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____________ Abel
>> Peixes sem aquário
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(Betim/MG)
SINOPSE Dizem que ” o que os olhos não veem o coração não sente…” digo o contrário, o que os olhos não veem há milhares de corações sentindo tanto, tanta dor e sofrimento. Você que lê essa sinopse, olhe para o lado. Você conhece a história dessa pessoa que vive na sua casa por tantos anos? Que você insiste em dizer que conhece. Sabe a história por debaixo dos panos ou por debaixo do seu nariz? Você pode imaginar o que pode acontecer…? Ainda mais algum desconhecido que passa pelo seu lado, sabe da história deste? dos seus estigmas, consegue identificar um trauma físico e psicológico em alguém? Imagina seus pesadelos, digo pesadelos da vida real. Já olhou nos olhos de uma criança e sentiu que sua inocência foi arrancada delas. Vale ressaltar que essas crianças desenvolvem super poderes: Auto-sabotagem, macrófobia, bipolaridade, depressão crônica, raiva, ódio, vontade de morrer, vontade de matar.
FICHA TÉCNICA Direção: Direção coletiva | Roteiro: Minerva, Douglas Rosalino & Arthur Rogério | Edição: Minerva | Direção de arte: Thales Brener Ventura | Dramaturgia: Arthur Rogério | Figurino: Arthur Rogério & Douglas Rosalino | Trilha sonora: Minerva | Atuação: Arthur Rogério | Agradecimentos: Vania Alexandra de Souza, Carme Lúcia Mileno Soares, Heberson Lima de Oliveira, Leonardo Rosalino, Rhangel Rocha, Dara Borges & Bia Nogueira | Duração: 6 min | Indicação etária: 16 anos
Transmitido no dia 01 de novembro de 2021 Foto: Divulgação
Por Arthur Rogério
Esse trabalho pra mim foi uma grande descoberta. Poder ser esse personagem, viver tal dilema, algo que acontece com tantas e tantas pessoas mundo afora. Foi um processo de pesquisa muito intenso, muita pesquisa. Nossa proposta era fazer algo bem real, algo que as pessoas que passaram por isso, pudessem de alguma forma se identificar. Mergulhar nessa dor, adentrar no universo desse personagem, me fez ver a vida de outra forma.
Por Minerva
O trabalho foi feito em conjunto. O Arthur Rogério me deu uma perspectiva de filme de terror e até pensamos em caracterizações que pudessem trazer esse teor, entretanto, conta a história de algo que é cotidiano, diário e que, não é praticado por monstros, mas por pessoas e que, esse é o fato mais aterrorizante. A partir disso tivemos reuniões e desenvolvemos o roteiro. Foi quando, mesmo antes de ter as cenas gravadas, eu já consegui pincelar o que viria a ser a edição de vídeo e som. Algo que desse o dinamismo necessário para um curta-metragem, que trouxesse uma carga de terror, com áudios desconexos e perturbadores, bem como engrandecesse a magnífica atuação feita por Arthur Rogério. A edição foi difícil, tiveram cenas extremamente fortes e bem conduzidas pelo Douglas Rosalino, mas que para o todo do curta, não foram incluídas na edição final do trabalho. É sempre complicado abrir mão de algo que sabemos que é bom, mas também entendemos a necessidade de priorizar um todo e fazer dele algo coerente.
Na edição eu optei por brincar com os tempos, às vezes em câmera lenta, às vezes muito rápidos, repetições e dar o devido destaque aos olhares da personagem. Busquei um equilíbrio para tentar trazer um aspecto sufocante, amedrontador, de que sempre há algo à nossa espreita e ela vai nos pegar a qualquer momento. Os sons foram pensados para crescer essa sensação. O Paulo Monteiro fez um noise especialmente para ser trabalhado no curta. Eu não via outra opção além de rangidos, barulhos, sons de guerra, porcos urrando a caminho do abate, para dar a dimensão bizarra e ilustrar, compor o imaginário da própria personagem.