Revista Agro&Negócios 25ª edição

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índice 10 DIA DE CAMPO UNIGGEL | 12 Giro de Notícias | 22 Feeling Empreendedor | 30 Pecuária Leiteira | 36 TecnoShow Comigo |

Entrevista Zezé Di Camargo | polo agro empresarial | clima - pé no freio | APGJ em ação | Fusarium |

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ARTIGOS Mercado do boi – 42 perspectivas para o mercado de commodities em 2014 Portal UFG – 64 Deriva de produtos fitossanitários Certificação ICP | Brasil no agronegócio

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Certificação Incra | Georeferenciamento rural

Diretor administrativo: Francis Barros Direção de arte: Allan Paixão Edição 25ª | Ano 2014 | A&F Editora 64 3636-4113 Rua Napoleão Laureano, Nº 622 St. Samuel Graham - Jataí - Goiás CNPJ: 13.462.780/0001.33 SITE E REDE SOCIAL: www.agroenegocios.com.br facebook.com/agroenegocios

Leve essa ideia com você:

Reportagem e Edição: Tássia Fernandes | 2703/GO Luana Loose Pereira | 15679/RS arte e design: Marília Assis COMERCIAL: Juliana Foerster William Garcia

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Artigos: Alessandro Rodrigues de Assis Lygia Pimentel Renato da Silveira Martini UFG/Campus Jataí contato: contato@agroenegocios.com.br comercial@agroenegocios.com.br luana@agroenegocios.com.br tassia@agroenegocios.com.br allanpaixao@vozpropaganda.com.br francisbarros@vozpropaganda.com.br Impressão: Poligráfica Tiragem: 3.000

Distribuição dirigida: Jataí, Rio Verde, Mineiros, Chapadão do Céu, Montividiu, Goiânia, Acreúna e Quirinópolis. A Revista Agro&Negócios não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões presentes nos encartes publicitários, anúncios, artigos e colunas assinadas.

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editorial Por Tássia Fernandes e Luana Loose Pereira Iniciamos este ano preocupados com o futuro da agricultura regional, nesta safra verão enquanto algumas regiões ainda sentiam os reflexos dos danos causados pela Helicoverpa armigera, outras sofreram com a ferrugem e, em seguida, com a falta de chuva, que adiantou a colheita da soja, mas retardou o início do plantio da segunda safra em algumas propriedades. Abrimos o mês de fevereiro e a tão esperada chuva finalmente caiu sobre o solo do sudoeste de Goiás, fazendo brotar novamente a esperança de que tenhamos uma boa segunda safra de milho, segundo estimativas de consultores do Sistema FAEG/SENAR, nesta segunda safra, o Brasil, que ficou em quarto lugar na produção mundial de milho em 2013, deve alcançar 72 milhões de toneladas, 8 milhões serão provenientes do estado de Goiás, sendo 5 milhões na segunda safra. Cumprindo o papel de ser ferramenta de informação para todos os envolvidos no meio rural, a Agro&Negócios preparou para esta edição uma reportagem especial sobre o clima em nossa região, buscando entender um pouco melhor o contexto que estamos vivenciando e o que podemos esperar para as próximas temporadas.

Em ritmo de TecnoShow 2014, resolvemos inovar! Zezé Di Carmago estampa a capa de nossa 25ª edição. Em entrevista exclusiva, o cantor fala sobre o amor pelo Nelore e a experiência no melhoramento genético do plantel nacional da Raça. Também no setor da pecuária, desta vez leiteira, discutimos com os criadores sobre um dos principais gargalos da atividade, a falta de mão de obra. Lygia Pimentel nos contempla, mais uma vez, com artigo onde aponta os caminhos a serem percorridos pelos pecuaristas neste ano de 2014. A colunista Lorena Ragagnin também esta conosco, discutindo novidades do setor jurídico que envolvem diretamente o meio rural. Novos parceiros comerciais também estão conosco nesta edição, dando ainda mais força e credibilidade ao material que chega a suas mãos. O convite é para que você, caro leitor, se delicie a cada página e que ao final esteja saciado de novos conhecimentos, e é claro, ficando sempre com um gostinho de quero mais! Boa Leitura a todos!

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

ALLAN PAIXÃO

FRANCIS BARROS

EQUIPE AGRO&NEGÓCIOS

LUANA LOOSE PEREIRA

TÁSSIA FERNANDES

JULIANA FOERSTER

WILLIAM GARCIA

MARÍLIA ASSIS

JORNALISTA

JORNALISTA

GERENTE DE NEGÓCIOS

CONSULTOR COMERCIAL

DESIGNER


AGENDA Agro Confinar 2014 - Mercado, Integração e Produção Sustentável

Negócios Expo Marketing Brasil Marketing Digital

Quando: 06 e 07 de maio de 2014 Onde: Campo Grande/MS Mais informações: http://confinar.net/portal

Quando: 13 de maio de 2014 Onde: Brasília/DF Mais informações: http://www.expomarketingbrasil.com.br

TecnoShow Comigo

Curso – Aprender a empreender

Quando: 07 a 11 de abril de 2014 Onde: Rio Verde/GO Mais informações: http://www.tecnoshowcomigo.com.br/

Quando: Disponibilizado durante 30 dias para o participante. Onde: On-line – plataforma do Sebrae. Mais informações: http://www.ead.sebrae.com.br/quero -empreender/ae-aprender-a-empreender/

CONECTADO

Agro

Negócios

Aspectos Polêmicos do Agronegócio Uma visão através do Contencioso

A arte do começo – O guia definitivo para iniciar o seu projeto

Lançado em 2013, o livro traz uma coletânea de textos produzidos por especialistas renomados, que abordam situações reais referentes às relações comerciais no agronegócio. A organização é do advogado Elias Marques de Medeiros Neto, que teve a pretensão de também incluir questões dos campos tributário, trabalhista, ambiental, criminal, processual, entre outros. O livro toca em um tema pouco abordado pela literatura específica e pode contribuir com produtores rurais e advogados. Onde encontrar: http://www.ebalivros.com.br/produto/ id:212000

“… empreendedor não é um cargo. É um estado mental de alguém que deseja mudar o mundo.” Esta é uma das citações presentes no livro de Guy Kawasaki, uma espécie de roteiro para quem deseja iniciar um empreendimento. As dicas vão desde a elaboração de um bom plano de negócios até o posicionamento da marca e a criação de uma forte cultura interna. Um dos responsáveis pela consolidação da marca Apple na década de 1980, Kawasaki é referência no mundo dos negócios. Autor: Guy Kawasaki. Onde encontrar: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/207072

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Instituiçþes financeiras

Emissora Oficial


TECNOSHOW COMIGO A expectativa é superar os números de 2013: 82 mil visitantes e R$ 900 milhões em volume de negócios

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TECNOSHOW COMIGO chega à 13ª edição consolidada como uma das principais feiras de tecnologia rural do Brasil, sendo a maior do Centro-Oeste. A perspectiva para 2014 é superar o volume de negociações do ano passado, quando a feira registrou R$ 900 milhões, e receber mais de 90 mil visitantes, no período de 7 a 11 de abril, no Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO). Com investimentos da ordem de R$ 550 mil em melhorias na estrutura, a feira terá mais de 500 empresas expositoras, marcando presença em uma área de 60 hectares. Em cinco dias a TECNOSHOW COMIGO apresentará aos visitantes de diversas regiões do Brasil o que há de mais moderno em tecnologia rural e inovação para a agropecuária. “A feira é uma referência na geração e difusão de tecnologias rurais. O público que visita sabe da magnitude do evento e comparece porque tem certeza de que encontrará o que há de mais moderno para a atividade. O cenário é de otimismo para 2014”, destaca o presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia.

Programação Estão previstas mais de 100 palestras e dinâmicas de máquinas e pecuária. Os temas e apresentações vão ser desenvolvidos por especialistas e profissionais do agronegócio. No CTC, o público poderá conhecer e adquirir produtos e serviços, direcionados ao agronegócio, de expositores de insumos agrícolas, máquinas, equipamentos e veículos, animais, artesanatos, alimentação, instituições financeiras, aeronaves, além de obter informações sobre trabalhos de instituições de pesquisa e ensino, entidades

e órgãos públicos, agricultura familiar, e acompanhar experimentos em uma área de 40 mil metros quadrados de plots agrícolas, com inovações no manejo de pragas e doenças, lançamento de cultivares, entre outros. Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de geração e difusão de tecnologia do CTC, Carlos César Evangelista de Menezes, a COMIGO está conduzindo vários trabalhos, que serão apresentados na feira e direcionados para atender demandas dos produtores e técnicos. “Neste ano, por exemplo, a demanda do momento é o manejo e controle da Helicoverpa armigera. Estamos estabelecendo estratégias de controle junto com o pessoal da Embrapa e UniRV para posicionar qual é o melhor manejo da praga”. A feira terá dinâmicas de pecuária (manejos e nutrição), doma racional de equinos, apresentação de rédeas e de cães pastores, Circuito Ambiental, Dia do Meio Ambiente, distribuição de mudas nativas do Cerrado, entrega do 7º Prêmio de Gestão Ambiental Rural COMIGO, exposição de animais de excelente genética, espaços para descanso, restaurantes e estacionamentos para 3.500 veículos/ônibus.

Infraestrutura O Centro Tecnológico COMIGO recebeu melhorias para deixar a estrutura mais confortável, prática e moderna aos expositores e visitantes. Entre as novidades estão a construção e readequação de banheiros, pavimentação de ruas, aquisição de novos transformadores para a rede elétrica e ampliação da capacidade de internet (150 MB), com oito torres distribuídas na feira para garantir melhor sinal e acessibilidade.

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DIA DE CAMPO Goleada de Produtividade!

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Evento realizado pelo Grupo Uniggel confirma a credibilidade da empresa junto aos produtores rurais

UNIGGEL

Por Rayana Gouvea

Vista aĂŠrea do evento registrada atravĂŠs de um drone

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conteceu no dia 8 de Fevereiro, o 14º Dia de Campo Uniggel Sementes em Chapadão do Céu, Goiás. O evento, que acontece a cada dois anos, contou com quase 600 pessoas entre eles profissionais do agronegócio, produtores rurais e empresários do ramo que puderam ver de perto as novidades que foram apresentadas por essa verdadeira vitrine de lançamento de novos produtos e exposição das mais recentes tecnologias a fim de garantir o aumento da produtividade e rentabilidade do agronegócio do sudoeste goiano. Buscando atualizar o produtor com o que há de melhor no mercado, durante o evento também foi lançada a variedade Intacta RR2 PRO que possui resistência contra lagarta helicoverpa armigera, a grande vilã da última safra no país. Prezando por estar sempre a frente, ante-

Complexo do Grupo Uniggel em Chapadão do Céu - GO

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cipando as tendências do mercado e focando na qualidade superior para oferecer ao produtor a melhor semente, com maior vigor e germinação, o evento contou com um ciclo de palestras que ajudaram o produtor a conhecer e tirar todas as dúvidas sobre as grandes possibilidades de aumentar o lucro. Após muita informação, foi servido um delicioso almoço para confraternizar com os convidados e comemorar também os 25 anos do Grupo Uniggel. A equipe Uniggel estava em peso e pode contar também com a presença dos sócios e idealizadores do Grupo, os irmãos Sérgio, Fausto e Ronan Garcia que recepcionaram os convidados agradecendo pelo carinho de estar prestigiando esse 14º Dia de Campo Uniggel Sementes que foi um grande sucesso, superando as expectativas dos presentes que ficaram muito satisfeitos com o resultado final. Praticando uma agricultura moderna e responsável, o Grupo Uniggel está crescendo em ritmo acelerado acompanhando as mudanças que o mundo exige.


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Segurança e Tranquilidade aos produtores associados Cooperativa COMIGO investe em nova unidade armazenadora de grãos em Jataí/GO Por Luana Loose Pereira

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oram mais de 30 milhões de reais investidos pela cooperativa COMIGO na mais nova central de armazenagem de grãos localizada no município de Jataí/ GO. Considerado um dos mais modernos armazéns da região, referência em todo o estado de Goiás, a nova estrutura é totalmente automatizada e também adequada à legislação, principalmente no que diz respeito às normas trabalhistas e ambientais. De acordo com o presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, os investimentos refletem o anseio e a demanda dos associados que também têm investido no aumento da produção. “São regiões altamente produtivas e necessitavam dessas unidades. Agora estamos entre-

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gando esta obra que vai facilitar a vida dos cooperados dessa região”, destaca. Os associados, por sua vez, ressaltam os benefícios proporcionados por esta grande obra. “Para nós é um privilégio receber esta obra tão moderna em nossa região. Agora temos um armazém que está bem próximo de nossa propriedade e isso além de reduzir os transtornos com as estradas, certamente, vai reduzir significativamente os custos de transporte”, afirma Everaldo Gobbi, produtor associado. “Esta área tem altos índices de produtividade, por isso esta obra veio na hora certa beneficiando o cooperado de várias maneiras. Favorecendo o transporte, a ar-


Comigo

mazenagem e dando comodidade. É uma obra de grande relevância”, salienta a associada Lia Helena Katzer. Para Reginaldo Pires, a entrega da nova unidade representa tranquilidade e segurança aos associados e também proporciona ainda mais credibilidade ao trabalho realizado pela cooperativa em prol das regiões de atuação. “Hoje o escoamento e a armazenagem de grão é um dos principais gargalos em Jataí, este investimento visa aumentar a capacidade estática do município e garantir aos associados à entrega dos grãos com remuneração futura em suaprópria cota capital”, pontua Reginaldo. Cerca de 400 pessoas - entre cooperados, familiares e convidados - participaram da cerimônia de inau-

guração da nova unidade. Participaram do evento toda a diretoria da COMIGO, membros do conselho diretor e fiscal, superintendentes, gerentes, técnicos e colaboradores, além de representantes de entidades como: Governo do Estado, Federação da Agricultura do Estado de Goiás, prefeituras e sindicatos rurais de Jataí e Serranópolis. Na oportunidade houve uma palestra com o agrometeorologistada Somar Meteorologia (SP), Marco Antônio dos Santos, que falou sobre o prognóstico climático para a região Sudoeste de Goiás, uma preocupação que toma conta dos produtores. Segundo ele, as chuvas devem se regularizar e se manterem estáveis nos próximos meses.

UNIDADE BOM JARDIM JATAÍ Capacidade de armazenagem: 72 mil toneladas de grãos Investimento: R$ 30 milhões Inauguração: 11 de Janeiro de 2014 Estrutura: 4 silos graneleiros (18 mil toneladas cada), 4 silos (pulmão) de 6 mil sacas casa, 2 secadores (cada um com capacidade de secar 150 toneladas/hora), tombador, moega, caixa de expedição padrão, caixa de expedição de impurezas, caixa de expedição para quirera, subestação de energia 1.000kva, gerador de energia a óleo de 500 kva, guarita, banheiros masculino e feminino e sala de espera para motoristas, calador de amostras, escritório, balança de recepção, balança de expedição, alojamento para 40 pessoas, 3 casas para funcionários e refeitório para 40 pessoas. Localização: km 2 rodovia GO-184 a direita 39 km, município de Jataí Gerente: Luiz Firmino da Silva

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Sindicato Rural de Jataí Ricardo Peres é reeleito

Foto: Divulgação SRJ

À frente do Sindicato Rural como presidente pela primeira vez, Ricardo Assis Peres desenvolveu um trabalho que agradou os sindicalizados e foi reeleito para o cargo. A eleição, com chapa única, aconteceu em dezembro de 2013. Em fevereiro, Ricardo deu início ao novo mandato, que vai até 2017. Entre as tarefas a serem desempenhadas neste primeiro semestre está a organização da 42ª Expaja, agendada para 16 a 22 de junho. Foto: Amarildo Gonçalves

Estradas municipais Maquinário agrícola vai garantir manutenção A prefeitura de Jataí recebeu a nova frota de máquinas que será utilizada na manutenção das estradas rurais, para facilitar, principalmente, o escoamento das safras. Os caminhões, escavadeiras e patrol foram adquiridos a partir de uma emenda parlamentar do deputado federal Leandro Vilela. Também foram entregues quatro veículos para a secretaria municipal de saúde, para auxiliar na prestação de serviços nas Unidades Básicas de Saúde.

Faeg Seminários Regionais de Comercialização e Mercado Agrícola

Foto: Faeg/Senar

A Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) realizou uma série de seminários em Janeiro, com o propósito de levar ao produtor rural informações sobre comercialização e produção de forma satisfatória e rentável. A rodada de seminários passou pelos municípios goianos de São João D’Aliança, Cristalina, Goiatuba, Caiapônia, Mineiros e Rio Verde, tendo como palestrante, Gustavo Bezerra, consultor em gerenciamento de riscos da FCStone. Foto: Tássia Fernandes

Estradas estaduais Reunião discute situação precária José Mário Schreiner, presidente da Faeg, esteve em Jataí/GO, junto com representantes da Agetop, onde se reuniu com os produtores rurais para discutir a situação das estradas estaduais. Os produtores alegam que a condição precária das rodovias atrasa e aumenta o custo do escoamento da produção, problema recorrente durante as safras. Entre as GOs citadas, que precisam de manutenção, estão a 180, 467, 178 e 050.

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Giro de notícias

Por Tássia Fernandes

Agrodefesa Depois que a Faeg conseguiu a liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, suspendendo a cobrança realizada pela Agrodefesa em relação ao cadastramento das áreas cultivadas com soja, o Governo do Estado entrou com recursos, amparado pela Procuradoria Geral do Estado, e ficou determinado o arquivamento do mandado de segurança e o fim dos efeitos da liminar. Mas, a Faeg já determinou a propositura do Recurso de Apelação e vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pois acredita que a criação e aumento das taxas são ilegais e inconstitucionais, já que, de acordo com a Constituição, impostos não podem ser criados por decretos.

Foto: Faeg/Senar

Taxas voltam a ser cobradas




Novidades e tendências para 2014 são apresentadas a agricultores jataienses Por Luana Loose Pereira

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ovas tecnologias para a cultura da soja, novidades em híbridos de milho e sorgo, além de muito conhecimento técnico, tudo isso os produtores rurais puderam conferir durante o 4º Dia de Campo da TEC AGRO, realizado em parceira com Osvino Sandri, na sede da Fazenda Bonsucesso, em Jataí. Segundo Everaldo Pereira, sócio proprietário do Grupo TEC AGRO, a realização de dias de campo é importante, pois possibilita a interação entre agricultores, fornecedores e colaboradores. “A TEC AGRO busca promover

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eventos técnicos onde realmente possamos interagir e apresentar ao agricultor o que temos de mais moderno em termos de tecnologia para a agricultura”, comenta. Toninho Pimenta, também sócio proprietário, destaca que um dos objetivos da TEC AGRO é que o produtor tenha acesso às novidades e possa conferir na prática os resultados alcançados. “Neste tipo de evento conseguimos mostrar as novas tecnologias em áreas menores. É uma oportunidade para que o produtor saia da sua rotina e venha em busca de novos conhecimentos”.


tec agro

Durante o evento, os participantes percorreram um circuito onde participaram de palestras técnicas sobre as novas variedades e a utilização de produtos comercializados pela empresa, com representação dos fornecedores: Sementes Goiás, Sementes Agroceres, Sistema Roundup Read Plus e Bayer CropScience. Para Everaldo Pereira, a agricultura vive hoje um processo muito dinâmico e por isso é preciso a cada ano estar lançando novidades no mercado. “Todo o ano nós temos lançamentos para a cultura da soja e de milho. Hoje temos a oportunidade de estar inovando com a tecnologia Intacta para soja e VT PROMAX para o milho, que é uma revolução em nível de plantio”, explica. O anfitrião, Osvino Sandri afirma que pretende manter a tradição do dia de campo na propriedade, pois acredita

que oportunidades como esta são extremamente importantes para o bom andamento das atividades na lavoura. “Eu espero que este dia de campo continue para que possamos sempre estar informados sobre os novos lançamentos e também trocando ideias e experiências com os demais produtores da região”. A quarta edição do evento reuniu um grande número de participantes. Para Everaldo Pereira isso demonstra que o produtor está cada vez mais tecnificado. “O nosso produtor hoje tem um profissionalismo muito elevado e para que possamos acompanhar, nós também devemos estar atentos às inovações, fazendo o que estiver ao nosso alcance para que ele tenha um custo de produção efetivo com altos índices de produtividade”, conclui.

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granja jataí Emprego e renda para o município goiano Por Tássia Fernandes

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m setembro de 2011 trouxemos as primeiras informações referentes à Granja que seria instalada em Jataí/GO. Agora, dois anos depois, voltamos a falar do empreendimento que chega ao município e deverá trazer impactos positivos para a economia da região. Mesmo com as obras em andamento, a expectativa é de que a Granja entre em operação no próximo semestre. “O projeto atrasou em torno de um ano porque estávamos com dificuldades na perfuração do poço para o fornecimento de água, mas o problema foi solucionado no final de 2013 e recomeçamos os investimentos em infraestrutura, com a construção dos setores de produção. Não existe previsão exata para a conclusão, mas esperamos que seja o mais rápido possível”, esclarece Kenji Amano, presidente do Grupo Gransete, responsável pelo empreendimento. Há 35 anos no mercado, o Grupo é formado por sete granjas de postura comercial. A sede fica em Bastos/SP, conhecida como a Capital do Ovo. Para ficar mais próximo dos centros de produção da matéria prima e também dos locais de consumo do produto final, a sugestão foi buscar o sudoeste goiano. Entre as opções estava Jataí, município escolhido pelo Grupo, ou, como prefere Kenji Amano, o município que escolheu o Grupo. “Além de nos depararmos com aspectos favoráveis, como localização, altitude, temperatura e logística; fomos bem acolhidos por todos. Os jataienses são muito receptivos e nós agradecemos pelo voto de confiança”. As obras para instalação da fábrica já começaram e entre as etapas concluídas estão: plan-

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tação de mudas de eucalipto para formação da barreira sanitária, instalação da rede de energia elétrica, construção da colônia, terraplanagem e os projetos arquitetônico e ambiental. Também está em andamento a construção do armazém, que terá 10 silos, cada um podendo armazenar 100 mil sacas de grãos, totalizando uma capacidade de armazenagem de 1.000.000 de sacas. Para que se tenha ideia da potencialidade do Grupo, a soma do plantel das sete granjas corresponde a 3.500.000 aves. Na Granja Jataí, a pretensão é começar com um plantel de 1.200.000, entre galinhas poedeiras e aves para cria e recria. Kenji Amano reforça que o plantel é próprio e que o empreendimento não segue o modelo de integração, adotado em algumas granjas. A produção inicial será de ovo in natura, que deverá ser comercializado além da região. “Com a produção da Granja Jataí também pretendemos abastecer o Norte, Nordeste e Sudeste do país”. A expectativa pela movimentação da economia é grande, principalmente por parte dos produtores rurais, que veem a Granja como um consumidor em potencial da matéria prima produzida no município, que poderá ser destinada à alimentação das aves. Os cálculos iniciais indicam que a partir do momento em que o projeto estiver concluído, o consumo de grãos (soja, milho, sorgo e milheto) será de 1.000.000 de sacas por ano. A matéria prima será adquirida em Goiás, onde for encontrada a melhor oferta. Além da promessa para o futuro, a instalação da Granja Jataí já traz benefícios, como, por exemplo, a contratação da mão-de-obra local. “Efetuamos vários contratos com terceirizados locais e quando a Granja começar a operar serão gerados mais 180 empregos diretos e 300 indiretos, aproximadamente”. Será preciso uma equipe reforçada e competente para garantir o bom funcionamento da Granja, tendo em vista que a meta é manter uma produção diária de 72.000 dúzias de ovos.

Kenji Amano, presidente do Grupo Gransete e responsável pela Granja Jataí.


Feeling Empreendedor

Com 90 hectares de área disponíveis, a produção de ovo in natura é só o começo. “O projeto inicial é construir a fábrica de ração; dois galpões para pinteiros com capacidade para 50.000 aves cada, e aviário de postura com 32 ranchos automatizados para alojar 50.000 aves cada”, descreve Kenji Amano, que também revela os planos para o futuro. “O programa de expansão inclui a fábrica de extrusão de soja; fábrica de embalagens para ovos e a indústria de ovos líquidos pasteurizados,

que já existe em São Paulo e deve ser implantada na segunda etapa do projeto”. O ovo em pó, sobre o qual muito tem se falado quando o assunto é a Granja Jataí, ainda não está nos planos, apesar de ser produzido por um dos sócios do Grupo Gransete, em sua unidade particular. Quem sabe em longo prazo se torne, também, uma possibilidade? Afinal, o crescimento do Grupo é a prova de que pensar grande é uma característica dos empreendedores.

A expectativa pela movimentação da economia é grande, principalmente por parte dos produtores rurais, que veem a Granja como um consumidor em potencial da matéria prima produzida no município.

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Sem mão. Sem Obra. Pecuaristas sofrem com a escassez de profissionais capacitados para a atividade leiteira Por Luana Loose Pereira

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o pasto ou no cocho, na ordenha ou na inseminação, o cenário é o mesmo: escassez de mão de obra qualificada. Atraído, principalmente pelo aquecimento do setor da construção civil, o funcionalismo tradicionalmente rural migrou para os centros urbanos e quem mais sentiu os reflexos desta mudança foram os pecuaristas que investem na produção leiteira. José Renaldo Franco, pecuarista, afirma que a carência de mão de obra qualificada no campo, sem dúvida é um dos principais gargalos da atividade no sudoeste do estado de Goiás. “O investimento na pecuária leiteira, hoje é muito alto, mas tem retorno, só que a dificuldade está na mão de obra. Conseguir um funcionário qualificado em nossa região é muito complicado”. A saída encontrada pelo produtor é buscar funcionários em outros estados. “Eu tenho trazido pessoas de fora, mas estes profissionais na maioria das vezes chegam, começam a aprender a profissão, mas não tem interesse de ficar e se especializar na propriedade”, destaca José Renaldo. Segundo Gilmar Souza, gerente de propriedade rural, a falta de interesse dos profissionais ocasiona a alta rotatividade. “Na maioria das vezes é falta de interesse, as pessoas hoje não querem ter compromisso. Na pecuária leiteira o serviço exige muita responsabilidade,

então por isso fica cada vez mais difícil encontrar funcionários”, comenta. Na propriedade de Nei Cesar Carrijo Bridi o caminho foi investir no bom relacionamento. “A pecuária de leite é uma atividade diária, têm que trabalhar inclusive no sábado e no domingo e, às vezes, os funcionários ficam restritos às folgas. Acredito que para fixar o funcionário na propriedade leiteira temos que tentar pagar um salário equivalente ao que outros setores pagam e procurar fazer com que as pessoas gostem cada vez mais da atividade”. Em Goiás, 60% do leite produzido ainda vêm de pequenos produtores que, buscando sustentar a atividade, apostam também na mão de obra familiar. De acordo com Antônio Pinto, membro da comissão de leite do Sindicato Rural de Jataí, nos últimos três anos a motivação dos jovens das famílias que investem no setor aumentou, principalmente devido à modernização recente da atividade. Segundo ele, os profissionais precisam levar em conta, além da remuneração, todos os benefícios sociais e econômicos que o envolvimento com a atividade proporciona. “Quando se trabalha na propriedade rural, o funcionário tem todas as regalias e a qualidade de vida é diferenciada. Além de ser muito bem remunerado, não tem perda de tempo com transporte, gastos com alimentação e moradia”, salienta Antônio.

nos últimos três anos a motivação dos jovens das famílias que investem no setor aumentou, principalmente devido à modernização recente da atividade.

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pecuária leiteira

o produtor que produzia 300 litros de leite, ordenhado manualmente, precisava em média 3 ou 4 empregados, hoje com o auxilio da tecnologia, apenas uma pessoa consegue garantir a produção de até 500 litros/dia.

Uso da tecnologia A implantação de tecnologia tem feito a diferença nos índices e na qualidade do leite produzido nas propriedades rurais do estado. Porém, muito mais do que modernizar a produção, a tecnologia tem ajudado a reduzir a necessidade de mão de obra humana diária. “A válvula de escape é investir na tecnologia, não tem outro jeito”, afirma Gilmar Souza. Segundo Antônio Pinto, o produtor que produzia 300 litros de leite, ordenhado manualmente, precisava em média 3 ou 4 empregados, hoje com o auxilio da tecnologia, apenas uma pessoa consegue garantir a produção de até 500 litros/dia. “Não é que a máquina vem ocupar o espaço do homem, mas realmente tem auxiliado muito a sustentar a atividade. A tecnologia só veio a ajudar, agora é lógico que tem que saber manejar e para isso é de extrema importância ter alguém capacitado”. Para Nei Carrijo Bridi, a tranquilidade em relação à manutenção dos funcionários veio junto com a modernização da propriedade. “A tecnologia faz com que um funcionário dê conta do serviço de maneira menos trabalhosa. Com ela, o produtor consegue diminuir mão de obra, garantir qualidade e com isso remunerar bem o funcionário para que ele fique satisfeito”. O uso de ordenhas mecânicas facilita a vida do produtor e do empregado

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Cooperativas e associações, têm investido em cursos de capacitação nas mais diversas áreas agrícolas, inclusive abordando práticas voltadas exclusivamente para a pecuária leiteira.

Cursos de capacitação Buscando amenizar a carência de mão obra especializada, os sindicatos rurais, cooperativas e associações, têm investido em cursos de capacitação nas mais diversas áreas agrícolas, inclusive abordando práticas voltadas exclusivamente para a pecuária leiteira. De acordo com Antônio Pinto, o interesse em investir em capacitação deve partir não apenas dos funcionários, mas também dos próprios produtores rurais. “Basta o produtor rural e também o trabalhador procurarem as instituições para fazer os cursos disponíveis. No início desse ano já atendemos em Jataí mais de 200 profissionais do setor agropecuário com os cursos de formação através do SENAR, mas a procura ainda é pouca”.

Para Nei Cesar Carrijo Bridi, os cursos são uma excelente oportunidade para a qualificação da mão de obra. Segundo ele, se todos os pecuaristas apostarem na capacitação dos próprios funcionários, mesmo com a rotatividade, o problema seria menor, pois os interessados teriam um grupo fechado de profissionais disponíveis e capacitados a exercer a atividade. “Os cursos ajudam na qualificação dos funcionários, o que faz com que o produtor possa melhorar o salário e com isso motivar o empregado a ficar na atividade. Em minha propriedade já passaram vários funcionários, mas hoje eu estou com uma boa equipe formada, tudo graças à tecnologia e à qualificação que possibilitam melhor remuneração”, encerra Nei Cesar.





Lygia Pimentel mercado do boi

Médica veterinária, pecuarista e especialista em commodities pela INTL FCStone

Perspectivas para o mercado de commodities em 2014

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ais um ano começa e mais uma vez tentamos traçar as tendências mais prováveis para ele. Não é fácil, já aviso. Qualquer mudança em uma das variáveis aqui consideradas pode mudar o cenário completamente. De toda forma, aceitamos o desafio. Afinal de contas, o objetivo é auxiliar o planejamento do ano e não ser pego de calças curtas. Começarei sem a lupa de aumento que mira o mercado pecuário para analisar as coisas de um ângulo que nos dê maior amplitude. Afinal de contas, sofremos e sempre sofreremos os efeitos da macroeconomia, de uma maneira ou de outra.

Macroeconomia O Brasil é sétimo lugar entre os maiores produtos internos brutos (PIBs) mundiais, mas a evolução desse nosso indicador tem sido decepcionante, com toda certeza! Nos últimos quatro anos, nosso crescimento foi 5,1%. Isso ocorre devido à “nova” política econômica que o Brasil adotou a partir de 2010. Viés político à parte, é inegável que demos alguns tiros no pé e estamos colhendo os resultados. E já que 2014 é ano de eleição, não há sinal de que a política econômica adotada mudará no curto/médio prazo, o que deve manter o protecionismo, câmbio e inflação no mesmo rumo em que vemos hoje. Em outras palavras, luz amarela para a economia brasileira com potencial de piora para 2015. É claro que não sou a única que enxerga as coisas desta maneira. A comunidade internacional também notou que as coisas não seguem bem como o planejado inicialmente. Alguns analistas sugeriram que o Dólar poderá atingir R$ 2,80. Somos mais conservadores. Dizem que Deus inventou o câmbio para provar que os analistas erram, mas vamos dar um chute do câmbio em até R$ 2,60. Vamos ver como fica até o fim do ano.

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Exportações de carne O câmbio vantajoso para os gringos ajuda na nossa precificação e competitividade internacionalmente. Isso significa que quanto mais vale o Dólar, menos dólares serão necessários para comprar o mesmo volume em Reais. Sem contar que o frigorífico recebe em dólares e nos paga em reais, portanto, a carne exportada remunera melhor quando o Dólar sobe. Prova disso é que quando o Dólar sobe, nosso volume voa. Provavelmente o que a economia brasileira não puder absorver, o mercado externo levará. Nossa estimativa é de 23% de carne exportada frente o total produzido pelo Brasil em 2014. Portanto, atenção ao câmbio e ao mercado externo. Ele será um importante aliado no momento de vender nosso produto em 2014.

Mercado Pecuário Este ano que se inicia tem um clima diferente. Um clima melhor, mais otimista, mais leve, eu diria. 2014 já apresenta uma média de preços 9,56% maior do que o registrado no ano passado. Quando consideramos apenas os meses de safra, o resultado é ainda melhor. Temos uma alta nominal de 15,03% para o animal comercializado na safra de 2014. Nada mal! Qual o motivo dessa evolução tão expressiva? Por que voltamos a ficar otimistas? A resposta recai sobre o bezerro. Enquanto a tendência da margem da cria se manteve em queda até o ano passado, o abate de fêmeas seguiu em alta. E a partir do momento que começou a beirar as máximas históricas, podemos dizer que a recente recuperação da margem da cria indica que os preços


pecuários têm que voltar a remunerar o pecuarista para que ele não continue abatendo fêmeas. E é exatamente o que o mercado está enxergando, juntamente com a boa perspectiva em relação às exportações e à possível sustentação do mercado interno (pelo menos durante a metade de 2014). Se o consumo total estiver interessante, o apetite dos frigoríficos continuará aquecido. Assim sendo, a perspectiva é de um ano positivo para a arroba do boi gordo e para as categorias de reposição.

Confinamento O confinamento ainda é uma incógnita. Pesquisa preliminar realizada pela INTL FCStone aponta volume de animais confinados 12% maior em relação a 2013. A acomodação do mercado de grãos pode ajudar, mas considerando a logística deficiente de importantes regiões produtoras, há possibilidade de o custo permane-

cer pouco atrativo se o mercado de safra para a arroba resolver recuar a partir de 4,5% e considerando os valores atuais para milho e boi magro. Outra questão é que tamanho otimismo pode elevar e concentrar a oferta entre setembro e novembro. De toda forma, ainda é muito cedo para traçarmos um panorama mais consistente.

Considerações finais Em resumo, o panorama pode mudar de maneira considerável com o passar do tempo, influenciado pelas variáveis. Mas não tem problema, não é um tiro no escuro! É importante tentarmos nos aproximar da realidade para programarmos o nosso ano e permanecermos no rumo do planejamento estratégico de nossa atividade. Só assim nosso negócio será de longo prazo. Bom ano a todos!






capa

É o amor pela pecuária Em entrevista exclusiva, cantor Zezé Di Camargo fala da experiência como pecuarista e do trabalho na seleção de Nelore PO Por Luana Loose Pereira

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a pecuária, assim como na música, é o amor que move Zezé Di Camargo, e no que se refere a multiplicar genética melhoradora, ele também mostra que veio para se consagrar em todas as paradas de sucesso. Há 20 anos como pecuarista, o cantor já passou por todos os processos da cadeia de produção do Nelore: cria, recria, engorda e venda, em 2005, optou pelo melhoramento genético do plantel, investindo na compra de touros e matrizes de grandes marcas. Hoje, na Fazenda É Amor, situada em Araguapaz/GO, a decisão é de atuar no topo da pirâmide da produção de carne, selecionando gado de elite da raça zebuína Nelore. A tecnologia de ponta aplicada na propriedade de Zezé está bem amparada pela genética, que é oferecida

em bezerras, bezerros, novilhas, novilhos, touros, vacas, embriões e sêmen. Nas raízes da seleção É o Amor estão descendentes de pesos pesados como os touros indianos Karvardi, Golias e Taj Mahal, e na dianteira da marca despontam atuais barrigas consagradas como Bucareste BFSA e Marani JS da BJ em sociedade com Cícero de Souza. Buscando saber um pouco mais sobre essa história de sonho e amor pela pecuária e em especial pela raça Nelore, a Revista Agro&Negócios conversou com o cantor goiano, que além de contar detalhes de sua trajetória voltada para o melhoramento genético do plantel nacional analisou também o cenário atual da pecuária de corte em todo o país.

Agro&Negócios - Quais motivos que o levaram a investir na pecuária?

de profissionais e amigos que me orientaram e por ser uma região onde predominava a pecuária, não me restou dúvida e comecei com aquisição dos primeiros garrotes para engorda.

Zezé Di Camargo - Sempre tive um sonho de ter minha terra desde que era criança, além de ser um ótimo investimento, então, com a aquisição da fazenda É o Amor em Araguapaz/GO, no vale do Araguaia, em 1993, eu já tinha em mente a pecuária, apesar de não ter muita informação e experiência na área, então contei com a ajuda

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Agro&Negócios - Como você trabalha a questão desta dupla atividade. Mesmo com a rotina de shows, busca estar em contato e ficar por dentro do que acontece em sua propriedade?


Zezé Di Camargo - Tempo realmente é o problema que me impede de estar mais presente, mas sempre que posso, eu vou para a fazenda ficar nem que seja dois dias ou mais, assim vejo de perto e procuro me informar sobre tudo que está acontecendo. Mas tenho uma equipe que toma conta de tudo para mim, estou sempre em contato, seja por telefone ou e-mail, estou sempre a par das vendas, investimentos e no que se refere à tomada de decisões importantes que podem mudar o rumo das coisas, ligo às vezes para perguntar se nasceu um animal bom, como estão às doadoras de embriões, as premiações dos animais e seus desenvolvimentos. A cada ano temos um novo xodó, são alguns animais que acabam se destacando mais do que outros em minhas cocheiras ou algum touro que se destaca na produção. Mas futuramente quero me dedicar mais, vivenciar mais de perto a vida no campo, a pecuária e os negócios, além de a fazenda ser meu refúgio do mundo corrido que levo, de shows e outras atividades empresariais.

Agro&Negócios - Para você, o que a atividade pecuária representa hoje? Zezé Di Camargo - A Pecuária é uma atividade que tenho como outras, como minha carreira de artista, meus imóveis e outras também. Mas acho que por ter minhas raízes no campo tenho um carinho especial pela pecuária, além de ser um ramo prazeroso é visto com bons olhos, não só por mim, mas também pelo mundo todo, pois não podemos parar de produzir alimentos, e é uma área que nunca irá acabar apesar de sofrermos bastante, no que se refere, principalmente, ao nosso custo de produção (é o que sempre minha equipe vem colocando como principais problemas na produção). Agro&Negócios - O Nelore É o Amor hoje é conhecido em todo o país, como se deu a opção pela criação da raça?

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Zezé Di Camargo - A opção pela Raça Nelore não foi difícil, pois deste que me entendo por gente sempre vi o crescimento desta raça, junto com outras, principalmente o Gir, nas fazendas onde vivi e de outros amigos. Mas já trabalhei com outras raças também em cruzamentos industriais nas fazendas que eu tive em Cocalinho/MT, e em Divinópolis/TO, mas o Nelore era à base de tudo. Já passei por todas as etapas de produção da Pecuária, cria recria e engorda, tanto a pasto como confinada e semi confinada. Mas hoje me dedico à seleção da raça, estamos no topo da pirâmide, todo esse processo de amadurecimento foi fundamental, não só para mim, mas também para minha equipe que me acompanha deste que começamos há 20 anos, quando criamos a Fazenda É o amor. Por ser uma propriedade relativamente pequena, em torno de 300 alqueires, queria algo que me agregasse mais valor na produção por hectare. Os animais PO possuem um valor relativamente bem maior que os comuns, então optei pela seleção, muitos amigos que já selecionavam sempre me chamavam para a atividade e o Nelore é a maior raça de corte e principal do Brasil, então não tive dúvida, resolvi investir na raça Nelore PO (Pura de Origem), a qual aprovei o projeto em 2004, quando começamos, criei a marca Nelore É o Amor.

muito com alguns erros na cadeia de produção, no que se diz a remuneração e custos na produção, não nos resta alternativa além de tecnificar, modernizar e aperfeiçoarmos nossa produção. No nosso ramo vejo muitas fazendas e pessoas que sempre reclamam que estão em prejuízo e até vendem suas propriedades e saem do ramo, mas se olharmos melhor podemos ver que eles não buscaram a melhoria e o diferencial em sua empresa. Gosto de me referir a minha pecuária como uma empresa, pois é assim que a toco. Quem não a fizer estará fora!

Agro&Negócios - O investimento em biotecnologia, como melhoramento genético e inseminação artificial é uma realidade na propriedade. Como você vê o investimento neste tipo de tecnologia e a modernização da atividade pecuária como um todo? Zezé Di Camargo - Como disse acima, sofremos

Zezé Di Camargo - Estamos vivendo um momento muito bom com grandes expectativas, mas podemos melhorar e muito. Temos vários fatores que influenciam negativamente nossa pecuária, como a redução do lucro dos pecuaristas, o que reflete em toda a cadeia, mas nós não podemos nos dar por vencidos e temos que buscar

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Agro&Negócios - Além da pecuária, você investe ou tem o objetivo de investir em algum outro setor do agronegócio? Zezé Di Camargo - No momento estou focado no trabalho de seleção da raça Nelore, não penso em outras atividades, como sendo a principal, mas paralelamente trabalhamos também com a lavoura e outras atividades secundárias. Agro&Negócios - Como analisa o mercado atual da pecuária nacional?


No meu pensamento de menino, queria ser cantor pecuarista.

Agro&Negócios - As exposições agropecuárias são hoje uma importante vitrine para o setor da pecuária, seja de corte ou de leite. Como a participação dos animais nestes eventos é encarada na propriedade? Zezé Di Camargo - É de fundamental importância, seja para comparar nosso trabalho, nos informar, mostrar nosso trabalho e, lógico, comercializar. A troca genética entre rebanhos PO é de fundamental importância, pois

sempre o melhor, intensificar, e fazer o diferencial, é o que sempre estamos fazendo, em nossos animais nos tourinhos principalmente, para que eu possa sempre vendê-los com um diferencial para o pecuarista multiplicador. Esses touros têm que ter um diferencial na propriedade do investidor, seja ela pelo aumento do ganho de peso dos animais, aumento no índice de fertilidade e melhoria da qualidade da carcaça (carne), e perpetuar isso com a incorporação da genética no rebanho.

acelera e de forma democrática o melhoramento da raça Nelore, e é a oportunidade também de investirmos em animais e trazermos o que há de melhor na raça para nosso rebanho, para então podermos selecionar e aprimorar nosso plantel. Agro&Negócios - Você como cantor tem a experiência de conviver em dois contextos profissionais diferenciados. Quais são hoje os principais desafios a serem superados pelos pecuaristas em todo o estado de Goiás e também em nível de país? Zezé Di Camargo - Por incrível que pareça a modernização seja ela qual for, e de que ferramenta for, é preciso buscar informação técnica e tirar do papel, investir em mão de obra especializada e qualificada, mudar a concepção de fazenda da época do avô e administrar a propriedade como uma empresa, isso faz toda a diferença.

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Pé no freio Redução da produtividade. Retração da economia. Cautela com os investimentos.

Por Tássia Fernandes

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a tendência é de que as chuvas deixem de ser regulares. “Toda a chuva prevista para o mês deverá se concentrar em um período de três a quatro dias, sendo poucos dias com muita chuva”.


clima - safra 2013/14

H

á muito tempo está consolidada a ideia de que a propriedade rural é uma empresa. Mão de obra qualificada, investimentos em tecnologias e planejamento formam o tripé que sustenta a atividade. Em tese, seria responsabilidade do produtor rural providenciar cada um dos itens e, assim, garantir o bom funcionamento do empreendimento. Mas, na prática, nem tudo está ao alcance das mãos. Em relação à mão de obra, apesar de muitas vezes estar disposto a contratar uma equipe capacitada, o produtor se depara com a escassez de profissionais disponíveis no mercado de trabalho. Quando o assunto é investimento, o produtor goiano não fica atrás, mas segue só até onde consegue ir com as próprias pernas, pois a contrapartida do poder público nem sempre atende a demanda, como destaca Antônio Gazarini, empresário rural e presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Jataí/GO. “Temos orgulho de dizer que utilizamos a melhor tecnologia do mundo, que pode ser comparada com aquela utilizada nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, mas em uma região com alta tecnologia, não temos energia, que é um item básico”. Chegamos então à terceira base do tripé: o planejamento. Com status de empresa rural, é preciso colocar na ponta da caneta o que entra e sai da propriedade; realizar análises de mercado; estar atento às informações; buscar conhecimento e traçar metas. Mas, como foi possível comprovar nos primeiros meses de 2014, planejar é preciso, mas prever ainda não está entre as competências do produtor rural. E foi justamente um detalhe imprevisível que assustou a classe neste início de ano: o clima. “Se até o que parece estar sob o domínio do homem, como a energia, não pode ser controlado, imagina o que foge completamente à ação humana. A atividade agrícola por si só é de risco, pois é uma indústria a céu aberto”, enfatiza Antônio Gazarini.

Cenário imprevisto “Podemos ter o melhor equipamento e o melhor cientista, mas o meteorologista não é Deus e não pode ter 100% de certeza. É uma previsão e há possibilidades de erro”. A afirmação é do pesquisador e climatologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), José Antônio Marengo. Ele esclarece que o verão de 2014 é, de fato, diferente do que tem sido observado no mesmo período dos últimos anos, mas destaca que a falta de chuvas

é um fenômeno meteorológico passageiro. “Não significa, necessariamente, que vai se repetir nas safras seguintes”. Em janeiro a anomalia de chuva, ou seja, a diferença de chuvas observada foi de 200 a 300 milímetros a menos na maior parte de Goiás. A comparação é realizada com a climatologia, período de 30 anos que vai de 1961 a 1990, como explica Fábio Rocha, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em outras palavras, choveu em torno de 300 milímetros a menos do que a média registrada. José Antônio Marengo destaca que as observações realizadas pelos profissionais do CPTEC/INPE mostram que a tendência é de que as chuvas deixem de ser regulares. “Toda a chuva prevista para o mês deverá se concentrar em um período de três a quatro dias, sendo poucos dias com muita chuva”. Segundo o pesquisador, este é um cenário que vem sendo observado no sudeste da América do Sul há mais de 40 anos. As mudanças são progressivas e começaram a interferir no dia a dia do produtor, pois para a agricultura, muita água de uma vez só não é interessante, como pontua o pesquisador. “Pancadas de muita chuva em poucas horas não são suficientes para garantir a umidade do solo ou encher reservatórios, prejudicando a atividade”. No estado de Goiás, a escassez de chuva nos primeiros meses de 2014 prejudicou o estágio final da primeira safra, cultivada principalmente com soja, e atrasou o plantio da segunda safra, em que o milho é a cultura destaque. A estimativa divulgada pela Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás mostra que a perda da produção de soja no estado pode chegar a 25%. Alguns produtores, em situações pontuais, tiveram 100% de perda, como em Rio Verde. Em Quirinópolis foi decretada situação de emergência devido às perdas elevadas nas culturas de soja, milho e cana-de-açúcar. Os dados foram levantados durante uma reunião promovida pela entidade, em fevereiro, da qual participaram representantes de alguns municípios goianos.

Situação de insegurança Dentro de um cenário de incertezas e sem garantias de respaldo, muitos produtores suspenderam o plantio da segunda safra no início de fevereiro e só retomaram a atividade quando as chuvas se estabilizaram. É o caso do agricultor Micael Sabine, que cultiva 340 hectares em Jataí/GO e decidiu parar as máquinas depois

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E S T I M AT I VA D E P E R DA PARAÚNA 25% (soja) CRISTALINA 10 – 15% (soja) CAIAPÔNIA 5 – 10% (soja) JATAÍ 20% (soja)

GOIATUBA 30 – 40% (soja)

MORRINHOS 10 – 15% (soja)

ITUMBIARA RIO VERDE 5 a 100% (soja) SANTA HELENA 20 – 25% (soja)

de contabilizar 10 dias sem chuvas. O prejuízo não ficou só no atraso do plantio do milho segunda safra. “A seca interferiu também na produtividade da soja. Chegamos a observar uma redução de até 12 sacas por hectare em alguns talhões”, avalia. Antônio Gazarini fez a mesma observação em relação à produtividade e afirma que as lavouras de soja estavam visualmente bonitas, mas a falta de chuvas no período de enchimento do grão resultou na má formação das vagens. “O grão não atingiu o peso satisfatório. Planejamos colher uma quantidade e quando passamos as máquinas percebemos que seria diferente. Estamos em Jataí há mais de 30 anos e já passamos por algumas estiagens, mas nessa proporção é a primeira vez”, afirma. Em meio às constatações de perda, a certeza do produtor é uma só: a de que vai arcar com as consequências e os prejuízos sozinho. Ser amparado pelo seguro agrícola não está entre as opções da maioria. Como explica Antônio Gazarini, o preço do seguro é elevado, impossibilitando o acesso de muitos produtores. Além disso, a cobertura abrange apenas as despesas da lavoura. “Ninguém vive só de despesa. Em caso de situações imprevistas, o seguro deveria respaldar também o lucro do produtor. Acredito que se foi feito um investimento para colher determinada quantidade de sacas por hectare e por conta do clima, por exemplo, a expectativa não foi alcançada, o seguro teria que cobrir. Mas, no modelo atual, isso não acontece”. José Roberto Brucceli, produtor rural que cultiva em Montividiu/GO e região, concorda que o seguro agrícola precisa ser modificado para que o produtor tenha garantias em situações adversas. “Deveria ser um seguro de renda, que cobrisse os custos e disponibilizasse uma porcentagem de renda. O modelo atual assegura a instituição financeira e não o produtor”.

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40% (soja) 30% (cana-de-açúcar) QUIRINÓPOLIS 50% (soja) - 50% (milho) 30% (cana-de-açúcar)

Fonte: FAEG (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás).

Estado de alerta Sem um seguro agrícola que mantenha os lucros, independente das perdas, o melhor caminho parece ser colocar o pé no freio. “Quando as coisas vão bem, o otimismo toma conta; mas quando o ano começa com indícios negativos, o produtor fica pessimista e vai mais devagar”, afirma José Roberto Brucceli. Para Antônio Gazarini, evitar gastos excessivos num período incerto é uma medida cautelosa que deve ser adotada para que os prejuízos não sejam ainda maiores. “O produtor está sempre atento. Se a situação vai bem, acelera; mas a qualquer sinal negativo tira o pé do acelerador, por isso, provavelmente, os investimentos devem diminuir neste ano”. Numa região em que a atividade principal é o agronegócio, a redução de investimentos pode resultar na retração da economia e este é mais um alerta anunciado pelos próprios produtores. “É uma cadeia. Se o rendimento da produção dá apenas para cobrir os custos, sem lucro, o produtor fica sem capital de giro para movimentar durante o ano e toda a população sente essa falta de investimentos”, pontua Micael Sabine. Problema que pode afetar outros setores, além do rural, como enfatiza Reginaldo Martins, gerente da loja da Comigo em Jataí. “Só no município, de acordo com a média que está sendo calculada; o prejuízo será na ordem de R$ 100 milhões. Em Goiás, chega a R$ 1 bilhão e 300 mil. Isso só na cultura da soja. É um dinheiro que vai deixar de circular no estado. Se o prejuízo repetir na segunda safra, os produtores não vão suportar e aí surge o risco de inadimplência, por exemplo. Por isso, já tem muito produtor repensando o planejamento de investimentos para 2014, em função dessa retração. A tendência é mesmo colocar o pé no freio e ter cautela”, alerta.


Só em jataí (...) o prejuízo será na ordem de R$ 100 milhões. Em Goiás, chega a R$ 1 bilhão e 300 mil. Isso só na cultura da soja. É um dinheiro que vai deixar de circular no estado.

A seca não trouxe problemas apenas para Goiás. Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul estão entre os estados que, possivelmente, terão redução na produção de soja e milho. Mas, mesmo com as quedas, a expectativa ainda é por uma safra recorde. “Apesar das situações adversas, foi registrado um aumento nas áreas cultivadas, que antes eram destinadas à pastagem”, garante Reginaldo. O quinto levantamento de safras divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) comprova a afirmação. A área plantada com grãos na safra 2013/14 deve ser 3,2% maior do que a cultivada anteriormente, ou seja, 1,72 milhão de hectares a mais, resultando em uma

Safra recorde?

área total de 54,98 milhões de hectares. Ainda segundo o levantamento, a produção também deve ser superior, chegando a 193,59 milhões de toneladas, 3,6% superior à safra anterior, um aumento de 6,72 milhões de toneladas. Empreendedores de uma indústria a céu aberto, os produtores rurais dão sequência ao cultivo da segunda safra, já de olho no próximo ciclo de plantio, tentando, apesar das adversidades, manter em boas condições o tripé que sustenta a atividade: mão de obra qualificada, investimentos em tecnologias e planejamento; itens que nem sempre podem ser controlados pelo profissional e, por isso, formam um cenário incerto, repleto de expectativas, que são comprovadas, ou não, no decorrer de cada safra. Resta esperar o balanço final para, então, calcular o saldo depois do susto.




portal ufg

Deriva de Produtos Fitossanitários Uma causa inevitável

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trajetória das gotas em pulverização via líquida até o alvo pode ser prejudicada por um fenômeno denominado deriva. A deriva pode causar a deposição dos produtos químicos em áreas não desejadas, com sérias consequências como: danos aos cultivos sensíveis em áreas adjacentes, contaminação de reservatórios e cursos d’água, além de riscos à saúde de pessoas e animais. Há dois tipos de deriva: A física, na qual há grande influência dos equipamentos de pulverização; e a química, com a volatilização de partículas a qual pode envolver características intrínsecas de cada molécula de produto fitossanitário. A forma mais comumente encontrada é a física, embora possa ocorrer simultaneamente à química, dependendo do tipo de produto a ser pulverizado. Na teoria, a deriva física ocorre quando cerca de 10% da calda pulverizada se desvia para “áreas não alvo”. No entanto, na prática, isto pode ocorrer com um volume de calda bem maior, caracterizando em muitos casos, falhas de aplicação. A deriva é causada tanto por fatores denominados como mecânico, caracterizados pela calibração incorreta de equipamentos, escolha do tamanho de gotas, altura da barra de pulverização, velocidade de operação, pressão de pulverização, gravidade específica e desenho do bico de pulverização, quanto por fatores climáticos como velocidade do vento, taxa de evaporação, turbulência atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar. Dentre os fatores climáticos que influenciam a perda de produtos fitossanitários por deriva (física e química), destacam-se a umidade relativa e temperatura do ar, a radiação solar e ventos, além da turbulência atmosférica. Embora atue conjuntamente, a intensidade destes fatores são muito variáveis durante as 24 horas do dia. Assim, a ocorrência de deriva também pode variar durante o período da pulverização. A ocorrência da deriva é facilmente diagnosticada quando se aplica herbicidas, pois no caso de contaminação de áreas circunvizinhas, cultivadas com culturas sensíveis a um determinado herbicida, normalmente ocorre

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fitotoxidez, o qual pode levar à prováveis perdas do potencial produtivo. Do mesmo modo que em áreas onde se trabalha com Plantio Direto é comum observar-se reboleiras após a dessecação das plantas de cobertura e/ou vegetação espontânea (área de pousio). Em muitos casos, o que ocorre na realidade é que a quantidade de ingrediente ativo necessária para o controle das plantas não se deposita em concentração suficiente, induzindo o profissional ao equívoco no sentido de caracterizar as falhas na dessecação como presença de reboleiras de plantas daninhas resistentes. Em aplicações de fungicidas e inseticidas, as falhas de deposição não são tão perceptíveis quanto às observadas com herbicidas. Assim, em muitos casos, o ressurgimento de pragas e/ou doenças tem sido caracterizado como ‘alta pressão’ da infestação, à qual comumente se recomenda a reaplicação antes do término do efeito residual do produto fitossanitário adotado. Atualmente preconiza-se a redução do volume de aplicação, a fim de aumentar o rendimento operacional, ou seja, reduzir os custos de produção. Normalmente, aplicações com volume baixo e muito baixo acabam sendo realizado com gotas fina a muito fina, o que aumenta o risco de ocorrência da deriva física e/ou evaporação. Pesquisas desenvolvidas pela equipe do Laboratório de Plantas Daninhas da Universidade Federal de Goiás, Câmpus Jataí, coordenadas pelo Prof. Dr. Paulo César Timossi, constataram perdas da eficiência na dessecação de coberturas vegetais ao utilizar baixo volume de aplicação associado a gotas muito fina com o herbicida glyphosate. Por outro lado, a redução do volume não interferiu na eficácia do herbicida quando foi adotada pontas com indução de ar, com geração de gotas muito grossa. Da mesma forma, em pesquisas relacionadas á horários de aplicação, constatou-se eficiência semelhante na dessecação de coberturas vegetais com glyphosate tanto em aplicações diurnas quanto noturnas, mesmo com baixos volumes de calda, quando adotadas gotas média.


Deriva de Glyphosate em Crotalaria Juncea

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Deriva Paraquat em aplicação aérea como dessecante de soja

Gotas em suspensão Inversão térmica

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2 Embora a deriva de produtos fitossanitários em pulverizações agrícolas seja praticamente inevitável, há algumas medidas que podem minimizar as perdas. Dentre elas, pode-se citar o planejamento das aplicações considerando fatores como: Alvo biológico; Características do produto fitossanitário; Momento da aplicação (condições climáticas); Escolha de pontas de pulverização (classe de gotas – DMV); Volume de aplicação.

Como explanado ao longo do texto, o sucesso de uma aplicação de produtos fitossanitários depende de uma série de fatores mecânicos e climáticos, além de humanos com a tomada de decisão apropriada. Assim, cabe ao responsável técnico adquirir conhecimento técnico quanto aos principais requisitos necessários para uma boa orientação e elaborar estratégias que visem elevar a qualidade das pulverizações, e consequentemente diminuir o potencial de risco de deriva.

Autores: Paulo César Timossi Engenheiro Agrônomo, Prof. Adjunto Curso de Agronomia/Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal UFG, Jataí/GO. Dieimisson Paulo Almeida Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal, UFG, Jataí/GO

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APGJ em ação Diretoria discute e condena projeto de Lei que permite a produção e comercialização de sementes transgênicas suicidas Por Luana Loose Pereira

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utar pelos direitos dos agricultores, este é um dos pilares da Associação dos Produtores de Grãos de Jataí (APGJ). Desta vez, a discussão é em relação à tramitação do projeto de Lei (PL) n° 268/2007, de autoria do Deputado Eduardo Sciarra - PSD/PR, que permite a flexibilização da proibição imposta pela Lei de Biossegurança e pela Convenção da Diversidade Biológica às tecnologias genéticas de restrição de uso GURTs. Segundo Jair Barrachi, secretário executivo da APGJ, se aprovado, esse projeto irá permitir a produção e a comercialização de sementes transgênicas, que após a colheita não voltarão a germinar, obrigando os agricul-

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tores a comprar sementes a cada safra. “Eles vão inserir um gene chamado terminator e com isso o produtor não poderá mais salvar a semente, o que atualmente é um direito garantido por lei”, explica Jair. Ainda mais preocupante é o fato de as sementes suicidas contaminarem também as sementes não transgênicas, neste sentido, todas as sementes podem vir a se tornar estéreis. O uso como medida de biossegurança constitui uma enorme falácia e disfarça o verdadeiro interesse das multinacionais em garantir o controle das sementes. De acordo com Jair Barrachi, a inserção do gene já é permitida em alguns países e pode ser utilizado em


Nossa missão é lutar pelos direitos que são assegurados aos produtores rurais (...) reunindo forças para que a segurança da agricultura nacional seja garantida, evitando impactos sociais, econômicos e ambientais que podem ser irreversíveis.

informativo apgj

todas as variedades, como soja, arroz, trigo e inclusive nas variedades de plantas frutíferas. “A liberação em qualquer tipo de planta, com certeza vai assegurar o monopólio do mercado às grandes corporações, comprometendo o domínio dos cultivos em todo o país”, condena Jair. Após tomar conhecimento do projeto que tramita desde 2007, mas ainda não era conhecido pela maioria dos produtores rurais e autoridades ligadas ao setor, a diretoria da APGJ entrou em ação, buscando ferramentas para barrar a aprovação da PL, que hoje se encontra na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). “Esse projeto já passou pela Câmara, pela Comissão de Agricultura, foi rejeitado na Comissão de Meio Ambiente e está hoje na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Passou por todas estas etapas e nenhum representante da agricultura barrou. Ainda não foi votado novamente pela Câmara, por que representantes de ONGs entraram com mais de 30 mil assinaturas pedindo a suspensão do projeto e também, porque foi requerida audiência pública para discutir o mérito da questão”, salienta Jair Barrachi. APGJ entrou em contato com membros da FAEG e também com Deputados e já têm hoje em mãos todos os documentos que estão tramitando em nível federal. “Nossa missão é lutar pelos direitos que são assegurados aos produtores rurais, vamos discutir a melhor forma de agir, levar a proposta para a FAEG e Aprosoja/GO e se preciso para a CNA, reunindo forças para que a segurança da agricultura nacional seja garantida, evitando impactos sociais, econômicos e ambientais que podem ser irreversíveis”, conclui Jair.

Associação dos Produtores de Grãos de Jataí 64 ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE GRÃOS DE JATAÍ

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já. Filie-se a a Fortaleç ão Associaç

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Renato da Silveira Martini Diretor-Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI)*

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Certificação ICP-Brasil no Agronegócio

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Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil sagrou-se como importante tecnologia nacional que está a serviço de instituições públicas e privadas, trata-se uma verdadeira infraestrutura. Enquanto ferramenta acessória, seu papel é o de identificar de modo unívoco e inequívoco os usuários de internet, sejam empresas ou pessoas físicas, e, a partir de uma assinatura eletrônica, atribuir direitos e deveres como se faz no universo dos documentos em papel. A certificação ICP-Brasil já está presente em diversos setores da sociedade. Podemos afirmar que a cada setor alcançado, o governo se depara com públicos diversos, fruto próprio de uma sociedade plural, democrática e que tem na sociedade civil organizada um braço forte de suas convicções enquanto Nação. Um dos setores que chamou a atenção do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI foi o agronegócio. Seria possível que um produtor do campo pudesse emitir notas fiscais eletrônicas - NF-e, acessar o Conectividade Social ICP para operar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS de seus funcionários e realizar a sua Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - DIRPJ? Sim, seria bastante possível. Nos últimos dois anos, durante a realização de etapas do CertForum – Fórum de Certificação Digital, o gerente de Informações da Secretaria de Fazenda de Goiás, Marcelo de Mesquita, apresentou números ilustrativos desta área da economia brasileira onde o certificado ICP -Brasil já é uma realidade. Em 2012, apenas no estado goiano o agronegócio emitiu 524.828 notas fiscais eletrônicas. O valor total de produtos foi superior a R$ 12 bi e a arrecadação do ICMS ultrapassou a marca dos R$ 120 mi. Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, levando em consideração apenas o Produto Interno Bruto – PIB do setor, 2013 teve um aumento de 3,6 em relação ao exercício anterior. Sobre o PIB Brasileiro, a participação do agronegócio chegou a 22,8% em 2013.

As cifras acima apresentadas estimulam investimentos no agronegócio. O empresário do campo demonstra ser capaz de permanecer em seu ramo de atuação e a partir daí estar conectado com o mundo moderno. Deste modo, a certificação digital ICP-Brasil configura-se mais uma vez como tecnologia da diversidade brasileira. Estamos na cidade e no campo e, graças ao certificado digital, é possível que a comunicação entre essas áreas esteja garantida pela tecnologia e pela legislação brasileira. Os números acima são dados reais e concretos, não pense, por conseguinte, o leitor, que estamos falando de algo ficcional. Mas muito ainda pode ser realizado, no uso das tecnologias da informação no agronegócio, seja no controle fito-sanitário, na certificação de produtos, etc. Ao mesmo tempo, a certificação digital ICP-Brasil confere a estes processos eletrônicos do Agronegócio extrema agilidade uma vez que o contribuinte pode interagir com a secretaria de fazenda de seu estado via internet, gerando uma via de mão dupla onde governo e empresariado economizam tempo e dinheiro no envio e recebimento de dados. A partir de processos eletrônicos, é possível detectar sonegações fiscais com extrema agilidade. Por fim, e não menos importante, a transparência do processo eletrônico assinado digitalmente com um certificado ICP-Brasil garante cada vez mais confiança do empresário do agronegócio na gestão pública brasileira. Por fim, importa destacar o apoio dado pelo Governo Federal ao setor. Políticas públicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA destinam recursos ao homem do campo no Brasil que, por sua vez, passa a ter acesso a linhas de crédito para custeio, investimento e comercialização. Há também subsídios para a compra de insumos e a construção de armazéns. O MAPA também investiu na criação de sistemas que armazenam informações a respeito dos programas desenvolvidos pelo ministério e entidades parceiras, colaborando na fiscalização e no acesso a informações.

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fusarium

Fusarium Presente no solo, fungo pode causar sérios danos econômicos às lavouras em todo país por luana loose pereira

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aízes deterioradas, plantas debilitadas ou secas, esses são alguns dos indícios da ocorrência da Fusariose na lavoura. Comum em regiões quentes, onde a floração coincide com longos períodos de chuva, a doença é fruto do próprio desequilíbrio causado pelo desenvolvimento da agricultura. Em entrevista, Robson Luz Costa, especialista em manejo de pragas e proteção de plantas e mestrando em defesa agropecuária explica que a diversidade microbiológica foi alterada pelo uso intenso do solo e apenas alguns microrganismos, principalmente aqueles adaptados, foram selecionados e multiplicados. “Com abundância de alimento (as plantas comerciais) e baixa população de competidores naturais, o Fusarium, entre outros fungos, como Rizoctonia e a Macrofomina, passaram a se multiplicar no solo vindo a causar sérios danos econômicos às áreas cultivadas”.

Sintomas da doença O fungo é capaz de sobreviver no solo por muitos anos, atacando as raízes das plantas, podendo causar grandes prejuízos à agricultura. Os sintomas da doença são variáveis, dependendo do grau de resistência das variedades e das condições ambientais. Na cultura da soja, durante a fase reprodutiva, as plantas apresentam manchas nas folhas (folhas carijó) e o sistema radicular demonstra podridão vermelhada. O produtor rural pode identificar a doença observando a distribuição espacial em toda a área cultivada. “O Fusarium interfere diretamente no vigor da população, que com raízes deterioradas, se tornam debilitadas e acabam morrendo”, explica Robson.

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Em uma lavoura comercial no município de Jatai-Go foram contabilizadas 106 plantas em 5m, destas, 22 apresentaram danos causados por fungos de solo. O peso de grãos (1000 grãos) chega a 180g, em grãos de plantas com problemas o peso máximo foi de 125g. O problema ocorreu em 20,75% das plantas, o que reflete em perdas de 8,8%. Em uma lavoura onde o produtor colheu 60 sacas/ha deixou de colher mais de 5,28 sacas/hectare.

Ocorrência com Nematoides Os fitonematoides quando atacam as raízes das plantas deixam aberturas (filamentos) que acabam facilitando a entrada do Fusarium. De acordo com Robson, nestes casos, o manejo deve ser diferenciado. “A alternativa é buscar materiais resistentes ou com baixo fator de reprodução, rotação de cultura, pousio e principalmente utilizar microrganismos benéficos e que possam competir e interferir na sinalização entre plantas e fitonematoides”.

Medidas de controle O Fusarium é um fungo com grande diversidade cultural. A disseminação do patógeno pode se dar pela semente e por partículas de terra contaminada, arrastadas pelo vento e pela água. Neste sentido, Robson destaca que o tratamento de sementes utilizando o controle biológico pode ser uma medida eficaz para evitar a ocorrência da doença, uma vez que, os microrganismos podem agir através da competição por espaço, antibiose e hiperparasitismo. “O Trichoderma é uma grande alternativa para aumentar a diversidade microbiológica, pois possui a capacidade de competir por espaço e hiperparasitar fungos patógenos de solo, como o Fusarium”.

Utilizar técnicas de manejo adequadas para a prevenção do desenvolvimento da doença no solo ainda é a melhor opção para os produtores rurais que buscam garantir a saúde das plantas e a alta produtividade das lavouras. “A dica é trabalhar com semente de qualidade, tratamento químico (de forma racional), produtos biológicos (de empresas sérias e com produtos de qualidade) e também buscar materiais resistentes, sempre respeitando a biologia da planta”, comenta Robson.

Nível de dano econômico no país As perdas podem ser maiores em solos infestados por nematoides, arenosos, de baixo pH, fertilidade desequilibrada, principalmente com baixo teor de potássio, e temperaturas de 25 a 32° C e alta umidade. Até hoje o patamar de ocorrência e dano econômico da doença, nas principais regiões produtoras brasileiras, não foi definido pelos pesquisadores. “Sabe-se que todo solo nacional tem algum Fusarium e algum fitonematoide. Porém, infelizmente, os estudos ainda não indicam qual é o nível populacional x nível de dano econômico, principalmente pela variação microbiológica do solo brasileiro”, conclui Robson.

Plantas afetadas por Fusarium possuem grãos menores e com baixo peso

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Informe jurídico

mercado verde Cota de Reserva Ambiental Dr. Ricardo de Assis Morais Advogado | Consultor Jurídico Agroambiental Pós-Graduado em Direito Ambiental e Urbanístico

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surgimento da Cota de Reserva Ambiental está diretamente relacionado com o instituto da “compensação de reserva legal” que foi criado pelo antigo Código Florestal Brasileiro. Por esse intermédio o novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº. 12.651/12) permite-se que uma propriedade rural possa preencher uma parte de sua exigência de reserva legal com cotas de reservas florestais excedentes (acima do mínimo legal), desde que cumpridos alguns requisitos. A compensação de reserva legal pressupõe duas propriedades rurais situadas no mesmo bioma, sendo que uma delas, que esteja abaixo do percentual mínimo de reserva legal, completa o percentual legal que lhe falta mediante a aquisição de cotas de reserva legal excedente, existente em outra propriedade. O objetivo da CRA é servir como título nominativo representativo de área com vegetação nativa existente ou em processo de recuperação que poderá ser negociado no mercado, para atender a compensações exigidas em lei. A emissão do CRA exigirá, antes mesmo da formulação do requerimento, dois requisitos básicos: a inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o laudo comprobatório emitido por órgão ambiental ou entidade credenciada. A fim de facilitar o controle das Cotas de Reserva Ambiental, o legislador estabeleceu um limite para sua abrangência, correspondendo o título sempre a um hectare de área, o que torna a comercialização mais fácil e ainda poderá incidir em uma padronização de valores. O órgão ambiental que emitir o título deve promover o seu registro no prazo de 30 dias da emissão, em

Eduardo Jailton Prado Naves OAB: 25.184

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Luiz Renato Garcia de Carvalho OAB: 23507

bolsas de mercadorias ou sistemas de registro e liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Portanto, para que a CRA se torne um título negociável entre proprietários rurais, é necessário que se instrumentalize sua negociação, que poderá ser realizada em bolsa de mercadorias ou mediante liquidação financeira de ativos. Conforme o Novo Código Florestal Brasileiro, a Cota de Reserva Ambiental pode ser transferida, gratuita ou onerosamente, à pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, exigindo para tanto um termo assinado pelas partes, além de registro no sistema único de controle da CRA para que a transferência possa surtir efeitos. Havendo ou não a transferência da CRA, a responsabilidade pela conservação na área a que ela está vinculada é do proprietário desta. Por fim a CRA pode ser cancelada através de solicitação do proprietário do título, ou pode ser efetuado de forma automática, decorrendo do término do prazo da servidão ambiental. E por fim, a CRA pode ser cancelada mediante decisão do órgão competente do SISNAMA, caso houver degradação da vegetação nativa na área vinculada ao título. Para os proprietários rurais essa possibilidade permitida pelo Novo Código Florestal, é muito vantajosa, já que poderão utilizar as áreas mais produtivas para o plantio e com isso ter uma boa lucratividade, bem como preservar a sua reserva legal mesmo que em outra área, desde que esteja no mesmo bioma. Sendo assim, todos os proprietários rurais devem se inscrever conforme as determinações e critérios acima mencionados já que terão grandes benefícios e com isso bons rendimentos.

Ricardo de Assis Morais OAB: 35.426

Estagiário: Brasil de Carvalho Neto OAB: 23.533-E

64 36321067 - 64 36321084 www.carvalhoenaves.jur.adv.br Rua Castro Alves , 931 , Centro. Jataí - GO | CEP: 75800-021





Alessandro Rodrigues de Assis

geoconn

Licenciado e Bacharel em Geografia pela UFG Jataí, Técnico em Agrimensura pelo IF Jataí Responsável Técnico da GEOCONN contato@geoconn.com.br

Certificação INCRA Georreferenciamento Rural

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lei 10.267 de 28 de agosto de 2001, criou o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR). A referida lei torna obrigatório o georreferenciamento do imóvel para inclusão da propriedade no CNIR, condição esta, necessária para que se realize qualquer alteração cartorial da propriedade. O decreto 4.449 de 30 de outubro 2002, alterado posteriormente pelo decreto 7.620 de 21 de novembro de 2011, fixa os prazos legais para a execução do georreferenciamento de imóveis rurais, conforme a seguir: • Áreas iguais ou superiores a 5.000 ha o prazo entrou em vigor em 21-02-2004; • Áreas entre 1.000 e 5.000 ha o prazo expirou em 21-11-2004; • Áreas entre 500 e 1.000 ha o prazo venceu em 21-11-2008; • Áreas entre 250 ha e 500 ha o prazo venceu em 21-11-2013; • Áreas entre 100 ha e 250 ha o prazo vencerá em 21-11-2016; • Áreas entre 25 ha e 100 ha o prazo vencerá em 21-11-2019; • Áreas inferiores a 25 ha o prazo vencerá em 21-11-2023; Em caso de processos judiciais todas as áreas devem ser georreferenciadas. O georreferenciamento consiste em descrever as características, limites e confrontações de um imóvel rural, realizando o levantamento das coordenadas (Latitude e Longitude) de seus vértices delimitadores, georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), com precisão posicional fixada pelos normativos do INCRA, na maioria das vezes nas casas milimétricas (mm). O trabalho de georreferenciamento envolve, levantamento de dados, cálculos, análises documentais, projetos e desenhos, de acordo com o disposto na legislação federal e na norma técnica do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). O trabalho possui estreita relação com o processo gerencial da propriedade, pois é através deste que o proprietário atualiza a situação cartorial e cadastral da propriedade. Além disso, é com base nestes dados que o proprietário irá unificar e gerenciar de forma

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mais eficiente as informações da propriedade no que diz respeito ao INCRA, Receita Federal e cartório. Atualmente, no final do ano de 2013, foi desenvolvida pelo INCRA e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), uma nova ferramenta eletrônica para subsidiar a governança fundiária do território nacional, denominada de Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF). Através desta ferramenta é possível realizar a recepção, validação, organização, regularização e disponibilização das informações georreferenciadas de limites dos imóveis rurais, públicos e privados, de forma automatizada pela internet, sendo que, em apenas alguns minutos, o processo de certificação é concluído, e o imóvel, caso não haja sobreposição de áreas, é certificado na hora. • Dentre as principais vantagens desse novo sistema estão: • Recepção de dados georreferenciados padronizados, via internet; • Validação rápida, impessoal, automatizada e precisa, de acordo com os parâmetros técnicos vigentes; • Geração automática de peças técnicas (planta e memorial descritivo), com a possibilidade de verificação de autenticidade online; • Gerência eletrônica de requerimentos relativos a parcelas: certificação, registro, desmembramento, remembramento, retificação e cancelamento; • Possibilidade de inclusão de informações atualizadas do registro de imóveis (matrícula e proprietário) via internet, permitindo a efetiva sincronização entre os dados cadastrais e registrais; • Pesquisa pública de parcelas certificadas, requerimentos e credenciados, através da internet. Regularize seu imóvel rural, procure um profissional qualificado e que tenha equipamentos modernos e precisos, para que sua certificação de georreferenciamento seja validada permanentemente, não correndo riscos de sobreposição de áreas e consequentemente futuras disputas judiciais com seus confrontantes. Fonte: www.incra.gov.br






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