w w w. r e v i s t a p o r t . c o m
2016 . Nº 21 . AGOSTO . REVISTA MENSAL . PREÇO: 3,50€
QUE D DESTA DESTAQUE
OS PRIMEI ROS JOGO OLÍMPICO S S FA EM PORTUGLADOS UÊS
PRAIAS FLUVIAIS Localização das melhores do país, para ir a banhos no interior
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CUCA ROSETA Fadista da nova geração explica o impacto do fado no estrangeiro
A “Cidade Maravil evento desport hosa” recebe, entre 5 e 21 de agosto, a primeir ivo países sob o olhar à escala planetária. Mais de 10 000 atletas a edição lusófona do maior vigilante da estátua modalidades, competem do Cristo Redento com legítima r. Portugal apresenao serviço de 206 s ambições a em Londres. melhorar o desemp O canoísta Fernand ta-se em 21 das 28 Freitas, a judoca enho registad o Pimenta, a o há quatro anos, maratonista Telma Monteir Dulce Félix, o o, mesa-tenista nomes que permiteo triatleta João Pereira e Marcos o ciclista m aos portugu eses sonhar com Rui Costa são alguns dos medalhas.
JOGOS OLÍMPICOS Portugueses à conquista de medalhas no Rio de Janeiro
Vi s i te o s i te w w w. rev i st a p o r t .co m e f i q u e m a i s p e r to d e P o r t u g a l
SUMÁRIO 6 EDITORIAL COMUNIDADES
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9. Mensagem Secretário 10. O que aconteceu em Portugal desde o último verão? 12. O que mudou este ano em Portugal? 16. Palavra aos Diretores Do longe fazemos perto 18.Iniciativas PORT.COM dão as boas-vindas aos emigrantes Sardinhas Bordallo Pinheiro
P46 RECEITAS DE PORTUGAL
Ostras
HISTÓRIA
20. Ponte 25 de Abril foi inaugurada há 50 anos
NEGÓCIOS
22. Frutos portugueses inspiram cervejas ideais para o verão
DESTAQUE
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Tony Carreira e David Carreira
PORTUGAL NOS JOGOS OLÍMPICOS 27. Os primeiros jogos olímpicos falados em português 30. Potencial para medalhas 32. ENTREVISTA FERNANDO PIMENTA “O apoio dos emigrantes para nós é extremamente gratificante” 36. Histórico de medalhas
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Entrevista a Cuca Roseta
TURISMO
38. Portugal nunca teve tantas praias fluviais com Bandeira Azul
GASTRONOMIA
44. Provérbios portugueses de origem gastronómica
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O REGRESSO DA LIGA NOS
48 CULTURA
A playlist do verão em Português
58 DISCURSO DIRETO
A vida de uma família portuguesa no Dubai
54 A conquista do EURO 2016 em imagens
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES
B
Edição Mensal - Agosto 2016 www.revistaport.com Nº de registo na ERC: 126526
em-vindos a Portugal! A Revista PORT.COM volta a multiplicar-se por várias ações de boas vindas aos emigrantes que regressam ao país para, neste mês de agosto, desfrutarem das merecidas férias junto dos familiares e amigos que preservam em Portugal.
Assinalar este momento justifica a escolha da imagem que ilustra a capa desta edição, a porta de LUÍS CARLOS SOARES uma casa tipicamente portuguesa. Uma vez instaCoordenador Editorial lados, pretendemos que nada perturbe os dias de descanso e celebração. Desta forma, nesta edição explicamos o que mudou em Portugal nos últimos meses, particularmente nas regras e leis do país. Para que este verão seja memorável, indicamos a localização das melhores praias fluviais no território nacional, sugerimos uma música cantada na nossa língua para cada dia do mês, apresentamos novas cervejas com elementos genuínos do nosso país e partilhamos o calendário da nova temporada da liga portuguesa. Depois da conquista do campeonato europeu de futebol, e também do de hóquei em patins, estamos expectantes para a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos. Desta forma, esta revista inclui um conjunto de artigos sobre o evento no Rio de Janeiro, entre os quais uma entrevista exclusiva ao canoísta Fernando Pimenta, um dos atletas nacionais com legítimas expetativas para conquistar uma medalha. A história da construção da Ponte 25 de Abril (que este mês comemora 50 anos de existência), as imagens emblemáticas da seleção portuguesa no EURO 2016 e a entrevista a uma das fadistas da nova geração, a lisboeta Cuca Roseta, são outros dos conteúdos disponíveis nas próximas páginas.
Desejamos um verão repleto de bons momentos a todos os emigrantes portugueses, tenham ou não a oportunidade de o passar em Portugal. Bem-vindos a Portugal! Nota: Por motivo de férias, a Revista PORT.COM não será publicada em setembro, mas a informação no nosso site continuará a ter atualização diária durante todo o mês. A revista volta em outubro, com a informação que interessa a todos os portugueses, em especial aos que vivem e trabalham no estrangeiro.
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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
Rua João de Ruão, nº 12 – 8º 3000-299 Coimbra (Portugal) Tel: (+351) 239 820 688 geral@revistaport.com www.revistaport.com ESTATUTO EDITORIAL www.revistaport.com/estatuto-editorial DIREÇÃO Abílio Bebiano direcao@revistaport.com COORDENAÇÃO EDITORIAL Luís Carlos Soares (CP-9959) luis.soares@revistaport.com REDAÇÃO Luís Carlos Soares, Márcia de Oliveira, Filipa Marques Colaboradores: Mónica Susana Moreira PLATAFORMA ONLINE Márcia de Oliveira - Edição de conteúdos marcia.oliveira@revistaport.com DESIGN E PAGINAÇÃO NAVEGA VALE, LDA Tlm: 914 106 764 ASSINATURAS assinaturas@revistaport.com PUBLICIDADE AJBB Network Rua João de Ruão, 12 – 1º 3000-229 Coimbra (Portugal) (+351) 967 583 072 publicidade@ajbbnetwork.com EDIÇÃO PAPEL: Agosto 2016 Tiragem: 200.000 Exemplares Impressão: Lisgráfica Depósito Legal: 376930/14 Distrib. nacional e internacional: CTT EDITOR E PROPRIETÁRIO
geral@ajbbnetwork.com www.ajbbnetwork.com NIF: 510 475 353 A AJBB Network não é responsável pelo conteúdo dos anúncios nem pela exatidão das características e propriedades dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformidade com a realidade são da integral e exclusiva responsabilidade dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias. Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações, - sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Residentes no Estrangeiro
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C
OMUNIDADES
M EN SAG EM
SEJAM BEM-VINDOS! José Luís Carneiro Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
O
mês de agosto é o tempo da peregrinação dos emigrantes às suas terras de origem. Neste tempo de férias, vindos de todos os países do mundo, os portugueses da diáspora regressam ao país, à terra, a casa, à família. É aqui, em Portugal, que têm as raízes e este é o momento de matar saudades, de rever amigos, de carregar baterias.
“UMA DAS NOSSAS PRIORIDADES POLÍTICAS É O ALARGAMENTO TERRITORIAL E INSTITUCIONAL DA REDE DE GABINETES DE APOIO AO EMIGRANTE. AO MESMO TEMPO, QUEREMOS CRIAR ESTA RESPOSTA EM MUNICÍPIOS DOS PAÍSES DE ACOLHIMENTO”
Como secretário de Estado das Comunidades Portuguesas quero associar-me às viagens de regresso dos portugueses num desejo de que, independentemente dos meios utilizados, cheguem bem. Faço votos para que a ânsia do destino não retire discernimento, responsabilidade, segurança e tranquilidade às deslocações. Refiro-me, concretamente, àqueles que utilizam os automóveis para o regresso a casa. Convém programar bem a viagem, respeitar as regras de trânsito e descansar sempre que necessário. Há que aproveitar o vosso país. Portugal é cada vez mais destino para as férias de muitos turistas, também, por obra da promoção que os emigrantes fazem nos seus países de acolhimento. Portugal, com as recentes vitórias desportivas, com saliência para a conquista do Euro2016, tem aumentado a visibilidade planetária. O mundo descobre Portugal.
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Os portugueses no mundo são autênticos embaixadores da nossa pátria. Uma das prioridades políticas da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas é o alargamento territorial e institucional da rede de Gabinetes de Apoio ao Emigrante. Ao mesmo tempo, queremos criar esta resposta em municípios dos países de acolhimento e, em resultado da boa cooperação interinstitucional, dar-lhes um outro conteúdo em termos sociais e económicos. Além do reforço da sua eficácia pelo alcance territorial e conteúdo funcional, importa sublinhar o facto de termos integrado o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora (GAID) – que visa detetar, apoiar e acompanhar micro e pequeno investimento da diáspora em território nacional ou intenções de investimento no exterior - na esfera de intervenção dos GAE e na relação com a secretaria de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais, Indústria e do Comércio. Se é pela administração central que se acedem aos instrumentos de apoio financeiro e à proteção do investimento, também é verdade que é nos municípios que o investimento se enraíza e produz riqueza. Boas férias. Sejam bem-vindos!
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COMUNIDADES
O Palácio de Belém recebeu o “presidente dos afetos”, o Governo passou a ser liderado pelo partido que não ganhou as eleições. Um arquipélago português foi eleito o melhor do mundo, a seleção de futebol consagrou-se como a mais forte da Europa. No regresso ao país, recorde ou conheça os principais momentos relacionados com Portugal desde agosto de 2015.
O QUE ACONTECEU EM PORTU
O
país que os emigrantes encontram ao voltar a solo português para mais um período de férias, neste mês de agosto de 2016, está diferente do que deixaram há um ano. Numa prática que já é tradição, a Revista PORT.COM volta a escolher esta altura do ano para recordar os principais acontecimentos mediáticos ocorridos nos últimos 12 meses.
Para começar, não há como não destacar o novo Presidente da República, assim como o primeiro-ministro. Marcelo Rebelo de Sousa sucedeu a Cavaco Silva como chefe de Estado, cuja tomada de posse teve lugar em 9 de março. Desde então, o “presidente dos afetos”, como é conhecido, tem estado imparável. Tão depressa participa em visitas de alguns dias ao Alentejo e a Trás-os-Montes, numa iniciativa chamada “Portugal
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Próximo”, como se desloca a Paris para assinalar o 10 de Junho junto da maior comunidade portuguesa no estrangeiro. Já tomou decisões como a aprovação das 35 horas de trabalho semanal na Função Pública, distinguiu atletas portugueses e socializou com os portuenses na noite de São João. No final deste ano dificilmente não será apontado pela generalidade da comunicação social, nacional e internacional, como a principal figura portuguesa de 2016. António Costa, José Luís Carneiro e (novamente) José Sócrates António Costa é o primeiro-ministro português desde 26 de novembro de 2015, data em que sucedeu a Pedro Passos Coelho, apesar do PS ter somado menos votos do que o PSD nas eleições legislativas de 4 de outubro. Há muitos anos que um primeiro-ministro
PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
português não fazia correr menos tinta na imprensa do que o Presidente da República. Tendo em conta os assuntos mais mediáticos relacionados com as anteriores legislaturas, talvez seja um ponto a favor de Costa. Novo governo também significou novo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, com José Luís Carneiro a suceder a José Cesário. Poucas semanas após ter tomado posse, o antigo autarca de Baião traçou, numa entrevista à Revista PORT.COM, os objetivos de aumentar a presença da língua portuguesa no estrangeiro, dinamizar os diferentes gabinetes de apoio ao emigrante e capacitar os postos consulares com mais recursos, tudo processos que se encontram em desenvolvimento. Fora do foro socialista, o CDS-PP registou novidades na sua liderança, o que não acontecia há perto de uma década. Assunção Cristas, antiga ministra da Agricultura e do Mar, é presidente
UGAL DESDE O ÚLTIMO VERÃO? A VIDA DE DEZENAS DE REFUGIADOS, SOBRETUDO DA SÍRIA E DA ERITREIA, ENCONTROU EM PORTUGAL UM DESTINO PARA PODEREM REFORMULAR AS SUAS VIDAS NUM CONTEXTO DE PAZ
menos de um ano após ter sido detido, a 21 de novembro de 2014, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito. Cristiano Ronaldo, Nicolau Breyner e o bebé Lourenço
dos “centristas” desde 13 de março, sucedendo assim a Paulo Portas.
Não estranhe se nos passeios pelas ruas de Portugal não encontrar sucursais do banco madeirense BANIF, dado que este foi comprado pelo Santander Totta, em dezembro do ano passado. A ilha da Madeira foi eleita o melhor destino de férias insular de todo o mundo, pelos prestigiados World Travel Awards, prémios reconhecidos globalmente como os “Óscares do Turismo”.
Ainda dentro da atualidade relacionada com o mundo da política portuguesa nos últimos 12 meses, destaque para José Sócrates ter sido libertado, a 16 de outubro de 2015. Passava pouco
A vida de dezenas de refugiados, sobretudo da Síria e da Eritreia, encontrou em Portugal um destino para poderem reformular as suas vidas num contexto de paz. Também assinalável
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é o nascimento de um bebé português, no Hospital de São José, em Lisboa, com a mãe em morte cerebral há 15 semanas. Portugal “ganhou” o jovem Lourenço, mas em 2016 já “perdeu” os atores Nicolau Breyner e Camilo d’Oliveira, assim como o ex-futebolista Fernando Mendes, antigo capitão do Sporting, que na década de 1960 integrou a primeira grande geração de futebolistas portugueses. A geração que atualmente representa a seleção nacional deu um enorme motivo de orgulho e alegria aos 15 milhões de portugueses e lusodescendentes por todo o mundo, ao conquistar o EURO 2016. Após vitória na final frente à anfitriã França (0-1), Cristiano Ronaldo ergueu o troféu, dando o mote à comitiva nacional nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de quem os portugueses também esperam grandes feitos em representação de Portugal.
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COMUNIDADES
O QUE MUDOU ESTE ANO EM PORTUGAL? Vem passar as férias a Portugal? Então deve saber que Portugal fez entrar em vigor novas leis e regras que contribuem para uma mudança de hábitos. A Revista PORT.COM apresenta uma lista do que 2016 tornou diferente face ao que estava habituado. TEXTO: MÁRCIA DE OLIVEIRA
IVA da restauração desceu para 13% O IVA na restauração desceu na generalidade da taxa máxima de 23% para uma taxa intermédia de 13%. No entanto há exceções: os vinhos, refrigerantes e água com gás mantêm-se com IVA a 23%.
Tabaco mais caro O preço do tabaco aumentou para refletir o aumento do imposto inscrito no Orçamento de Estado, que fez subir o preço médio do maço de cigarros em sete cêntimos. Ou seja, o maço de cigarros que custava 4,52 euros em 2015 passou para cerca de 4,59 euros em 2016, um aumento de 1,4%.
Gás natural mais barato As tarifas de gás natural desceram para todos os consumidores, com reduções que oscilam entre os 13% para as famílias e os 20% para a indústria.
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Carta de condução agora é por pontos Com a Carta por Pontos, todos os condutores, até mesmo os que possuem infrações graves no atual cadastro, recebem 12 pontos no novo sistema. Por cada contraordenação grave ou muito grave, ou crime rodoviário, serão subtraídos pontos. Se não praticar contraordenações graves, muito graves ou crimes rodoviários, podem ser atribuídos pontos. Se praticar uma contraordenação grave
ou muito grave, para além da coima e eventual inibição temporária de conduzir, também perderá pontos.
Túnel do Marão liga Amarante a Vila Real O maior túnel da Península ibérica já abriu. O Túnel do Marão liga Amarante a Vila Real, e faz parte da autoestrada do Marão que possui 26 quilómetros (quase seis por túnel), permitindo encurtar a viagem para o litoral em cerca de 20 minutos face ao IP4. A velocidade máxima pela travessia do Marão é 100 quilómetros hora e a altura máxima permitida para os veículos é de cinco metros.
PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
Percorrer esta nova via custa 1,95 euros (veículos classe 1), 3,40 euros (classe 2), 4,40 euros (classe 3) e 4,90 euros (classe 4).
Renovação do Cartão do Cidadão Prazo mais curto para alterar morada Apesar de não ser visível no cartão, há sempre uma morada associada a cada pessoa. Quando muda de casa, é preciso atualizar o cartão e agora tem 15 dias para o fazer. Caso não seja cumprido, o cidadão arrisca uma coima entre 50 e 100 euros.
Bebés têm obrigatoriamente de ter Cartão de Cidadão
Os bebés terão de possuir Cartão do Cidadão logo nos primeiros 20 dias de vida. Até agora, a obtenção do documento só era obrigatória para todos os cidadãos nacionais, residentes em Portugal ou no estrangeiro, a partir dos seis anos de idade.
Fotocópia do cartão do cidadão é
Agora são os clientes que têm de escolher a rede de pagamento que usam na altura de marcar o código – cartão de débito ou crédito -, mas isso não obriga o cliente a pagar qualquer tipo de taxa. Já os comerciantes, pagam as taxas de serviço consoante a marca de pagamento escolhida. Se o cliente utilizar o cartão de débito, a taxa a pagar pelo comerciante anda entre 0,5% e 1%, mas se utilizar o cartão de crédito pode ir até aos 3%.
Contrato de telecomunicações sem fidelização
PROIBIDA
Pedir uma fotocópia do Cartão do Cidadão é proibido por lei e vai passar a ser punido com uma coima que pode ir até aos 750 euros. Por isso, se comprar algum telemóvel ou qualquer outro objeto e lhe exigirem uma cópia do cartão de cidadão, tem todo o direito em não consentir.
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) deixou de atribuir automóveis aos contribuintes premiados, substituindo -os por “Certificados do Tesouro Poupança Mais” no valor de 35 000 euros cada, emitidos pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida pública - IGCP, E.P.E. Para se habilitar, basta que solicite a inserção do seu número de contribuinte nas suas faturas.
Novas regras de utilização dos cartões de multibanco e de crédito
Mudança de sexo e roubo de identidade Com a nova proposta de lei, qualquer pessoa que proceda à mudança de sexo no registo civil, e à consequente alteração no nome próprio, pode requerer um novo número de identificação civil. O cidadão também pode pedir um novo número em casos de usurpação de identidade, falsificação ou uso de documento alheio.
Fatura da Sorte atribui certificados de tesouro
Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, alertou para a ilegalidade dos pedidos de cópias do Cartão de Cidadão
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Desde o mês passado que as operadoras de telecomunicações estão obrigadas a oferecer contratos sem qualquer tipo de fidelização ou com seis e 12 meses de fidelização, em opção ao período máximo de 24 meses. O consumidor passa assim a ter liberdade de fidelização no momento em que se liga à operadora.
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COMUNIDADES
Cuidados e segurança
Aprenda o significado das bandeiras:
Verde Pode-se nadar e tomar banho, desde que cumprindo todas as regras de segurança e recomendações divulgadas anualmente pelo Instituto de Socorros a Náufragos.
Amarela Pode entrar na água, mas é proibido nadar. Quando está içada, quer dizer que há correntes marítimas fortes.
Vermelha Significa perigo. É colocada quando há correntes de força excecional, derrames ou toxinas na água. É o alerta de maior importância e deve ser cumprido prontamente.
Informação e contactos úteis
Foi assaltado? Dirija-se à esquadra mais próxima com o Cartão do Cidadão, um comprovativo de morada e preencha o formulário. Terá assim uma vigilância sistemática e será alertado, de imediato, no caso de se verificar alguma anomalia. Para mais informações sobre substituição de documentos, contacte: 707 241 107 ou vá a www. portaldocidadao.pt
Perdeu o cartão de crédito? Deve telefonar imediatamente para o banco e proceder ao cancelamento do cartão. Em caso de roubo, terá ainda de participar a ocorrência às autoridades policiais. SIBS – 808 201 251 ou 217 813 080 Unibanco – 213 159 856 Visa - 800 811 107 American Express – 707 504 050 ou 214 278 205
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Roubaram-lhe o telemóvel? Traga consigo o recibo e toda a papelada referente ao telefone. Tem de saber o seu IMEI (para o descobrir digite no seu telemóvel *#06#), ligar para a sua operadora a pedir uma segunda via do cartão, apresentar queixa à polícia, entregar na loja da operadora a participação de furto, a fatura e o termo de responsabilidade.
E se os seus filhos se perderem? Combinem um local de encontro no caso de algum se perder. Se mesmo assim não encontrar a criança, contacte as forças de segurança locais – PSP ou GNR e o SOS Criança Desaparecida (116 000).
PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
Teve um acidente de carro? Solicite a comparência e o registo da ocorrência às autoridades competentes e preencha (assim como o outro condutor) a declaração Amigável de Acidente. De seguida, identifique o outro condutor, anote a matrícula, a marca e o modelo do carro, e fique com o nome, morada e telefone de eventuais testemunhas. Se o condutor for estrangeiro, contacte o Gabinete Português da Carta Verde: 213 848 101.
COMUNIDADES
PALAVRA AOS DIRETORES DO LONGE FAZEMOS PERTO Transmitido todas as semanas na RTP Internacional, o programa “Palavra aos Diretores” dá voz aos jornais, revistas e portais com conteúdos informativos dirigidos aos portugueses que vivem no estrangeiro. Os responsáveis editoriais são convidados a apresentar os conteúdos em destaque nestas publicações e a comentar os temas da atualidade que abrangem as comunidades. Cada emissão viaja até cidades como Paris, Londres, Newark, Toronto, Joanesburgo, Macau, entre outras. TEXTO: JOSÉ MANUEL PORTUGAL (APRESENTADOR DO PROGRAMA) E LUÍS COSTA (COMENTADOR)
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esde novembro do ano passado o programa “Palavra aos Diretores” da RTP Internacional, emitido para todo o mundo a partir dos estúdios do Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, conta já com quatro dezenas de emissões. Todas as semanas em horário nobre, cabe-nos a honra de dar voz aos diretores de jornais, revistas, “sites” e rádios em língua portuguesa espalhados pelos cinco continentes.
Através de ligações via Skype, ficamos a conhecer melhor os responsáveis editoriais e as principais notícias dos órgãos de comunicação social mais importantes das mais significativas comunidades portuguesas. Mas este programa é também um palco preferencial para abordarmos as grandes questões da política nacional e internacional que mais diretamente dizem respeito aos emigrantes portugueses.
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José Manuel Portugal e Luís Costa nos estúdios da RTP
De algum modo, procuramos colocar o foco editorial dos grandes assuntos na perspetiva que mais interessa aos cinco milhões de portugueses espalhados pelo mundo. Por isso já trouxemos ao nosso programa todos os deputados eleitos pelos círculos da emigração, diferentes Conselheiros das Comunidades Portuguesas, o presidente do Conselho da Diáspora,
PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
A RTP INTERNACIONAL TRANSMITE O PROGRAMA TODAS AS QUARTASFEIRAS NA EUROPA, ÁFRICA E AMÉRICA, E À QUINTA-FEIRA NA ÁSIA, A SEGUIR AO TELEJORNAL
Saiba mais As mais de 40 emissões estão disponíveis na RTP Play: www.rtp.pt/play
Abílio Bebiano, diretor da Revista PORT.COM, numa das emissões nas quais foi convidado
Filipe de Botton, ou o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro. E pela mesma razão, e com idêntico objetivo, temos abordado assuntos como a saída do Reino Unido da União Europeia, as tragédias que envolvem o transporte ilegal de emigrantes, a ameaça global do terrorismo ou a questão dos emigrantes lesados do BES. Todas as quartas-feiras na Europa, África e América, e à quinta-feira na Ásia, percorremos virtualmente milhares de quilómetros, sempre com uma enorme vontade de concretizar o nosso lema – e principal objetivo: do longe fazermos perto, unidos pelo património comum que é a nossa língua. Que é a nossa Pátria, como diria Fernando Pessoa.
PORT.COM já esteve no programa
A imprensa portuguesa para a diáspora Este programa da RTP Internacional é uma excelente oportunidade para os portugueses por todo o mundo conhecerem as dezenas de publicações dirigidas às diferentes comunidades. Dos convidados já fizeram parte títulos como os jornais Mundo Lusíada (Brasil), Século de Joanesburgo (África do Sul), Tribuna de Macau (Macau), Lusopresse (Canadá), Lusojornal (França e Bélgica), Contacto (Luxemburgo) e As Notícias (Reino Unido), os portais EUA Contacto NJ (Estados Unidos) e Sardinha (Eslovénia), e até a estação de rádio WJFD (Estados Unidos).
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O contacto entre o “Palavra aos Diretores” e as publicações dirigidas às diferentes comunidades é geralmente feito por ligações via Skype, mas há exceções. Como a Revista PORT.COM está sediada em Coimbra, representantes editoriais já tiveram oportunidade de marcar presença nos estúdios do Monte da Virgem, por três vezes. Em novembro do ano passado, logo à 3.ª emissão, o diretor Abílio Bebiano traçou os principais projetos para o presente ano. No início de março, o coordenador editorial Luís Carlos Soares apresentou a revista do mesmo mês. No final de junho, Abílio Bebiano repetiu presença para descrever as várias ações de receção aos emigrantes preparadas para este verão.
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COMUNIDADES
INICIATIVAS PORT.COM dão as boas-vindas aos emigrantes
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A edição de agosto terá uma tiragem especial de 200 mil exemplares
Revista PORT.COM, nas suas edições papel e digital, é a única revista totalmente desenhada de raiz para servir os interesses informativos de todos os portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro, sendo já uma publicação de referência em todo o mundo, como se comprova pelos inúmeros leitores que a recebem e leem em 108 países, com especial relevância na Europa, Canadá, EUA e Brasil.
ponibiliza informação diária para PC, Tablets e Smartphones. Para além de informação para todos os portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro, o público-alvo desta plataforma é alargado a toda a lusofonia. Foi com este objetivo que este ano assinámos uma parceria com a versão em português do sítio online do maior jornal do mundo, o Diário do Povo, da China.
Todo este êxito se deve aos nossos leitores e é para eles que trabalhamos. Como sabem aqueles que acompanham as nossas edições, produzimos conteúdos dirigidos às comunidades portuguesas nos diversos pontos do mundo. Esta população, somada aos lusodescendentes, ultrapassa os cinco milhões de pessoas.
A produção de conteúdos informativos e didáticos é acompanhada pela realização de ações de confraternização com a comunidade emigrante. Desta forma, e aproveitando a sua deslocação a Portugal para o merecido período de férias, desenvolvemos um conjunto de iniciativas de boas-vindas por todo o território nacional.
Informação diária para toda a lusofonia O nosso projeto inclui também o sítio online www.revistaport.com, que dis-
Ações de boas-vindas à comunidade emigrante
Este ano recebemos estes emigrantes na área internacional de chegadas no Aeroporto do Porto e na fronteira de Vilar Formoso. Acompanhamos também a
habitual peregrinação de agosto a Fátima e participamos nos principais eventos nacionais agendados para o verão: Feira de São Mateus (Viseu), Romaria de Nossa Senhora da Agonia (Viana do Castelo) e feiras medievais com grande frequência de visitantes emigrantes (Santa Maria da Feira e Silves). Roadshow pelas praias e interior do país Numa iniciativa inédita, este verão vamos percorrer as praias mais frequentadas por famílias de emigrantes e vamos também às localidades do interior com maior fluxo de emigração, para dar a conhecer a PORT.COM e para informar como os emigrantes podem deixar a sua “marca em Portugal”, através de uma excelente iniciativa do ACM – Alto Comissariado para as Migrações, com apoio de Gabinetes GAE de Câmaras Municipais em localidades a visitar. Neste roadshow estamos também a acolher novos assinantes para a revista. Celebramos a amizade com estes nossos novos leitores oferecendo-lhes “a primeira rodada”, com o apoio da Cerveja Sagres.
LEIA, ASSINE E DIVULGUE A informação que interessa a todos os portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro SAIBA MAIS EM: www.revistaport.com
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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
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ISTÓRIA
PONTE 25 DE ABRIL FOI INAUGURADA HÁ 50 ANOS A primeira travessia rodoviária entre Lisboa e Almada está aberta ao trânsito desde agosto de 1966. Ainda hoje uma das pontes mais icónicas da Europa, começou a ser construída em 1962 e as obras foram concluídas com meses de antecedência.
A
agora chamada Ponte 25 de Abril nasceu no alto dos seus 70 metros acima do rio Tejo a 6 de agosto de agosto 1966. Inaugurada por António de Oliveira Salazar e pelo Presidente da República da época, Américo Tomás, ainda hoje é uma das maiores
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FOTOS: ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA
Inauguração da ponte
pontes suspensa do mundo e um dos principais símbolos de Lisboa e até de Portugal. A ideia da construção de uma ponte sobre o Tejo remonta a 1876, e ao engenheiro Miguel Pais, que queria ligar Lisboa ao Montijo. Outro plano, doze anos mais tarde, previa que a ponte podia unir o Chiado a Almada. Após
PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
negócios cancelados, só em 1958, em pleno regime do Estado Novo, é que o Governo decidiu empenhar-se de facto na construção. As obras começaram em novembro de 1962, adjudicadas a uma empresa norte-americana chamada United States Steel Export Company, empresa que já tinha proposto a construção de
Uma das maiores construções da Europa na década de 1960
AS SEMELHANÇAS COM A PONTE OAKLAND BAY, EM SÃO FRANCISCO, NÃO SÃO UM ACASO. AMBAS FORAM CONSTRUÍDAS PELA MESMA EMPRESA
uma ponte no Tejo em 1935. Mas quem ficou a coordenar o projeto foi o engenheiro português Canto Moniz. Em certos períodos somaram-se perto de 2 800 operários em atividade. A obra tinha começado há quatro anos (45 meses) quando a ponte ficou pronta a ser inaugurada, seis meses antes do previsto. Uma dezena de trabalhadores terão morrido a trabalhar na construção. A ponte causou de imediato grande impacto sobre os portugueses que tiveram acesso às imagens através da televisão, na altura ainda restrita às classes mais abastadas. Os portugueses não estavam habituados a ver pontes com estruturas a mais de 190 metros de altura acima do nível da água, como é o caso das torres principais. A imprensa internacional não tardou a comparar a cor avermelhada (escolhida para contrastar com o azul do rio) à ponte Golden Gate e o formato à Oakland Bay Bridge, ambas em São Francisco. As semelhanças não eram apenas um acaso, dado que esta segunda ponte também havia sido construída pela mesma empresa americana acima referida.
As celebrações da inauguração aconteceram no lado de Almada, com direito a hino nacional, salva de tiros e bênção pelo cardeal patriarca de Lisboa, amigo próximo de Salazar. O primeiro automóvel a circular ao longo dos quase 2 300 metros do tabuleiro pertencia à Polícia de Viação e Trânsito, e fazia segurança do carro onde seguia a mulher de Américo Tomás e de um outro carro no qual viajava Salazar. Às 15h o trânsito abriu ao público. O primeiro automóvel a atravessar a ponte de Lisboa para Almada foi um Austin-Seven verde com a matrícula “DC - 72 - 48”. Estima-se que 50 mil carros tenham atravessado a ponte nas suas primeiras dez horas de vida. Vários milhões deram sequência às travessias que ocorrem há meio século. Não só de carro, mas também de comboio, dado que desde 1999 que
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A cor foi escolhida para contrastar com o rio
a ponte também permite a circulação ferroviária. Até 1974, os automobilistas conduziram na Ponte Salazar e a partir desse ano na Ponte 25 de Abril. A denominação foi alterada pouco tempo após a “Revolução dos Cravos”, mas a estrutura é a mesma, ainda hoje uma das pontes mais icónicas da Europa.
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EGÓCIOS
FRUTOS PORTUGUESES INSPIRAM CERVEJAS IDEAIS PARA O VERÃO A Sagres lançou duas cervejas com um inegável cunho de portugalidade. A Sagres Radler Lima-Pera Rocha e a Sagres Radler Lima-Maçã de Alcobaça incluem sumo natural de frutos que só existem nos pomares do país. Duas propostas refrescantes para os dias mais quentes de 2016.
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ma bebida muito refrescante e fácil de beber. Foi assim que a Sagres Radler se apresentou aos consumidores portugueses em 2013, ano em que a cerveja com sumo natural de limão foi disponibilizada no mercado. A novidade, inspirada num conceito alemão, veio para ficar, e este ano viu-se acompanhada por novas variedades com cunho bem português. A Pera rocha e maçã de Alcobaça, dois frutos genuínos de pomares nacionais, são os dois novos sabores. A principal diferença é mesmo esta, porque de resto tudo de mantém: a utilização de sumo natural, o baixo volume de álcool (apenas 2%) e até o vidro verde das garrafas em que são comercializadas. Na altura do lançamento, o responsável de marketing da Cerveja Sagres, Filipe Bonina, explicou a aposta: “Quisemos surpreender e inovar com o lançamento de dois novos sabores de origem portuguesa, proporcionando momentos de consumo distintos e naturalmente refrescantes e saborosos”.
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NUMA DAS NOVAS VARIEDADES, A MARCA UTILIZA SUMO FEITO A PARTIR DE MAÇÃS CULTIVADAS NOS CONCELHOS DE ÓBIDOS, ALCOBAÇA, NAZARÉ, PORTO DE MÓS E CALDAS DA RAINHA
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A Sagres Radler Lima-Pera Rocha utiliza exclusivamente sumo de peras da região Oeste de Portugal, a “casa” da pera rocha. Este é o fruto nacional com maior volume de exportação. Há algumas décadas que é muito apreciado pelos consumidores brasileiros, sendo que viaja cada vez em maior quantidade para países como Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e até Colômbia. A Sagres Radler Lima-Maçã de Alcobaça utiliza sumo feito a partir de maçãs cultivadas nos concelhos de Óbidos, Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós e Caldas da Rainha, que compõem a Indicação Geográfica Protegida (IFP) “Maçã de Alcobaça”. Por entre as várias tipologias de maçãs portuguesas protegidas pela União Europeia (da Beira Alta, da Cova da Beira, de Portalegre e Bravo de Esmolfe), é a que tem uma presença mais significativa junto dos consumidores nacionais. Já a Sagres Radler Limão preserva as características com as quais cativou os consumidores portugueses, tendo sido
Qualidade da fruta nacional motiva forte aposta por parte da indústria de bebidas
a principal responsável pela comercialização de 19 milhões de litros de Sagres Radler, desde que foi lançada em abril de 2013 até ao final do ano passado. Também se mantém no mercado a Sagres Radler 0,0% Limão, que tal como o nome ajuda a prever, não tem álcool. A única alteração nestas variedades foi verificada ao nível da imagem, tanto no design do rótulo da garrafa como nas embalagens dos packs com várias unidades. Estes quatro produtos estão disponíveis em cafés, bares, restaurantes, supermercado e noutros locais em que a presença da marca Sagres é habitual, em latas e garrafas de 33 centilitros. Se quer aproveitar as férias de verão para experimentar novas cervejas portuguesas, deixamos-lhe esta sugestão bem refrescante e fácil de beber.
A origem alemã desta cerveja Radler é um conceito de cerveja nascido na Alemanha, que consiste na mistura de cerveja com sumo natural, geralmente de limão. Conta a lenda que terá nascido do improviso de um taberneiro, que se terá apercebido que não tinha cerveja suficiente para satisfazer os pedidos de vários ciclistas que haviam parado no seu estabelecimento, juntando-lhe assim o sumo. De resto, “radler” é a palavra alemã que significa “ciclista”.
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Sagres Radler presente na camisola do Benfica As tradicionais camisolas encarnadas do equipamento principal da equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica apresentam novidades para a nova temporada, uma das quais relacionada com a Sagres Radler. A gola redonda deu lugar a gola em “v” e as três listas brancas dos ombros passaram a prolongarse para as laterais do tronco. No dorso, mudou a referência ao patrocinador: mantêm-se as cinco quinas que simbolizam a Sagres, mas o nome da marca deu lugar ao da variedade Radler.
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NEGÓCIOS
Breves
Josefinas abre primeira loja em Nova Iorque A marca portuguesa de sabrinas feitas à mão, fundada em 2013, abriu a primeira loja física e o local escolhido dificilmente poderia ser mais ambicioso. O número 252 de Elizabeth Street, em Manhattan (Nova Iorque), indica a porta de entrada deste espaço. Até à inauguração, no mês passado, a Josefinas vendia apenas online.
Coleções da Vista Alegre nomeadas para os German Design Awards
Onze coleções da icónica marca portuguesa de peças em porcelana, cristal e vidro entraram na lista restrita dos German Design Awards 2017, uma das mais prestigiadas competições internacionais do design mundial, cuja excelência distingue há mais de seis décadas. O júri do “Conselho Alemão do Design” atribuiu o selo de “German Design Award 2017 Nominee” às coleções “Plissé”, “Orquestra”, “Blue Ming”, “Timeless”, “Jazz”, “Carrara”, “Gárgulas”, “Love who you want”, “Midnight”, “Swinging” e “Trace”.
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Sardinhas Bordallo Pinheiro “nadam” por França, Suíça e até Japão
Mateus Rosé muda cor da garrafa A marca nascida em 1942, cujo símbolo ostenta o Palácio de Mateus, em Vila Real, procedeu a alterações na sua garrafa emblemática, que em alguns países (sobretudo britânicos) chega a ser apontada como um símbolo de Portugal. O formato inspirado nos cantis dos soldados da Primeira Guerra Mundial mantém-se, mas o vidro verde dá lugar a transparente, com o objetivo de cativar os consumidores com a cor do vinho rosé.
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A coleção de sardinhas em faiança da Fábrica das Faianças Bordallo Pinheiro cresce de ano para ano e chega a cada vez mais mercados internacionais. Este ano, a marca das Caldas da Rainha apresentou 26 novos modelos das icónicas sardinhas de Lisboa, que homenageiam o legado artístico de Raphael Bordallo Pinheiro. Esta coleção, agora com um total de 60 sardinhas, é comercializada nas mais diversas geografias, em países como França, Suíça, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Brasil, Japão e República Dominicana. A exportação corresponde a 10% das vendas.
Vinhos Verdes chegam ao Cazaquistão Após dois anos de negociação entre a Vercoope e um importador cazaque, a marca Via Latina torna-se na primeira de vinhos verdes a entrar no país da Ásia Central. A en encomenda que dá início às relações comerciais no novo destino de exportação representa o envio de cerca de 20 mil garrafas, corres correspondentes a quatro re referências do portfólio da marca.
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DESTAQUE
OS PRIMEIROS JOGOS OLÍMPICOS FALADOS EM PORTUGUÊS A “Cidade Maravilhosa” recebe, entre 5 e 21 de agosto, a primeira edição lusófona do maior evento desportivo à escala planetária. Mais de 10 000 atletas competem ao serviço de 206 países sob o olhar vigilante da estátua do Cristo Redentor. Portugal apresenta-se em 21 das 28 modalidades, com legítimas ambições a melhorar o desempenho registado há quatro anos, em Londres. O canoísta Fernando Pimenta, a maratonista Sara Moreira, o mesa-tenista Marcos Freitas, a judoca Telma Monteiro, o futebolista Carlos Mané e o ciclista Rui Costa são alguns dos nomes que permitem aos portugueses sonhar com medalhas.
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“Jardim florido de amor e saudade Terra que a todos seduz Que Deus te cubra de felicidade Ninho de sonho e de luz” Cidade Maravilhosa - Caetano Veloso
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31.ª edição, os Jogos Olímpicos realizamse num país da América do Sul, algo inédito desde o início da chamada Era Moderna do maior evento desportivo do mundo, em 1896. Também é a primeira vez que se realizam num país lusófono. E logo no maior, com sede naquela que é a cidade com raízes portuguesas mais visitada do Brasil. Milhões de telespetadores por todo o mundo vão ter os olhos postos no Rio Janeiro entre 5 e 21 de agosto. Aliás, estas são as datas para as cerimónias de abertura e de encerramento, ambas no lendário Estádio Maracanã, mas os torneios de futebol, tanto masculino como feminino, até têm início marcado para dia 3.
com mais de 200 milhões de habitantes. A Austrália, com um décimo da população, conquistou 35 medalhas, mais do dobro.
Pela “Cidade Maravilhosa” vão passar mais de 10 000 atletas, em representação de 206 países, divididos por 28 modalidades, duas estreantes: golfe e rugby de sevens. Os Estados Unidos da América vão procurar manter o rótulo de país hegemónico, que a China ameaça cada vez mais. Os países lusófonos procuram melhorar as tímidas prestações da última edição.
Portugal conquistou uma medalha, de prata, tendo assim terminado com o currículo mais modesto das últimas duas décadas, desde os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, a última edição em que nenhum português subiu ao pódio. Modalidades nas quais os portugueses e os brasileiros estão habituados a ganhar, como o futsal, o futebol de praia, o futevolei e o hóquei em patins, não fazem parte do programa olímpico.
Há quatro anos, em Londres, o Brasil conquistou apenas 17 medalhas: três de ouro, cinco de prata e nove de bronze. Prestação bastante pobre para um país
Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste não tiveram nenhum atleta medalhado em 2012.
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Focos apontam para Usain Bolt e Michael Phelps Apesar da instabilidade política e social que tem perturbado o quotidiano do Brasil há alguns meses, a verdade é que todas as infraestruturas necessárias para acolher os Jogos Olímpicos foram concluídas a tempo, algumas das quais até com bastante antecedência. As provas das diversas modalidades estão divididas sobretudo por quatro zonas do Rio de Janeiro: Copacabana, Barra, Deodoro e Maracanã. Pela primeira vez na história dos Jogos, as cerimónias de abertura e de encerramento não têm lugar no estádio em que são realizadas as provas de atletismo. O jamaicano Usain Bolt vai tentar provar que continua a ser o homem mais
OS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO SÃO OS PRIMEIROS NA AMÉRICA DO SUL E APENAS OS TERCEIROS ABAIXO DA LINHA DO EQUADOR, DEPOIS DE MELBOURNE (1956) E SYDNEY (2000)
As mascotes Tom e Vinicius representam a fauna e a flora do Brasil
rápido do mundo no Estádio Olímpico João Havelange, na mesma zona da cidade que o Estádio Maracanã. Nélson Évora e as maratonistas Dulce Félix e Jéssica Augusto são os portugueses que causam mais expetativas no atletismo. As provas da outra “modalidade -rainha” dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, a natação, têm lugar na zona da Barra. O recordista de medalhas Michael Phelps, concentrará as principais atenções dentro da piscina olímpica, nas várias provas em que participa. Bastalhe uma subida ao pódio para chegar às duas dezenas, mas certamente que este norte-americano aspira a mais. Procuram-se medalhas na Lagoa Na zona de Copacabana também há provas aquáticas, como na Lagoa Rodrigo de Freitas. É nesta área, junto ao 3.º bairro mais caro da América do Sul (Bairro da Lagoa), que se perspetivam
as melhores classificações por parte de atletas portugueses, nas provas de remo e especialmente de canoagem. Os canoístas Fernando Pimenta e Emanuel Silva não repetem a dupla que lhes valeu medalha de prata em Londres, na prova K2 1000, mas ambos marcam presença no Rio de Janeiro. Com estes e outros atletas, Portugal tem argumentos para conseguir medalhas em provas para kayaks com um, dois ou quatro tripulantes. “Todos nós vamos lá para darmos o nosso melhor. De certeza que os 92 atletas portugueses apurados querem orgulhar todos os portugueses”, aponta Fernando Pimenta numa entrevista em exclusivo à Revista PORT.COM, disponível neste caderno. Um pontão instalado junto à meta permite o acesso de 10 000 espetadores a estas provas, muitos dos quais certa-
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mente falarão português, o que pode acrescentar um extra de motivação aos canoístas e remadores nacionais: “Há 516 anos fomos nós que descobrimos o Brasil, agora nosso “país-irmão”, e acho que existe uma boa ligação entre portugueses e brasileiros”, considera o atleta que em setembro do ano passado foi convidado a participar num teste pré-olímpico. Ténis de mesa, judo, triatlo, ciclismo e taekwondo são outras modalidades com atletas capazes de fazer sonhar os adeptos portugueses: “Podemos conseguir destaque em qualquer das modalidades em que estamos presentes. Os atletas transcendem-se nos Jogos Olímpicos, é um momento único. Alguns também bloqueiam, mas esperemos que todos os que cheguem lá consigam dar o seu melhor e ter o sentimento de dever cumprido, que é o principal objetivo”, conclui Fernando Pimenta. Com ou sem medalhas de Portugal, os Jogos Olímpicos de 2016 já têm um lugar marcado na História. Pela primeira vez, a língua portuguesa é o idioma anfitrião do evento desportivo mais importante do mundo.
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POTENCIAL PARA MEDALHAS ATLETISMO Nélson Évora e Sara Moreira lideram a mais extensa comitiva O atletismo é a modalidade com mais representantes portugueses nestes Jogos Olímpicos, com 35 atletas. Entre estes está Nélson Évora, que aos 32 anos é o único português que chega ao Rio de Janeiro com uma medalha de ouro olímpica no currículo, conquistada em Pequim 2008. No início de julho falhou a qualificação para a final do triplo salto do Campeonato da Europa, em Amesterdão, mas continua a ser um nome a ter em conta. Nos mesmos Europeus houve cinco portugueses a subirem ao pódio. Três das cinco fundistas que vão correr a maratona olímpica conquistaram medalhas noutras distâncias: Sara Moreira (ouro) e Jéssica Augusto (bronze) na meia-maratona, Dulce Félix (prata) nos 10 000 metros. Patrícia Mamona venceu a prova do triplo-salto e Tsanko Arnaudov foi 3.º no lançamento do peso.
CANOAGEM Geração de ouro multiplica potencial por várias provas Existem três modalidades nas quais participam mais portugueses – atletismo (35), vela (17) e judo (13) -,
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mas é entre a dúzia de participantes nas provas de canoagem que Portugal encontra mais possibilidades de alcançar medalhas. Não se repete a dupla que em Londres terminou medalhada a prata, composta por Fernando Pimenta e Emanuel Silva, mas é possível repetir pódio na prova de K2 1000 masculino. Silva tem agora a companhia de João Ribeiro, dupla que já chegou a vencer provas da Taça do Mundo. Estes dois atletas integram ainda o quarteto que aspira a medalha na prova K4 1000, do qual também fazem parte David Fernan-des e Fernando Pimenta. Este último compete ainda a título individual em K1 1000, prova na qual em junho se sagrou campeão europeu. Resumidamente, há potencial para medalhas em provas de K1, K2 e K4.
CICLISMO União em torno do chefe de fila Rui Costa A equipa portuguesa de ciclismo chega ao Rio de Janeiro representada por um quarteto habituado a pedalar na alta roda do pelotão internacional, até porque todos eles representam equipas estrangeiras. O selecionador nacional, José Poeira, escolheu André Cardoso, Nélson Oliveira e José Mendes para escudarem Rui Costa. O chefe de fila português, de 29 anos, já
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demonstrou poder vencer qualquer tipo de prova de um dia, como quando se sagrou campeão do mundo, em 2013.
TÉNIS DE MESA
Possível contrariar o favoritismo asiático croniEsta é uma modalidade croni camente dominada por atletas de origem asiática. Quando as finais de provas individuais são disputadas por Londois atletas chineses, o que em Lon dres aconteceu tanto nos masculinos como nos femininos, o mundo não fica surpreendido. Mas já há seleções europeias capazes de se integrar entre a hegemonia oriental. Em 2012, a equipa masculina da Alemanha arrecadou a medalha de bronze. Dois anos depois, a seleção portuguesa derrotou esse mesmo conjunto alemão na final do Campeonato da Europa, em Lisboa. Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Pedro Monteiro podem sonhar com novo feito histórico.
TAEKWONDO Rui Bragança mostra o que vale um bicampeão europeu O taekwondo é mais uma modalidade na qual a supremacia asiática também é evidente. Entre os seis elementos da comitiva portuguesa, destaca-se a presença de Rui Bragança. O jovem de 24 anos é bicampeão europeu na categoria -58kg, com segundo destes títulos a ser conquistado em maio deste ano.
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JUDO Quarta tentativa para Telma Monteiro Telma Monteiro continua a ser principal referência do judo português, que marca presença no Rio de Janeiro com 13 atletas. A judoca de 30 anos, que compete na categoria -57kg, já foi cinco vezes campeã da Europa e quatro vezes vicecampeã do mundo. Porém, em três participações olímpicas, nunca foi além do 9.º lugar. Depois de uma lesão no joelho esquerdo que a afastou dos dojos durante cinco meses, no final de junho regressou à competição e foi logo medalha de bronze no Grand Prix de Budapeste, que reuniu alguns dos melhores judocas do mundo. Pode ser que à quarta seja de vez.
FUTEBOL Novo teste para os vicecampeões europeus O “desporto-rei” tem um papel secundário nos Jogos Olímpicos, mesmo quando estes são disputados no Brasil. As escolhas dos selecionadores estão restritas a jogadores sub-23 (com possibilidade de inclusão de três maiores de idade) e mesmo entre estes são vários os clubes que não cedem os seus futebolistas. Portugal participa com apenas sete dos jogadores que, no verão passado, se sagraram vice-campeões europeus sub-21, prestação que valeu o apuramento para o torneio olímpico. Já não há William Carvalho ou Bernardo Silva, mantêm-se Sérgio Oliveira e Carlos Mané. As perspetivas para a seleção de Rui Jorge continuam a ser boas, mas podiam ser (muito) melhores.
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ENTREVISTA FERNANDO PIMENTA – CANOÍSTA PORTUGUÊS, MEDALHA DE PRATA NOS JOGOS OLÍMPICOS 2012
“O APOIO DOS EMIGRANTES PARA NÓS É EXTREMAMENTE GRATIFICANTE” Portugal chega aos Jogos Olímpicos com a melhor geração da história da canoagem nacional. Depois da modalidade ter valido a única medalha em 2012, no Rio de Janeiro há várias opções em aberto. Fernando Pimenta pode tornar-se no primeiro atleta português a ganhar duas medalhas na mesma edição do evento desportivo mais importante do mundo. ENTREVISTA: LUÍS CARLOS SOARES
A
medalha de prata que a dupla constituída por Fernando Pimenta e Emanuel Silva conquistou em Londres, em K2 1000, foi a primeira de sempre da canoagem portuguesa nos Jogos Olímpicos. O canoísta nascido em Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal, não vai repetir presença nesta categoria, estando focado nas provas K1 1000 (na qual em junho se sagrou campeão da Europa) e K4 1000 (junto a Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes). Já com a viagem marcada para o Brasil, foi entrevistado pela Revista PORT.COM no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho. Depois da medalha de prata em Londres, vai competir em duas provas no Rio de Janeiro. É um objetivo para si tornar-se no primeiro atleta português a ganhar duas medalhas nos mesmos Jogos Olímpicos?
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O atleta de Ponte de Lima foi entrevistado no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho
Claro que isso passa pela cabeça de um atleta que vai participar em duas provas e com condições para poder dizer que está na luta. Ainda para mais
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um atleta que já foi medalhado em Jogos Olímpicos. Mas claro que não sou só eu com esse objetivo. Por exemplo, o João [Ribeiro] e o Emanuel [Silva]
“O NÍVEL COMPETITIVO DA CANOAGEM ESTÁ MUITO ALTO, NESTE MOMENTO. ACHO QUE NÃO HÁ NENHUM VIRTUAL VENCEDOR OU VIRTUAL MEDALHISTA, ESTÁ TUDO EM ABERTO” podem ter esse mesmo objetivo, em K2 e K4, e claro que nós estamos cientes da dificuldade. Nuns Jogos Olímpicos não está nada atribuído, não dá para chegar lá e ir logo buscar a medalha. Primeiro temos que conquistar lugar nas finais. Depois voltamos todos à linha de partida e só aí se pode pensar em algo mais. Por vezes basta termos um dia menos bom, termos acordado menos bem-dispostos ou termos tido uma noite menos tranquila, e o resultado já pode ser um pouco diferente. Repetir o resultado de há quatro anos, ou seja, voltar do Rio Janeiro com uma medalha de prata, considera que seria uma prestação positiva ou ficaria defraudado? Uma medalha é sempre uma medalha nos Jogos Olímpicos. Creio que já é um excelente resultado. O nível competitivo da canoagem está muito alto, neste momento. Acho que não há nenhum virtual vencedor ou virtual medalhista, está tudo em aberto. Nos últimos anos, os medalhados em campeonatos da Europa, Taças do Mundo e também em campeonatos do mundo têm vindo sempre a sofrer alterações.
No final de junho conquistou duas medalhas de ouro no Campeonato da Europa, em Moscovo: K1 1000 e K1 5000
Com tanta incerteza nos resultados pode-se, desde já, prever grandes espetáculos… Exatamente. Isso é bom para a modalidade. Para além de quererem que vença o seu país ou o seu atleta predileto, as pessoas também querem assistir a um bom espetáculo. Suponho que a preparação deste ano tenha sido feita de forma a que o pico de forma seja alcançado este mês… Nós temos que pensar sempre, única e exclusivamente, nos Jogos Olímpicos. Todas as provas que fizemos até agora são pura e simplesmente de preparação, para ganharmos ritmo competitivo, para termos boas sensações. Notei na primeira prova da Taça do Mundo em
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que participei, em que fui 7.º, que me faltava algum ritmo competitivo. A partir daí acho que as coisas começaram a acontecer de forma mais consistente. Considera que esta geração de canoístas portugueses, a melhor de sempre, é um fenómeno passageiro e irrepetível, ou que Portugal veio para ficar enquanto potência desportiva na canoagem? Isto é como em tudo. Nós, os atletas, somos efémeros, não duramos para todo o sempre. Eu espero sinceramente que comecem a aparecer novos valores na canoagem portuguesa, mas mesmo países com grande tradição na canoagem, como a Hungria, a Alemanha e a Rússia, não conseguem ter grandes resultados todos os anos. Mas para isso são precisos apoios mais adequados,
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Distinguido pelo Comité Olímpico Português como “Atleta Masculino do Ano” 2015
para que os jovens não abandonem cedo a vida de alta competição e o desporto, até porque o desporto lhes vai trazer regras, bons hábitos, bons costumes, disciplina e humildade, valores que poderão utilizar na vida social. Considera que a construção deste Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho foi um passo importante para que se continue num bom caminho na canoagem? Ajuda, sem dúvida. Isto permitiu a residência para atletas-estudantes, atletas-universitários, mesmo ficando um pouco afastado de Coimbra. Atletas que nos seus clubes não têm as melhores condições, ou que até treinam sozinhos, aqui podem estar em estágio sempre com acompanhamento técnico, o que considero importante para esses miúdos não se perderem. Tudo começou no verão de 2001… Chega ao Rio de Janeiro com 27 anos acabados de cumprir. Tenciona participar em quantas mais Olimpíadas? É difícil quantificar isso. Eu tenciono até o meu corpo dizer basta, enquanto eu puder em termos físicos e mentais. A canoagem também é uma modalidade muito desgastante em termos psicológicos, trabalhamos 11 meses e meio por ano. Basicamente só à quinta-feira e ao domingo à tarde temos descanso, também treinamos ao domingo quando não temos competições. Passamos muito tempo longe das famílias, dos amigos, dizemos muitas vezes “não” às pessoas que gostamos, para podermos descansar o melhor possível e no treino
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No final de junho conquistou duas medalhas de ouro no Campeonato da Europa, em Moscovo
seguinte termos o melhor rendimento. Isso custa, claro que não tenciono andar até aos 60 anos em alta competição. Como surgiu a vontade de praticar canoagem? A canoagem surgiu na minha vida no verão de 2001, através das férias desportivas do meu atual clube, o Clube Náutico de Ponte de Lima. Não era um miúdo de ficar preso em casa, sempre quis praticar desporto e criar grupos de amigos. Eu costumava passar o verão num campo de férias que nesse verão não abriu, então o meu pai inscreveume na canoagem. Como correram os primeiros tempos? O meu primeiro verão foi muito complicado, passava mais tempo dentro de
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O que significa K1 1000 e K4 1000? Identificar o significado da combinação da letra com os números é muito mais fácil do que os que não seguem a modalidade possam julgar. K1 1000 significa que um canoísta sozinho num caiaque compete numa prova com uma distância de 1000 metros. Quando é K4 1000, como a prova que Fernando Pimenta vai disputar junto a Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes (na foto), significa que um caiaque com quatro tripulantes vai percorrer 1000 metros.
uma melhor performance numa só. É uma modalidade muito exigente, é preciso muita humildade, trabalho, regras e disciplina.
água do que em cima do caiaque. Era um miúdo com pouca coordenação, pouca destreza muscular, pouca força, pouco equilíbrio, que são logo fatores muito importantes na canoagem. Mas no final de agosto fui convidado pelo meu atual treinador, o professor Hélio Lucas, a continuar na equipa de competição, o que até achei um pouco estranho.
Memórias das celebrações com as comunidades Convida a comunidade portuguesa no Brasil a apoiar ao vivo a prestação dos canoístas portugueses?
Vencer tornou-se logo numa ambição para o jovem Fernando Pimenta? Fui sempre um atleta ambicioso, mesmo quando era mais novo. Mas o mais importante era a diversão, sem dúvida. Acho que os mais novos devem praticar desporto por animação e ocupação de tempos livres, procurando um bom e saudável grupo de amigos. Muitos dos amigos que fiz em 2001 mantêm-se na atualidade e são aqueles que eu considero verdadeiros amigos, porque sempre me guiaram por bons caminhos, sempre estiveram do meu lado nos bons e maus momentos. Na canoagem nós temos um enorme espirito de entreajuda. Para além de muitas horas dentro do caiaque, o que é preciso para vingar na canoagem? É preciso um espírito de sacrifício enorme. Normalmente só se vêm aqueles três minutos e pouco de prova, mas por detrás desses três minutos estão muitas horas de trabalho, muitas horas de suor, de frio, de calor. Treinamos todos os dias da semana, treinos bidiários e tridiários, em algumas fases até quadriários. Nós complementamos a nossa modalidade com natação, corrida, ciclismo, BTT, ginásio, ginástica, várias modalidades para depois termos
Sim, claro, aqueles que puderem devem estar perto dos atletas portugueses, não só dos canoístas, mas também das outras modalidades. E depois também devem fazer a festa, com ou sem medalha. Mostrar que estão lá para o que der e vier, isso para nós é importante.
“NORMALMENTE SÓ SE VÊM AQUELES TRÊS MINUTOS E POUCO DE PROVA, MAS POR DETRÁS DESSES TRÊS MINUTOS ESTÃO MUITAS HORAS DE TRABALHO, MUITAS HORAS DE SUOR, DE FRIO, DE CALOR. TREINAMOS TODOS OS DIAS DA SEMANA, TREINOS BIDIÁRIOS E TRIDIÁRIOS, EM ALGUMAS FASES ATÉ QUADRIÁRIOS”
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Para além destes Jogos Olímpicos, gostava que se tornasse um hábito os emigrantes portugueses acompanharem as prestações dos canoístas portugueses? Os emigrantes vivem muito o desporto português, não só o futebol. Eu notei isso logo após a medalha de Londres, onde também existem muitos portugueses. Aquilo foi espetacular. Recordo-me que o almoço a seguir à medalha foi num restaurante português em Londres e sentimo-nos em casa. O proprietário ficou super-orgulhoso e recebeu-nos lindamente, como acontece sempre lá fora. Muitas vezes as pessoas até choram quando estão connosco. Isso para nós é motivador porque acho que estamos a ajudar a matar as saudades de casa. Algumas das vezes cruzamo-nos com portugueses que dizem logo que se precisarmos de alguma coisa que já sabemos onde eles estão. O apoio dos emigrantes para nós é extremamente gratificante, não há palavras.
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HISTORIAL DOS ATLETAS PORTUGUESES
23 MEDALHAS EM 23 PARTICIPAÇÕES NOS JOGOS Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nélson Évora são os quatro campeões olímpicos portugueses, todos em atletismo. Portugal soma medalhas em nove modalidades, a primeira das quais conquistada há 92 anos.
A
Era Moderna dos Jogos Olímpicos começou em 1896, em Atenas, mas foi preciso esperar pela 5.ª edição, Estocolmo 1912, para a primeira participação portuguesa. Mais de um século após a estreia, Portugal chega ao Rio de Janeiro com o mesmo número de medalhas e de participações em Olimpíadas: 23 (quatro de ouro, oito de prata e onze de bronze). O primeiro pódio com portugueses teve lugar em Paris, em 1924. Uma equipa de quatro oficiais de cavalaria, António Borges d'Almeida, Hélder de Souza Martins, Luís Cardoso Meneses e José Mouzinho d'Albuquerque, conquistou uma medalha de bronze em equitação. Desde então, e até à década de 80, Portugal foi alternando participações com uma ou duas medalhas, sempre de prata e bronze, com outras sem nenhuma. O primeiro campeão olímpico português surgiu em Los Angeles 1984, quando Carlos Lopes venceu a maratona masculina e bateu o recorde do mundo da distância, com uma marca que só seria superada em Pequim 2008.
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Carlos Lopes em Los Angeles 1984
Rosa Mota em Seul 1988
Antes disso, Lopes já tinha sido o primeiro português a ganhar uma medalha em atletismo, em Montreal 1976, com prata nos 10 000 metros. Rosa Mota, a primeira mulher medalhada Também foi em Los Angeles 1984 que surgiu a primeira atleta portuguesa medalhada. Rosa Mota conquistou o bronze na maratona feminina. Quatro anos depois, em Seul, conseguiria o ouro, na mesma distância.
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Fernanda Ribeiro em Atlanta 1996
Desde então, Portugal teve mais dois campeões olímpicos, também no atletismo: Fernanda Ribeiro em Atlanta 1996, nos 10 000 metros, e Nélson Évora em Pequim 2008, no triplo salto. As 23 medalhas portuguesas estão distribuídas por nove modalidades: equitação, esgrima, vela, atletismo, tiro, judo, ciclismo, triatlo e canoagem. Esta última valeu a medalha mais recente, em Londres 2012, por Fernando Pimenta e Emanuel Silva. Os portugueses anseiam por saber quem serão os seus sucessores.
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URISMO
PORTUGAL NUNCA TEVE TANTAS PRAIAS FLUVIAIS COM BANDEIRA AZUL Macedo de Cavaleiros, Freixo de Espada à Cinta, Guarda, Coimbra, Góis, Pampilhosa da Serra, Abrantes e Mértola. Estes são alguns dos concelhos do interior em que se pode ir a banhos em praias certificadas. Há 15 anos não havia nenhuma praia fluvial portuguesa com bandeira azul. Agora são 22.
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raia portuguesa com Bandeira Azul já não é sinónimo de costa marítima. A Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) atribuiu o galardão a 22 praias fluviais portuguesas, para a época balnear de 2016. Pela primeira vez foram ultrapassadas as duas dezenas avaliadas com qualidade “excelente”, algo difícil de imaginar num passado ainda recente. Quando deu início o século XXI, Portugal não tinha nenhuma praia fluvial com Bandeira Azul, o que se manteria até 2002. Entre 2003 e 2006, o número de bandeiras atribuídas subiria timidamente de uma para três, com oscilações entre as cinco e as nove de 2007 a 2011.
Praia da Congida, Freixo de Espada à Cinta
Praia da Louçainha, Penela
O ano 2012 ditou o primeiro “boom” de praias fluviais portuguesas com Bandeira Azul, com as sete de 2011 a duplicarem para 14. No ano passado, ou seja, época balnear de 2015, havia 16. O presente ano trouxe novo crescimento exponencial, dado que agora são 22 as certificações alcançadas por Portugal.
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Praia de Loriga, Seia
Praia do Azibo, Macedo de Cavaleiros
Serra da Estrela Passeios Pedestres
Aveiro Moliceiro e Ria
Castelo Branco Centro Cultura Contemporânea
1 dia é bom, 2 é otimo, 3 nunca é demais. www.turismodocentro.pt facebook.com/turismodocentro
TURISMO
Cuidados a ter nas praias
A MAIORIA DAS BANDEIRAS AZUIS FLUVIAIS FICAM NA REGIÃO CENTRO, ENTRE OS CONCELHOS DA GUARDA E DE ABRANTES: 17 EM 22
Sol
Praia de Santa Luzia, Pampilhosa da Serra
Predomínio da região Centro A Entidade Regional do Turismo do Centro tem como slogan “Um país dentro do país”, dado que o território sobre o qual opera corresponde a um terço de Portugal Continental. No que toca a praias fluviais com bandeira azul, a influência é ainda superior, com três em cada quatro localizadas entre os concelhos de Guarda e de Abrantes. Na região Norte são quatro as bandeiras azuis em praias fluviais: uma na praia de Adaúfe, no concelho de Braga, outra na Congida, a poucos quilómetros da vila de Freixo de Espada à Cinta e duas na Albufeira do Azibo (praias da Ribeira e Fraga da Pegada), no município de Macedo de Cavaleiro. No Centro, onde se verifica o tal predomínio face ao resto do país, são 17: Valhelhas (concelho da Guarda), Quinta do Barco (Sever do Vouga), Loriga (Seia), Reconquinho (Penacova), Piódão (Arganil), Alvôco das Várzeas (Oliveira do Hospital), Palheiros e Zorro (Coim-
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bra), Canaveias e Peneda – Pego Escuro (ambas em Góis), Bogueira (Lousã), Louçainha (Penela), Pampilhosa da Serra, Santa Luzia e Pessegueiro (todas em Pampilhosa da Serra), Bostelim (Vila de Rei), Carvoeiro (Mação) e Aldeia do Mato (Abrantes). O Alentejo responde pela praia fluvial com Bandeira Azul mais a sul, na Albufeira da Tapada Grande, em Mértola. Nas regiões turísticas de Lisboa e Tejo, Algarve, Açores e Madeira não existe nenhuma congratulada com esta certificação internacional. No ano em que a Bandeira Azul cumpre 30 anos a certificar a qualidade e a segurança das praias, o Centro é também a região portuguesas mais praias estreantes neste programa. São quatro, duas delas fluviais: Piódão e Bogueira. Somando todas as praias, Portugal é o quinto país com mais bandeiras azuis, entre os 54 que as recebem. Tem 314, apenas atrás de Espanha (578), Turquia (436), Grécia (395) e França (379).
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• Evite a exposição solar entre as 11h30 e as 16h30 • Aplique protetor solar, no mínimo com FPS (Fator de Proteção Solar) 20 • Repita a aplicação de duas em duas horas, ou após o banho • Proteja os lábios com batons com FPS • Use chapéu, principalmente se for careca • Utilize óculos de sol, com lentes certificadas • Não subestime os dias nublados. As nuvens deixam passar mais de 80% da radiação.
Água
• Escolha praias e piscina vigiadas • Respeite a bandeira da praia. Se está vermelha, nem pense em ir à água • Não vá à água nas duas horas após ter comido, sob o risco de ter uma congestão • Preste atenção às marés, podem fazer com que rapidamente “perca o pé” • Não nade em zonas demasiado isoladas, por melhor nadador que seja • Nas piscinas, cuidado com os mergulhos, pode escorregar ou bater no fundo.
Alimentação
• Beba muitos líquidos, sobretudo água, chás frios ou sumos naturais • Se pretende ir à água, opte por alimentos leves, de fácil digestão • Excesso de bebidas alcoólicas e de sal potenciam a desidratação.
Em caso de emergência ligue 112
• Seja objetivo • Mantenha a calma • Peça ajuda.
FESTIVAL
FESTIVALGENTESDOMAR V A I D O S A
TURISMO
Breves
Portugal vai bater novo recorde de turistas em 2016
Centro de Portugal, destino preferido dos agentes de viagens O Turismo Centro de Portugal formalizou um protocolo com a Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos Europeus (ECTAA), através do qual assegurou o status de “Destino Preferido do Ano da ECTAA”, em 2017. Desta forma, o Centro de Portugal irá, no próximo ano, figurar em todo o material e documentação da ECTAA que é enviada a mais de 80 000 agências de viagens e operadores turísticos. O documento foi assinado na Universidade de Coimbra (na imagem), um dos atrativos turísticos da região.
30 praias portuguesas com internet gratuita este verão A Buondi instalou hotspots Wi-Fi de grande alcance em praias marítimas portuguesas de norte a sul do território continental e também na Madeira. A marca de cafés escolheu praias em localidades como Póvoa de Varzim, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Esmoriz, Espinho, Ílhavo, Peniche, Cascais, Troia, Faro, Quarteira e Armação de Pera (na imagem). As praias madeirenses também com internet gratuita ficam em Porto Santo e Porto da Cruz.
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Santuário de Santa Luzia, Viana do Castelo
O ritmo de crescimento do setor do turismo em Portugal durante o primeiro semestre do ano permite ao Ministério da Economia prever que vai ser batido novamente o recorde de visitantes estrangeiros neste ano. “O turismo é um setor em que as
coisas estão a correr bem, está a ter um crescimento muito bom este ano - como já teve em anos anteriores - e vai ter um novo recorde de turistas”, prognosticou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, no início de julho.
Estrada Nacional promovida como a “Route 66” portuguesa
Praia de Mira, a única no mundo que recebeu sempre Bandeira Azul Existem 54 países cujas praias de qualidade “Excelente” são reconhecidas através da obtenção de Bandeira Azul. A única zona balnear que recebe esta certificação desde criação do programa, há 30 anos, é a Praia de Mira. Para assinalar este feito, a autarquia local ornamentou a marginal da praia com as 30 bandeiras azuis conquistadas ao longo das últimas três décadas.
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Transformar a maior via rodoviária de Portugal, e uma das maiores da Europa, num projeto turístico para unir o país de lés-a-lés. Este é o objetivo de uma associação que vai ser composta pelos 32 municípios por onde passa a estrada com mais 700 quilómetros: de Chaves a Faro. Apesar do processo ainda não estar em formação, há alguns anos que a EN2 é atravessada por vários turistas, particularmente em autocaravanas, ciclomotores e até bicicletas.
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ASTRONOMIA
PROVÉRBIOS PORTUGUESES DE ORIGEM GASTRONÓMICA Por mais que a evolução dos tempos mude o modo de vida das populações, existem expressões portuguesas de origem secular com mensagens que continuam a fazer sentido nos dias que correm. Muitas destas provêm dos hábitos alimentares. A Revista PORT.COM explica o significado de nove provérbios com origem em produtos que fazem parte da gastronomia de Portugal.
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uem come bem um dia não passa mal todo o ano”. Portugal tem uma tradição gastronómica secular, desde a produção de alguns dos seus pratos típicos e doçaria conventual, até ao consumo dos seus produtos endógenos. Não é conhecida a origem de expressões como “Quem não é para comer também não é para trabalhar” ou “A hora de comer é a mais pequenina”, mas todos lhe conhecem o significado e reconhecem o rigor nos factos relatados. O pão, o alimento mais referido na Bíblia, é também o elemento da gastronomia portuguesa que lhe vê dedicados mais provérbios. Já todos ouviram expressões como “Não há mau pão com boa fome” ou “Caldo sem pão só no inferno o dão”.
TEXTO: LUÍS CARLOS SOARES
os frutos. Conhecer estes exemplos da sabedoria popular, também é conhecer os costumes e tradições do país. A Revista PORT.COM explica o significado de nove provérbios com origem em produtos que fazem parte da gastronomia portuguesa. Mas cuidado, não perca tempo a exibir o conhecimento dos mesmos quando estiver à mesa com os seus pares. É que por muito que seja verdade que “O apetite nasce à mesa”, também se diz que “Ovelha que berra é bocado que perde”.
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Quem vende sardinha come galinha
Num país em que a agricultura foi durante décadas o sustento da maioria das famílias, os produtos resultantes da natureza têm muitos provérbios que lhes são dedicados. Particularmente
A sardinha foi durante séculos um alimento associado sobretudo às classes mais baixas, em oposição à galinha, ligada às mais abastadas. Este provérbio retrata o sucesso dos comerciantes. Quem vendesse sardinha em grandes quantidades poderia acrescentar produtos mais dispendiosos à sua alimentação.
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Ano de ameixas, ano de queixas
Ameixas e cerejas são dos frutos pelos quais cronicamente os portugueses mais ficam a salivar. Como são sazonais, não havendo durante todo o ano, quando são colhidas não tardam a desaparecer, dado o desejo que provocam. O seu consumo em excesso é associado a dores de barriga.
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Do cerejo ao castanho, bem me avenho. Do castanho ao cerejo, mal me vejo
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A primavera é época de se ir às cerejeiras apanhar o fruto. Os castanheiros escolhem o outono para soltarem os ouriços com castanhas. Este provérbio alude às temperaturas e condições climatéricas mais favoráveis entre a primavera e o outono, do que entre o outono e a primavera.
A laranja de manhã é oiro, à tarde é prata e à noite mata
Ainda não havia nutricionistas e há muito que os portugueses sabiam que o consumo de laranjas apresenta vários benefícios para a saúde. Porém, a sua acidez por vezes provoca azia, que pode até tirar o sono aos consumidores, daí a gradação regressiva dos seus benefícios relatado por este provérbio. O passar dos anos tornou num mito a expressão “à noite mata”. Nem sempre a sabedoria popular tem validade científica, quem não tiver problemas de estômago pode perfeitamente comer uma laranja à noite.
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Favas, maio as traz, maio as leva
Os figos amadurecem cedo em anos secos. A sabedoria popular não tardou a associar esse sinal a trigo abundante nas eiras em território português.
Tal como as já referidas ameixas e cerejas, as favas também são sazonais. A primavera é a época que as apresenta, sobretudo no mês de maio. Há várias décadas que este provérbio funciona como um lembrete.
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Caldo sem pão só no inferno o dão
A alimentação em muitas zonas rurais e pouco abastadas do país sempre foi muito baseada em sopas e caldos. A tradição desde cedo ditou que este fosse acompanhado por um pedaço de pão, um complemento importante para quem enfrentava dias duros de trabalho. Este é um dos vários provérbios que reclamam este complemento perfeito.
Ano de figo temporão, ano de pão
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O melão e a melancia só se conhecem depois de abertos
Este provérbio secular, e as suas inúmeras variações, ainda hoje são repetidos por portugueses em mercearias e supermercados por todo o país. Por muito que alguns se digam entendidos a escolher melões e melancias, continua por inventar um método que antecipe a qualidade destes frutos.
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Vale mais uma laranja em janeiro, que maçã de madureiro
Existem várias zonas do país com pomares de laranjeiras, de Trás-osMontes ao Algarve. As variedades também são diversas, assim como as épocas ideais para a colheita, que vão de novembro a agosto. Algumas das laranjas transmontanas são colhidas em janeiro. Este provérbio distingue a fruta da época como a melhor.
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GASTRONOMIA
O RESSURGIMENTO DAS OSTRAS DO SADO A memória de um produto que há algumas décadas fazia furor em Paris não se perdeu, ao contrário da restante produção nacional de ostras. Consumidores em França, Dubai, Rússia e China têm ficado (ou voltado a ficar) fascinados com “Les Portugaises”.
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o século XIX, o estuário do Tejo era o maior banco natural de ostras da Europa e o estuário do Sado não lhe ficava muito atrás. Os mercados francês e inglês absorviam a maior parte da produção. Portugal chegou a exportar mais de 7 000 toneladas por mês de “Les Portugaises”, nome com que as ostras estão registadas.
O progresso contribuiu para a implantação de estaleiros navais no Tejo e no Sado. Ironicamente, estes estaleiros foram os responsáveis pela destruição das colónias de moluscos dos dois rios, incluindo as ostras. As tintas “antivegetativas” utilizadas nos casos dos navios continham um composto nocivo para a vida marinha. Na atualidade, as ostras do Sado, estão a ressurgir graças a uma parceria da Universidade Nova de Lisboa com uma empresa de aquicultura. O projeto desenvolvido utiliza as capacidades biofiltrantes das ostras para conduzir a produção de forma sustentada. As águas do Sado são tão ricas em nutrientes que em apenas oito meses as ostras de aquicultura atingem o tamanho comercial, processo que em França demora dois anos.
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RECEITAS DE PORTUGAL
Ostras Ingredientes • Meia dúzia de ostras frescas • Gelo picado finamente • Limão • Pimenta moída na altura Preparação: • Abrir as ostras não é um processo fácil. É preciso uma boa dose de paciência e uma boa faca de ponta rija e guarda-mão. • Depois de abertas dispor as ostras num prato com gelo picado, que ajude a acamar as conchas. • Servir com limão e pimenta a gosto.
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O distinto poeta Bocage foi um dos primeiros setubalenses a solicitar concessões para a exploração de ostra
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ULTURA
A PLAYLIST DO VERÃO EM PORTUGUÊS Os primeiros lugares do top de vendas em Portugal são maioritariamente ocupados por artistas nacionais, dos autores de música pop aos fadistas. Para animar as férias dos emigrantes portugueses, a Revista PORT. COM propõe 31 canções recentes cantadas na língua portuguesa, uma para cada dia de agosto.
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Ana Moura – Dia de folga Marco Paulo – O que é que fazes esta noite Cuca Roseta – Amor ladrão Agir – Make up Deolinda – Corzinha de verão Dengaz (c/ Matay) – Dizer que não Quim Barreiros – Cama de pau duro D.A.M.A. – Tempo pra quê
música cantada no 4.º idioma mais falado no mundo agrada cada vez mais a quem vive em território português. Da lista de 12 álbuns que, em 2016, passaram mais semanas no top-30 de vendas em Portugal, dez correspondem a discos da autoria de músicos portugueses.
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Ana Moura, Mariza e os D.A.M.A têm dois discos cada entre os mais vendidos. Os outros são da autoria de Agir, David Carreira, António Zambujo e os Deolinda. Do fado à pop, música dos mais variados géneros musicais, para públicos dos diferentes escalões etários.
Cada dia é um bico d’obra, uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar. Baterias, há razões de sobra, para celebrarmos hoje com um fado que se empolga. É dia de folga!” Ana Moura Dia de folga
Mariza – Melhor de mim David Carreira – Não papo grupos Vitorino – Terra longe Jimmy P – Não estás a ver José Malhoa – Dança a minha zumba Agir – Como ela é bela Amor Electro – Juntos somos mais fortes HMB (c/ Carminho) – O amor é assim Augusto Canário – Chula nova do Minho David Carreira – Dama do business Anselmo Ralph – Meu sol C4 Pedro – Ta pegar fogo Marante (c/ Zé Amaro) – Vida real Raquel Tavares – Meu amor de longe D8 – Só mais um dia Dengaz (c/ António Zambujo) – Nada errado Ana Moura - Ninharia D.A.M.A. (c/ Gabriel O Pensador) Não faço questão
A Revista PORT.COM propõe 31 canções recentes cantadas na “Língua de Camões”, uma para cada de agosto, uma para cada dia de férias. Na lista também cabem nomes como Anselmo Ralph e C4 Pedro, dois dos angolanos que puseram Portugal a dançar kizomba, assim como Marco Paulo, Quim Barreiros e José Malhoa, que voltam a ter um verão com agenda repleta de concertos. Joey Medeiros
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Fran – Sou o teu baby UHF – Soube sempre que eras tu Quinta do Bill – Faz bem falar de amor Joey Medeiros – Os portugueses (sabem viver a vida) Hélder Moutinho – Manual do coração
Tony Carreira e David Carreira juntos no festival Gentes do Mar
E eu andei o ano inteiro, a juntar o meu dinheiro, para esta desilusão. Dava todo o meu ouro por um pouco do teu bronze, uma corzinha de verão” Deolinda Corzinha de verão
Marco Paulo
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Pela primeira vez em Portugal, Tony Carreira e David Carreira juntos no mesmo evento. Matosinhos recebe o festival Gentes do Mar, a 7 de agosto, com concertos de ambos os artistas. As portas do Estádio do Mar, casa do Leixões, abrem às 16h00. Para além da música, o evento inclui iniciativas para toda a família, como atividades infantis (insufláveis, jogos tradicionais, entre outros), um mercado com produtos artesanais e uma zona de restauração com comida regional. O Gentes do Mar tem uma forte componente solidária, já que parte das receitas revertem a favor do IPO (Instituto Português de Oncologia) e da Associação dos Pescadores Aposentados de Matosinhos. Os bilhetes já estão à venda, com preços entre os 10 euros, para o relvado, e os 14 euros, para a bancada.
CULTURA
ENTREVISTA A CUCA ROSETA – FADISTA
“OS PORTUGUESES QUE VIVEM FORA RECEBEM O FADO DE UMA FORMA MAIS SENTIDA” Integrante da recente geração de fadistas que atuam por todo o mundo, Cuca Roseta sabe como é que o mais português dos géneros musicais toca no coração das comunidades e até dos estrangeiros que não percebem a nossa língua. Em entrevista à PORT.COM ajuda a explicar este fenómeno.
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iû”, o álbum que lançou em maio do ano passado, é disco de platina em Portugal. Para além de canções que se tornaram sucessos, como é o caso de “Amor ladrão”, inclui uma versão do poema “Verdes são os campos”, de Luís Vaz de Camões, e uma música produzida pelo icónico canadiano Bryan Adams, chamada “Quem sou”. Depois de um concerto no Lagoas Park, em Oeiras, onde apresentou alguns destes temas, Cuca Roseta conversou com a Revista PORT.COM.
ENTREVISTA: LUÍS CARLOS SOARES
“É REALMENTE EXTRAORDINÁRIO, QUASE UM MILAGRE, VERMOS PESSOAS QUE NÃO PERCEBEM A NOSSA LÍNGUA A REAGIREM AO FADO DE UMA FORMA TÃO EMOCIONANTE, MUITAS DELAS A CHORAR. ISTO ACONTECE PELO MUNDO INTEIRO, NÃO É SÓ NUM OU NOUTRO PAÍS, É EM TODOS”
Já cantou os temas de “Riû” em Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Brasil, Colômbia, entre outros países. Os próximos meses vão ser mais calmos ou igualmente em diversos palcos? Vai continuar a ser muito intenso, em apenas meio ano vamos ter praticamente o mesmo número de concertos que tivemos no ano passado. Já temos mais de 70 mar-
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cados até dezembro, o que é fantástico. Mas desta vez vamos apresentar-nos mais na Europa, não tanto no Brasil. Este ano pensámos em fazer algo mais próximo, vamos estar em Espanha, França, Itália e Polónia, por exemplo. Vamos sobretudo a festivais de música do mundo. Quando atua no estrangeiro, nota que os portugueses lá fora, particularmente os mais velhos, conhecem os novos nomes do fado, como a Cuca Roseta, Ana Moura, Gisela João… Sim, sem dúvida. Os portugueses que vivem fora recebem o fado de uma forma mais sentida. Acho que nós lhes levamos um bocadinho de Portugal, um bocadinho da nossa História e da nossa cultura, e isso para eles é um bálsamo. Eu tenho muitos amigos que dizem que entenderam muito melhor o fado desde que vivem fora do país, o que é engraçado. Passaram a valorizar muito mais, porque é a nossa música, só nossa. Houve alguma localidade em particular onde sentisse que os portugueses emigrados valorizam particularmente o fado como veículo de aproximação sentimental ao país? Nós, por acaso, não costumamos cantar muito para as comunidades. Infelizmente, porque eu gosto muito. A última vez penso que foi há dois anos, em Paris, com o Carlos do Carmo. Como se sabe, França tem uma enorme comunidade portuguesa e é maravilhoso, recebem-nos de uma forma muito carinhosa. Mas cantamos mais em festivais de músicas do mundo do que para as comunidades, embora apareçam sempre portugueses. Por exemplo na Bélgica, onde também há muitos portugueses e costumam ir aos nossos concertos quando atuamos por lá.
“Riu”é disco de platina desde maio deste ano
Cartaz da digressão que no final de 2015 a levou a vários palcos na Bélgica e Holanda. Dos países do Benelux só faltou o Luxemburgo
Tem algum palco no estrangeiro no qual gostasse muito de atuar. A carreira internacional de Amália tornou-se indissociável do Olympia, em Paris, por exemplo… Sim, gostava muito de cantar no Olympia, já que refere esse exemplo, mas eu não sou uma pessoa que crie muitas expetativas. Para mim a única coisa importante é conseguir com que a música toque na vida das pessoas. Se eu puder cantar a cada dia, eu consigo realizar esse sonho, porque acho que é uma maravilha ter um trabalho que mexe com a vida das pessoas ao nível sentimental, que é isso que a arte faz em mim também, quando vejo concertos. Como fadista que já atuou em diversos países, comprova que este é verdadeiramente um género musical capaz de atrair seguidores por todo o mundo? Sim. É realmente extraordinário, quase
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um milagre, vermos pessoas que não percebem a nossa língua a reagirem ao fado de uma forma tão emocionante, muitas delas a chorar. Isto acontece pelo mundo inteiro, não é só num ou noutro país, é em todos. Ver pessoas tão diferentes a reagirem dessa forma é incrível. Realmente é uma música que as toca verdadeiramente. Como é que explica essa reação em pessoas que não percebam o idioma Português? Eu já tentei perceber isso de várias formas. No meu entendimento o fado é declamação de poesia, mais do que cantar e mostrar a voz. Quando nós cantamos essa poesia, é poesia sobre a nossa vida, é muito sentimental. Quando nós cantamos uma história, nós vivemos cada palavra como se fosse mesmo contar uma história, não é para mostrar a voz. Se pusermos toda a emoção nessa história, é essa emoção que passa para as pessoas. Partilhar a nossa energia é o segredo e a magia do fado.
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ESPORTO
FUTEBOL
O REGRESSO DA LIGA NOS Os campeonatos profissionais de futebol estão de volta, com o início do primeiro escalão marcado para o fim de semana de 13 e 14 de agosto. Traçamos os principais objetivos de algumas equipas que o compõem. Benfica tenta primeiro “tetra” do historial O clube “encarnado” é o que mais vezes se sagrou campeão português (35), mas também é o único dos chamados “Três Grandes” que nunca conquistou o título por quatro vezes consecutivas. O Sporting foi o primeiro a consegui-lo, entre as temporadas 1950/51 e 1953/54, feito que só seria igualado pelo FC Porto entre 1994/95 e 1997/98, que de resto até chegaria ao “penta” em 1998/99. Os “portistas” voltaram a lograr um “tetra” entre 2005/06 e 2008/09.
Braga deseja tornar-se no 6.º campeão Benfica (35 vezes), FC Porto (27), Sporting (18), Belenenses e Boavista (um cada). Estes são os cinco clubes que já se sagraram campeões portugueses. Juntar-se a este leque é um objetivo reconhecido publicamente pelos bracarenses, tal como o presidente António Salvador salientou nos festejos da conquista da Taça de Portugal.
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Sporting ambiciona 4.ª Liga de Jesus O conjunto verde e branco ficou apenas a dois pontos de ser campeão na primeira época treinado por Jorge Jesus. Aliás, ficou apenas a um remate certeiro de Bryan Ruiz, na derrota caseira frente ao Benfica, que fez com que os “leões” entregassem a liderança às “águias”. À segunda tentativa, o Sporting espera que o treinador lhes valha o 19.º campeonato do historial, o 4.º da carreira do autointitulado “Mestre da Tática”.
A estreia europeia do Arouca Na temporada 2006/07, a equipa arouquense militava nos campeonatos distritais de Aveiro. Nem o mais otimista dos adeptos preveria que, precisamente uma década depois, o Arouca participaria na Liga Europa, fruto do surpreendente 5.º lugar alcançado na última época, apenas atrás dos “Três Grandes” e do Braga.
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FC Porto quer quebrar maior jejum da era Pinto da Costa Os “azuis e brancos” conquistaram pela última vez um troféu em agosto de 2013: a Supertaça Cândido de Oliveira. Este é o pior jejum do FC Porto desde que Pinto da Costa assumiu a presidência do clube, em abril de 1982. Na era do atual presidente nunca os “dragões” haviam ficado mais de dois anos sem troféus conquistados.
Desportivo de Chaves procura fixar-se Os “Valentes Transmontanos” estão de volta ao primeiro escalão do futebol português, após 17 anos de ausência. Para a temporada de regresso, o treinador Jorge Simão já indicou que o objetivo é fixar o clube na elite, onde cumpre a 14.ª temporada da sua história.
Calendário 2016/2017 1ª Jornada - 14/08/2016
2ª jornada - 21/08/2016
3ª jornada - 28/08/2016
18ª jornada - 22/01/2017
19ª jornada - 28/01/2017
20ª jornada - 05/01/2017
Estoril Praia - CD Feirense
SC Braga - Rio Ave FC
Boavista FC - GD Chaves
Boavista FC - FC Arouca
GD Chaves - CD Tondela
Vitória FC - FC Arouca
Moreirense FC - FC P.Ferreira
CD Feirense - Moreirense FC
CD Tondela - Os Belenenses
Sporting CP - Marítimo M.
FC P.Ferreira - Sporting CP
Estoril Praia - SC Braga
Rio Ave FC - FC Porto
FC Porto - Estoril Praia
Rio Ave FC - CD Feirense CD Nacional - SL Benfica
CD Tondela - SL Benfica
Marítimo M. - Vitória SC
Vitória FC - Os Belenenses
FC Arouca - CD Nacional
Vitória SC - FC P.Ferreira
Vitória SC - SC Braga
Os Belenenses - Boavista FC
Moreirense FC - Marítimo M.
CD Nacional - GD Chaves
SL Benfica - Vitória FC
Sporting CP - FC Porto
4ª jornada - 11/09/2016
5ª jornada - 18/09/2016
6ª jornada - 25/09/2016
7ª jornada - 02/10/2016
21ª jornada - 12/02/2017
22ª jornada - 19/02/2017
23ª jornada - 26/02/2017
24ª jornada - 05/03/2017
CD Feirense - CD Tondela
Estoril Praia - Moreirense FC
Marítimo M. - CD Tondela
Vitória SC - Sporting CP
FC Arouca - SL Benfica
Vitória FC - FC P.Ferreira
Sporting CP - Estoril Praia
CD Tondela - FC P.Ferreira
Os Belenenses - CD Nacional
CD Nacional - Marítimo M.
FC P.Ferreira - Rio Ave FC
Boavista FC - Moreirense FC
GD Chaves - Vitória FC
CD Tondela - FC Porto
FC Porto - Boavista FC
Rio Ave FC - Estoril Praia
Marítimo M. - Rio Ave FC
FC Arouca - GD Chaves
GD Chaves - SL Benfica
GD Chaves - Os Belenenses
SC Braga - Boavista FC
SL Benfica - SC Braga
SC Braga - Vitória FC
FC Arouca - SC Braga
FC P.Ferreira - Estoril Praia
Boavista FC - CD Feirense
CD Feirense - CD Nacional
SL Benfica - CD Feirense
FC Porto - Vitória SC
Rio Ave FC - Sporting CP
Os Belenenses - FC Arouca
CD Nacional - FC Porto
Sporting CP - Moreirense FC
Vitória SC - Os Belenenses
Moreirense FC - Vitória SC
Vitória FC - Marítimo M.
8ª jornada - 23/10/2016
9ª jornada - 30/10/2016
10ª jornada - 06/11/2016
11ª jornada - 27/11/2016
12ª jornada - 04/12/2016
25ª jornada - 11/03/2017
26ª jornada - 19/03/2017
27ª jornada - 02/04/2017
28ª jornada - 09/04/2017
29ª jornada - 15/04/2017
CD Feirense - Vitória FC
GD Chaves - CD Feirense
Sporting CP - FC Arouca
Boavista FC - Sporting CP
Estoril Praia - Os Belenenses
FC Porto - FC Arouca
Vitória FC - FC Porto
FC P.Ferreira - GD Chaves
Os Belenenses - FC Porto
Rio Ave FC - CD Tondela
Estoril Praia - Vitória SC
CD Tondela - Moreirense FC
Marítimo M. - SC Braga
FC Arouca - FC P.Ferreira
Sporting CP - Vitória FC
Sporting CP - CD Tondela
CD Nacional - Sporting CP
CD Feirense - Os Belenenses
CD Tondela - Vitória SC
Vitória SC - GD Chaves
Moreirense FC - Rio Ave FC
Boavista FC - Estoril Praia
Moreirense FC - Vitória FC
SL Benfica - Moreirense FC
CD Feirense - FC Arouca
Os Belenenses - SL Benfica
Rio Ave FC - Vitória SC
Rio Ave FC - Boavista FC
CD Nacional - Estoril Praia
FC Porto - SC Braga
SC Braga - GD Chaves
SC Braga - Os Belenenses
FC Porto - SL Benfica
GD Chaves - Marítimo M.
FC P.Ferreira - Boavista FC
FC P.Ferreira - CD Nacional
FC Arouca - Marítimo M.
Vitória SC - CD Nacional
SC Braga - CD Feirense
Moreirense FC - CD Nacional
Marítimo M. - Boavista FC
SL Benfica - FC P.Ferreira
Estoril Praia - CD Tondela
Vitória FC - Rio Ave FC
Marítimo M. - SL Benfica
13ª jornada - 11/12/2016
14ª jornada - 18/12/2016
15ª jornada - 21/12/2016
16ª jornada - 08/01/2017
17ª jornada - 15/01/2017
30ª jornada - 23/04/2017
31ª jornada - 30/04/2017
32ª jornada - 07/05/2018
33ª jornada - 14/05/2017
34ª jornada - 21/05/2017
Boavista FC - Vitória SC
Estoril Praia - SL Benfica
SC Braga - Moreirense FC
Boavista FC - Vitória FC
FC Arouca - Estoril Praia
Os Belenenses - Marítimo M.
Moreirense FC - FC Arouca
Os Belenenses - Sporting CP
Estoril Praia - Marítimo M.
Os Belenenses - Rio Ave FC
Vitória FC - Estoril Praia
Rio Ave FC - CD Nacional
FC Porto - Marítimo M.
Rio Ave FC - GD Chaves
FC Porto - Moreirense FC
CD Nacional - CD Tondela
Marítimo M. - CD Feirense
CD Nacional - Boavista FC
Sporting CP - CD Feirense
Vitória FC - CD Nacional
SL Benfica - Sporting CP
CD Tondela - Boavista FC
GD Chaves - Estoril Praia
Vitória SC - SL Benfica
CD Feirense - Vitória SC
CD Feirense - FC Porto
FC P.Ferreira - Os Belenenses
SL Benfica - Rio Ave FC
CD Nacional - SC Braga
Marítimo M. - FC P.Ferreira
GD Chaves - Moreirense FC
FC Porto - GD Chaves
Vitória FC - CD Tondela
FC P.Ferreira - FC Porto
SL Benfica - Boavista FC
FC Arouca - Rio Ave FC
Sporting CP - SC Braga
CD Feirense - FC P.Ferreira
Moreirense FC - Os Belenenses
GD Chaves - Sporting CP
SC Braga - FC P.Ferreira
Vitória SC - Vitória FC
FC Arouca - Vitória SC
CD Tondela - FC Arouca
SC Braga - CD Tondela
DESPORTO
A CONQUISTA DO EURO 2016 EM IMAGENS O calcanhar contra a Hungria, o penalty defendido à Polónia, o voo sobre o País de Gales, o erguer da taça em casa da anfitriã França. Tudo imagens que dificilmente sairão da memória dos portugueses. Para mais tarde mostrar aos filhos e netos.
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TEXTO: LUÍS CARLOS SOARES
Empate contra Islândia Nani marcou o 600.º golo na história dos Europeus, ao abrir o marcador no primeiro jogo de Portugal no EURO 2016. Os islandeses, que se tornariam numa das principais surpresas da competição, acabariam por empatar o resultado a uma bola, após Bjarnason ter aproveitado uma desatenção de Vieirinha.
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Três empates em três jogos Depois de um nulo no marcador contra a Áustria, no qual Ronaldo falhou um penalty perto do apito final, chegou o jogo derradeiro e decisivo da fase de grupos, contra a Hungria. Portugal esteve três vezes a perder e por três vezes alcançou o empate. Resultado final: 3-3, com golo de Nani e dois de Ronaldo, um dos quais com um extraordinário remate de calcanhar. Pela 1.ª vez na história, Portugal não venceu um único jogo da fase de grupos de uma fase final. Mas apurou-se na mesma.
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Arnór Traustason dá uma ajuda Pode parecer estranho, mas um dos momentos mais importantes no percurso português no EURO 2016 foi protagonizado no Islândia – Áustria. O Portugal – Hungria tinha terminado há poucos minutos, quando Traustason, já depois do minuto 90, marcou o golo da vitória islandesa, por 2-1. Este tento fez com que Portugal ficasse no 3.º lugar do Grupo F, o qual permitia evitar os “tubarões” França, Alemanha, Itália, Espanha e Inglaterra no percurso até à final.
Primeira vitória num prolongamento 4 No primeiro jogo a eliminar, nos oitavos de final, as casas de apostas atribuíam favoritismo à Croácia, que vinha de uma vitória frente à detentora do troféu, a Espanha. Ao minuto 117, após uma jogada muito perigosa junto da baliza de Rui Patrício, Renato Sanches galgou metade do campo com a bola, que após ter passado pelos pés de Nani e Ronaldo, foi transformada em golo pela cabeça de Quaresma. À 6.ª tentativa, Portugal vencia pela primeira vez no prolongamento num Europeu. Um bom presságio para a final.
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Aparição de São Patrício Nos “quartos”, mais um jogo sofrido até ao fim. A Polónia entrou praticamente a vencer, com um golo do “matador” Lewandowski, logo ao minuto 2. Portugal assumiu as rédeas do jogo e o “miúdo” Renato Sanches logrou o empate, com um remate poderoso, ao minuto 33. A partir daí, ambas as equipas praticaram um futebol calculista, com predomínio português a espaços. Como no final do prolongamento se mantinha o empate a uma bola, a decisão foi remetida para os penaltis. Rui Patrício defendeu heroicamente um remate polaco e Quaresma voltou a sentenciar o apuramento português.
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Ronaldo nas alturas rumo a Paris 6 Portugal partiu como favorito para a meia-final, contra o estreante País de Gales. Porém, todos se lembravam dos deslizes na fase de grupos contra equipas teoricamente modestas. No confronto entre as estrelas Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, o português foi mais decisivo. Cabeceou a uma altura de 2,62 metros (!) para o fundo da baliza galesa e fez a assistência para o golo de Nani. Vitória por 2-0, finalmente nos 90 minutos de jogos, e bilhete carimbado para a final de Paris.
Capitão forçado a abandonar A seleção francesa entrou na final com fortes ambições ao título. Desde o início da competição que era apontada como uma das duas mais fortes candidatas ao triunfo final, juntamente com a Alemanha, que havia eliminado com algum conforto nas “meias”. Ainda mais confortáveis terão ficado os adeptos gauleses quando viram Cristiano Ronaldo sair de campo ainda antes da meia hora de jogo. Ainda tentou continuar, mas o golpe que havia sofrido ao minuto 7, da parte de Dimitri Payet, era verdadeiramente impeditivo. O árbitro nem assinalou falta nesse lance.
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DESPORTO
Golo decisivo do “Patinho feio” 8 Apesar da ausência de Ronaldo, os jogadores portugueses foram aguentando a pressão francesa e ocasionalmente aproximaram-se da baliza opositora. Depois de um susto monumental ao minuto 92, com Gignac a rematar ao poste da baliza portuguesa, o jogo seguiu para prolongamento. Ao minuto 109, Éder marcou o golo da vitória portuguesa, com um tiro indefensável de fora da área, quando estava rodeado por quatro franceses. O “Patinho feio”, assim apelidado por ser um jogador pouco apreciado pelos adeptos da seleção, marcava o golo mais importante da história do futebol português.
Primeiro título de sempre 9 Após a conquista de dois Mundiais Sub-20, três Europeus Sub-19, dois Europeus Sub-17 e quatro Europeus Sub-16, Portugal conquistou finalmente o primeiro título em seleções principais. A “Equipa das Quinas” livrou-se do epíteto de última seleção a perder uma final europeia enquanto anfitriã, 12 anos depois do EURO 2004.
Receção apoteótica em Lisboa 10 No dia seguinte ao triunfo, a seleção regressou a Portugal. No dia 11 de julho, tal como Fernando Santos havia previsto, apesar da descrença de muitos. Logo à saída do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, milhares de portugueses esperavam os novos heróis nacionais. As multidões foram uma constante ao longo do desfile de dois autocarros por toda a cidade, com paragens no Palácio de Belém e na Alameda D. Afonso Henriques, o derradeiro palco das celebrações dos novos campeões europeus.
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CICLISMO
Estão de volta os dois emblemas com mais títulos coletivos na maior prova do ciclismo português
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REGRESSO DE FC PORTO E SPORTING AGITA VOLTA A PORTUGAL
A Volta a Portugal em Bicicleta está novamente nas estradas no país. A 78.ª edição teve início a 27 de julho e decorre até 7 de agosto, com o atrativo adicional do regresso das duas equipas com mais triunfos na prova, o FC Porto e o Sporting, após vários anos de ausência.
O Sporting não rolava ao mais alto nível nas estradas nacionais desde 1987, somando nove triunfos individuais na Volta, dois dos quais por Joaquim Agostinho, ainda hoje considerado o melhor ciclista português de sempre. O atual chefe de fila é Rinaldo Nocentini, italiano de 38 anos que, no mês passado, logrou a primeira conquista sportinguista desde o regresso à modalidade, curiosamente no Troféu Joaquim Agostinho.
A última vez que o FC Porto havia integrado um pelotão foi em 1984. No total, foram 12 as vezes que atletas do clube chegaram ao final da prova vestidos com a camisola amarela. Para aumentar esse número, os portistas contam com o vencedor das duas últimas edições da Volta, o galego Gustavo Veloso, de 36 anos.
A Rádio Popular-Boavista, Louletano-Hospital de Loulé, LA-Antarte e a Efapel são outras das equipas mais fortes do pelotão nacional, também presentes na Volta. Para além da desejada camisola amarela, todas elas ambicionam o título coletivo, cientes que estão de volta os dois emblemas que o conquistaram por mais vezes (ver caixa).
HÓQUEI EM PATINS
Portugal campeão da Europa 18 anos depois
final da competição, que teve lugar em Oliveira de Azeméis, foi marcada por uma reviravolta. A Itália foi para o intervalo a vencer por 0-2, mas Portugal acabou por vencer, e logo com uma goleada, por 6-2. Terminou assim o jejum de títulos
No fim de semana seguinte à conquista do EURO 2016 em futebol, a seleção portuguesa de hóquei de patins também se sagrou campeã europeia na respetiva modalidade, pela 21.ª vez na história. A
europeus, que durava há 18 anos (desde 1998), curiosamente na mesma cidade em que a seleção portuguesa havia celebrado a última grande conquista, o campeonato do mundo de 2003.
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Os principais campeões Nove das últimas dez edições da Volta foram ganhas por espanhóis, com destaque para David Blanco. Com cinco camisolas amarelas no currículo, é o ciclista com mais títulos na história na prova. A nível coletivo, o FC Porto e o Sporting procuram desempatar o topo da liderança. Títulos individuais: David Blanco – 5 Marco Chagas – 4 Alves Barbosa – 3 Joaquim Agostinho – 3 Títulos coletivos: Sporting – 12 FC Porto – 12 Benfica – 9
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ISCURSO DIRETO
A VIDA DE UMA FAMÍLIA PORTUGUESA NO DUBAI Mónica Susana Moreira, professora conimbricense de 38 anos, conta como é o dia-a-dia no luxuoso emirado, onde vive desde agosto de 2015, com o marido e três filhos. Contexto - O meu marido tem um emprego que o levou a percorrer vários países a nível mundial e a empresa para a qual trabalha encontra-se sediada no Dubai. Inicialmente passava dois ou três meses fora, para estar em Portugal uma ou duas semanas. Entretanto a minha situação de professora também se alterou e fiquei sem emprego. Temos três filhos pequenos de seis, quatro e um ano e perante este cenário decidimos aventurar-nos. Mudança - Não posso dizer que tenha sido fácil. Como qualquer mudança há sempre muita coisa a acontecer: casa nova, local novo, temperaturas muito altas, três filhos para tratar (e a mais pequena tinha quatro meses) e toda a questão emocional para gerir. O meu filho mais velho sentiu muito a mudança e a saudade de família e amigos. Todos os dias via a sinalização do aeroporto e queria ir para Portugal, mas o tempo cura tudo e a situação normalizou. Integração - A escola começou e os dias foram entrando numa rotina. Decidimos que este ano e devido ao bebé não iria trabalhar, pelo que estaria em casa com os miúdos. O Dubai está muito vocacionado para a mãe tratar dos filhos e ter disponibilidade, por isso a escola é praticamente só de manhã.
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Vivência - O Dubai está cheio de parques verdes e dá para ir à praia durante todo o ano. Nós vivemos numa casa que faz parte de uma comunidade que tem facilidades disponíveis a todos, como piscina, campo de basquete, parques infantis e jardins. Os nossos fins de semana foram passando sempre com atividades diferentes, pois nesta terra há sempre coisas novas a acontecer! Língua – A internacionalização do Dubai e a variedade de povos é realmente assombrosa. Entendemonos todos com o inglês, bem ou mal conseguimos comunicar, mas depois vemos a diversidade linguística à nossa volta. Temos agora amigos de África do Sul, Egipto, Nova Zelândia, França, Líbano, Escócia, Austrália, Alemanha, Inglaterra, entre outros! Segurança - Sinto-me segura e vemos regularmente a polícia nas estradas, na praia, a segurança nos shoppings. Até parece que não há defeitos, mas na realidade viver aqui tem sido como estar num resort de férias. Bom tempo e muita variedade de escolha, edifícios fantásticos e para termos um cheirinho de Médio Oriente deslocamo-nos à parte antiga e estamos no meio de ruelas com cheiro a especiarias.
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O DUBAI ESTÁ MUITO VOCACIONADO PARA A MÃE TRATAR DOS FILHOS E TER DISPONIBILIDADE, POR ISSO A ESCOLA É PRATICAMENTE SÓ DE MANHÃ Comunidade portuguesa - Com o passar do tempo fui travando conhecimentos. Organiza-se regularmente um café das portuguesas. O último foi num café português que abriu este ano cá no Dubai, com doçaria fantástica para matar saudades. Saudade - É claro que tenho saudades de Portugal, é o meu país! Sinto falta de sentir as quatro estações do ano e a mudança na paisagem, que aqui se mantém igual durante todo o ano. Sinto falta de produtos portugueses e da cozinha portuguesa. Continuo a achar que Portugal é o melhor país do mundo para viver, para as crianças crescerem, para se comer, para se aprender história. Mas a vida proporciona oportunidades que não devemos desperdiçar, e conhecer novos locais e povos só nos enriquece.