Esquina Grande Tijuca n° 10

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Feira de São Cristóvão atrai fãs da arte nordestina Comidas típicas e forró são as principais atrações da Feira, que oferece outras possibilidades

Abril de 2011

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Universidade Veiga de Almeida | Comunicação Social Curso de Jornalismo | Nota 4 no MEC

Democratização da arte e da educação Projeto Tocando o Rio, promovido pelo Instituto Tocando Você, desenvolve ações voltadas para atividades artísticas. Mais de 200 pessoas participam dos cursos de capacitação, que atendem pessoas de todas as idades 4

Revitalização

Serviços de saúde gratuitos

Falta de opções de lazer e investimentos desvalorizam o Rio Comprido. Situação tende a mudar com a pacificação 4

Centro de Saúde da UVA atende a comunidade com equipamentos de última geração 6

O problema mora ao lado Quem mora em prédio sabe as dificuldades de se viver em harmonia com os vizinhos 3

Bairro marcado pela tradição no samba

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O Museu Nacional é apenas uma das atrações da Quinta da Boa Vista, que ainda possui jardim zoológico e belas paisagens 2 Esquina_10.indd 1

Exemplo O escritor Geraldo Rodrigues cansou de ver o entorno do Maracanã tão feio e colocou a mão na massa. Já foram 20 mudas de árvores plantadas. Outras pessoas adotaram a ideia 8

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Abril de 2011 | Ano 3 | Número 10

Carta ao leitor O Esquina Grande Tijuca dá início ao seu terceiro ano de existência. Do primeiro número para cá, pouco mudou, ao menos, que possa ser percebido. Foram diversas matérias e mais de cem alunos participaram das edições produzidas dentro de duas disciplinas do curso de Jornalismo (Edição e Oficina de Jornalismo), que são oferecidas em semestres alternados. Nesta décima edição, a turma de Edição ficou responsável. O objetivo inicial do projeto é o mesmo: trazer informações sobre a região. Mas ampliamos um pouco a linha de ação, já que é muito difícil precisar o que é ou não de interesse para os moradores da região. Assim, trouxemos os bairros de São Cristóvão e do Rio Comprido, locais com grande comércio e projetos de revitalização. Assim, o Esquina Grande Tijuca número 10 traz praticamente uma salada de assuntos, que vão de passeios turísticos e cursos gratuitos a saúde. Destaque para o Instituto Tocando em Você, que ensina música à jovens carentes.

Ótimo passeio para o fim de verão

Fotos: Camila Daffiny

O Parque da Quinta da Boa Vista está localizado no bairro de São Cristóvão e proporciona um ótimo passeio durante um dia de sol. Em uma caminhada, passa- se por grandes áreas verdes, cavernas

e árvores centenárias, que oferecerem um boa sombra para um piquenique - hábito comum de quem frequenta a região. Bicicletas e pedalinhos e caiaques no lago são alugados para diversão certa das crianças.

O parque também abriga o Zoológico do Rio de Janeiro e o Museu Nacional, fechando o passeio com uma viagem no tempo pelo local que um dia foi a residência da família real no país.

Como chegar: A Quinta da Boa Vista é local de referência no bairro. O metrô é um opção fácil: basta descer na estação São Cristóvão na linha 2. De um lado fica a Radial Oeste e do outro a Quinta.

Na foto acima, uma das belas paisagens que a Quinta da Boa Vista possui. Na imagem ao lado, uma espécio de coreto em estilo chinês para quem deseja curtir um vento fresquinho vindo da mata.

Reitor

Curso de Comunicação Social reconhecido

AgênciaUVA

Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior

pelo MEC em 07/07/99, parecer CES 694/99

Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da

Vice-Reitor

Coordenador:

Comunicação, 2º andar. Tijuca, Rio de

Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva

Prof. Luís Carlos Bittencourt

Janeiro - RJ 20271-020

Pró-Reitor Acadêmico

Coordenador de Publicidade:

Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 319

Arlindo Cadarett Vianna

Prof. Oswaldo Senna

e 416)

Pró-Reitor Comunitário

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

Site: www.agenciauva.com.br

Dr. Antônio Augusto de Andrade

O Esquina Grande Tijuca é um produto da

Magaldi

Oficina de Jornalismo

e-mail: agencia@uva.br

Diretor Administrativo-Financeiro

Reportagens, edição e diagramação:

Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca

Mauro Ribeiro Lopes

Alunos do 6º período, Edição

Março de 2011 | Ano 3 | Número 10

Diretor Acadêmico

Professor-orientador e edição final:

Impressão: Gráfica Folha Dirigida

Prof. Sérgio Baltar

Érica Ribeiro

Tiragem: 2.000 exemplares

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Oficina de Propaganda: criativo@uva.br

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Boa convivência entre vizinhos: uma difícil tarefa Camila Annechino

Morar em um prédio, para muitos, é um casamento forçado. O relacionamento entre vizinhos tem que existir de alguma forma. Reza o ditado que o vizinho é nosso parente mais próximo. No Rio de Janeiro, então, não falta parente, já que o número de prédios vem aumentando a cada dia. Com perdão do trocadilho: é um problema em cima do outro. Todos os prédios tem seus causos. A aposentada Delma

Torres, de 60 anos, mora há 30 em um prédio em Vila Isabel. E sua ex-sogra no andar de baixo. Já tem 20 anos que Delma se separou, mas a sogra continua presente. “Eu até gosto dela, mas quando vou visita-lá é muito chato. Reclama do barulho, não quer que eu ande de salto pela casa, a única que ainda pode fazer algum barulhinho é sua bisneta, que mora comigo. Me separei há muito tempo, mas continuo Imagens: stock.xchng (www.sxc.hu)

Prédio com prédio e porta com porta. É preciso respeitar o espaço do outro

O nordeste fica aqui Hortência Oliveira

Comprar, comer e se divertir, tudo reunido no mesmo lugar e com preço acessível. Isso é a Feira de São Cristóvão, localizada no bairro de mesmo nome. Desde de 2003 dentro do Pavilhão, o reduto oferece comida típica, artesanato, folclore e muito forró. Durante 58 anos, a tradicional Feira permaneceu no Campo de São Cristóvão, debaixo das árvores. Há sete anos as barracas foram transferidas para dentro do antigo Pavilhão, que foi reformado pela Prefeitura do Rio e transformado no Centro

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Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Hoje, a Feira de São Cristóvão tem boa infra-estrutura de limpeza e segurança, com banheiros públicos e estacionamento. Com pistas de dança, palcos para shows e restaurantes especializados na culinária nordestina, a feira atrai multidões nos finais de semana. A dona de casa Márcia Paulino, de 33 anos, está entre essas pessoas. “No Rio, o melhor lugar para encontrarmos comidas típicas do Nordeste é a feira, não tem outro lugar que tenha melhor qualidade, embora eu não dance forró”.

tendo uma “sogra” que não larga do meu pé”. Ainda existem aqueles casos engraçados, como aconteceu com a estudante Caroline Carneiro, de 21 anos, quando seu ex-namorado foi morar no mesmo prédio que ela. Nessa até o porteiro participou. “Ele me interfonava e falava que estava mandando umas coisinhas minhas, que ainda estavam com ele. Não tinha necessidade de me interfonar, podia deixar com o porteiro que eu pegava depois. Como se já não fosse suficiente manter esse contato pelo interfone, me encontrou no Maracanã com o meu namorado e ainda me chamou de vizinha”. “Não tem jeito, sempre tem alguém reclamando, algum barulho, algum bicho de estimação que não agrada, por isso o livro de reclamação é minha leitura de cabeceira”, diz Maria Gisele, síndica de um prédio na Tijuca e especialista em casos de passarinhos, canos com vazamentos, disputas no estacionamento, música alta de madrugada e tantas outras picuinhas entre vizinhos. Quando os síndicos não conseguem resolver os problemas

dos moradores, eles partem para a justiça. A advogada Nádia Almeida já intermediou alguns casos desse tipo. “Um morador não gostava de cachorros, independente do cachorro fazer qualquer coisa com ele. Era direito dele não gostar. Não querer entrar no elevador. Mas ele perdeu a razão quando começou a chamar os vizinhos para brigar e a criar confusões, favorecendo-se da idade avançada, 80 anos”. É sempre muito difícil conviver com outras pessoas, já que ninguém é igual a ninguém, mas com um joguinho de cintura e sabendo respeitar o espaço de cada um, é possível ter uma boa convivência.

Mas isso não é um problema, já que, além do ritmo oficial, pode-se escutar – e dançar – de tudo: rock, reggae ou funk. A feira é eclética, vêm ganhando espaço e atraindo

todos os tipos de público, já que há grande investimento em infraestrutura, como o acesso à caixas eletrônicos e sistema de cartão para débito e crédito nas barracas. Foto: Paula Almeida Pereira

A Feira funciona de terça a quinta no horário de almoço; e sexta, das 10h, ao domingo, às 22h. Ela fica no Campo de São Cristóvão s/nº.

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Tempos melhores Moradores do Rio Comprido têm esperanças de revitalização da área Filipe Xavier

Seu nome deriva de um rio que nasce na Floresta da Tijuca e deságua na Baía de Guanabara, limitado hoje a um simples e poluído córrego. O Rio Comprido, importante bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, já foi uma região produtiva de grande importância para a cidade. No século XVII, a localidade era ocupada basicamente por grandes fazendas produtoras de açúcar que conduziam suas produções por embarcações até o porto do Rio de Janeiro. A mais importante travessia do bairro, a Avenida Paulo de Frontin, foi aberta em 1919, na gestão do prefeito que dá nome a via. Ao longo dos seus 1.600 metros, pode-se observar um pouco da história por Foto: Filipe Xavier

Sempre atenta, a venderora Rita vê o comércio aumentar na região

Letra Feitiço da Vila Noel Rosa / Vadico

meio de elegantes residências e instalações que batalham com o tempo e a falta de conservação. Lugares como o Clube Desportivo do Rio de Janeiro (atual Clube Alemão) e o Clube Ibéria, já extinto, enchiam o bairro de lazer. Situação que mudou ao longo do tempo. Com a abertura do Túnel Rebouças e a construção do Elevado Paulo de Fontin, o Rio Comprido transformou-se em uma importante rota para a Zona Sul da cidade, desvalorizando a região, que sofreu uma acentuada queda na qualidade de vida. Franscelino Novaes, de 76 anos, mora há quatro décadas no bairro e presenciou essa fase. “Aqui era um bom lugar de se viver. Por várias vezes eu ia até os bailes nos clubes e ficava até que acabasse, descansava na praça porque tinha que trabalhar às oito da manhã. Tudo mudou com a construção desse viaduto que acabou com a diversão e a beleza da região”. A falta das opções de lazer aliada aos índices de violência afetaram o número populacional do bairro que conta com um grande pólo têxtil e de comércio, escolas, duas universidades e hospitais. Lá também estão instalados órgãos públicos como Inmetro, e organizações como a Fundação Roberto Marinho. Por ter se tornando um bairro basicamente comercial, seus 30 mil moradores (segundo o Censo 2000) devem se deslocar para o centro da cidade ou a vizinha Tijuca em busca de entretenimento. Se nesse quesito a população do Rio Comprido está em desvantagem, aos poucos os investimentos retornam. Rita dos Santos, de 42 anos, ambulante, percebe a atenção do comércio e do mercado imobiliário no bairro. “De um ano para cá, algumas lojas foram reformadas e, outras, inauguradas; o comércio ambulante foi regulamentado e tem novas moradias sendo construídas”. A esperança que a pacificação da região traz é um dos pontos principais desse retorno urbano ao local. Sarah Cavalcante, pedagoga, de 48 anos, que estuda e trabalha no bairro acredita nos ares de revitalização que a Unidade de Policia Pacificadora (Turano) está fornecendo, mas destaca a necessidade de outras políticas. “Projetos sociais são de extrema importância, investimentos nas escolas que as comunidades frequenta. Tenho receio de que as pessoas estejam colocando todas as expectativas em uma atitude só”.

O feitiço da Vila Isabel Fernanda Teixeira Mesquita

Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila / Ao abraçar o samba / Que faz dançar os galhos / Do arvoredo e faz a lua / Nascer mais cedo. Lá, em Vila Isabel / Quem é bacharel / Não tem medo de bamba / São Paulo dá café / Minas dá leite / E a Vila Isabel dá samba. A vila tem um feitiço sem farofa / Sem vela e sem vintém / Que nos faz bem / Tendo nome de princesa / Transformou o samba / Num feitiço descente / Que prende a gente. O sol da Vila é triste / Samba não assiste / Porque a gente implora: / “Sol, pelo amor de Deus, / não vem agora / que as morenas / vão logo embora. Eu sei tudo o que faço / sei por onde passo / paixao nao me aniquila / Mas, tenho que dizer, / modéstia à parte / meus senhores / Eu sou da Vila!

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“Quem nasce lá na Vila, nem sequer vacila em abraçar o samba”. O verso da música de Noel Rosa reflete bem a imagem que Vila Isabel passa. O bairro da Zona Norte do Rio é famoso pela tradição boêmia, já que abriga diversos bares com um bom samba de raiz. Outro ponto marcante é a presença de inúmeros poetas e compositores que nasceram no bairro ou foram revelados, como Martinho da Vila. Além da noite, a Vila também é marcada pela história. O primeiro Jardim Zoológico do Brasil está lá e foi fundado em 5 de janeiro de 1888 por Barão de Drummond, com intuito de não ficar atrás das cidades européias, já que naquela época o Rio tinha se tornado uma grande metrópole. Com o passar dos anos, foi difícil manter o Zoológico e assim, o Barão criou o “jogo do Bicho”

que atraia muitos apostadores. Outro patrimônio histórico é a antiga Fábrica Confiança Industrial, que fornecia tecidos para a confecção dos uniformes das Forças Armadas do Brasil. Em volta dela mantém até hoje a chamada “vila operária” onde seus trabalhadores residiam. Mas a região é conhecida mesmo pelo samba. Grandes compositores nasceram e moram no lugar, que ainda abriga uma

escola de samba tradição da cidade, que leva o nome do bairro – Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. Seu charme é notável e apreciado por aqueles que entendem e gostam de uma boa roda de samba. A marca do ritmo musical é tão forte que as calçadas são dedicadas a ele. Desde 1965, as partituras de diversas canções, como Jura (Sinhô) e Carinhoso (Pixinguinha/João de Barro), desenhadas com pedras portuguesas decoram os passeios por toda a Boulevard 28 de Setembro e trazm mais charme a região.

Trecho de uma das 20 partituras da calçada musical da 28 de Setembro

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Ponto de cultura capacita jovens carentes O Instituto Tocando em Você promove o projeto Tocando o Rio pela democratização da arte, da cultura e da educação por meio de oficinas Fotos: Gabriela Sant1Anna

Gabriela Sant’ Anna

Música e dança, multimídia e turismo cultural. Diferentes formas de expressão, juntas, para democratização da arte e da educação. Essas são algumas das premissas do Instituto Tocando em Você (ITV), criado pelo grupo Educart em 2000, que tem como metodologia a libertação por atividades artísticas. O projeto Tocando o Rio é uma das ações que buscam capacitar pessoas de comunidades carentes, oferendo workshops em iluminação, sonorização, cenografia,cinema e maquiagem.

“Aqui o projeto é voltado para integração de diferentes manifestações” Pedro Moita

Segundo a pianista e arte educadora do ITV, Simone Colucci, um dos maiores problemas do sistema de ensino é que ele incute no aluno o medo e não a alegria. Ela acredita que a arte liberta o medo de aprender e forma um cidadão melhor. Por esse motivo, o projeto atende pessoas de todas as idades e portadores de necessidades especiais. “Temos pessoas que começaram a tocar violino aos 9 anos e hoje, aos 18, já fazem parte da nossa orquestra

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Jovens aprendem muito mais que um instrumento musical durante as aulas de percussão do Tocando o Rio

e também trabalham como monitores”, conta Simone. De acordo com ela, as pessoas tendem a condicionar ajuda a dinheiro – que também é uma maneira de prestar auxílio – mas antes de tudo, ela diz, é uma iniciativa. “Existem várias formas de tocar uma pessoa. Tocar é um verbo que não se fecha só na música, ele

se abre. Parece que ele tem dentro dele a essência de um coração aberto”. Essa ideia reflete - se no modo com as aulas são dadas. Na aula de percussão, por exemplo, os professores não buscam só ensinar a arte da batucada. “Estamos nos preparando para uma apresentação conjunta. Aqui o projeto é voltado para integração de diferentes manifestações”, conta o professor Pedro Moita, que ministra a oficina junto com Nilton Vilella. Além do Tocando Rio, o ITC mantém outras atividades

artísticas de cunho social. Por mês, 200 pessoas participam dos cursos, em diferentes projetos. Para se ter uma ideia, são realizados, em média, 600 atendimentos, tendo em vista que alguns fazem mais de um curso de especialização. O reconhecimento pelos resultados obetidos pelas ações realizadas veio em 2005, quando o Instituto ganhou chancela da UNESCO para atuação nas áreas de educação e cultura. E apenas quatro anos depois, em 2009, o Governo do Estado do Rio de Janeiro abraçou o projeto e transformou o lugar em Ponto de Cultura.

Para saber sobre outros projetos: O Instituto Tocando em Você fica na Rua General Roca, 518, próximo à praça Sans Peña. Telefone para contato: 22840285 E-mail: tocandoemvoce@terra.com.br Blog: http://jornaltoquedearte.blogspot.com/

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Roberta Rocha Trajano

Atendimento em fisioterapia

A clínica conta com uma infraestrutura moderna e, de acordo com o diretor geral do CSVA, Antonio Teixeira de Carvalho Filho, a clínica conta com equipamentos de última geração. “O atendimento é altamente especializado, individualizado e com hora marcada. Obedecendo a um padrão das mais modernas clínicas particulares do país”, garante.

Saúde tratada com seriedade Centro de Saúde da Universidade Veiga de Almeida oferece diversos serviços e é aberto a comunidade O quadro de funcionários também não deixa a desejar. Com profissionais altamente qualificados – entre professores mestre e doutores, os recémgraduados da Universidade Veiga de Almeida, que apresentaram um melhor desempenho na vida acadêmica, completam a equipe, proporcionando também a possibilidade do primeiro emprego. A clínica oferece à comunidade o atendimento por acadêmicos, supervisionado por docentes. Elenice Maria Pacheco, mãe de uma aluna, iniciou o tratamento dentário há dois meses e aprova o atendimento. “Estou muito satisfeita com o resultado, só falta mais uma obturação e uma limpeza. Tudo aqui é de primeira”, afirma. Ela se refere ao setor odontológico da clínica, que ocupa quatro dos oito andares do prédio e já foi premiado pela Johnson.

Fotos de divulgação

O Centro de Saúde Veiga de Almeida oferece à população da Tijuca um atendimento de excelência nas áreas de Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Enfermagem e Psicologia. São realizados na clínica cerca de 60 mil atendimentos por ano e a busca pela qualidade de atendimento é umas das metas.

Clínica de odontologia do CSVA

A infraestrutura da Unidade de Reabilitação do CSVA comporta uma piscina aquecida para a realização de hidroterapia e hidroginástica, além de dez áreas de atendimento para a atuação em Fisioterapia. Benedita Siqueira é paciente da UR e, hoje, bem melhor das dores da coluna, se sente aliviada com o tratamento. “Achei que iria viver para sempre com aquela dor”, lembra. As especialidades de Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia ficam no campus da UVA e fazem parte das clínicas integradas ao centro de saúde.

Transformação na ponta dos pés ONG investe em cursos profissionalizantes de dança Mariane Alves Santos

Ciranda Carioca é o nome do projeto que tem oferecido a diversas crianças de comunidades do Rio de Janeiro, a oportunidade de ingressarem no mercado de trabalho com segurança e profissionalismo. A organização não governamental (ONG) investe na inclusão social por meio da dança, oferecendo a dezenas de meninos e meninas bolsas de estudos em cursos profissionalizantes. A instituição teve início no ano de 1991, através do Grupo Thalhe que na época já tinha 80% de alunos bolsistas, oriundos de comunidades da Ilha do Governador, mas oficializou- se apenas em novembro de 2006. Hoje, o projeto atende também

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alunos de outras cidades, estados e projetos parceiros do Conservatório Brasileiro de Dança, que apoia o projeto oferecendo espaço físico para a realização das atividades. Durante o tempo em que frequentam as aulas do curso de formação profissional os alunos recebem todo o material necessário para as atividades. Além disso, eles têm a oportunidade de estagiarem na Cia. Brasileira de Ballet e participarem de festivais por todo o mundo. A consequência disso é a contratação de muitos por diversas companhias de outros países. Desde que teve início, no ano de 2006, o projeto vem

aprimorando seus trabalhos, revelando a cada dia verdadeiros talentos. Prova disso é que 65% dos bailarinos que irão

Atendimento

É necessário apenas que o paciente leve o RG, o CPF e o comprovante de residência. Alunos da UVA, bem como seus familiares possuem um desconto de 20% nas especialidades oferecidas pelo centro de saúde.

Centro de Saúde Veiga de Almeida Praça da Bandeira, 149. Telefone: (21) 2502-3238 Endereço das clínicas integradas ao CSVA Universidade Veiga de Almeida - Campus Tijuca Rua Ibituruna, 108, Vila Universitária. Telefone: (21) 2574-8800

representar o conservatório, no Festival de Dança de Joinville, são da Ciranda Carioca. Em parceria com outras ONG’s, a Ciranda Carioca também proporciona a seus alunos aulas de língua estrangeira, informática, reforço escolar e palestras sobre higiene, sexualidade e drogas. Foto cedida por Jorge Teixeira

Alunas da ONG Ciranda Carioca no Conservatório Brasileiro de Dança

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Imagem: stock.xchng (www.sxc.hu)

Entre idas e vindas As difildade de quem precisa pegar a estrada para garantir um diploma Teresa Maçol

A escolha de uma faculdade está intimamente ligada à carreira que se pretende seguir. Fácil quando se mora em uma grande cidade com diversas instituições. No entanto, quem vive em regiões onde não existem os cursos desejados ou de qualidade, a solução é buscar essas oportunidades em outros municípios. O que significa estudar a quilômetros

“A distância atrapalha, pois é uma viagem cansativa e sempre chego atrasado” Nilton Júnior

de distância, enfrentando todo tipo de dificuldade. É o que alguns alunos da Veiga de Almeida vivem. Para chegar à faculdade, viajam cerca de oito horas por dia, em um ônibus fretado. Obras na pista, quebra do veículo e quedas de barreiras são apenas algumas adversidades que são agravadas em dias de chuva. Para quem estuda à noite o problema é pior, pois as aulas sempre terminam tarde e os alunos chegam em casa de madrugada. Com isso, os horários estão sempre em desacordo com relógio biológico. Para Aldair Nascimento, aluno do 6º período de Jornalismo, que morava de Parati (mudou no final do ano), a consequência é o sono desregulado e a alimentação prejudicada. Além disso, o cansaço da viagem atrapalha o rendimento, restando pouco tempo para fazer os trabalhos, que ficam atrasados.

Parati fica a mais de 250Km da cidade do Rio de Janeiro, via BR-101

Este não é um único problema. Para Tomaz Vidinha, morador de Angra dos Reis e aluno do 6º período de Publicidade, a saúde fica comprometida e resulta na desconcentração nas aulas. A vida social também acaba afetada, pois não é fácil conciliar os estudos com as atividades de lazer. “A maior dificuldade, com certeza, é o cansaço da rotina”. A consequência disso é que fica quase impossível cumprir todas as tarefas e cronogramas do calendário acadêmico, principalmente quando a atividade precisa ser feita em grupo. Para quem trabalha no

final de semana, o jeito é pedir um prazo maior para os professores, e, mesmo assim, ainda há o risco dos trabalhos terem a sua qualidade afetada. “A distância atrapalha, pois é uma viagem cansativa e sempre chego atrasado. Então fico boiando”, afirma Nilton Júnior, estudante de Publicidade e morador da cidade de Angra dos Reis. Apesar de todas as dificuldades, a maioria não desiste. O desejo de se formar é que permite que estes jovens continuem sonhando com a graduação e consequentemente com a carreira que os fez embarcar nessa viagem.

Tijuca concentra os melhores colégios públicos George de Sousa

O ensino público no Brasil não é considerado muito eficiente. As últimas colocações nas avaliações realizadas por meio de provas que conceituam os alunos do Ensino Médio são ocupadas por escolas estaduais e municipais. As particulares acabam sendo a válvula de escape para quem almeja um futuro promissor. Mas nos bairros da Tijuca, de São Cristóvão e do Maracanã, estudantes do Rio de Janeiro podem encontrar opções atraentes para um ensino médio de excelência. A região concentra os três, entre os seis, melhores colégios públicos no Estado do Rio de Janeiro na classificação do Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, de 2009.

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O Colégio Pedro II, localizado em São Cristóvão, ficou com o terceiro melhor, perdendo apenas para o Instituto de Aplicação, CAP-UERJ, e a Escola Politécnica da FIOCRUZ, que são as primeiras colocadas. Outras ótimas opções são o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, CEFETQ, em quarto entre os públicos, seguido de perto pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, CEFET, no Maracanã, que ocupou a sexta colocação. Ainda há o Instituto Superior de Educação, Tijuca e o Colégio Estadual Ferreira Vianna também Maracanã que sempre se destacam entre os demais da rede. Pelo bom desempenho, essas instituições recebem estudantes de diversos bairros

do Rio. Thayane Caroline, de 16 anos, é um deles. Moradora de Realengo, ela está no 3º período do curso técnico de Meio Ambiente na CEFETEQ. “Fiz prova para o CEFETEQ, o CEFET e o Pedro II, e consegui passar em um. Apesar da distância, acho que vale a pena”. A avó dela, Francisca de Sousa, de 59 anos, concorda e sabe a importância que é ter um ensino de qualidade; porém, lamenta a distância. “Seria bom se o colégio fosse mais próximo, mas os melhores estão na área da Tijuca e de São Cristóvão, então vamos até eles”. Funcionária há 20 anos do Colégio Pedro II, a chefe de secretaria Vera Regina confirma que recebe estudantes de diversos bairros. “Aqui tem

alunos das zonas Sul, Norte e Oeste e até da Baixada. Nosso colégio tem 172 anos de tradição e o ensino é de excelente qualidade”. Para Vera é preciso que outras instituições de ensino sigam o exemplo dos colégios federais, só assim haverá uma democratização geográfica. Foi justamente em busca desse melhor desempenho que Marcel Vianna, de 22 anos, morador do Méier, hoje estudante de Jornalismo na Universidade Veiga de Almeida, buscou o curso técnico de informática do CEFET Maracanã. “É um dos melhores do Rio de Janeiro, se não for o melhor. A distância da minha casa para o colégio não foi nenhum obstáculo”.

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Shopping nas alturas

Da escrita à jardinagem

O maior complexo comercial da Tijuca satisfaz clientes e funcionários Daniella Rangel Foto: stock.xchng (www.sxc.hu)

Inaugurado em 1996, o Shopping Tijuca se tornou fundamental para o bairro e para a vida dos tijucanos. Antes de sua construção o comércio local era enfraquecido e todos aqueles que buscavam um lazer no fim de semana precisavam se deslocar para os centros comerciais mais distantes. Hoje a realidade é outra: o shopping se tornou um ponto de encontro para os moradores que se alegram por ter variadas opções de compra e distração perto de casa. Ana Christina Gonçalves, de 26 anos, é frequentadora assídua desde que se mudou para o bairro há seis anos. “É ótimo ter este shopping por perto. Se quero comprar algum presente de última hora posso comprar aqui ou até se quero pegar a última sessão de cinema também posso, porque chego rápido em casa”. A situação de Ana se repete no dia a dia de outros moradores do bairro que recorrem ao shopping nos momentos de emergência e nos horários mais noturnos pela facilidade de locomoção, apesar do risco de assalto que, infelizmente, é comum no local. Para manter atratividade e clientela, o shopping tem seguranças nas portas e também no estacionamento, que zelam para que nada ocorra em suas dependências. Somado a isto, oferece serviços singulares que não são encontrados em outros complexos comerciais, dentre eles estão os telefones especiais para deficientes auditivos, o ambulatório, uma equipe do serviço de atendimento ao cliente capacitada em Língua Brasileira de Sinais, o estacionamento VIP e o Espaço Família. Mãe de uma deficiente auditiva, Maria Eugênia Farias, de 50 anos, reconhece as dificuldades que eles têm de serem compreendidos quando estão em lugares onde não existem outros com a mesma deficiência. Ela ficou muita satisfeita com os serviços prestados pela administração do shopping. “Nunca vi isso em outros lugares antes, mas agora que vi aqui fiquei feliz e vou acompanhar a minha filha mais vezes”. Os funcionários também demonstram satisfação com os serviços prestados. Reginaldo Silva, de 27 anos, e Pedro Cavalcanti, de 22 anos, vendedores de produtos masculinos, dizem que os diferenciais atraem a clientela e mantém o shopping sempre com movimento. “Isto possibilita às lojas a fazer promoções ocasionais e estarem sempre vendendo algo”.

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Iniciativa do autor de ‘Sombras da Liberdade’ inspira também os apaixonados pela natureza Bárbara Brittes

Arborizar o bairro e criar uma sombrinha para os corredores de plantão sempre foi à intenção do escritor Geraldo Rodrigues Pereira, de 57 anos. Em 2003 quando se mudou para o Maracanã, ele começou a perceber em suas corridas diárias no entorno do estádio, que o local era muito pobre em arborização. No ano seguinte ele resolveu tomar uma atitude. Cansado de esperar por alguma ação da prefeitura, Geraldo pegou algumas sementes de uma árvore centenária da Rua Felipe Camarão e plantou sua primeira muda. Mas isso foi só o começo. Até hoje o escritor já colocou mais de doze plantas ao redor do estádio e em outros bairros do Rio de Janeiro. Além do plantio, ele também envolve as plantas com uma cerca para ninguém destruir. Além da paixão pelo meio ambiente, Geraldo é apaixonado pelas palavras. Ele começou a escrever aos oito anos e não parou mais. O poeta publicou um livro chamado ”Sombras da Liberdade”, que fala sobre a escravidão no Brasil, e outros contos menores, mas reclama que existe muita dificuldade

em lançar seus trabalhos. “O mais difícil é conseguir um patrocínio ou alguém que faça divulgação do livro, porque tem um custo e não é fácil colocar nas livrarias”. Com sua mente de artista e sempre pensando em atitudes inovadoras, Geraldo coloca um pouco de cultura nas suas árvores. Ele quis dar uma peculiaridade para cada muda plantada e batizou cada uma delas com um nome de um famoso ou de algum familiar querido. A primeira homenagem foi ao cartunista Borjalo, que faleceu em 2004 por causa de um câncer de boca. Os cantores Lecy Brandão, Rickey Vallen, e Clara Nunes também foram homenageados. A partir da ação ecológica de Geraldo, outras pessoas começaram a fazer o mesmo trabalho que ele no bairro. O escritor fica feliz em saber que estão copiando sua iniciativa e ajudando a melhorar o meio ambiente. Ele só está apreensivo com as obras do Maracanã. “Espero que depois de toda minha colaboração nesta área, as autoridades preservem as plantinhas mesmo com a revitalização do estádio”. Foto: Bárbara Brittes

Geraldo rega uma das árvores que plantou, trabalho que faz desde 2004

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