Novo Hamburgo. A atividade objetiva proporcionar a aproximação da vida acadêmica para conhecer as diferentes áreas do conhecimento e tecnologias. No período da tarde, seguiram para Porto Alegre passear no Centro Histórico da capital. Visitaram o MARGS - Museu de
“Todos os locais visitados fizeram com que tivéssemos contato com um grande conhecimento histórico e cultural. É inegável o fato de que essa foi uma viagem incrível para mim, tendo como parte mais significativa a oportunidade de conhecer o curso que estava interessada e enfrentar a difícil escolha. Assim, começamos aos poucos a nos direcionar para essa nova fase da vida. Bruna Parizzoto
- Turma 205
Arte do RS, o Memorial do RS, com a mostra LÃ CRUA, fios de memória e o Farol Santander, local que está ocorrendo a exposição “Saramago - os pontos e a vista”. Com certeza, a viagem proporcionou momentos únicos de convivência e aprendizado.
[ 68 ]
“Fiquei muito grata por poder participar desse projeto, poder conhecer um pouco mais sobre essa profissão encantadora. Esta viagem gerou muito aprendizado e o início de uma grande caminhada.“ Marina Corso Tonietto - Turma 205
[ ENSINO MÉDIO ] Sonhar Não Basta, é Preciso Agir
Entidade SCAN "... com o final das duas visitas conseguimos nos aproximar e conhecer lhes melhor, perceber a importância do voluntariado. Uma experiência inesquecível, que será levada em nossas lembranças para toda a vida. Aprendemos lições que nos inspiraram a sermos pessoas melhores e valorizarmos as pessoas presentes e aproveitarmos o tempo que temos..." Danielle, Isabelle, Maria Luiza, Thaís e Vitória - Turma 203
Entidade LEFAN "... a visita foi uma das experiências mais gratificantes que já tivemos. Foi um dia cheio de aprendizados, emoções e histórias que ficarão para sempre em nossos corações. Ademais o projeto nos trouxe uma lição de vida, quando percebemos que não devemos reclamar de coisas fúteis, e sim, agradecer por tudo o que temos." Bruna, Eduardo, Marina e Paula - Turma205
O projeto Sonhar Não Basta, é Preciso Agir, das segundas séries do Ensino Médio do Colégio São José, é um lindo projeto de conscientização, sensibilização e, principalmente, ação. Os alunos são convidados a visitar uma entidade assistencial e tomar contato com a realidade das pessoas assisti-
Entidade CAMI "Após uma tarde repleta de novas experiências e momentos especiais, encontramos paixões mútuas: o amor pela dança e pela arte. Uma diferente realidade foi capaz de nos proporcionar grande crescimento pessoal, nos mostrando a importância de valorizar a família e o presente." Ana Goes, Juliana, Luiza e Maria Carolina Turma 204
das, crianças, jovens, idosos ou pessoas portadoras de deficiência. Tivemos grupos que visitaram entidades
Entidade LAR DE IDOSOS SÃO FRANCISCO
que fazem trabalho assistencial mais
" ...a forma como os residentes interagiram com o nosso grupo foi emocionante e contagiante, fazendo com que sentissemos que passar à tarde com os idosos e realizar a doação foram atos muito valiosos. É algo que nunca esqueceremos."
específico e de apoio social, como banco de alimentos ou o Hemocentro. Fato indiscutível é que o ganho humano e a experiência sensibilizadora são
Giovane, Guilherme Calloni, Gustavo Anesi, Leonardo e Otho - Turma 204
enorme para os alunos envolvidos.
3ª SÉRIE
Seminário das Profissões
No dia 22 de maio maio, os estudantes da 3ª
de profissionais de diversos segmentos
Série do Ensino Médio participaram da
sociais que relataram sua experiência de
abertura do Seminário das Profissões
vida aos estudantes da escola. Para fina-
que contou com a presença de diversos
lizar a semana dedicada às Profissões, a
profissionais das mais variadas áreas,
Psicóloga Daiane Gava conversou sobre
que vieram conversar com os alunos
as “Habilidades comportamentais para
sobre suas respectivas atividades pro-
o profissional do futuro”. O objetivo da
fissionais. No dia 23 de maio foi a data
atividade é auxiliar os alunos na escolha
escolhida para o diálogo e reflexão sobre
de sua futura profissão. O Colégio São
“os desafios do presente com visão de
José agradece a presença e participação
futuro” que contou com a participação
de todos!
[ 69 ]
osé ãoão osé
1901
3ª SÉRIE
Bioética
Com o intuito de integrar as ciências
religiosas, consagrando-se como impor-
interações medicamentosas, fármacos,
naturais e as ciências sociais como con-
tante área do conhecimento por discu-
funções químicas, ect.) e as possíveis
tribuição para a sociedade em termos
tir limites e parâmetros éticos e morais
implicações éticas desta abordagem. A
de convivência, saber ouvir, respeitar
para avanços das pesquisas científicas.
culminância ocorreu nas aulas de Filo-
diferentes posicionamentos, atitude al-
Inicialmente os alunos desenvolveram
sofia, com as apresentações dos citados
truísta, reflexão e o debate de questões
pesquisas sobre os temas, num proces-
temas a partir dos itens: a questão bio-
éticas de suma importância para a so-
so de escolha e
interesse: transgêni-
lógica, a legislação brasileira e interna-
ciedade contemporânea, as disciplinas
cos, uso de tecidos e órgãos animais em
cional, a visão das diferentes religiões,
de Filosofia, Biologia, Química e Língua
humanos, vida e inteligência artificial,
prós e contras da prática e a fundamen-
Portuguesa propuseram aos estudantes
aborto, doação de órgãos, eutanásia, or-
tação nos filósofos. Nesse momento,
da 3ª série do Ensino Médio, o projeto
totanásia, distanásia, mistanásia, suicí-
transcorreu o debate intermediado por
sobre Bioética. Sendo um ramo da Bio-
dio assistido, células tronco, engenharia
um grupo debatedor. Como desenvolver
logia, que surgiu na década de 1970, a
genética, fertilização artificial, clonagem
opinião requer conhecimento, a discipli-
partir dos avanços das pesquisas gené-
e tecnologia de vigilância. Também pes-
na de Língua Portuguesa proporcionou
ticas, desenvolveu-se de forma interdis-
quisaram a química dos medicamentos
uma produção textual como constatação
ciplinar com a Biologia, Filosofia, Direito,
relacionando os assuntos vistos em aula
dos resultados obtidos pelos debates e
Ética, Medicina e até mesmo questões
com uma bula analisada (princípio ativo,
reflexões dos alunos.
Equilíbrio bioquímico e as emoções A agitação cotidiana aliada ao estresse, à insegurança e Às dúvidas são situações que paralisam os adolescentes. Por isso, um momento de relaxamento e reflexão, propiciado pelas professoras Silvana e Celeste, torna-se indispensável para as 3ª séries do Ensino Médio. Os componentes curriculares de Química e Biologia integram seus conteúdos de sistema nervoso, inteligências múltiplas e equilíbrio químico para desacelerar as ondas mentais buscando o controle das emoções. Utilizando música, técnicas respiratórias e reflexões, os estudantes vivenciaram um momento revigorante para a saúde física, emocional e mental.
[ 70 ]
[ ENSINO MÉDIO ] Gincana de Integração A importância da preservação do planeta, através de um desenvolvimento sustentável e o aprofundamento do tema ‘Fraternidade e Políticas Públicas’, foi o que norteou os trabalhos da Gincana de Integração 2019 das 3ª séries do Ensino Médio. As diferentes áreas do conhecimento propiciaram muitas atividades às equipes promovendo integração entre os estudantes e reflexões sobre o tema. O princípio da dignidade da pessoa humana foi uma constante na execução das tarefas, sendo que os estudantes surpreenderam pelo dinamismo, criatividade e comprometimento com a sustentabilidade e as próximas gerações.
Genética forense A busca incessante de conhecimento
criaram situações práticas e de reflexão
lecular. O assunto relevante que amplia
nos permitiu aproveitar um dos proje-
sobre diversos temas. No mês de abril e
a qualidade no processo ensino aprendi-
tos da Universidade de Caxias do Sul
maio, os alunos da 3ª série participaram
zagem e desperta grande interesse em
(UCS), que tem o objetivo de apoiar o
da oficina Genética Forense, ministrada
várias profissões, visto que, esclarece
ensino de conteúdos transversais ou
pela mestre Raquel Balestrin. O tema
casos criminais, auxiliando a justiça com
complementares ao currículo de Biologia
trata da utilização dos conhecimentos e
o estudo do DNA.
do Ensino Médio, ofereceu oficinas que
das técnicas de genética e biologia mo-
“As novas gerações vão mudar de carreira mais de uma vez durante a vida”. Fil Roberto Romano
olimpíada de química
A Olimpíada de Química do RS é uma
renço Neumann Seibt, da turma 301, e
competição anual voltada para estu-
Marco Antônio Piletti ,da turma 302, na
dantes talentosos em Química. A equi-
modalidade EM-3. Ambos participaram
pe olímpica do Colégio São José/2019
da Cerimônia de Premiação na Unisinos,
realizou a prova da XVIII Olimpíada de
campus de São Leopoldo no dia 18 de
Química do RS, no dia 5 de outubro, na
novembro. Agradecemos a participação
UCS. Novamente tivemos estudantes
e empenho de todos os estudantes.
destaques com menção honrosa: Lou-
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osé ãoão osé
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Projeto Terceirão 2019
A chegada à última série do Ensino Mé-
légio. Para tanto, os professores lançam,
Além de tudo isso, o projeto permite que
dio é um momento muito significativo na
anualmente, um tema gerador, sobre o
os diferentes componentes curriculares
trajetória de qualquer estudante. Vis-
qual as turmas precisam construir uma
insiram-se no contexto de aprendizagem,
lumbrar a saída definitiva da escola (ao
apresentação. Em 2019, os professores
já que o autoconhecimento se dá nas di-
menos como aluno) e, ao mesmo tem-
fizeram uma provocação importantíssi-
mensões concreta, real, material, biológi-
po, deparar-se com as incertezas que
ma na formação individual – a busca do
ca, mas também nas dimensões estética,
marcam essa ruptura – carreira, possi-
autoconhecimento. Com a consciência de
ética, cultural, artística. Motivar essa ju-
bilidades de mudança, realização de so-
que a atualidade sustentada nas tecnolo-
ventude a tornar-se protagonista de sua
nhos ou, simplesmente, a continuidade
gias e na velocidade das transformações,
própria vida é uma excelente justificativa
dos estudos - mexe com os sentimen-
aliada à constante incerteza a respeito
para engajar todos os professores da 3ª
tos dessa juventude que está se jogan-
do futuro, são cenários que exigem cada
série em um projeto grande e, conse-
do no mundo. Por essa razão, a 3ª série
vez mais habilidades socioemocionais, o
quentemente, acabar engajando os pró-
do Ensino Médio, que já vem carregada
Projeto Terceirão 2019 propõe o aforismo
prios alunos. A culminância, que ocorreu
de simbolismos, ganha no Colégio São
grego “Conhece a ti mesmo”. A partir da
em outubro com uma linda apresentação
José, há vários anos, o que já se tornou
indagação socrática, o desafio de questio-
aos familiares, é apenas o final do pro-
o tradicional Projeto Terceirão. O proje-
nar passa a ser não para fora, mas para
cesso, e que emociona sim, mas adquire
to já foi desenvolvido em diversos for-
dentro de cada um. Conhecer nossos de-
sentido quando vivenciado durante todo
matos ao longo dos anos: como festival
sejos, nossos limites, nossas capacidades
o processo. E, então, no final, resta apro-
de cinema, esquetes teatrais, mostra
e nossas fraquezas pode ser uma grande
veitar a janela que se abre para nossos
cultural e artística. Na sua essência, po-
ferramenta para nosso amadurecimento
tantos talentos escondidos atrás desses
rém, o projeto é uma oportunidade de
pessoal, profissional e educacional. Co-
rostinhos jovens. O Projeto Terceirão São
reflexão, por parte dos estudantes, a
nhece a ti mesmo é o projeto perfeito
José continua marcando as gerações de
respeito da sua trajetória na escola e,
para que estudantes possam avaliar suas
estudantes que passam pela escola.
principalmente, da sua inserção no con-
relações com a família, com o transcen-
texto que ultrapassa as paredes do co-
dente, com o amor, o medo, a coragem...
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Turma 301
Turma 302
“Quem “Q Que em so s sou ou e eu eu? u? E Eu u p pensava en e nsa ava va q que ue n ue nós ós é ós éramos ram ramo ra mo o os s a aq aquilo quilo uilo ui o q que ue u e ffaaa-
“Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no
zíamos. Então somos engenheiros, enfermeiras, pedreiros e
espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em tor-
faxineiras, mas não, não somos somente nossas ocupações,
no, e quem sabe, respirar. Compreender: somos inquilinos de
há algo além. Então, eu pensei que nós éramos nossas emo-
algo bem maior que o medo e a raiva do nosso segredo indivi-
ções: dores, amores, felicidades e tristezas, e depois... não,
dual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres
nós também não somos só isso. Na verdade, nós somos es-
e todas as lutas têm significado, como fases de um processo”.
colhas; a vida é feita de escolhas. Escolham ser saudáveis,
Trecho da obra Pensar é transgredir – Lya Luft, apresentado
escolham amar e respeitar e também escolham se dedicar aos
pela turma 302.
seus sonhos. Sim, essa é a resposta; é isso que nós somos. Nós somos o resultado de todas as nossas escolhas”.
Turma 303
Turma 304
“Todos os dias nós acordamos, nos arrumamos e vamos para
“Ao mesmo tempo que parece tão simples, a amizade é tão
nossos compromissos. Muitas vezes nos frustramos e gosta-
complexa. Ela tem o poder de ouvir com os olhos sem usar
ríamos que, por um dia, tudo fosse diferente e não tivéssemos
uma única palavra. A verdadeira amizade está em amar as
preocupações: mas a ideia não sai do pensamento e seguimos
semelhanças e aceitar as diferenças. Ser amigo é um oficio
com a nossa vida. Por quê? O que nos move e nos faz conti-
difícil. Afinal, ninguém é perfeito. Por isso são poucos os ver-
nuar? Cada um tem suas particularidades e seus próprios ob-
dadeiros amigos, os irmãos de coração. Talvez uns 10, 15,
jetivos, mas todas as pessoas buscam algo em comum: sentir.
20 dos seus 1000 seguidores do Instagram, mas será o tem-
Por isso, procure um amor para se arrepiar, um trabalho para
po quem dirá quem eles são. Ou melhor dizendo os tempos.
se inspirar, uma amizade para se aventurar, um passatempo
Tempos de alegria, tempos de tristeza, tempos de luta, tem-
para estremecer de alegria. Viver é se emocionar, coração pa-
pos de glória”.
rado apenas apodrece. Afinal, temos nosso próprio tempo.” Texto adaptado da crônica de Fabricio Carpinejar.
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Desafios do presente é tema de debate com estudantes do Ensino Médio
Vivemos em um tempo desafiador e exi-
dizer com certeza o que se quer e acer-
tração de Empresas, pós-graduado em
gente, no qual somos cada vez mais co-
tar. Então, o conselho que deixo para
Gestão de Pessoas e mestre e doutor em
brados pela sociedade. Diante desse ce-
vocês é que entrem para a universida-
Administração. Com a experiência de
nário, fica a preocupação dos jovens com
de, estudem muito e a vida irá mostrar
quem está à frente do setor de Recursos
relação ao futuro profissional. Visando
a vocês o caminho”, citou. O Frei Capu-
Humanos de uma das maiores empre-
auxiliar no processo de escolha de uma
chinho Jaime Bettega abordou a ques-
sas do país, a coordenadora de RH da
profissão, no dia 23 de maio, o Colégio
tão da Espiritualidade e do Positivismo,
Randon S.A., Silvana Gemelli, ressaltou
São José de Caxias do Sul promoveu um
qualidades
importantes
aos jovens que tão importante quanto
momento de descontração direcionado
por ele no atual mercado de trabalho,
buscar capacitação é desenvolver va-
aos estudantes dos segundos e tercei-
além de dividir com os jovens um pouco
lores éticos. “Hoje buscamos pessoas
ros anos do Ensino Médio. Na oportuni-
da sua história de vida. “O mundo está
humanas e que tenham empatia. Essas
dade, cinco painelistas, convidados pela
em constante movimento e precisamos
são competências fundamentais para
direção da escola, debateram sobre os
estar sempre renovando a nossa baga-
quem quer se diferenciar no mercado
‘Desafios do presente’ e apresentaram
gem. O conhecimento nos abre janelas
de trabalho”, apontou a profissional. O
suas experiências no segmento em que
infinitas”, argumentou o sacerdote que é
Superintendente do Hospital Pompeia de
atuam.De forma leve e descontraída, a
formado em Filosofia, Teologia, Adminis-
Caxias do Sul, Francisco Ferrer chamou
consideradas
professora de Literatura e Língua Portu-
atenção para a importância que a famí-
guesa Magda Corsetti Torresini divertiu
lia e a escola têm no processo de esco-
a todos com uma dinâmica que integrou
lha profissional do jovem. “A escolha da
os alunos. Enquanto interagiam no
profissão está baseada nas vivências do
palco, Magda abordava questões
dia a dia, na família, na escola e com
como
os amigos. Escolher uma profissão não
escolhas
profissionais,
vocações e profissões do fu-
é algo fácil, mas vocês estão em uma
turo. “Nessa fase
idade em que se busca o autoconheci-
da vida é difícil
mento. A má notícia é que o tempo voa. A boa notícia é que nós somos o piloto”, frisou Ferrer. A empresária caxiense Tatiane Pellin tem sua trajetória profissional ligada à história da empresa fundada por seus pais, a confecções Pellin. Durante o debate, ela contou aos estudantes sobre o início de sua carreira na empresa e os desafios enfrentados pela família para manter o negócio ao longo dos anos, reinventando-se e apostando em contratos com redes como Marisa, C&A e Renner. “É muito importante ter um curso superior, se aperfeiçoar, mas não quer dizer que não podemos errar e mudar. Não sabemos o que vem pela frente. O que digo a vocês é: sejam ousados, independente da área escolhida. E saibam que nada cai do céu. É necessário muito trabalho”, aconselhou.
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O Colégio São José deseja aos alunos, pais, colaboradores, amigos o e comunidade um Natall e Final de Ano e paz e luz. repletos de
osé o ã
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