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__________________________________ Boa parte de mim vai embora

>> Coletivo Corporeidade

(Belo Horizonte/MG)

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SINOPSE Uma artista jovem-adulta, enfrenta dilemas acerca da percepção do tempo na humanidade e em seu processo artístico, após uma reflexão desencadeada por uma frase escrita em um ônibus, ela parte para um processo de redescoberta artístico-pessoal, na tentativa de ‘Afetar’ o mundo, através do movimento.

FICHA TÉCNICA Diretora, roteirista, Câmera: Massuelen Cristina | Roteirista, Câmera: Vitú de Souza | Editor e Montagem: Kaio Braga | Produtor: Luís Otávio | Atriz principal: Papillon | Figuração e efeitos especiais práticos em cenografia: Nathan Motta | Duração: 15 minutos | Indicação etária: 12 anos

Transmitido no dia 18 de outubro de 2021 Foto: Divulgação

Por Kaio B., Luis Xavier, Massuelen Cristina, Polliane Martins, Vitor Medeiros

O que vai e o que fica? Digo do tempo, das pessoas e dos lugares. Boa parte de mim vai embora, todos os dias. Acordo às quatro da manhã, pego ônibus às cinco, trabalho o dia todo, quando chego em casa faço comida, durmo e reinicio meu ciclo acordando às quatro da manhã.

Boa parte dos brasileiros, vem repetindo esse ciclo, nos últimos anos, seja pela pandemia, ou pelo sucateamento do nosso trabalho, de nossas mentes e de nossos corpos. Todos os dias a reclusão de sonhos, a falta de contato físico (consentido) a rotina frente a falta de opção e segurança.

Todos os corpos negros nascem e morrem cotidianamente de forma desigual, a cada noticia, a cada palavra não dita e a cada palavra ferida, todos os corpos negros seguem sendo vitimas, sendo “linha de frente” nessa guerra invisível, a pandemia criou um trincheira social, todo negro é fronte de um barreira que nunca pode ser derrubada.

Qual a realidade iremos encontrar nos livros futuramente? Quem vai contar a história, dos milhares brasileiros que não puderam cumprir o distanciamento social, porque tinham que trabalhar ?

Boa Parte De Mim Vai Embora é um curta-metragem criado a partir de uma ficção, distópica, é um diálogo sobre medo, sofrimento, perda e coletividade, num período de instabilidade onde a própria realidade se confunde com uma cruel alegoria de rotina exacerbada.

A rua é o cenário escolhido para contar essa história, a rua é uma grande extensão de coletividade, onde propósitos distintos unem uma gama de corpos que só procuram o mesmo destino: lar. Uma coletividade muitas vezes apagada, deturpada e uma imagética livre que tem todos os dias significados distintos para quem a perpassa.

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