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MECANIZADOS

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AGRÍCOLAS

AGRÍCOLAS

QUALIDADE EM OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DOS SISTEMAS AGRÍCOLAS MECANIZADOS

João Eduardo Azevedo Ramos da Silva

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1 Introdução

Devido à tecnologia incorporada em seus projetos, as máquinas agrícolas modernas conseguem produzir com capacidade operacional elevada e simultaneamente obter uma alta qualidade nas operações resultantes. Dessa forma, a mecanização viabiliza a agricultura comercial brasileira com custos de produção menores, o que amplia mercados e aumenta a arrecadação de divisas para o país. Em 2019, o PIB do setor agropecuário cresceu 1,3% em relação a 2018, com destaque para milho, algodão, laranja e feijão, totalizando R$322 bilhões de reais, parcela que corresponde a 5,2% do PIB (BRASIL, 2020). Nos vários estágios das cadeias produtivas agrícolas, do campo até a distribuição aos principais mercados consumidores, as operações logísticas são responsáveis por garantir o fluxo da produção. O transporte e a armazenagem são as operações logísticas que suportam a produção e precisam ser planejadas com a mesma importância das operações agrícolas, a fim de assegurar o suprimento a baixo custo.

Este capítulo aborda a qualidade das operações logísticas aplicadas aos sistemas agrícolas mecanizados. Muito embora o foco dessa publicação seja a qualidade da mecanização agrícola em si, este capítulo busca explorar a interface das operações logísticas com as duas áreas: qualidade e mecanização agrícola. As operações logísticas são bastante associadas à esfera militar, no apoio à manutenção do esforço de guerra no tocante à movimentação das tropas e ao suprimento de veículos, armas, alimentação, vestuário e outros insumos de forma eficiente e com baixo custo. O suprimento eficiente e barato também é objetivo das organizações produtivas no atendimento de seus clientes, seja na produção de bens ou na prestação de serviços, o que justifica a aplicação de práticas logísticas eficientes nas empresas para alcançar diferenciais de competitividade. Autor de referência em Logística e Cadeia de Suprimentos, BALLOU (2006) apresenta a definição de logística do Council of Logistics Management – CLM, organização profissional formada por gestores, professores e profissionais da área, e que se mantém como uma referência usual: “Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes” (BALLOU, 2006, p.27). A definição esclarece os objetos sujeitos às operações logísticas: bens (mercadorias), serviços e informações, cujo fluxo entre locais (e épocas) de origem e destino requer esforços de planejamento, implantação e controle. De qualquer forma, todo o trabalho da logística tem como propósito o atendimento pleno das exigências dos clientes, sejam clientes finais ou agentes intermediários, como indústrias transformadoras e membros das redes de suprimentos: distribuidores, atacadistas e varejistas. A realização das operações de maneira eficiente permite à empresa ofertante do serviço logístico uma distinção em relação à concorrência:  Para produtos ou serviços finais idênticos, uma empresa que executa suas atividades logísticas com menor custo pode usufruir de maior margem de lucro.  Da mesma forma, para produtos ou serviços finais idênticos, uma empresa com habilidade de promover uma entrega mais ágil, ou com maior precisão, ou com menos danos, por exemplo, certamente será escolhida em virtude do melhor nível de serviço. Aplicada ao setor agroindustrial, a logística à primeira vista possui a mesma importância dos demais setores produtivos. No entanto, a produção agrícola possui particularidades que aumentam a complexidade das operações logísticas e, consequentemente, sua importância.

A Figura 1 apresenta a estrutura utilizada nesse capítulo para explorar o vínculo entre os temas de logística, qualidade e sistemas agrícolas mecanizados. A seção 1 introduz o tema e apresenta a estrutura do capítulo. As seções 2, 3 e 4 são conceituais para respectivamente: apresentar as Operações Logísticas; expor as Particularidades do Setor Agroindustrial; e caracterizar os Sistemas Agrícolas Mecanizados. A partir desses temas, a seção 5 reúne os conceitos e expõe as Operações Logísticas dos Sistemas Agrícolas Mecanizados e como a qualidade de tais operações pode ser monitorada por meio de indicadores de desempenho.

Introdução 1 2 - Operações Logísticas

3 – Particularidades da Produção Agroindustrial

4 – Sistemas Agrícolas Mecanizados

5 - Operações Logísticas dos Sistemas Agrícolas Mecanizados

Qualidade das Operações Logísticas

Figura 1: Estrutura do capítulo.

2. Operações Logísticas

Ao se mencionar à área de logística, o senso comum faz uma associação quase que imediata às atividades de transporte e armazenagem. De fato, essas são as principais operações logísticas desde o início da humanidade. A produção agrícola, vinculada ao regime de safras, requer alguma técnica para conservar os dos produtos e proporcionar seu uso para além da época de colheita. Tal necessidade levou ao desenvolvimento das técnicas de armazenagem. Os registros de civilizações antigas revelam o uso de procedimentos como a salga de carnes e a secagem de grãos para conservação, bem como a confecção de utensílios como vasos e potes para a guarda e movimentação de cereais. O comércio dos excedentes da produção agrícola, e de outros artefatos, consolidou a importância do transporte, pois permitiu o consumo de produtos em locais geograficamente distintos daqueles em que eram originalmente produzidos. A rigor, lembra-se que foi o estabelecimento das rotas comerciais com o Oriente, por meio da navegação, que ampliou o desenvolvimento das potências europeias e o estabelecimento dos impérios coloniais. A sistematização dos conhecimentos da logística empresarial aplicada ao mundo dos negócios é bem mais recente, sendo praticamente consolidada apenas após a Segunda Guerra Mundial. Técnicas desenvolvidas militarmente, como a pesquisa operacional, ferramentas de posicionamento geográfico e tecnologias de informação e comunicação (TICs) foram absorvidas pelo setor produtivo e proporcionam um diferencial competitivo às organizações que as utilizam. BALLOU (2006) classifica as atividades logísticas em dois subconjuntos: atividades-chave e atividades de suporte, onde as atividades-chave são assim chamadas por comporem o circuito crítico do canal de distribuição imediato das empresas, e por representarem a maior parte dos custos ou serem essenciais para a missão da logística (Quadro 1).

Quadro 1: Atividades logísticas: atividades chave e de suporte segundo BALLOU (2006).

Atividades-chave Atividade de suporte

 Padrões de serviço ao cliente  Transportes  Administração de estoques  Fluxo de informações e processamento de pedidos  Armazenagem  Manuseio de materiais  Compras  Embalagem protetora  Cooperação com a produção  Manutenção de informações

Conforme o autor citado, o circuito crítico dos serviços ao cliente é um conceito representado pelo ciclo típico de atividades entre o cliente e seu fornecedor, onde os padrões de serviço ao cliente estabelecem o ambiente no qual o serviço logístico é oferecido, equilibrando os requisitos do cliente (níveis de serviço como entregas no prazo, no estado esperado, com rapidez, etc.) com as condições de oferta e os respectivos custos, pelo fornecedor. O ciclo inicia com a transmissão de um pedido do cliente ao fornecedor (fluxo de informações). O pedido é recebido e conferido quanto a disponibilidade de itens para envio e questões de pagamento, por exemplo (processamento de pedido). Os itens solicitados são então retirados a partir do estoque do fornecedor (administração de estoques) e encaminhados ao cliente (transporte), encerrando-se o ciclo (Figura 2).

Padrões de serviço ao cliente

Fluxo de informações (pedido)

Fornecedor

Estoque Cliente

Fluxo de materiais (transporte)

Figura 2: O circuito crítico dos serviços ao cliente. Fonte: Adaptado a partir de BALLOU (2006, p.32).

O transporte e a administração de estoques são as atividades-chave da logística com maior custo, sendo que o transporte agrega valor de local (cobre o hiato entre pontos distintos de produção e consumo) enquanto a administração de estoques agrega valor de tempo (cobre o hiato entre tempos distintos de produção e consumo) aos produtos e serviços. Já as atividades de suporte, embora sejam tão importantes quanto as atividades-chave em algumas circunstâncias, são consideradas como contribuintes para a missão logística e podem não fazer parte das ações de todas as empresas (BALLOU, 2006). A produção agrícola possui forte vínculo com as atividades logísticas, das operações no campo até a distribuição dos produtos. No caso do Brasil, a produção agrícola mecanizada e em larga escala barateou o custo de produção de várias commodities, aumentou a margem de lucro dos produtores e ampliou os mercados para além das fronteiras nacionais. No campo, a mecanização aumenta a exigência da logística para o suprimento regular de insumos às máquinas. Em termos econômicos, busca-se ratear o custo fixo dos equipamentos por uma quantidade maior de horas de utilização efetiva para se obter um menor custo por unidade produzida (toneladas, sacas, etc.) ou por área trabalhada. Assim, atividades como o abastecimento de combustível e lubrificantes; os procedimentos de manutenção preventiva e corretiva; e o ressuprimento de insumos (sementes, herbicidas, fertilizantes, inseticidas, etc.), dentre outros, requerem controle permanente para se evitar qualquer tipo de interrupção das operações mais restritas. O acesso a novos mercados tornou mandatório o desenvolvimento de canais logísticos estruturados para a distribuição física dos produtos a serem exportados. O objetivo é sempre aumentar a rapidez de escoamento da safra, mantendo preservada a qualidade dos produtos e assim ampliar a margem de lucro dos produtores. Nesse sentido, um conjunto de iniciativas logísticas fornece suporte à exportação, por exemplo:  o desenvolvimento da cadeia do frio e da tecnologia de embalagens; para exportação de flores e frutas tropicais em condições ideais de temperatura e umidade;

 a implantação de instalações agroindustriais de alta capacidade operacional; tanto para o armazenamento como para a movimentação de cargas a granel, com instalações portuárias de grande porte, por exemplo, para agilização de embarques;  o uso de containers, big bags e outros dispositivos padronizados; que facilitam a contagem, controle e movimentação das cargas;  o incentivo à implantação de malhas ferroviárias; para a movimentação de cargas de alto volume por grandes distâncias, a baixo custo;  o apoio de ferramentas de tecnologias de informação e comunicação (TICs); que rastreiam cargas instantaneamente, facilitam transações comerciais e ampliam a eficiência das movimentações.

3. Particularidades da Produção Agroindustrial

A produção agrícola é composta por uma sequência de operações ditadas conforme o ciclo vegetativo de cada produto. Muitas culturas são de ciclo curto, as chamadas culturas anuais, cujo ciclo produtivo é concluído em um ano ou menos, em alguns casos permitindo mais de uma safra ao ano como ocorre com o milho. Exemplos de culturas de ciclo anual também são: soja, feijão, arroz, algodão, sorgo e trigo. Outras culturas são perenes como café, laranja, limão, manga e goiaba, proporcionando várias safras sequenciais sem exigência de plantio anual. A cana de açúcar por sua vez é considerada semiperene, pois uma vez plantada permite cinco cortes em um ciclo entre plantios de seis anos, em média. A Figura 2 apresenta uma sequência de referência de um ciclo produtivo com 5 grupos de operações.

Figura 3: Ciclo representativo da sequência de grupos de operações.

A logística está presente em todos os grupos de operações apresentados na figura 3, dando suporte para a manutenção do ritmo do ciclo produtivo que está sujeito a variações conforme as condições climáticas. Culturas com alto grau de mecanização requerem um planejamento adequado dos recursos de produção (máquinas, implementos e veículos), uma vez que um mesmo equipamento pode ser usado em grupos de operações diferentes ao longo do ano. Como exemplo, pode-se citar o uso de um trator na faixa de 100hp sendo usado para operações distintas de preparo de solo e tratos culturais, em épocas distintas do ano e com implementos diferentes. Algumas culturas, inclusive, podem realizar operações de grupos de distintos na mesma época do ano. Como exemplo, no caso da cana-de-açúcar, algumas unidades produtoras realizam o plantio e a colheita num mesmo período, com tratores na mesma faixa de potência, o que exige algum tipo de coordenação para quantificar a necessidade de equipamentos para cada operação. Dependendo do porte e da estratégia de atuação de cada empresa agrícola, pode-se contratar empresas terceirizadas para a execução de um grupo de operações ou de uma operação isolada. Neste caso, os contratos de prestação de serviços precisam deixar claro os custos do serviço prestado, os limites

Preparo de solo

Transporte Plantio

Colheita Tratos culturais

de cobertura da operação contratada e o nível de serviço logístico acordado entre as partes, monitorados por indicadores de desempenho como produtividade e disponibilidade mecânica. Em comparação com outros setores produtivos, BATALHA E SILVA (2007) apresentam cinco particularidades do setor agroindustrial:  Sazonalidade de disponibilidade de matéria-prima  Variação da qualidade da matéria-prima  Perecibilidade da matéria-prima  Sazonalidade de consumo

 Perecibilidade do produto final A sazonalidade da disponibilidade da matéria prima decorre do regime de safra, que por razões edafoclimáticas, controlam o crescimento e o desenvolvimento de cada planta, conforme cada região. Em cana de açúcar, por exemplo, a colheita na região Centro Sul do Brasil ocorre majoritariamente entre os meses de maio a novembro, em virtude da maturação do produto e da facilidade de colheita na estação mais seca. A título de exemplo, o Quadro 2 apresenta os períodos de colheita de algumas culturas para os Estados da Região Centro Oeste.

Quadro 2: Período de safra de algumas culturas para os Estados da Região Centro Oeste.

Cultura Estado Safra

Arroz MT Janeiro a Maio MS Janeiro a Abril GO Março a Maio

Milho MT Fevereiro a Junho (1a safra) e Maio a Agosto (2 a safra) MS Fevereiro a Maio (1 a Safra) e Junho a Setembro (2 a safra) GO Marco a Junho (1 a Safra) e Junho a Agosto (2 a safra) DF Fevereiro a Abril (1 a Safra) e Junho a Agosto (2 a safra)

Soja MT/MS/GO DF Janeiro a Abril Fevereiro a Abril Fonte: Elaborado a partir de dados da CONAB (2019).

Conforme o Quadro 2 apresenta, considerando uma mesma região, pode haver variação nas épocas de colheita para uma mesma cultura. Do ponto de vista de mecanização agrícola, é necessário dispor de infraestrutura de colheita e transporte para o escoamento da produção nestas épocas. Já a sazonalidade de consumo diz respeito à variação do consumo de determinados produtos de origem agrícola ao longo do ano em virtude de datas comemorativas ou das próprias estações que favorecem o consumo dos produtos. Exemplos de sazonalidade de consumo relacionados à agroindústria são revelados pelo consumo de flores no Dia das Mães, de vinhos em meses de inverno e de frutas cristalizadas no Natal. As sazonalidades de disponibilidade e de consumo apresentam suas variações individuais ao longo do ano. No entanto, ao compatibilizar produção e consumo, fica evidente que há um descompasso entre os dois momentos. Neste ponto exato revela-se a importância da armazenagem para garantir ao cliente final a disponibilidade dos produtos quando seu consumo é desejado. Os efeitos da sazonalidade podem ser estendidos à montante para as operações agrícolas mecanizadas. Uma vez que um mesmo equipamento, como um trator ou um pulverizador pode ser demandado em épocas distintas é necessário dispor de peças de reposição em estoque que possam suportar a realização das operações. A perecibilidade da matéria prima e do produto final dizem respeito à adequação respectivamente, da matéria prima para processamento e do produto final para consumo. Devido ao caráter biológico, o prazo de validade dos produtos agrícolas é curto em comparação com bens de consumo elaborados com outros materiais.

Vários exemplos podem ser apontados em relação à perecibilidade dos produtos agrícolas e o emprego de tecnologias e operações para reduzir o desperdício de produtos. Instalações agroindustriais voltadas ao processamento pós-colheita de commodities agrícolas como a soja e o milho encontram na tecnologia de secagem um meio para retardar o metabolismo dos grãos. O armazenamento controlado de tais produtos permite o escoamento em épocas de entressafra, quando o preço dos produtos é mais atrativo. Frutas tropicais exportadas a partir da região do semiárido brasileiro requerem o transporte com uso da cadeia do frio para aumento do shelf life a fim de chegarem aos pontos de consumo em condições ideais para o cliente final. O mesmo objetivo é passível de ser alcançado com a tecnologia de atmosfera modificada na embalagem das frutas, que é uma operação tipicamente logística. O transporte em containers refrigerados também é requisito para viabilizar o mercado exportador de flores, cujo timing dos processos deve ser preciso para a disponibilização dos bulbos para venda em ponto de flor no destino final.

Devido à perecibilidade, a necessidade de processamento rápido torna necessária a adoção de alternativas que viabilizem um sistema de transporte eficiente, a título de maximizar a preservação das propriedades originais do produto de origem agrícola. A importância da rapidez pode ser evidenciada pela necessidade de a moagem da cana-de-açúcar ocorrer da maneira mais rápida possível após o processamento pela colhedora. À medida que o tempo passa a cana passa a perder suas características originais, o que é prejudicial para o processamento industrial. A variação da qualidade da matéria prima é a última das particularidades elencadas por BATALHA E SILVA (2007) para o setor agroindustrial e que traz um aumento de complexidade em relação a outros produtos. A variação da qualidade pode ter origem nas condições climáticas no momento do plantio ou da colheita, no manejo ou em particularidades dos locais de cultivo. Tais fatores interferem diretamente na qualidade e nos volumes produzidos e na padronização dos produtos finais. Como exemplo, produtos hortifrutis são altamente afetados por mudanças bruscas em períodos de chuva, geada ou tempo seco, com impacto direto no volume, qualidade e consequentemente, preço. Safras de cana-de-açúcar com períodos excessivamente chuvosos alteram toda a programação de colheita e podem proporcionar a extensão do período de safra. Em certos casos, nem todo o canavial programado para corte é colhido e as áreas restantes são processadas apenas na safra seguinte, como “cana bisada”. Por outro lado, safras com longos períodos de estiagem proporcionam a maior concentração de açúcar nos colmos, aumentando o teor de sacarose por hectare colhido, A variação da qualidade da matéria prima interfere nas operações logísticas, ao alterar as programações de transporte, suprimentos e embalagem que foram originalmente efetuadas. Dependendo da situação, perdas de material podem ser geradas trazendo impacto econômico ao reprogramar tais operações. Ao lidar com variações na qualidade da matéria prima, a operação de armazenagem em condições controladas, pode ao máximo, preservar a qualidade dos produtos colhidos.

4. Sistemas Agrícolas Mecanizados

Na área agrícola é bastante comum a referência a sistemas, como um conjunto próprio de atividades com algum tipo de vínculo, em geral restrito a um tipo de produto ou ainda a um conjunto de processos, como por exemplo, um sistema de plantio, de irrigação ou um sistema de colheita.

A rigor, a literatura apresenta que um sistema corresponde a “Um conjunto de objetos, como pessoas ou máquinas, por exemplo, que atuam e interagem com a intenção de alcançar um objetivo ou um propósito lógico.” (TAYLOR, 1970 apud FREITAS FILHO, 2001, p.6). Os objetos que compõem um sistema podem ser de naturezas diversas, tais como matérias primas, máquinas, mão de obra, regras e produtos. Dentro destes há particularidades que, devido à interação com os demais objetos, condicionam os resultados alcançados pelo sistema como um todo. O Quadro 3 apresenta de forma genérica os objetos componentes de um sistema e algumas de suas particularidades.

Quadro 3: Objetos componentes de um sistema de produção e algumas de suas particularidades.

Objeto Particularidades

Matérias primas

• Quantidade • Localização • Qualidade • Custo

Máquinas

• Quantidade • Potência • Produtividade • Procedimentos de manutenção • Equipamentos de apoio • Custo

Mão de obra

Regras

Produtos

• Cargo • Atribuições • Competências, Habilidades e Atitudes • Treinamento • Custos (salário, benefícios, etc.) • Plano de carreira • Legislação trabalhista • Normas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente • Legislação ambiental • Legislação de transporte • Regras operacionais: Intervalos para refeição, locais e procedimentos para troca de turno • Quantidade • Qualidade • Destino • Preço de venda • Custo

Os sistemas agroindustriais possuem aderência com o conceito apresentado, adicionando as complexidades de sazonalidade e perecibilidade apresentadas na seção anterior que advém da natureza das matérias primas e produtos envolvidos. Tomando como exemplo o sistema de corte, transbordo e transporte (CTT) de cana de açúcar, o objetivo do sistema é a disponibilização da cana de açúcar no ponto de moagem nas usinas. Idealmente esta disponibilização deve ocorrer de maneira rápida, com o menor tempo possível entre o corte e a moagem, com um percentual de impurezas baixo, com minimização de perdas e com baixo custo, considerando o sistema como um todo. Nesse sentido, os objetos atuantes nesse caso são:  Matéria prima: Variedades de cana de açúcar das áreas liberadas para colheita, com distância conhecida, assim como as condições de campo (produtividade estimada, sistema de plantio, tipo de solo e declividade, dentre outros)  Máquinas: Tipos de equipamentos alocados para colheita, transbordo e transporte, com disponibilidade de peças para reposição (facas de corte, filtros, mangueiras hidráulicas) e demais insumos (combustível, lubrificantes, graxa) e equipamentos de apoio designados (comboios, carro oficina, caminhão borracharia)  Mão de obra: Operadores de colhedoras, de tratores para transbordo e motoristas treinados, com designação clara das atividades esperadas, salário condizente e plano de carreira  Regras: Definição da jornada de trabalho conforme legislação, procedimentos de trocas de turno e intervalos para refeições.  Produtos: Cana de açúcar entregue na usina, na quantidade designada, com baixo teor de impurezas e de perdas no campo, ao menor custo possível A complexidade das operações no campo aumenta à medida em que há interdependência de operações realizadas por equipamentos diferentes. Para o exemplo apresentado, a colheita de cana-de-

açúcar para suprimento das usinas requer o planejamento do fluxo de matéria prima que vem simultaneamente de diferentes frentes de corte. Por sua vez, cada frente de corte é servida por três tipos de equipamentos: colhedoras, tratores de transbordo e caminhões que processam e transportam a cana para moagem. A quantidade de equipamentos, a multiplicidade das cargas, o ritmo operacional e os procedimentos de manutenção de cada tipo de equipamento são fatores que requerem compatibilização para garantir o fluxo de matéria prima para a usina. A coordenação do sistema de corte, transbordo e transporte de cana requer uma visão holística da equipe gestora visando garantir a produção do conjunto de operações com o uso eficiente dos objetos atuantes do sistema apresentado anteriormente.

5. Operações Logísticas dos Sistemas Agrícolas Mecanizados

As atividades chave e de suporte da logística fornecem apoio às operações agrícolas por meio do suprimento contínuo de insumos e do planejamento da necessidade de recursos produtivos, tanto máquinas como mão de obra. As características de sazonalidade e perecibilidade dos produtos adicionam complexidade aos esforços de gestão dos sistemas agrícolas, uma vez que há vinculação da realização de determinadas operações ao regime das estações do ano. Os esforços de planejamento do maquinário agrícola também são mais complexos quanto se adiciona a necessidade de sequenciamento de operações, com diversas combinações trator-implemento, com uso de insumos diferentes e sujeitas a janelas de tempo para a realização das operações. Essas características se tornam evidentes ao se relacionar os grupos de processos de preparo de solo, plantio e tratos culturais e colheita, todas elas com programação sujeita a alterações devido ao clima. Em se tratando de sistemas agrícolas mecanizados, o custo de aquisição requer uma alta utilização dos equipamentos, para que os custos fixos sejam rateados pela maior área trabalhada ou toneladas processadas por unidade de tempo (dias ou horas). Na busca por maior produtividade pode-se incorrer em danos quanto à qualidade com que os processos são desenvolvidos. Segundo JURAN (1992), gerenciar é controlar; sem controle não há gerenciamento e sem medição não há controle. De acordo com este conceito, é necessário estipular indicadores de desempenho para assim, sistematicamente, promover a gestão adequada das operações. A mensuração da qualidade das operações agrícolas é um tema recorrente em pesquisas. Uma boa parte dos estudos foca a qualidade resultante dessas operações, como mensuração de perdas, uniformidade de aplicação de insumos e percentual de impurezas presentes na carga, dentre outros indicadores. Como exemplo, MILAN E FERNANDES (2002) avaliaram o uso de Controle Estatístico do Processo (CEP) para monitorar as operações de preparo de solo, o que proporcionou a redução da variabilidade da profundidade média de trabalho em 38,4%, a redução de 9,8% dos dados médios de tamanho de torrões, e um aumento de 75,0% de torrões aceitáveis. Já NEVES et al (2006) avaliaram as perdas invisíveis de colhedoras de cana de açúcar encontrando valores da ordem de 10%, e eficiência de limpeza do sistema de extratores de 87%. Outros trabalhos envolvendo máquinas agrícolas são pautados nos ganhos de produtividade dos equipamentos envolvidos. Exemplos de trabalhos dessa natureza são: NUINTIN (2007), PELOIA; MILAN (2007) e SUGUISAWA et al. (2007), respectivamente abordando processos de produção de café, colheita de cana de açúcar e aplicação de herbicida em lavouras de trigo. Tais resultados são vinculados aos resultados das operações agrícolas em si, mensuradas no campo. No entanto, além da qualidade resultante das operações ou de aspectos de produtividade, buscase monitorar como as operações agrícolas mecanizadas são supridas do ponto de vista de logística. A Figura 4 apresenta de forma esquemática como ocorre o suprimento de materiais diversos para a realização de operações agrícolas mecanizadas, onde é possível distinguir duas dimensões logísticas: interna e externa.

Figura 4: Logística interna e logística externa.

A logística interna diz respeito ao ciclo de movimentação de materiais e serviços dentro da unidade de produção, quer seja a fazenda, talhão ou bloco onde a operação agrícola é realizada. Nesta dimensão, a solicitação de ressuprimento imediato de insumos (sementes, adubo, herbicida, corretivos, etc.), combustível, água e outros materiais é favorecida pela menor distância entre o ponto onde a operação está sendo realizada e o local de armazenagem intermediária (distância d) a partir do qual os materiais são enviados e os serviços são prestados. A armazenagem intermediária amortece tanto a variabilidade do ritmo de consumo de materiais pelas operações agrícolas (lado da demanda) como a variabilidade do ritmo de ressuprimento dos mesmos materiais (lado do fornecimento). As condições climáticas constituem um bom exemplo das variações às quais as operações agrícolas estão sujeitas, requerendo replanejamento frequente. O local de armazenagem intermediária pode ser constituído pela própria sede da fazenda como também por um ponto de apoio, fixo ou móvel, para suporte às operações em curso. O disparo dos pedidos de ressuprimento pelos operadores em campo é feito por tecnologias de informação e comunicação (TICs) como o rádio, por exemplo. Dependendo da operação agrícola em execução e da distância a ser percorrida, o equipamento pode se deslocar ao ponto de armazenagem intermediária para ser suprido ou executar algum serviço. Em outros casos, o equipamento permanece dentro da área de produção, ou no carreador ao lado, para ser suprido com os insumos necessários pelos equipamentos de apoio, que se deslocam até o equipamento demandante. Os equipamentos de apoio à logística interna possuem várias configurações em função da operação que está sendo realizada e do tipo de insumo demandado. São exemplos de equipamentos de apoio: comboios de abastecimento e lubrificação, caminhões tanque, carregadoras com dispositivos para elevação de big-bags, caminhões oficina e caminhões borracheiro, dentre outros. De qualquer maneira, o posicionamento adequado do ponto de armazenagem intermediária, a quantidade de equipamentos de apoio e as regras/políticas de ressuprimento dos equipamentos de apoio visam o rápido atendimento do maquinário agrícola para o reestabelecimento do ritmo normal de trabalho, reduzindo o tempo de máquina parada. Por sua vez, a logística externa corresponde aos procedimentos de movimentação e armazenagem de materiais de forma a suprir adequadamente o ponto de armazenagem intermediária. Estes procedimentos consideram a aquisição de materiais de natureza diversa (insumos, combustíveis, peças de reposição, etc.) a partir de fornecedores variados, também visando a continuidade das operações em campo. A logística externa possui uma complexidade diferente em comparação à logística interna, dada a diversidade de fornecedores, a maior distância (distâncias D1, D2 e D3) dos vários pontos de aquisição em relação à área de produção e aos processos comerciais de aquisição de materiais (prazo de entrega, lotes mínimos de produção e transporte, sazonalidade de fornecimento, etc.). Do ponto de vista de custos, o ideal seria haver uma compatibilização do ritmo de ressuprimento da logística externa, alinhado aos processos de logística interna, sempre subordinados ao consumo real das operações agrícolas. No cenário ideal, as operações mecanizadas puxariam as demandas reais à montante na rede de suprimentos, reduzindo estoques e por consequência, os custos. No entanto, devido

à necessidade de manter a continuidade das operações agrícolas, a armazenagem intermediária se faz necessária para cobrir as flutuações de consumo e as incertezas do fornecimento. Por fim, a logística envolvida nas operações agrícolas em suas dimensões interna e externa busca compatibilizar a produção de insumos, outros materiais e serviços à demanda solicitada, a baixo custo e com nível de serviço elevado. Assim, a qualidade das operações logísticas dos sistemas agrícolas mecanizados pode ser entendida como a realização das operações agrícolas com um alto nível de serviço logístico (NSL). Para tanto, é mandatório dispor de indicadores que possam quantificar o nível de serviço logístico e possibilitar sua gestão de forma sistemática. A literatura reporta a proposição de indicadores de desempenho logístico do ponto de vista de vários autores. São apresentados três materiais de autores de referência da área de logística e indicadores de desempenho, a saber: BOWERSOX, CLOSS e COOPER (2002); BALLOU (2006) e CORREA (2010). BOWERSOX, CLOSS e COOPER (2002, p. 558) listam um conjunto de indicadores de desempenho típicos agrupados em cinco áreas de interesse: Gestão de custos, Atendimento aos clientes, Qualidade, Produtividade e Gestão de ativos, conforme apresenta o Quadro 4.

Quadro 4: Medidas típicas de desempenho segundo BOWERSOX, CLOSS e COOPER (2002).

Gestão de custos Atendimento aos clientes Qualidade Produtividade Gestão de ativos

Custo total;

Custo unitário; Frete de recebimento; Frete de expedição;

Processamento de pedidos no depósito;

Tendência de custos;

Lucratividade direta dos produtos;

Lucratividade por segmento de clientes;

Custo de produtos devolvidos;

Custo de danos;

Custo de falhas no serviço;

Custo de pedido não atendido. Taxa de atendimento; Falta de estoque; Erros de embarque; Entregas no prazo; Pedidos não atendidos; Tempo de ciclo; Consistência das entregas; Precisão das respostas; Pedidos completos; Reclamações de clientes; Reclamações da força de vendas; Nível global de confiança; Nível global de satisfação. Frequência de danos; Precisão da entrada de pedidos; Precisão da separação/expediç ão; Precisão da documentação/fat uramento; Disponibilidade de informação; Precisão das informações; Número de reclamações de crédito Número de devoluções de clientes. Unidades expedidas por empregado; Unidades por dispêndio com mão-de-obra; Pedidos por representante de vendas; Comparação com os padrões históricos; Programas de objetivos; Índice de produtividade; Tempo de uso dos equipamentos; Produtividade da entrada de pedidos; Produtividade da mão-de-obra do armazém e do transporte. Giro de inventário; Níveis de inventario, Número de dias de suprimento; Inventario obsoleto; Retorno sobre os ativos líquido; Retornos sobre investimentos ; Classificação do inventário; Valor econômico agregado.

Fonte: BOWERSOX, CLOSS e COOPER (2002, p. 558).

BALLOU (2006) reconhece a dificuldade da avaliação efetiva da logística dos serviços ao cliente e apresenta o tempo de ciclo do pedido, ou seja, o tempo decorrido entre o momento do pedido e a entrega do produto ou serviço ao cliente, e suas variabilidades como provavelmente as melhores medidas. O autor ainda indica as medidas de desempenho mais comuns para cada atividade logística (Quadro 5).

Quadro 5: Medidas de desempenho por atividade logística segundo BALLOU (2006). Atividade logística Medida de desempenho

Processamento dos Pedidos  Tempo mínimo, máximo e médio de processamento dos pedidos  Percentual de pedidos processados nos prazos determinados

Acurácia na documentação dos pedidos  Percentagem de documentos dos pedidos contendo erros

Transporte  Percentagem de entregas no prazo  Percentagem de pedidos entregues na data estabelecida pelo cliente  Danos e reclamações de prejuízos como percentagem do frete

Disponibilidade de produtos e estoque  Percentagem de artigos em falta no estoque  Percentagem de pedidos atendidos completamente  Índice de atendimento e de atendimento médio ponderado dos pedidos  Percentual médio de itens de pedidos em atraso  índice de atendimento dos itens

Produtos danificados  Número de devoluções em relação ao total dos pedidos  Valor das devoluções em relação às vendas totais

Tempo de processamento da produção/armazém  Tempo mínimo, máximo e médio de processamento dos pedidos

Fonte: BALLOU (2006, p. 112).

Por fim, CORRÊA (2010) apresenta várias medidas de desempenho genéricas em duas perspectivas: para a rede imediata de suprimentos (Suprimentos, Operação interna e Distribuição) e para a Rede Global de Suprimentos. Em ambas as perspectivas as medidas de desempenho foram agrupadas em 6 critérios, dentre os quais, há um conjunto de medidas específicas para a qualidade, apresentadas no Quadro 6.

Quadro 6: Medidas de desempenho para o critério de Qualidade segundo CORREA (2010).

Suprimentos Operação interna Distribuição Rede Global

Percentagem de fornecedores certificados (qualidade assegurada) Índice de retrabalho e refugos Taxa de danos na armazenagem Volume de devoluções por qualidade

Percentual de pedidos recebidos de fornecedores certificados Taxa de melhoria de qualidade Taxa de danos no transporte Custos totais por garantia

Taxa de defeitos

Percentual de lotes rejeitados Nível de uso de controle estatístico de qualidade

Horas de treinamento em qualidade por ano Acuracidade nos processos de separação da carga

Acurácia de documentação de despacho

Número de defeitos no campo (partes por milhão) Qualidade percebida pelo consumidor

Percentual de funcionários treinados em seis sigma Número de devoluções -

Fonte: CORREA (2010, p. 168).

Os indicadores apresentados por BOWERSOX, CLOSS e COOPER (2002), BALLOU (2006), e CORREA (2010), embora sejam apresentados de maneira genérica, podem ser utilizados para o monitoramento das operações logísticas vinculadas às operações agrícolas mecanizadas, seja na logística interna como na logística externa.

Há indicadores recorrentes nas propostas apresentadas, como danos e acurácia no fornecimento e medidas relativas a tempos de entrega, e outros que requerem algum grau de adaptação para uso, a depender das operações envolvidas. As proposições de BOWERSOX, CLOSS e COOPER (2002) e CORREA (2010) especificamente propõem um conjunto de indicadores de desempenho associados ao critério da qualidade. Dessa forma, no tocante à qualidade dos sistemas agrícolas mecanizados, o registro sistemático dos indicadores de desempenho torna possível o acompanhamento da evolução dos processos logísticos ao longo do tempo, bem como a identificação de oportunidades de melhoria para o aprimoramento dos processos sob controle.

Referências

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