Jornal da Comunidade

Page 1

Toninho Tavares/Agência Brasília

Ano XXIV – N° 1.437 JORNAL DA COMUNIDADE BRASÍLIA, 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2016

Centro de Convenções terá PPP por 20 anos

oPinião A2 riCArdo CAllAdo

O que ainda falta aparecer

Antônio Cruz/ABr

Reprodução/Arte: Alexandre

saiu o edital de licitação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O valor mínimo esperado de outorga é de r$ 1,5 milhão por ano. A3

mArCo Antonio Pontes

Como Chico Buarque, caímos na armadilha

Artigo

mortes por depressão aumentaram 705%

impeachment corroeu imagem de políticos

Problema preocupa especialistas. Casos também aumentaram entre idosos, mas não escolhe faixa etária. A7

Crise longa e desgastante prejudicou imagem dos políticos que ficaram mais em evidência durante o processo. A4

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Toninho Tavares/Agência Brasília

Uma vingança mais que maligna

regularização da galeria dos estados avança Expectativa da Secretaria de Gestão do Território e Habitação é de que todos os comerciantes do local estejam regularizados até o fim do ano. A3

Aplicativo combate a violência doméstica Vítima vai acionar botão do pânico em caso de ameaça e terá prioridade no atendimento da polícia. A3

PATRiOTAS COMEMORAM As comemorações pela independência foram especiais para os brasileiros que coloriram de verde e amarelo a Esplanada dos Ministérios. Cerca de 25 mil pessoas participaram das festividades. A3


A2

Caderno A

| JORNAL DA COMUNIDADE

Opinião

Comunicação&Problemas

O que ainda falta aparecer Por Ricardo Callado

Há dois meses a política brasiliense voltou às páginas policiais e deve ficar por lá por mais um bom tempo, sob o mesmo enredo: corrupção na saúde. A gravação da sindicalista Marli Rodrigues com o vice-governador Renato Santana falando em suspeita propina colocou o governo em alerta. Marli gravou, ainda, o ex-secretário de Saúde Fabio Gondim, apontando suspeitas. A Câmara Legislativa foi para cima do governador Rodrigo Rollemberg. A CPI da Saúde vinha cambaleante até então e o Palácio do Buriti trabalhava para que ela não andasse. A gravação deu o gás que a CPI precisava e convocações em sequência tiveram a intenção de colocar o Governo de Brasília nas cordas. Em ato contínuo, a então vice-presidente da CLDF, Liliane Roriz (PTB), gravou a presidente da Casa, Celina Leão (PPS), e o ex-secretário-geral, Valério Neves. A crise foi transferida para o Legislativo. As gravações sugerem um acerto entre deputados da Mesa Diretora, de cobrança de propina das empresas que prestam serviços de UTI ao Executivo. Criou-se a Operação Drácon pelo Ministério Público do DF, com apoio Polícia Civil. Emendas de parlamentares no valor de R$ 30 milhões seriam usadas para pagamentos das empresas. Uma parte desse valor, entre 5% e 10%, talvez 7%, seria devolvida para os deputados. Liliane renunciou ao cargo de vice-presidente e o Tribunal de Justiça do DF afastou os demais integrantes da Mesa Diretora. Juarezão virou presidente. Com a CPI sob controle, o presidente CLDF da base governista e uma crise tirando o sono dos deputados, o Legislativo foi às cordas. A cada dia mais peças aparecem. Se no começo achou-se estranho que Liliane tivesse complicado a vida de Valério, na quinta-feira (8) novas gravações colocaram sob suspeita a administração do seu pai. Liliane também grampeou o ex-senador Luiz Estevão, preso na Papuda. Na gravação, cita pagamento de propina no governo Roriz e explica contribuições da empreiteira OAS durante a campanha eleitoral de 2014, por meio do ex-senador Gim Argello. Com a OAS e Argello, a Operação Drácon se mistura à Operação Lava Jato. Para complicar, uma testemunha coloca a crise novamente no Palácio do Buriti. O cenário desta vez foi o Ministério Público do DF. Os nomes do governador e do chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, aparecem em um depoimento prestado ao MPDFT durante a operação Drácon. Por causa da citação, o inquérito foi enviado à Procuradoria-Geral da República. Então temos agora a Drácon, a Lava Jato e a PGR. Entre as denúncias está o superfaturamento na compra de kits de combate aos sintomas da dengue, os mesmos citados por Marli Rodrigues. Segundo o depoimento, o GDF comprou cada kit por R$ 55, mas o edital de licitação previa um custo máximo de R$ 22. Mesmo esse valor previsto estaria acima da média de mercado, estimada em R$ 8. Se os valores do depoimento estiverem corretos, isso significa que cada kit custou 587,5% a mais. Os R$ 22 milhões teriam sido autorizados pelo atual coordenador de Logística e Infraestrutura da SES, Tiago Amaral Flores. O depoimento cita Armando Raggio, diretor-executivo da Fepecs, Sady Carnot Falcão Filho, ex diretor-executivo do Fundo Nacional de Saúde, e Renilson Rehem, diretor da organização social que gerencia o Hospital da Criança de Brasília. O depoente aponta Sady Filho como o responsável por indicar o ex-diretor do Fundo de Saúde do DF, Ricardo Cardoso. Ao longo de 2015, ele foi responsável por pagar os fornecedores do GDF na área de saúde. Foi Cardoso quem assinou a emenda que liberou R$ 30 milhões para o pagamento de fornecedores de UTI em dezembro de 2015. Mais cenas devem aparecer. Vão de novas gravações, ameaças de dossiês, até blocos de anotações esquecidos. É uma novela sem fim.

Você sabia? Dicas do bem falar... ... e do bem escrever!

Os temidos porquês POR QUE Usa-se com o sentido de “por qual razão”, “por qual motivo” e: indagações, sejam perguntas explícitas ou implícitas * por que você foi à missa? * diga-me por que você foi à missa. * gostaria de saber por que você foi à missa. equivalência a “preposição + pronome relativo” (pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais) * este é o caso por que me empenho. * as cidades por que passamos têm tradição milenar POR QUÊ Equivalência a motivo no final da frase, seja afirmativa, interrogativa ou exclamativa * ela foi à missa, mas não me disse por quê. * fui à missa ontem. Sabe por quê? * fui à missa, e você sabe bem por quê! * por quê? Por se tratar de um artista genial! A propósito, quando a palavra “que” encerra uma frase será sempre acentuada: * ela tem medo de quê? * seu pai veio aqui para quê? PORQUE Equivale a “pois”, “uma vez que” em respostas, como explicação ou causa * vai sempre à missa porque é devota. * vai sempre à missa porque é devota? PORQUÊ Quando for substantivo, singular ou plural. * não pude saber o porquê de sua ida à missa * diga-me ao menos um porquê para ela não ir à missa * eu conheci porquês de tamanha reação daquela gente! * esses são os temidos porquês!

Fernando Velloso Mestre-em-Ciëncias Pós-graduação em Língua Portuguesa, e-mail: livroserevistas@bol.com.br

Conselho de Administração Ronaldo Martins Junqueira Presidente

CMYK

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

Espaço do

leitor

Marco Antônio Pontes – Tributo a Octavio Malta (Última Hora, Rio, circa 1960) marcoantonidp@terra.com.br

CARA DE PAU A dor da gente... “‘Atentou contra a existência,/ num humilde barracão,/ Joana de tal, por causa de um tal João;/ depois de medicada,/ retirou-se pro seu lar.’/ Aí, a notícia carece de exatidão:/ o lar não mais existe – ninguém volta ao que acabou./ Joana é mais uma mulata triste, que errou:/ errou na dose,/ errou no amor...,/ Joana errou de João,/ ninguém notou,/ ninguém morou na dor que era o seu mal/ – a dor da gente não sai no jornal.” (Noticia de jornal, Chico Buarque de Holanda). ...não sai no jornal É claro que você conhece esses versos, leitor e mais ainda Chico Buarque, o autor. Por certo terá atentado para a simplicidade e sobretudo clareza com que ele relata e explica, nesta canção como em muitas outras, os dramas cotidianos do povo da rua, daquela gente cuja dor – assim como problemas e tudo mais – “não sai no jornal”. Esperar, esperar... Tempos afora, desde que iniciou em meados dos anos 1960 a brilhante carreira, habituamo-nos a ver em Francisco Buarque de Holanda o intérprete privilegiado de nossas dores e frustrações. Mal nascia o autoritarismo e ele percebia que a redenção dos mais pobres adiar-se-ia para as calendas, como em Pedro pedreiro (1966), uma de suas primeiras canções: “[...] Pedro Pedreiro t’á esperando a sorte,/esperando o dia de voltar pro Norte,/ Pedro não sabe mas talvez, no fundo,/ espere alguma coisa mais linda que o mundo [...]”. Esperança Décadas que correm, ditadura parecia eterna e ele invectivava o general de plantão (“Hoje você é quem manda, falou, tá falado [...], a minha gente hoje anda falando de lado, olhando

pro chão...”), entrevia os albores da redemocratização pela qual ainda esperaríamos longos anos (“Apesar de você, amanhã há de ser outro dia!...”) – Apesar de você, 1970 – e finalmente comemorava a vitória, antes mesmo que chegasse: “Meu Deus!, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar, a evolução da liberdade...” – Vai passar, 1985. Nossos sonhos Chico exercitava como poucos a intuição dos poetas, que costuma preceder a percepção dos cientistas e antecipar a mudança. E tanto e tão bem fez que a par de reconhecermo-nos, os brasileiros, em suas canções, também sonhamos seus sonhos e acreditamos que, como outros artistas, representava nossas as esperanças e anseios de liberdade. De fato assim foi. Mas só até o restabelecimento da democracia. Outras vanguardas Enquanto durou a ditadura, não cabia contestar nuances e preferências políticas de quem como Buarque sempre lutara na vanguarda: estávamos no mesmo barco, as divergências podiam esperar. Mas veio 1985, os último general deixou o poder pela porta dos fundos, aos trancos e barrancos Sarney levou a bom termo a transição que Tancredo e Marco Maciel costuraram, fizemos a Constituição-cidadã, chegou o sonhado momento de eleger diretamente um presidente... e lá estava Chico, na linha de frente mas sem a unanimidade dos anos heroicos. Artista, intérprete,... Recentemente relatei aqui como os esquerdistas brasileiros encantamo-nos com Lula e apostamos tudo no Pt. Muitos desiludimo-nos em seguida, outros insistimos no sonho já malogrado e não poucos ainda preferimos o autoengano.

Certamente o mais brilhante entre os artistas que permanecem fiéis a Lula, a ignorar que o líder operário converteu-se em chefe autoritário de partido populista, Chico não desmerece a insuperável obra poética e musical que produziu mas revela-se político muito aquém do artista. Não por acaso hoje sabemos mais de seus equívocos partidários que da criação poética. ...não representante Géraux Melo, jornalista e também poeta, emérito frasista, em ‘sacada’ recente (citei aqui) explica muito bem a relutância desses esquerdistas: “Seguem em frente, preferem atirar-se no abismo para não admitir que se enganaram.” É dele também uma frase lapidar sobre Buarque, cuja arte segue a enaltecer: “Ele nos interpreta, não nos representa.” Armadilha Hoje o que Chico Buarque representa é a parcela da esquerda que caiu em insidiosa arapuca, mais uma que nos armou a direita e da qual não soubemos escapar. Os que apostamos no Pt e em Lula nos anos 1970 fizemos o que nos pareceu correto e não estávamos, à época, longe da verdade então conhecida. Os que persistiram na aposta quando o Pt chegou ao poder e assumiu-se desabridamente populista, a desconhecer o oportunismo com que Lula e seguidores entregaram-se às delícias do capitalismo, parceiros de seus ‘campeões nacionais’, esses coonestam o discurso dos conservadores. E a culpa seria nossa?! A direita, claro, está nem aí. Finge ignorar as diferenças, acentua os erros e desmandos cometidos após 2003 e tudo atribui ao ‘socialismo’, como fosse o grande culpado do desastre.

Uma vingança mais que maligna

Diretoria Executiva Cláudio Santos Diretor Administrativo/Financeiro Darlan Toledo Gerente Industrial

Redação Alexandre Alves Diagramador Silvana Amaral Chefe de Reportagem Eron de Castro Editor de Arte

Amaury Leite Silva, 52 anos, empresário.

INDEPEDÊNCIA?!?! Dia 07 de setembro se comemorou mais um feriado de Independência brasileira. Mas será que somos independentes mesmo? Vimos um Brasil desfacelado de norte a sul. Direitos fundamentais sendo desrespeitados desde do dia do nascimento de um brasileirinho ao fechar de olhos de mais um enfermo morto não por uma doença fulminante e sim pelo descaso total com a saúde. Palavras de ordem são proferidas pelos quatro cantos do país. Que independência é essa? Aonde o lucro fácil abre portas e favorece situações de ganho de dinheiro fácil. O brasil nunca será independente enquanto continuar a ter comandantes e seus subalternos que pouco se importam com a população. O que nos resta é na hora das eleições rompermos com amarras da política suja e do mal caratismo, sáo assim o sete de setembro realmente poderá ser comemorado de verdade. Patrícia Almeida de Paula, 28 anos, estudante universitária.

Artigo A Operação Drácon, organizada pela Polícia Federal, iniciada a partir da entrega de áudios pela deputada Liliane Roriz, então vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), em agosto passado está rendendo frutos. Isto porque nem foi divulgada, ainda, a perícia do material recolhido na busca e apreensão realizada na CLDF, no dia 19 de agosto passado, embora muito se entenda sobre o que está ocorrendo. Depois, em uma segunda busca, foram levados mais material, por conta de arquivos apagados nos computadores da vice-presidência. Os responsáveis foram apontados. O início de tudo, ocorreu em dezembro passado, quando Liliane começou a gravar conversas com seus pares, clandestinamente, a partir do momento que eles decidiam sobre o que fazer com uma sobra orçamentária da Casa. No primeiro momento, os recursos seriam destinados ao governo para custear reformas nas escolas públicas. Mas, o texto da matéria foi modificado e o dinheiro – R$ 30 milhões de um total de R$ 31 milhões – acabou realocado para a saúde. A primeira gravação ardilosa mostrava um diálogo entre Liliane e a presidente da CLDF afastada, deputada Celina Leão,

Em tempos de delação premiada, áudio pra cá, áudio lá, o cidadão não se escandaliza com muita coisa, agora o que gera perplexidade é o que se pode dizer a cara de pau que um político candango teve em assumir sem peso na consciência que é bandido. Desde de quando é motivo de orgulho ter esse comportamento? Mas a resposta vem rápida é a certeza da impunidade, de que nada vai acontecer. Prisão? Com tantas reformas, regalias que mais vira um spa de temporada. Se tem a impressão que não se importa com a imagem que vai rir muito da cara do contribuinte que paga seus impostos e ainda custeia de forma indireta os luxos do bandido que não tem vergonha de se esconder ou mesmo desmentir o que foi dito e lido.

com muitas falhas na interlocução, o que Celina garante terem sido editadas. Nela, Liliane questiona a Leoa sobre a mudança na votação, o que resultou no afastamento de Celina e de toda a Mesa Diretora da Casa, a pedido da Justiça do DF. Até que se chegue ao final dessa novela, muitos capítulos virão, porque a divulgação das conversas que a deputada fez, a cada dia surpreende e, aos poucos, em doses homeopáticas são mostradas pela mídia. O angu tem caroço? Tem. Mas está muito mal contada. Nem precisa ser especialista em política para começar a entender como a falta de ética de uns tem colaborado para colocar todos os políticos no mesmo barco. Depois de Juruna, há décadas passadas que usava o gravador para cobrar promessas, veio Durval Barbosa, um pouco mais sofisticado, com gravações (áudios e vídeos) e deu ideia para todo mundo usar este subterfúgio. O pior é que a cada momento surgem áudios com outros personagens que fazem com que aumente o elenco desta novela. Ainda não se tem uma posição do MPDFT, mas espera-se uma rapidez de forma que sejam esclarecidas essas artimanhas e a verdade tenha espaço de uma vez por todas.

SALVE-SE QUEM PUDER Nada de novo, tudo velho, só a indignação que aumenta ao ver hospitais entregues a própria sorte. Se tiver remédio bem se não amém e a população não tem a quem recorrer, pois seus representantes na casa do povo, ou melhor Câmara Legislativa, estão preocupados toda vez que aparece mais um áudio comprometedor, como explicar o que foi dito? Porque explicar aonde está sendo aplicado dinheiro das multas e impostos para a população realmente não está na lista de prioridades dos políticos. Educação como saúde, passa por maus bocados, ou melhor de recuperação. Segurança pública vive numa guerra interna polícia militar X polícia civil, e o transeunte que segure bolsa e celular, pois os ladrões estão por aí. Ana Maria Siqueira de Jesus, 56 anos, dona de casa

Editado e impresso por Comunidade Editora Ltda. SIG Q 2 nº 580 ‑ CEP: 70610‑420 ‑ Brasília/DF Publicação semanal e distribuídos gratuitamente no Lago Sul, Lago Norte, Asa Sul, Asa Norte, setores Octogonal, Sudoeste e Águas Claras. Geral: (61) 3441‑0200 / Comercial: (61) 3441‑0272 / Redação: (61) 3441‑0212 / Criação: (61) 3441‑0219 www.maiscomunidade.com.br / www.jornaldacomunidade.com.br / redacao@grupocomunidade.com.br


Caderno A

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

A3

CENTRO DE CONVENÇÕES Toninho Tavares/Agência Brasília

GALERIA DOS ESTADOS

JORNAL DA COMUNIDADE |

Administração vai para uma PPP

Avança o processo de regularização O processo de regularização da Galeria dos Estados, que fica entre o Setor Comercial Sul e o Setor Bancário Sul, avançou nas últimas semanas. A estimativa da Secretaria de Gestão do Território e Habitação é que todos os comerciantes do local estejam regulares até o fim do ano. Desde 29 de agosto, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) visita a galeria e, por meio de notificações, ajuda a verificar a situação dos estabelecimentos. Segundo o assessor de Coordenação de Território da Administração Regional do Plano Piloto, Marcos Eduardo Siqueira de Santana, existem espaços na Galeria dos Estados ocupados há mais de 40 anos. E, das 80 lojas, 22 estão fechadas. “Essa ação é para diagnosticarmos as irregularidades ali.” De acordo com a diretora de Atividades em Mobiliário Urbano da Secretaria de Gestão do Território e Habitação, Josiane de Freitas, os pontos comerciais disponíveis serão licitados. Além disso, será feita uma análise documental de todos os lojistas da galeria para saber se eles atendem ao previsto na Lei nº 4.954, de outubro de 2012, que estabelece critérios para a exploração de atividade econômica por terceiros em espaços públicos. Quem atender aos requisitos, como a permanência no local desde antes de outubro de 2012, receberá um termo de permissão da Secretaria de Gestão do Território.

Tony WinstonAgência Brasília

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Saiu o edital de licitação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A concorrência para escolher o concessionário que administrará a estrutura por 20 anos está aberta até 24 de outubro. Nesse período, a Subsecretaria de Parcerias Público-Privadas, da Secretaria de Fazenda, receberá as propostas da iniciativa privada. O valor mínimo esperado de outorga é de R$ 1,5 milhão por ano –quem propuser a maior quantia vence. O aviso foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal de quinta-feira (8). Serão três momentos. O primeiro é tradicional de licitações, com a apresentação das propostas em envelopes na sessão pública de abertura do certame, em 25 de outubro, às 10h30, na Subsecretaria de Parcerias Público-Privadas (Setor Bancário Norte, Quadra 2, Bloco A, Ed. Vale do Rio Doce, Sala 902). O segundo, uma indicação da Procuradoria-Geral do DF, é o recebimento de propostas verbais – nessa fase, participa apenas quem tiver valor correspondente a, pelo menos, 80% da maior oferta apresentada na etapa anterior. O terceiro será a análise da documentação. Esclarecimentos ou informações complementares a respeito da licitação podem

Reprodução da Internet

Governo pretende transferir a administração do local para a iniciativa privada por 20 anos

Objetivo da concessão é a reforma, a modernização e a operação do Centro

ser pedidos por escrito para a Subsecretaria de Parcerias Público-Privadas ou pelo e-mail ppp@fazenda.df.gov. br. O contato deve ser feito até as 17 horas de 5 de outubro, identificando o item ao qual se refere a solicitação. É a última chance para elucidações no processo, que já teve audiência pública, em 10 de maio, e duas consultas públicas – de 20 de abril a 20 de maio e de 22 a 29 de agosto.

Concessionário pode explorar O objeto da concessão é a reforma, a modernização e a operação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e de áreas adjacentes, para que se promovam feiras, exposições e even-

tos. Antes fixado em R$ 79 milhões, o investimento inicial pelo parceiro privado passou por drástica revisão, e a quantia não deve passar de R$ 5 milhões. Serão R$ 3,5 milhões para a reforma do prédio, com pintura e fiação, entre outros itens, e R$ 1,5 milhão para a revitalização da Praça dos Namorados, em frente ao centro. Entre as possíveis fontes de receita para o concessionário estão alimentação, áreas de exposição, auditórios, comissões de contratos, estacionamento privado, internet e telefonia, publicidade on-line, salas multiuso e de apoio e serviços de recepção. “Apesar da mudança no valor do investimento, o objetivo principal dessa par-

ceria não mudou: queremos uma administração especializada que aqueça a economia e fomente o turismo da cidade”, ressaltou o subsecretário de Parcerias Público-Privadas, Rossini Dias. Palco ideal para eventos de médio e grande porte, o Centro de Convenções tem 54 mil metros quadrados de área construída. O espaço é dividido em três alas – Norte, Sul e Oeste – e cinco auditórios – um deles, o Master, com capacidade para três mil pessoas –, 13 salas moduláveis, áreas de apoio e espaços para feiras e exposições. Mais informações em www. parceria.df.gov.br. (Guilherme Pera, Da Agência Brasília).

Esplanada dos Ministérios

Desfile da Independência reuniu 25 mil Vítimas poderão acionar a PM com aplicativo Cem mulheres de Brasília sob medidas de proteção de urgência – previstas na Lei Maria da Penha – vão participar do projeto-piloto de implementação do sistema de segurança protetiva da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social. Com um aplicativo para celulares, quando se virem ameaçadas pelo agressor, vítimas de violência doméstica poderão acionar a Polícia Militar (PM) ao clicar no “botão do pânico”, como é conhecida a ferramenta em outras unidades da Federação. As chamadas feitas por meio do aplicativo aparecerão com prioridade nas telas da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) (foto acima), que recebe as ligações do telefone 190, da PM. Ou seja, elas vão “furar” a fila. A Ciade acionará o batalhão da área, que imediatamente deverá deslocar uma patrulha para o local. Para usar o programa, as mulheres terão de preencher um termo de responsabilidade, e, em hipótese alguma, os agressores poderão saber que elas contam com o aplicativo. Uma solução é estudada para os casos em que o celular da vítima for incompatível com a tecnologia. Uma possibilidade é o governo comprar aparelhos com o dinheiro arrecadado em transações penais – quando a punição de um condenado por crimes de menor potencial ofensivo é pagar um determinado valor.

O desfile do 194º aniversário da independência do País reuniu cerca de 25 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Os espetáculos aéreo e terrestre prenderam a atenção dos brasilienses que encheram as galerias montadas para as apresentações. O presidente da República, Michel Temer, chegou por volta das 9 horas, em carro fechado, e rece-

beu as honras do Batalhão da Guarda Presidencial. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, receberam o chefe do Executivo Federal. “É sempre um momento muito especial celebrar a independência da pátria e reforçar os valores da democracia no nosso País”, afirmou Rollemberg. Hino da Independência

Em coro regido pela fanfarra do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, auxiliado pelo músico brasiliense Alysson Takaki, o público na Esplanada dos Ministérios cantou o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida, o regimento tocou o Hino da Independência, acompanhado por alunos do Colégio Militar de Brasília. Após a chegada do Presidente da República, o

comandante militar do Planalto, general de divisão Cesar Leme Justo, solicitou autorização para dar início ao desfile cívico-militar. Coube ao ginasta e medalhista olímpico Arthur Nory, que é militar, apresentar o fogo simbólico da pátria. Cerca de 2,4 mil militares das Forças Armadas desfilaram. (Guilherme Pera E Ádamo Araújo, Da Agência Brasília).

JOGOS OLÍMPICOS

Alunos da rede pública fazem homenagem As 14 regionais de ensino do Distrito Federal estiveram representadas, divididas em 18 blocos. Alunos da rede pública homenagearam os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, encenando modalidades como a ginástica artística e o futebol. Bandas das regiões administrativas do Gama, do Guará, de Planaltina e de Santa Maria acompanharam

o pelotão ao som de músicas temáticas dos Jogos. Morador de Brasília há quatro anos, o baiano Leandro Oliveira, de 33 anos, levou o filho, Leonardo, de nove anos, para ver o desfile da capital federal pela primeira vez. “Já assisti em outros estados, mas nenhum se compara ao daqui”, disse. Entre outras atrações, houve a pirâmide humana da polí-

cia do Exército, com 47 militares em cima de uma motocicleta. O desfile chegou ao fim por volta das 11h20, com as manobras da Esquadrilha da Fumaça. Compareceram ao evento, entre outras autoridades, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo

Maia (DEM-RJ), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Cerca de 1,5 mil policias militares cuidaram do esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios. Além deles, o evento contou com o apoio de bombeiros militares, agentes do Departamento de Trânsito e policiais civis. CMYK


A4

| JORNAL DA COMUNIDADE

Caderno A

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

Antônio Cruz/ABr

PESQUISA

Impeachment deixou imagens arranhadas Eduardo Cunha é o nome com maior desaprovação, com 77% de avaliação negativa

Cunha teve o pior desempenho de aprovação

O processo de impeachment não poupou os principais nomes da cena política monitorados pela Ipsos e corroeu os índices de aprovação de praticamente todos, tanto dos que se opunham ao processo

quanto de seus apoiadores. Os dados são do Barômetro Político da Ipsos, parte do estudo mensal Pulso Brasil. A edição mais recente da pesquisa foi realizada do dia 30 de julho a 9 de agosto, com 1.200 entrevis-

tas presenciais em 72 cidades brasileiras. A ex-candidata à presidência da república Marina Silva foi quem viu a maior deterioração em seus níveis de aprovação. Entre abril, mês em que o processo de impeachment de Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e agosto, mês em que o Senado decidiu sobre o afastamento definitivo da presidente, o índice de aprovação de Marina recuou 19 pontos percentuais, de 48% para 29% no período. Já sua desaprovação subiu de 44% para 58%, também a maior alta entre os nomes monitorados. A margem de erro é de três pontos percentuais. Outro que sofreu com o processo foi o senador Aécio Neves, que viu sua aprovação cair 11 pontos percentuais no período, de 31% para 20%. Sua desaprovação, contudo, não subiu na mesma proporção: saiu de

59% para 64%. Também houve alta no índice dos que afirmam desconhecer o senador, de 10% para 16%. Atrás de Marina, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o deputado federal Jair Bolsonaro foram os que viram a maior elevação em seus índices de desaprovação. A avaliação negativa de Cunha saltou de 65% para 77%, enquanto a de Bolsonaro subiu de 41% para 53% no período. Dilma possui um dos mais altos índices de desaprovação entre os nomes monitorados, com 71%, atrás apenas de Cunha. Já sua aprovação em agosto ficou em 23%. Michel Temer, também sofreu com o processo. Sua desaprovação saltou seis pontos percentuais desde abril e ficou em 68% em agosto, enquanto sua aprovação recuou de 24% para 21%. A taxa dos que afirmam desconhecer Temer ficou em 11% no mês.

ASA SUL

Aprovada lei que regulariza os puxadinhos Os lojistas poderão ocupar área adicional de, no máximo, 21 metros quadrados Após meses de debate e discussões técnicas na Câmara Legislativa, os deputados distritais aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei Complementar nº 71/2016, do GDF, que regulariza os “puxadinhos” no comércio da Asa Sul, com cobrança de taxas de ocupação. De acordo a versão final do projeto, que foi discutido com representantes de entidades ligadas ao comércio e com associações de moradores, os ocupantes das áreas adjacentes às lojas poderão ocupar área adicional de, no máximo, 21 metros quadrados – incluindo os seis metros ao fundo da loja. Além disso, nas áreas entre os blocos comerciais, terá que ser respeitado espaço mínimo de circulação de dois metros para os pedestres. Os comerciantes poderão guardar o mobiliário à noite, como móveis e cadeiras, em áreas de até dois metros. Conforme negociação envolvendo a Comissão de Assuntos Fundiários da Casa (CAF), a Federação do Comércio (Fecomércio) e CMYK

representantes do governo, os empresários terão prazo de até 120 dias após a sanção da lei para apresentarem o projeto arquitetônico e a solicitação de regulamentação da área ocupada. No projeto original do governo, o prazo previsto era até 31 de outubro deste ano. Um dos itens acatados que mais provocou discussão durante a tramitação do projeto foi a sugestão dos empresários para que a cobrança da taxa de ocupação fosse fixada tendo como parâmetro apenas o valor do IPTU do imóvel – em vez de se considerar, também, o seu valor venal, conforme queria o governo. Em virtude da gravidade da crise econômica que afeta o comércio local, foi incluída no projeto a concessão para que não haja cobrança da taxa no primeiro ano de vigência da nova lei. Também foram acatados descontos regressivos de 70% a 30% do valor da cobrança, nos dois anos subsequentes. A partir do quarto ano, o valor da cobrança será integral.


Caderno A

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

JORNAL DA COMUNIDADE |

CONCESSIONÁRIAS

Aço pode ser caminho para economia

A compra do carro novo num ambiente online de vendas gira em torno de 11 horas

Reprodução da Internet

CONSTRUÇÃO

A5

O consumo consciente de energia elétrica virou regra para consumidores evitarem excessos na conta de luz. A situação levou o setor de materiais de construção a valorizar um dos produtos que mais geram e economizam energia: o aço. De acordo com o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), a alta resistência deste material permite telhados e fachadas leves e transparentes, além de estruturas com vãos mais amplos, que favorecem a iluminação natural e, consequentemente, a economia de energia elétrica. “São projetos inteligentes que deixam o ambiente naturalmente mais claro, sem a necessidade de luz artificial durante o dia”, confirma Roil Pinheiro, diretor comercial da Pinheiro Ferragens. Segundo Roil, os prédios construídos em aço são energeticamente eficientes e exigem pouca manutenção. Os painéis de aço córten, por exemplo, funcionam como protetores solares dependendo do projeto arquitetônico, permitindo entrada de ar e passagem de luz. “A ventilação é muito importante, pois evita o uso excessivo do ar condicionado”, reforça o diretor comercial da Pinheiro Ferragens. Vale ressaltar ainda que o ar condicionado representa 2 a 5% do valor da conta de luz. O custo é viável e chega até a ser mais barato que o convencional. No canteiro de obras, o aço não demanda o uso exagerado de água ou energia, proporcionando uma economia em valores e atendendo a política atual do meio ambiente.

Quatro Curiosidades do aço como importante fonte de eficiência energética

1. A produção do aço está entre as que mais investem em geração própria de energia hidroelétrica;

2. O aço facilita a adoção de soluções de isolamento

interno, que são altamente benéficas em relação ao consumo de energia;

3. Seu baixo peso permite a construção de edificações

com inércia térmica muito baixa – solução particularmente vantajosa para edificações ocupadas durante o dia como escritórios, onde o calor é, em parte, produzido pelos próprios ocupantes, computadores e pela iluminação;

4. Em residências, o ambiente pode ser climatizado em

poucos minutos, visto que os elementos construtivos não absorvem nem transmitem energia.

Rede muda perfil do comprador de carro 84% dos brasileiros usam a internet para pesquisas dentro das concessionárias Muitas vezes os leads (uma pessoa que tem, de alguma forma, interesse nos produtos ou serviços da sua empresa) não vêm das visitas dos clientes, mas das redes sociais de cada concessionária. A internet automaticamente transformou o jeito de vender carros: prospecção pelo Whatsapp; tira-dúvidas pelo inbox, no Facebook; app para agendamento de horário. Essa nova realidade vem chamando a atenção dos concessionários. A tendência é que as empresas invistam cada vez mais em treinamento

qualificado e técnico aos colaboradores. Na avaliação do vice-presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Automotores do Distrito Federal (Sincodiv-DF), Alessandro Soldi, os consumidores buscam hoje uma interação diferente de quatro anos atrás. “É preciso adotar verdadeiramente a internet nas lojas, especialmente a móvel. As concessionárias devem ajustar todos os processos e suas operações para acomodar esta modalidade de interação com o

cliente. Nas redes sociais é sempre bom promover ações, eventos e campanhas”, alerta Soldi. É tanto entusiasmo que o tempo gasto na compra do carro novo num ambiente online de vendas gira em torno de 11 horas. Segundo Santiago Chamorro, presidente da General Motors do Brasil, em fala no 26º Congresso & Expo Fenabrave, “Tornou-se comum eles solicitarem a senha do Wi-Fi nas concessionárias, por exemplo. Não à toa, as pesquisas acusam que cerca de 84% dos brasileiros usam a inter-

net para pesquisas na hora da negociação dentro das concessionárias, e 87% iniciam a busca virtualmente”, diz. Para Soldi, transformar a experiência do cliente em algo inesquecível deve ser a pauta número um de toda empresa. “É fácil cobrir o preço, mas surpreender o consumidor gera naturalmente um buzz e muitos leads”, comenta o vice-presidente do Sincodiv-DF. A satisfação e fidelidade do cliente, a participação de mercado e a rentabilidade são o que garantem sucesso nas vendas.

G20

Participação do Brasil fez o sucesso esperado O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto ao lado), disse que a participação do Brasil no encontro de cúpula do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, foi um sucesso e o interesse de investimento no país é muito grande. Meirelles fez parte da comitiva do presidente Michel Temer que foi a Hangzhou (China) participar da cúpula. “O interesse por investimento no Brasil é muito grande e, portanto, é, de fato, um dado extremamente promissor porque mostra que todos confiam na recu-

peração do Brasil e estão preparados para considerar a hipótese de investimentos aqui. Existem países que pretendem, inclusive, avançar em negociações comerciais. Em resumo, foi tudo muito bem”, destacou. De acordo com o ministro, a comitiva brasileira apresentou os principais pontos que o país hoje defende, seja no âmbito internacional, na área climática, por exemplo. Seja na área de relações comerciais justas. “E também levantamos claramente hoje qual a situação do Brasil e o que nós temos feito e o que

estamos propondo - a recuperação da economia brasileira. Foi uma participação muito importante”, disse. Segundo Henrique Meirelles, todos – durante a reunião na China - tinham muito interesse em saber

o que está acontecendo no Brasil.”Portanto, foi muito bem e todos [estavam] muito interessados em entender exatamente qual é a situação e o que está acontecendo na economia brasileira hoje”, afirmou. A Cúpula do G20 teve como tema principal a construção de uma economia mundial inovadora, interdependente e inclusiva. Na abertura do encontro, o presidente da China, Xi Jinping, disse que o G20 deve mudar para se transformar de um fórum de discussão para mecanismo ativo.

TRABALHO

Reforma será enviada este ano O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, informou que a reforma trabalhista deve ser encaminhada ao Congresso Nacional até o fim deste ano. Entre as medidas, está a jornada diá-

ria de até 12 horas. Atualmente, contratos de trabalho com jornadas superiores a oito horas diárias são frequentemente questionados pela Justiça. O documento deve incluir a criação de dois

novos modelos de contrato. A pasta avalia considerar o tipo que inclui horas trabalhadas e produtividade, além do modelo que já vigora atualmente, baseado na jornada de trabalho. CMYK


A6

| JORNAL DA COMUNIDADE

Caderno A

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

Reprodução da Internet

mobile learning

Pesquisa analisa a eficácia do estudo Trabalho pode ser bastante útil para quem vai prestar vestibular ou Enem

Aplicativo ajuda a aprender e memorizar

O Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), desenvolve pesquisa com o uso de um apli-

cativo gratuito baseado em mobile learning (m-learning), ou seja, aprendizagem móvel (aprender em qualquer lugar, a qualquer momento), que pode ser de grande ajuda para quem vai prestar vestibular ou Enem.

Chamado de APProvado, o aplicativo é baseado em duas técnicas de aprendizado propostas pela literatura internacional na área de Neurociências Cognitivas: a prática de recordar o conteúdo (chamada de efeito do teste) e a de distribuir as sessões de aprendizagem ao longo do tempo (efeito do espaçamento). A pesquisadora Roberta Ekuni de Souza, que elabora sua tese de doutorado sob a orientação da professora Sabine Pompeia, explica que a melhor forma de aprender é tentar lembrar do conteúdo dado, sem ‘colar’. “Deve-se também sempre conferir se acertou, para consolidar somente informações corretas. E o aplicativo em questão tem justamente essa função”.

Para isso, serão enviadas cinco questões de Biologia por dia para os celulares dos usuários para que eles pratiquem o ato de recordar os conteúdos já vistos. Logo que o usuário responde, ele é informado se acertou ou não. Se errou ou não sabe a resposta, não há problema. As questões repetem-se em intervalos de tempo diferentes ao longo de 12 semanas, fazendo com que os usuários tenham várias oportunidades de aprender ou consolidar os conteúdos. “O importante é exercitar o lembrar e, preferencialmente, fazê-lo de forma espaçada, um pouco a cada dia. Essa prática, confere ganhos substanciais à duração de informações em nossa mente”, destaca Roberta.

Como participar Qualquer pessoa com mais de 16 anos pode usar o aplicativo, o que ajudará os usuários a serem “APProvados” no vestibular, Enem, na escola. As pesquisadoras estudarão qual o melhor esquema de repetição para aumentar ao máximo o aprendizado. Para participar, acesse: www.approvado.com.br. Mais informações podem ser obtidas no vídeo https://youtu.be/ HHtNps1Vktc ou com a pesquisadora Roberta Ekuni de Souza pelos e-mails: approvado@gmail.com / robertaekuni@gmail.com.

DOCUMENTOS

Roubo de identidade é que mais prejudica Isto, pelo uso indevido de documentos, fotos e informações da vítima O roubo de identidade é caracterizado pelo uso indevido de documentos, fotos e informações de contato da vítima sem a sua autorização. Os criminosos formam quadrilhas especializadas em extrair informações das pessoas e depois as usam para causar prejuízos financeiros, encobrir seus crimes e até vendê-las na Deep Web, por isso a Norton aconselha que os usuários fiquem atentos. Como não percebemos os efeitos do golpe imediatamente, se comparado ao ransomware, por exemplo, alguns acreditam que ele é menos perigoso ou que não fazem parte do público-alvo dos criminosos. “Muitas pessoas não têm o costume de verificar suas contas bancárias com frequência e conferir o extrato de seus cartões de crédito. Porém, esses são práticas simples para identificar que a pessoa foi vítima deste golpe”, diz NelCMYK

son Barbosa, engenheiro de segurança da Norton. O que o criminoso pode fazer: • Comprar ou contratar serviços: com o cartão de crédito da vítima, o criminoso pode comprar produtos e/ou contratar diversos serviços; • Roubar as economias: com as credenciais de acesso do Internet Banking, cibercriminosos podem resgatar e sacar o saldo de investimentos ou da poupança; • Solicitar cartões de crédito e abrir contas em bancos: para maximizar o ganho financeiro, é possível ainda solicitar cartões de crédito e abrir contas correntes usando os dados das vítimas. Basta confeccionar os documentos falsos e usar uma pessoa, chamada de “mula”, para comparecer pessoalmente ao banco.


Caderno A

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

A7

SAÚDE Reprodução da Internet

TRATAMENTO

JORNAL DA COMUNIDADE |

Mortes por depressão aumentaram 705%

Artrite reumatoide é comum no Brasil Considerada uma doença da velhice, a artrite reumatoide é comum no Brasil e já atinge 0,46% da população. São mais de 150 mil novos casos registrados por ano. O sistema imunológico do corpo de quem sofre com a condição ataca o próprio tecido, juntas e, nos casos mais graves, pode até mesmo comprometer os órgãos internos. Isso gera o desgaste do revestimento das articulações, causa rigidez e inchaços doloridos. O reumatologista Levi Jales Neto explica que, conforme a doença avança, a inflamação pode deformar as articulações e erodir os ossos irreversivelmente. “Não há cura para condição, que é crônica e pode durar vários anos ou a vida inteira. Mas, atualmente existem medicamentos que podem desacelerar sua progressão, melhorar a dor e a qualidade de vida das pessoas”, explica. A medicação imunobiológica é uma delas. “Esse tratamento é inovador e perfeitamente capaz de substituir as altas dosagens de corticoides presentes em tratamentos anteriores. A mudança pode gerar mais conforto e qualidade de vida ao paciente, que lida com menos efeitos colaterais.” Já existem diversos medicamentos desta linha aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Artrite Reumatoide O que é? Doença inflamatória crônica das articulações, que resulta em lesão articular, dor, perda de função e incapacidade motora. Sintomas mais comuns: Rigidez muscular; Articulações vermelhas, inchadas, doloridas e sensíveis; Fadiga e diminuição do apetite; Dores mais comuns em regiões como punhos, mãos, pés, cotovelos, ombros, joelhos e tornozelos. Prevenção: “Alimentação balanceada, prática de exercícios físicos regularmente e check-up são medidas para se prevenir e amenizar as consequências da patologia”, afirma o reumatologista do Hospital São Camilo.

Em 16 anos, o número de mortes relacionadas com depressão cresceu 705% no Brasil, mostra levantamento inédito feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nos dados do sistema de mortalidade do Datasus. Estão incluídos na estatística casos de suicídio e outras mortes motivadas por problemas de saúde decorrentes de episódios depressivos. Foi a depressão, somada à dependência química, o que provavelmente levou o ator americano Robin Williams, de 63 anos, a se matar. Os dados mostram que, em 1996, 58 pessoas morreram por uma causa associada à depressão. Em 2012, último dado disponível, foram 467. O número total de suicídios também teve aumento significativo no Brasil. Passou de 6.743 para 10.321 no mesmo período, uma média de 28 mortes por dia. As taxas de suicídio são muito superiores às mortes associadas à depressão porque, na maioria dos casos, o atestado de óbito não traz a doença como causa associada. No Brasil, a faixa etá-

Reprodução da Internet

Estão incluídos casos de suicídio e outros óbitos motivados por problemas de saúde

DEPRESSÃO ria correspondente à terceira idade é a que reúne as estatísticas mais preocupantes. No caso de mortes relacionadas à depressão, os maiores índices estão concentrados em pessoas com mais de 60 anos, com o ápice depois dos 80 anos. No caso dos suicídios, embora os números absolutos não sejam maiores entre os idosos, a maior taxa de crescimento no período analisado ocorreu entre pessoas com mais de 80 anos. Entre 1996 e 2012, o suicídio cresceu 154% nesta faixa etária. Segundo especialistas, o aumento de suicídios e de

Considerada um dos maiores males da modernidade, a depressão atinge 5% da população mundial, aproximadamente 350 milhões de pessoas, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Para cada homem com depressão no mundo, duas mulheres sofrem com o problema, ainda segundo a OMS. Ela é caracterizada não apenas pelo sentimento de tristeza, mas também por falta de ânimo, de energia, dificuldade de concentração e de tomar decisões, distúrbios do sono e do apetite e sentimento de desesperança. “Isso acontece devido a fatores biológicos (genéticos, hormonais); psicológicos (maneira de se enfrentar as situações que tenham impacto negativo na vida); e psicossociais (jornadas duplas de trabalho, incluindo cuidado dos filhos e da casa, e competitividade do mercado de trabalho)”, explica a psicóloga Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein

mortes associadas à depressão está relacionado com dois principais fatores: o aumento das notificações e o crescimento de casos do transtorno. Como o assunto é mais discutido hoje, há

maior procura por atendimento médico e mais diagnósticos, mas também está provado que a incidência da depressão tem aumentado nos últimos anos, principalmente nos grandes centros.

ESPERANÇA

Cura do câncer infantil chega a 70% Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica alerta que cura da doença pode chegar até 70% dos casos diagnosticados precocemente. No mês de conscientização do câncer infantojuvenil, Setembro Dourado, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta que a doença é a segunda causa de morte na faixa

etária entre um e 19 anos, perdendo apenas para causas externas como acidentes e violência. O tratamento vai muito além do papel dos hospitais. É preciso um atendimento que atenda a criança na sua necessidade biopsicossocial. Para isto, a importância do empenho de diversos setores que trabalhem juntos em

prol de uma causa deve ser priozada. De acordo com índices, 70% das crianças são curadas quando são diagnosticadas a tempo e tratadas em centros especializados. O Brasil possui uma taxa de cura em torno de 50% dos casos, distante de países como Estados Unidos, cuja a taxa de cura é de 80%. Segundo o Instituto Nacional do Câncer

(Inca), surgem 12 mil diagnósticos de câncer infantil a cada ano, com pico de incidência na faixa de quatro a cinco anos, e um segundo pico entre 16 e 18 anos. Os tipos de câncer infantil mais comuns são as leucemias, depois tumor o sistema nervoso central (conhecido como cerebral) e linfomas (câncer dos gânglios linfáticos).

CMYK


A8

| JORNAL DA COMUNIDADE

Caderno A

CINEMA

Brasília, 10 a 16 de setembro de 2016

Fotografia infantil

Começa no dia 20 o 49º Festival A capital federal receberá, a partir do dia 20 de setembro, o 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O festival vai apresentar nove longas-metragens e 12 curtas ou médias-metragens na Mostra Competitiva. A eles se somam outros 20 filmes de mostras paralelas e sessões

especiais. Serão exibidos 40 filmes. Produções de todas as regiões do Brasil vão disputar o Troféu Candango e prêmios no valor de R$ 340 mil. Já a Mostra Brasília exibirá seis curtas e médias-metragens e seis longas que vão concorrer a R$ 200 mil em prêmios. O curta-metragem

Improvável Encontro, de Lauro Escorel, e o longa-metragem Cinema Novo, de Eryk Rocha, vão abrir o festival, no Cine Brasília, apenas para convidados. O filme Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, será exibido no encerramento do festival para celebrar os 20 anos

da produção e a retomada do cinema pernambucano. O secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, avalia que este ano o festival será mais robusto, passando de seis para nove longas-metragens em competição, com um novo processo de seleção dos filmes que participam do evento.

A arte de captar sorrisos com sucesso A arte de fotografar tem ocupado grande parte da vida do Tio Vaninho, fotógrafo profissional, formado em Brasília, que tem se dedicado a esta arte com devoção. E tanto fez que acumulou experiências, especialmente em festas infantis, que agora vai dividir com o público que ele clicou e com os profissionais da área. Tio Vaninho vai publicar, em outubro deste ano, o livro “Fotografia de Festa Infantil”, cuja venda estará disponível no site www.tiovaninho.com.br. Está previsto para que em 2017 seja publicada uma versão em inglês, para ser lançado nos Estados Unidos. Até chegar aqui Tio Vaninho percorreu uma longa caminhada. Das fotografias de casamento à paixão das festas infantis foi um pulo, trabalho que lhe tem rendido reconhecimento no mercado de festas. Com o sucesso, surgiram convites para participar de feiras de eventos, congressos, palestras e exposições e muitas entrevistas para falar sobre seu trabalho e o diferencial de fotografar crianças. “Meu diferencial é fotografar com alegria, amor e sensibilidade.

INDEPENDÊNCIA

Virada chama a atenção para a preservação Além do tradicional desfile do Dia da Independência, a capital federal sediou no 7 de setembro o primeiro dia de programação do projeto Virada do Cerrado com grande mobilização, em diversos pontos do Distrito Federal, em prol da educação ambiental. Os eventos incluiram atividades educativas, esportivas e culturais, como palestras, mutirões, feiras e shows. Durante a cerimônia de abertura, no Parque das Garças, a presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Jane Villas Boas, e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, defenderam a preservação do cerrado e a “virada” de consciência da população quanto aos desafios e soluções possíveis.

Programação O projeto Virada do Cerrado segue até este domingo (11). Nos dias 10 e 11, estão previstas atividades culturais, esportivas e lúdicas para todos os públicos de diferentes idades.

GRUPO G7

Amar é brega volta ao teatro O grupo de teatro de comédia G7 volta este mês com o sucesso “Amar é Brega. A peça estreou no primeiro semestre deste ano e levou um público recorde de 20 mil espectadores ao teatro. O espetáculo volta com novidades, em curta temporada.

SERVIÇO Dias: 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de Setembro – 1º e 2 de Outubro. Sábados: 19 e 21 horas e domingo às 19 horas. Teatro Marista 615 Sul - Brasília - DF Informações: 61-99351-1369 (Whatsapp)/ g7comedia.com.br. Classificação: 12 anos. CMYK


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.