Aves urbanas transmitem mais de 20 doenças Os pombos estão por toda a cidade e, além da sujeira, passam doenças que podem ser fatais
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Universidade Veiga de Almeida | Comunicação Social Jornal Laboratório do curso de Jornalismo
Bairro de São Cristóvão oferece museus e passeios turísticos, educacionais e recrativos A região já foi repleta de casarões e abrigou a família real no Brasil. Hoje, as construções preservadas deram lugar a museus e instituitos de pesquisa. Com uma caminhada, é possível visitar, por exemplo, a Casa da Marquesa de Santos, onde se pode ver a entrada de um túnel, que, supostamente, vai até a antiga residência de D. Pedro I na Quinta da Boa Vista 4e5
Teatro livre Tijucanos aprendem no Clube América uma forma de melhorar a comunicação pessoal e conquistar novas amizades 3
Mãe-aluna Danielle Feijóo ficou grávida durante a faculdade. Assim como ela, muitas outras estudantes dividem o tempo entre filhos e livros 8
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Seguro não cobre prejuízo Estragos por enchentes e desmoronamentos podem não estar segurados em apólice 7
Conceito aliado à prática UVA oferece estágio para o estudante ter um primeiro contato com a prática profissional
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Copa do Mundo e chegada de UPPs valorizam a região e imóveis já custam 20% a mais. Procura e valor de aluguel também cresce 6 20/04/2010 09:12:58
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Carta ao leitor A edição número 7 do Esquina Grande Tijuca traz um pouco de tudo. Você encontrará matérias sobre as Unidades de Polícia Pacificadora, que tanto interessa a toda população; sobre o curso de teatro do clube América, que não tem a intenção de formar atores e sim melhorar a socialização entre as pessoas; e ainda sobre a valorização de imóveis na região por conta da Copa do Mundo de 2014. Mas não fica por aí. Nas páginas 4 e 5, é possível conhecer algumas riquezas preservadas da Era Imperial. Logo ao atravessar a passarela, que leva da Radial Oeste ao bairro de São Cristóvão, está a Quinta da Boa Vista, onde fica o Museu Nacional e o zoológico do Rio de Janeiro. Pertinho dali, o Solar da Marquesa de Santos, que, segundo contam, possuía um túnel para a residência da família real. Você também encontrará nesta edição: o combate ao estresse com a massoterapia, a proliferação de pombos na região e os problemas que eles podem causar, e a dificuldade de se conciliar trabalho e estudo, ou ainda, a tríade estudo, trabalho e filhos.
Foto: Stéfano Aguiar (NFoto)
Evento: 6ª Semana da Comunicação Karine Maia
O curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida promove a 6ª Semana de Comunicação entre os dias 26 e 30 de abril. O evento terá a participação de profissionais de Comunicação de diversas áreas e, nesta edição, trará para debate a cobertura da Copa do Mundo no rádio e na TV, a importância do fotojornalismo e a organização de grande eventos, além de oferecer oficinas de produção de TV, de câmera e sobre direito do consumidor. A 6ª SECOM é organizada pelos alunos de Comunicação Social com o apoio da coordenação do curso, tem entrada gratuita e aberta à participação da comunidade. A programação e as inscrições estão disponíveis no site da Agência UVA (www.agenciauva.com). O publicitário Francisco Lucchini, da agência QUE, participou da 5ª SECOM
UVA incentiva prática profissional Foto: Juliana Alchorne
Juliana Moreira Alchorne
Muitos estudantes de Jornalismo encontram dificuldades em ingressar no mercado de trabalho. Além da alta concorrência, diversas empresas, na hora da contratação, pedem aos seus candidatos experiência profissional. Atenta a essa exigência, a Universidade Veiga de Almeida oferece a oportunidade de estágio por meio da Prática Profissional, realizada na própria Instituição. O coordenador do curso de Jornalismo, Luís Carlos Bittencourt, acredita ser fundamental essa preparação durante a faculdade. “É importante que a Instituição tenha essa iniciativa, pois nem todos conseguem arranjar um estágio e assim os alunos podem ter uma visão mais ampla da profissão e agregar melhores conhecimentos”. Durante a prática, os futuros jornalistas exercem atividades nas áreas de assessoria de
Valéria faz parte da equipe da Agência UVA durante a Prática Profissional
imprensa, produção de TV, redação, fotojornalismo e radialismo. As alunas Mônica Tu r b o l i e Va l é r i a C a s t o r escolheram atuar na Oficina de Jornalismo, onde possuem a função de repórter para o site Agência UVA. Além de redigirem matérias, elas também executam o trabalho de mídia digital, sob a coordenação de Danielle Chaia. Além da vantagem de capacitar e formar melhores profissionais, o estágio pode fazer com que o aluno desenvolva alguma habilidade. A aluna
Reitor
Curso de Comunicação Social reconhecido
Apoio: AgênciaUVA
Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior
pelo MEC em 07/07/99, parecer CES 694/99
Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da
Vice-Reitor
Coordenador:
Comunicação, 2º andar. Tijuca, Rio de
Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva
Prof. Luís Carlos Bittencourt
Janeiro - RJ 20271-020
Pró-Reitor Acadêmico
Coordenador de Publicidade:
Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 416)
Arlindo Cadarett Vianna
Prof. Oswaldo Senna
Site: www.agenciauva.com.br
Pró-Reitor Comunitário
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca Abril de 2010 | Ano 2 | Número 7
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Luana Lopes se identificou muito com o Telejornalismo e optou por conhecer mais sobre a área no Centro Multimídia de Treinamento e Pesquisa (CMTP), que produz material audiovisual para a TV Uva e para Web TV. “Sempre tive uma grande vontade de ser produtora, e lá posso acompanhar e participar de todas as etapas, enquanto não consigo arranjar um estágio“. A coordenadora do CMTP, Mônica Miranda, afirma que a prática profissional nesse setor é importantíssima, já que é uma área mais dinâmica.
e-mail: agencia@uva.br
Dr. Antônio Augusto de Andrade
O Esquina Grande Tijuca é um produto da
Magaldi
Oficina de Jornalismo
Oficina de Propaganda
Diretor Administrativo-Financeiro
Repórteres:
e-mail: criativo@uva.br
Mauro Ribeiro Lopes
Alunos do 7º período, Oficina de Jornalismo
Diretor do Campus Tijuca
Professor-orientador e edição:
Impressão: Gráfica O Lance
Prof. Abílio Gomes de Carvalho Júnior
Érica Ribeiro
Tiragem: 2.000 exemplares
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Aulas de teatro para a comunidade no América Valéria Castor
A arte teatral aproxima a comunidade, transforma tímidos em extrovertidos e serve de fuga para aqueles que querem esquecer dos problemas que a vida proporciona. Essas são algumas das razões que motivam as pessoas a se interessarem
pelo Curso Livre de Teatro, disponibilizado no América Futebol Clube, na Tijuca. As aulas são para iniciantes e não formam atores, o que explica o termo ‘livre’. Funcionam como uma descoberta sobre os segredos dos palcos. “Tem gente Foto: Divulgação
O curso de teatro do América estimula a arte e desenvolve a personalidade
que quer fazer aula de teatro, mas fica com vergonha de entrar em um local profissionalizante. Então, procuram um curso para se desinibir para benefício próprio”, explica Ângela Andrade, professora que teve a iniciativa no clube. Isadora Motta, que vai às aulas acompanhada pela mãe, se encaixa nesse perfil. “Entrei no grupo porque sou muito comunicativa. Quis aproveitar isso a meu favor”. Já a colega de classe Laila Gomes, sempre sonhou em se profissionalizar no ramo. “Eu vim para cá porque quero ser atriz. Sempre adorei peças”, afirma. Mesmo com os benefícios proporcionados pela prática, a quantidade de alunos diminuiu nos últimos anos. Ângela revela que a queda é preocupante.
“Tive várias turmas. De adultos, adolescentes e crianças a partir de nove anos. Mas, por necessidade de espaço, precisamos nos desfazer de alguns horários”. Ela compara o número de vezes que lecionava com o da atualidade: antes dava três aulas semanais e hoje passou a apenas uma. A lição de se expressar com clareza, incutida nas artes cênicas, é a que o diretor responsável pelo teatro do América, Wilson da Graça, pretende disseminar dentro do curso. “A minha ideia é que adultos e crianças se desenvolvam pessoalmente. É preciso ter liberdade de estar perto das pessoas sem se contrair, e isso, para muitos, não vêm espontaneamente. O teatro pode ser uma chance para aprender”. Foto: Nathalya Araújo
Combate ao estresse Nathalya Araújo
A massoterapia é uma técnica voltada para pessoas que precisam de um momento para esquecer os problemas de uma rotina corrida e intensa decorrente da atualidade, uma vilã para a saúde e o bem estar. E também para aqueles que procuram qualidade de vida, idosos e gestantes. Os mais apressadinhos também podem aliviar suas tensões de um dia de trabalho sentado em uma cadeira em apenas 15 minutos. Porém, para a massoterapeuta Paula Barros, proprietária de uma clínica especializada, o ideal é se Foto: stock.schng
Massagem com pedras
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dedicar por uma hora a cada semana para esta atividade. Segundo a especialista, os principais benefícios desta modalidade são o relaxamento muscular e a melhora da circulação sanguínea que em seguida proporcionam bem estar. Além disso, para ela, o fator que mais a impressiona é a capacidade de ajuda no rendimento no trabalho de seus clientes. Uma da técnicas mais procuradas é a massagem relaxante que, segundo Paula, os clientes procuram principalmente para soltar os nódulos na região do trapézio. Outra muito solicitada é a massagem com pedras quentes. A dona de casa Maria Elisabeth, de 49 anos, se interessou na sua primeira visita ao Espaço Paula Barros, há quatro meses, pela auricoterapia, uma técnica que trabalha energia e equilíbrio, e hoje é adepta da massagem modeladora e da drenagem linfática. “A massoterapia me
A massoterapeuta Paula Barros afirma que o relaxamento alivia as tensões
trouxe equilíbrio, até a minha unha ficou mais forte, nunca pensei que isso tinha alguma relação”, relata. Hoje, com a graduação em Estética, esta prática entrou para o ramo da saúde. Para quem duvida que estética e saúde caminham juntas, a esteticista Aline Souza, dona do estúdio Roselier, garante que massagens estéticas melhoram a circulação e a retenção líquida das áreas modeladas, além disso, o cliente passa a se cuidar mais e a se preocupar mais com a alimentação.
A professora Luana Tarcila, de 29 anos, que há três não falta às sessões de drenagem linfática uma vez por semana, concorda com Aline e afirma que o resultado estético ajuda no cuidado com a saúde. “A partir do meu tratamento cortei certos alimentos e passei a praticar esportes, além de não sofrer mais com as fortes dores que a celulite causava”, afirma ela. Hoje a massagem pode ser feita em qualquer local, em um spa, na praia ou ate mesmo no shopping, enfim, basta o cliente estar disposto a relaxar e desejar uma melhor qualidade de vida.
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O Coração do Bairro Imperial Quem passa hoje pelas ruas do bairro de São Cristóvão não imagina que ali moraram reis e rainhas. A região, colonizada pelos jesuítas, foi modernizada com a chegada da família real ao Brasil em 1808, quando D. João adotou a a Quinta da Boa Vista como residência oficial. Ali, nasceram e cresceram D. Pedro I, D. Maria II, D. Pedro II e a Princesa Isabel.
Ao longo do período imperial, principalmente com D. Pedro II, o bairro ganhou iluminação pública, indústrias, central telefônica e um centro de estudos avançados em astronomia, o Observatório Nacional do Rio de Janeiro. Com o fim do reinado, a residência oficial virou o Museu Nacional e o crescimento desordenado transformou o visual do bairro. Foto: Luiz Guimarães
Claudia Barbosa
Percebendo o a necessidade de contar a história da época do império à população, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro lançou em 2008 o projeto Por Dentro da Quinta, com uma parceria entre Guarda Municipal do Rio de Janeiro e Riotur. O objetivo é contar cada detalhe da história dos moradores mais ilustres do Bairro Imperial, como um livro a céu aberto. Foto: stock.schng
A Quinta da Boa Vista é um marco importante na construção da História do Brasil. Em 1565, parte da área da Fazenda de São Cristóvão foi concedida aos jesuítas por Estácio de Sá. Em 1803, sob a posse do comerciando português Elias Antônio Lopes, as terras ganharam um grande casarão, que em 1808 passou a abrigar a família real. A residência oficial do imperador foi berço de fatos de ci siv os par a e vol uç ão
do país. Em 1886 recebeu a primeira linha telefônica. Apenas três anos depois, sediou a primeira Assembléia Constituinte Republicana, que elegeu o primeiro presidente da República e promulgou a Constituição de 1891. A Quinta da Boa Vista acabou tendo sua área de extensão reduzida com as diversas reformas realizadas ao longo do tempo, entretanto não perdeu o seu contexto
Visitar o zoo à noite é o bicho! Sandro Miranda
Passear no Zoológico do Rio de Janeiro apenas durante o dia é coisa do passado. A moda agora é visitar os animais também à noite. Desde o surgimento do projeto “Caminho das Tochas”, no ano passado, a Fundação RioZoo tem recebido um número cada vez maior de pessoas que querem conhecer os hábitos noturnos de corujas, tamanduás-mirins, ouriçoscaixeiros, antas e répteis. Segundo a assessoria de imprensa da RioZoo, o passeio é feito todas as terças, quartas e quintas, das 18h às 20h. Neste período, grupos de trinta
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pessoas, orientadas por biólogos e veterinários, percorrem uma rota previamente determinada, iluminada por tochas, dentro das dependências do zoológico.
Passeio
Ao contrário do que muita gente imagina, a aparência cansada ou triste de alguns animais na parte da manhã não se deve a maus tratos ou doença, mas sim ao fato de que muitos deles conservam seus hábitos em uma outra parte do dia, quando o sol já deu lugar à lua. Desta forma, é possível reparar como eles
histórico. Apesar de não possuir sua vegetação primitiva, o parque é um dos maiores da cidade e ainda preserva parte do paisagismo realizado entre 1866 e 1876 pelo botânico francês Auguste François Marie Glaziou. As visitas são guiadas por guardas municipais nos principais pontos turísticos do parque e ocorrem Às terças, quintas e sábados, com grupos de, no mínimo, dez pessoas. reagem de forma bem diferente dependendo da hora em que estejam sendo observados. Mas uma das maiores reclamações de quem visita o zoológico, seja de dia ou à noite, é quanto à sujeira que se vê em algumas partes do local. Sobre este assunto, a Ouvidoria da Prefeitura do Rio dá o recado: “Temos uma equipe de limpeza que trabalha de segunda a segunda no parque, porém recebemos enorme público todos os finais de semana e infelizmente nem sempre é possível controlar a produção de lixo e seu depósito em locais inadequados”, informa. Ou seja, é fundamental que os visitantes também zelem pelo Zoo. Os bichos agradecem.
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Imagem: Google Maps
Museu alia história e ciência Luiz Guimarães
Fundado em junho de 1818 por D. João VI, o Museu Nacional, antes conhecido como Museu Real e localizado no Campo de Sant’Anna, estimula o estudo e o conhecimento científico no Brasil e possui um dos maiores acervos científicos da América Latina. Com interesse do próprio imperador, que era figura internacionalmente conhecida como entusiasta científico, o Museu ganhou suas primeiras peças egípcias e obras de arte que datam de dois mil anos antes de cristo. No decorrer do século XIX, o Museu Nacional passou a investir nas áreas da antropologia, paleontologia e arqueologia e, com a Proclamação da República, mudou-se para o Paço de São Cristóvão – onde era a residência da família real.
Hoje, mantido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculado ao Ministério da Educação, o Museu é considerado um dos mais importantes do Brasil e da América Latina, reconhecido, internacionalmente, como a mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina.
Acima, o mapa da região: 1. Ponto de referência: Universidade Veiga de Almeida. Para chegar ao bairro de São Cristóvão, o visitante poderá descer na Estação São Cristóvão do Metrô (linha 2) 2. Museu Nacional do Rio de Janeiro 3. Zoológico 4. Museu do Primeiro Reinado O suposto túnel de ligação entre o Solar e o Museu estaria entre os pontos 2 e 4
Foto: Luiz Guimarães
Ao lado, uma homenagem a D. Pedro II em frente ao Museu Nacional
Solar preserva túnel ligado ao Museu Gilvana Castilho
Nas proximidades da Tijuca existem atrações culturais que valem a pena visitar. Uma delas é o Solar da Marquesa de Santos, atual Museu do Primeiro Reinado, em São Cristovão. Localizada na direção do Museu da Quinta da Boa Vista, o palacete foi cenário do romance entre o Imperador Dom Pedro I e a Marquesa, que ali viveu de 1826 a 1829. Com o fim do romance, o solar foi vendido e passou por vários proprietários, entre eles
o barão de Vila Nova e o barão de Mauá. Foi tombado pelo IPHAN em 1938 e transformado em museu na década de 70, sendo inaugurado em 12 de março de 1979. O principal acervo é o próprio prédio e sua decoração, que preserva em bom estado o estilo neoclássico francês. No térreo estão dois salões, usados como sala de visitas, e o túnel, que segundo alguns historiadores faria a ligação da casa com o Palácio na Quinta da Boa Vista e era usado por Dom Foto: Gilvana Castilho
O túnel, que supostamente ligaria o Solar da Marquesa de Santos ao Palácio da Quinta da Boa Vista, hoje em dia leva apenas a um paredão fechado
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Pedro em suas visitas noturnas à Marquesa. Nos salões do 2º andar, vários estilos de pintura mural. O Salão dos Deuses se destaca por seus quatro painéis na parede, simbolizando os continentes, e no teto, figuras mitológicas retratadas por Marc e Zepherin Ferrez. Na subida para esse andar, há uma mandala no piso. No vão da escadaria, pinturas dedicadas às quatro estações do ano e aos 12 signos do zodíaco. O acervo também conta com uma biblioteca especializada sobre a história do Brasil e do Rio de Janeiro, e objetos pessoais da Marquesa de Santos, da família imperial e de alguns membros do império, como coleções de cadernetas de baile, tiaras, móveis, gravuras e quadros que reconstituem o modo de vida do início do século XIX no Rio, além de documentos visuais que mostram a evolução do bairro onde se localiza.
VISITAÇÕES
Quinta da Boa Vista Projeto Por Dentro da Quinta Terça, quinta e sábado 9h e 14h Núcleo Socioeducativo da GM-Rio. Agendamento: 3295-5745, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h Museu Nacional Terça a domingo 10h às 16h Ingresso: R$3 Idosos, menores de 5 anos, estudantes e deficientes físicos, entrada franca Local: Quinta da Boa Vista www.museunacional.ufrj.br Solar da Marquesa de Santos Terça a sexta 11h às 17h Entrada franca Há acesso e facilidades como rampas, elevadores e sanitários para portadores de necessidades especiais Local: Av. Pedro II, 293. Zoológico Passeio noturno Terças, quartas e quintas 18h às 20h Agendamento: 2567-9732 Visitação diurna Terça a domingo 9h às 16h30 Ingresso: R$6 Local: Quinta da Boa Vista www.rio.gov.br/riozoo
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À espera da UPP Unidade de Polícia nas comunidades da Tijuca é mais uma vez adiada Rachel Lopes
São anos como vizinha da violência e dividindo a casa com o medo. Já somaram tantas, que Karoline Nascimento perdeu a conta de quantas noites não dormiu por conta dos tiros na favela da Formiga, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Rotinas como esta ainda poderão fazer parte da vida de muitos moradores da região, pois a promessa de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi adiada mais uma vez. Após o anúncio, no início do ano, de que o Morro do Borel seria a primeira comunidade da Zona Norte a ser pacificada, a população tijucana demonstrou-se esperançosa, mas há três meses que restou somente frustração aos moradores. “Houve uma grande especulação imobiliária entorno desta notícia, mas ninguém tem certeza do que vai acontecer. A Tijuca merece uma UPP”, afirmou Carlos Maltez, corretor de imóveis da região. A moradora Aurora Oliveira não quis esperar, ela viveu por 50 anos entre os morros Casa Branca e Formiga e vendeu sua cobertura a um valor abaixo de mercado por conta da insegurança. “Minha tia vivia na linha de tiro e foi obrigada a sair depois de construir a
vida lá. Ela viu a favela crescer e ficar violenta de forma absurda” desabafa a sobrinha Valéria que também mora na Tijuca e espera ansiosamente a chegada da UPP. Segundo o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, a Secretaria nunca informou que a próxima UPP ia ser na Tijuca. “O bairro está sendo planejado, e vai ganhar a sua UPP em curto prazo. Nós temos nove ações dessas durante o ano, possivelmente, uma por mês”, ressaltou ele, durante uma entrevista coletiva. Embora esteja há mais de um ano implantado, o projeto das UPPs ainda é discutido, como aconteceu recentemente no 1º Seminário sobre Unidades de Polícia Pacificadoras. O encontro reuniu representantes da sociedade civil e policiam militares e civis que debateram estratégias de ocupação e experiências de comandantes de comunidades já pacificadas. Outra questão apontada durante a reunião foi a qualidade de vida da população que mora em favelas com a presença da polícia. Para o Comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), Coronel Mário Sérgio, a relação dos policiais com os moradores quebra paradigmas. “Os serviços entraram e essas comunidades voltaram a fazer parte da sociedade”, afirmou, complementado pelo engenheiro Paulo Ferraz que realizou um estudo sobre as mudanças que ocorreram após a instalação das unidades. Segundo o levantamento, houve aumento na frequência escolar dessas comunidades e os imóveis valorizaram nesses locais. Enquanto essas estatísticas não contemplam a população da Tijuca, os moradores continuam a conviver com a violência que assusta e preocupa.
Promessas para Copa valorizam imóveis na Tijuca Luiza Reis
Desde o anúncio da criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o mercado imobiliário na Tijuca
“De dois quartos está por volta de R$130 mil que é um pouco mais caro do que eu esperava” Denise Firmino
tem se tornado altamente mais atraente. De acordo com pesquisas do Sindicato da Habitação (Secovi) foi constatada uma valorização de até 148,89% nos valores de locação e de 59,41% nos de venda de imóveis em bairros beneficiados por UPPs na Zona Sul. Outro motivo para a valorização do bairro são os jogos da Copa do Mundo e Olímpiadas que ocorrerão em parte no estádio do Maracanã. A moradora do bairro Dayse Souto diz que muitas Foto: Luiza Reis
Copa do Mundo e instalação de UPPs valorizaram apartamentos na Tijuca
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pessoas estão alugando suas casas ou quartos desde já para os jogos. “Já estamos tendo procura de parentes e amigos interessados em reservar desde já um quarto para os jogos. E a procura é grande”. Segundo a corretora Elizabeth da Ética Imobiliária, houve uma valorização grande no bairro de aproximadamente 20%. Ela afirma que um apartamento simples que antes valia 100 mil reais agora está sendo vendido por 120 ou150 mil. “ Para apartamentos com garagem a valorização e a procura estão ainda maior pois muitos moradores pretendem alugar vagas de carro para a época dos jogos. “Quando questionada ainda sobre como a situação deve se manter ela afirma: “A tendência é só aumentar“.
Apostando nessa valorização, a funcionária pública Denise Firmino está planejando se mudar para o bairro e diz que de fato houve um grande aumento nos preços. “Um apartamento de dois quartos está por volta de 130 mil reais que é um pouco mais caro do que eu esperava. Mas em todo o bairro houve esse crescimento e eu espero que haja uma compensação. O bairro deve crescer ainda mais com isso“. O fato é que seja pela pacificação nos morros ou pelos jogos Olímpicos e da Copa do Mundo que estão por vir, esse tradicional bairro no coração do Rio de Janeiro está se valorizando exponencialmente, trazendo somente benefícios para todos os tijucanos.
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Motoristas sofrem prejuízo após enchentes Lauana Porto
Os alagamentos constantes na cidade do Rio de Janeiro têm causado prejuízo aos motoristas que costumam deixar os carros nas ruas. Um dos bairros mais afetados com as cheias é o da Tijuca. 0 Rio Maracanã, que corta grande parte da região, sobe rapidamente e a água atinge os motores dos veículos, que param de funcionar. Após ter o carro preso em uma enchente, muitos motoristas descobrem que o seguro contratado não cobre o estrago, tendo que arcar com todo o prejuízo. Para muitas pessoas a chuva é uma glória nos dias quentes, mas para aquelas que precisam sair de casa, ou já estão fora dela, a preocupação é grande. Na Rua Ibituruna, a água consegue chegar ao joelho
Foto: Rafael Menezes
As chuvas alagam a região e muitos motoristas abandonam os carros na rua
dos pedestres. Há casos, em que os carros boiam e, com o deslocamento, ainda batem uns nos outros. O estrago é grande e uma apólice de seguro de carros, que poderia trazer tranquilidade, pode se tornar um pesadelo. Isso porque, antes da contratação de
um seguro, é importante ler toda a apólice, pois não são todos os riscos do dia-a-dia cobertos pelo contrato. De acodro com Bruno Martins, consultor e corretor de seguros, raios e suas consequências, submersão parcial ou total do veículo em
água doce, granizo, furacão e terremoto podem fazer parte da lista dos riscos não cobertos. Martins explica que as pessoas responsáveis envolvidas no momento da contratação do seguro, muitas vezes, deixam de mencionar os riscos excluídos pelo contrato e lembram apenas os riscos cobertos. “Cabe aos corretores informar os riscos cobertos e excluídos, para que assim o cliente possa avaliar se o seguro ofertado atende as suas necessidades com relação à proteção de seu patrimônio”, diz o consultor, que aconselha qualquer pessoa que pretenda aderir a algum plano prestar bastante atenção ao contrato, para, em caso de sinistro, não ter surpresas desagradáveis. Fotos: Denise Guerchon
Ave urbana causa incômodo aos cariocas Denise Guerchon
Os pombos ficam no jardim e até mesmo na área dos brinquedos
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A concentração de pombos em diversos pontos da cidade vem incomodando os cariocas. No bairro do Maracanã, é comum o acúmulo dessas aves nos fios elétricos, o que inibe as pessoas de passarem por perto do bando, pois acreditam que seu contato pode aumentar os riscos de saúde humana. Na Rua Jaceguai, em frente ao SENAI do Maracanã, o número de pombos que fazem do local um “poleiro” já é suficiente para formar quase uma população deles. Para estudantes da instituição, a presença do animal não agrada. “É irritante quando vejo pessoas os alimentando. Sempre detestei pombos”, conta Bruna Fernandes, estudante do complexo educacional. Mas o incômodo não para por aí. Os ‘baladeiros de plantão’ também ficam incomodados se, na hora de beber ou paquerar, a companhia é a desses animais. “Quando estou comendo, fico
Proliferação de pombos aumenta risco de doenças como a histoplasmose
nervoso ao vê-los andando ao meu lado, esperando que eu deixe cair alguma migalha de comida no chão. Tenho a impressão de que eles vão invadir nossas mesas, qualquer dia desses”, diz a estudante Helena Cristina, que costuma se encontrar com amigos nos bares e boates da Praça Varnhagen. A bióloga Mariana Simões explica que não se incomoda com o pássaro e reconhece um grande
problema que ele traz. “Nas cidades, não há nenhum predador. Além disso, sua reprodução é rápida”, diz. Segundo ela, já foram encontradas mais de 20 doenças que podem ser transmitidas pelos pombos, como a histoplasmose. “É importante sempre limpar as calhas de casas e os equipamentos de ar condicionado, pois é por meio das fezes e ninhos desses animais que a infecção pode se dar”.
Doenças causadas por pombos
Além da histoplasmose, citada na matéria, os pombos podem transmitir desde alergias e dermatites a doenças que comprometem o pulmão e podem causar meningite crônica. Também estão na lista criptococose, toxoplasmose, salmonelose e ornitose.
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Abril de 2010 | Ano 2 | Número 7 Foto: arquivo pessoal
Gravidez X universidade
Caminhos para conciliar filhos e estudo Fernanda Moreira
Na fase universitária a rotina é resumida em estudos, provas, estágios e trabalhos. E muitas jovens, ao receberem o resultado positivo de sua gravidez, conseguem ajustar a vida novamente e traçar outros planos, mantendo a disciplina para conseguirem dar conta das velhas responsabilidades e também das novas, isto é, o bebê, que vai exigir tempo e dedicação. É o caso da jornalista Fátima Carvalho, de 33 anos, que conseguiu reagir bem frente às dificuldades que a maternidade impõe durante a vida universitária. Segundo Fátima, é possível administrar bem o papel de mãe e, mesmo assim, levar adiante os demais objetivos. “O bebê nasceu perto das provas e tive o apoio da faculdade. Falei com os professores, todos me enviaram trabalhos pela
internet e com prazo para entregálos”, esclarece ela, que conseguiu enfrentar o desafio de estruturar vida profissional, acadêmica e pessoal, com a ajuda do marido
“Não sabia em o que pensar, mas apenas aceitar a realidade Danielle Feijóo
e dos familiares, já ansiosos pelo nascimento de Artur, hoje com 1 ano e 4 meses. “Para mim Artur foi um presente. Assinei o documento da minha colação de grau junto com o bebê. Estamos muito felizes!”.
A estudante Danielle Feijóo, que em 2008, época da descoberta da gravidez, estava com 21 anos, pensava em concluir sua faculdade e morar no exterior para dar um upgrade em sua carreira. A primeira reação foi pensar em uma solução para resolver a situação da melhor forma. “Não sabia no que pensar, mas apenas aceitar a realidade, e soube lidar bem com tudo, assim como meu marido”, lembra a estudante que, mesmo com todas as dificuldades, conseguiu conciliar a universidade com o nascimento da filha Eduarda, hoje com 1 ano e 10 meses de idade. Ambas tiveram mais facilidade para conciliar a gravidez com a universidade devido à existência da lei 6.202/75, que garante a licença da faculdade por três meses, a partir do oitavo
Fátima levou o filho Artur no dia da assinatura da colação de grau
mês de gestação. “A aluna compensa as ausências quando volta da licença. Desta forma, não perde o semestre ou ano letivo”, explica o coordenador de Direito da Universidade Veiga de Almeida (Campus Tijuca), Dr. Artur da Rocha. Ainda de acordo com ele, a aluna deve requerer previamente seu direito. Foto: Thayane Dibb
Trabalhar na faculdade pode ser a solução Thayane Dibb
Estudar e trabalhar são atividades que fazem parte da vida da maioria dos brasileiros. Na Universidade Veiga de Almeida (UVA) os funcionários têm o direito a bolsas de estudo para concluir a faculdade enquanto trabalham, o que, para muitos, pode ser uma grande vantagem. Pa r a a e s t u d a n t e d e Enfermagem, Jerlaine Fialho, de 20 anos, apesar do estresse da confinação no mesmo local todos os dias, o esforço é válido. “O trabalho na universidade me ajuda a alcançar meus objetivos. Através dele posso fazer contatos com professores e profissionais da área e fico atenta a tudo que posso absorver. Enfim, é o momento de criar elos futuros”.
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Para Juliana Sereno, de 23 anos, ex-aluna e ex-funcionária, o principal incentivo para trabalhar na universidade era a bolsa. “É claro que não existindo a bolsa as pessoas iam preferir um trabalho ou estágio em sua área de atuação”. Como ex-aluna da UVA, Aline Lima concorda com Juliana. “A bolsa para a graduação e a facilidade e economia de locomoção são os principais benefícios. Por outro lado, é difícil fazer com que nossos colegas entendam nossa postura como profissionais na solicitação de favores internos”. De acordo com Aline, psicóloga hoje responsável pelos processos seletivos da UVA, a contratação é feita como em qualquer empresa, tendo em visto que o futuro funcionário
Jerlaine estuda Enfermagem e trabalha no Telemarketing da Veiga de Almeida
tenha maturidade para separar as funções. “O problema não é ter acesso a documentos confidenciais e saber sobre o funcionamento interno da empresa e, sim, ter perfil para administrar isso”, explica. Para a psicóloga Ana Paula Telles, quando o profissional se sente forçado a trabalhar no que não gosta por um benefício, o sentimento de obrigatoriedade pode resultar em vários transtornos. Ela acredita que o que gera problemas emocionais ou efeitos negativos no indivíduo
não é a função executada, mas sim a motivação que o leva a isso. “Trabalhar e estudar em um mesmo local, na maioria dos casos, não significa confinamento. Neste caso, a empresa pode implantar técnicas motivacionais para mobilizar os funcionários”. Saber separar as questões particulares das profissionais e administrar a rotina faz bem para qualquer pessoa. No final, o importante é sentir que todo esforço feito nessa jornada de trabalho e estudo valeu a pena.
20/04/2010 09:13:05