Anuncio Grupo Cereal - Revista Agronegocio.pdf 1 19/08/2014 10:26:55
A marca de peso para seu animal. Diferenciais que vocĂŞ identifica dentro e fora da embalagem.
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índice
editorial
12 Painel Jurídico | 16 Giro de notícias |
Por Tássia Fernandes
Café com produtor |
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ARTIGOS mercado do boi: O que já veio e o que ainda está por vir | buva: Buva resistente, controle | Eucalipto: Porque plantar? |
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Saúde & Bem Estar: Qualidade de vida no século 21 |
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CAPA: BRASIL, CELEIRO MUNDIAL DO AGRONEGÓCIO | TEJON: |
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Cautela. Este tem sido o termo mais recorrente no discurso dos produtores e empresários rurais, desde que os planejamentos para a safra 2014/15 começaram. Depois de alguns anos com o saldo positivo, em relação à produção e aos preços pagos pelos produtos, a última safra trouxe um cenário adverso. A produção continua em alta, com expectativa de que neste novo ciclo sejam produzidas 311,1 milhões de toneladas de soja e 987,5 milhões de toneladas de milho, em todo o mundo. Mas, de acordo com a lei que prevalece no mercado, da oferta e procura, são justamente esses dados que influenciam na queda de preços e estão preocupando a classe produtora, afinal, colocando na ponta da caneta, a margem de lucro está em declive. Este é o tema central da reportagem de capa da Agro&Negócios, que questiona os fatores que determinam os preços e como reverter o cenário, diante do reforço constante para que o Brasil aceite o título de celeiro do mundo e continue ocupando a posição de setor primário, sem industrialização, sem competitividade e sem poder de decisão. Mas, apesar dos pesares, o produtor rural não desanima e munido de esperança segue confiante para mais uma safra, como defende Mozart Carvalho, nosso entrevistado do quadro Café com o Produtor. Nesta edição, você confere ainda as análises de Lygia Pimentel sobre o mercado de corte; o ponto de vista ousado de José Luiz Tejon e um giro pelos principais eventos realizados em todo o país, voltados para o agronegócio. E, para não perder o costume da novidade, a partir desta edição você encontra na Agro&Negócios um novo quadro: Saúde & Bem Estar, com a opinião de quem entende sobre o assunto e dicas para manter a boa qualidade de vida. Boa Leitura!
Edição 27ª | Ano 2014 | A&F Editora 64 3636-4113 Rua Napoleão Laureano, Nº 622 St. Samuel Graham - Jataí - Goiás CNPJ: 13.462.780/0001.33 ........................................................................................ SITE E REDE SOCIAL: www.agroenegocios.com.br facebook.com/agroenegocios ........................................................................................ DIRETOR administrativo: Francis Barros Direção de arte: Allan Paixão direção de diagramação: Juliana Foerster DIRETOR FINANCEIRO: William Garcia ........................................................................................ DESIGN: Dayner Costa Juliana Foerster Reportagem e Edição: Tássia Fernandes | 2703/GO COMERCIAL: William Garcia Juliana Foerster Artigos: Agronegócio-Jose Luis Tejon Pecuária-Lygia Pimentel Buva-Luis Fernandes Vilela Eucalipto- Marlon Lúcio O. G. De Castro contato: contato@agroenegocios.com.br comercial@agroenegocios.com.br tassia@agroenegocios.com.br allanpaixao@vozpropaganda.com.br francisbarros22@gmail.com ........................................................................................ Impressão: Poligráfica Tiragem: 5.000 Distribuição dirigida: Sudoeste Goiano e Goiânia capital. Produtores Rurais, Engenheiros Agrônomos, Veterinários, Sindicatos Rurais, Cooperativas, Órgãos Públicos Municipais e Estaduais.
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AGENDA 4ª Mostra Sucroenergética do Centro-Oeste
Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos
16º Congresso Mundial de Fertilizantes
Quando: 01 a 03 de outubro de 2014 Onde: Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente – SP Mais informações: www.unoeste.br/site/destaques/outros_destaques/SBSA2014.aspx
Quando: 20 a 24 de outubro de 2014 Onde: Rio de Janeiro Mais informações: www.16wfc.com/pt
9ª Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação
Quando: 28 a 31 de outubro de 2014 Onde: Centro de Convenções de Goiânia - GO Mais informações: http://www.sucroeste.com.br
Quando: 28 a 31 de outubro de 2014 Onde: Centro de Convenções de Goiânia - GO Mais informações: http://www.ffatia.com.br
CONECTADO
Agro
Negócios
GESTÃO DE RISCOS NO AGRONEGÓCIO
STARTUP WEEKEND
Publicado pela FGV Management, o livro “Gestão de riscos no agronegócio” pretende ilustrar a aplicação das principais ferramentas financeiras de mercados de derivativos (futuros, opções e swaps) por meio de exemplos e soluções, de forma a aproximar teoria e prática, contribuindo na redução ou eliminação de riscos, tendo em vista que, atualmente, as negociações têm ganhado, cada vez mais, uma dimensão internacional.
O que você pode fazer durante um final de semana? Muito mais do que a maioria pensa. A prova está no livro “Startup Weekend, Como Levar uma Empresa do Conceito à Criação em 54 Horas”. Marc Nager, Clint Nelsen e Franck Nouyrigat reuniram na publicação uma série de experiências compartilhadas no evento, que tem o mesmo nome, e acontece em diversos países do mundo, com o propósito de estimular quem está ou pretende entrar para o mundo dos negócios.
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GIRO DE NOtÍcias Por Tássia Fernandes
Caravana Soja Brasil
Expointer
Jataí, Mineiros e Rio Verde recebem comitiva
Saldo positivo na 37ª edição da Feira
No mês de agosto, a 3ª edição da Caravana Soja Brasil, organizada pela Aprosoja Goiás e pelo Canal Rural, em parceria com a Faeg, Senar, Embrapa e Sindicatos Rurais, esteve no Sudoeste Goiano. Depois de passar pelos municípios de Cristalina e Joviânia, a equipe chegou a Jataí e Mineiros. Os palestrantes do encontro falaram sobre a cadeia produtiva da soja, nutrição foliar, seguro agrícola e também sobre a atual situação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Facilitar o acesso dos produtores rurais à informação é um dos objetivos do projeto, que para acompanhar a safra 2014/15 começou mais cedo, com as caravanas técnicas e com o 1º Fórum Soja Brasil, realizado em Rio Verde. O Fórum encerrou a primeira etapa da programação, com a discussão pautada por dois temas: “Políticas públicas e os impactos nos custos de produção” e “Perspectivas para os mercados de soja e milho”. Ao longo do mês de outubro acontecerão as Expedições, com participação de jornalistas e especialistas, pelas principais regiões produtoras do Brasil.
Foto:DivulgaçãoTecnoleite Complem
Por: Larissa Melo
Tecnoleite Complem
A Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários, Expointer, divulgou um saldo positivo da 37ª edição. Realizada em Esteio/ RS, a Feira movimentou R$ 2, 729 bilhões em negócios, com destaque para a comercialização de máquinas e animais. Mais de 500 mil visitantes passaram pelo Parque de Exposições. A agricultura familiar também teve espaço garantido e a comercialização gerada pelos pequenos produtores movimentou R$ 2,028 milhões. Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze, as expectativas foram superadas e os dados mostram que não há crise no agronegócio gaúcho, pois os produtores continuam otimistas e investindo em tecnologia. Foto: imprensa Expointer
Fomentando a produção de leite em Morrinhos e região A Cooperativa mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem) promoveu em agosto mais uma edição da Tecnoleite Complem. O evento tem o propósito de compartilhar conhecimento e apresentar novas tecnologias para os produtores rurais. A 4ª edição da Feira, realizada em Morrinhos, contou com exposição de maquinário agrícola, palestras, treinamentos, torneio leiteiro e sorteio de prêmios. Durante o evento, foram inaugurados o Centro Tecnológico e a Fazenda Modelo, ambientes que serão voltados para a capacitação dos produtores de leite. De acordo com o presidente da Cooperativa, Joaquim Guilherme Barbosa, a pretensão é contribuir com o aumento da produção e do rendimento, a partir das informações e tecnologias divulgadas durante a Feira. Diversas autoridades participaram da Tecnoleite, entre elas o prefeito de Morrinhos, Rogério Troncoso.
Plantio Direto na Palha 14ª edição do Encontro Nacional A cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi palco do 14º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, com o tema: “Sistema de Plantio Direto, produzindo água e alimentando o mundo”. O evento acontece a cada dois anos e reúne produtores, pesquisadores, técnicos, acadêmicos e empresários do agronegócio, para mostrar que é possível produzir com sustentabilidade. A organização é da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha e Irrigação, com o apoio da Embrapa Agropecuária Oeste, Fundação MS e Sistema Famasul.
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Foto:Divulgação
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área que corresponde a reserva legal da sua propriedade estaria
Informe jurídico
averbada na matrícula do imóvel, com o fim de que, no momento do cálculo do ITR, tal área fique de fora no momento da apuração
Isenção do Imposto Predial Territorial Rural sobre as APP’s e sobre as Reservas Legais
do quanto devido, com o intuito de que o proprietário tenha uma redução do quanto a ser pago a título do imposto sobre a propriedade da sua gleba rural.
Portanto, aquele que for proprietário de imóvel rural, ou
esteja com a pretensão de adquirir uma área localizada na zona O nosso ordenamento jurídico prevê que todo
Tais espaços, como dispõe a nossa legislação,
aquele que for proprietário de um imóvel deverá ser trib-
englobam as áreas de preservação permanente e as
utado em virtude do exercício do seu direito de proprie-
áreas de reserva legal. As primeiras são aquelas áreas
dade, de forma que o imposto a ser cobrado do cidadão
reconhecidas pela sua utilidade pública, e, nos termos da
seria uma contraprestação à possibilidade de possuir de-
lei, restringem o direito de propriedade, impedindo que
terminada área, seja ela urbana ou rural.
o proprietário desmate aquela área determinada, com o
Assim sendo, de acordo com a Constituição Fed-
intuito de preservar, de sobremodo, o curso de rios, la-
eral, e o Código Tributário Nacional, aquele cidadão que
gos, áreas que visam atenuar a erosão. Em contrapartida,
for proprietário de imóvel localizado em área urbana, de-
as áreas de reserva legal são aquelas que se destinam
verá pagar, em virtude da possibilidade de usar, dispor e
à preservação dos recursos naturais e a conservação da
gozar dessa propriedade, o Imposto Predial e Territorial
biodiversidade, dando abrigo e proteção à fauna e a flora
Urbano – o IPTU.
nativos.
Já aquele que é proprietário de área rural, será
sas áreas, ao sofrer a incidência do ITR, o proprietário
dade de exercer o seu direito de propriedade, contudo so-
poderá pleitear a isenção do imposto sobre os referidos
bre a área localizada na zona rural. Desse modo, deverá
espaços, haja vista que ele não exerceria o seu direito de
sofrer a incidência do ITR – o Imposto sobre a Proprie-
propriedade com plenitude sobre as APP’s e sobre a res-
dade Territorial Rural.
erva legal, uma vez que tais áreas servem para um bem
comum maior, que é a preservação do nosso meio ambi-
ral deverá ser tributado por este imposto e deverá pa-
imóvel estiver localizado.
do que, para a isenção do ITR sobre essas áreas, e prin-
No momento do cálculo do dito imposto, leva-se
cipalmente sobre a reserva legal, se mostra necessária a
em consideração, principalmente, o valor da terra nua,
averbação desses espaços na matrícula do imóvel, com o
que é considerada a base de cálculo do imposto, e cor-
intuito de demonstrar que ela estaria sendo respeitada,
responde ao valor apurado de determinada propriedade
além disso, para dar ciência ao Fisco, de que o propri-
rural, no dia 1º de janeiro de cada exercício financeiro.
etário não estaria exercendo o seu direito de usar, gozar
Logo, para fins de cálculo do valor do imóvel, o seu ta-
e dispor, sobre toda a propriedade rural, respeitando tais
manho é fator que pode interferir, e muito, no momento
limites.
da apuração da quantia devida a título de imposto.
Assim, é necessário destacar que, em singela
nente, nossas cortes superiores vem se posicionando no
explicação, o proprietário de determinada área localiza-
sentido de ser desnecessária a averbação desses espaços
da na zona rural é tributado de acordo com o grau de
na matrícula do imóvel, uma vez que podem ser consta-
exploração econômica de sua propriedade, e também, do
tas a olha nu, em qualquer vistoria a ser praticada pelos
valor constante na avaliação do seu imóvel, que leva em
órgãos de arrecadação fazendária, além do que, como a
conta, sobretudo, o tamanho da área rural.
nossa legislação já prevê que tais áreas devem ser preser-
Eduardo Jailton Prado Naves OAB: 25.184
Luiz Renato Garcia de Carvalho Ricardo de Assis Morais OAB: 23507 OAB: 35.426
em, haverá uma redução considerável do valor do imposto que lhe será cobrado. Arthur Oliveira de Souza Acadêmico de Direito - UFG Recém aprovado no Exame da OAB
64 36321067 - 64 36321084 www.carvalhoenaves.jur.adv.br Rua Castro Alves , 931 , Centro. Jataí - GO | CEP: 75800-021
Estagiário: Brasil de Carvalho Neto
Estagiário: Arthur Oliveira de Souza
Estagiário: Flavio Freire Poncioni
vadas, presume-se que a preservação estaria sendo feita
Nesse sentido, os nossos tribunais vêm decidin-
No que tange às áreas de preservação perma-
áreas localizadas dentro da propriedade rural, de acordo
pelo proprietário.
com o nosso ordenamento jurídico, sofrem a isenção do
ITR. Ou seja, não são tributadas.
de imóvel deverá se atentar a este fato, e verificar se a
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seu imóvel, ou no imóvel que estaria almejando. Pois, se tiver-
ente.
gar um montante que varia, a depender da região que o
Diante disso, é necessário destacar que algumas
as áreas de reserva legal estariam averbadas na matrícula do
Desse modo, em virtude da não tributação des-
tributado por esse mesmo motivo, a saber: a possibili-
Nesse contexto, cada proprietário de imóvel ru-
campesina, deverá ficar atento para esse detalhe e verificar se
Logo, para gozar desta isenção, o proprietário
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A safra 2013/14 ficou marcada para muitos produtores. Clima imprevisível. Mercado instável. Produção lá em cima e preços lá em baixo. Diante de todo esse cenário, um tanto quanto turbulento, a Revista Agro&Negócios conversou com o produtor e empresário rural, Mozart Carvalho. Ele, que já foi vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, presidente do Sindicato Rural de Jataí e atualmente está à frente de uma empresa voltada para o setor rural, comentou sobre o que a classe enfrentou nos últimos meses e sobre as expectativas para a nova etapa de cultivo.
Por conta do cenário atual, o “produtor começa a safra 14/15 com cautela e preocupação. Mozart Carvalho, empresário e produtor rural.
“
pisando em ovos
CAFÉ COM PRODUTOR
Por TÁSSIA FERNANDES
Agro&Negócios: Depois de todos os altos e baixos vivenciados na última safra, como o produtor se prepara para dar início a um novo ciclo de cultivo?
Agro&Negócios: Se era previsível, o que poderia ter sido feito antes que a situação se tornasse ainda mais crítica?
Mozart Carvalho: Primeiramente, com muita preocupação. Estamos saindo de uma safra 2013/14 de soja em que tivemos perdas muito grandes na nossa região, por conta dos veranicos. Levantamentos do Sindicato Rural e de outros órgãos mostraram que as perdas ficaram em torno de 20% no município de Jataí. Depois, entramos em uma segunda safra de milho com expectativa positiva e uma perspectiva de preços boa. No início, a saca do produto chegou a ser comercializada a R$ 22, mas, infelizmente, o produtor não fixou preços na hora certa, a produção do grão superou o previsto, a safra americana também veio com uma perspectiva boa e os preços começaram a despencar, ficando abaixo do preço mínimo de mercado. Por conta de todos esses fatores, o produtor encerra a safra 13/14 e começa a safra 14/15 com cautela e preocupação.
Mozart Carvalho: O que falta é organização e planejamento. Geralmente, os leilões e prêmios de escoamento acontecem quando a situação já está crítica, ou seja, quando a safra está acabando e o produtor já está completamente descapitalizado. Enquanto isso, pelo histórico, a gente percebe que o governo nunca perdeu dinheiro com as negociações, porque entra no mercado, estabelece um preço e, na maioria das vezes, adquire o milho por um determinado valor e, depois, vende muito mais caro do que comprou. O que deveria ter sido feito é o governo, com as políticas de proteção de preço, ter entrado no cenário de comercialização no momento certo.
Agro&Negócios: O produtor sabia que poderia enfrentar essa oscilação de preços no mercado ou foi uma situação inesperada? Mozart Carvalho: Em relação ao preço do milho, o produtor tem consciência de que as alterações são constantes e que os valores não se mantêm em uma média estável. Em determinados momentos, o preço fica tão alto que inviabiliza a aquisição do produto pela indústria, para utilização como matéria prima; em outros, fica tão baixo que inviabiliza o plantio da cultura. Em relação à produção norte-americana, a situação também era esperada. Todos sabiam da possibilidade de uma safra bem produtiva e que, consequentemente, o mercado poderia vir abaixo, que é o que está acontecendo.
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Agro&Negócios: Em comparação com outros países, onde há subsídios voltados para o produtor rural, como avalia a atuação do governo no Brasil? Mozart Carvalho: Acredito que falta conhecimento por parte de quem está no poder. Hoje, por exemplo, mesmo com toda modernidade, não conseguimos exportar a produção agrícola de Mato Grosso direto para a América do Norte. É preciso descer o produto para os portos do Sul e depois levá-los de navio de volta para o norte, isso porque faltam investimentos em logística e infraestrutura. Também faltam incentivos para que sejam realizados financiamentos e o produtor tenha condições de investir na propriedade. Mas, essas ações precisam acontecer de forma harmônica. Não adianta o produtor fazer sua parte e aumentar a produção, se não
tiver condições de armazenar ou exportar esse produto. O mundo demanda por alimento e o Brasil tem condições de ser o celeiro da produção, mas, de acordo com as ações que estão sendo feitas, acredito que ainda vai demorar muito para que isso aconteça. Agro&Negócios: E no que se refere à parte do produtor, ele fez tudo o que estava ao seu alcance? Mozart Carvalho: Muito ainda precisa ser feito pelo produtor rural. De maneira geral, somos muito bons da porteira para dentro, mas deixamos a desejar em outros pontos, como no caso da comercialização. Existem exceções, mas na maioria das vezes o produtor só vende na baixa e compra na alta. Nesse ano, por exemplo, quando o milho estava em alta e a indústria ofertou R$ 22 pela saca do produto, praticamente ninguém fechou contrato e ficou esperando o preço subir, no entanto, o que aconteceu foi o inverso. O preço caiu e o produtor ficou prejudicado. A classe produtora também deixa a desejar quando não mostra para os governantes do que é capaz. Precisamos mostrar o que pode ser produzido neste país se houver incentivo. O lobby das indústrias é bem melhor e mais eficiente que o nosso. Há pouco tempo atrás, quando a demanda industrial precisava ser aquecida, eles conseguiram que o governo diminuísse os impostos cobrados sobre carros e produtos básicos e a consequência foi o aumento de vendas. Infelizmente, no agronegócio o lobby não é tão forte para mudar esse cenário. Agro&Negócios: Em relação à comercialização, porque o produtor deixa passar as oportunidades, se hoje tem muito mais acesso às informações de mercado?
Mozart Carvalho: Justamente por ficar sempre na expectativa de que o preço pode subir mais. Depois, quando o preço cai, fica esperando que volte aos patamares anteriores e quando percebemos estamos todos com o mesmo problema: grande quantidade de milho estocado, despesas com o custo de armazenagem, preços de venda baixos e insumos com preço elevado. A matemática é simples. O produtor tem que calcular o custo de produção e, a partir do momento que a oferta de preço for superior a esse custo, ele tem que negociar. Assim, evita ter que comercializar o produto abaixo do custo de produção. Travar custos é fundamental. É uma regra básica, mas ainda não aprendemos a cumpri-la. O produtor precisa ficar atento e aprender também a fazer uma poupança para que os anos bons possam ajudar os anos ruins. Agro&Negócios: A baixa do mercado e os estoques elevados de produtos vão interferir no cenário da safra 2014/15? Mozart Carvalho: Interfere em algumas situações. A primeira delas é que o produtor tem produto, mas não consegue comercializá-lo de maneira satisfatória e, portanto, fica sem dinheiro e descapitalizado para investir como gostaria ou deveria. Outra questão é em relação ao preço dos insumos e defensivos, que acompanharam a alta do início da safra, mas se mantiveram estáveis diante da queda no preço das commodities. Esse descompasso entre o preço pago pelos produtos e o custo de produção poderá gerar uma margem de lucro pequena para a safra que começa agora. Hoje, se colocarmos na ponta da caneta, ficamos com medo de arriscar e plantar. Mas, o produtor rural vive de esperança. Acredita que tudo vai dar certo e, graças a Deus, tem dado. Então vamos seguir confiantes e começar mais uma safra com o pé direito e os pensamentos positivos.
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Coagri: ação e inovação junto ao produtor rural A Coagri Comércio de Produtos Agrícolas mais uma vez mostrou que está conectada à atualidade e pronta para inovar. Percebendo a importância de preparar as novas gerações para o futuro, a empresa promoveu a Coagri Kids. “As crianças são o futuro do país e, consequentemente, o futuro do agronegócio, por isso, decidimos envolvê-las na programação”, afirma Jean Lívio, proprietário da Coagri. O momento fez parte da Campeira, organizada pelo CTG Querência Goiana, em Jataí/GO. A festa gaúcha já faz parte do calendário da empresa, que aproveita o evento para confraternizar com os Produtores Rurais, com os clientes, parceiros e amigos. “Ações como esta são importantes, pois fortalecem os relacionamentos”, complementa Jean.
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Evolução do preço do milho e da relação de troca com a arroba em SP
Lygia Pimentel mercado do boi
Lygia Pimentel é médica veterinária, pecuarista e consultora chefe pela Agrifatto.
“O que já veio e o que ainda está por vir” É fato que o pecuarista soube “a dor e a delícia de ser o que é” em 2014. A “delícia” vem do fato da valorização ano-a-ano do boi gordo ter alcançado 16,7% (dados de julho13/julho14), valor bem acima da inflação acumulada, que está em 6,52%. Isso é ótimo e não acontecia já há algum tempo, pelo menos não com essa intensidade. Outro fato que deixou o produtor contente foi o valor nominal do boi gordo ter atingido seu maior pico histórico em R$ 127,00 à vista para São Paulo. Isso ocorreu em março e trouxe euforia ao mercado. Sondou-se a possibilidade de o boi gordo atingir os R$ 135,00/@ em São Paulo ainda em 2014. Falou-se até mesmo em R$ 140,00/@. Uau! Fator positivo também, sobre a produção para 2014, foi a queda acentuada dos valores praticados pela saca de milho Brasil afora, que melhorou muito a relação de troca para quem utiliza o insumo na engorda do boi. Ano de preços em alta em plena safra nunca é de se reclamar. Ou é? A “dor” à que me referia na frase que iniciou o texto está exatamente no ponto que diz respeito ao futuro e a um “insumo” que chega a abranger 70% dos custos de produção no sistema produtivo de engorda: a reposição. Concomitantemente aos preços firmes para o boi gordo, a reposição acompanhou o movimento de perto e acabou por preocupar toda a classe pecuarista, modificando o apetite por investimento ao longo do ano. Enquanto o boi gordo registrou alta de 20%, o bezerro atingiu os 29% dentro do mesmo período, o que piorou a troca, ou seja, aumentou o ágio da reposição. Movimento semelhante foi observado para o mercado do boi magro, o que traz impacto ao cenário do confinamento 2014. Conforme a reposição sobe, a intenção de confinar cai, mesmo com a relação de troca com o milho melhor (Ver tabela). Os preços nominais da reposição realmente têm assustado o invernista, mas ainda assim, há taxa de retorno para quem confina, o que mantém a projeção altista.
Com o dólar de do hoje, o eBrasil configura Evolução do preço milho da relação de trocacomo com a aarroba em SP arroba mais cara entre seus concorrentes, estando atrás apenas de Argentina, Irlanda e Estados Unidos. Isso com uma arroba em SP de R$ 118,00. Com a arroba em R$ 130,00, estaríamos atrás, inclusive, da Argentina, o que pode ser um limitante para altas mais fortes e duradouras. Outro ponto a se considerar é que com a queda dos preços do milho, a colocação de frangos se aqueceu e manteve a diferença de preços com a carne bovina maior do que o usual. Isso diminui a competitividade da carne vermelha, principalmente considerando que a inflação já extrapolou o teto da meta do governo e o endividamento das famílias brasileiras é recorde. Há, de fato, dificuldade Fonte: Cepea/AgriFatto de expandir o consumo e o frango mais barato reafirma essa limitação por enquanto. -------------------------------------A análise fria do mercado pecuário e seus preços Evolução preços dochoques boi gordode e do preço do deixa claro que dos os grandes preços sãobezerro provo-no MS cados pelo comportamento da oferta, e não da demanda. Isso porque os estoques são mais dinâmicos em aumentar ou diminuir em relação ao consumo, que depende de variáveis econômicas para se movimentar, o que ocorre, mas não na mesma velocidade. Assim sendo, não descartamos preços mais altos no segundo semestre, principalmente porque isso contraria a curva futura e a sazonalidade do mercado. Porém, acreditamos que isso pode não durar muito tempo devido à fragilidade do mercado consumidor no momento, ao aumento do volume de animais confinados e ao baixo preço do frango frente à proteína bovina. Nada melhor do que garantir a taxa de retorno que algumas janelas de negociação ofereceram até o momenFonte: Cepea/Agrifatto to. E pode ser que voltem a oferecer. Fique de olho! ----------------------------------------------------
Intenção de confinar em 2014 em diferentes períodos
fev/14 abr/14 jun/14
Intenção confinar 12% 9% 6%
de
Fonte: Cepea/AgriFatto
-------------------------------------Evolução do preço do milho e da relação de troca com a arroba em SP
Evolução dos preços do boi gordo e do preço do bezerro no MS
Fonte: Cepea/AgriFatto
-------------------------------------Evolução dos preços do boi gordo e do preço do bezerro no MS
Fonte: Cepea/Agrifatto
---------------------------------------------------Intenção de confinar em 2014 em diferentes períodos
fev/14 abr/14 jun/14
Intenção confinar 12% 9% 6%
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Fonte: Agrifatto
Fonte: Cepea/Agrifatto
---------------------------------------------------Intenção de confinar em 2014 em diferentes períodos
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Intenção confinar 12% 9% 6%
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Fonte: Agrifatto
Fonte: Agrifatto
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Luís Fernandes Vilela Eng Agrônomo ATV Dow AgroSciences Programa Dow Orienta PLANTAR E COLHER REP. E COM. DE PRODUTOS AGRICOLAS LTDA.
Artigo BUVA
Buva resistente A Buva (Conyza bonariensis) e (Conyza canadensis), conhecida também como voadeira, rabo de foguete, margaridinha do campo entre outros nomes, é uma planta anual que tem sua reprodução via semente com sua germinação principalmente no inverno e reprodução na primavera, mas que vem pouco a pouco adquirindo novas características reprodutivas, germinando diversas épocas do ano. Ela ainda apresenta uma enorme capacidade de produção de sementes, chegando a 250.000 sementes em uma única planta, que são de fácil dispersão pelo vento, o que já a caracteriza como uma espécie agressiva. Em um passado não muito distante, essa planta daninha era controlada apenas com o uso do Glifosato, herbicida com amplo espectro de ação, mas essa realidade mudou. Com o uso indiscriminado do herbicida, espécies de
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Buva resistentes a molécula do produto foram sendo selecionadas. Os primeiros casos de resistência foram relatados a 8 anos no oeste do estado do Paraná, nos dias de hoje, são encontradas plantas resistentes nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão e em Goiás, principalmente no sudoeste goiano, mais especificamente em Jataí, em que dados de pesquisa já observaram propriedades com ate 98% de plantas resistentes ao herbicida. Dessa forma, o uso do Glifosato para o controle dessa erva não é mais eficiente, nem nos estágios menores da planta, onde obtínhamos melhor controle. Por esse motivo, os produtores estão buscando alternativas de controle, pois a competitividade que essa erva oferece as lavouras, em especial a soja, derruba significativamente a produtividade da oleaginosa. Porem existe poucos herbicidas específicos para o controle de Buva, com isso, alternativas de pouca eficiência estão sendo adotadas. Entre elas, o uso da grade niveladora, na qual causa apenas danos mecânicos a planta ocorrendo o rebrote da mesma, o aumento de doses de glifosato também foi testado, no entanto os biótipos resistentes mostra baixa toxicidade ao herbicida, mesmo em doses elevadas, causando brotações rápidas e com grande número de ramificações na planta. Muito se preocupa, pois o controle da buva é de maior dificuldade dependendo do seu estádio de desenvolvimento. Varias ações estão sendo tomadas, inclusive treinamentos técnicos da equipe Dow AgroSciences e para os consultores da empresa Plantar e Colher, para melhor orientar os agricultores no campo. Será realizado também palestras com pesquisadores renomados no ramo, como o Circuito de Palestras que será realizado no dia 1° de outubro no Centro de de Cultura e Eventos de Jataí para tratarmos principalmente desse assunto. Controle: Em nossas recomendações técnicas, essa planta não pode passar de 20 centímetros de altura para que o controle tenha melhor eficiência, o que preferencialmente deve ser feito após a colheita do milho safrinha, o chamado manejo outonal. Outra orientação dos consultores é manter o solo com palhada, o que já evita a germinação de todo o banco de sementes de buva, solos descobertos de palhada são um problema a parte.
O manejo cultural é uma das formas que contribui para que o manejo químico tenha eficiência, esse controle deve ser feito de forma que a semeadura e a emergência da soja ocorram no limpo, visto que os herbicidas que ajudam no controle dessa planta causam fito toxidade na cultura quanto realizados em pós-emergência na soja. Em casos mais graves recomenda-se dessecação sequencial, que nada mais é que duas aplicações de herbicidas com principio ativo diferente em um curto espaço de tempo, antes do plantio da soja, associado a herbicida de pré-emergência para evitar um novo fluxo da erva durante a cultura implantada. Na dessecação sequencial, o Glifosato é indispensável, visando o controle de outras plantas daninhas e também para ajudar a carrear o 2.4-D para dentro da planta, isso mesmo, o 2.4-D é o herbicida que tem a maior eficiência no controle de Buva, porem, dependendo do estádio da planta, uma outra aplicação deve ser realizada por volta de 10 a 15 dias, com o uso de um herbicida de contato juntamente com um pré-emergente. Um manejo que onera muito o custo de produção do produtor, mas que evita perdas na produtividade, pois a simples presença de 3 plantas de Buva por m2 pode acarretar perdas de ate 10%, a medida que essa infestação aumenta, as perdas são ainda maiores.
E importante lembrar, que a permanência da Buva no período da entre safra serve também como planta hospedeira de insetos praga, como percevejos e lagartas, imediatamente antes da semeadura da soja tem se observado uma lagarta, Elicoverpa armigera, por planta de Buva, na qual não podemos nos esquecer do inseticida junto a dessecação, pois podemos ter sérios problemas com essa praga já na emergência da cultura. E fato que a resistência de plantas daninhas sempre será um problema para a agricultura, principalmente se não adotarmos medidas de prevenção para impedir o avanço delas. Uma ação simples pode ser tomada, que é a rotação de herbicidas com mecanismos de ação diferentes, outra ação é a rotação de culturas, que se torna uma ferramenta importante para o manejo de plantar daninhas resistentes.
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Grupo TEC AGRO: Há 18 anos levando tecnologia à agricultura.
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Investimentos constantes em tecnologia com foco na qualidade, esta é uma das características do Grupo TEC AGRO, que já conquistou a con�iança do Produtor Rural em várias regiões do Estado de Goiás.
que comemorar o resultado positivo de todo esse trabalho em uma noite especial" ressaltou Everaldo Pereira, sócio proprietário.
No dia 21 de agosto o Grupo TEC AGRO completou 18 anos e para marcar essa data tão importante na história das empresas, foi promovido um evento de inauguração do 5º armazém refrigerado na sede da Sementes Goiás em Rio Verde. O evento foi prestigiado por clientes, parceiros,
amigos, representantes de diversas empresas de todos os segmentos e autoridades locais como o Prefeito de Rio Verde, Jurací Martins esses representantes prestigiaram a noite de gala na sede da Sementes Goiás. "Para obter sucesso é preciso somar esforços unindo empresa, equipe, fornecedores e produtor rural, pois juntos somos mais capazes" - destacou Antônio Pimenta, sócio proprietário do Grupo TEC AGRO. Está no DNA do Grupo, buscar inovações que possam contribuir com o desenvolvimento do produtor rural, "Nada melhor do
Sementes Goiás (64) 3611-4500 Rodovia GO 174, Km 03, Zona Rural Rio Verde – GO
TEC AGRO – Montividiu – GO (64) 3629-2006 Av. Olivério O. de Oliveira Qd. 17 Lt. 360 Serrano Park
TEC AGRO – Paraúna – GO (64) 3556-2388 Av. JK Qd. 13-A Lt. 1 Parque dos Buritis
TEC AGRO (64) 3612-0001 Av. Pedro Ludovico Teixeira nº 1082 - Nova Vila Maria
TEC AGRO – Jataí – GO (64) 3631-0005 Rua Almeida nº 230 Jardim Rio Claro
TEC AGRO – Santa Helena – GO (64) 3641-1906 Av. Onias José Borges nº 885 Bairro Brasil
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Marlon Lúcio O. G. De Castro cultivo de florestas
Engenheiro Agrônomo CREA: 12.146 / D - GO
Eucalipto: Porque plantar? Atualmente, o setor florestal goiano tem sido bastante impulsionado pelo fato da lenha de florestas exóticas (eucalipto) estar em ascensão, sendo muito utilizada em armazéns graneleiros, para secagem de grãos. Todo o sistema industrial precisa de matéria-prima energética para funcionar, sendo o eucalipto uma dessas matérias–primas de mais baixo custo. Outros motivos pelos quais as indústrias têm dado preferência para a lenha do eucalipto são devido ao seu maior poder calorífico, a facilidade de armazenagem e empilhamento e à legislação ambiental que limita a utilização de lenha de cerrado de matas naturais.
Legislação
No Brasil, a projeção de plantio é otimista para os próximos anos, devido à demanda dos setores madeireiros, energéticos e de celulose. A expectativa do Ministério da Agricultura é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso poderá reduzir a emissão de oito milhões a dez milhões de toneladas de CO2 equivalentes, em uma década. (Fonte: Decreto nº. 7.390 de 09/12/2010).
Financiamento
Quando pensamos em árvores de rápido crescimento, o eucalipto se apresenta como uma das mais interessantes, não somente por sua alta capacidade produtiva e adaptação aos mais diversos ambientes de clima e solo, mas, principalmente, pela grande diversidade de espécies, possibilitando, assim, que haja uma grande diversificação em seu uso. A produção de florestas plantadas (econômicas) nas propriedades rurais possui quatro objetivos básicos: 1. Implementar uma fonte de renda de longo prazo para o produtor e sua família;
Considerando a necessidade de rever as diretrizes atuais sobre a exploração de florestas energéticas e comerciais originárias de plantios, com fins econômicos, de espécies exóticas, considerando a necessidade de preservar as espécies nativas do bioma cerrado através do incentivo à utilização das espécies exóticas, o Governo de Goiás desburocratizou a cultura do eucalipto através da normativa 002/2005, ficando para o agropecuarista somente retirar junto a SEMARH (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) a autorização de corte de floresta exótica (Eucalipto).
Programa ABC: Agricultura de Baixa Emissão de Carbono O programa ABC é uma iniciativa do Governo Federal, que nasceu para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A iniciativa prevê capacitação e incentivos financeiros aos produtores rurais que adotarem as técnicas de agricultura sustentável, de baixo carbono. Esse financiamento é específico para a implantação de floresta plantada, ajudando, assim, o produtor rural a implantar sua floresta comercial com mais tranquilidade e responsabilidade. Limites de créditos, juros e prazos Para a implantação e manutenção de florestas comerciais e para a produção de carvão vegetal, o limite de crédito é de R$ 3.000.000,00 (Três milhões de reais) por beneficiário e por ano-safra, independentemente de outros créditos que o produtor ou cooperativa tenha recebido ao amparo de recursos controlados do crédito rural. A taxa de juros é de 4,5% ao ano e o pagamento pode ser efetuado em até oito anos.
2. Aumentar a oferta de madeira para fins industriais (celulose e papel, móveis e painéis de madeira), energéticos (carvão vegetal e lenha), construção civil, entre outros; 3. Reduzir a pressão sobre as matas nativas; 4. Captura de CO2 da atmosfera, reduzindo os efeitos do aquecimento global.
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Saúde & Bem Estar
Trabalhar fora, cuidar da casa, dos filhos... Tarefas que hoje fazem parte da rotina de vida do século 21. Homens e mulheres assumiram responsabilidades compartilhadas e precisam dar conta do recado na correria do dia-a-dia. Em meio a tantos compromissos, todos eles com hora marcada, detalhes importantes são deixados de lado, como o cuidado com a saúde. A Revista Agro&Negócios conversou com o Dr. João Batista Vilela Paniago, um dos primeiros profissionais da saúde a atender em Mineiros/GO, que falou sobre a importância de manter o corpo saudável. Agro&Negócios: A maioria das pessoas corre contra o tempo para conseguir cumprir todos os compromissos diários. Qual a importância de diminuir o ritmo e avaliar a saúde?
Dr. João Batista: Atualmente, justamente por conta da correria diária, o índice de doenças cardiovasculares e circulatórias é muito grande. Diabetes, colesterol e pressão alta também estão na lista dos principais problemas de saúde. Para manter a qualidade de vida e evitar complicações, a regra é básica e conhecida pela maioria: ter uma alimentação adequada, praticar atividades físicas e não deixar de lado o acompanhamento médico. Eu, por exemplo, sou adepto da prática esportiva. Há 27 anos faço caminhadas e há 10 comecei a frequentar a academia. As pessoas precisam ter consciência de que se fizerem a parte delas, os resultados chegam e a qualidade de vida melhora.
Dr. João Batista Vilela Paniago
Qualidade de vida no século 21
Dr. João Batista: A realização de check-ups é muito importante. Qualquer pessoa deve reservar um tempo na agenda, pelo menos a cada seis meses, para consultar um médico e fazer uma bateria de exames. Muitos problemas de saúde são silenciosos, ou seja, sem sintomas, por isso, é preciso parar para avaliar se está tudo em ordem. Agro&Negócios: As pessoas têm demonstrado esse cuidado nos dias atuais? Dr. João Batista: Infelizmente, nem todos tem essa preocupação. Mas, com a socialização da saúde, o acesso ao atendimento médico ficou mais fácil. Hoje, por exemplo, além do serviço público de saúde, a maioria das empresas tem convênios e oferece o serviço para os funcionários. O que acontece, muitas vezes, é uma demanda maior do que a capacidade das clínicas e hospitais. Agro&Negócios: Qual seria o motivo da superlotação dos hospitais e das filas de espera, principalmente no serviço público de saúde? Dr. João Batista: Um dos motivos é o crescimento populacional. Em Mineiros, por exemplo, há uma demanda muito grande por parte de quem vem de outras regiões para trabalhar no Centro-Oeste e necessita dos serviços de saúde. Por tanto, como a gente não atende apenas quem é daqui ou mora aqui, os profissionais e as clínicas acabam sendo insuficientes. Agro&Negócios: Quais as principais doenças do século 21 e como evitá-las?
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Celeiro mundial de produção Até que ponto esse título compensa?
Colônia norte-americana?
Por Tássia Fernandes “O verdadeiro celeiro do mundo – Brasil se consolida como o maior produtor agrícola do planeta”, Revista Dinheiro Rural/2010. “Novo celeiro do mundo - há tempo destacada, a participação do Brasil na produção mundial de alimentos deverá ser ainda maior nos próximos anos”, Jornal Estadão. “Celeiro de um mundo cada vez maior - Brasil precisa lidar com uma série de desafios na sua produção alimentícia para conseguir suprir as demandas internacionais crescentes”, Site Ciência Hoje/2013. Com safras que se superam a cada ano e com a possibilidade de expansão das áreas de cultivo, o Brasil é a aposta para o abastecimento mundial de alimentos, sendo considerado, como pode ser observado nos trechos de reportagens selecionados, o celeiro da produção mundial. Diante das projeções de crescimento demográfico e, consequentemente, da demanda internacional por alimentos, que é cada vez maior, o Brasil se destaca no grupo dos países produtores agrícolas. Mas até que ponto ter esse título pode ser considerado um fator positivo?
Histórico econômico O professor e analista econômico, João Geraldo de Souza Braga, explica que ao longo da história mundial instituiu-se a divisão internacional do trabalho. “Interferem nessa definição fatores como capital, tecnologia e educação. Se observarmos, cada país tem um setor de trabalho que é predominante, seja ele primário, secundário ou terciário. No Brasil, há um reforço em relação à predominância do setor primário, ou seja, de país que exporta matéria prima”. A matéria prima comercializada in natura tem determinado preço, que aumenta na medida em que vão sendo agregados valores ao produto. Para que isso aconteça, o caminho é a industrialização. “Um exemplo interessante é o fato de sermos os maiores exportadores de minério de ferro do mundo, ao invés de exportarmos o aço, pronto para ser consumido. O exemplo vale para a agricultura. Produzimos uma safra de grãos recorde, mas enquanto exportamos matéria prima, os países de primeiro mundo agregam valor ao nosso produto, vendem e lucram com isso”, destaca. Ainda assim, o agronegócio tem grande relevância para o país. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB do agronegócio em 2013 cresceu 3,92%, representando 22,5% do PIB nacional. “Os dados são interessantes, mas poderiam ser ainda mais favoráveis ao Brasil se ao invés de exportarmos matéria prima, exportássemos os produtos industrializados”.
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Para o professor João Geraldo, cabe ao brasileiro, especialmente aos empresários do agronegócio, questionarem até que ponto é satisfatório ser considerado o celeiro do mundo. “Na prática, qual é a vantagem do título, se diante dos dados percebemos que o país tem a 6º economia do mundo, no que se refere ao PIB, mas em relação ao IDH, que avalia o desenvolvimento da nação, ocupa a 85ª posição”.
Mas a quem essa situação interessa? De acordo com a lógica econômica, àqueles que lucram com a organização do sistema. “A função de produtor de matéria prima foi concedida ao Brasil desde a colonização. Mesmo com a Revolução Industrial, que no país foi considerada tardia, o cenário não mudou muito, pois a maioria das indústrias que surgiram pertence às multinacionais. Atualmente, em torno de 70% do parque industrial brasileiro é composto por multinacionais. Assim, o lucro gerado não fica no país, sendo destinado ao exterior”.
Pela lei de mercado, da oferta e demanda, o país exporta o que produz e importa o que está em falta. “No nosso caso, o principal produto importado é a tecnologia, que custa caro justamente por ter valor agregado. Uma comparação interessante é o fato de que com uma carreta de soja de 40 toneladas eu não consigo comprar uma caixa de chips para computador de 30 quilos, porque tem a questão do valor agregado ao produto”, reforça João Geraldo. Mas não é só no ato da compra que o peso do mercado externo é evidenciado. Atualmente, são os Estados Unidos que regulam o preço de venda do mercado interno brasileiro e de toda a comercialização mundial. Entender porque isso acontece pode ser mais um questionamento recorrente entre os produtores rurais. Mas, pode ser também que a prática rotineira de negociações faça com que o detalhe passe despercebido. Como explica o professor João Geraldo, o preço das commodities é definido a partir da Bolsa de Chicago. “Isso acontece porque é nos Estados Unidos que se encontra o centro de comercialização mundial de commodities. Hoje, o país é responsável por 25% do que é consumido no mundo e esse poder de consumo é um dos fatores que faz com que o EUA tenha responsabilidade na determinação de preço. Portanto, se a safra norte-americana é produtiva, a demanda de importação será menor, o que pode ser observado nos dias atuais”. Estimativas divulgadas em torno da produção mundial, especialmente dados que se referem à produção norte americana, são pontos chave na definição dos preços que serão ofertados. Entretanto, apesar de determinar preços na esfera global, o EUA não é nosso principal parceiro agrícola. “Em termos de agronegócio, a relação brasileira é mais estreita com a Ásia e com a Europa”, afirma João Geraldo. Enfim, o Brasil não tem poder de decisão porque a sua demanda é menor que a oferta. Exportamos porque não consumimos o suficiente. Dessa forma, exportamos o nosso excedente e importamos aquilo que nos falta. O grande problema está, justamente, naquilo que nos falta: a industrialização. “O Brasil ainda é um país em desenvolvimento. Apesar de ser o celeiro do mundo e de bater recordes de produção, não tem valor agregado aos produtos”.
Mãos a obra, mais uma vez Diante de tantos questionamentos em torno de uma situação que parece ser imposta ao Brasil, já está tudo preparado para mais uma safra de grãos. Insumos adquiridos, planejamento realizado e vazio sanitário chegando ao fim. Agora é começar o plantio e aguardar pela definição das variáveis que não estão ao alcance do produtor, entre elas, o clima, a situação do mercado externo e o estabelecimento do preço que será pago pelo produto. “Há muito se sabe que a profissionalização chegou ao campo e, com isso, a forma de trabalhar mudou. Atualmente, ao decidir em que e como investir, o produtor rural precisa levar em consideração diversos fatores. Não é mais possível tomar decisões apenas a partir de interesses. É preciso observar todo o cenário econômico que está sendo construído”, coloca João Geraldo. Depois do período de altos e baixos, vivenciado pelos produtores do Sudoeste Goiano na safra 2013/14, a necessidade da busca por informações torna-se ainda mais intensa. As projeções para uma super safra norte -americana, somadas a uma produção recorde no Brasil, resultam em uma quantidade de produto superior à demanda e, pela regra básica do mercado, os preços tendem a baixar, o que deve prejudicar a margem de lucro do produtor rural. Para o consultor econômico França Junior, as oscilações de mercado são normais. “A tendência realmente era de queda nos preços, devido ao aumento da área americana de cultivo, que foi superior ao esperado. O mercado, por tanto, reflete a safra norte-americana”. O 5º levantamento divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que os números da produção continuam subindo. No que se refere à soja, a produção mundial estimada para a safra 2014/15 é de 311,1 milhões de toneladas. As estimativas também apresentam uma produção mundial de milho recorde, chegando a 987,5 milhões de toneladas. De acordo com o relatório do USDA, espera-se um consumo global de 285 milhões de toneladas de soja e 970,7 milhões de toneladas de milho. Em relação às duas culturas, consumo global que está abaixo da produção, o que indica um provável aumento nos estoques e nova onda de queda nos preços.
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Alternativas viáveis? De acordo com a análise do professor João Geraldo, promover a industrialização seria a alternativa mais rentável, pois além de agregar valor ao produto brasileiro, possibilitaria o consumo da matéria prima, evitando a superlotação de estoques. “Mas ao sugerir esse incentivo, nos deparamos com outro gargalo, que é a carga tributária elevada, sendo um dos principais fatores que afasta os investimentos de indústrias no país”, avalia. O custo de produção no Brasil, somando tributos, falta de subsídio governamental e infraestrutura precária, torna-se alto e faz com o que o produto nacional não seja competitivo. “É justamente a falta de competitividade que faz com que fiquemos à mercê de preços e valores que são estipulados externamente. Anualmente batemos recordes de produção, mas quando falamos em produtividade, ou seja, produção aliada ao custo de produção, o gráfico está em declive. E, enquanto a mudança não acontece, continuamos sem competitividade e o custo país segue galopante”, complementa João Geraldo. Lançando um olhar positivo sobre o que está por vir no decorrer da safra 2014/15, o consultor França Júnior acredita que, apesar das circunstâncias, o cenário de comercialização para 2015 será melhor. “Os preços poderão ser impulsionados por diversos fatores que poderão sofrer transformações até o final deste ano. Entre eles, a taxa de câmbio, que deve subir após as eleições e ajudar
na formação de preços para o ano que vem. Para o clima, as indicações dos meteorologistas também apontam para condições mais favoráveis do que na última safra”. Ainda sobre os preços pagos pelos produtos, definidos pela Bolsa de Chicago, e que atualmente tem sido a maior preocupação da classe produtora, França Júnior explica que, além da oferta e demanda, outra questão precisa ser adicionada aos fatores que definem valores de comercialização: a especulação financeira. “O mercado financeiro passou a atuar no mercado de commodities, o que tem um lado bom, porque faz os preços alavancarem. No momento eles estão ausentes, mas devem voltar a comprar em breve e a tendência será de que os preços voltem a subir. Este seria um fato novo e positivo para a comercialização”. Enquanto a industrialização não chega, o Brasil não sobe de posto e continua sendo classificado como celeiro de produção mundial, reforçando a ocupação enquanto setor primário, a classe produtora deve continuar fazendo a sua parte, é o que orienta França Júnior. “Apesar do momento de cautela, o produtor não pode deixar de investir. Em anos assim é que os investimentos são necessários para que, apesar dos preços baixos, ele consiga vender bem e ter uma rentabilidade satisfatória”.
“A falta de competitividade é que faz com que fiquemos à mercê de preços e valores que DE SOJA são estipulados externamente. EnquantoPRODUÇÃO a mu- MUNDIAL (MILHÕES DE TONELADAS) dança não acontece, continuamos sem compePAÍSES Safra 2013/14 Safra 2014/15 titividade e o custo país segue galopante”. EUA econômico. 89,5 João Geraldo, professor e analista Brasil
86,7
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Os preços poderão ser impulsionados por Argentina 54,0 55,0 diversos fatores que poderão sofrer transformações até o final deste ano. Entre eles, a taxa de Chinaapós12,2 12,0 e ajucâmbio, que deve subir as eleições dar na formação de preços para o ano que vem”. França Junior, consultor econômico. Demais
Mundo
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Fonte: USDA – 5º Levantamento – Setembro/14 PRODUÇÃO MUNDIAL DE SOJA (MILHÕES DE TONELADAS)
PRODUÇÃO MUNDIAL DE MILHO (MILHÕES DE TONELADAS)
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Fonte: USDA – 5º Levantamento – Setembro/14
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José Luiz Tejon Megido Publicitário e Jornalista, ex-diretor da Agroceres, da Jacto S/A e do Grupo Estadão; Top 100 do Agronegócio 2013 - Revista ISTO É - Dinheiro Rural, Coordenador do Núcleo de Estudos de Agronegócio da ESPM de São Paulo.
AGRONEGÓCIO
O Brasil precisa espantar as hienas reclamatórias Uma preguiça não burocrata ainda consegue, lentamente, se virar. Mas uma corporação de preguiças, gerando, inovando e criando normatizações burocráticas, com o objetivo alucinante de se sentirem úteis, criando dificuldades para a venda da facilidade, como (meu Deus, nosso senhor, e demais rezas bravas) poderemos competir? O reino das preguiças burocratas se acastelam onde a zona de conforto lhes é mais favorável. Isso significa: governo. Sustentabilidade é importante? Claro que sim. Precisa ter lei, regulamentações? Claro que sim. Logo, ao invés de agirmos no tempo contemporâneo, num mundo da velocidade do pensamento - onde penso, logo digito, clico e me comunico - vem lá de dentro dos buracos negros do tal do “sistema”, uma voz cavernosa que grita rouca e uterina: compliquem, onde pode haver uma norma apenas, inventem mil. Confundam mais ainda, misturando todas as macabrices tributárias, contábeis, fiscalizatórias, com sutilezas do meio ambiente, das utopias trabalhistas no campo. Não se esqueçam do Judiciário e de criar dezenas de novos ministérios para ainda mais complicar. E, ao atingirem o nível mais enervante e desesperante que faria Kafka levantar do túmulo e escrever o Processo 2, O Retorno, promovam debates e mais debates, plenos de ‘non sense’, aquele que ofereceria a Ionesco, o autor do Teatro do Absurdo, matéria-prima para um também ressuscitar. No conto de fadas do mundo animal, segue ainda mais imperativo para a corporação das preguiças burocratas pensar como olímpicos, mas agir como varzeanos. O bem estar animal é hoje superior ao bem estar do ser humano. Pelo menos 80% da população de brasileiros, gente, pessoas, não estariam na conformidade das exigências legais, e não poderiam viver como suínos ou aves. O mundo chama e clama pelo Brasil, como um parceiro que venha a ser confiável no suprimento do agronegócio. A China, nosso cliente número 1, aí está, com sua consciência de segurança alimentar, por tudo o que sua his-
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tória já as duras penas ensinou, reabrindo o seu mercado de carne bovina para o Brasil. Como poderemos espantar as preguiças burocratas, as hienas reclamatórias, e olharmos de forma pró-ativa cada segmento de mercado, cada nicho de oportunidade? Como iremos entender o que esses clientes pensam, desejam, esperam? Como iremos orquestrar a cadeia produtiva específica, como um arranjo, um espetáculo, uma peça harmônica, de ponta a ponta, incluindo nisso os necessários órgãos oficiais e governamentais? E tudo isso desde a pesquisa até a mente do consumidor global, esteja ele onde estiver? E mais, numa visão de agribusiness mesmo, e não apenas do dentro da porteira? A área do conhecimento para isso chama-se marketing. Os agentes, os pontas de lança, as águias da velocidade, ao lado das corujas e golfinhos da inteligência, são os que estão na direção das associações, cooperativas, das entidades dos setores privados de cada negócio do agro, seja vegetal ou animal. E, acima de tudo, que eles mesmos, os setores brasileiros dos grãos, com os da agregação de valor via proteínas, iniciem diálogo e plataformas comuns para abater os cargueiros abarrotados de preguiças burocratas, ancorados em distintos esconderijos, e ao longo de toda cadeia agroprodutiva. A hora do comprometimento do setor público é na hora dos planos e promessas de governo, na boca das eleições. E o antídoto para o veneno da inanição da morte lenta burocrática está em ativar poderosamente a comunicação. O povo quer sucesso, prazer e satisfação. Precisa ir onde o povo está. Somos fracos de marketing e ausentes da comunicação. O setor acha que basta haver comunicações verticais. Quer dizer, falando entre si. Ali os arroubos são grandes, as palavras de ordem veementes. Mas perdem força a cada metro do lado de fora das portas de seus escritórios. Na ve-
locidade do pensamento, num mundo onde penso, logo digito, clico e me comunico, a governança das redes sociais, o monitoramento, o diagnóstico, a identificação de detratores, de leigos, de apoiadores e de advogados das causas exige um trabalho competente e profissional. Antigamente era a palavra. Hoje é o poder de espalhar a palavra. A capilaridade das redes, e a única coisa que pauta e que faz tremer os poderes públicos: a voz das redes. A voz das mídias. As entidades empresariais, com Ong’s sérias e tecnicamente saudáveis, a atração da sociedade urbana, será a única forma de permitir que os valorosos funcionários públicos, que os ministros e técnicos do governo, bem inten-
cionados, consigam agir, desamarrando-os do sistema e do processo kafkaniano, ao qual estão acorrentados, da mesma forma como prometeu, quando desafiou os deuses, tentando trazer a luz para os mortais. Comunica-te ou te devoro. Estamos na era da velocidade do pensamento. Nossas lideranças do agro são boas, mas ainda desconectadas, e lentas. Essa lentidão cria o fungo e o bolor, com o qual as preguiças rainhas são alimentadas no formigueiro das suas pequenas vaidades.
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