AINAS MAGAZINE
A partir de múltiplos olhares e dos trabalhos repletos de camadas, Lhola Amira rompe a membrana de um espaço predominantemente branco e rico. Amira, mulher jovem, negra, queer e africana, penetra em um ambiente de poder ao marcar presença em diversas residências artísticas pelo mundo. Nas exposições coletivas, participou da 22ª Bienal de Sydney (2020Austrália); em 2019, na Noruega, integrou a mostra Kubatana, uma exposição composta apenas por artistas africanos; na Suécia, foi convidada para participar do painel de discussão Part of the Labyrinth e, na Ásia, suas obras fizeram parte de uma exposição na galeria Osage, em Hong Kong. Na Europa, participou da Subvision Kunst, na Alemanha (2009), e da Artissima, na Itália, em 2017. Além de diversas participações pela África do Sul, Gana (Acra) e Zimbábue (Harare). Seu universo estético e contemporâneo mostra existências pluriversais. Ela mergulha nos processos de cura, aborda questões atuais, observando o passado e o futuro; subverte o olhar colocado sobre os corpos negros e expõe uma profunda observação sobre a colonização. Flávio da Silva Nogueira Jornalista e especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-Raciais pela Universidade de São Paulo – CELACC USP.
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