Esquina Grande Tijuca n° 2

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Bares oferecem da música ao vivo às Torres de Chopp

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Maio de 2009 | Ano 1 | Nº 2 Universidade Veiga de Almeida | Comunicação Social Jornal Laboratório do curso de Jornalismo

TERCEIRA IDADE SAUDÁVEL

Exercícios e uma alimentação saudável são essenciais para manutenção da saúde na ‘melhor idade’. Os benefícios vão além do condicionamento físico, ajudando a criar novas amizades e a melhorar e manter uma boa qualidade de vida. Pág. 2

Centro de Referência da Música Carioca prevê novos projetos para 2009 Pág. 2

Cinemas dos Shoppings dominam a exibição de filmes. Pág. 5 MetrôRio finalizará obras da Estação Cidade Nova em 2010. Pág. 8

Para dar água na boca Ponto de encontro após a faculdade ou ao final do expediente, Restaurante Salete é conhecido pelas tradicionais empadinhas. Pág. 5

Serviços oferecidos na Veiga facilitam a vida dos estudantes Maior inimiga da via moderna, a falta de tempo vem sendo driblada pelos alunos da UVA, que podem usufruir de caixas eletrônicos a salão de beleza. Pág. 2

Fluxo alterado para diminuir o trânsito na Praça da Bandeira Pág. 7


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Maio de 2009 | Ano 1 | Número 2

Cenário da música carioca ganha novos projetos para 2009 Com objetivo de trazer mais visibilidade ao Centro de Referência da Música Carioca, o novo diretor aposta em ações educacionais e de entretenimento Tatiane Vargas e Thaís Genuíno

nar realidade. Segundo Cláudio, a continuidade da parceira é fundamental para as crianças das comunidades da Tijuca e adjacências.

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“A meta da minha direção é ampliar a utilização deste espaço maravilhoso e dar visibilidade ao Centro” Cláudio Jorge de Barros ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O palacete traz exposições no primeiro andar e administração no segundo

O Centro de Referência da Música Carioca agora apresenta Arthur da Távola no nome. Além dessa mudança, passa a ter a direção artística do cantor e compositor Cláudio Jorge de Barros. E não as novidades não param por aí, já que a finalidade é trazer mais projetos em 2009, além de levar a frente os antigos. Entre os planos, Cláudio destaca a pretensão de criar um novo conceito para a vocação do Centro e descrever o que realmente é a música carioca. O projeto conta com participação da pesquisadora Rosa Samit, que ajudará na parte de documentação e pesquisa sobre o cenário da música carioca. Outra possibilidade para 2009 vem de uma parceria com o “Tim Música na Escola”, com o objetivo de formar uma orquestra de 60 crianças da Instituição. A idéia foi lançada em 2008, mas somente este ano poderá se tor-

“Não há melhor lugar para este projeto acontecer, somos um Centro dedicado à memória, à criação, à pesquisa e ao ensino de diferentes ritmos brasileiros e contamos com toda uma infraestrutura para atender e ensinar música a essas crianças”, explica. A criação de uma programação matinal aos domingos para as crianças também está nos planos, além de workshops, shows, exposições e eventos gratuitos. Os projetos antigos como o Hóspede do Mês, os Master Classes e o Cineclube continuam na grade de programação do Centro. “A meta da minha direção é ampliar a utilização deste espaço maravilhoso e dar visibilidade ao Centro. Fazer com que todos os moradores do Rio de Janeiro conheçam e desfrutem do local”, conclui ele.

O auditório tem capacidade para receber 200 convidados

Pró-Reitor Comunitário: Dr. Antônio Augusto de

Edição e reportagens: alunos do 7º período,

Andrade Magaldi

disciplina Oficina de Jornalismo

Diretor Administrativo-Financeiro: Mauro Ribeiro

Professor-orientador e diagramação: Érica Ribeiro

Lopes Diretor do Campus Tijuca: Prof. Abílio Gomes de

AgênciaUV A AgênciaUVA

Carvalho Júnior

Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da Comunicação,

Diretora Acadêmica: Mônica Aragon

2º andar. Tijuca, Rio de Janeiro - RJ 20271-020 Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 319 e 416)

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca Ano 1 | Número 1 | Abril de 2009 Reitor: Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior

Curso de Comunicação Social reconhecido pelo

Site: www.agenciauva.com.br

MEC em 07/07/99, parecer CES 694/99

e-mail: redacao@agenciauva.com.br

Coordenador: Porf. Luís Carlos Bittencourt

Oficina de Propaganda: criativo@uva.br

Coordenador de Publicidade: Prof. Oswaldo Senna Impressão: Gráfica O Lance

Vice-Reitor: Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva Pró-Reitor Acadêmico: Arlindo Cadarett Vianna

O Esquina Grande Tijuca é um produto da AgênciaUVA

Tiragem: 2.000 exemplares


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Carta ao leitor Nonononono

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O exercício físico na ‘melhor idade’ Ana Quintela e Isabel Gomes

Se sua avó ainda faz crochê, esqueça. Com o crescente número de pessoas da terceira idade frequentando academias, aulas de natação e dança, elas largaram as agulhas e estão tomando conta desses ambientes. A realização de atividades físicas pela ‘melhor idade’ tem aumentado assim como a diversidade e elaboração de exercícios exclusivos para esse público. O aumento da expectativa de vida e da preocupação com o bem estar físico e mental são os principais fatores que levam a procura. Para realizar qualquer atividade, deve-se ter o acompanhamento de um médico e passar por uma avaliação física. A veterinária Maria Santos Martins, de 62 anos, começou a fazer hidroginástica no condomínio onde mora há cerca de dois anos e sentiu logo os benefícios: “Comecei a fazer hidro por recomendação da minha médica, estava com alguns quilinhos a mais e sentia dores nas costas. Perdi peso, melhorei meu condicionamento físico e me sinto muito melhor, física e mentalmente”. Os benefícios desses exercícios vão além do condicionamento. Para o fisioterapeuta Anderson Leocádio, de 24 anos, o envelhecimento leva o corpo a ter diversos distúrbios que avançam gradualmente. A inatividade do idoso só piora essa situação. “A atividade física soma mais um soldado no estimulo hormonal e imunológico. Se feita de forma coletiva age também na vida social dos idosos, de forma que possam interagir, melhorando o corpo e a mente”, afirma. Algumas pesquisas também confirmam a importância da atividade física para a manutenção da saúde. Em uma delas, publicada na revista científica Plos Medicine, médicos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, comprovaram por meio de estudos que a expectativa de vida aumenta em 14 anos quando se têm hábitos saudáveis como não fumar, ter uma boa alimentação e, principalmente, se exercitar regularmente. Com base nesses dados vale lembrar que alguns estabelecimentos na Tijuca, como a academia By Fit Club, a Escola de Natação Raia4 e o Centro Coreográfico da Tijuca, oferecem exercícios voltados para a ‘melhor idade’. As atividades nesses locais vão desde natação e yoga até aulas de dança, exercícios aeróbicos e hidroginástica. É só escolher o exercício que mais agrada e partir para a aula. A agulha que fique no sofá.


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Música ao vivo e Torres de Chopp são os principais atrativos para os frequentadores da noite tijucana Eduardo Negri e Carlos Eduardo Cardoso Foto: Eduardo Negri

Música realmente faz parte da vida noturna tijucana. Em meio à crise e aos altos índices de violência que amedrontam a cidade do Rio de Janeiro, os donos dos bares e restaurantes da Tijuca têm apostado em outras formas de fidelizar seus clientes. Porém, não só a variedade gastronômica de seus restaurantes e os preços que atraem a clientela. A música ao vivo é um boa pedida para quem busca diversão nas noites do Rio. Pequenos bares optam por contratar músicos desconhecidos para se apresentarem sozinhos, em duplas e em trios. Mas há também estabelecimentos maiores que preferem investir em algo mais audacioso como o Bar e Restaurante Buxixo. Localizado na badalada Praça Varnhagem, próximo ao estádio do Maracanã, o Buxixo oferece uma programação variada, abrangendo diversos estilos musicais de segunda a segunda. Dj’s, bandas famosas e artistas como Jorge Vercillo, Roupa Nova e Pepeu Gomes são alguns dos que já passaram por lá. “Desde que foi inaugurado, em agosto de 2001, o Buxixo é destaque e está sempre lotado” afirma Marcelo Ferreira, gerente da área de marketing. Segunda-feira no Buxixo é dia de se ouvir sucessos da MPB com voz e violão. As quartas, tem roda de samba e

muita animação dando o tom do agito. Nas noites de sexta e sábado, rola o melhor do pop rock dos anos 80 e 90 na festa Go Back. A curtição é marcada por shows de grandes bandas, sempre com apresentações bastante concorridas, o que já se tornou marca registrada na região. Por fim, aos domingos, um público de alto astral e de belo visual curte e dança funk até de madrugada. Uma prova concreta de que este projeto se consolidou é a banda Anjos da noite. O grupo, que se apresenta há oito anos na casa, se firmou no cenário musical, conquistou fãs e mostrou que investir em música ao vivo é um empreendimento lucrativo, principalmente em um bairro com bom poder aquisitivo e sedento de opções para os notívagos.

Bares oferecem nova forma de servir chopp Desirée Moreira e Márcia Nunes

Os bares e restaurantes da Zona Norte estão ganhando forma de noitada com as novidades implantadas nos menus e nos preços. Disputando a clientela com estabelecimentos e cardápios já tradicionais, alguns bares da Praça Varnhagen, o point da Tijuca, estão com um novo atrativo: as Torres de Chopp. Garçom do Garota da Tijuca, Arcanjo Araújo Pinto de 40 anos, fala sobre a vantagem da torre de chopp. “Ela é a mais procurada porque rende uma tulipa a mais, em relação ao preço”, explica o garçom. A nova sensação das noites tijucanas está conquistando principalmente o público jovem, com diversão em grupo garantida, qualidade e bom preço. As torres de chopp custam entre R$20 e R$30, enquanto o avulso custa em média R$3 cada tulipa. Rafael Augusto de 22 anos é um dos adeptos à nova moda. “Em vez de ir para noitada, enfrentar fila nas boates, prefiro estar num barzinho perto de casa, dividindo uma torre de chopp geladinha com os amigos”. A descontração, a novidade e a praticidade vêm juntas, atraindo cada vez mais pessoas a compartilharem suas noites em volta das mesas dos bares com suas Torres de Chopp.


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O templo da empada e da boemia na Zona Norte Juliana Machado e Renato Cozta

Reprodução Internet

Se o motivo para a fundação do restaurante foi religioso, hoje a gula é o pecado que responde pelo sucesso da casa. E não é por menos. O Salete tem no cardápio mais de 40 opções, entre filés, pizzas, petiscos e risotos. A tradicional empada do local - feita artesanalmente e com recheios variados - custa a partir de R$2,10. Muito pouco para a massa que tem sabor maravilhoso e que derrete dentro da boca, como contam alguns frequentadores. Para os clientes mais assíduos, passar pelo restaurante é quase uma procissão de fé, cumprida religiosamente todos os dias. “Sempre na volta da faculdade passo pelo Salete para comer pelo menos uma empadinha. Isso quando eu não levo para casa”, diz Leonardo Araújo, enquanto pede para o atendente

Foto: Divulgação

Os azulejos brancos e azuis identificam um ponto tradicional na Rua Afonso Pena 189, na Tijuca. Ali funciona há 52 anos o Restaurante Salete, catecismo tradicional para quem quer conhecer a boemia do bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. O local é reverenciado pelo sabor das empadas e por ser ponto alto do happy hour da sexta-feira tijucana. O nome da casa nasceu da devoção por uma santa de origem francesa, quando o fundador do local, Manolo (?), imigrou para o Brasil. “O meu avô trabalhou por muito tempo em um restaurante na Espanha e quando chegou aqui, quis ter o seu próprio negócio. Então, quando ele fundou este espaço, deu o nome em homenagem a Nossa Senhora da Salete”, conta Hélio (?), um dos atuais administradores.

do balcão embrulhar quatro unidades do petisco. Para quem resolver entrar e sentar para saboreá-las, a boa pedida é um chope para acompanhar.

Cinemas de rua extintos na região Ricardo Almada, Jeferson Rodrigues e Tatiana Carvalho

provavelmente um dos maiores vilões pelo fim dos cinemas de rua. No Shopping a segurança é constante e o conforto supera o forte calor da Saens Peña, um ponto favorável do complexo que acaba de completar um ano. O novo modelo trazido às salas de todo o Brasil apresenta novas tecnologias que nem a Ana Maria e muito menos a Anna Martins pensaram em desfrutrar durante a juventude, mas uma coisa é certa, não há tecnologia que traga de volta a magia do cinema à uma certa praça, que um dia já foi chamada de Cinelândia da Zona Norte. Foto: Tatiana Carvalho

Imagens, trilhas sonoras, roteiros originais. Juntos, na memória de cada indivíduo, relembram uma época quando o cinema agitava a vida cultural tijucana. Durante a década de 80, no auge das salas, a praça Saens Peña, região nobre da Tijuca, reunia oito opções de espaços para cada espectador. Hoje, mais de 20 anos depois, os cinemas tijucanos se concentram apenas em um Shopping, dando um ar comercial a mais para a sétima arte na Zona Norte, acabando com a liberdade de escolha do espectador. “Você acaba indo a um lugar que tem tudo que se precisa, tudo mesmo. Menos um bom filme. Só passa blockbuster”, analisa a promotora de eventos Anna Martins, sugerindo o atual tom consumista

da indústria cinematográfica. O consumismo sugerido pela promotora é o que movimenta a economia e com os filmes não é diferente, tal como os produtos vendidos na vitrine, se esgotam rápido e quando menos se espera, saem de cartaz, diferente da violência, figurinha carimbada na vida do tijucano. “Tinha como passear na Praça de mão dada, olhar vitrine, escolher o filme com calma, tomar um café no Palheta, namorar. Hoje ninguém mais dá bobeira por lá (sic). Tem que ficar de olho”, confessa Ana Maria, Enfermeira, de 52 anos, confirmando o ar de insegurança que paira na Tijuca,


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Maio de 2009 | Ano 1 | Número 2 Fotos: Valéia Cesário

Segurança e praticidade no dia a dia universitário Edi Meira, Flávia Martins e Valéria Cesário

Acordar cedo todas as manhãs e passar batido pela mesa do café, principal refeição do dia. Chegar ao escritório e mal ter tempo para almoçar. Sair do trabalho torcendo para não se atrasar para a faculdade. Qualquer semelhança com esta rotina não é mera coincidência, uma vez que a maioria dos brasileiros se depara com este corre-corre diariamente.

Caixas eletrônicos facilitam a vida dos que não tem tempo para ir ao banco

Mas e as refeições, as contas para pagar e até mesmo o cuidado com a beleza? Realmente, parece não nos sobrar tempo para coisas corriqueiras. A sorte de muitos estudantes e profissionais é poder contar com um espaço dentro de suas universidades onde funcionam restaurantes, lanchonetes, xerox e até mesmo bancos. É o que acontece, por exemplo, no campus da Universidade Veiga de Almeida. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

“Com um salão aqui não me preocupo em ter que fazer as unhas no fim de semana. Uni o útil ao agradável”

No Beni, alunas aproveitam para cuidar do visual entre uma aula e outra

ção da Universidade e integrante do grupo de profissionais que aprovam a abertura dos estabelecimentos. Depois da aprovação, a proposta passa pelo Reitor, Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior, que dá o aval. O assessor esclarece ainda que não é permitida a venda de cigarro e bebidas alcoólicas dentro do campus e que a Universidade costuma interferir na conservação do interior das lojas, para que não haja nenhum problema com a vigilância sanitária. Não só a faculdade se preocupa com bem-estar da clientela, mas também os lojistas, como André Luiz Dias, de 48 anos. Dono da loja Folheados há 13 anos, ao abrir seu negócio tinha como proposta comercializar lanches rápidos que agregassem valor alimentício ao cliente. Tanto é que um dos diferenciais é a venda de sucos feitos com frutas frescas e não com suas polpas e seu principal atrativo é a venda de sanduíches naturais, onde o próprio cliente escolhe os ingredientes.O que termina por satisfazer todos os tipos de clientes. E Ivan Mota, de 27 anos, funcionário da ‘Folheados’ concorda: “Eu adoro o que faço, é muito bom atender bem aos clientes e ter um bom relacionamento com os colegas de trabalho. Como vemos os alunos todos os dias, isso facilita muito a maneira como lidamos com eles e passamos a conhecer suas preferências”. Ao que parece, ter diferentes estabelecimentos que prestam serviços variados, suprindo as necessidades de alunos, profissionais e eventuais visitantes do campus, é algo que trás benefícios a todos os envolvidos.

Luciana Manhães ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A professora de Nutrição, Luciana Manhães, de 27 anos, considera o salão Beni Coiffer localizado na Vila da UVA, uma ótima iniciativa. “É a primeira vez que venho ao salão e estou muito satisfeita. Achei a idéia ótima. Com um salão aqui não me preocupo em ter que fazer as unhas no fim de semana. Uni o útil ao agradável”, comenta. Porém, para que um espaço comercial seja aberto na faculdade é necessário muito estudo e reflexão. “Um lojista está interessado em abrir uma loteria, mas está em estudo pelo fato de ser jogo, mesmo legalizado. E também por questão de segurança, pois a loteria lida com dinheiro”, explica Rui Cunha, assessor de Comunica-

Ana e André do Folheados oferecem lanches rápidos e com valor nutritivo


Maio de 2009 | Ano 1 | Número 2

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Obra para desafogar o trânsito da Praça da Bandeira Fotos: Diego Vicente

Diego Vicente, Roberto Bernardo e Gabriel Peres

Apesar de inaugurado, o acesso à Rua São Cristóvão continua em obras

O motorista que sofria com os problemas causados pelos constantes engarrafamentos na Praça da Bandeira, agora vê uma luz no fim do túnel, ou melhor no fim da rua, pois para desafogar parte do trânsito no local, a prefeitura inaugurou na manhã do dia 7 de março, um novo acesso na Rua Ceará para quem deseja chegar a São Cristóvão. O novo acesso é uma alternativa a caminhos já conhecidos como a Av. Francisco Bicalho, o Viaduto Engenheiro Paulo de Souza Reis ou o Viaduto de São Cristóvão, que passa sobre a linha férrea.

Apesar da melhoria na infraestrutura da rua, moradores e comerciantes divergem quanto aos benefícios da obra. “Me dá medo pensar que agora meu filho pode sair para brincar e um carro passar “voado” e atropelá-lo”. Renan César, morador da rua há mais de 20 anos, preocupado com a segurança de seu filho Matheus, de apenas 4 anos de idade. Já o empresário conhecido como “Zequinha” dono de uma loja de motos da região, decidiu expandir sua oficina. Para ele, aquela zona agora pode ser conhecida como um pólo de oficinas especializadas em motocicletas. “Se os meus companheiros aqui da rua estiverem pensando grande como eu, podemos acabar com essa de a Rua Ceará ser um grande prostíbulo. Se todos colocarem a cabeça para pensar isso aqui será a rua das motos”. Quem também ficou feliz com essa mudança, foram os motoristas que precisam chegar ao bairro de São Cristóvão. Exemplo desse contentamento é o aposentado Ricardo de Jesus. “Nossa como é bom não ter que passar, aliás, esperar, por um enorme engarrafamento. Quando chove então, por Deus, o trânsito chega a me dar medo”. Esse projeto não foi pensado só para tapar buraco ajudando os motoristas que por ali circulam. Certamente trará benefícios a curto e longo prazo para o desenvolvimento da região, já que ela passará a ser mais movimentada.

Prefeitura sinaliza por meio de faixas a nova rotatótia entre a Avenida Pedro II e a Rua São Cristóvão. O percurso foi criado como opção para os motoristas que passam pela região diariamente, evitando acidentes e diminuindo o fluxo do trânsito na Praça da Bandeira


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Maio de 2009 | Ano 1 | Número 2 Imagens cedidas pelo Metrô Rio

O projeto para a Estação Cidade Nova, com capacidade para 20 mil entradas/dia, terá conexão para a Rodoviária e passarela de acesso à Prefeitura

Extensão do metrô trará mais conforto nas viagens Aline Vassali e Raphael Abreu

A vida para quem mora na Tijuca e adjacências será facilitada a partir de março de 2010. Ao menos é o que prevê o projeto Metrô Século XXI, que apresenta, entre as propostas, o fim da atual baldeação de passageiros que vem da Linha 2 para a Linha 1 na Estação Estácio. Com a construção da Estação Cidade Nova, já em andamento, aumentará o número de usuários por dia. A alteração será a partir da Estação São Cristóvão que ligada diretamen○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

“O trajeto de quem vai da Saens Peña ao Centro e Zona Sul será melhor, poderei respirar mais aliviado”

vem da Linha 2 para o Centro e a Zona Sul ou no sentido contrário”. Isto já começa a mexer com a cabeça da população tijucana. O funcionário público Henrique da Rocha acredita em benefícios e maior tranquilidade ao viajar. “O trajeto de quem vai da Saens Peña ao Centro e Zona Sul será melhor, poderei respirar mais aliviado”.

Nova estação na Tijuca Para Henrique, a Uruguai facilitará para os que moram ou precisam ir até ali. “Apesar de próximas, não dá para ir a pé, sem contar que evitaremos os congestionamentos no horário de pico”, explica. Ainda não há planta para a Estação, pois a prioridade do momento é a finalização das obras de interligação da Linha 2. “A extensão da Linha 1 iniciará em 2012, com as obras de recuperação de 1Km de via do rabicho da

Henrique da Rocha ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

te à Cidade Nova irá até Botafogo. A Linha 1 continuará com a circulação normal, mas sem que haja o encontro do fluxo de passageiros das duas linhas. Segundo a assessora de imprensa do Metrô Rio Cristina Valente, o projeto possibilitará a circulação de mais composições e trará mais conforto aos passageiros. “Um dos principais benefícios será acabar com o transbordo no Estácio, encurtando a viagem de quem

Detalhe do novo trajeto presvisto para ficar pronto em março de 2010, ligando as estações Pavuna e Botafogo

Tijuca, que vai da praça Saens Peña até a esquina da Rua Conde de Bonfim com a Rua Uruguai, local da futura estação. A previsão é que esteja finalizada até 2014”, diz a assessora Cristina Valente. Além dos moradores, este projeto também beneficiará alunos das instituições de ensino e funcionários das diversas empresas da região, principalmente nos horários de pico e em ambos os sentidos. Para a estudante de biologia da Universidade Veiga de Almeida, Cássia Teixeira, que trabalha na Cinelândia e estuda à noite, só há elogios ao novo projeto. “Será muito melhor, poderei sair do meu trabalho sem ter que pegar aquela superlotação e confusão no Estácio, que às vezes até me faz chegar atrasada nas aulas”, comemora a estudante, que desce na Estação São Cristóvão, próximo à UVA.


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