Nota 10 x Nota 0: povo opina sobre Maracanã Veja o que o tijucano está achando sobre o novo estádio e suas melhorias para a região, em enquete
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Março de 2015 | Ano 7 | Nº 19 Universidade Veiga de Almeida Jornal Laboratório do curso de Jornalismo
Maracanã: mudanças no estádio, melhorias no bairro. Tijuca é beneficiada com as obras Com a modernização do Estádio Mário Filho (Maracanã), os moradores ganharam mais segurança, já que a prefeitura disponibilizou um número maior de policiais para o local, devido aos eventos. Além disso, houve melhorias nas ciclovias, com mais iluminação, o que possibilitou um lugar mais confortável ao público que pratica atividades físicas. Veja reportagem especial 5
UPA da Tijuca é elogiada Funcionamento da unidade da Saens Peña é bem vista pelos moradores da região 3
Lazer no Sesc-Tijuca Veja as opções que o clube dispõe para os visitantes. Entre elas, estão as quadras poliesportivas 6
Idosos tijucanos saudáveis Academias da terceira idade fazem sucesso no bairro 3
Cursos Técnicos Confira oportunidades para quem busca especialização profissional 6
Comércio: Rua x Shoppings. Entenda como lojas da Tijuca movimentam a economia brasileira 2
Bares do bairro são os melhores Cerveja e petiscos dos bares da Tijuca são os melhores. Educação e ambientes familiares são elogiados 6
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Março de 2015 | Ano 7 | Número 19
Carta ao leitor Esta é mais uma edição do Esquina Grande Tijuca, o jornal elaborado pelos estudantes do 7º período de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida. Aqui você vai conferir matérias sobre diversos temas do tradicional bairro da Tijuca. São reportagens especiais sobre educação, cultura, lazer, esporte e Ssaúde, entre outros, trazendo o que há de destaque no local. Como principal reportagem desta publicação, você confere a história do Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã. Relembre todos os momentos desse templo esportivo que faz parte da história de todos os brasileiros, conferindo suas diversas modificações até hoje. Além disso, informe-se sobre as Academias de Terceira Idade, que se transformaram em tradicionais opções de bem estar, principalmente para os idosos. Aqui comprovamos a nossa capacidade de elaborar um jornal completo, que informa a seu leitor de forma precisa. Foi uma grande caminhada desde a escolha das pautas mais relevantes até a elaboração das matérias aqui presentes. Tenha uma boa leitura!
Lojas movimentam região tijucana
Comércio na rua e nos shopping destacam-se no bairro Victor Abreu
Há 18 anos funcionando no coração do bairro, o Shopping Tijuca reúne grandes marcas nacionais e internacionais. Do lado de fora do complexo, que tem cerca de 300 lojas, no entanto, está o vasto comércio de rua tijucano. O grande fluxo de dinheiro, movimentado por ambos os tipos de comercialização de produtos e serviços, é um dos pontos fortes da região. Por tradição, o morador da Tijuca nunca precisou sair dos limites do bairro para adquirir seus bens de consumo, pois sempre teve ali tudo o que era necessário. Para acompanhar a demanda por mais qualidade e quantidade de atendimento aos compradores, o maior shopping center da região acabou passando por uma recente expansão, no qual o resultado final foi um aumento de sua área social e um maior número de lojas e marcas. Nas ruas, a situação não é diferente. As galerias possuem uma forte presença no cotidiano de quem vai ao bairro para comprar e mantêm o simples, mas eficiente, espaço útil de onde surgiram desde o princípio. Outro exemplo são as feirinhas e os camelôs que possuem os mais diversos ramos do comércio. Os estabelecimentos presentes nos shoppings centers conseguem captar mais dinheiro pelo grande número de pessoas que os visitam. Estas
lojas possuem um apelo mais forte na escolha dos eventuais clientes, já que estão em um local que transmite confiança aos compradores. Por outro lado, elas são as que geram despesas às marcas ou aos donos que as possuem, pois aquele espaço é mantido por um aluguel e um condomínio é pago aos gerentes comercias do local. Já entre os produtos mais vendidos estão as peças de vestuário. Por todo o bairro existem lojas especializadas neste tipo de produto. O principal foco para as vendas é o público feminino. Por tradição, são as mulheres que mais compram roupas. Por muito tempo as lojas de rua eram sinônimo de produtos mais baratos e de qualidade
inferior. Mas hoje em dia, o serviço prestado por este tipo de estabelecimento já se equivale aos de um grande centro de comércio privado. Por não estar no foco dos clientes que querem compras, essas lojas de rua precisam se tornar mais atrativas aos olhos do consumidor. Por isso, as promoções e os preços tendem a ser mais em conta. Mas em uma sociedade onde o poder de compra está mais acessível a todos, a qualidade do produto acaba ganhando importância na hora de comprar. Sendo assim, ambos os comércios possuem uma saúde financeira estável, e com os grandes eventos - Copa do Mundo da Fifa e Olimpíadas no Rio de Janeiro - a tendência é que isso melhore ainda mais, o que é bom para todo o bairro. Foto: Gustavo Portella
Reportagens
AgênciaUVA
André Dissat, Beatriz Figueiredo, Elias
Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da
Paiva, Guiherme Ishii, Gustavo Portella
Comunicação, 2º andar. Tijuca, Rio de
e Victor Abreu
Janeiro - RJ 20271-020 Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 319 e 416)
Edição Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca |Março de 2015 | Ano 7 | Número 19
André Dissat e Gustavo Portella
Curso de Comunicação Social reconhecido
O Esquina Grande Tijuca é um produto da
Diagramação
pelo MEC em 07/07/99, parecer CES 694/99
Oficina de Jornalismo, em um trabalho
André Dissat e Gustavo Portella
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conjunto realizado junto à AgênciaUVA.
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Desenvolvido pela turma de Oficina de
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Érica Ribeiro
Jornalismo de 2009.1.
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Academias públicas: boas opções para idosos
Moradores da Tijuca buscam locais para manter a forma e a vida saudável Foto: Gustavo Portella
Gustavo Portella
Praticar atividade física também faz parte da rotina dos idosos tijucanos. Buscando a saúde nesta etapa da vida, os senhores e senhoras do bairro recorrem às Academias da Terceira Idade, instaladas em diversos pontos da Tijuca. A iniciativa da prefeitura tem rendido a melhora da condição física de quem costuma ir a esses locais de segunda-feira a sábado. Na praça Afonso Pena, além de praticar os exercícios, a ida à academia tornou-se um ponto de encontro entre grandes amigos. Bonifácio Gomes, que já atuou como vendedor viajante e hoje é aposentado, frequenta o local há um ano e pratica um treino de 30 ou 40 minutos por dia. Segundo ele, os idosos também devem combater o sedentarismo. "O que me motiva é a saúde. Quando passamos de uma certa idade, o nosso organismo precisa de movimento. Desde novo já praticava esportes, joguei muito futebol, e fazia caminhadas. Não é porque somos idosos que não vamos nos exercitar", disse. O aposentado procurou academias privadas para manter seu corpo em atividade, mas preferiu as públicas. Ele explicou as diferenças. "Procurei essas academias privadas, mas elas têm muitas regras. Além disso, fico à vontade aqui e não preciso ficar esperando que alguém termine
um aparelho para utilizá-lo, por exemplo". Rosenildo Leal, aposentado e amigo de Bonifácio, também frequenta o local de segunda a sábado. Ele lembrou como o descobriu. "Fazia academia particular há três anos e moro aqui perto. Quando reparei neste espaço, resolvi vir para cá, até porque não gosto das particulares, principalmente por ser em ambiente fechado e ter ar condicionado, além daquelas regras clássicas. Fazer atividade física ao ar livre faz muito bem. E aqui conheço o pessoal, conversamos e nos divertimos, praticando exercícios", assinalou. O ex-técnico administrativo faz um treino de uma hora e como frequentou a academia, sabe os exercícios que deve fazer. Apesar disso, ele conta com a ajuda dos profissionais disponibilizados pela prefeitura que trabalham no local - professores de Educação Física e enfermeiros. Rosenildo deixa uma mensagem aos idosos que não se interessam pelas atividades físicas. "Não perca essa chance. Mesmo quem não têm tempo, arrume, porque faz muito bem à saúde. Aproveitem essa oportunidade, para ter uma vida saudável." Na Tijuca, contando com a academia da Praça Afonso Pena, há sete no total. Confira os endereços nesta página.
Bonifácio Gomes pratica atividade física de segunda a sábado no local público
Academias da Terceira Idade • Conjunto Tijolinho - Rua Barão de Mesquita, 850 • Praça Afonso Pena - Rua Dr. Satamini c/ Rua Campos Sales • Praça Saens Penna - Rua Conde de Bonfim na altura do número 346 • Praça Xavier de Brito - Rua Dr. Octávio Kelly, Rua Oliveira da Silva, Rua Pinto Guedes, Av. Maracanã • UERJ Campus Francisco Negão - Rua São Francisco Xavier, 524 • Parque Recanto do Trovador - Rua Visconde de Santa Isabel s/n • Praça Barão de Drumond - Rua Barão de São Francisco, Rua Luis Barbosa, Rua Barão de Cotegipe, Rua Visconde de Santa Isabel
UPA da Saens Peña é elogiada por moradores Elias Paiva
Limpeza, organização e modernidade, estas foram as três palavras usadas pela aposentada, Maria da Conceição de Souza, mais conhecida pelos moradores do morro do Borel como Dona Maria, para descrever a Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA) da Saens Peña,
localizada na Tijuca, a primeira do bairro. Desde a inauguração em 2008, a unidade se tornou referência no quesito saúde para os moradores do bairro. E os números comprovam este fato. Segundo dados levantados pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio, em 2010, estes
dois hospitais receberam um total de 2010 mil atendimentos, 73 mil a menos do que em 2007, antes da inauguração da UPA da Tijuca. Os moradores não foram os únicos que se beneficiaram com a criação da UPA da Saens Pena. Devido à boa localização, pessoas de outros bairros
também utilizam o serviço. Esse é o caso de João Alves, pedreiro de, que vive no Sampaio. "Antes precisava pegar duas conduções para ser atendido em um local de qualidade, agora basta pegar uma van e já sou atendido. Quando tenho algum problema de saúde, venho aqui", disse.
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Estádio modernizado e melhorias confirmadas
Reforma nos arredores e no Maracanã trazem benefícios aos moradores Fotos: cedidas por Celso Pupo
André Dissat
O estádio Mario Filho, inaugurado em 1950 e atualmente o segundo ponto turístico mais visitado do Rio, segundo dados da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), passou por uma grande reforma iniciada em 2010, devido a Copa do Mundo de 2014. Junto com as obras, o bairro Maracanã também sofreu uma grande reforma e para melhor. No começo, as mudanças trouxeram transtornos aos moradores,
As ruas receberam um asfalto melhor, as calçadas foram refeitas, várias mudanças no trânsito e, acho que o principal, foi a renovação da ciclovia do Maracanã Cristina Neves
m as qu e, segu n do eles, logo foram recompensados com uma maior segurança, infraestrutura e até uma nova área de lazer. A primeira grande reforma do estádio foi em 2007, para o Pan Americano, mas as mudanças no bairro não foram tão significativas quanto a mais recente, em 2010. No início, os moradores que vivem ao redor do Maracanã passaram por grandes problemas. A poeira e o barulho das obras foi a maior reclamação. Cristina Neves vive no bairro há cerca de trinta e cinco anos e lembra que foi um período difícil. “ Pa r e c i a q u e e s t á v a m o s vivendo em uma Zona Rural. A poeira era grande e para quem mora na Rua Eurico Rabelo o barulho da obra, durava 24 horas do dia”. Após esses dias de transtornos, e com a finalização dos trabalhos, as mudanças no bairro começaram a ser percebidas. Cristina pontua quais foram as principais melhorias: "As ruas receberam um asfalto melhor, as calçadas foram refeitas, várias mudanças no trânsito e, acho que o principal, foi a renovação da ciclovia do Maracanã". Segundo a moradora, isso trouxe uma área de lazer não
Operários da Prefeitura do Rio trabalham nas obras no entorno do estádio
só para quem vive ao redor do estádio. “Observamos muitos carros estacionados em volta e grande parte são pessoas que não moram no bairro e vêm para praticar exercícios, andar de bicicleta, patins e skate”. Ela comenta que isso só foi possível devido ao aumento do policiamento e, também, com a melhoria na iluminação, já que antes o local era muito escuro e algumas pessoas tinham receio de andar por ali devido aos assaltos. Além dos serviços à população, o comércio também sofreu mudanças, principalmente na Rua São Francisco Xavier, uma das principais do bairro. O local concentra uma grande quantidade de restaurantes,
Modernos guindastes foram utilizados na reforma da cobertura do palco da final da Copa do Mundo de 2014, no Brasil
padarias, lanchonetes e, praticamente, todas foram reformadas para receber melhor os moradores e também os turistas que visitam o estádio. Celso Pupo, morador do bairro há 12 anos, também vivenciou os problemas no período inicial da obra. “Foram três anos difíceis para os moradores com as obras dentro e nos arredores do estádio. Alguns vizinhos disseram que foi preciso utilizar isolamento acústico para poder ter uma noite inteira de sono”. Mas, segundo ele, o resultado foi satisfatório para quem vive no bairro. “Hoje em dia temos um asfalto e segurança melhores e até as lojas, próximas ao estádio, passaram por mudanças. A única coisa que não muda é o trânsito, mas isso é problema da cidade toda”. Mesmo feliz com as alterações no Maracanã, Celso faz um adendo em relação aos bairros próximos, da Grande Tijuca. “Felizmente o entorno do estádio sofreu uma mudança positiva para os moradores, mas se você andar em direção a Praça Saens Peña, por exemplo, vai notar que pouca coisa mudou. Melhorias são necessárias em toda a região e não apenas em um bairro, por conta de um evento de proporções internacionais, como a Copa do Mundo de 2014”.
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Maiores públicos do antigo e do novo estádio, após reforma
Após as reformas,o Maracanã teve a sua capacidade total reduzida. A partir de agora, o estádio está apto a receber, por segurança, cerca de 80 mil pessoas André Dissat
Inaugurado no dia 16 de junho de 1950, o Maracanã tinha a capacidade de receber 155.250 pessoas e o estádio era o equivalente a 43 edifícios de oito pavimentos. Seu maior público foi na partida entre Brasil x Paraguai, em 1969, quando recebeu mais de 200 mil pessoas. Atualmente, o máximo é de 78 mil pessoas. Depois
de 60 anos recebendo jogos, campeonatos mundiais, shows e milhões de pessoas, a partir de 2010, a rotina do gigante mudou. Mais precisamente no dia 5 de setembro foi realizada a última partida, entre Flamengo e Santos, antes do fechamento para as obras de reforma, para a Copa das Confederações e Copa do
Mundo de 2014, que duraria três anos. De acordo com o Consórcio Maracanã S.A., vencedor da licitação para a reforma do estádio, a obra é considerada uma das maiores restaurações, recebendo, mensalmente, engenheiros e arquitetos do planeta inteiro. Após a reforma, o maior público, entre times, registrado
no Maracanã foi na partida entre Flamengo e Atlético Paranaense, durante a final da Copa do Brasil de 2013. Foram contabilizados 68.857 pessoas. Esse público, porém, não supera o da final da Copa das Confederações 2013, que consagrou a seleção brasileira campeã. No jogo entre Brasil e Espanha, o público foi 73.531.
Obras no bairro: necessidade e prevenção contra enchentes
André Dissat
Um dos maiores problemas do bairro são as enchentes que, volta e meia, surpreendem e se transformam em manchetes dos jornais. Os Rios Maracanã e Joana ainda estão em obras, que tiveram início em 2012, em função da Copa do Mundo, para conter os transbordamentos, através dos “piscinões” nas praças da Bandeira, Niterói e Vanhargem.
Quando o volume das chuvas é intenso, os rios transbordam e a cidade para, devido a Tijuca ser a principal ligação entre Zona Sul e Norte, já que a Radial Oeste recebe um grande número de carros durante os horários de rush. Para os moradores que vivem por ali, uma chuva forte é sempre um momento de apreensão. Morando perto de um dos rios
que corta o bairro, Daniel Lazuroz comenta que já presenciou muitas enchentes e diz que as obras, apesar de atrapalharem o lazer, são fundamentais. “Já vi muitas pessoas presas no posto próximo a minha casa, que acaba se transformando numa ilha. Carros arrastados, gente passando sufoco para chegar em casa. É preciso melhorar isso”.
Nota 10
O morador do bairro, André Borges, elogiou a nova ciclovia, que, segundo ele, trouxe uma nova área de lazer. “Esse espaço ficou muito bom. Agora nós podemos andar de bicicleta, fazer nossos exercícios, coisa que antes era muito difícil, devido a falta de luminosidade e segurança”. Canteiro de obras próximo à estátua do Beline. Modernização do estádio inicia
A moradora Izabel Arteiro, professora do Município do Rio de Janeiro, volta e meia, publica fotos no seu perfil do Facebook, avisando aos vizinhos e amigos sobre quais ruas da região estão alagadas. “Em uma ocasião, cheguei a sair com o carro, mas vi que era impossível passar. Publiquei a foto alertando que não saíssem de casa”.
Nota 0 Izabel Struckel, que mora na Tijuca, diz que houve muitas melhorias, mas um problema que, mesmo com as obras, ainda não está resolvido é o trânsito intenso ao redor do estádio. “Infelizmente o trânsito piorou. Não sei se é devido ao novo esquema dos sinais, mas é preciso fazer algo para saná-lo”.
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Vagas para nível técnico dominam o mercado
Estudantes buscam cada vez mais se especializar e têm oportunidades Beatriz Figueiredo
Há pouco tempo, o mercado de trabalho exigia o nível superior como prérequisito para boas vagas de emprego e remuneração competitiva. A conquista do diploma universitário tornou- se o objetivo dos jovens brasileiros, que viam a formação técnica como uma ocupação de baixa renda. O crescimento da economia e o aquecimento
da indústria brasileira, porém, abriu espaço para profissionais de nível médio técnico. Esse tipo de formação surpreendeu a sociedade com seus altos índices de empregabilidade e valorizadas remunerações, chegando a ganhar mais que funcionários que possuem o diploma universitário. Além dos salários atraentes, o reconhecimento desses profissionais é confirmado por pesquisas de várias instituições brasileiras. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) revelou que 80% dos alunos que se formaram na instituição em 2010, já estavam trabalhando em 2011. Ainda de acordo com a pesquisa, para suprir a necessidade de mão de obra, o Brasil precisará formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico até 2015.
Na Tijuca, encontramse as principais instituições de ensino técnico do Rio de Janeiro, que oferecem cerca de 250 opções de cursos a curto, médio e longo prazo (veja box abaixo). Para quem
quer se inserir no mercado de trabalho ou está em busca de salários competitivos, a especialização técnica é uma ótima escolha Esse é um dos caminhos certos o sucesso no mercado de trabalho. Fotos: Beatriz Figueiredo
O Senai tem uma sede voltada para a área de artes gráficas no Maracanã
Cursos gratuitos são forma de especialização
Vantagens da formação técnica
• Rápida formação (máx 3 anos) • Mercado de Trabalho aquecido • Salário competitivo • Ampla diversidade cursos
Áreas Promissoras
• Engenharia • Manutenção em aeronaves • Construção civil • Petróleo e gás • Mineração
Elias Paiva
Para os que buscam se especializar sem gastar muito, os meses de janeiro e julho são as melhores épocas do ano para isso. Duas prestigiadas instituições de ensino, Senai e Cetep ocalizadas no bairro da Tijuca, oferecem cursos gratuitos, como parte de um projeto social, nos inicíos dos semestres. O Senai, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec), oferece curso técnicos em diversas áreas do mercado de trabalho, como ,por exemplo, Técnico em Redes de Computadores, Técnico em Farmácia e Técnico em Design de Interiores. O Cetep oferece cursos de inglês e espanhol para os que procuram aprender um outro idioma. Para muitos moradores da região, essas são excelentes oportunidades para ingressar
no concorrido mercado de trabalho. Caso de Raquel da Silva, estudante, que se formou no curso técnico de enfermagem, oferecido gratuitamente pelo Senai, e hoje trabalha na área. “Vi este curso gratuito como uma forma de dar um upgrade na minha carreira profissional. Hoje me sinto mais preparada para o mercado de trabalho e vejo boas oportunidades”, resumiu.
Cursos no bairro
• Senai: Rua São Francisco Xavier, 3978-5300 • Faetec: Rua General Canabarro, 291, 23341744 • Cefet: Avenida Maracanã, 229, 2566-3022 • IFRJ: Rua Senador Furtado, 121, 2566-3166
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Clientes preferem os bares e botecos da Tijuca Foto: Gustavo Portella
Victor Abreu
São diversas as opções de bares e botecos por toda a Tijuca. Em meio à pesada concorrência, os gerentes e donos de estabelecimentos apostam na qualidade dos produtos e serviços para fidelizar a clientela. Cada vez mais, porém, o consumidor está exigente. A equipe de reportagem do ‘Esquina’ foi à rua para saber o que chama a atenção dos frequentadores dos barzinhos tijucanos. Em enquete, a preferência é pela cerveja, que deve estar bem gelada e com o preço bom. A variedade também conta a favor, sendo um dos principais motivos pelo qual a maioria sai de casa. Em terceiro lugar, aparece a importância de uma boa companhia. De acordo com os entrevistados, ir a um bar ou boteco sozinho faz com o que o passeio não dure mais do que uma hora. Por último, a variedade de petiscos e pratos
para o consumo também são adorados, se bem preparados. Analisando tudo isso, há quase dois anos, o casal Maurício e Ângela Freitas trocou os bares da Lapa pelos da Tijuca. Eles não se arrependeram da escolha. “Era sempre cansativo. Quase não éramos atendidos, pela quantidade de gente. Além disso, pelo grande volume de pedidos, as bebidas e comidas já não vinham boas”, explicou Maurício. Para Ângela, outro ponto chama a atenção pelos bares do bairro: a educação. “Na Lapa, as pessoas às vezes saem do controle, e isso incomoda. Sempre tem alguém falando alto, esbarrando nos outros, e por aqui é difícil. Na Tijuca, o público é mais selecionado, as pessoas vem para aproveitarem e não para se estressarem”, contou. O ex-garçom e hoje cliente, Calisto, tem outras teorias sobre as preferências pela
Chopperia Buxixo é uma das mais tradicionais do bairro e movimenta região
Tijuca. Para ele, as comidas fidelizam os clientes. “O pessoal é exigente. Há aqueles que vão apenas para comer um petisco e só uma boa cerveja não basta. Em alguma hora, a fome vem, e se não tiver comida boa, ninguém volta”, disse. A socialização também é um aspecto à favor. Para Lucas Vianna, ao marcar encontros com garotas, o jovem sempre escolhe o bairro onde mora. “Aqui a pessoa pode focar mais
em você e no que está falando. Na Lapa tem mil coisas para distrair”, disse o universitário. Em uma pesquisa feita pelo guia ‘TeleListas’, foram contabilizados mais de 70 bares, restaurantes e choperias pelo bairro da Tijuca. Os mais tradicionais são o Manuel & Juaquim (Rua São Francisco Xavier), Bar do Chico (Rua Afonso Pena), Buxixo (Av. Maracanã) e Bar do Momo (Rua General Espírito Santo Cardoso).
Feirarte movimenta o bairro com artesanatos
Há mais de trinta anos a feira é uma atração à mais às sextas e sábados Beatriz Figueiredo
A Tijuca possui uma rotatividade imensa de cariocas que passam pelas ruas do bairro todos os dias a caminho das principais estações do metrô e em busca das várias linhas de ônibus que circulam por quase todos os lugares da cidade. O comércio é sempre movimentado e em tempos de tecnologia, os shoppings e as grandes lojas de departamento parecem se destacar. É neste cenário, no coração do bairro da Tijuca que encontra-se a Feirarte, uma feira de artesanato e artes, que existe há mais de trinta anos e é uma atração à mais que ocorre às sextas e sábados durante o dia. Lá, é possível encontrar os mais variados tipos de artesanatos, objetos. de arte, vestuário, decoração, acessórios e até pratos típicos
A professora e pedagoga Paula Tormenta, de 45 anos, frequenta a feira de artesanato há mais de dez anos e garante que é a melhor opção para quem quer fugir do tradicional gastando pouco e sem abrir mão da qualidade. “Compro tudo aqui, quadros, bijuterias e roupas. Sem contar as peças de couro, bolsas, carteiras e cintos que são acessórios indispensáveis às mulheres e são feitos com o melhor material”. A experiência de conhecer uma feirinha tão vasta e cheia de opções em plena Tijuca surpreendeu a psicopedagoda Adriana Roçado, 36. Grávida de 4 meses ela conta que está encantada com os artigos de decoração e as roupinhas para bebês. “É maravilhoso ter essa opção tão perto da gente.
Antes eu ia a Teresópolis para poder comprar boas peças com preço acessível, agora que descobri a Feirarte, não preciso mais viajar”.
Compro tudo aqui, quadros, bijuterias e roupas. Sem contar as peças de couro, bolsas, carteiras e cintos que são acessórios indispensáveis às mulheres Paula Tormenta
A psicopedagoga conta com alegria os planos recentes, “é aqui que vou investir meu dinheiro e comprar o enxoval do bebê”. Desde 2012 a Feirarte é tombada como bem de natureza imaterial da cidade do Rio de Janeiro. Sua tradição reflete a cultura dos Tijucanos, que atende a todos os gostos, tribos e estilos, além disso, conta uma parte da história da movimentada, bucólica e única praça. Aqueles que procuram um tipo de comércio diferente no bairro já têm uma nova opção. Quem tem interesse em feiras com diversos produtos também já podem frequentar o local. Diversidade cultural, produtos de qualidade e boa opção de lazer no fim de semana.
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Sesc Tijuca é boa opção de lazer e distração
Comerciantes encontram diversas opções, como a prática de esportes Fotos: Divulgação
Guilherme Ishii
Quem busca lazer e cultura deve atentar para as opções oferecidas pelo Sesc Tijuca. As unidades do clube estão espalhadas por todo Brasil e uma delas encontra-se na Tijuca. Localizada na Rua Barão de Mesquita, a sede foi inaugurada em 1977, e mantém o mesmo objetivo desde sua criação: dispor lazer para todos os cidadãos. O coordenador de Esporte e Lazer do clube, Jayme Matsumoto, explicou como é a rotina proposta aos frequentadores. “O Sesc Tijuca
Aos fins de semana, a estrutura esportiva é composta por piscina, dois campos de futebol, ginásio poliesportivo e salão de jogos, disponível para uso livre dos sócios Jayme Matsumoto
oferece diversas opções de lazer para seus usuários. Durante a semana os alunos podem frequentar aulas em diversas modalidades esportivas”, afirmou. Entre os esportes oferecidos encontra-se Natação, Hidroginástica, Pilates Solo, Ginástica, Jiujitsu, Taekwondo, Tai Chi Chuan, Capoeira, Futebol, Voleibol, Futsal, Iniciação esportiva, Dança de Salão, Balé e Ginástica Rítmica. “Aos fins de semana, a estrutura esportiva é composta por piscina, dois campos de futebol, ginásio poliesportivo e salão de jogos, disponível para uso livre dos usuários”, completou Jayme. Outro fator que pode favorecer o sucesso do Sesc Tijuca é a sua localização. De acordo com o coordenador, o fato do clube estar próximo à estação de metrô Saens Peña é um facilitador. “Além disso, várias linhas de ônibus passam por aqui”, acrescentou. E não é só a atividade física que é oferecida lá. A programação cultural é variada, tendo opções para todos os tipos de público. ”Oferecemos shows, musicais e peças teatrais de excelente qualidade para todas as faixas etárias”, comentou. Além disso, o Sesc proporciona também uma quantidade diversificada de oficinas, contadores de
A sede tijucana do Sesc é opção de lazer e entretenimento para moradores
história, livre uso da internet, biblioteca, entre outros. Por fim, o clube é uma ótima opção de lazer para o tijucano, bem como para todos os
cariocas. Aproveitar o que é oferecido, durantes todos os dias da semana, é desfrutar de um espaço amplo e bem estruturado.
Como se associar ao Sesc • Somente os comerciários e seus dependentes podem ser sócios do SESC Tijuca, mas a unidade esta aberta à população em geral. O uso da piscina para banho livre é restrita aos sócios. • Para se tornar sócio do SESC o comerciário deverá apresentar na central de atendimento os seguintes documentos: Identidade; CPF;. Comprovante de residência; Carteira de trabalho; e o último contra cheque.