Especial Cooperativismo

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Franke Dijkstra com os netos Leonardo e Eduard e o filho Richard. Sucessão no campo e no cooperativismo.

Cooperativas desafiam a crise e despontam como alternativa ao desenvolvimento. No urbano e no rural, modelo reúne milhões de pessoas, projeta faturamento de R$ 100 bilhões e impulsiona economia do estado

Livre adesão: a democratização do sistema

julho de 2015

geração que coopera Outros ramos: muito além do agronegócio






[editorial PIB econômico e social

A

partir das colônias que se formaram com a chegada dos imigrantes e das organizações de produtores promovidas por extensionistas da Emater, surge com o cooperativismo um novo Estado dentro do Paraná. Da produção à agroindústria, da geração de emprego e renda ao comércio interno e à exportação, o faturamento do sistema já supera o orçamento geral do governo paranaense. Enquanto a receita anual do sistema ultrapassa os R$ 50 bilhões, o Executivo tem R$ 40 bilhões para aplicar em todas as áreas, como saúde, segurança, transporte e educação. O faturamento das cooperativas e o orçamento público são complementares na movimentação da economia. Já não dá para imaginar o Paraná sem as cooperativas. O sistema se apresenta não apenas como alternativa, mas como suporte econômico e social. Em muitas situações, assume importância comparada à do Estado enquanto motor do desenvolvimento. Não que isso exclua, de forma alguma, o papel do agente público regulador. Assim como o Estado, as cooperativas precisam, não por opção, mas como condição, prover suas necessidades, contar com ambiente seguro e favorável à sua sobrevivência e evolução. Sua e dos seus, no caso os cooperados, gente como a gente. Na revista de hoje, a terceira edição do especial Agronegócio Gazeta do Povo em 2015, procuramos traduzir um pouco desse universo cooperativo, de um mundo que provavelmente você não tenha percebido, mas que está no seu dia a dia, dentro da sua casa, em seu cotidiano.

Giovani Ferreira Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo. giovanif@grpcom.com.br

[índice

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Paraná cooperativo

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No comando

26

Negócios emergentes

30 38

Estrutura fundiária e ligação com a história das colônias de imigrantes fizeram do estado uma referência no Brasil

Da soja ao frango, sistema cooperativo lidera produção agropecuária paranaense dentro e fora da porteira

Sem deixar de lado culturas tradicionais, cooperativas ampliam mix de produção para diversificar fontes de renda

Na prática Em laboratórios e campos experimentais, pesquisa ajuda produtor a tirar o melhor proveito da tecnologia

Da veterana à caçula Trabalho conjunto está na essência das cooperativas, desde o surgimento da Batavo, em 1925

41 Conteúdo patrocinado Produtos e serviços das cooperativas paranaenses

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GAZETA DO POVO

AGRONegócio Julho de 2015


[destaques Jonathan Campos /Gazeta do Povo

DO CAMPO À CIDADE Com o ramo crédito, meio urbano fica mais cooperativo

Henry Miléo / Gazeta do Povo

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Josué Teixeira /Gazeta do Povo

34

EM VÁRIAS FRENTES Muito além da agropecuária, sistema está em ramos pouco prováveis, como o turismo

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CRISE, QUE NADA! Cenário econômico do país não impede cooperativas de traçar planos estratégicos. Elas querem dobrar o faturamento

Expediente A revista Agronegócio Gazeta do Povo é uma publicação da Editora Gazeta do Povo. Diretora de Redação: Maria Sandra Gonçalves. Edito­r Execu­tivo: Giovani Ferreira. Edição: Luana Gomes. Edito­r Execu­tivo de Imagem: Marcos Tavares. Edito­res de Arte: Acir Nadolny e Dino R. Pezzole. Projeto Gráfico: Dino R. Pezzole. Diagra­ma­ção: Rodrigo Montanari Bento. Tratamento de Imagem: Edilson de Freitas. Capa: Jonathan Campos. Re­da­ção: (41) 3321-5050. Fax: (41) 3321-5472. Co­­mer­­cial: (41) 3321-5904. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: agro@gazetadopovo.com.br Site: www.agrogp.com.br Endereço: R. Pedro Ivo, 459. Curitiba-PR. CEP: 80.010-020. Não pode ser vendido separadamente. Impressão e acabamento: Gráfica e Editora Serzegraf.

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AGRONegócio

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[ entrevista

Na contramão da crise Antônio More / Gazeta do Povo

Cooperativas paranaenses desafiam o ritmo lento da economia brasileira e lançam plano para dobrar o faturamento em menos de uma década. Para isso, investem pesado em projetos de agregação de valor e formação de lideranças Estamos profissionalizando não só o corpo diretivo, mas o corpo de colaboradores e cooperados, e isso tem possibilitado um crescimento superior a 10% ao ano.” João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar)

Jones Rossi, especial para a Gazeta do Povo :: O momento não poderia ser menos favorável. A economia brasileira em recessão, a China desacelerando e a Europa lidando com graves problemas financeiros dentro do bloco do euro. Mesmo assim, quem tiver uma conversa com o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, vai sair otimista. Se hoje o faturamento das cooperativas já ultrapassa o orçamento do governo do estado, a meta é dobrá-lo em menos de uma década, embora Koslovski não arrisque definir um prazo. Para isso, o plano é continuar o processo de industrialização das cooperativas e qualificação dos cooperados, sofisticando os produtos que vão diretamente para os consumidores e formando uma nova geração de administradores conectados com o que há de mais moderno em administração de empresas mundo afora.

Apesar da crise econômica rondar o país, as cooperativas parecem imunes. A que se deve esse fato? 8

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Primeiro porque não tivemos uma f lutuação significativa nas cotações da maioria das commodities em real. Os preços estão relativamente bons. E tivemos boas safras. As perdas climáticas foram pequenas e isso também ajudou. Estamos vivendo um momento importante de crescimento, mas precisamos ter cautela em relação ao momento delicado que estamos enfrentando na economia brasileira e paranaense. A elevação da carga tributária pode trazer uma recessão que poderá prejudicar o setor.

Mesmo assim, existe um plano para dobrar o faturamento e chegar aos R$ 100 bilhões em alguns anos. Existe um prazo para isso acontecer? Como atingir essa meta? O plano ainda não prevê prazo. Acreditamos que em sete ou oito anos, mas evidentemente vai depender da conjuntura nacional e internacional. Há discussões nos cinco núcleos da Ocepar (Oeste, Sudoeste, Noroeste, Norte e Centro-Sul) para


dimensionar o que vai ser feito regionalmente e individualmente em cada cooperativa. A somatória dessas demandas resultará em um planejamento estratégico estadual.

Qual o nível atual de industrialização dos produtos recebidos pelas cooperativas agropecuárias? Cerca de 50% dos produtos recebidos pelas cooperativas passam por algum processo de transformação. A Ocepar tem estimulado para que isso possa ser feito na cooperativa ou de forma integrada, como nos Campos Gerais, onde há uma interação entre Batavo, Castrolanda e Capal, e no Oeste, com as cooperativas filiadas à Cotriguaçu. O que a gente gostaria – e estamos trabalhando para isso junto com as cooperativas – é que tivéssemos cada vez mais produtos de prateleira, de maior valor agregado. Já temos cooperativas com participação significativa desses produtos no seu faturamento, mas é uma área na qual ainda precisamos crescer. Costumo dizer, figurativamente, que precisamos “sofisticar” nossos produtos.

Como a questão da formação de novas lideranças está sendo tratada? Essa é uma preocupação constante, não só do Sistema Ocepar, mas das próprias cooperativas. Hoje temos dentro das cooperativas um programa chamado Certificação de Conselheiros, cujo objetivo principal é preparar conselheiros para que o processo de transição seja tranquilo. Só neste ano vamos ter 20 turmas nos diferentes ramos do cooperativismo. Só para dar uma dimensão, esse curso engloba 144 horas de trabalho e temos uma parceria com uma universidade, que confere o certificado. Além disso, várias cooperativas têm projetos paralelos e estão fazendo alterações estatutárias para ter um conselho de administração e uma diretoria executiva. A diretoria executiva seria contratada e o conselho seria eleito pelos cooperados. Esse equilíbrio é importante porque você alia o profissionalismo com a questão do planejamento e direcionamento. As grandes cooperativas já vêm adotando esse procedimento, que é fundamental para obter melhores resultados e manter o crescimento do sistema.

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artigo Márcio Lopes de Freitas Presidente do Sistema OCB

Um olhar sobre o futuro

O

cooperativismo é uma forma inteligente e sustentável de empreender, que se diferencia dos demais modelos por valorizar a participação dos associados, a gestão democrática e por zelar pelo crescimento de toda a comunidade. Justamente por isso, o pensamento cooperativista ganha novos adeptos todos os dias e se posiciona como uma alternativa empresarial capaz de gerar renda e, ao mesmo tempo, contribuir para a construção de um Brasil mais justo e igualitário. Ao redor do mundo já contabilizamos um bilhão de cooperativistas, espalhadas por mais de 100 países e contribuindo com a geração de mais de 100 milhões de empregos. No Brasil, a cada ano, o cooperativismo ratifica sua participação e posição de destaque na economia e na construção de uma sociedade mais justa, com indicadores representativos. Hoje, o Sistema OCB representa mais de 6,8 mil cooperativas em todo o país, divididas em 13 ramos de atuação, com mais de 11,5 milhões de associados e em torno de 340 mil empregos diretos. E não queremos parar por aí. O senso comum nos leva a inferir que vai mais longe quem sabe onde quer chegar. E o movimento cooperativista brasileiro sabe muito bem o que pretende para um horizonte de médio e longo prazo. Recentemente, demos início à implementação de um planejamento sistêmico estratégico para o período 2015-2020, com uma visão do futuro para todo o setor: “Até 2025, o cooperativismo brasileiro será reconhecido pela sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos seus cooperados”. Desde então, esta tem sido a bússola que orienta a atuação de todos nós que fazemos parte desse movimento diferenciado, começando pelas instituições que formam o Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ser viço Nacional de Aprendizado do Cooperativismo (Sescoop) e Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), passando

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por suas unidades estaduais, chegando à nossa base, as cooperativas. E, para alcançarmos esta meta, é necessário superar os principais desafios elencados nesse planejamento estratégico: qualificar a mão de obra para o setor, profissionalizar a gestão e a governança do sistema, estimular a intercooperação, promover a segurança jurídica e regulatória e, por fim, fortalecer a representatividade, a cultura cooperativista, a imagem e a comunicação do movimento. Nosso grande objetivo é vencer cada um desses desafios, consolidando o cooperativismo como uma ferramenta estratégica de inclusão financeira, indutor de desenvolvimento local e gerador de qualidade de vida. Aliás, essa meta pertence a todos nós, cooperativistas brasileiros. E pensar no futuro significa planejar, antever cenários, considerar forças e riscos, visualizando as oportunidades que nos são oferecidas. Certamente, esses passos nos ajudarão a colher os frutos de um bom trabalho, feito de sol a sol, um dia após o outro. E, como cooperativistas convictos que somos, temos tudo que é necessário para vencer o desafio de concretizar a visão que estabelecemos para 2025: tornar o cooperativismo reconhecido por suas particularidades e benefícios, em especial por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados. Então, mãos à obra!

Pensar no futuro significa planejar, antever cenários, considerar forças e riscos, visualizando as oportunidades que nos são oferecidas. (...) Nosso grande objetivo é vencer os desafios, consolidando o cooperativismo como uma ferramenta estratégica de inclusão financeira, indutor de desenvolvimento local e gerador de qualidade de vida.”


srp.com.br

UNIDOS,

NÓS PLANTAMOS,

COLHEMOS

E COOPERAMOS PARA O

BRASIL SEMPRE CRESCER.

UMA HOMENAGEM DA SOCIEDADE RURAL GAZETA DO POVO AGRONegócio DO PARANÁ A TODOS OS COOPERATIVISTAS.

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[raízes históricas

Um estado predestinado a cooperar Com propriedades pequenas e grupos de imigrantes empreendedores, Paraná se tornou referência no cooperativismo moderno

Jones Rossi,

especial para a Gazeta do Povo

vas paranaenses equivale ao orçamento que o governo estadual dispõe para pagamento do funcionalismo, educação, saúde, segurança pública e outras áreas. As empresas do setor movimentam R$ 50,5 bilhões ao ano no comércio de produtos da agropecuária e nas atividades agroindustriais – e traçam planos para chegar a R$ 100 bilhões. Essas cifras, a estrutura de produção e a rede de mais de 1 milhão de cooperados tornam o Paraná referência em cooperativismo. Um quadro que se consolidou nas últimas décadas pela constante evolução do setor, que hoje gera 1,7 milhão de empregos. No entanto, esse diferencial está ligado ao próprio perfil do estado, de acordo com os especialistas. O fato de a grande maioria das propriedades ter menos de 100 hectares é decisivo, aponta o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki. “Para ganhar em escala, foi preciso que os pequenos produtores se organizassem. Juntou, então, o contexto territorial com o capital humano”, aponta. Os primeiros imigrantes “eram pessoas que sabiam fazer”, acrescenta. Grupos de imigrantes como os alemães que montaram a cooperativa Witmarsum, em Palmeira (Campos Gerais), “tinham o capital humano necessário para fazer o empreendi-

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Jonathan Campos / Gazeta do Povo

:: O faturamento bruto das cooperati-

Fatores como religião e senso de comunidade foram determinantes, aponta Dick de Geus.

mento prosperar”, avalia. Outros grupos trouxeram a cultura do cooperativismo de seus países de origem, caso dos holandeses que se chegaram a Carambeí e posteriormente fundaram a Batavo, na mesma região. O fato de as colônias terem persistido e inspirado cooperativas de diversas etnias e religiões não diminui a importância dos fatores culturais. “Nós nos apoiamos em três pilares: comunidade, religião e família”, afirma Franke Dijkstra, ex-presidente da Batavo e descendente dos primeiros imigrantes que fundaram a cooperativa. Ele e Dick de Geus, também ex-presidente da Batavo, acreditam que a ética de trabalho protestante, o senso de comunida-

de e de bem comum ajudaram a moldar o cooperativismo em Carambeí e que parte desse pensamento se espalhou pelo sistema. “O Paraná é referência mundial na competência das cooperativas do estado, como também acolhe o respeito de toda a comunidade de pensadores da Organização das Nações Unidas pelo pioneirismo e liderança de métodos de sustentabilidade integrada ao pragmatismo do cooperativismo”, afirma o professor de agronegócio Carlos Alberto Decotelli, do Instituto Superior de Administração e Economia do Mercosul (Isae). O estado combina aumento do PIB com ganho de produtividade, destaca.



[ cooperativismo

“O melhor do capitalismo e do socialismo” Exemplo como o da família Dijkstra, de Carambeí, mostram que cooperação desponta não apenas como modelo de negócio, mas como opção de vida. Novas gerações são responsáveis pela continuidade dessa filosofia que insere, econômica e socialmente, as pessoas na sociedade e no mercado de trabalho

Ponta Grossa

Giovani Ferreira, enviado especial :: A sucessão no campo, um dos grandes problemas sociais do agronegócio moderno, parecer ter um impacto menor no ambiente cooperativo. Pelo menos no agronegócio, não são poucos os casos de famílias e gerações que adotam o cooperativismo não apenas como modelo de negócio, mas como opção de vida em sociedade. O principal apelo estaria no resultado econômico, não pura e simplesmente do ponto de vista financeiro, mas como consequência do social, da integração e de uma vida quase em comunidade. Na família Dijkstra, de Carambeí, nos Campos Gerais, foi e continua sendo assim há déca14 GAZETA DO POVO

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das. Do avô Franke, imigrante que chegou ao Brasil em 1947 (vindo da província de Frísia, na Holanda), na época com cinco anos, ao filho Richard, 45, e os netos Franke Leonardo, 23, e Eduard, 20, a vida, os negócios e a família foram pautados pela cooperativa. Neste caso, a Batavo, uma das mais antigas do Brasil, que em 2015 completa 90 anos. São três gerações e 70 anos a serviço do cooperativismo. Em tese, a julgar pela opção dos herdeiros, o patriarca fez uma boa escolha. Mas, na prática, como avaliar os benefícios que o sistema trouxe à família? Da resposta mais tradicional, vinda de Franke Dijkstra, de que “a cooperativa é o braço comercial do produtor”, o filho Richard fala do “melhor do capitalismo e do socialismo reunidos em um único sistema”. Para os

netos, que representam a nova geração do cooperativismo, fica a missão de propagar e disseminar o modelo. “Não me vejo trabalhando na fazenda sem a cooperativa”, diz Franke Leonardo, agrônomo, profissão que, não por acaso, é a mesma do caçula Eduard, em graduação. Franke é um exemplo de como cooperativa e cooperado crescem juntos. Ele conta que em 1954 a Batavo captava 16 mil litros de leite por dia e tinha como meta para 1960 captar 20 mil litros/dia. Hoje, mais de 50 anos depois, apenas a Fazenda FrankAnna produz 20 mil litros/dia. A área de 50 hectares da década de 50 também cresceu e hoje ocupa 1.400 hectares de pura tecnologia, onde a família Dijkstra também produz grãos e suínos.

Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Do avô Franke ao filho Richard (dir.) e os netos Franke Leonardo e Eduard, família Dijkstra já contabiliza três gerações e 70 anos a serviço do cooperativismo.


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AGRONeg贸cio 15


[ economia cooperativa

Expansão a toda prova

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Apesar da recessão, sistema projeta crescimento econômico contínuo e expressivo nos próximos anos. E promete desenvolvimento social nas regiões que mais cooperam


Dirceu Portugal / Gazeta do Povo

Luana Gomes :: Aperto fiscal, desequilíbrio das contas públicas, aumento de juros, desvalorização cambial, inf lação acima da meta, endividamento, desemprego, recessão. Em uma conjuntura macroeconômica tão desfavorável, é difícil encontrar um segmento que desenhe projeções positivas para 2015. Seria possível driblar os problemas que têm abalado a economia do país e crescer em meio à crise? As cooperativas paranaenses acreditam que sim.

O momento é de instabilidade e pede cautela. Mas isso não significa que esta não seja uma boa hora para traçar planos de expansão – e até mesmo metas para dobrar o faturamento. Da mesma forma que, mesmo em bons momentos, existem setores em crise, é possível prosperar em meio a uma situação adversa, defende o superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken. Crescendo a uma taxa média de 12,5% ao ano na última década, o sistema cooperativista do Paraná

rompeu a marca dos R$ 50 bilhões em 2014 e calcula que, se a média for mantida, a arrecadação pode chegar a R$ 100 bilhões em 2020 (leia mais na página 19). Com movimentação econômica superior à de gigantes do setor alimentício como a BRF, que fechou 2014 com R$ 29 bilhões, o sistema forma empresas multibilionárias cujo faturamento supera não apenas a arrecadação dos municípios em que estão instaladas, mas também o orçamento da própria capital do estado. No agronegócio, mesmo concor-

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AGRONegócio 17


rendo com grandes companhias privadas e multinacionais, as cooperativas conseguem ser, ao mesmo tempo, uma sociedade de produtores e uma rede de empresas preparada para competir com desenvoltura. E, num estado em que predominam pequenas e médias propriedades rurais – em teoria mais vulneráveis a este cenário altamente competitivo –, se desenvolveram para organizar a produção e industrializá-la. “O clima organizacional de uma cooperativa é similar ao de grandes empresas, mas a função social é muito diferente. Como atuam de forma espalhada no estado, elas geram muito mais oportunidades de trabalho e negócios e pulverizam, geograficamente, o desenvolvimento”, compara o economista Gilmar Mendes Lourenço, professor universitário da FAE Business School. Uma das maiores forças econômicas do Paraná (veja infográfico abaixo), as cooperativas geram 16% de toda a riqueza produzida no estado. No ramo agropecuário, ganham relevância ainda maior: 56% da economia agrícola paranaense passam pelo sistema. Direta ou indiretamente, quase um terço da população paranaense está ligada ao cooperativismo. Em muitos municípios, elas são a empresa mais importante e a maior empregadora e geradora de receitas. “O grande diferencial do coopera-

Henry Milléo / Gazeta do Povo

[ economia cooperativa

Principal produto do agronegócio brasileiro, soja abriu era industrial nas cooperativas.

tivismo é que a riqueza é aplicada onde é produzida”, pontua o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, destacando que cidades que abrigam cooperativas costumam ter indicadores socioeconômicos mais elevados. No Paraná, dos 32 municípios paranaenses que apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) superior à média estadual, metade são sedes de cooperativas agropecuárias.

COOPERATIVAS

ECONOMIA COOPERATIVISTA O movimento cooperativista brasileiro reúne cerca de 44 milhões de brasileiros, incluindo associados, familiares e funcionários. No Paraná, 3,3 milhões de pessoas estão, direta ou indiretamente, ligadas ao sistema.

Com esforço educacional, as cooperativas orientam técnicas produtivas e estimulam trocas de informações, fatores que ajudam a melhorar a qualidade de vida da comunidade em suas zonas de abrangência, sustenta Carlos Alberto Decotelli, professor de Agronegócio do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV). “Sem as cooperativas, o agronegócio seria fraco e desorganizado”, diz.

COOPERADOS

)%

ramo agropecuário

total

74

223

PARANÁ 6(

total

1 mi

ramo agropecuário

139.663

)%93

total

BRASIL

6.827

ramo agropecuário

1.597

total

11,5 mi

ramo agropecuário

1 mi

16 67(

Fonte: OCB e Ocepar Infografia: GP

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Grãos, carnes e leite são os principais As cooperativas agropecuárias representam 56% da economia produtos. Em setores chave para agrícola do Paraná, atendendo cerca de 1/3 da população rural economia paranaense, como a soja, elas do estado. Em muitos municípios, elas são a mais importante empresa chegam a concentrar 3/4 da produção estadual. econômica e maior empregadora e geradora de receitas.

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Receita para crescer :: Batizado de Paraná Cooperativo 100 (PRC 100), o plano que busca alçar o faturamento do sistema ao terceiro dígito bilionário segue calendário rigoroso. Num primeiro momento, cada cooperativa elabora um planejamento individual que, mais tarde, irá compor o plano estratégico estadual. O projeto preliminar será apresentado em outubro e, após ajustes, a versão final será levada à Assembleia Ordinária da Ocepar, em abril de 2016, para aprovação. A Ocepar trabalha com três cenários. O ponto de partida considera um crescimento médio anual similar ao da última década, de 12,1%. Neste caso, a meta dos R$ 100 bilhões seria alcançada em seis anos. A título de comparação, nos últimos cinco anos, o crescimento médio nominal do faturamento cooperativo do estado foi de 15,9%. O segundo cenário leva em conta uma taxa nominal de 8,9% e o terceiro projeta aumento médio de 7,1%. Nestes casos, o alvo seria atingido em, respectivamente, oito ou dez anos. “Essa é uma fotografia do momento, uma primeira projeção. A partir de agora, as estimativas serão ajustadas considerando os planejamentos individuais de cada cooperativa para ver onde a curva real vai passar. Não apostamos no caos, mas temos que ser realistas”, explica José Roberto Ricken, superintendente da Ocepar. (LG)

COLABORADORES

total

79.241

ramo agropecuário

67.035

é quanto as cooperativas querem arrecadar em até 10 anos. Em 2014, faturamento do sistema foi de R$ 50,5 bilhões.

FATURAMENTO

EXPORTAÇÕES

EXPORTAÇÕES

Em R$ bi

Em R$ bi

Países de Destino

ramo agropecuário

total

50,5

42,2

total

2,4 (,

) total

321.400

(

ramo agropecuário

164.200

)%36 38

* A OCB não divulga dados de faturamento do sistema no Brasil

O sistema cooperativista paranaense gera 16% de toda a riqueza produzida no estado. O ramo agropecuário é a locomotiva, com 82% do faturamento total.

$

Dirceu Portugal / Gazeta do Povo

R$ 100 bilhões

total

5,3

ramo agropecuário

2,4

)

total

98

ramo agropecuário

98

(0,00%)

ramo agropecuário

5,2

total

110

ramo agropecuário

110

As cooperativas também são o principal motor da agroindustrialização no estado. 42% do faturamento das cooperativas agropecuárias vêm de produtos processados. Mais da metade do leite beneficiado e cerca de 40% da soja processada e do frango abatido no Paraná passam pelo sistema.

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[ economia cooperativa

:: O cooperativismo do Paraná é o que mais se industrializa no Brasil. Hoje, quase metade da produção primária que é recebida pelas empresas passa por algum tipo de transformação. Justamente por isso, é também o estado que mais acessa os recursos públicos destinados para investimentos. No ano passado, o agronegócio paranaense, sozinho, tomou R$ 7,25 bilhões, 13% do total de recursos do Plano Safra aplicados em investimentos. No primeiro semestre de 2015, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) concedeu ao sistema R$ 575 milhões. O montante equivale a cerca de 70% dos recursos aplicados pela instituição no agronegócio e aproximadamente dois terços de todos os projetos de investimento viabilizados pelo banco no período, detalha Paulo Cesar Starke Júnior, superintendente do BRDE no Paraná. “Os investimentos das cooperativas têm capacidade de geração de emprego e renda muito maior por unidade de capital investido”, destaca Gilmar Mendes Lourenço, professor da FAE Bussiness School. Cada R$ 1 aplicado pelas cooperativas injeta na economia do estado até R$ 8 em atividades de apoio ao processo, como transporte, embalagem e distribuição, detalha o superintendente da Ocepar, José Roberto Riken. Ou seja, aos R$ 2,8 bilhões investidos pelo sistema no ano passado, somariam-se outros R$ 22 bilhões. (LG)

Sem as cooperativas o agronegócio seria fraco e desorganizado.” Carlos Alberto Decotelli, professor de agronegócio do ISAE/FGV

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Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Paraná agroindustrial

Cooperativas fazem do Paraná o maior produtor e exportador de carne de frango.

Berço de empresas bilionárias :: A cifra recorde alcançada no ano passado tem lastro no desempenho das cooperativas multibilionárias do estado. Juntas, Coamo (Campo Mourão), C.Vale (Palotina), Lar (Medianeira), Cocamar (Maringá), Copacol (Cafelândia), Agrária (Guarapuava), Frimesa (Medianeira), Castrolanda (Castro), Integrada (Londrina), Coopavel (Cascavel), Batavo (Carambeí), Cocari (Mandaguari), Copagril (Marechal Cândido Rodon), Coasul (São João) movimentaram R$ 36,2 bilhões, o equivalente a 76% da receita global do sistema no Paraná. Nos últimos anos,

o número de cooperativas com faturamento igual ou superior a R$ 1 bilhão mais que dobrou, subindo de cinco em 2008 para 14 no ano passado. O movimento que levou as cooperativas à marca de R$ 1 bilhão começou na segunda metade da década de 90, com a reestruturação financeira e definição de um novo foco de atuação, a agroindústria. O Programa de Revitalização das Cooperativas Agropecuárias (Recoop), em 1998, e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), em 2002, deram nova saúde financeira e garantiram a capitalização das empresas. (LG)


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GAZETA DO POVOalimentoscoamo.com.br AGRONegócio 21




[ponta a ponta

Excelência no campo e na indústria Jonathan Campos / Gazeta do Povo

De produtos primários ao varejo, cooperativas despontam como a grande força econômica do agronegócio paranaense. Investimentos em agregação de valor conduzem planos de expansão

Jones Rossi,

especial para a Gazeta do Povo

Grãos, carnes e lácteos são os principais produtos das cooperativas paranaenses. Em setores chave para economia do estado, como a soja, elas chegam a concentrar 3/4 da produção estadual.

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Fotos: Arquivo / Gazeta do Povo

:: Se o Paraná é referência nacional em agroindustrialização, certamente deve muito às cooperativas. Das 74 do ramo agropecuário que integram o Sistema Ocepar, menos de 30 trabalham apenas com produtos in natura. Aproximadamente metade da produção que é recebida dos cooperados passa por algum processo de transformação e 42% do faturamento das cooperativas agropecuárias advêm do processo de industrialização. Produtos como, por exemplo, óleo e farelo de soja, leite e queijos, rações e carnes renderam ao sistema R$ 17,7 bilhões no ano passado. “As cooperativas dominam a oferta de matéria-prima, então é natural que concentrem parcela significativa da transformação”, diz o economista Gilmar Mendes Lourenço, professor da FAE Bussiness School. Segundo ele, cerca de 60% da produção estadual de grãos têm origem no sistema. Em segmentos como o de carnes, a participação cooperativista passa de 40%, segundo dados da Ocepar. Nos lácteos, mais da metade da produção paranaense é cooperativa. O caso da Copacol é emblemático. Primeira cooperativa agrícola do Paraná a investir em produção de aves, concentra, sozinha, perto de 10% do abate estadual de frango. Todas as mais de 800 mil toneladas de grãos produzidas pelos agriculto-


A FORÇA DAS COOPERATIVAS O sistema cooperativista paranaense é um dos motores da economia do estado, com uma participação cada vez maior na riqueza produzida localmente. res associados são destinadas às indústrias de ração animal. E mais: das 226 mil toneladas de carne produzidas em 2014, industrializou 47,6 mil toneladas, ou mais de 20%. O foco principal da cooperativa é a produção, industrialização e comércio de carne de aves. Mas a Copacol também trabalha com suínos, peixes, leite e produtos industrializados. O frango gera quase metade do faturamento de carnes da cooperativa, que, somada ao comércio de suínos e tilápias, representa perto de 60% do faturamento total da Copacol. Os investimentos em industrialização fazem a diferença não apenas para a cooperativa, mas também para a pequena Cafelândia, na Região Oeste do estado. O município de 12 mil habitantes que abriga a Copacol tem um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) per capita do estado. A mais de 100 quilômetros dali, uma cidade de 44 mil habitantes reforça a teoria. Sede da Frimesa, Medianeira é o 11º colocado no ranking estadual do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que mede o nível de desenvolvimento humano dos municípios. Responsável por nada menos que 25% do abate de suínos do Paraná, e 4,5% do abate nacional, a Frimesa quer mais. Em 2005, abatia apenas 1,2 mil cabeças por dia. “Havíamos chegado a um impasse”, afirma Elias José Zydek, diretor executivo da Frimesa. Foi feito então um planejamento de longo prazo que estabeleceu como meta 6,5 mil cabeças/ dia, marca que foi alcançada no ano passado. “A cooperativa passou por uma ampliação industrial. Na outra ponta, trabalhamos forte na penetração no mercado e na criação de uma rede de clientes no mercado interno para os nossos produtos”, diz Zydek. O sucesso obtido na última década inspirou a cooperativa a traçar novas metas para os próximos anos. A ideia é passar a abater, até 2030, cerca de 20 mil suínos por dia.

Participação das cooperativas na produção primária do Paraná Produto

Produção

Participação

Cevada

191.624

94

Soja

15.924.318

72

Trigo

1.888.191

67

Milho

17.353.056

64

Leite

2.791.789*

48

Café

99.737

40

Suínos

690.115

35

Aves

3.550.823

31

Em toneladas

Em %

* em mil litros Fonte: OCEPAR. Infografia: Gazeta do Povo.

Dentro da porteira :: A industrialização tem dado impulso às cooperativas nas últimas décadas, mas sem a força da produção no campo nada disso seria possível. Se nas carnes e industrializados a participação do sistema é grande, na produção primária é ainda mais expressiva. Base da economia paranaense, grãos como soja, milho e trigo são também a fundação da economia cooperativista. Mais da metade da produção estadual tem origem no sistema. Maior cooperativa de produção da América Latina, a Coamo, de Campo Mourão, movimenta sozinha 3,6 % da produção agrícola do Brasil. No ano passado, 7 milhões de toneladas de grãos passaram pela cooperativa antes de ganhar os mercados interno e externo.

As cooperativas dominam a oferta de matéria-prima, então é natural que concentrem parcela significativa da transformação.” Gilmar Mendes Lourenço, professor da FAE Bussiness School

Na Coopavel, de Cascavel (Oeste), o trigo ganha destaque. Desde a instalação de um moinho que garantiu a comercialização do cereal o ano inteiro, em 2012, a cooperativa conseguiu arrebanhar novos cooperados e o plantio do grão cresceu 11%. “Antes do moinho nossa produção de trigo era de 48,6 mil toneladas. Depois, pulou para 180 mil (t), um aumento de 280%”, diz Dilvo Grolli, diretor presidente da Coopavel. “A agroindustrialização é protetora do agricultor.” (JR) GAZETA DO POVO

AGRONegócio 25


Dirceu Portugal / Gazeta do Povo

[ negócios emergentes

Renda, tecnologia e diversificação Sem deixar de lado os grãos e as carnes, cooperativas ampliam o mix de culturas para gerar renda para o associado e aumentar o faturamento Com baixo investimento inicial e retorno rápido, maracujá surgiu como alternativa ao café, cultura tradicional na região de Corumbataí do Sul. Projeto da Coaprocor começou com apenas dez produtores e hoje já conta com mais de 400.

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AGRONegócio Julho de 2015

Carlos Guimarães Filho :: Nos últimos anos, a máxima de “não colocar todos os ovos em uma única cesta” está sendo utilizada em grande escala pelo cooperativismo do Paraná. Acostumadas a lidar com soja, milho, frango e suínos como principais negócios, as cooperativas estão diversificando o mix de produtos agropecuários e, consequentemente, ampliando o faturamento. Mesmo que as novas atividades ainda não representem fatia significativa nas receitas das cooperativas, elas são consideradas fundamentais para sustentabilidade do campo. O produtor que diversifica a propriedade consegue assegurar renda em casos extremos como fechamento de um mercado comprador, queda na cotação de um produto ou até mesmo doenças que comprometam uma safra. “Buscar alternativas de negócios é uma tendência nas cooperativas. É oportunidade de renda extra”, afirma o assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Robson Mafioletti. Os casos bem sucedidos de diversificação, sem deixar de lado os grãos e as carnes, estão espalhados pelo estado. Em Cafelândia, na Região Oeste, a Copacol investe em piscicultura desde 2008. Hoje, o sistema de peixes é um dos maiores do Brasil, permitindo que a produção seja distribuída em quatro estados, além do Distrito Federal. Praticamente na


mesma época, a Integrada, de Londrina, no Norte, começou o projeto Sucos, que possibilitou a expansão dos pomares de laranja. Hoje, toda a produção dos associados é exportada em forma de suco concentrado para Europa e Ásia. Em Corumbataí do Sul, no Oeste, a fruticultura também foi a aposta para viabilizar o agronegócio. Por três anos seguidos – 1998, 1999 e 2000 – os produtores enfrentaram dificuldades de clima e mercado com o café, até então a cultura que dominava a região. Em crise, a Coaprocor apostou então no maracujá. O baixo investimento inicial e o rápido retorno faziam da cultura uma promessa

de bom negócio. “Começamos com dez produtores. O objetivo era utilizar o maracujá para recuperar o café”, relembra Carlos Alves de Souza, gerente da cooperativa. “O planejamento era ficar apenas três anos com o fruto. Mas foi uma grata surpresa. Hoje, são mais de 400 produtores espalhados em mais de 20 municípios que entregam a produção na indústria e nos mercados. Além disso, estamos plantando uva, citros, caqui, abacaxi, acerola, goiaba, morango, todos filhos do maracujá”, complementa. O produtor Olavo Aparecido Luciano (foto) foi um dos pioneiros na atividade. Com a plantação de café dizi-

O maracujá foi a salvação da lavoura na época. Mas hoje não somos mais dependentes de uma única cultura. Fomos buscando tecnologias e aprendendo a diversificar para garantir renda.” Olavo Aparecido Luciano, fruticultor em Corumbataí do Sul (Oeste do PR)

mada, investiu na compra de 300 pés de maracujá. Hoje, já tem 1,2 mil pés, que dividem espaço com pomares de caqui, citros, uva e laranja, e projeta colher 12 toneladas da fruta neste ano.

COMO FUNCIONA UMA COOPERATIVA Da escolha das sementes e da quantidade de defensivos utilizados nas lavouras até a colheita, armazenagem e agroindustrialização, produtores cooperados recebem suporte para produzirem, comercializarem e venderem seus produtos. Ao final do processo, uma parte dos lucros é reinvestida e o restante retorna aos associados na distribuição das sobras. Ao consumidor, sistema cooperativista oferece mais segurança, com produtos com garantia de origem.

PR

lei soj PRO te a, D , fr m UÇ an ilh ÃO go o, t , s rig uín o, IN SU os ... MO

COOPERATIVA

OC NT O

grão in natura

$

SOBRAS

PRODUTOR

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SA ES

VENDA REINVESTIMENTO

VENDA

$

AGRO INDÚSTRIA LUCRO

MERCADO

produtos processados

Fonte: Redação. Infografia: Gazeta do Povo.

GAZETA DO POVO

AGRONegócio 27


[rede ampliada

Presença ativa na vizinhança Gigantes do ramo buscam matérias-primas e novos negócios fora do estado para manter o crescimento

Jones Rossi,

especial para a Gazeta do Povo

o tamanho dos braços das cooperativas. Em contínuo crescimento, gigantes do setor lideram movimento de busca de novos negócios em outros estados e até outros países. A Coamo, de Campo Mourão (Centro-Oeste), maior cooperativa paranaense com 50 unidades no estado, se instalou ainda nos anos 1980 em Santa Catarina e nos anos 2000 em Mato Grosso do Sul, onde possui atualmente cinco e sete unidades, respectivamente. Outras cooperativas não medem distância. A Cocari, de Mandaguari (Norte), tem quatro unidades em Goiás, uma delas em Cristalina, a 1 mil quilômetros da sede. Um bom exemplo dessa tendência é a unidade agropecuária da Cocamar instalada em Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul, em 2014. No primeiro ano de funcionamento, recebeu 40 mil toneladas de soja, terceiro maior volume em toda a rede da cooperativa, que tem sede em Maringá (Norte do Paraná). O produto saiu das lavouras de 400 associados. De acordo com José Fernandes Jardim, presidente-executivo da Cocamar, a estratégia da cooperativa é se estabelecer num raio de 300 quilômetros ao redor de Maringá, onde a marca é conhecida e as distâncias permitem racionalizar custos. “Vamos lidar com produtores que deixaram o Paraná e já nos conhecem”, afirma. A

28 GAZETA DO POVO

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Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

:: O território do Paraná é pequeno para

Estrutura de recepção de sementes da C. Vale em Santa Catarina.

boa fama tem sido fundamental. “Os produtores confiam no modelo cooperativista paranaense”, observa.

Paraguai e Mato Grosso A C. Vale, de Palotina (Oeste), virou praticamente uma multinacional. Além de estar presente em 30 municípios do Paraná, 11 de Mato Grosso do Sul, nove de Mato Grosso e dois de Santa Catarina, está em três localidades do Paraguai (Katueté, La Paloma del Espíritu Santo e Corpus Christi). A cooperativa Lar, de Medianeira (Oeste), também está presente no país vizinho, com a Lar Paraguay enquanto cooperativa associada. As primeiras unidades da C. Vale fora do estado foram instaladas no longínquo ano de 1981 em Diamantino e Nova Mutum, no principal reduto de produção de grãos de Mato Grosso.

Hoje, as duas cidades contam até com supermercados da cooperativa, além das unidades de recebimento de grãos. Desde então, novas unidades de recebimento de grãos foram instaladas naquele estado em Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã, Nova Mutum, Santa Carmem, Sinop, Sorriso e Vera. Do total de 15.898 sócios da C. Vale, 1.547 (ou 9,73%) são de municípios mato-grossenses. O natureza da operação em Mato Grosso é o recebimento e armazenagem de grãos, além da revenda de insumos, máquinas, peças e acessórios. Mas a expansão fora do Paraná é, principalmente, de acordo com a cooperativa, uma forma de garantir matéria-prima e reduzir o impacto de problemas climáticos regionais. Se o clima atrapalha uma região, outro local tende a sustentar oferta equilibrada de grãos para exportação e processamento.


GAZETA DO POVO

AGRONeg贸cio 29


[ tecnologia

Na vanguarda da pesquisa Henry Milléo / Gazeta do Povo

Investimentos das cooperativas ajudam a impulsionar produtividade de lavouras e pastos e a amadurecer produção regional

:: O crescimento e desenvolvimento das cooperativas agropecuárias do Paraná também são construídos dentro de laboratórios. Para dar suporte à produção dos campos e pastos e melhorar os atributos para o processamento nas indústrias, o setor investe pesado no elo dedicado à pesquisa. A partir de estruturas que reúnem centenas de funcionários, orçamentos milionários e campos experimentais com dimensões de fazendas, os cooperados têm acesso a estudos com enfoque regional, que reduzem a dependência tecnológica do setor privado. O trabalho começou junto com a chegada da cooperativa, conta o coordenador da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), Leandro Bren. No caso da cooperativa de Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná, a unidade de pesquisa foi oficializada em 1994, mas já operava desde o início do negócio, nos anos 50. “O foco regional é o principal diferencial. Os grandes grupos nem sempre têm um contato tão próximo com os produtores”, aponta. Bren explica que a pesquisa dentro da cooperativa é benéfica em todas as pontas da cadeia. “Focamos não só no resultado da cultura, mas também na adequação da produção para as indústrias”, aponta. Atualmente, a estrutura possui orçamento de R$ 7 milhões e reúne 43 funcionários. Com história semelhante à da Fapa, 30 GAZETA DO POVO

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Divulgação / Fapa

Igor Castanho

Fapa possui mais de 230 ha em campos experimentais, espalhados por 12 regiões distintas.

a Fundação ABC abastece com informações três cooperativas dos Campos Gerais. Gerida coletivamente pelo trio formado por Batavo (Carambeí), Capal (Arapoti) e Castrolanda (Castro), a entidade se tornou “o grande propulsor da região, tanto na produção de grãos quanto na pecuária”, revela o diretorpresidente da fundação, Andreas Los. Para ele, a imparcialidade das pesquisas feitas pela fundação se converte em outro diferencial para os associados. “O ganho de produtividade é importante, mas aparece como uma consequência”, acrescenta. Hoje, a operação reúne 206 colaboradores e conta com orçamento de R$ 28 milhões. Já na região Central do estado, em Campo Mourão, a Coamo mantém há

quarenta anos uma fazenda experimental que serve de laboratório para os testes de sementes, defensivos, fertilizantes e máquinas. A área de 170 hectares concentra 80 funcionários, e recebe em média 200 experimentos por ano.

Posição assegurada Mesmo com a perda do elo de biotecnologia, após a venda da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) para um grupo multinacional, o setor considera que não há prejuízo. “A participação da Coodetec [no mercado] já era baixa, pois há grandes grupos atuando nesse setor. O principal desafio [da pesquisa cooperativista] é selecionar as tecnologias mais adequadas”, detalha Bren.



[livre adesão

Um banco para chamar de seu Mudança na lei em 2003 permite que o cidadão urbano se associe às cooperativas de crédito. Medida impulsionou o setor nos últimos anos

Carlos Guimarães Filho :: As instituições de livre adesão deram outro significado para a palavra cooperativismo nos últimos anos. Inicialmente, para integrar uma cooperativa, o associado precisava obrigatoriamente fazer parte de categorias específ icas, como trabalhadores rurais, da área de saúde ou de bancários, por exemplo. Desde 2003, quando uma nova lei foi aprovada, muitas cooperativas aderiram à livre admissão e, literalmente, abriram as portas para todo e qualquer cidadão, independente da área de atuação. Essa abertura pode ser notada principalmente nas entidades de crédito. Sem limitações burocráticas, as empresas viram livre o caminho para, de forma organizada, angariar novos associados. “A normativa democratizou o setor. As cooperativas deixaram de ser específicas para um segmento e deram condição para que todas as pessoas pudessem ingressar. Hoje, todos são bem-vindos”, diz Maroan Tohmé, diretor executivo da Central Sicredi PR/SP/RJ. Dentro do universo cooperativista de crédito, o Sicredi registrou um crescimento exponencial no quadro de clientes. Antes da nova legislação, a entidade financeira contava com 800 sócios pelo país. Hoje, tem mais de 3 milhões de “donos”, como Tohmé prefere chamar os associados. O perfil dos clientes também mudou. As operações eram

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quase que na sua totalidade realizadas por agricultores, que agora dividem espaço com moradores das regiões urbanas. “Não basta dizer que o cliente é dono, ele precisa se sentir dono. E é isso que acontece, pois ele participa das assembleias com direito a voto, da def inição do planejamento estratégico e do resultado financeiro do final do ano”, ressalta o diretor do Sicredi. Para Marino Delgado, diretor presidente do Sicoob Central Unicoob, além de ter funcionado como uma porta de entrada para as pessoas ao ramo de crédito, a lei de 2003 aumentou o número de opções no mercado financeiro. O Siccob conta hoje com uma carteira de quase 3 milhões de clientes, sendo 171 mil no Paraná. Assim como os bancos privados, as cooperativas de crédito fazem parte do Sistema Financeiro Nacional. São autorizadas a funcionar e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Elas oferecem os mesmos produtos e serviços do sistema bancário tradicional. Porém, com custos menores e condições personalizadas de acordo com a realidade dos associados. E contam, inclusive, com a cobertura de um fundo garantidor próprio, o Fundo Garantidor do Coope-rativismo de Crédito (FGCoop), que funciona nos mesmos moldes do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para os bancos comerciais, ou seja, cobre até R$ 250 mil de depósitos que o cliente tem com a instituição.

Com taxas de juros reduzidas e rendimentos superiores aos de mercado, entre outras vantagens, cooperativas de crédito têm atraído o público urbano.

Crescimento O ano de 2003 é considerado um divisor de águas para o cooperativismo de crédito. Além de democratizar o acesso, a nova legislação permitiu que o setor se expandisse de forma ordenada. Hoje, somente no Paraná, mais de 900 mil pessoas estão ligadas às cooperativas do segmento. Antes da lei, apenas alguns milhares de pessoas estavam inseridas no sistema. E a projeção é de novos saltos no futuro. “Foi o marco zero dessa revolução. Essa mudança trouxe um novo pata-


Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Nascido no campo, cooperativismo de crédito agora avança nas cidades.

Sicredi

Henry Miléo / Gazeta do Povo

298

mar para as instituições, que puderam atuar de forma mais ampla no mercado financeiro e trazer grandes benefícios para a comunidade e seus associados”, diz Delgado. Para o economista Mauro Halfeld, o cidadão comum viu nas cooperativas de crédito uma nova opção para economizar, principalmente em períodos de recessão econômica, e honrar os compromissos financeiros. “Elas oferecem tarifas e juros menores. Em momento de crise, são alternativas interessantes”, aponta.

cooperativas de crédito são de livre adesão atualmente no Brasil, 26% do total de instituições do segmento (1.116). O Paraná tem 53 cooperativas, que, juntas, movimentaram R$ 4 bilhões no ano passado.

Fundação: 27 de outubro de 1980* Pts. de atendimento no país: 1.351 Pts. de atendimento no Paraná: 486 Clientes no país: mais de 3 milhões Clientes no Paraná: mais de 800 mil Sobras líquidas em 2014: R$ 1,1 bilhão *Criação da Cocecrer-RS, atual Central Sicredi Sul

Sicoob Fundação: 22 de dezembro de 2001 Pts. de atendimento no país: 2.305 Pts. de atendimento no Paraná: 168 Clientes no país: 2.978.889 Clientes no Paraná: 171.828 Sobras líquidas em 2014: R$ 2 bilhões

Passo a passo Veja como é simples se associar a uma cooperativa de crédito de livre adesão - Ser domiciliado ou estabelecido na área de atuação da cooperativa. - Integralizar quotas-partes, mediante depósito em dinheiro. - Usar os produtos e serviços oferecidos pela cooperativa (conta bancária, cartões, seguros, investimentos, consórcio, crédito,

entre outros). - Não podem fazer parte da cooperativa as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam qualquer atividade que contrarie os objetivos da sociedade cooperativa, ou com eles concorram, ou ainda que operem no mesmo campo econômico da cooperativa. GAZETA DO POVO

AGRONegócio 33


[atuação ampliada

Muito além do agronegócio Filosofia cooperativista impulsiona negócios em

Igor Castanho :: Fortemente vinculado ao campo, o cooperativismo tem impulsionado negócios muito além do ramo agropecuário. Atividades como turismo, transporte, e até mesmo energia compõem o rol de 13 setores que viabilizam empreendimentos construídos sob os preceitos da cooperação. A filosofia é a mesma reinante no campo: busca de benefícios mútuos e consolidação de economias de escala para reduzir custos. “A formação de grupos cooperativistas sempre ocorre para suprir alguma necessidade existente na área”, explica o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra. É o caso da Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Econômico de Marechal Cândido Rondon (Cercar). Criada em 1973, tinha o objetivo de garantir o acesso à eletricidade na zona rural do município. Conforme explica o gerente do empreendimento, João Pletsch, o modelo se popularizou nos anos 70 porque o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) só financiava investimentos desse gênero para o setor privado. “Compramos energia mais barata e vendemos ao preço de mercado. A diferença fica para a cooperativa”, explica. Hoje, com 1,8 mil associados, a Cercar possui até uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), construída aproveitando parte do faturamento anual. A participação desses setores no bolo cooperativista ainda é tímida se 34 GAZETA DO POVO

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comparada aos ramos do agronegócio e de crédito. Mesmo assim, explica Turra, o sistema consegue potencializar negócios por meio da força coletiva. Em Carambeí (Campos Gerais) é o setor de turismo que aproveita as vantagens do modelo. A Cooperativa Paranaense de Turismo (Cooptur) nasceu há 11 anos e terminou 2014 com 80 associados e faturamento de R$ 1 milhão. Atuando em 18 cidades do Paraná, a Cooptur cria roteiros de viagens que contemplam os sócios, que vão de hotéis a museus. “Com uma operação enxuta, estamos conseguindo gerar demanda turística para o interior do Paraná. Se não tivéssemos uma estrutura cooperativa, teríamos fechado há muito tempo”, destaca o vice-presidente Márcio Canto de Miranda. Para cooperados como Jan Willem Wolthuis, o modelo só traz vantagens. Dono do Hotel De Klomp, em Carambeí, ele revela que o vínculo com a Cooptur impulsionou os negócios. “Estou com 38 apartamentos e estamos ampliando a estrutura com 25 novos quartos”, conta. O modelo cooperativista também atrai associados que buscam credibilidade junto ao sistema, defende a presidente da cooperativa Aerotaxi, Iara Dina Follador Thomaz. Oficializada desde 1991, a cooperativa reúne 149 motoristas. A operação se concentra no transporte de passageiros que deixam o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), mas também contempla o frete de pequenas cargas.

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

ramos sem qualquer vínculo com pastos e lavouras

R$ 4,2 bilhões foram faturados em 2014 pelos sete setores coorporativistas que atuam fora dos segmentos de crédito e agropecuária.


Daniel Castellano / Gazeta do Povo

O cooperativismo é o sistema mais transparente e democrático que existe, porque faz do associado um dono do negócio. É chavão mas é verdade.” Iara Dina Follador Thomaz, presidente da Cooperativa Aerotaxi

Negócio bilionário prospera na cidade

do território estadual, conforme o presidente da Federação das Unimeds do Paraná, Paulo Roberto Fernandes Faria. São cerca de 10 mil médicos cooperados, que realizaram 7,5 milhões de consultas e 22 milhões de exames em 2014. Para Faria, a Unimed serve como uma ponte entre médicos e pacientes, pois “ajuda no que diz respeito à regulação exigida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar e toda a burocracia exigida para atuação nesse setor”. Além de acesso a clientes, o sistema também garante aos cooperados benefícios como seguro de vida, plano de saúde, subsídios em cursos e eventos, e, ao final do exercício as sobras vinculadas ao faturamento anual. (IC)

:: Depois dos segmentos de agropecuária e crédito, o setor com maior faturamento no cooperativismo é o de saúde (veja tabela abaixo). Dentro desse nicho, o grande destaque é a Unimed, que terminou 2014 faturando R$ 3,5 bilhões. A cooperativa é a única sem qualquer vínculo com o agronegócio a obter receita acima de R$ 1 bilhão no Paraná, conforme dados da Ocepar. A operação se divide em 23 cooperativas, que garantem uma participação de 53% no mercado de saúde e uma abrangência entre 95% e 99%

Jan Willem e Milenne Pontes Wolthuis: vínculo com cooperativa de turismo impulsionou a demanda no Hotel De Klomp, em Carambeí.

Me mudei da Holanda para o Brasil em 2008 e fui convidado para entrar na cooperativa. É um grande apoio no negócio, pois ajuda a aumentar o número de hóspedes, especialmente nos finais de semana.” Jan Willem Wolthuis, proprietário e gerente do Hotel De Klomp, em Carambeí

Cooperativistas

Veja o raio-x dos principais setores do Paraná Setores

Associados

Cooperativas

Faturamento em milhões de R$

Agropecuário

139.663

74

42.242,91

Crédito

908.380

58

4.018,83

Saúde

14.117

33

3.774,15

Transporte

3.005

25

287,75

Infraestrutura

9.429

9

90,69

Trabalho

1.780

7

78,05

482

13

7,97

2.298

1

7,34

485

2

3,20

Educacional Consumo Turismo e Lazer

Fonte: Ocepar. *Os setores Especial, Mineral, Habitacional e de produção não possuem cooperativas no Paraná vinculadas a Ocepar .

GAZETA DO POVO

AGRONegócio 35


[capacitação

Para preparar e aprimorar a gestão Para garantir competitividade, cooperativas investem milhões em ações que qualificam e formam de cooperados a lideranças

:: A visão de longo prazo do setor cooperativista não se restringe apenas a investimentos na infraestrutura de produção e processamento. A qualificação de funcionários e a formação de novas lideranças têm consumido uma parcela crescente dos recursos do setor. Com negócios cada vez mais complexos, grande movimentação financeira e um número crescente de funcionários, as cooperativas se organizam mirando uma gestão profissional e manutenção da competitividade frente às demais empresas. Só a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) investiu em 2014 R$ 77 milhões em ações deste gênero, por meio do seu braço direcionado à qualificação, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Na visão de quem está no comando, não há como ser diferente. “Não estamos falando de empresas pequenas, então os líderes precisam ter visão estratégica e conhecimento profundo sobre como administrar o negócio. Isso exige tempo, qualificação e confiança”, defende Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, de Cascavel, na Região Oeste do Paraná. O esforço do setor se concentra em duas frentes: qualificação técnica e busca de novos líderes. A gama de atividades é ampla, e inclui viagens ao exterior, cursos de especialização e mestrado e encontros regionais. Para o coordenador da Comissão de Cooperativas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), José Luiz Munhós, a busca por novas lideranças precisa ser prioridade. “Nem sempre as pessoas mais preparadas tecnicamente são as mais aptas 36 GAZETA DO POVO

AGRONegócio Julho de 2015

Divulgação / Coamo

Igor Castanho

Patriarca Arnaldo Nis(de azul) constrói o futuro com os filhos Everton, Eder e Edenilson.

A intenção para o futuro é continuar no campo. Vamos nos ajudando, dividindo tarefas sempre que é preciso.” Eder Nis, produtor de grãos em Candói

a participarem do processo de sucessão”, aponta. Um dos focos na preparação é a inserção de jovens dentro da cooperativa. Muitas vezes isso começa ainda no campo, com os filhos atuando na operação das fazendas dos associados. É o caso da família Nis, de Candói (Centro-Sul). O patriarca, Arnaldo, é associado da Coamo (Campo Mourão) e conta com o apoio dos filhos Everton, Eder e Edenilson para gerir o negócio de 460 hectares, onde é feito o plantio de soja, milho, feijão e trigo. “A intenção para o futu-

ro é continuar no campo. Vamos nos ajudando, dividindo tarefas sempre que é preciso”, conta Eder. Para Munhós, essa estratégia favorece a formação gradual, já que a troca de comando dentro das cooperativas leva mais tempo do que em empresas privadas, devido a fatores como complexidade da atividade e confiança dos associados. “É uma habilidade que os grandes líderes precisam ter. Querendo ou não, eles precisam buscar sucessores, porque em algum momento eles serão substituídos”, resume.


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AGRONegócio 37


União que abre caminhos Força do trabalho conjunto está na essência da mais antiga e também da mais nova cooperativa de produção do PR Jones Rossi,

especial para a Gazeta do Povo

::Não importa a idade, as cooperativas têm em seu DNA a força do trabalho conjunto. A união entre os associados – cimentada pela cultura, a religião ou simplesmente o interesse econômico – mostra-se essencial no surgimento e também para a sobrevivência dessas corporações. Como entidade ligada ao campo, a Associação dos Produtores de Cereais de Wenceslau Braz (Aprocer) existia desde 1998. A oportunidade de criar uma cooperativa de produção, a mais recente do estado, surgiu em 2013. A Aprocer fez com que a união entre os produtores prevalecesse além da crise que afetou a Cooperativa Platinense de Cafeicultores (Coplac), de Santo Antônio da Platina. A associação assumiu dívidas da Coplac e criou uma nova cooperativa, permitindo que a estrutura de secagem e armazenamento de grãos continuasse a serviço de 112 produtores do Norte Pioneiro. “As vantagens são a redução da burocracia, o ganho no preço (em média R$ 1 por saca de soja) e melhor valor na compra de pneus e insumos agrícolas”, conta Willian Cesar, gerente geral da nova cooperativa, especializada no recebimento e padronização de grãos, principalmente soja, milho, trigo, aveia e feijão. “O foco na próxima década é a excelência no recebimento e padronização, além de uma unidade autossustentável

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de armazenamento”, af irma. Atualmente, o armazenamento é feito em uma unidade que era cedida pelo governo federal à Coplac. A conclusão de que num momento de crise os esforços precisam ser somados deu origem também à mais antiga cooperativa de produção do Paraná, a Batavo Agroindustrial, que surgiu em 1925 pela união de sete produtores de leite dos Campos Gerais. A empresa criada por imigrantes holandeses atravessou 90 anos de transformações. Na época de seu surgimento, a concorrência entre os próprios produtores fazia com que, isoladamente, ficasse mais difícil negociar o preço do leite. Foi aí que a organização, na esfera produtiva e na de comercialização, passou a fazer diferença. A cultura trazida dos Países Baixos e a própria tradição religiosa são apontados como fatores que mantiveram a comunidade unida desde então. Desde a década de 20 os imigrantes adotam a Igreja Reformada da Holanda (protestante). Nas últimas duas décadas, as mudanças foram estruturais. Primeiro, a cooperativa Batavo se afastou da atividade industrial em negócios que envolveram a Parmalat e a Perdigão. A própria marca Batavo hoje pertence aos proprietários de sua antiga estrutura, a Brasil Foods. Nos últimos cinco anos, no entanto, retomou investimentos no beneficiamento de leite e plantas industriais em parceria com as outras duas cooperativas de origem holandesa da região, a Castrolanda (Castro) e a Capal (Arapoti). “Mesmo com as mudanças dos últimos anos, a cooperativa Batavo segue buscando o mesmo objetivo dos primeiros anos, que é o de atender da melhor forma possível seus cooperados”, afirma Franke Dijkstra, ex-presidente da Batavo Cooperativa Agroindustrial.

Parque Histórico de Carambeí criado pela Batavo reproduz igreja de primeira comunidade de holandeses instalada nos Campos Gerais.

Batavo Sede: Carambeí (Campos Gerais) Área de atuação: Agricultura, pecuária e agroindústria Fundação: 1925 (a mais antiga cooperativa de produção do Paraná) Número de cooperados: 777

Aprocer Sede: Wenceslau Braz (Norte Pioneiro) Área de atuação: Recebimento e padronização de grãos Fundação: 2013 (a mais recente cooperativa agrícola do estado) Número de cooperados: 112

Hugo Harada / Gazeta do Povo

[dna cooperativo



[origem

Arranjos corrigem desvantagens Desde o surgimento na Europa, prioridade da atuação em grupo é garantir melhores condições de crédito, consumo e produção

José Rocher

perativas agrícolas do país. As cooperativas de crédito, no entanto, são ainda mais antigas. Em 1902, também no Rio Grande do Sul, o padre suíço Theodor Amstadt promoveu a primeira experiência de crédito cooperativo. Hoje essa cooperativa – localizada em Nova Petrópolis, a 90 quilômetros de Porto Alegre, apontada como a primeira da América Latina no segmento – faz parte do Sicredi. Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), foi na zona urbana que o cooperativismo surgiu no país. Em 1889, Minas Gerais criou em Ouro Preto uma cooperativa de consumo. A Sociedade Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto barateava compras domésticas. E acabou servindo de exemplo para outras experiências em Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

Reprodução

Divulgação / Batavo

:: O cooperativismo chegou ao Brasil na bagagem cultural dos imigrantes que atravessaram o Atlântico há mais de um século. Mas, ao contrário do que ocorre atualmente, não era estimulado pelo poder público. Não havia privilégios nem aqui nem na Europa. As cooperativas surgiram justamente para corrigir desvantagens de produtores ou trabalhadores isolados, que se organizavam para sobreviver, reduzir gastos ou pagar menos juros. No campo das ideias, o cooperativismo surgiu como alternativa ao sistema de produção capitalista, três séculos atrás. Prometia eliminar a relação patrão-empregado e cortar intermediários, permitindo que a base de uma cadeia produtiva assumisse o controle dos meios de produ-

ção. Embora tenha se mostrado utópica, essa concepção abriu caminho para formação de cooperativas de produção e de consumo na Inglaterra e de crédito na Alemanha, há pouco mais de 150 anos. Até hoje esses são os três tipos básicos de cooperativas em todo o mundo. As cooperativas de produção – as mais conhecidas no Brasil – fizeram história no agronegócio por aqui. Apontada como a mais antiga desse grupo, a Cotribá (de Ibirubá, no Noroeste do Rio Grande do Sul), foi criada em 1911 com nome alemão: Genossenschaft General Osório. Atravessou as principais transformações do campo, redirecionando seu foco do trigo para a soja, dos grãos para o leite e, mais recentemente, para a diversificação, incluindo a agroindústria. Uma história que reflete o percurso das hoje 1.597 coo-

Primeiras cooperativas surgiram na Europa para baratear consumo.

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Imigrantes trouxeram cultura religiosa e de trabalho na bagagem.


Cooperativas do Paraná Produtos e serviços com garantia de qualidade

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Cooperativismo paranaense

B

aseado na filosofia cooperativista internacional e agrupando mais de 1 milhão de associados, o cooperativismo paranaense tem suas raízes nos pioneiros esforços cooperativistas registrados nas comunidades de imigrantes europeus, que procuraram organizar suas estruturas de compra e venda em comum, além de suprir suas necessidades de consumo, eletrificação rural e crédito através de sociedades cooperativas. Participando dos diversos ciclos econômicos do Estado do Paraná, as cooperativas expandiram as fronteiras agrícolas e passaram a desenvolver-se também no meio urbano nas áreas da saúde, trabalho, turismo, crédito, consumo, educação e habitação. As 223 cooperativas registradas em 2014 na Ocepar – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná integram mais de 30% da população paranaense e participam efetivamente, por sua força conjuntural, do desenvolvimento econômico e social do Paraná, com o qual estão comprometidas por sua própria filosofia de trabalho. Geram 2 milhões e 200 mil postos de trabalhos e reúnem os mais diversos segmentos econômicos, no campo e na cidade. O Sistema Ocepar é formado por três sociedades distintas, sem fins lucrativos que, em estreita parceria, se dedicam à representação, fomento, desenvolvimento, capacitação e promoção social das cooperativas paranaenses: o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – Ocepar, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – Sescoop/PR e a Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – Fecoopar. A Ocepar completou neste ano 44 anos de existência. Foi criada em 2 de abril de 1971 com a missão de representar e defender os interesses do sistema cooperativista paranaense perante as autoridades constituídas e a sociedade, bem como prestar serviços adequados ao pleno desenvolvimento das cooperativas e de seus integrantes. A Ocepar passou também a exercer funções de sindicato patronal das cooperativas paranaenses, desde 1997, e é a unidade da Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB no Estado do Paraná. O Sescoop/PR, órgão estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, passou a funcionar no Paraná em 21 de setembro de 1999. Tem personalidade jurídica de direito privado e atua no monitoramento, formação profissional e promoção social, no âmbito das cooperativas paranaenses. É um importante instrumento de modernização empresarial das sociedades cooperativas, aumentando a agilidade e a competitividade das cooperativas no mercado e contribuindo para a capacitação e integração social dos dirigentes, cooperados, jovens, colaboradores e familiares. A Fecoopar é uma entidade que congrega os sindicatos patronais de cooperativas. Apoia os sindicatos filiados nas ações de natureza trabalhista, mediante análises de pautas de reivindicação, oferecimento de contraproposta,

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negociação e fechamento de acordos e convenções coletivas de trabalho. Hoje o Sistema Ocepar representa 10 dos 13 ramos do cooperativismo brasileiro: agropecuário, saúde, crédito, educacional, consumo, infraestrutura, habitacional, trabalho, transporte, turismo e lazer. Em 2014, as cooperativas filiadas à Ocepar fecharam seu ano contábil com uma movimentação econômica da ordem de R$ 50,9 bilhões, maior que o orçamento individual de 23 estados brasileiros. A cooperativa é o maior empreendimento em 100 municípios paranaenses. No ramo agropecuário são 74 entidades que respondem por cerca 56% da economia do agronegócio regional. É um ramo que participa de forma direta em todo o processo de produção, beneficiamento, armazenamento e industrialização agropecuário, fazendo com que o cooperado seja um agente ativo no mercado interno e externo, bem como nas ações sociais em sua comunidade.


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No campo e na cidade, a força que transforma

O

cooperativismo se transformou em uma das maiores forças econômicas do Paraná, respondendo atualmente por quase 20% de toda movimentação econômica do nosso Estado e reunindo mais de 3 milhões de paranaenses. Força esta que muda realidades e é pautada nos princípios que norteiam o movimento cooperativista no mundo. Nossas cooperativas executam suas atividades com base nos valores éticos da cooperação, da solidariedade, da gestão democrática e da soma dos esforços de seus cooperados. Assim, contribuem para promover o desenvolvimento econômico das comunidades onde estão presentes, sem descuidar da prática da responsabilidade social e ambiental. Os benefícios desse trabalho estão por toda parte, em itens de varejo encontrados nas gôndolas do supermercado, no atendimento médico, no transporte, na educação, na hora de buscar crédito. Nas próximas páginas, você terá noção das opções oferecidas pelas cooperativas paranaenses vinculadas ao Sistema Ocepar, nos mais diversos segmentos. Aproveite e conheça melhor as possibilidades que o cooperativismo proporciona. O trabalho técnico de acompanhamento realizado pelas sociedades cooperativas busca a qualidade do produto desde sua origem, alicerçado em pesquisas e na aplicação de novas tecnologias, garantindo, assim, por meio da rastreabilidade, tranquilidade e segurança para os consumidores. Da mesma forma, os profissionais são capacitados e as estruturas são organizadas com o propósito de prestar o melhor atendimento aos cooperados e à população em geral. Por isso, quando você procurar um produto ou serviço, escolha aqueles que são oferecidos pelas cooperativas paranaenses. Assim, você terá a certeza de que ali existe um negócio que distribui renda, gera emprego, seja no campo ou na cidade, e faz as pessoas mais felizes. É do Paraná, é nosso! DIRETORIA DO SISTEMA OCEPAR


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varejo Alimentos de Valor A Frimesa é uma Central de cinco cooperativas e possui mais de 5.500 produtores que atuam como parceiros e fornecedores da matéria-prima utilizada na industrialização dos produtos. Presente no mercado há 37 anos, o propósito da Frimesa é ofertar alimentos de valor. Essa postura impulsionou os investimentos em tecnologia e processos de industrialização de carne suína e leite. O portfólio se destaca também pela diversidade. São quase 400 produtos, destes 250 prontos e semi-prontos para o consumo, que se caracterizam pela praticidade e muito sabor. www.frimesa.com.br

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É de casa, pode confiar A linha de produtos alimentícios da Coamo é comercializada com as marcas Coamo, Primê, Anniela, Sollus e Dualis, e destinada ao varejo e indústria. No segmento do varejo os produtos que compõem o portfólio são o óleo de soja refinado Coamo; margarinas Coamo Família, Coamo Extra Cremosa e Coamo Light; creme vegetal Primê; cafés Coamo Premium, Coamo Tradicional, Sollus Extra Forte e Dualis; farinhas de trigo Coamo e Anniela e gordura vegetal Coamo. Com o início das operações do novo moinho de

trigo da Coamo, a cooperativa também conta com farinhas especiais e integral, além de misturas para pães e bolos. Alimentos Coamo é de casa, pode confiar. www.coamo.com.br

onde nosso coração está Há mais de 50 anos, a Cooperativa Agroindustrial Lar é muito mais do que uma empresa de alimentos. É um lugar onde milhares de corações se entregam e trabalham de mãos dadas, com muito amor, colocando em cada produto o que há de melhor. Por isso, os produtos da Lar não vêm de qualquer lugar. Eles vêm de um lugar especial. Um lugar que lembra abraço. Que tem cheiro de carinho. E é claro, o sabor inconfundível de Lar. E Lar é onde o nosso coração está. www.lar.ind.br


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Experimente sabor e qualidade! Além do cooperativismo, a Cocamar também investe no segmento de varejo, com um vasto leque de produtos. A marca Purity produz bebidas prontas para o consumo nas linhas Néctar, Soja e Bem Caseiro. A Suavit é composta por uma linha de óleos especiais, molhos e maioneses. Com a marca Cocamar, a cooperativa conta com o café (tradicional e extraforte) e o óleo de soja. Já a marca Talento é composta por café gourmet e pelos cappuccinos em pó nos sabores tradicional, café com leite e cappuccino com canela. www.cocamar.com.br

em g ri o a su a n s o d ti n ra a g s o Produt frango in A C.Vale produz cortes de sumo. Os con a par s natura e pronto o pel os sad ces produtos pro de ria úst ind a pel e o our abated sistema m termoprocessados possue e ao mit per de rastreabilidade que os es alh det em cliente conhecer s ima -pr ias tér ma e s nto procedime É o. ent usados no preparo do alim para o ar ent alim nça ura seg is ma edora nec for é consumidor. A C.Vale s nde gra a par ngo de carne de fra , nha ma Ale a, err lat Ing clientes da , nça Espanha, Dinamarca, Fra ão. Jap e da lan Ho www.cvale.com.br

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de a d li a u q e r o b sa l e ív d n u f n Inco mix A Copacol conta com um ngo, produtos consolidado à base de fra s, vegetais ado pan em industrializados, Filés de os pel da eci onh rec e é também o na rism nei Tilápia. Reforçando seu pio a os, comercialização de pescad z novidades cooperativa também tra res: os ido sum quentinhas aos con

. Exclusivos Pratos Prontos de Tilápia Escondidinho o no mercado, a Lasanha, são s eijo e o Filé ao Molho 4 Qu dáveis sau e es lev , deliciosas opções s. ília fam as para todas www.copacol.com.br

Pratos mais saborosos A excelência na produção de alimentos é uma das marcas do cooperativismo paranaense e a Coasul entra nesse segmento já com uma competência destacável, proveniente de sua experiência na produção primária e da interação com outras entidades, proporcionada pela força do sistema cooperativista no estado. Os produtos Le Vida tem sua origem no abatedouro de aves da Coasul, inaugurado no dia 12 de novembro de 2010, em São João, Sudoeste do Paraná. É uma indústria que gera renda para toda a região, principalmente pelo fato de seus funcionários virem diariamente de diferentes municípios. Seus pratos ficam ainda mais saborosos com os produtos LeVida. Descubra por que os Cortes Especiais de Aves LeVida são tão frescos, leves e saborosos. www.coasul.com.br


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Qualidade que faz a diferença A Cotriguaçu é uma cooperativa central que reúne as cooperativas singulares C.Vale, Coopavel, Copacol e Lar. Fundada em 13 de dezembro de 1975, possui um Terminal Portuário, em Paranaguá, e um Terminal Ferroviário, em Cascavel. Seu moinho de trigo industrializa um produto de alta qualidade, com grãos selecionados e padronizados na produção de alimentos seguros e dentro dos padrões específicos para massas, biscoitos e pães. Na busca incessante por melhorias, tanto de processos produtivos quanto de qualidade de vida, foram desenvolvidos meios e sistemas para se alcançar esses objetivos. Os resultados são uma linha de produtos com qualidade que faz a diferença: farinha de trigo Tipo 1 Blanka, embalagens de 1 kg, 5 kg e 50 kg; farinha de trigo Tipo 1 Klarita, 5kg e 50 kg e farinha de trigo Tipo 2 Bruma, de 25 kg e 50 kg, além do Big Bag com 1.250 kg. www.cotriguacu.com.br

paladares mais exigentes Fundada em 1970, por um grupo de 45 produtores, a Coopavel hoje é uma das 20 maiores empresas do agronegócio do Brasil. Com aproximadamente cinco mil produtores cooperados, conduz sua evolução para o aumento da produtividade e da lucratividade, com responsabilidade, preservando o meio ambiente e, assim, obtendo produtos mais sustentáveis. A Coopavel atua no mercado com produtos in natura, carnes de aves, suínos e bovinos. No segmento frango, com cortes especiais para mercado externo e interno. Suínos e bovinos, com um a Linha Festa e Novilho Premium e os industrializados, com embutidos cozidos e defumados. Produtos de qualidade para atender os paladares mais exigentes. www.coopavel.com.br

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A força da união A Confepar é resultado da união de cooperativas agropecuárias do Norte do Paraná, voltada especialmente para a produção de leite e presente no mercado desde o ano de 1982. Sua missão é contribuir para viabilizar a pecuária leiteira, através da industrialização e comercialização de produtos lácteos, com soluções inteligentes que respeitem o meio ambiente, os colaboradores e, assim, oferecer excelência em qualidade aos seus consumidores. As principais marcas

produzidas pela Confepar são: Polly e Cativa. Com destaque especial para o lançamento do leite em pó Polly Minus 0% lactose, a Confepar passa a oferecer com exclusividade no mercado nacional o produto para consumidores que buscam a qualidade nas propriedades do leite, mas que possuem intolerância à lactose. Produtos Polly e Cativa a Confepar inovando e sempre unindo o melhor do leite pra você!!! www.confepar.com.br

Café da manhã mais gostoso Fortes e encorpados, os Cafés Cocari e Lovat são de aroma e sabor incomparáveis. Quem aprecia um bom café, experimenta e não troca. Na hora de preparar aquele cafezinho, exija qualidade e utilize também o Filtro Cocari. Com Cafés Cocari e Lovat, seu café da manhã fica muito mais gostoso. E, para dar energia com muito sabor, Cacauvit é a escolha certa. É para beber, saborear e querer mais. Cacauvit é o achocolatado para tomar brincando. É cremoso, é mais gostoso, é Cocari. www.cocari.com.br


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Presença na mesa das famílias brasileiras As farinhas de trigo Ana Bella e Dona Lola são fabricadas no moinho da cooperativa Coagru, localizado no município de Campina da Lagoa, Paraná. O moinho foi inaugurado em 1992 com o propósito de agregar valor ao trigo produzido na área de ação da cooperativa, localizada em uma das melhores regiões produtoras de grão do Brasil e formada por produtores profissionalizados na arte de cultivar o solo. Todo o acompanhamento é feito desde sua semeadura até sua armazenagem. Assim, é possível escolher o melhor grão, disponibilizando ao mercado um produto de origem comprovada e de destacável qualidade. Por isso que a farinha Ana Bella tem sua composição mais adequada para a dona de casa, e a Dona Lola mais para o setor industrial. www.coagru.com.br

Maciez, sabor e suculência Fundada em 2008 com o objetivo de organizar a cadeia produtiva da carne e fortalecer o produtor rural, a Maria Macia é referência na produção de carne de alta qualidade, garantindo segurança alimentar ao consumidor. Atualmente seus produtos são encontrados em mais de 140 pontos de venda em todo o Paraná. O próximo projeto é a industrialização, que será iniciada com a produção de linguiças e hambúrgueres. Além de carnes especiais, a Maria Macia é reconhecida pela alta tecnologia aplicada na pecuária e na agricultura. Aos cooperados, presta suporte técnico diferenciado, comercializando medicamentos e sais minerais de formulação própria, garantindo maior lucratividade e sustentabilidade nas fazendas. www.mariamacia.com.br

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O lado doce da natureza Com sede em Santa Helena a Coofamel Cooperativa Agrofamiliar Solidária dos Apicultores da Costa Oeste reúne apicultores que produzem e beneficiam mel e própolis. Uma variada linha de produtos com qualidade garantida e com um trabalho voltado para a preservação ambiental de responsabilidade social. Com 156 cooperados, em 29 municípios da Região Oeste e com uma produção anual de 300 toneladas de mel, produzidas e manuseadas artesanalmente, de acordo com as normas de sanidade, mantendo-se a coloração, textura e sabor do mais puro mel. A Coofamel também possui uma filial em Marechal Cândido Rondon, com registro SIF (Serviço de Inspeção Federal), apta a produzir produtos para vendas em todo o Brasil. www.coofamel.com.br

ate -m va er e d ão ç u d o pr a n a d ti n Tradição é ma sempre teve A produção de erva-mate conômica para o ioe soc ia ânc grande import téria-prima e dos Paraná. A qualidade da ma amplamente é produtos industrializados ernacional. int do reconhecida no merca gerou muitos o sad pas no Cultura esta que hares de pequenas empregos e renda para mil ado, ainda resiste propriedades rurais do Est Agrícola Mista com apoio da Cooperativa perativa, que na coo A ). Prudentópolis (Camp a diversificar suas última década se rendeu ão da erva-mate, atividades, tem na produç ens, uma forma além de preservar suas orig uns de seus alg a alternativa de renda par duto no pro do rta ofe cooperados, com a itação ace ma óti a um tem mercado e que dos consumidores. www.camp.coop.br


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Fazendo seus dias mais especiais ada em setembro A Cooperaliança carnes nobres foi fund o. Trabalhando Ovin e no de 2007, sob dois projetos: Bovi ilho Precoce Nov ava, rapu Gua com três marcas, Cordeiro ui na poss ança erali Coop a ium, Prem e Aliança Angus al no enci difer ipal qualidade dos seus produtos seu princ de meio por , ança mercado. No ano de 2012, a Cooperali a ou lanç us, Ang de ileira parceria com a Associação Bras em eito conc novo um ium, marca Aliança Angus Prem os um padrão carne de qualidade no Paraná. Garantim nta os de excelência e uniformidade que enca riência expe consumidores de carnes nobres. Uma us Ang e Carn única, que somente a autêntica Certificada pode propiciar. www.cooperalianca.com

MAIS SABOR O alto padrão de qualidade confere aos produtos da Copagra lugar garantido nas prateleiras dos melhores supermercados. Do campo para a indústria e daí ao consumidor, todas as etapas são rigorosamente controladas, proporcionando produtos nutritivos, saudáveis e muito saborosos. Além de agregar valor à produção, a Copagra preocupa-se em desenvolver produtos com a melhor tecnologia do mercado. Recentemente a cooperativa aumentou seu mix de produtos passando a produzir também polvilho doce, polvilho azedo além de lançar uma série especial do já consagrado Arroz Qgostoso. A matéria-prima utilizada na produção é toda cultivada na região onde a cooperativa está instalada – Noroeste do Paraná. www.copagra.coop.br

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Gostinho de Brasil A Cooperante, cooperativa com sede em Campo do Tenente, Paraná, lançou recentemente seus primeiros produtos industrializados para o mercado paranaense: o feijão preto, prato preferido dos brasileiros. Em pacotes de 1 quilo, o produto está sendo comercializado com duas marcas distintas: Fasola e Caldo do Campo. Produtos rigorosamente selecionados que garantem um fácil cozimento, facilitando a vida das donas de casa. cooperante@cooperante.com.br

Uma delícia de farinha A Farinha Trigosel chegou para atender as exigências do mercado oferecendo as farinhas: tradicional, tipo 1, integral, panificação e industrial. Por esses e muitos outros motivos, a Farinha Trigosel é ideal para o preparo de massas, bolos, doces e petiscos finos dos mais variados. Fabricada pela Cooperativa Coprossel em Laranjeiras do Sul, a Trigosel é simplesmente uma delícia. www.coprossel.com.br

Do campo para o copo A Coaprocor (Cooperativa Agroindustrial de Corumbataí do Sul) Noroeste do Paraná conta com um mix de produtos, sendo o maracujá o principal cultivo. Também fazem parte das atividades dos cooperados, a produção de café, uva de mesa e para sucos e vinhos, laranja, poncã, caqui, tomate, pimentão e batata doce. www.coaprocor.com.br


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Especial em tudo A Cooperativa Witmarsum, localizada no município de Palmeira (PR), tem sua origem na década de 1950 através dos imigrantes alemães, conhecidos por “Menonitas”. Hoje, a Colônia Witmarsum possui uma das mais importantes bacias leiteiras do país, tanto pela qualidade do produto, como pela organização dos produtores em torno da cooperativa. Outro grande diferencial é a coleta rápida, pois os produtores ficam próximos à unidade de beneficiamento, proporcionando qualidade superior ao produto final. Esta qualidade pode ser apreciada através da variada linha de queijos especiais, uma alternativa para inovar a produção de laticínios. A cooperativa está explorando nichos de mercado e hoje atende pontos de venda de alto padrão, como padarias, delicatessen e supermercados mais refinados. www.witmarsum.coop.br

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Segurança alimentar A Cooperativa Agrária Agroindustrial, fundada em 5 de maio de 1951 e localizada em Guarapuava (PR), alia tradição e história à tecnologia e gestão de excelência. A partir da agricultura, a Agrária instituiu cadeias produtivas completas. As produções industriais, certificadas pela ISO 22.000 (de segurança de alimentos e boas práticas de fabricação) incluem a Agrária Malte, que produz malte pilsen, inclusive fracionado para o consumidor final; e a Agrária Farinhas, com abrangência também no varejo, por meio das farinhas Especialíssima e Bom Prato. www.agraria.com.br


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MARCAS DA INTERCOOPERAÇÃO As cooperativas Capal, Batavo e Castrolanda atuam com pecuária leiteira, suínos, rações, sementes e na industrialização de sua produção. Essas atividades geram um faturamento de 4 bilhões de reais ao ano, empregam 3.400 funcionários e contam com mais de 3.600 associados. A intercooperação, modelo aplicado pela Capal, Batavo e Castrolanda, garante alianças estratégicas em investimentos que oferecem aos cooperados alternativas rentáveis e estruturadas no mercado. Além de promover um dos princípios do cooperativismo, operando juntas, as cooperativas ganham escala de produção e força nos mercados regionais, nacionais e internacionais.

Com geração de emprego e renda e com investimentos de R$ 560 milhões, as unidades de negócio trazem mais renda às regiões, com plantas já em produção: Moinho de Trigo, Unidades de Beneficiamento de Leite e a Unidade Industrial de Carnes. Todas investem em altas tecnologias para otimizar a produção e atender as demandas e o bem estar do consumidor. www.capal.coop.br www.batavo.coop.br www.castrolanda.coop.br

COLÔNIA HOLANDESA: Colônia Holandesa é a marca de produtos lácteos nas linhas: leites UHT, leite condensado e bebidas lácteas de morango e chocolate.

HERANÇA HOLANDESA: A Herança Holandesa é a marca de farinha de trigo especial para Massas Secas (FHM1); Massas Frescas (FHM2); Panificação (FHP1 e FHP2); Biscoitos Fermentados (FHB1); Biscoitos doces (FHB2), além da farinha de trigo comum para Biscoitos (FHB3)

ALEGRA: A marca Alegra é destinada para os produtos industrializados na Unidade Industrial de Carnes, e num futuro próximo estará comercializando carcaças, cortes e embutidos: presunto, bacon, salame, defumados, linguiças, temperados/marinados e outros produtos.


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in natura

Soja O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de soja e derivados, sendo reconhecido no mercado internacional por sua qualidade. A soja é um dos principais produtos agrícolas em importância econômica no mundo, dada a imensa variedade de derivados: alimentícios e nãoalimentícios que proporciona. Rica fonte de proteínas, a soja é utilizada como alternativa alimentar à proteína animal. A cultura é altamente mecanizada, utilizando-se de moderna tecnologia em processamento e pesquisa, o que confere ao grão qualidade em termos de conteúdo protéico e óleo. A exportação é realizada através de portos que apresentam condições de separação do produto, permitindo ao exportador atender a seus clientes com produtos diferenciados.

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Fornecedoras: Coamo: www.coamo.com.br C.vale: www.cvale.com.br Agraria: www.agraria.com.br Cocamar: www.cocamar.com.br Integrada: www.integrada.coop.br Lar: www.lar.ind.br Coopavel: www.coopavel.com.br Copacol: www.copacol.com.br Batavo: www.batavo.coop.br Cocari: www.cocari.com.br Castrolanda: www.castrolanda.coop.br Coagru: www.coagru.com.br Coasul: www.coasul.com.br Bom Jesus: www.bj.coop.br Nova Produtiva: www.novaprodutiva.com.br Coopagricola: www.coopagricola.com.br Capal: www.capal.coop.br Camisc: www.camisc.com.br Coagro: www.coagro.com.br Agropar: www.agropar.coop.br Codepa: www.codepa.com.br Camp: www.camp.coop.br Copagra: www.copagra.com.br Cooperponta: cooperponta@Interponta.com.br Witmarsum: www.witmarsum.coop.br Coopertradição: www.coopertradicao.com.br Cofercatu: www.cofercatu.coop.br Coacan: coacan@Ig.com.br Cooperante: Cooperante@Cooperante.com.br Copagril: www.copagril.com.br Coprossel: www.coprossel.com.br Unicastro: www.unicastro.com.br


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Trigo e Triticale Milho O Brasil é o terceiro maior produtor de milho no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. As cooperativas destacam-se na pesquisa e dispõem de estruturas de recepção, secagem e armazenagem modernas, que permitem a separação do produto, facilitando o atendimento aos diferentes mercados nacionais e internacionais. Fornecedoras: Coamo: www.coamo.com.br Integrada: www.integrada.coop.br Batavo: www.batavo.coop.br C.vale: www.cvale.com.br Agraria: www.agraria.com.br Lar: www.lar.ind.br Copacol: www.copacol.com.br Castrolanda: www.castrolanda.coop.br Cocamar: www.cocamar.com.br Bom Jesus: www.bj.coop.br Coopavel: www.coopavel.com.br Coasul: www.coasul.com.br Capal: www.capal.coop.br Camisc: www.camisc.com.br Coagru: www.coagru.com.br Coopagricola: www.coopagricola.com.br Cocari: www.cocari.com.br Nova Produtiva: www.novaprodutiva.com.br Cofercatu: www.cofercatu.coop.br Cooperponta: Cooperponta@Interponta.com.br Coopertradição: www.coopertradicao.com.br Witmarsum: www.witmarsum.coop.br Codepa: www.codepa.com.br Coacan: coacan@Ig.com.br Camp: www.camp.coop.br Cooperante: cooperante@Cooperante.com.br Copagra: www.copagra.com.br Agropar: www.agropar.coop.br Coagro: www.coagro.com.br Copagril: www.copagril.com.br Coprossel: www.coprossel.com.br Unicastro: www.unicastro.com.br

No período de inverno a grande maioria dos produtores do Estado do Paraná tem como opção o cultivo de trigo e triticale, com objetivo de produção de alimentos e diluição de custos fixos de produção com máquinas, equipamentos e mão-de-obra. A produção brasileira em termos mundiais é relativamente pequena e o Brasil é dependente de importações para abastecimento do mercado interno. Fornecedoras: Coamo: www.coamo.com.br Cotriguaçu: www.cotriguacu.com.br Integrada: www.integrada.coop.br Agrária: www.agraria.com.br Batavo: www.batavo.coop.br Lar: www.lar.ind.br C.vale: www.cvale.com.br Copacol: www.copacol.com.br Castrolanda: www.castrolanda.coop.br Bom Jesus: www.bj.coop.br Cocari: www.cocari.com.br Cocamar: www.cocamar.com.br Capal: www.capal.coop.br Coopavel: www.coopavel.com.br Coagru: www.coagru.com.br Coasul: www.coasul.com.br Codepa: www.codepa.com.br Agropar: www.Agropar.coop.br Coagro: www.coagro.com.br Coopagricola: www.coopagricola.com.br Cooperponta: Cooperponta@Interponta.com.br Nova Produtiva: www.novaprodutiva.com.br Camisc: www.camisc.com.br Coopertradição: www.coopertradicao.com.br Coacan: coacan@Ig.com.br Camp: www.camp.coop.br Cooperante: cooperante@Cooperante.com.br Copagril: www.copagril.com.br Witmarsum: www.witmarsum.coop.br Unicastro: www.unicastro.com.br


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Cevada Cultura plantada na região Centro-Sul e Sudoeste do Estado, tem na Cooperativa Agrária a grande fomentadora da produção, com o fornecimento de insumos e tecnologia para a cultura. FORNECEDORAS: Agrária: www.agraria.com.br Batavo: www.batavo.coop.br Coopertradição: www.coopertradicao.com.br Castrolanda: www.castrolanda.coop.br Coasul: www.coasul.com.br Codepa: www.codepa.com.br Coacan: coacan@ig.com.br Witmarsum: www.witmarsum.coop.br Unicastro: www.unicastro.com.br

Café O clima e o solo favorecem a produção do café no Brasil, que responde por 35% da produção mundial. Os principais cafés produzidos no Brasil são o Coffea arabica e Coffea conillon. As cooperativas são tradicionais produtoras de café e seus cooperados recebem orientação técnica em todo processo produtivo, o que garante a qualidade desde a origem.

Aveia

FORNECEDORAS: Bom Jesus: www.bj.com.br Capal: www.capal.coop.br Castrolanda: www.castrolanda.coop.br Batavo: www.batavo.coop.br Copagril: www.copagril.com.br Lar: www.lar.ind.br Coopagricola: www.cooopagricola.com.br Coasul: www.coasul.com.br Codepa: www.codepa.com.br Coprossel: www.coprossel.com.br Camisc: www.camisc.com.br cooperante: cooperante@cooperante.com.br Cooperponta: cooperponta@interponta.com.br Camp: www.camp.com.br

FORNECEDORAS: Coamo: www.coamo.com.br Agraria: www.agraria.com.br Castrolanda: www.castrolanda.com.br Batavo: www.batavo.coop.br Bom Jesus: www.bj.com.br Coopagricola: www.coopagricola.com.br Cooperponta: cooperponta@interponta.com.br

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O Paraná é grande fornecedor de aveia para as tradicionais indústrias que produzem derivados para alimentação de crianças e cereais matinais. A aveia preta é utilizada para pastoreio na integração lavoura com pecuária, bem como para cobertura do solo na viabilização do plantio direto.


Feijão O feijão é, tradicionalmente, um dos componentes básicos da dieta de consumo da população de diversos países. O Brasil é o maior produtor mundial de feijão. As cooperativas mantêm centros de pesquisa que, constantemente, buscam novas tecnologias para aumentar a produtividade e a qualidade do feijão, seja pelo emprego de novas práticas no plantio, irrigação, adubação e preparo do solo, ou pelo desenvolvimento de sementes melhoradas geneticamente.

FORNECEDORAS: Bom Jesus: www.bj.coop.br Capal: www.capal.coop.br Castrolanda: www.castrolanda.coop.br Batavo: www.batavo.coop.br Copagril: www.copagril.com.br Lar: www.lar.ind.br Coopagricola: www.cooopagricola.com.br Coasul: www.coasul.com.br Codepa: www.codepa.com.br Coprossel: www.coprossel.com.br Coopersui: coopersui@uol.com.br Coabil: leda@coabil.com.br Camisc: www.camisc.com.br cooperante: cooperante@cooperante.com.br Cooperponta: cooperponta@interponta.com.br Camp: www.camp.coop.br

Bovinos A grande extensão territorial do Brasil propicia condições favoráveis para a produção de bovinos, fator que posiciona o país como 1º produtor e exportador mundial de carne. O controle sanitário rigoroso coloca o Brasil no cenário internacional como o país que tem as melhores condições de produzir carne bovina com garantia de qualidade, com animais alimentados com pastagens. FORNECEDORAS: Coopavel: www.coopavel.com.br Frimesa: www.frimesa.com.br Maria Macia: www.mariamacia.com.br Coopernobre: rdetogni@hotmail.com Cooperaliança: www.cooperalianca.com

RAÇÕES E SUPLEMENTOS MINERAIS Várias cooperativas paranaenses têm plantas industriais para produção de ração, proveniente do milho e do farelo de soja e também suplementos minerais. FORNECEDORAS: Castrolanda: www.castrolanda.coop.br C.vale: www.cvale.com.br Lar: www.lar.ind.br Batavo: www.batavo.coop.br Coopavel: www.coopavel.com.br Copagril: www.copagril.com.br Witmarsum: www.witmarsum.coop.br Agraria: www.agraria.com.br Coamo: www.coamo.com.br Cocamar: www.cocamar.com.br Capal: www.capal.coop.br Cocari: www.cocari.com.br Coasul: www.coasul.com.br Integrada: www.integrada.coop.br Coagro: www.coagro.com.br Bom Jesus : www.bj.coop.br Copagra: www.copagra.coop.br Copacol: www.copacol.Com.br Camisc: www.camisc.com.br Maria Macia: www.mariamacia.com.br Primato: www.primato.com.br


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outros produtos

Madeira

O plantio de florestas evita o desmatamento e a utilização indevida de madeira oriunda de áreas nativas. A madeira obtida por meio do plantio d florestas possui um excelente valor agregado para comercialização, sendo também utilizada como fonte de energia renovável na secagem de grãos e nas caldeiras das indústrias. As cooperativas comercializam, também, madeira cortada e beneficiada para utilização em construções. FORNECEDORAS: Coagru: www.coagru.com.br Lar: www.lar.ind.br Cooperflora: coagru@coagru.com.br Batavo: www.batavo.coop.br

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Fertilizantes

Com o objetivo de trabalhar na redução dos custos de insumos agrícolas, trazer melhores resultados econômicos e dar maior sustentabilidade à atividade rural para as cooperativas associadas e seus respectivos cooperados, foi criada no final de 2008, por iniciativa de um grupo de cooperativas e com o apoio da Ocepar, uma cooperativa central, a Coonagro. Planeja-se importar os fertilizantes diretamente e industrializá-los em unidades próprias, buscando a eliminação de intermediários e obtendo reduções de custo. Nos agroquímicos e defensivos agrícolas, além da atuação em parcerias com grandes empresas, estão sendo registrados produtos próprios genéricos. FORNECEDORAS: Coonagro: www.coonagro.coop.br Coopavel: www.coopavel.com.br


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crédito Sistema Uniprime Cooperativas de Crédito Independentes São 08 as cooperativas singulares de crédito independentes filiadas à Ocepar, sendo 03 cooperativas rurais, constituídas por cooperados ligados a cooperativas agropecuárias e 05 urbanas, em que os cooperados são vinculados a uma categoria profissional ou trabalhadores de uma indústria. O foco destas cooperativas é concentrado nas necessidades dos cooperados de grupos específicos. Coopesf: www.coopesf.com.br Credialiança: www.credialianca.com.br Credicoamo: www.credicoamo.com.br Credicoopavel: www.credicoopavel.com.br Credisanepar: credisanepar@brturbo.com.br Creserv Pinhão: www.creservpinhao.com.br Rodocredito: www.rodocredito.coop.br Votorantim: delcidim@votoran.com.br

A Uniprime foi fundada em 1997 por um grupo de profissionais da área médica com o objetivo de oferecer a seus cooperados uma opção de atuar no mercado financeiro. No Paraná, o sistema é formado por uma cooperativa central e 06 cooperativas singulares e congrega mais de 20 mil cooperados. No ano de 2014, a Uniprime atingiu a marca de R$ 1 Bilhão de ativos administrados, associou-se ao FGCoop - Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, inaugurou a agência Sorocaba e as Plataformas Centro-Oeste Paulista e Noroeste do Paraná. Tem sua classificação de Rating elevada para A2+ Grau de Investimento. Uniprime Central: www.uniprimecentral.com.br Uniprime Campos Gerais: www.uniprimecentral.com.br Uniprime do Iguaçu: www.uniprimecentral.com.br Uniprime Francisco Beltrao: www.uniprimecentral.com.br Uniprime Norte do Parana: www.uniprimecentral.com.br Uniprime Oeste do Parana: www.uniprimecentral.com.br Uniprime Pioneira do Parana: www.uniprimecentral.com.br


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Sistema Sicredi O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 3 milhões de associados e 1.349 pontos de atendimento, em 11 Estados do País. Em 206 cidades brasileiras, ela é a única instituição financeira existente, de acordo com levantamento do Banco Central. Organizado em um sistema com padrão operacional único conta com 97 cooperativas de crédito filiadas, distribuídas em quatro Centrais Regionais - acionistas da Sicredi Participações S.A. - uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios. No Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, o Sicredi vem apresentando ao longo dos anos um crescimento constante. Somente a base de associados das cooperativas de crédito e investimento desses estados cresceu quase 20%, passando de 650 mil cooperados em 2013 para 775 mil em 2014.

Central Sicredi PR/SP/RJ: www.sicredi.com.br Sicredi Agroempresarial PR: www.sicredi.com.br Sicredi Aliança PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Campos Gerais PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Capal PR: www.sicredi.com.br Sicredi Centro Sul PR/SC: www.sicredi.com.br Sicredi Credenoreg PR: www.sicredi.com.br Sicredi Credjuris PR: www.sicredi.com.br Sicredi Fronteiras PR/SC/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Grandes Lagos PR: www.sicredi.com.br Sicredi Iguaçu PR/SC: www.sicredi.com.br Sicredi Integração PR/SC: www.sicredi.com.br Sicredi Medicred PR: www.sicredi.com.br Sicredi Norte/Sul PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Nossa Terra PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Oeste PR: www.sicredi.com.br Sicredi Paranapanema PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Par. das Araucárias PR/SC: www.sicredi.com.br Sicredi Rio Paraná PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Sincocred PR: www.sicredi.com.br Sicredi Terceiro Planalto: www.sicredi.com.br Sicredi União PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Vale do Ivaí PR: www.sicredi.com.br Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP: www.sicredi.com.br Sicredi Vanguarda PR/ SP: www.sicredi.com.br

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Sistema Sicoob O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) teve um resultado de R$ 2 bilhões no exercício de 2014, que equivale a um crescimento de 42,7% em relação a 2013. Este montante representou uma rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido de 15,6%. O valor apurado coloca o Sicoob como a 8ª instituição de maior PL no Sistema Financeiro Nacional. O Sicoob ocupa a sexta posição em pontos de atendimento entre as instituições financeiras do país. No Brasil, existem 5,4 mil pontos de instituições financeiras cooperativas e o Sicoob responde por 42,3% desse total, com 2.276 pontos. Desde o início de 2015, o Sicoob Central Paraná passou a se chamar Sicoob Central Unicoob, dando suporte para 27 cooperativas e 214 agências distribuídas nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Pará e Amapá. Sicoob Central Unicoob : www.sicoobpr.com.br Sicoob Aliança: www.sicoobpr.com.br Sicoob Arapongas: www.sicoobpr.com.br Sicoob Arenito: www.sicoobpr.com.br Sicoob Colorado: www.sicoobpr.com.br Sicoob Credicapital: www.sicoobpr.com.br Sicoob Integrado: www.sicoobpr.com.br Sicoob Marechal: www.sicoobpr.com.br Sicoob Medio Oeste: www.sicoobpr.com.br Sicoob Metropolitano: www.sicoobpr.com.br Sicoob Noroeste do Paraná: www.sicoobpr.com.br Sicoob Norte do Paraná: www.sicoobpr.com.br Sicoob Oeste: www.sicoobpr.com.br Sicoob Sul: www.sicoobpr.com.br Sicoob Três Fronteiras: www.sicoobpr.com.br Sicoob Vale do Iguaçu: www.sicoobpr.com.br


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saúde Sistema Uniodonto Com o mesmo modelo traçado pelos médicos, os profissionais de odontologia formaram em 1972, também na cidade de Santos no estado de São Paulo, a primeira cooperativa Uniodonto do Brasil. A filosofia que norteou a fundação permanece até hoje no sistema. O compromisso foi o de eliminar intermediários na assistência odontológica, oferecendo diretamente ao cliente um serviço de qualidade e com preços acessíveis, para que mais pessoas tenham acesso aos consultórios. Garantia de cobertura nacional em urgências e emergências. Esta é uma das principais peculiaridades do Sistema Uniodonto. Onde houver um profissional cooperado, há atendimento efetivo, sem burocracia, em todos os municípios onde há cooperativas Uniodonto. No Paraná, a Federação Estadual das Cooperativas Odontológicas - Uniodonto Paraná foi fundada em 1992. Ela conta com três singulares, e tem por objetivo a integração, orientação e coordenação das atividades das cooperativas singulares de trabalho odontológico. Uniodonto Paraná: diretoria@uniodontolondrina.com.br Uniodonto de Londrina: www.uniodontolondrina.com.br Uniodonto de Maringá: www.uniodontomaringa.com.br Uniodonto Ponta Grossa: www.uniodontopg.com.br Uniodonto em Curitiba: uniodontocuritiba@uniodonto.com.br

Outras Cooperativas do Ramo Saúde Com o objetivo de congregar profissionais que trabalham unidos sob os princípios do cooperativismo, seguindo a legislação cooperativista brasileira e oferecer seus serviços especializados para hospitais, empresas e particulares encontram-se registradas na Ocepar 08 cooperativas. Dental uni:www.dentaluni.com.br C. S. Assistance: www.csassistance.com.br Comepp: administrativo@comepp.com.br Coopcardio PR: coopcardiopr@gmail.com Copamed: www.copamed.med.br Copan: www.copan.org.br Copi:cooperativadeimaginologistas@gmail.com Unifisio:unifisio.fisio@gmail.com


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Sistema Unimed Primeira iniciativa de organização de médicos sob os princípios cooperativistas no mundo, a União dos Médicos – Unimed, foi fundada em meados dos anos 1960 em Santos, estado de São Paulo, sob a liderança do presidente do sindicato médico local. Em 1971, com a criação de outras 35 cooperativas de médicos foi formado o Sistema Unimed. Atualmente, as cooperativas ligadas ao Sistema Unimed estão presentes em mais de 4.000 municípios brasileiros. No Paraná, a primeira cooperativa do ramo, a Unimed Londrina, foi criada também em 1971 e, com a fundação de cooperativas em outros municípios, em 1979 foi constituída a Federação Unimed Paraná. Hoje, o principal papel da Federação das Unimeds do Estado do Paraná é promover a integração do Sistema Unimed no estado, coordenando, representando, prestando serviços e colaborando para o desenvolvimento de soluções para suas federadas, visando manter a liderança e ser referência no segmento de saúde suplementar. O Sistema Unimed é constituído no Paraná pela Unimed Paraná (Federação Estadual das Cooperativas Médicas) e por 22 singulares, que são consideradas líderes do mercado de saúde e referência em atendimento e prestação de serviços. Unimed Paraná: www.unimed.coop.br/parana Unimed Apucarana: www.unimed.coop.br/apucarana Unimed Cascavel: www.unimed.coop.br/cascavel Unimed Cianorte: www.unimed.coop.br/cianorte Unimed Costa Oeste: www.unimed.coop.br/costaoeste Unimed Curitiba: www.unimedcuritiba.com.br Unimed Foz do Iguaçu: www.unimed.coop.br/foz Unimed Francisco: www.unimed.coop.br/franciscobeltrao Unimed Guarapuava: www.unimed.coop.br/guarapuava Unimed Londrina: www.unimedlondrina.com.br Unimed Noroeste: www.unimedumr.com.br Unimed Norte do Paraná: www.unimed.coop.br/nortedoparana Unimed Norte Pioneiro: www.unimed.coop.br/nortepioneiro Unimed Oeste do Paraná: www.unimed.coop.br/oestedoparana Unimed Paranaguá: www.unimed.coop.br/paranagua Unimed Paranavaí: www.unimed.coop.br/paranavai Unimed Pato Branco: www.unimed.coop.br/patobranco Unimed Ponta Grossa: www.unimed.coop.br/pontagrossa Unimed Regional de Campo Mourão: www.unimed.coop.br/campomourao Unimed Regional Maringá: www.unimed.coop.br/maringa. Unimed Vale do Piquiri: www.unimed.coop.br/valedopiquiri Unimed Vale do Iguaçu: www.unimed.coop.br/valedoiguacu Unimed Rio Mafra: www.unimed.coop.br/riomafra

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Infraestrutura

transporte

O cooperativismo de infraestrutura é composto por 01 cooperativa central e 08 cooperativas singulares, as quais reúnem 9.429 cooperados. Desenvolvem suas atividades instalando redes de energia elétrica no meio rural, fornecendo a energia aos cooperados por meio da geração própria ou repassando-a das concessionárias estatais, com a comercialização e manutenção de equipamentos elétricos e prestação de serviços. Com a desestatização e mudança da política energética do país, as cooperativas passaram a ser revitalizadas, gerando energia própria com a construção de pequenas centrais hidrelétricas, sendo que algumas também operam com distribuição de água.

O ramo transporte ganha força no Paraná como uma alternativa econômica para motoristas e pequenos empreendedores. E nesse contexto, uma vez mais o cooperativismo demonstra seu potencial econômico e social, ao oferecer oportunidade e segurança ao profissional autônomo, que unido em torno de uma cooperativa amplia sua força e competitividade. O ramo transporte, o mais jovem dos 13 ramos do cooperativismo brasileiro, foi criado em 30 de abril de 2002, em decisão da Assembleia Geral Ordinária da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras - que deu novo destaque a um segmento que até então fazia parte do ramo trabalho. Atualmente, no Paraná são 26 cooperativas filiadas ao Sistema Ocepar, que congregam 3.005 associados.

Fecoerpa: jaime@cerpa.net.br Ceral: ceral@ceral.com.br Ceral – DIS: ceraldis@ceraldis.com.br Cercar: cercar@cercar.com.br Cercho: cercho@cercho.com.br Cerme: coopcerme@gmail.com Cerpa: jaime@cerpa.net.br Cerwit: ewald@witmarsum.coop.br Eletrorural: andreia@eletrorural.com.br

Turismo e Lazer As cooperativas de turismo e lazer contribuem para a geração de oportunidades de trabalho para pessoas que exercem atividades ligadas ao atendimento de turistas. Atualmente há duas cooperativas registradas na Ocepar com 485 cooperados: a Cooptur – Cooperativa Paranaense de Turismo; e a Coottrafoz, cooperativas que atua no transporte e turismo em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Cooptur: www.cooptur.coop.br Coottrafoz: www.coottrafoz.com.br

COOPERATIVA DE TAXISTAS Aerotáxi: www.cooperativaaerotaxi.com.br COOPERATIVAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Cargas e Anexos: www.coopanexos.com.br Coopercaf: www.coopercaf.com.br Cooperfrota: cooperfrota@hotmail.com Cooperleste: www.cooperleste.com.br Cooperlog: www.cooperlog.com.br Coopermap: exato@maripanet.com.br Coopertrac: coopertrac@coopertrac.com Cooperfax: cooperfax@hotmail.com Coopon: coopon@uol.com.br Cooptran: coop.tran@oi.com.br Cootrac: contabil@cootrac.com.br Cootramil: www.cootramil.com.br Cootranspar: contabcaf@uol.com.br Cootrast: cootrast@uol.com.br Coptrans: bortot@coptrans.com.br Cotrag: cotrag@lups.com.br Cotramario: itelvino@cotramario.com.br Cotranspel: cootranspel@gmail.com Cotransul: cotransul@cotransul.com.br Cotrelena: cotrelenash@hotmail.com Cotroledo: cotroledo@certto.com.br Dovicarga: dovicarga@hotmail.com Rodocoop: gerencia@rodocoop.com.br Transcooper: alberto@coopertradicao.com.br COOPERATIVA DE TRANSPORTE NÁUTICO Cotranauta: cotranauta@bol.com.br


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educacional As cooperativas educacionais podem ser formadas por pais de alunos, por professores ou por alunos que buscam no cooperativismo uma solução adequada às suas necessidades no setor da educação. Pais de alunos, por exemplo, podem manter escolas visando a qualidade no ensino e a formação integral de seus filhos. Excelência do ensino, redução dos custos e melhores condições de aprimoramento profissional ao corpo docente e discente são algumas das vantagens dessas cooperativas. Neste ramo também estão inseridas as cooperativas escola, constituídas por alunos de escolas técnicas agrícolas que exercem atividade agropecuária para auxiliar na manutenção dos estabelecimentos de ensino. Estão registradas na Ocepar 12 cooperativas educacionais, totalizando 482 cooperados.

Cefi: admcefi@hotmail.com Col. Cooperativa: colegiocooperativa@ig.com.br Coopermundi: www.coopermundi.com.br Ceilin: ceilin_ctba@yahoo.com.br Caear: caear@ibest.com.br Ceacemp:colegioagricola@ig.com.br Cooferco: maurofabian@bandnet.com.br Coomari: comari@gmail.com Coopab: assisbrasil@rpinet.com.br Coopagev: coopagev@uol.com.br Coopecosta: agricolarn@yahoo.com.br Ceacepom: caeom@uol.com.br

consumo As cooperativas de consumo são formadas por pessoas que se unem com o objetivo de adquirem bens de consumo em conjunto. O ramo é representado por uma cooperativa registrada na Ocepar, a qual é constituída por 2.298 cooperados.

Trabalho A organização dos profissionais e trabalhadores das mais diferentes profissões em cooperativas de trabalho representa uma nova filosofia empresarial que permite organizar a oferta de trabalho especializado, além de ser uma forma de promover a elevação da renda do trabalhador, considerando que reduz os custos individuais da atividade em comparação ao trabalho autônomo. Também promove a condição social do trabalhador, ao recolher as contribuições previdenciárias, realizar convênios para atendimento à saúde, seguros de vida e de acidentes pessoais em grupo e outros benefícios que estariam fora do alcance da maioria dos trabalhadores autônomos. Como em todos os ramos do cooperativismo, o cooperado é, ao mesmo tempo, dono de seu negócio, usuário e fornecedor da cooperativa, exercendo todos os seus direitos e devendo observar seus deveres e responsabilidades. As 07 cooperativas de trabalho registradas na Ocepar possuem 1.780 cooperados e oferecem seus serviços ao mercado de trabalho, de forma conjunta e solidária. Biolabore: biolabore@gmail.com Cooperadi: cooperad@terra.com.br Cooperdol: cooper@sercomtel.com.br Cooproserv: cooproserv@cooproserv.com.br Intercoop: office@intercoop.com.br Unicampo: www.unicampo.coop.br

habitacional As cooperativas habitacionais reúnem interessados que buscam a aquisição de moradias próprias. No Paraná existe 01 cooperativa habitacional, constituída por 98 cooperados.

Coohabivel: cohamic@hotmail.com Cotrasul: inacio@frimesa.com

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Av. Cândido de Abreu, 501 - Centro Cívico - Curitiba - Paraná - CEP: 80.530-000. Fone (41) 3200-1100 | Fax (41) 3200-1199 e-mail: ocepar@sistemaocepar.coop.br – site: www.paranacooperativo.coop.br



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