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Capítulo Treze
Ligamos para mamãe do meu quarto, à beira do meu abatido colchão. Mal estava ocupado assistindo TV na sala de estar, uma xícara de café na mão.
Eu assenti e Lizzy pegou seu celular, selecionado o contato e definindo o celular para viva voz. Em seguida, ela o segurou entre nós. Minha pele se arrepiou. O ar parecia frio e quente ao mesmo tempo. Foda-se, eu odiava isso. Odiava com uma paixão. Mas, na minha cabeça, minha mãe estava tão intimamente entrelaçada com a raiva e a frustração que eu não poderia separá-la das emoções. Um dia, não seria dessa forma.
— Oi, mãe — Lizzy disse, parecendo alegre como a luz do sol em uma garrafa. Ela já tinha perdoado mãe. Eu ainda estava chegando lá.
— Olá, meninas. Como estão? — Apenas o som de sua voz trouxe tudo de volta. Sentada no escuro com ela, pedindo e implorando para ela comer apenas uma outra colher, para sair da cama e tomar um banho, talvez, agir como um ser humano. Para começar a ser um adulto e cuidar de suas filhas para que eu pudesse voltar a ser criança.
— Nós estamos ótimas, mãe — Eu disse, fazendo o meu melhor para parecer normal. — Como você está?
— Bem. O trabalho tem sido bom.
Eu balancei a cabeça como se ela pudesse me ver, aliviada que ela estava segurando um emprego, ainda assim, ser responsável por suas próprias finanças. Isso era bom. Durante anos eu nos tinha feito viver com os restos da conta de
poupança, ou então qualquer coisa que meu pai achou conveniente enviar.
— A escola está indo bem — Lizzy trocou o seu celular para a sua outra mão, falando sobre a faculdade durante todo o tempo. Então ela colocou o braço em minha volta e começou a esfregar minhas costas. Um gesto doce, mas, honestamente, ser tocada logo em seguida não ajudou.
Minha irmã se destacava nessas conversas. Ela podia balbuciar por uns bons dez minutos. E realmente, os dez minutos era um período de tempo longo o suficiente para ligação semanal para uma casa, certo?
— E você, Anne? — Ela perguntou uma vez que Lizzy havia se esgotado.
— Eu estou bem.
— Anne está vendo alguém — Lizzy forneceu.
Eu atirei-lhe um olhar.
— Não é tão sério.
— Ele é realmente ótimo, mãe. Ele está tão na dela, você pode apenas ver em seus olhos.
— Oh — Mamãe disse, seguido de um momento de silêncio. — Você está sendo cuidadosa, não é, Anne?
Isso pode significar tantas coisas, mas eu sabia exatamente sobre o que minha mãe dizia. Se eu não tinha esquecido que homens eram o inimigo jurado? Porque, veja como nosso pai tinha apenas acabado e nos deixou! Engraçado, os homens sendo mal não era a lição que eu tinha aprendido na minha adolescência, não importa o que mamãe poderia ter pretendido.
— Sim, mamãe — Coloquei meu cabelo recém arrumado atrás dos meus ouvidos, sentei direito. — Está tudo bem.
Mamãe soltou um pequeno suspiro.
— Bom. Eu não quero...
— Ele está realmente esperando para nos levar para o café da manhã, mãe. Então é melhor irmos.
— Tudo bem, eu queria perguntar se vocês garotas gostariam de voltar para casa na Ação de Graças, talvez? — Sua voz soava esperançosa, implorando. —
Seria bom ver vocês duas.
— Ação de Graças? — Lizzy perguntou, como se ela nunca tivesse ouvido falar da ocasião. — Vamos pensar nisso... Com certeza.
Como o inferno.
— Eu não acho que possa ter dispensa do trabalho, mãe — Eu disse. —
Sinto muito.
Mamãe fez um pouco de barulho triste e o coração que eu tinha endurecido para ela há muito tempo, parou. Havia uma pontada de culpa, mas não o suficiente para me fazer voltar. Nunca nem remotamente suficiente para isso. Eu tinha a minha própria vida agora.
— Mas, Anne, você nunca tira uma folga — Ela disse. — Isso não pode ser
bom para você.
— Reece depende de mim, mãe.
— Certamente você tem direito a alguns feriados. Tem certeza de que ele não está tirando vantagem de você?
Eu só olhava para o celular.
— Ah, merda, mãe... — Lizzy disse. — Meu celular está prestes a morrer.
Eu sinto muito.
— Você está sempre se esquecendo de carregá-lo.
— Eu sei. Olha, nós te amamos. Foi muito bom conversar com você. Vamos conversar novamente na próxima semana.
— Tudo bem, garotas. Cuidem-se.
— Tchau — Lizzy gritou, levando o show.
Eu murmurei a palavra. Era honestamente o máximo que eu conseguia. Graças a porra, que tínhamos feito isso através de uma outra semana.
Lizzy terminou a chamada, com a mão esfregando para cima e para baixo nas minhas costas um pouco freneticamente. Como se eu precisasse de carinho. Eu sou a única que se sentou com ela e explicou o que era um período. Ah, e o sexo também. Eu olhei seu dever de casa, certificando-se que ela tinha feito as
tarefas na hora. Eu poderia manter minha merda juntas. Então, eu ainda não tinha seguiu em frente ainda desse problema que tive com a mamãe. Eu ia ficar lá.
— Nós não estamos indo para casa — Ela disse.
— Sem chance — Eu rastejei de volta para os meus pés, alisei o vestido suéter cinza e endireitei as minhas calças. Abri a porta do quarto. Mal se sentou na poltrona lateral, olhando para a TV.
— Hey, vocês estão prontas para ir? — Ele perguntou.
— Sim. Tudo pronto.
Ele inclinou a cabeça.
— O que houve, abóbora?
Forcei um sorriso, andando em direção a ele. Ele me fez querer sorrir. Não era uma mentira completa. A preocupação não desapareceu de seus olhos, no entanto.
Mas minha mãe não estava arruinando isso para mim.
Debrucei-me sobre ele, definindo as mãos no encosto da poltrona, chegando
perto.
— Hey.
— Hey — Ele disse, segurando meus braços. Apesar do sentimento de não querer ser tocada, algo em mim desenrolou com o contato. Na sua proximidade.
— Eu preciso de um beijo.
— Você, agora? Então está com sorte. Para você, eu tenho uma fonte infinita.
Deus, ele era tão doce.
Eu pressionei meus lábios nos dele, beijando-o levemente para começar. Sua mão deslizou para o meu cabelo, apoiando minha cabeça. Então, sua língua deslizou em minha boca. Quente, brilhante, a felicidade me encheu. Esse homem, ele tinha magia. No mínimo, tinha uma língua mágica. E realmente, não era sobre tudo isso o que a vida era? Não, tudo bem. Não tente seguir essa lógica.
— Mm — Meu lugar feliz tinha sido encontrado.
— Um bom empenho — Ele disse, esfregando seus lábios. — Você provavelmente poderia usar um pouco de prática embora.
— Haha.
— Recebeu alguma má notícia? — Ele perguntou.
— Não. Minha mãe só dói minha cabeça — Não, mostre a gravação, eu oficialmente compartilhei.
— Sim?
— Sim. Vamos tomar café da manhã. Não quero que você se atrase para o ensaio.
Ele não se distraía tão facilmente.
— Não você está com os olhos tristes, Anne. Eu não posso aguentar quando você está triste.
— Você faz isso melhor.
— Cara, é claro que eu faço. Você me viu ultimamente? — Ele sorriu e eu ri. — Isso é melhor. Vamos lá, vamos lá. Caso contrário, se continuarmos nos beijando, não vamos a lugar nenhum, mas para a cama.