mar/abr 2010 . nº 31 . ano VI
gestão da revenda agropecuária
CAMINHO ABERTO PARA PARCERIAS Como as fusões e alianças dos laboratórios impactam lojistas de todo Brasil
leia também
Manutenção preventiva agrega valor às revendas de ordenhadeiras e mais: Arnaldo Brazil, Luciano Bonetti e Tom Coelho estreiam como colunistas
editorial
Novos colaboradores Nesta edição, apresentamos novos colaboradores. Três colunistas estreiam conosco: Arnaldo Brazil, diretor da Prime Action Consulting, falará sobre aspectos de gestão focado nos canais de distribuição; Luciano Bonetti, coordenador do curso de comunicação mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo, vai abordar a comunicação e estratégia no ponto de venda; e o especialista Tom Coelho escreverá artigos na área de recursos humanos, como motivação e o cotidiano no ambiente corporativo. Há também uma nova seção dedicada à publicação de artigos de consultores do Markestrat, organização fundada por doutores e mestres em administração de empresas, formados pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), com atuação na pesquisa e desenvolvimento em marketing e estratégia. Assim como na seção de artigos do PENSA, centro de pesquisa em agronegócios e vinculado à Fundação Instituto de Administração (FIA), o Markestrat desenvolverá textos especialmente dedicados ao varejo agropecuário e ao mercado de distribuição de insumos. Não faltará conteúdo para você aprimorar a gestão de sua
DIRETOR EXECUTIVO Oswaldo K. Nakamura DIRETORA DE publicação e eventos Flávia Nakamura Cesário MTb 34.546 editorA Adriana Crosariol gerente EXECUTIVA Cristiane S. Nogueira assistenteS administrativOS Alessandra Nogueira Felipe Vieira Vanessa Correa REPRESENTAÇÃO COMERCIAL Campo Dourado Representações RAR Rozenbaum Publicidades EDIÇÃO DE ARTE E EDITORAÇÃO Acará Gráficos & Editores www.acara.com.br IMPRESSÃO Van Moorsel Andrade & Cia Ltda. TIRAGEM 7 mil exemplares CIRCULAÇÃO mar/abr 2010
3ª Expo AgroRevenda, que neste ano será promovida em novo
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA A revista AgroRevenda é uma publicação da Global Pecus Comunicações Ltda., dirigida a proprietários e gerentes de revendas agropecuárias.
local e nova data: em Limeira (SP), nos dias 13 e 14 de setembro.
ISSN 1808-4869
Com novo horário de realização - das 14h às 22h -, a feira
A revista AgroRevenda está matriculada sob nº 497629 no 4º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, conforme a Lei de Imprensa e Lei de Registros Públicos.
revenda e acompanhar a evolução do setor, mantendo-se competitivo no mercado. Aproveito para convidá-lo para a
contará com outra novidade: paralelo ao 5º Seminário AgroRevenda, será realizado o Workshop de Vendas para
Para mais informações acesse www.expoagrorevenda.com.br.
ADMINISTRAÇÃO, COMERCIAL E REDAÇÃO Rua Deputado Martinho Rodrigues 240 São Paulo/SP • 04646-020 Tel./Fax: (11) 5683-2717 www.agrorevenda.com.br
Bons negócios
CAPA Montagem de David Carvalho
o Varejo Agropecuário, um treinamento conceitual e prático para os profissionais de venda do setor.
Filiada à
Flávia Nakamura Cesário diretora de publicação e eventos flavia@agrorevenda.com.br
4 AgroRevenda
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nesta edição
20
36
46
50
notícias 8 O agronegócio em informações de interesse aos lojistas
fornecedores 10 As ações de destaque da indústria
pensa 32 Os estágios de desenvolvimento de uma decisão estratégica
perfil 36 Abraisca fala sobre o mercado de iscas formicidas
gestão 14 O crescimento sustentável na visão de Arnaldo Brazil
prateleira especial 40 Informações sobre produtos da linha saúde ambiental
ponto de venda 15 Luciano Bonetti fala sobre a marca da revenda
markestrat 46 Nova seção aborda o processo de gestão de pessoas
recursos humanos 16 Vida profissional e pessoal, uma análise de Tom Coelho
valor agregado 20 Bom atendimento traz valor ao trabalho com ordenhadeiras
prateleira 49 As novidades para o abastecimento de sua loja
24 índice de anunciantes
35 Agristar 23 Agrotis 5 e 44 AZ Brasil 43 Bayer Saúde Ambiental 2ª e 4ª capas Bayer Saúde Animal 33 Brudden 29 Controlsoft 45 Coopers 38 Dinagro 18 e 19 Expo AgroRevenda 31 Guabi 12 Isla 39 Labgard 11 Monsanto 3ª capa Prime Action 9 e 47 Siagri 17 Tortuga 7 Tramontina 26 e 27 Vallée 13 Vonder
fotolegenda 50 Café brasileiro pelo mundo
mercado 24 Fusões e alianças crescem na indústria veterinária
6 AgroRevenda
mar/abr 2010
notícias
a
sua agen
4 1d3e seete1mbro
da
anote
n
a.SP meir
Li
EXPO AGROREVENDA 2010 A terceira edição da Feira de Produtos e Serviços para Re-
CONQUISTA PARA ASSOCIADOS
vendas Agropecuárias conta com nova casa: a cidade de Li-
A Associação Nacional dos Distri-
meira, no interior do Estado de São Paulo. Realizada pela Global
buidores de Insumos Agrícolas e Ve-
AgroRevenda, apoio da Prefeitura
terinários (Andav) vem conquistando
Municipal de Limeira (Secretaria Municipal de Turismo e Eventos) e patro-
uma série de vitórias judiciais frente
cínio da FMC, a Expo AgroRevenda será realizada nos dias 13 e 14 de
ao CREA (Conselho Regional de En-
setembro, das 14h às 22h, inaugurando a visitação noturna ao evento.
genharia, Arquitetura e Agronomia),
Pecus Eventos, com promoção da
Com entrada gratuita, mediante apresentação de convite ou credenciamento
isentando as empresas associadas do
antecipado, a feira contará no mesmo período com o 5º Seminário AgroReven-
pagamento da anuidade de Pessoa
da e, novidade desta edição, o Workshop de Vendas para o Varejo Agrope-
Jurídica (empresa).
cuário. Para saber mais sobre o evento, acesse: www.expoagrorevenda.com.br
Devido às ações coletivas interpostas pela associação, juízes de seis Estados entenderam que os estabelecimentos comerciais não possuem obrigações
LANÇAMENTO
com o CREA, que se trata de um conselho de classe do profissional. A isen-
O livro Doenças parasitárias de
deral do Paraná. A publicação reúne a
ção é válida para São Paulo, Espírito
caprinos e ovinos: epidemiologia e
colaboração de 34 autores, entre bra-
Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Gros-
controle é o recente lançamento da
sileiros e estrangeiros, traçando um
so do Sul e Pernambuco.
Embrapa Informação Tecnológica. A
panorama atual sobre as pesquisas
O impacto desta medida para o ca-
obra foi editada pelos pesquisadores
em combate e prevenção de para-
nal de distribuição de insumos agríco-
Antônio Cézar Cavalcante e Luiz da
sitoses para caprinos e ovinos, com
las, de acordo com dados da tabela
Silva Vieira, ambos da Embrapa Ca-
informações válidas para os sistemas
oficial do CREA, é uma economia de
prinos e Ovinos (Sobral, CE), Ana Ca-
de produção em todos os biomas
R$ 270 mil, levando em conta apenas
rolina Chagas, da Embrapa Pecuária
brasileiros. O livro pode ser adquirido
os Estados onde houve decisão. Em
Sudeste (São Carlos, SP) e Marcelo
ao preço de R$ 50, pela Livraria Em-
Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro,
Beltrão Molento, da Universidade Fe-
brapa na Internet: www.embrapa.br/liv
semelhantes ações foram distribuídas e aguardam decisão.
AMEAÇA ÀS MANGUEIRAS O Portal Dia de Campo traz em sua pá-
mudas destes tipos podem ser adquiridas
dados de manejo para que os estragos
gina, com texto de Juliana Royo, informa-
na Embrapa ou na Universidade Federal
econômicos não continuem sendo devas-
ções sobre o Mal da Seca da Mangueira
de Alagoas. Mesmo assim, é preciso que
tadores. Leia a reportagem completa em
ou o Mal de Recife, como também é co-
os agricultores fiquem atentos aos cui-
www.diadecampo.com.br
nhecida, doença que está causando enorme preocupação no sertão nordestino e tem acabado com mangueiras. Segundo o engenheiro agrônomo Erikson Amorim, da Secretaria Estadual de Agricultura de Alagoas, mangueiras centenárias e muito saudáveis estão definhando em menos de um ano. A situação é muito preocupante porque, até agora, não há remédio contra a doença. Só há formas de combate preventivas com o uso de variedaAfonso Lima
des resistentes, como a manga keiti e a tommy atkins. De acordo com Amorim, as
8 AgroRevenda
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fornecedores
BAYER INVESTE NO MARANHÃO Sediada em Imperatriz (MA), a revenda
vendedores da Bayer, treinados para re-
parceiros e uma equipe de credibilida-
Raça Forte terá atuação direcionada e
alizar a venda ativa de soluções e servi-
de no mercado. Temos orgulho de ter
vendas técnicas nos Estados do Tocan-
ços diretamente no campo.
uma equipe de técnicos em Imperatriz
tins, Maranhão e Pará, com o objetivo
“Por meio da Bayer, a Raça Forte veio
e participar ativamente da mais nova
de atender uma região onde a pecuária
para suprir as demandas do mercado
força do homem do campo”, destaca
avança de forma expressiva. O grande
pecuário do Norte. É uma empresa
o gerente regional da Bayer Unidade
diferencial será a forma de atuação dos
que já começou grande, com grandes
Bovinos, Ricardo Colomietz.
SIAGRI, 12 ANOS No dia 1º de março, a Siagri Siste-
“A empresa, que a cada ano conquis-
Entre os muitos cumprimentos re-
mas de Gestão completou 12 anos
ta mais espaço no mercado, reflete o
cebidos por e-mail, Twitter e telegra-
de atividades. Em comemoração à
sucesso do trabalho em equipe e a
ma, a empresa destaca as palavras
data, os colaboradores se confra-
confiança de seus parceiros. Em 2009,
do consultor Júlio Morsoletto, da
ternizaram em Goiânia e Rio Verde
a Siagri cresceu 39,62% e conta com
M.Prado: “Ninguém consegue se
(GO), em um café da manhã. Du-
clientes em 264 municípios, em 23 Es-
manter no mercado se não apresen-
rante todo o mês de março, foram
tados”, divulgam. O diretor presidente,
tar um trabalho competente e contri-
entregues vários benefícios que ob-
Carlos Barbosa, destacou: “O sucesso
buir para a geração de prosperidade
jetivaram oferecer ainda mais confor-
da empresa é fruto do esforço e bom
dos seus clientes. A Siagri faz muito
to aos 110 colaboradores que com-
trabalho de muitos que fazem e fizeram
bem essa tarefa. Parabéns e muitos
põem a família Siagri.
parte da unida família Siagri”.
anos de vida!”, desejou o consultor.
ISLA NA ABCSEM duto da Isla, Luis Eduardo Rodrigues,
Números: “O comércio mundial de
assumiu a presidência da Associação
sementes é estimado em 30 bilhões
Brasileira do Comércio de Sementes e
de dólares e de hortaliças em 3,5 bi-
Mudas (ABCSEM). Rodrigues é enge-
lhões de dólares. Já o mercado bra-
nheiro agrônomo formado pela Facul-
sileiro é estimado em 200 milhões de
dade Eliseu Maciel, de Pelotas (RS).
dólares. É um mercado em expansão,
Possui experiência de 24 anos na área
tendo em vista que tanto as hortali-
de horticultura e, desde 2008, faz parte
ças como as flores ornamentais estão
da equipe da Isla. “A ABCSEM completa
dentro de uma tendência mundial, que
40 anos em abril e é uma associação
é a procura da qualidade alimentar e
reconhecida, referência na defesa do
bem-estar das pessoas”.
segmento HFO (hortaliças, frutas e or-
Consumo: “As hortaliças possuem
namentais). Continuaremos a fazer todo
uma grande diversidade de nutrientes. A
o trabalho de representação do seg-
Organização Mundial de Saúde recomen-
mento, buscando a normatização junto
da o consumo mínimo de 200 gramas
ao Ministério da Agricultura, a condução
de hortaliças por dia. No Brasil, consu-
dos processos legais e éticos forneci-
mimos 110 g, algo muito abaixo do míni-
cadeia da HFO no Brasil gere de sete a
dos pelo MAPA. Esperamos que, como
mo recomendado. Então, veja o quanto
oito milhões de empregos. O desenvol-
resultado de todo este trabalho, ocorra
ainda temos que crescer e desenvolver
vimento da horticultura e de todo o seg-
a promoção, o fomento e o crescimento
a cadeia de produção, comercialização e
mento de frutas e ornamentais gera um
de todo segmento”, afirma Rodrigues.
distribuição. E as flores também seguem
grande volume de emprego. É desta for-
A seguir, o gerente fala sobre o setor,
essa tendência de crescimento”.
ma que pensamos dar nossa contribui-
consumo de alimentos e geração de 10 AgroRevenda
empregos na cadeia de HFO.
Isla Sementes
O gerente de Desenvolvimento de Pro-
Desenvolvimento: “Estima-se que a
ABCSEM, associação que trabalha na defesa do segmento HFO (hortaliças, frutas e ornamentais), completa 40 anos em abril
ção para a sociedade brasileira”, finaliza.
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fornecedores
PARTICIPAÇÃO DE MERCADO A Fertilizantes Heringer SA obteve lucro líquido ajustado de R$ 68,4 milhões em 2009, contra um prejuízo de R$ 253,2 milhões nos doze meses de 2008. A participação de mercado da Heringer atingiu 21,6% no quarto trimestre de 2009 e 17,5% no acumulado do ano. agb photo/photos to go
2009 foi um período de recuperação para a Fertilizantes Heringer, que teve os seus resultados afetados no fim de 2008 pela crise no sistema financeiro internacional que resultou em diminuição da demanda, recuo dos preços e
12 AgroRevenda
aumento dos estoques. No quarto tri-
neladas, um crescimento de 0,2% em
cresceram 96%, 164% e 856%, respec-
mestre de 2009, as entregas no mer-
relação a 2008.
tivamente, números que foram influen-
cado brasileiro de fertilizantes cres-
“Conseguimos números importantes
ciados pela crise financeira que impac-
ceram 54,8% em relação ao mesmo
graças à estratégia de atender diversas
tou o desempenho obtido no quarto
período do ano passado, chegando a
culturas. Apenas no quarto trimestre de
trimestre de 2008”, exemplifica Wilson
6,5 milhões de toneladas. No ano, as
2009, nossas entregas para o plantio
Mardonado, diretor de Controladoria e
entregas foram de 22,5 milhões de to-
de soja, cana-de-açúcar e de milho
de Relações com Investidores.
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gestão
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL
Arnaldo Brazil é diretor da Prime Action Consulting, consultoria em canais de marketing e vendas. Contato: marketing@primeaction.com
Políticas de distribuição formam a base de todo negócio, resultado de investimento contínuo em produtos e serviços com foco no cliente Arnaldo Brazil
D
efinir o termo “política” em seu significado empresarial não é simples. Alguns entendem como um guia para fazer negócios, outros entendem como um plano geral de ação. Em termos mais objetivos, podemos dizer que políticas organizacionais existem para pautar comportamentos em direção aos resultados desejados por aqueles envolvidos com a execução da política, seja na sua enunciação, seja no cumprimento. Nesse contexto, uma política de distribuição não é um programa, nem um plano, nem um procedimento. É, sim, um ordenamento lógico de atividades que delimita os campos de ação em cujo âmbito deverá desenvolver-se a atividade empresarial, estimulando comportamentos adequados em busca do atendimento dos objetivos organizacionais, tanto do fabricante, quanto do parceiro do canal. As vantagens que fabricantes e parceiros do canal podem esperar pela adoção de uma política são muitas. Encontramos na literatura especializada as seguintes vantagens: 1. Prevenir os desvios do curso de ação programada: implantar uma rede de distribuição 2. Garantir a coerência da ação 3. Favorecer uma colaboração inteligente entre todos: pessoal do staff, do campo e parceiros do canal 4. Tornar mais fácil a coordenação das atividades relativas ao canal de distribuição 5. Estimular um emprego inteligente e objetivo do espírito de iniciativa na direção dos resultados
14 AgroRevenda
6. Proporcionar uma base para estabelecer relações justas e transparentes com os parceiros do canal 7. Procurar uma referência para a determinação da qualidade da ação diretiva 8. Fornecer uma linha para programação de atividades de apoio ao canal de distribuição. Para que uma política possa oferecer as vantagens indicadas, é necessário que: 1. Seja claramente definida, sem ambiguidade nem possibilidade de interpretações errôneas 2. Seja suficientemente geral e flexível para não permitir demasiadas exceções 3. Permaneça válida durante um período de tempo suficiente 4. Seja integrada nos sistemas de objetivos e de políticas adotadas pela empresa (de pessoal, de compras, etc.). A elaboração e comunicação das políticas implicam: 1. A redação, por escrito, a fim de que se estabeleçam políticas coerentes e precisas 2. A comunicação a todos os interessados 3. E, para que a comunicação das políticas seja verdadeiramente efetiva (isto é, seja acatada, compreendida e executada), é necessário que os interessados tenham participado de sua elaboração. É importante definir a forma de acesso ao mercado para atender a necessidade de maior intimidade com os clientes e controlar melhor a cadeia de distribuição, com os seguintes objetivos:
• Melhor serviço aos clientes pelo controle do ponto de venda (PDV) • Melhor lucratividade por evitar o foco em preço e colocar foco em valor • Atender melhor a legislação sobre uso de produtos e controle de embalagens pela parceria formal e contratual com o canal de venda • Melhor cobertura de mercado pela separação de papéis, destinando à rede o atendimento da maioria dos produtores, permitindo acesso diferenciado aos produtos • Para realizar todo o potencial das políticas na consecução dos objetivos ainda são necessários a conclusão dos sistemas e ferramentas tecnológicas de apoio e o desenvolvimento de competências de gestão para capitalizar sobre as vantagens proporcionadas pelas políticas. Este último representa um desafio maior porque envolve esforço pessoal na aquisição de novos conhecimentos e práticas de negócio. O crescimento sustentável é resultado de investimento contínuo em produtos e serviços com foco no cliente, o que é facilitado por um relacionamento estável e previsível entre todos os parceiros do canal (fabricante e distribuidores). Afirmamos, com isso, que as políticas de distribuição são a base do crescimento sustentável de todo negócio. Referência literária: Stellatelli, Antonio. Programación, Organización y Control de La Actividade Comercial. Trad. Ignacio Navarro. Bilbao, Espanha. Ediciones Deusto. 1990. p46-47
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ponto de venda
O PODER DE MARCA DAS REVENDAS
Luciano Bonetti é coordenador do curso de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo. Contato: lucianobonetti@yahoo.com.br
As lojas devem buscar diferenciais para se destacarem dos concorrentes com uma aliada, em especial: a gestão da própria marca Luciano Bonetti
A
partir de agora, teremos um encontro nesta coluna, nas próxi-
mas edições da AgroRevenda, e trataremos diversos assuntos na área de marketing e comunicação da sua revenda. O objetivo é discutirmos o que há de novo neste segmento e que possa beneficiar o dia-a-dia da sua loja, debatendo também tendências e casos reais do varejo agropecuário, pois este será um espaço para você enviar sugestões, críticas, dúvidas e apontamentos. Neste primeiro artigo, gostaria de escrever a respeito da importância da marca da sua revenda. Isso mesmo, da sua revenda, não da marca dos fabricantes que os pontos de venda (PDV) comercializam. Todos nós sabemos que trabalhar a marca, ou seja, fazer a gestão estratégica da marca e o branding, que é uma ferramenta da gestão das marcas, é fundamental para que as empresas tenham sucesso nos dias de hoje e para que elas possam se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo. Poderíamos enumerar uma série de histórias de sucesso do mercado tradicional como Nestlé, marcas da Unilever, Fiat, ou mesmo do setor de agronegócio como Syngenta, Basf, entre outras. Mas estou falando agora das marcas das revendas e do setor de varejo. No mercado tradicional, temos dois grandes exemplos: Pão de Açúcar, que ultimamente apresenta um trabalho forte de marca em diversos meios de comunicação, e o Mappin, uma marca antiga e que estava “desativada”, mas que voltará até 2013 por intermédio do
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grupo Marabráz, por sua força na mente dos consumidores. Mas os demais setores da economia, como o setor de agronegócio, por exemplo, ou de lojas de tintas, entre outros, não seguem trabalhando a sua marca como deveriam, muitas vezes até por não entenderem a importância que sua revenda possui diante do fabricante. Em alguns casos, os gestores das revendas esquecem que o seu negócio faz parte da estratégia de distribuição do fabricante, entendendo, neste caso, que a distribuição faz parte do plano de marketing do fabricante. E,
Você já procurou fazer esta pergunta: Por que meu consumidor compra em minha loja, uma vez que ele pode adquirir o mesmo produto em outra revenda? por isso, muitas vezes a revenda não trabalha a sua marca e fica apenas como um PDV de diversos fabricantes que a consideram como fundamental no processo da relação fabricante/produto/consumidor. Atualmente, mais do que nunca as revendas devem buscar trabalhar diversos diferenciais para se destacarem do concorrente, como experiência de compra, atendimento diferenciado, plano estratégico de comunicação, calendário promocional, entre outros exemplos, e, principalmente, a gestão
da sua marca: como a sua marca relaciona-se como seu consumidor, seja qual for sua atividade, como pecuária ou cafeicultura. Este trabalho deve ser feito de forma estratégica e planejada, usando os meios corretos de comunicação com os clientes. Você acha que isso não é importante? Você já procurou fazer esta pergunta: Por que meu consumidor compra em minha loja, uma vez que ele pode adquirir o mesmo produto em outra revenda? Muitos poderão responder que é devido ao relacionamento, ao preço ou ao tempo de mercado, mas será que só isto irá bastar para o novo mercado que teremos em breve, mais competitivo e sujeito às mudanças da macroeconomia? Não esqueçamos que preço, hoje em dia, é commodity, pois suas revendas concorrentes também terão o mesmo patamar de preço que o seu. Hoje, precisamos criar vínculos dos consumidores não apenas com produtos e marcas dos fabricantes, mas com as revendas. As lojas, fazendo isso, terão mais força no mercado, mais atuação na comunicação e, com isso, conquistarão uma melhor relação de negociação com os fabricantes e relevância no processo de distribuição. Por isso, mãos à obra. É a hora e a vez da revenda trabalhar sua marca, seus diferenciais competitivos, suas próprias ações de comunicação e marketing, desenvolver suas promoções com o apoio dos fabricantes e, principalmente, fixar a sua cultura na mente dos consumidores. Sucesso e até a próxima edição!
AgroRevenda 15
recursos humanos
PROBLEMAS PESSOAIS NO TRABALHO
Tom Coelho é autor de Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional, (Editora Saraiva). Contato: tomcoelho@tomcoelho.com.br
Razão e emoção coexistem, onde quer que estejamos. O que podemos fazer é reduzir o impacto dos problemas pessoais no espaço corporativo Tom Coelho
O
relógio toca as oito badaladas
Mas então, como lidar com estes
tém o diálogo ao sair do ambiente. E
matinais, você registra sua pre-
infortúnios do cotidiano pessoal sem
jamais, jamais chore em público. Alguns
sença no livro ou ponto eletrô-
comprometer a posição na empresa?
serão solícitos e lhe oferecerão carinho
Algumas sugestões:
e apoio. Mas outros não se esquece-
nico e, automaticamente, todos os seus armário do vestiário. Agora você pode
o isolamento, deixando de compartilhar
iniciar a jornada de trabalho com toda
seus problemas com as pessoas mais
Peça ajuda: Se o problema é de
energia e foco em suas tarefas, as quais
próximas. Passamos ao menos oito ho-
ordem financeira, procure obter um
serão desenvolvidas com elevada pro-
ras envolvidos com o trabalho. Se você
adiantamento ou um crédito consig-
dutividade. Contas vencidas, parentes
não conversar com alguém, sua cabeça
nado para solucionar o problema. Já
enfermos e desilusões amorosas volta-
pode virar uma panela de pressão pres-
se for uma questão de saúde, busque
rão a habitar seus pensamentos apenas
tes a explodir! Entretanto, evite também
tratamento. Se enfermo, evite a auto-
ao final do expediente.
a exposição demasiada. Você não pre-
medicação e agende um médico. Se
usarão isso contra você no futuro.
O quadro acima é tão surreal quanto
cisa dividir seus anseios com todos ao
diante de dependência química, co-
alguns empregadores gostariam que
redor, até porque no ardiloso ambiente
mece uma terapia. E tenha no RH ou
espelhasse a realidade. A publicitária
corporativo há muitas pessoas à espe-
departamento de saúde ocupacional de
alemã Judith Mair publicou em 2003 um
ra de descobrir suas fraquezas para lhe
sua empresa um aliado.
livro intitulado Chega de Diversão, de-
atacar. Seja seletivo.
Afaste-se para cuidar dos proble-
pois rebatizado de Chega de Oba-Oba,
Comunique: Seu superior hierárqui-
mas: Se o seu desempenho está sen-
em que sentencia que trabalho não tem
co não tem bola de cristal para sa-
do prejudicado e seus problemas não
que ser sinônimo de prazer, o ambiente
ber o que está se passando e pode
estão sendo resolvidos, o melhor é se
profissional não é lugar para amizades
avaliar sua apatia como desinteresse
licenciar. Antecipe parte das férias para
e a jornada deve terminar na empresa,
ou até desleixo. Informe-o, ainda que
direcionar toda a atenção na solução
sendo proibido levar serviço para casa.
superficialmente, que está passando
do que lhe aflige. Em última instância,
O fato é que colocar uma linha divi-
por uma fase difícil, mas que está em
vale até considerar um pedido voluntá-
busca da superação.
rio de demissão, negociando as condi-
sória entre a vida pessoal e a profis-
16 AgroRevenda
rão deste seu momento de fragilidade. E
dilemas pessoais são trancafiados no
Siga pelo caminho do meio: Evite
ções da saída.
sional pode ser possível num mundo
Seja discreto: A menos que seu es-
rígido, mas é absolutamente imprati-
paço seja delimitado por uma sala pri-
Se com você está tudo bem, mas seu
cável dentro da cultura latina. Razão
vada, com boa vedação acústica, onde
colega de trabalho notadamente está
e emoção coexistem em nosso ser, a
seja possível trancar a porta, cuide para
passando por um período turvo, use da
cada instante, onde quer que esteja-
que seus assuntos pessoais sejam tra-
empatia e coloque-se por um instan-
mos. Assim, o que podemos fazer é
tados reservadamente. Assim, afaste-se
te no lugar dele, procurando ajudá-lo.
minorar o impacto de nossos proble-
para falar ao telefone ou travar aquela
Aconselhamento e orientação podem
mas pessoais dentro do espaço cor-
batalha verbal comum a muitas discus-
fazer toda a diferença. Afinal, lembre-
porativo, buscando conciliar nossos
sões. Se o embate for pelo computador,
se de que um dia os papéis poderão
interesses com os da empresa.
certifique-se de fechar a janela que con-
estar invertidos.
mar/abr 2010
Fábio Franci
valor agregado
Maurício Silveira Coelho, da Fazenda Santa Luzia (à esquerda), acompanha a visita de Geraldo Caçapava Filho, gerente técnico da Mercado Rural
ATENDIMENTO DE VALOR Ordenhadeiras, peças e serviços agregados à pecuária leiteira são valorizados quando passam pelo bom atendimento das revendas. Em contrapartida, o produtor não deixa a produção parar, nem a qualidade cair Adriana Crosariol
O 20 AgroRevenda
Grupo Cabo Verde, uma em-
do com transferência de embriões, FIV
ano, novos índices. A Mercado Rural,
presa familiar com atuação em
(fertilização in vitro) e sêmen sexado.
empresa familiar do varejo agropecuário,
agricultura e pecuária, investe
Mas para que esta excelência pudesse
atuante na região mineira de Passos, é
no melhoramento genético da raça Gi-
demonstrar todo seu potencial, o grupo
uma das parceiras do Grupo Cabo Ver-
rolando há três gerações, consolidando
faz constantes investimentos em equi-
de. “O segmento de ordenha funciona
a Fazenda Santa Luzia (Passos, MG)
pamentos de ordenha, novas tecnolo-
de forma semelhante a um casamento,
entre as maiores produtoras de leite a
gias e treinamento dos colaboradores.
com alto investimento em uma marca.
pasto do Brasil. Genética de ponta con-
Ao longo desta trajetória, a Fazenda
A necessidade de parceria, neste caso,
quistada por um rigoroso programa de
Santa Luzia estabeleceu alianças para
é quase uma obrigação para que tudo
seleção e melhoramento, desenvolvi-
que a produtividade alcançasse, a cada
funcione bem”, explica o proprietário da
mar/abr 2010
Santa Luzia, Maurício Silveira Coelho.
e nutrição animal, prestando também
so, o revendedor deve conhecer profun-
“No Brasil, culturalmente, é uma visão
consultoria para pecuária de leite e corte.
damente as soluções DeLaval que pos-
que não faz parte do nosso negócio
“Desde 2006, a Mercado Rural trabalha
sam ser aplicadas, de acordo com cada
e que, aos poucos, vem mudando. E
em favor do desenvolvimento da região.
produtor. Depois deste reconhecimento,
precisa mudar para que a parceria seja
Hoje, 95% do faturamento do nosso ne-
é importante que o lojista saiba mostrar
efetiva, não apenas em palavras. Somos
gócio é obtido pela parceria com a DeLa-
ao cliente os benefícios que receberá ao
dependentes de um bom atendimento
val”, destaca Cássio Camargos, médico
escolher uma solução DeLaval adequa-
da Mercado Rural, pois os problemas
veterinário e diretor da Mercado Rural.
da ao seu negócio”, orienta Pretto. “Após
podem surgir aos domingos ou feriados,
“Antigamente, a assistência técnica nas
a venda de uma solução, é importante
por exemplo, e nós precisamos de um
fazendas, no segmento de ordenhadei-
que o revendedor saiba apresentar ao
pronto atendimento. A visão por parte da
ras e tanques, era feita sem critérios.
empresário do campo a importância da
revenda deve existir, sendo que alguns
Hoje, os profissionais precisam entender
realização de um serviço de manuten-
imprevistos ocorrem nos momentos me-
de informática, parte elétrica e relaciona-
ção programada. E as revendas DeLa-
nos esperados”, conta Coelho. “Neste
mento humano, entre outras exigências.
val possuem diversas ferramentas para
sentido, a nossa parceria segue sempre
O maior desafio é gostar de estudar, es-
isso”, salienta o gerente.
evoluindo, com projetos em conjunto
tar em constante aprimoramento”, define
O diretor da Mercado Rural, por sua
como a manutenção preventiva para que
Camargos, que defende a capacitação
vez, explica, passo a passo, as ferra-
as ocorrências emergenciais diminuam”,
como ferramenta para suprir um atraso
completa o proprietário da Santa Luzia.
de duas décadas em relação ao que o mercado de leite realmente precisa.
Atendimento técnico
De acordo com José Garcia Pretto,
Para que o empresário do campo não
gerente de Marketing – Bens de Capital
deixe a produção parar, nem a qualida-
da DeLaval, desde os pequenos cria-
de cair, o atendimento técnico ganha
dores, com 10 a 20 vacas em lactação,
papel de destaque no fortalecimento
em sistemas de produção familiar, aos
da pecuária leiteira. Ciente de sua res-
grandes produtores com 500 a mil va-
ponsabilidade, a Mercado Rural inves-
cas em lactação estão investindo em
te constantemente no aprimoramento
novos sistemas de ordenha.
desta e outras parcerias.
“A revenda precisa conhecer o negócio de leite em sua região (laticínios, coope-
senvolvimento da DeLaval em Passos
rativas, consultores técnicos, técnicos de
e municípios próximos, a revenda atua
extensão e produtores) para entender as
nos mercados de ordenha, reprodução
necessidades do mercado. A partir dis-
fotos: Fábio Franci
Idealizada a partir do desafio de de-
“Cabe ao revendedor trabalhar a parte humana, sendo que o meu trabalho é exercido diariamente na administração e formação da equipe técnica”, diz Cássio Camargos
mar/abr 2010
AgroRevenda 21
valor agregado
mentas dispostas por seu parceiro, destacando os cursos de qualificação da equipe técnica. “Mas cabe ao revendedor trabalhar a parte humana, sendo que o meu trabalho é exercido diariamente na administração e formação deste profissional”, aponta Camargos.
Manutenção preventiva A Fazenda Santa Luzia é um bom exemplo do trabalho que exige cooperação e parceria entre indústria, revenda e produtor. Geraldo Caçapava Filho, gerente técnico da Mercado Rural, explica a dinâmica de atendimento da loja no campo: “Estamos, efetivamente, apli-
A Fazenda Santa Luzia faz constantes investimentos em equipamentos de ordenha, novas tecnologias e treinamento dos colaboradores, com apoio da Mercado Rural e DeLaval
cando o guia de orientação DeLaval sobre o trabalho em fazendas, visitando os produtores para revisões periódicas. Por ano, o produtor gasta em torno de 10% do preço do equipamento em ma-
Em 2010, a força da Mercado Rural é comunicar
nutenção. Se todo criador adotasse esta medida, ele teria a máquina em funcio-
fotos: Fábio Franci
Desde 17 de janeiro de 2006,
namento por décadas”, ressalta.
data de fundação da Mercado Ru-
“Estamos nos qualificando, tecnifican-
ral, o diretor Cássio Camargos bus-
do as equipes com treinamento, bus-
ca diferenciais ao negócio, filosofia
cando sempre a satisfação do cliente
que atinge também os colabora-
e minimizando, ao máximo, as ocorrên-
dores, uma vez que a integração
cias de emergência. O equipamento da
da revenda exige sintonia de toda
Santa Luzia, por exemplo, completa dez
equipe. Entre as vantagens com-
anos e nunca ficou parado por mais de
petitivas de seu negócio, o diretor
uma hora”, comemora. “A comunicação
aponta a equipe selecionada, com-
entre o mercado rural e produtor, hoje,
petente e treinada, e a dinâmica
está em sua melhor forma”, completa.
de trabalho, além da parceira com
No bate-papo com DeLaval, Mercado
fornecedores e o comprometimen-
Rural e Fazenda Santa Luzia, entende-
to com o resultado. Inovação e co-
mos claramente a dinâmica do trabalho
municação também estão entre as
em conjunto, sendo que cada agente
forças da revenda que, com base
possui suas exigências, funções e su-
em oportunidades de mercado e
gestões para o constante aperfeiçoa-
fidelização de clientes, alia conhe-
mento da cadeia. Ao final do processo,
cimento e geração de soluções
os principais impactos são melhoria na
para a atividade agropecuária. Nas
qualidade do leite, aumento de produ-
fotos ao lado, fachada da Mercado
ção e fortalecimento do agronegócio
Rural em Passos (MG) e parte da
nacional. Da cidade mineira de Passos,
equipe que aplica no campo as di-
este exemplo, certamente, se repete em
retrizes do negócio.
outras regiões do Brasil e serve como referência ao varejo que demonstra estar cada vez mais profissionalizado.
22 AgroRevenda
mar/abr 2010
ENTREVISTA A Intermaq é outro exemplo do cui-
ele tem compromisso com este produtor
AR Que tipo de orientação a Intermaq pode
dado da indústria em gerar forças ao
e com a indústria a qual representa. No
agronegócio, em especial à pecuária
Brasil, este aspecto ainda é deficiente, são
leiteira. O diretor, Carlos Alberto Ma-
poucos os revendedores que assumem a
passar aos revendedores, seja na captação de clientes, argumentação em vendas ou assistência técnica?
chado, fala na entrevista abaixo sobre
exclusividade de uma bandeira, ou seja, de
Machado A Intermaq, pelos seus
parcerias e o papel da revenda na con-
uma marca, não é raro lojas que trabalham
21 anos de atuação somados à
quista de um produto de qualidade.
com várias marcas de equipamentos, com
experiência de seus gestores, os quais
o objetivo de fazer todos os negócios, o
atuam no setor há mais de 40 anos, tem
que dificulta a manutenção de estoque de
acumulado significativo conhecimento.
peças de reposição, entre outros fatores.
Além de ser uma empresa que exercita
AgroRevenda Qual é o papel da revenda na manutenção dos equipamentos de ordenha? Carlos Alberto Machado A manutenção
inúmeras parcerias com instituições
direta do revendedor, sendo que esta de-
AR E na reposição de peças, por exemplo, como o revendedor participa deste processo?
veria ser uma obrigação intransferível. O re-
Machado Um bom revendedor, sem
lhe tem rendido inúmeros prêmios e
vendedor é o elo mais próximo ao produtor.
dúvidas, defende com clareza uma ban-
distinções, a Intermaq muito tem a
É o lojista que convence o criador por este
deira, tem gente treinada e preparada
oferecer aos seus revendedores nos
ou aquele produto. Ao comercializar o artigo
para a prestação de um ótimo serviço e
diversos aspectos que fundamentam
em questão, ele coloca sua margem de ga-
dispõe de um estoque de peças capaz
uma relação de parceria, como,
nho na negociação, a qual deve contemplar
de assegurar aos seus consumidores a
por exemplo, disponibilizando
os custos da sua atividade e de suas res-
tranquilidade de funcionamento e manu-
treinamentos dirigidos às áreas técnica
ponsabilidades com o pós-venda. Portanto,
tenção permanente das ordenhadeiras.
e comercial.
é, em primeira instância, responsabilidade
mar/abr 2010
de ensino, fomento e pesquisa na cadeia produtiva do leite, atuação que
ar
AgroRevenda 23
jean Carneiro
mercado
PARCERIA, A FORÇA DE 2010 Da produção do alimento à venda do insumo na loja agropecuária, o mercado veterinário avança alicerçado nos investimentos em sanidade, indispensáveis para garantir qualidade ao produto nacional Adriana Crosariol
N
o último dia de 2009, a análise
24 AgroRevenda
em todo o ano passado.
que marcou o setor no mesmo período
da comentarista de economia
A atividade agropecuária, por sua
de 2008. Pesou neste resultado, segun-
Miriam Leitão para a rádio CBN
vez, também sentiu o impacto da ins-
do a conclusão do Cepea, o desempe-
revela um ano com crescimento zero.
tabilidade econômica. De acordo com
nho modesto tanto da pecuária, quanto
Na opinião da jornalista, um balanço
o Centro de Estudos Avançados em
da agricultura, com recuos semelhan-
bom pelo que se conseguiu evitar: uma
Economia Aplicada da Universidade
tes de aproximadamente 2,5%.
repetição da crise de 1929. Crise talvez
de São Paulo (Cepea), da Esalq/USP,
Para esquivar-se dos números em
tenha sido a palavra mais pronuncia-
o agronegócio nacional fechou o pri-
queda, o mercado veterinário encon-
da nas rodas de negócios, bancos de
meiro semestre de 2009 com queda de
trou nesta fase um aliado no controle
faculdades e filas dos supermercados
2,56% em relação ao aquecido cenário
sanitário dos animais de produção. Se
mar/abr 2010
vendas de produtos veterinários para
se, havia um movimento de retração
aves e suínos está associado, de um
do consumo de produtos veterinários
lado, ao crescimento dos plantéis e, por
e abandono dos programas adotados,
outro, ao aumento da tecnificação da
hoje, diante da necessidade de se
produção, somada à evolução das ex-
produzir mais no menor tempo pos-
portações. Assim, considerando o incre-
sível, sem abrir mão de qualidade, os
mento da produção de proteína de ori-
produtores de proteína animal estão
gem animal, tanto no mercado interno,
mantendo os investimentos. “O impac-
quanto para o externo, essas taxas de-
to da sanidade no custo de produção
vem ser superiores nos próximos anos.
Le tota
no passado, quando ocorria uma cri-
Na avaliação do Sindan, o produtor, hoje, sabe com clareza que é preferível investir na prevenção e no combate às doenças do que arcar com os prejuízos. Esse foi o cenário que sustentou o crescimento da indústria veterinária em 2009, quando o setor registrou alta de 5,2% no faturamento
é muito pequeno quando comparado
O sindicato reforça que o maior de-
com outros custos. O Brasil percebeu
safio da indústria veterinária atualmente
isso e não existe mais esse tipo de
é adequar seus custos. As empresas
abandono que existia antes”, afirma
precisam produzir produtos que atuem
Emilio Salani, presidente do Sindica-
na performance dos animais. Hoje, se
to Nacional da Indústria de Produtos
destaca quem tiver preços competi-
para Saúde Animal (Sindan).
tivos e uma linha de medicamentos
A joint venture criará uma empresa
Na avaliação do Sindan, o produtor,
capaz de levar benefícios mensuráveis
de propriedade igualitária entre sano-
hoje, sabe com clareza que é preferível
para o criador, até porque a mudança
fi-aventis e Merck. A constituição da
investir na prevenção e no combate às
no cenário mundial tem imposto ao
companhia está sujeita a acertos finais
doenças do que arcar com os prejuízos.
produtor a necessidade de melhorar
e aprovação das autoridades norte-
Esse foi o cenário que sustentou o cres-
a produtividade, e a indústria veteriná-
americanas, europeias e dos países
cimento da indústria veterinária em 2009,
ria precisa ser parceira do empresário
onde as empresas estão presentes. A
quando o setor registrou alta de 5,2%
nesse processo.
expectativa é que a transação seja con-
no faturamento, alcançando R$ 2,823 bilhões, ante R$ 2,688 bilhões em 2008.
Um dos reflexos desse desafio, como
cluída nos próximos 11 meses.
aponta o Sindan, está no cenário de
“A combinação dos negócios da Merial
O mercado de saúde animal na avi-
fusões na indústria veterinária ao longo
com a Intervet/Schering-Plough é uma
cultura em 2009 registrou leve queda
de 2009, o que evidencia a necessidade
grande oportunidade para a sanofi-aven-
de 0,6%, fechando o ano com fatura-
das empresas aumentarem sua capaci-
tis criar com a Merck uma companhia
mento de R$ 401,3 milhões, contra R$
dade de investimento, pesquisa e de-
global líder em saúde animal, um setor
404,3 milhões em 2008. Já a suino-
senvolvimento de produtos inovadores.
estratégico e em crescimento”, diz Chris-
cultura em 2009 acompanhou o crescimento do setor como um todo, re-
topher A. Viehbacher, CEO da sanofi-
Movimento global
aventis. “Merck atua em saúde animal
gistrando alta de 11,5% e encerrando
Em março deste ano, a companhia
há seis décadas e está segura de que
2009 com R$ 431 milhões. O mercado
farmacêutica francesa sanofi-aventis e
esta nova joint venture contribuirá deci-
de ruminantes manteve sua média anu-
a Merck, empresa americana presente
sivamente para a diversificação do seu
al de crescimento que, em 2009, foi de
em mais de 140 países, anunciaram a
portfólio, criando um competidor global
4,8%, o equivalente a R$ 1,563 bilhão.
associação dos negócios da Merial à
melhor colocado para crescer”, disse Ri-
Intervet/Schering-Plough.
chard T. Clark, presidente da Merck.
Para o Sindan, o desempenho nas
Intervet/Schering-Plough: Sediada em Boxmeer, Holanda,
Merial: A Merial conta com aproximadamente 5.700 funcioná-
a empresa é focada em pesquisa, desenvolvimento, produ-
rios e opera em mais de 150 países. Criada em 1997 a partir de
ção e marketing de produtos para a saúde animal. A com-
uma joint venture 50/50 entre Merck e sanofi-aventis, a empresa
panhia oferece ao mercado produtos para desempenho,
é agora unidade totalmente controlada pela sanofi-aventis, a
prevenção, tratamento e controle de enfermidades tanto
partir do investimento de US$ 4 bilhões feito em 2009.
para animais de produção como de companhia. A Intervet/ Schering-Plough é uma empresa da Merck.
mar/abr 2010
AgroRevenda 25
mercado
Parcerias
O valor da Merial foi fixado em US$
O mercado global de saúde animal
8 bilhões e da Intervet/Schering-Plough
movimentou US$ 19 bilhões em 2008.
No ano passado, surgiu também a
em US$ 8,5 bilhões, o que levou ao pa-
Produtos para animais de companhia
notícia de que a Pfizer fez aquisição
gamento de US$ 250 milhões da sano-
representaram cerca de 40% das ven-
fi-aventis à Merck. Com isso, criou-se
das totais, enquanto os animais de pro-
da companhia Wyeth, incorporando a
uma joint venture com 50% de partici-
dução participam com 60%. A expecta-
pação das duas empresas. O montan-
tiva é que o mercado cresça em torno
te adicional de US$ 750 milhões será
de 5% ao ano pelos próximos cinco
pago pela sanofi-aventis, conforme o
anos devido ao aumento da demanda
acordo entre as partes, assinado em 29
por proteínas animais, bem como o au-
de junho de 2009. Todos os pagamen-
mento dos cuidados com a categoria
tos, incluindo ajustes para débitos e
pet. Até o encerramento da transação,
outras contingências, serão realizadas
Merial e Intervet/Schering-Plough conti-
até o fechamento da transação.
nuam operando separadamente.
Fort Dodge, sua área de saúde animal. Diante de tantas mudanças, certamente o varejo agropecuário também sentirá impactos no estabelecimento de parcerias com os fornecedores e nas condições de negociação. Para o diretor da Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), Eurípedes F. do Santos Jr., as fusões podem gerar uma
O mercado global de saúde animal movimentou US$ 19 bilhões em 2008. Produtos para animais de companhia representaram cerca de 40% das vendas totais
Para entender joint venture Como explica o consultor Boris Hermanson, do Sebrae/ SP,
existem
alguns
meios
para se firmar elos estratégicos entre empresas do mesmo segmento. A forma mais conhecida delas é a joint venture, parceria entre duas ou mais companhias para exploração de um determinado negócio ou mesmo sua união permanente. Ela pode ser firmada através da constituição de uma terceira empresa, em que os parceiros serão sócios a partir de uma fusão, ou através de contratos de fornecimento, prestação de serviços e/ou parceria comercial. “A criação de uma joint venture é uma forma de parceria entre empresas, em alguns casos até mesmo concorrentes, onde cada uma investirá o que tem de melhor, aumen-
fabio cabrera
tando as chances de suces-
28 AgroRevenda
so do novo negócio”, destaca o consultor.
mar/abr 2010
atenção maior dos grandes fornecedores
Consolidação de forças
proteína animal) e à recuperação eco-
em relação aos seus distribuidores e re-
Com a agitação do mercado, come-
nômica mais lenta do que o esperado,
vendas, possibilitando, assim, um acom-
çaram a surgir especulações de parce-
devido à crise mundial instituída desde
panhamento otimizado aos clientes finais.
rias que, efetivamente, não se concre-
o final de 2008, os executivos do La-
“Acreditamos que as parcerias tendem a
tizaram. Por esta razão, o Laboratório
boratório Biovet realmente mantiveram
fortalecer o setor, uma vez que os labo-
Biovet, empresa brasileira que atua há
canais de comunicação com outros la-
ratórios ficam com uma linha completa
53 anos no segmento de saúde animal,
boratórios que fizeram propostas firmes
para atender o consumidor, sem precisar
divulgou recentemente um comunica-
de parceria”, divulga a marca.
completar o portfólio com outro laborató-
do, informando ser alvo de inúmeras
De acordo com o laboratório, essas
rio”, afirma Santos, que pertence também
notícias sobre mudanças em seu con-
negociações ocorreram em paralelo à
à AHL Distribuidora, localizada em Goiânia
trole acionário e administrativo, desde o
conclusão do novo planejamento es-
(GO), presente no mercado há dez anos.
final de 2009.
tratégico e às fases finais de auditoria
“Com certeza, haverá uma consoli-
“Tais fatos foram veiculados de forma
e de fechamento do balanço contábil
dação das grandes marcas no canal
alheia à vontade da diretoria da em-
de 2009, conforme exigem as regras
de distribuição, pois ao ter um portfólio
presa que, junto com seus principais
que regem as empresas S/A. “Tudo
completo, existirá um esforço das re-
executivos, desde meados do ano pas-
isso ocorreu sem que houvesse pre-
vendas em escolher o laboratório para
sado, concentrava-se no planejamento
juízo nas atividades técnicas, fabris e
desenvolver um trabalho mais profis-
estratégico da empresa frente às no-
comerciais, e com o máximo respeito
sional com o consumidor final, trazendo
vas disposições do mercado. Atentos
a todos os compromissos assumidos
soluções para todos os problemas que
à consolidação de forças (envolvendo
com os clientes. Concluídas estas eta-
o cliente enfrenta em seu negócio”, com-
a fusão e concentração de empresas
pas, a partir do mês de abril, o Labo-
pleta o diretor da Andav.
que atuam no mercado veterinário e de
ratório Biovet informa que todas as
mercado
negociações e propostas de parceria foram analisadas e encerradas, sendo consideradas incompatíveis com o desenvolvimento ao qual a empresa se propõe”, detalha o comunicado.
Olhos em 2010 Segundo panorama traçado pelo Sinsxc.hu
dan, a expectativa para 2010 é que os produtores continuem com o uso intensivo de tecnologia em manejo, reprodução, nutrição e controle sanitário, o que poderá influenciar positivamente a demanda por insumos veterinários. No
A expectativa para 2010 é que os produtores continuem com o uso intensivo de tecnologia em manejo, reprodução, nutrição e controle sanitário, o que poderá influenciar positivamente a demanda por insumos veterinários
varejo agropecuário, isto significa que o produtor estará atento ao movimento
Ouro Fino Agronegócio que, recente-
cometidos na luta contra o carrapato,
da indústria, especialmente para bus-
mente, elaborou um programa sanitário
alertando sobre o intervalo dos banhos
car novidades, soluções e parcerias.
preventivo e estratégico com a pro-
e o momento adequado do tratamento,
Se 2009 foi marcado pela crise, tudo in-
posta de auxiliar no desenvolvimento
entre outros itens.
dica que 2010 venha eleger “parceria”
da pecuária brasileira. SIGA (Soluções
A Expo AgroRevenda 2009, Feira de
como o termo mais buscado por forne-
Integradas em Gestão Agropecuária) é
Produtos e Serviços para Revendas
cedores, distribuidores e criadores.
a nova ferramenta de apoio ao geren-
Agropecuárias, fez a leitura do que virá
ciamento da propriedade e sanidade
neste ano. Na categoria saúde animal,
do rebanho, explica a empresa.
o evento contou com a participação da
A área de Saúde Animal da Bayer HealthCare (BHC), divisão do Grupo Bayer, teve um crescimento mundial em
O programa busca aumentar a ren-
Vallée, entre outras empresas do setor.
torno de 1% com os ajustes de câmbio,
tabilidade do sistema de produção por
O diferencial da companhia ficou por
registrando vendas globais de EUR 977
meio da qualificação da mão-de-obra
conta de uma loja modelo, erguida no
milhões. No Brasil, o desempenho foi
rural. Para isso, serão disponibilizados
próprio pavilhão da feira, demonstran-
positivo com um aumento de mais de
módulos de treinamento que abordam
do um novo conceito de ponto de ven-
30% nas unidades de aves e suínos,
os principais desafios enfrentados no
da no varejo agropecuário. Este projeto
principalmente
tratamentos
dia-a-dia das propriedades de corte e
representa que o agronegócio, a cada
terapêuticos de Baycox e Kinetomax.
leite, auxiliando pecuaristas, veteriná-
dia, passa a ser mais exigente em to-
Para 2010, a Saúde Animal permanece-
rios, técnicos e funcionários.
dos os seus elos. Até mesmo a loja, na
com
os
rá trabalhando com um forte foco nos grandes produtores e distribuidores,
30 AgroRevenda
concepção da Vallée, deve atender a
Fusão de objetivos
uma nova realidade de experiência de
procurando crescer acima do mercado
Informação, seja qual for a área de
compra, no formato em que os produ-
em todas as áreas de negócio. “A área
negócio, funciona como um trampolim
tores mais exigentes gostariam de ser
vem reforçando seu posicionamento em
para a obtenção de bons resultados.
atendidos na loja agropecuária.
oferecer soluções completas aos cria-
Com a visão de gerar conhecimento
Para que “parceria” mantenha o posto
dores, por meio de vendas técnicas e
em sanidade para produtores e lojis-
de palavra de ordem em 2010, o gestor
sinergias com a divisão Bayer Environ-
tas, a Tortuga promove, desde 2007,
deve ficar atento à movimentação do
mental Science, para obter produtos de
a Semana Saúde Animal, ação simul-
mercado de saúde animal, visando no-
higienização contra roedores e insetos
tânea em pontos de venda de todo o
vas alianças com a indústria e clientes.
na fazenda”, exemplifica Horstfried Lae-
Brasil. No ano passado, por exemplo, o
Com o objetivo que todos possam ga-
pple, presidente da Bayer S.A. e porta-
tema central da campanha abordou o
nhar, é necessário que o foco permaneça
voz do Grupo Bayer no Brasil.
controle de ectoparasitas em bovinos.
no combate às doenças e qualidade do
Outra forma de garantir bons rendi-
Para divulgar conceitos técnicos, a em-
produto nacional. Assim, o agronegócio
mentos em 2010 é investir na tecnifica-
presa disponibilizou uma cartilha com
permanecerá forte, garantindo a fusão
ção da cadeia produtiva, exemplo da
informações sobre os principais erros
entre sanidade e lucratividade.
ar
mar/abr 2010
pensa centro de conhecimento em agronegócios
PLANEJAMENTO E PROSPECÇÃO
sxc.h
u
A decisão estratégica e sua adoção devem ser coerentes com o direcionamento de futuro da organização, evitando o desalinhamento com expectativas do mercado e clientes Tiago Fischer Ferreira*
O
processo de decisão estraté-
responsáveis diretos pelo desenvolvi-
estratégica em uma revenda agropecu-
gica no ambiente de gestão
mento da estratégia, e os agentes ope-
ária respeite alguns passos de desen-
das revendas agropecuárias
racionais (vendedores, departamentos
volvimento, contidos em três grandes
é assunto constantemente em pauta
administrativo, financeiro, etc.), como
blocos de implementação.
no dia-a-dia de gestores, vendedores
responsáveis pela implementação da
e agentes das áreas operacionais in-
estratégia decidida, verifica-se a ne-
ternas. Claramente, assim como em
cessidade de uma constante análise
Uma decisão estratégica básica deve
outros setores, o processo de tomada
de informações contextuais (aconte-
passar por três macroestágios de de-
de decisão estratégica deve respeitar
cimentos e mudanças de mercado)
senvolvimento. O primeiro deles, que
indicadores específicos de seus seto-
para que a decisão estratégica e sua
denominamos estágio de pré-decisão,
res de atuação. Por exemplo, estraté-
adoção sejam coerentes com o dire-
contém passos de captura de informa-
gias são formuladas por empresas em
cionamento de futuro da organização
ções, identificação das necessidades
meio a necessidades de adaptação às
e não se desalinhem das expectativas
que estes dados geram à revenda, iden-
constantes mudanças do mercado e/
do mercado e clientes.
tificação de responsáveis, análise de in-
ou por necessidades de buscas de diferenciação e resultados competitivos.
32 AgroRevenda
A partir de uma rotina de captação e análise de informações de mercados,
Estágios de desenvolvimento
formações e, se necessário, captura de elementos adicionais.
Ao analisar a tomada de decisão
que deve ser utilizada para a formula-
O segundo estágio, que compreende
estratégica sob o ponto de vista dos
ção de qualquer estratégia empresarial,
a fase de tomada de decisão propria-
líderes das revendas, sendo estes os
sugere-se que o processo de decisão
mente dita, é focado nas ações (ou
mar/abr 2010
passos de implementação) de decisão
revenda perante a expectativa do merca-
perante o conjunto de informações cap-
do e a ação dos concorrentes, ação que,
tadas. Tal procedimento envolve ciclos
na área de marketing, denominamos in-
de reuniões para discussão es-
teligência de mercado e competitiva.
tratégica, colocação e
No momento em que são identificadas
análise de
necessidades pelos gestores da revenda através da análise de prospecção de mercado, tais sugestões devem ser estruturadas em forma de discussão estratégica. A partir daí, sugere-se que o objetivo que está por trás da estratégia, assim como a própria formulação da estratégia em si (processo pelo qual os objetivos serão alcançados) sejam colocados em uma “mesa de dis-
prós
cussões” entre líderes, formadores de
e con-
opinião internos, consultores (caso a re-
tras
da
venda os tenha) e líderes de equipe.
sugestão
A discussão sobre a estratégia deve
estratégica
levar em consideração todos os aspec-
e a tomada de
tos e parâmetros que podem contribuir
decisão.
ou dificultar a tomada de decisão, quan-
O terceiro está-
do realizar ou não a ação. Dessa forma,
gio, chamado pós-
definições quanto às equipes que de-
decisão, envolve todos
senvolverão as diferentes ações dentro
os processos de análise/
de uma estratégia, organização de um
controle da decisão tomada,
plano de ação estratégico, rotinas de
assim como sua metodologia
reuniões para discussão, tempo ne-
de implementação e rotinas de
cessário para cada realização de cada
retor- nos necessários. Dessa maneira,
ação, entre outros, são itens que devem
discutiremos cada um dos passos para
ser levados em consideração.
uma análise completa do processo de tomada de decisão estratégica.
Reanálise de informações
A estruturação e desenvolvimento de
A partir da compilação de informações
uma nova estratégia para a revenda
imprescindíveis para a formulação de uma
agropecuária devem estar vinculados a
estratégia e as definições dos requisitos
análises constantes de informações pros-
básicos de análise e escolha de equipe
pectadas no mercado, como parâmetros
responsável, parte-se para a reanálise de
de análise comparativa da eficiência da
informações, focando na captura de gar-
Um plano de ação não precisa ser algo necessariamente extenso, contudo, a sua completude é de extrema importância
galos. Basicamente, estes gargalos serão
mar/abr 2010
centrados em informações que ainda estejam faltando para a tomada de decisão estratégica final e consequente desenvolvimento de um plano de ação para captura das informações faltantes. De posse de todas (ou da maioria) das informações importantes em mãos, é o momento de analisar tais informações em diferentes contextos possíveis
AgroRevenda 33
pensa centro de conhecimento em agronegócios
Processo de decisão estratégica em revendas Pré-Decisão
Inteligência de mercado
Análise de informações
Identificação das necessidades
Avaliação e informações faltantes
Decisão
Diferentes cenários
Discussão dos cenários
Discussão e negociação
Decisão estratégica
Implementação
Rotinas e controles
Feedbacks e resultados
Pós-Decisão
Equipe responsável
a partir da implementação da possível
em si. Este estágio é iniciado com uma
para a tomada de decisão. Dessa for-
estratégia. Sendo assim, incentiva-se
reunião geral de apresentação de riscos
ma, incentiva-se que todos os pontos
que a discussão sobre a estratégia
e oportunidades, pontos identificados
sejam colocados em negociação pe-
a ser definida seja discutida em pelo
de gargalos e possibilidades de melho-
los envolvidos para que estes sigam a
menos três cenários: otimista, realista
rias nas análises de implementação da
um consenso.
e pessimista.
estratégia no diferentes cenários.
Ações de controle
Fundamentando-se a partir dos cená-
Seguindo os passos do processo de
rios, o processo de decisão passa para
decisão estratégica, todos os pontos
De posse de todas as informações
o segundo macroestágio de desenvol-
colocados na apresentação devem ser
necessárias e dos resultados das dis-
vimento, ou seja, a tomada de decisão
discutidos em relação a sua relevância
cussões de cada aspecto importante levantado, define-se por implementar, alterar ou descartar a estratégia previamente definida. Esta definição dá início ao terceiro macroestágio de decisão estratégica, a pós-decisão, obviamente, se a decisão anterior for pela implementação. O estágio de pós-decisão é concentrado em ações de controle. Dessa forma, são propostos dois passos principais para a realização do controle estratégico pós-tomada de decisão. O primeiro é o desenvolvimento de um plano de ação para a imple-
sxc.hu
mentação da estratégia. Um plano de
34 AgroRevenda
ação não precisa ser algo necessariamente extenso, contudo, a comple-
mar/abr 2010
tude dele é de extrema importância.
Dessa forma, as reuniões de contro-
Neste documento devem conter, ao
le devem ser também atualizadoras do
menos, informações quanto às res-
processo de desenvolvimento estratégi-
ponsabilidades de cada integrante da
co como um todo.
equipe responsável, cronogramas de
O desenvolvimento das ações gera a
ação, objetivos específicos de cada
necessidade de constantes feedbacks
ação e seu alinhamento com o obje-
por parte dos responsáveis por cada
Centro de Conhecimento em
tivo central, além dos procedimentos
ação aos líderes da revenda. Tais pro-
Agronegócios
e rotinas de reuniões e controles que
cessos de controle são importantes
serão desenvolvidos.
para a avaliação de cada uma das
“Nossa visão é criar um espaço
Suportadas pelas decisões dos líderes,
ações programas de desenvolvimento
interativo entre pesquisadores,
contadas no plano de ação, operaciona-
da estratégia, assim como a avaliação
professores e lideranças do agro-
liza-se a rotina de reuniões para apre-
final da mesma como alavancadora
negócio nacional, viabilizando a
sentação e controle do desenvolvimen-
ar
excelência em pesquisa acadê-
dos objetivos estabelecidos.
mica, ensino e extensão”
to dos trabalhos. Tal rotina de reuniões deve acompanhar cronograma previa-
*Tiago Fischer Ferreira é pesquisador
mente estabelecido e, principalmente,
do Centro de Conhecimento em Agrone-
E-mail: pensa@pensa.org.br
ser flexível quanto às possibilidades de
gócios – PENSA/USP e gestor da área de
Tel.: (11) 3818-4005
atrasos e erros de implementação.
Projetos Aplicados
perfil
CONTRA ISCAS ILEGAIS Segundo a Abraisca, entidade que reúne fabricantes de iscas inseticidas, cerca de 3 mil toneladas de produtos irregulares são comercializados todos os anos no Brasil Diego Meneghetti
P
ara ampliar – e especializar – a força contra os defensivos ilegais, três fornecedores se jun-
taram para formar a Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Iscas Inseticidas (Abraisca). Criada em novembro de 2008 pela Atta-Kill, do grupo Agroceres, pela Unibrás e pela Dinagro, a entidade representa o segmento de iscas formicidas nas questões comerciais e ambientais, focadas especialmente no mercado agrícola. Em parceria com o Sindag, a Abraisca engrossa o coro junto ao Ministério da Agricultura e a outros órgãos a fim de reforçar a fiscalização robson oliveira
da produção, comercialização e uso de iscas formicidas irregulares. “O trabalho da associação faz companhia ao Sindag no combate aos produtos irregulares. A Abraisca, porém, tem
36 AgroRevenda
um foco na luta contra o mercado de is-
ras, recebem este nome porque cortam
para
agricultura
exige
receituário
cas formicidas irregulares, um defensivo
folhas e outras partes de diferentes ve-
agronômico; por outro lado, o co-
específico contra formigas cortadeiras,
getais para sobreviverem.
mércio de iscas destinadas à jardinagem amadora é livre.
como saúvas e quenquéns”, explica Luis
Segundo o diretor da Abraisca,
Antônio Sallada, diretor administrativo da
essa prática ilegal ocorre porque o
“A maior batalha da associação é
Atta-Kill e também diretor da Abraisca.
registro de produtos no Ministério da
igualar a categorização dos produtos,
No segmento de iscas formicidas,
Agricultura é muito mais caro, além
alterando, dessa forma, a legislação
segundo Sallada, o maior conflito é
de ter um rigor técnico de eficiên-
em vigor. A isca formicida contra a
com os produtos irregulares, que ba-
cia agronômica e proteção ao meio
formiga cortadeira é um fitossanitá-
sicamente são aqueles produzidos e
ambiente bem maior em relação aos
rio. Trata-se, portanto, de um produto
registrados para a jardinagem amadora
produtos destinados à jardinagem
destinado à saúde da planta. São di-
contra formigas comuns, mas usados
amadora, categorizados atualmente
ferentes dos domissanitários, como os
no combate às formigas cortadeiras, na
como domissanitários e registrados
mata-baratas, que são produtos desti-
agricultura. Essas formigas, que trazem
apenas no Ministério da Saúde. Além
nados à saúde do homem. Fitossani-
grandes prejuízos às lavouras brasilei-
disso, a venda de iscas formicidas
tários são agrotóxicos e devem, assim,
mar/abr 2010
formicidas é o mercado agrícola. É nes-
tente e submetidos, por exemplo, à
ta área que a Abraisca mais trabalha.
avaliação dos Ministérios da Agricultu-
“Cerca de 30% desse mercado está na
ra, da Saúde e do Ibama. Acreditamos
mão de empresas que comercializam
que todas as iscas formicidas, tanto
produtos irregulares. Isso porque, se
para uso doméstico quanto para lavou-
analisarmos os dados, o consumo anu-
ras, deveriam ser submetidas à mesma
al de produtos para jardinagem ama-
legislação”, afirma Sallada.
dora é muito superior à demanda dos
Mercados
jardins de todo o País”, estima Sallada. A Abraisca estima que mais de 3 mil
O mercado de iscas formicidas é di-
toneladas de iscas formicidas irregulares
vidido em dois grandes setores, sendo
são comercializadas anualmente no Bra-
um formado pelas empresas de reflores-
sil. As irregularidades, em sua maior par-
tamento, que trabalham, por exemplo,
te, são em relação ao registro dos pro-
com cultivo de eucalipto e pinus, e são
dutos nos Ministérios competentes, às
compostas por grandes corporações. As
embalagens, às formulações e também
empresas com este foco de mercado tra-
em relação às indicações de uso (veja
balham com produtos devidamente lega-
box sobre os tipos de irregularidades).
lizados, até por conta das exigências de
Conforme a entidade, além de serem
seus departamentos técnicos em relação
ambientalmente perigosos, os produ-
à certificação dos insumos, necessárias
tos em desacordo com a legislação
para a exportação de produtos.
de agrotóxicos provocam sanções aos
O outro foco de mercado de iscas
Divulgação
ser regulados pela legislação compe-
lojistas e também aos consumidores,
“Cerca de 30% desse mercado está na mão de empresas que comercializam produtos irregulares. Se analisarmos os dados, o consumo anual de produtos para jardinagem amadora é muito superior à demanda dos jardins de todo o País”, estima Sallada
Como identificar formicidas ilegais: • Formicidas irregulares: Geralmente são produtos para jardinagem amadora, mas comercializados para uso na agricultura. Registrados apenas no Ministério da Saúde, fogem das avaliações obrigatórias de eficiência agronômica e ambiental. Embora o registro só permita embalagens de até 50 gramas, boa parte é vendida em pacotes de 500 g, o que é mais uma irregularidade. A punição para quem produz, vende ou usa esses produtos para a agricultura vai de multas até prisão. • Formicidas falsificados: Produtos que possuem um princípio ativo diferente do divulgado na embalagem. Sua eficiência agronômica é duvidosa e podem trazer riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Como trata-se de um crime de fraude e adulteração, a punição para fabricantes e comerciantes pode chegar à prisão dos responsáveis. • Sem indicação de uso: Produtos que não são fabricados para o controle de formigas cortadeiras, os quais não têm estudos de impacto sobre a saúde humana. Geralmente são comercializados com formulação líquida. Esses produtos não combatem os formigueiros e ainda podem contaminar o solo. • Formicidas clandestinos: São os produtos que não estão registrados em nenhum órgão de fiscalização. Por vezes, chegam a estampar um registro falso na embalagem. Fabricantes, distribuidores e usuários de produtos clandestinos estão sujeitos às leis ambientais e de agrotóxicos, com punições severas.
mar/abr 2010
AgroRevenda 37
perfil
Produtos em desacordo com a legislação provocam sanções aos lojistas e consumidores
Serviço A legislação que regula a
com a Frente Parlamentar da Agricul-
produção
tura, na qual conseguimos convencer
iscas
e destruição da lavoura onde as iscas
os deputados da importância desse
agrícola é a Lei 7802, de
formicidas ilegais foram usadas.
assunto. A partir desse encontro será
11/07/1989, alterada pela Lei
Segundo o Sindag, os formicidas para
marcada uma reunião com os Ministé-
9974 de 06/06/2000; e o De-
uso agrícola (como plantações, florestas
rios e entidades envolvidos para discu-
creto
plantadas e pastagens) devem sempre
tirmos tudo isso. É uma conquista im-
alterado pelo Decreto 5981,
ser registrados no Ministério da Agricul-
portante da Abraisca”, finaliza Sallada.
de 06/12/2006. A íntegra das
como multas, processos criminais, interdição do estabelecimento comercial
e
comércio
formicidas
4074
de
para
das uso ar
04/01/2002,
tura, ação que assegura que o produto
A venda responsável de produtos regu-
leis está no site do MAPA, em
foi testado em relação à sua eficiência
larizados e a indicação correta de cada
www.agricultura.gov.br. No site
agronômica, aspectos toxicológicos e
uso é um assunto sério que fica a cargo
da Abraisca está disponível o
ambientais. Já os formicidas para uso
dos revendedores agropecuários. O tra-
Guia da Compra Legal, uma
em jardinagem amadora (como jardins
balho da Abraisca, na conscientização
cartilha informativa sobre os
residenciais e gramados) devem ser re-
de distribuidores e agricultores, é traba-
perigos do uso e comercializa-
gistrados apenas no Ministério da Saú-
lho de formiguinha, mas que cada pes-
ção de formicidas irregulares.
de e seu conteúdo máximo permitido
soa, em cada agrorevenda, possui sua
O material pode ser obtido em
para as embalagens é de 50 gramas.
parcela de responsabilidade, formando
www.abraisca.org.br
“No último mês, tivemos uma reunião
um poderoso exército.
ar
prateleira especial
AGENTES DE SAÚDE Fornecedores apresentam produtos da linha saúde ambiental, destacam informações técnicas de uso e apontam soluções em vendas desta categoria na loja Adriana Crosariol
U
rbanos ou rurais, os consumido-
agropecuárias apoio técnico, uma fonte
própria indústria. Fornecedores investem
res querem controlar, com efici-
de informação sobre pragas, doenças e
nas equipes responsáveis pelo contato
ência, insetos e roedores. Antes
aplicação de produtos. Um passo atrás,
direto com as lojas, levando treinamento,
de efetuar qualquer aquisição, encontram
descobrimos que este conhecimento
aprimoramento e segurança quando o
nos profissionais de venda das revendas
parte da formação dos vendedores e da
assunto é saúde ambiental.
BLATTANEX GEL De acordo com a Bayer CropScience,
marketing da área de Saúde Ambiental
de acordo com o conhecimento prévio
as linhas dos produtos em gel são os
da Bayer CropScience. “O aplicador
dos vendedores. “De qualquer ma-
grandes destaques entre as soluções
tipo seringa facilita a aplicação do gel
neira, há um padrão no treinamento
disponibilizadas pela empresa, princi-
em locais de difícil acesso, não conta-
fornecido, a fim de garantir que a in-
palmente porque não alteram a rotina
mina utensílios e alimentos, e também é
formação seja transmitida da mesma
do local tratado, sendo que a perma-
seguro para crianças e animais domés-
maneira para toda a equipe de ven-
nência no ambiente é permitida durante
ticos. O produto possui duas versões:
a aplicação. “Neste contexto, para uso
controle de baratas e controle de formi-
doméstico, destacamos o inseticida
gas urbanas”, completa.
das”, ressalta Macul. • No caso do Blattanex Gel, por exemplo, são oferecidos treinamentos e palestras
Blattanex Gel, com o exclusivo efeito do-
Para vender mais
minó, capaz de tratar até oito gerações
• As equipes de vendas e balconistas
de materiais de apoio, como o Vídeo
seguidas dos insetos. O produto possui
das agrorevendas são treinadas pe-
Fast Training, DVD composto por diver-
excelente eficácia, sua formulação em
los representantes técnicos de vendas
sos módulos, apresentados de acordo
gel não mancha, nem deixa cheiro, e
(RTVs), engenheiros agrônomos qua-
adere a qualquer tipo de superfície”, in-
lificados, que ficam responsáveis por
• Como explica o gerente de marke-
forma Luis Fernando Macul, gerente de
orientar os vendedores de acordo com
ting, a periodicidade destes treina-
a necessidade.
mentos é flexível, sendo definida
ministradas pelos RTVs, com o suporte
com o treinamento que será dado.
• Os treinamentos se adequam ao perfil
por fatores como lançamentos de
da equipe de vendas, podem ser mais
produtos, renovação da equipe de
aprofundados ou apenas atualizações,
vendas e novas certificações.
divulgação
Serviço
40 AgroRevenda
Bayer CropScience: www.saudeambiental.com.br - 0800 017 99 66
mar/abr 2010
DEVETION Nas palavras de Paulo Bueno, supervi-
dores de campo, apresentando o
sor técnico comercial, a Bequisa é perce-
institucional da companhia, o por-
bida por seus parceiros comerciais como
tfólio de produtos, seus benefícios,
uma empresa comprometida com a qua-
manejo integrado de pragas, o ciclo
lidade e a inovação. Entre os produtos
biológico dos insetos, suas particula-
da linha saúde ambiental, destaca-se o Devetion. “Nosso diclorvós é um inseticida concentrado emulsionável de elevado efeito de choque, de notável knock down como diferencial, muito efetivo no controle de baratas, pulgas e cascudinhos, na apresentação de 1 litro”, aponta Bueno.
Para vender mais • “Realizamos treinamentos com nossos parceiros balconistas e vende-
ridades, grupos químicos, legislação e respeito ao meio ambiente”, esclarece o supervisor técnico comercial. • Para
apresentar
Devetion,
como
exemplo, a Bequisa utiliza ferramentas como treinamento de balconistas, demonstração prática da aplicação do produto, a biologia dos insetos considerados praga-alvo, custo por dose e uso adequado, demonstrando suas aplicações e benefícios.
Bequisa: www.bequisa.com.br - (13) 3565-1212
divulgação
Serviço
O novo multi-inseticida lançado pela
é a apresentação do produto em em-
indústria Biocarb Agroquímica, Trofféu
balagens de 40 g, em envelope exter-
40PM, chega ao mercado com dois
no metálico e pacote interno hidros-
diferenciais, de acordo com a em-
solúvel, que oferece maior segurança
presa. O primeiro é a eficácia com-
para o consumidor.
provada em testes realizados contra
Para vender mais
pulgas, baratas, moscas, mosquitos,
divulgação
TROFFÉU 40PM
• “O Trofféu 40PM vem suprir a neces-
escorpiões e aranhas, incluindo pra-
sidade do mercado de inseticidas”,
gas que ameaçam a saúde pública e
diz Carlos Renato Santanna, ressal-
de difícil controle, como o mosquito
tando que a empresa investiu em
transmissor da dengue, leishmaniose,
pesquisa e testes, abrangendo gran-
malária e aranha marrom. O segundo
de quantidade de pragas.
Serviço Biocarb Agroquímica: www.biocarb.com.br - (41) 3074-8080
mar/abr 2010
AgroRevenda 41
prateleira especial
STRAIK Raticida anticoagulante de dose única indicado para o controle de camundongos, ratos e ratazanas, o Straik Mata Ratos Premium é o destaque da Dexter Latina em saúde ambiental. De acordo com a empresa, possui uma formulação exclusidivulgação
va, contendo vários tipos de grãos, desde cereais nobres a sementes oleaginosas. “É o único raticida que contém na sua formulação macadâmia, sendo recomendado para eliminar roedores em residências, fábricas de alimentos, granjas, depósitos, silos, entre outros locais. Apresenta alta atratividade e palatabilidade e, por isso, é indicado também para áreas onde a oferta de alimentos é abundante”, afirma Everton Karasinski, do departamento de marketing da Dexter Latina.
Para vender mais • Como divulga a empresa, o princípio
colocados em locais em que são
amostras de produtos, entre outros
observados sinais da presença dos
materiais de ponto de venda (PDV).
roedores (tocas e trilhas). “Não é ne-
• Para a promoção do conhecimento,
cessário abrir a embalagem. Deve-se
profissionais técnicos da fábrica ofere-
manter a oferta do produto até que
cem ao lojista apoio nas áreas de trei-
não se observe mais sinais da pre-
namentos, acompanhamentos técni-
sença de roedores”, orienta a marca.
cos, palestras, participações em feiras
• A Dexter Latina disponibiliza para
e eventos regionais. “Também possu-
venda de seus produtos materiais
ímos o SAC da empresa, que atende
de apoio como catálogos, folders
a todas as dúvidas ou solicitações por
promocionais,
telefone, site e e-mail”, reforça.
displays,
banners,
ativo brodifacoum age impedindo a coagulação normal do sangue e a morte do roedor ocorre devido às
Serviço
hemorragias internas e externas.
Dexter Latina: www.dexterlatina.com.br - (41) 3299-1900
• Os sachês do produto devem ser
Uma das novidades do portfólio Syngenta é o multi-inseticida Klerat, com apresentação em
tamos também treinamentos com palestras”, destaca Izabela.
spray aerosol de 300 ml. “Lançado em janeiro
• A Syngenta, como conta a coordenadora de
deste ano, Klerat é um inseticida inovador no
marketing, treina toda a cadeia de profissionais
mercado, capaz de eliminar oito pragas: mos-
envolvidos no processo. “Atualmente, os nossos
quito, mosca, barata, formiga, traça, aranha, além de pulga e carrapato. Esta capacidade de eliminação se dá porque o produto reúne três princípios ativos diferentes, oferecendo um poder de extermínio mais eficiente e um efeito prolongado”, afirma Izabela Oliveira, coordenadora de marketing.
Para vender mais • “Oferecemos treinamentos técnicos para to-
divulgação
KLERAT
RTVs treinam os distribuidores que, por sua vez, treinam os vendedores e atendentes dos agrovets”, completa. “É importante ressaltar que consideramos as agrovets pontos estratégicos para nosso mercado com foco em varejo. Nas agrovets, conseguimos atender consumidores das áreas rural e urbana. Por isso, investimos constantemente em treinamentos e em melhorar cada vez mais a exposição dos nossos produtos nos PDVs”, finaliza Izabela.
dos os nossos vendedores, que ficam responsáveis pela multiplicação desse conhecimento. Além disso, investimos também nos
Serviço
pontos de venda com banner, display, folder,
Syngenta: www.syngenta.com.br - 0800 704 4304
entre outros materiais. Em alguns casos, ofer42 AgroRevenda
mar/abr 2010
prateleira especial
Dicas de exposição A venda assistida é apontada como
porém, varia de acordo com cada
lização e cuidados necessários para
a estratégia mais adequada na comer-
agrorevenda. Há alguns fatores deter-
que a venda ocorra com segurança”,
cialização de itens de saúde ambiental
minantes, como o espaço disponível e
esclarece Izabela.
na revenda agropecuária, especial-
o volume de estoque”, orienta Macul.
mente artigos voltados aos consumi-
“Em geral, optamos pela
dores urbanos. É aquela ferramenta
venda assistida. Quanto à
em que a figura do profissional de
exposição do produto, a
vendas torna-se essencial para o es-
Syngenta orienta o vende-
clarecimento de dúvidas e apoio na
dor sobre a melhor loca-
escolha do produto. “A Bayer Cropscience, por meio da divisão Saúde Ambiental, valoriza o papel do balconista, que é imprescindível em muitos lugares, principalmente em cidades menores. Em relação à exposição dos produtos, o ideal é trabalhar com as liagb photo/photos to go
nhas agrupadas, ou seja, os produtos de cada linha posicionados próximos, até para fortalecer a identidade visual das marcas perante os clientes. Isso,
44 AgroRevenda
mar/abr 2010
markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia
GESTÃO DE PESSOAS A construção do organograma da revenda é o primeiro passo para a estruturação das atividades relativas à gestão de pessoas Lucas Sciencia do Prado, Matheus Alberto Consoli, Luciano Thomé e Castro e Guilherme Abbud*
N
o contato com este mercado, verificamos que as revendas,
las pessoas. É por meio dele que as
• Identificar a necessidade de treina-
relações de comunicação e hierarquia
experiência no assunto ou baixa im-
mentos e desenvolvimento dos cola-
entre os cargos podem ser entendidas.
boradores;
Assim, revendas que possuem uma es-
senvolvem políticas e atividades rela-
• Garantir que a cultura e os valores da
trutura menor devem também ter seu
cionadas à gestão de pessoas com
empresa cheguem a todos colabora-
organograma descrito, pois isso facilita
dores da revenda.
a identificação e organização das tare-
a intensidade que deveriam. Um dos fatores está relacionado à falta de um
A partir das funções do gestor de RH,
fas a serem realizadas. Nesses casos,
profissional responsável pela gestão
destacamos uma sugestão de proces-
uma pessoa pode assumir mais de
de pessoas na loja. Função que pode
so a ser implementado para a estrutu-
uma função descrita, porém, essas fun-
ser desempenhada pelo proprietário
ração inicial de políticas de gestão de
ções devem estar bem definidas, pois
da revenda, um profissional especiali-
pessoas nas revendas agropecuárias.
quem as executa deve estar consciente
zado ou, ainda, um prestador de ser-
Os problemas na gestão de RH das
de que terá que apresentar os resulta-
viços. As principais atribuições desse
empresas muitas vezes começam na
dos posteriormente.
gestor, geralmente, envolvem:
falta de definição das tarefas a serem
A construção do organograma da re-
• Coordenar o desenvolvimento das
desenvolvidas pelas pessoas. Assim,
venda é o primeiro passo para a estrutu-
políticas de Recursos Humanos (RH),
muito colaboradores podem estar com
ração das atividades relativas à gestão
garantindo que os colaboradores da
desempenho insatisfatório sob o ponto
de pessoas. Desta forma, ele reflete a
revenda desenvolvam seu trabalho da
de vista do gestor simplesmente pelo
estrutura funcional da empresa e a rela-
melhor forma;
fato de não conhecer corretamente
ção entre os cargos. Para isso é neces-
• Garantir que as pessoas executem
suas funções e responsabilidades. Des-
sário que a revenda tenha claro quais
as tarefas competentes às suas
se modo, deve iniciar pela definição do
são seus cargos e quais são as tarefas
organograma da revenda, que
atribuídas a esses profissionais, para
pode ser modificado de acordo
que sejam desenvolvidas de maneira
com as necessidades.
correta e pelo colaborador adequado.
funções; David Carvalho
boradores;
às funções a serem desenvolvidas pe-
por falta de conhecimento,
portância atribuída ao tema, não de-
46 AgroRevenda
• Monitorar o desempenho dos cola-
A definição do organograma
A definição dos cargos da revenda
é importante, pois
está relacionada com a elaboração das
esclarece a rela-
políticas de gestão de pessoas, que en-
ção de subordi-
volvem, entre outros pontos, a avaliação
nação nas empre-
dos colaboradores, seu desenvolvimen-
sas. O organograma é
to e a recompensa pelo desempenho
um desenho elaborado
nos cargos. A figura na página ao lado
para representar a estru-
mostra um resumo dessas etapas, que
tura formal de
serão descritas na sequência. A boa
um negócio e
estruturação dessas etapas auxilia os
está relaciona-
colaboradores da empresa a desempe-
do ao cargo e
nhar melhor suas atividades diárias.
mar/abr 2010
Descrição de cargos
de descrever as responsabilidades e
O frequente acúmulo e/ou a falta de
funções de um cargo é por meio da
responsáveis por determinada tarefa
aplicação de um questionário para o
é comum não só nas revendas agro-
ocupante da posição. O colaborador
pecuárias, mas em muitas empresas
deve responder quais são suas fun-
no Brasil. Assim, o primeiro passo
ções mais importantes e como elas
importante na descrição de cargos
são realizadas. Outras perguntas,
é o mapeamento das atividades de
como nível de complexidade das ta-
cada colaborador da empresa. Esse
refas, ou ainda periculosidade, tam-
mapeamento pode ser realizado de
bém podem ser feitas. Nessa etapa,
diversas maneiras. Aqui, destacamos
deve-se coletar o maior número de in-
duas. A primeira é por meio da con-
formações sobre a posição, pois, as-
tratação de uma empresa especiali-
sim, a descrição das atividades pelo
- Parcial
- Individual
zada em políticas de gestão de pes-
gestor de RH fica mais fácil. Além dis-
- Final
- Cruzada
soas para empresas, que fará todo
so, é importante que seja mapeada a
esse processo de descrição. Da se-
relação de subordinação do cargo, o
gunda maneira, o trabalho pode ser
que fornecerá diretrizes para construir
realizado internamente na empresa e
o organograma da empresa.
deve ser coordenado pelo gestor de RH capacitado para essa função.
Descrição de cargos - Funções/responsabilidades - Metas (resultados e atividades) - Organograma
avaliação de desempenho
plano de desenvolvimento
Após definir quais são as tarefas que cada cargo desempenha, é im-
Ao pensarmos em uma revenda que
portante que seja realizada uma aná-
já está estruturada, a melhor forma
lise do conteúdo dessas descrições
mar/abr 2010
Processo de gestão de pessoas nas revendas
recompensa - Critérios de premiação
AgroRevenda 47
markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia
e verificar quais são as áreas de
venda. Sugere-se aqui o meio do ano
o desenvolvimento de suas atividades.
sobreposição e quais as tarefas que
safra ou fiscal, de acordo com as po-
Essas recompensas podem ser finan-
não têm pessoas responsáveis. Feito
líticas de remuneração e premiação
ceiras (bônus em dinheiro) ou não
isso, a elaboração de metas e crité-
estabelecidas pela empresa.
financeiras (viagens ou prêmios). É
rios para a avaliação de desempenho fica muito mais fácil.
Avaliação de desempenho
importante que a revenda deixe bem claro quais serão os critérios utilizados
melhorar seus pontos fracos para que
para a distribuição dessas recompen-
na análise final seja mais bem avaliado
sas, evitando conflitos.
Fase de extrema importância na po-
e, consequentemente, melhor recom-
Assim, sugere-se que as revendas
lítica de gestão de pessoas de uma
pensado. A política de recompensa da
avaliem como ela está cuidando dos
empresa, a avaliação de desempenho
empresa é muito importante para que
seus colaboradores em termos de
é uma ferramenta que permite que o
os funcionários se sintam motivados a
políticas e boas práticas de gestão
gestor identifique se os colaborado-
melhorarem seus desempenhos.
de pessoas para, então, identificar
res da revenda realmente estão desempenhando as funções que foram definidas em sua descrição de cargo,
48 AgroRevenda
Depois de realizada essa primeira avaliação, o colaborador deve buscar
processos e melhorias a serem im-
Política de recompensa e desenvolvimento
plementadas. Acreditamos que a sequência apresentada possa contribuir
além de possibilitar uma comparação
Os sistemas de avaliação de de-
para que os gestores de revendas re-
de desempenho entre colaboradores
sempenho necessitam de um incen-
conheçam a importância da gestão de
em posições equivalentes. Sugerimos
tivo para que as pessoas sintam-se
pessoas e como sua boa estruturação
que a avaliação seja feita contem-
engajadas com o programa. Após a
pode contribuir para o melhor desem-
plando dois grupos de critérios. O
avaliação dos cargos, o gestor de RH
penho da revenda como um todo. ar
primeiro, referente às tarefas especí-
deve analisar cada avaliação e verifi-
ficas do cargo; o segundo, referente
car quais são as ações que deve re-
*Os autores são consultores da
ao desempenho das habilidades in-
alizar. É nesse momento que ocorre
Markestrat e atuam em projetos em
terpessoais. A pontuação desses cri-
a elaboração das políticas de treina-
agronegócios e distribuição de insu-
térios pode variar, mas normalmente
mento e desenvolvimento dos funcio-
mos agropecuários
são feitas em escalas que comparam
nários da revenda. Entre as principais
o desempenho relativo esperado.
ações, o gestor pode estruturar uma
Como realizar essas avaliações? A
agenda de cursos para as áreas da
análise sugerida é aquela que ocorre
empresa, que serão realizadas por
em pares. Primeiramente o ocupante
um grupo de colaboradores, ou ain-
do cargo deve se autoavaliar e, em
da, atuará de forma mais pontual,
seguida, seu superior imediato, deter-
financiando cursos e treinamentos in-
minado no organograma, deve fazer
dividuais a depender da necessidade
a mesma avaliação desse funcioná-
de cada funcionário.
rio. Em uma terceira fase, deve ser
Por fim, a revenda deve considerar,
realizada uma análise cruzada entre o
na elaboração das suas políticas de
avaliado e o avaliador.
gestão de pessoas, um plano de re-
É interessante que a avaliação ocor-
compensa para seus colaboradores. É
ra em dois momentos, sendo uma pri-
ele quem garante a eficácia das ava-
meira parcial, que tem como objetivo
liações de desempenho. O colabora-
apontar os principais pontos fortes
dor, sabendo que a empresa possui
e fracos dos colaboradores. O me-
um plano de recompensa amarrado
lhor período para a realização dessa
com sua avaliação se sentirá estimula-
avaliação parcial fica a critério da re-
do a melhorar o desempenho durante
Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia “Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado” E-mail: markestrat@markestrat.org Tel.: (16) 3456-5555
mar/abr 2010
prateleira
ense OVD, lança ao mercado no início
como um ótimo equipamento para o agronegócio”, divulga a empresa.
deste ano uma linha de ferramentas
Com 1 estágio de elevação, possuem
para atender diferentes situações de
capacidades de 2, 3, 5, 8, 10, 12 e 15 to-
uso. “Os novos macacos hidráulicos,
neladas. De acordo com a Eccofer, acom-
tipo garrafa, da Eccofer são alguns
panham cabo e dispõem de válvula de
dos destaques da linha automotiva.
segurança para proteção contra excesso
Indicados para elevação de cargas
de carga. “Para evitar vazamento de óleo,
e veículos industriais pesados, como
a dica é usar e armazenar somente na
caminhões, ônibus e tratores, são
posição vertical”, orientam. Para estes
de grande utilidade em empresas de
produtos, a marca oferece garantia de
transporte e apresentam-se também
seis meses contra defeitos de fabricação.
Eccofer • www.eccofer.com.br
CORTADORES DE GRAMA A Branco – Produtos de Força e Energia, marca da Cia Caetano Branco, apresentou lançamentos da linha Jardim na Expodireto Cotrijal 2010, realizada em março, na cidade de Não-Me-Toque (RS). Foram expostos oito
LINHA JARDIM APRESENTA OITO LANÇAMENTOS
Divulgação
A Eccofer, marca do grupo parana-
Divulgação
MACACOS GARRAFA
modelos recém-lançados de cortadores de grama, sendo dois elétricos, o BE 1500 R 110v e o BE 1500 R 220v, e seis movidos à gasolina, sendo três com recolhedor (B2T-6000 R, B4T-4000 R e B4T-6000 R) e três com saída lateral (B2T-6000 SL, B4T-4000 SL e B4T-6000 SL). Como explica a marca, todos os modelos permitem a regulagem de altura da alça, o que garante maior conforto a quem estiver utilizando o equipamento. “Possuem também rodas maiores, proporcionando leveza durante o trabalho e maior mobilidade no transporte do equipamento. Outra característica comum aos oito lançamentos é a regulagem de altura independente nas quatro rodas. Isso permite que, durante o corte, a faca esteja mais próxima ao chão para um melhor resultado e que, durante o transporte, o equipamento possa ser elevado, deixando a faca mais afastada do chão. Assim, evitam-se avarias na lâmina, sem que seja necessário carregar o equipamento”, destaca a Branco. Os produtos variam em tamanho, peso, potência do motor, diâmetro do corte, inclinação máxima permitida e tamanho das rodas. Branco • www.branco.com.br
MASTITE • A Novartis Saúde Animal acaba de lan-
vacas leiteiras e melhorias na qualidade
mastite, é Quallyxine, antimastítico
çar duas pomadas para combater a
do leite produzido”, afirma Octaviano
para vacas em lactação do Laborató-
mastite, processo inflamatório da glân-
Pereira Neto, veterinário e gerente técni-
rio Biovet. Suspensão intramamária à
dula mamária que mais prejuízos acar-
co da Novartis Saúde Animal. As duas
base de cefalexina, neomicina e pred-
reta à bonvinocultura leiteira: a versão
pomadas lançadas são compostas pe-
nisolona, Quallyxine atua na melhoria
Vetimast Plus VL, voltada para vacas
los antibióticos cefalexina e neomicina e
da qualidade do leite, impactando
em lactação e com efeito curativo, e a
pelo antifúngico miconazol. A versão Ve-
positivamente a rentabilidade do pro-
Vetimast Plus VS, indicada tanto para o
timast Plus VL, para vacas em lactação,
dutor, afirma o laboratório. Para facilitar
tratamento como para a prevenção de
também possui em sua composição o
a aplicação e diminuir as contamina-
novos casos durante o período seco, ou
antiinflamatório prednisolona que auxilia
ções, as embalagens do lançamen-
seja, prévio à próxima lactação. “As no-
no tratamento.
to do Biovet acompanham seringas
vas pomadas chegam ao mercado para
Novartis Saúde Animal
proporcionar um adequado tratamento
www.novartis.com.br
das mastites clínicas e subclínicas, proporcionando longevidade produtiva às
mar/abr 2010
• Outro recente lançamento contra a
estéreis, embaladas uma a uma para maior segurança e eficácia. Laboratório Biovet www.biovet.com.br
AgroRevenda 49
fotolegenda
aroma NACIONAL Grão verde, ardido ou brocado, blend e aroma são alguns termos que caracterizam uma das bebidas
do e moído é vendido, principalmente, para Estados Unidos, Itália, Colômbia e Argentina.
mais consumidas no mundo. O café, de origem etío-
Além de maior produtor e exportador, como informa
pe, comemorou seu dia internacional em 14 de abril.
o MAPA, o Brasil ocupa a posição de segundo maior
De acordo com informações do Ministério da Agricul-
consumidor mundial do grão, com 18,5 milhões de
tura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o grão negro
sacas em 2009, atrás apenas dos Estados Unidos.
representa renda para o Brasil, saúde para os consu-
Segundo informações da Associação Brasileira da
midores e sabor para os apreciadores. Para a econo-
Indústria de Café (Abic), a melhora na qualidade do
mia nacional rendeu, em 2009, US$ 4,27 bilhões em
produto brasileiro pode ser apontada como uma das
vendas externas, figurando como quinto produto na
razões que justificam o aumento do consumo interno,
pauta exportadora do agronegócio. Mais de 31% do
que pode chegar a 19,3 milhões em 2010. Espécies – As duas principais espécies cultivadas
cerca de 39,4 milhões de sacas de 60 quilos do pro-
no País são a conilon (ou robusta, que se desenvolve
duto. Os principais importadores do café verde brasi-
melhor em altitudes abaixo de 500 metros) e arábica
leiro são Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão. Já
(plantada em áreas com altitude acima de 600 metros).
os grandes compradores do café solúvel são Estados
Do total produzido no último ano, 28,8 milhões de sa-
Unidos, Rússia, Ucrânia e Reino Unido. O café torra-
cas foram do tipo arábica e 10,6 milhões do conilon.
Flavio Takemoto
café produzido no mundo é brasileiro. O País colheu
50 AgroRevenda
mar/abr 2010