15 minute read

Capítulo Dez

Estudei meu reflexo no espelho do corredor enquanto a festa continuava na sala de estar. Um lado do meu lábio inferior estava um pouco maior que o outro. Honestamente, estava. Parecendo ridícula. O baterista era maluco. Ele estava sempre andando à beira de precisar de admissão imediata em um bom quarto branco acolchoado e macio. E por um tempo, isso tinha mesmo sido encantador de uma forma fora do comum. Mas agora ele oficialmente perdeu toda aparência de controle.

Eu gosto de morder? Não. Não, eu não gostava. O mesmo era para mordiscar e mais especialmente para chupões. A marca no meu pescoço não impressionou e tenho certeza de que havia um hematoma bem acima da minha bunda onde ele me moeu no balcão da cozinha.

Desnecessário dizer que seu áspero amor experimento “não tinha sido um sucesso” .

— Deus amaldiçoe o maníaco.

— Desculpe? — Perguntou a mulher que esperava ao meu lado para o banheiro principal.

— Nada. Apenas xingando em voz alta — Dei-lhe um sorriso social, branda. — Não se importe comigo.

Ela assentiu com a cabeça e reaplicou seu brilho labial, com a precisão de um artista, antes de passar para posicionar seus seios. Quais eram as chances de eu ter um surto de crescimento vinte anos mais cedo e desenvolver seios como

aqueles? Eu desejei.

— Você está com Malcolm Ericson, certo? — Ela perguntou.

— Certo — Eu não diria que me envaideci exatamente, mas corri meus dedos pelo meu cabelo.

O sorriso que ela me deu parecia menos do que sincero, apesar de ser incrivelmente brilhante.

— Eu acho que é realmente corajoso da sua parte.

— Como assim?

— Namorar fora de sua faixa de peso como isso — Seus olhos encontraram os meus no espelho do banheiro. Eram um tipo perverso de avelã escuro, um tipo de cor bonita de avelã. — Quero dizer, você claramente não está em seu nível. Mas por que não desfrutar dele enquanto pode, certo?

Eu me verifiquei no espelho. Mas surpreendentemente, não havia vapor saindo dos meus ouvidos. Minha boca se abriu, mas levou um momento para encontrar as palavras.

— Você realmente disse isso?

— O quê? — Ela deu uma risadinha, fazendo a coisa de balançar o cabelo.

— Eu sou uma completa estranha para você.

— Hey, eu acho que é ótimo. Indo de irmã e tudo isso.

Que besteira mesquinha invejosa. De jeito nenhum eu daria a essa puta o poder de me fazer sentir pequena.

— Não sou sua irmã. Eu tenho uma irmã e ela nunca diria algo assim para mim — Lábios perfeitamente brilhantes da mulher se abriram. — Sério, querida — Eu disse. — Suas maneiras são extremamente precárias. Vá se foder.

A porta do banheiro se abriu e eu esperei a minha vez, fechando a porta com um pouco mais de entusiasmo do que o necessário. Meus ombros estavam em volta dos meus ouvidos enquanto caminhava de volta para a partida festa, o ligeiro latejar em meus lábios quase esquecido. Eu não olhei para trás, a puta.

Pessoas. Puta que pariu.

Música de hard rock batia através de mim, mantendo a minha agitação

fresca. Eu queria bater em alguma coisa. Não alguém, mas alguma coisa. Bastaria dar em uma parede inocente um soco para deixar sair um pouco da pressão crescendo dentro de mim. Abrandei minha respiração, tentando acalmar minha mente delirante.

Estava tudo bem.

Mal, Jimmy, e Ben ficaram de lado, tomando suas bebidas, ignorando os olhares esperançosos das garotas por perto. Merda, era assim que era para eles o tempo todo? Tinha que ficar velho. A poucos passos de distância, Lena conversava com uma mulher da idade dela. Seu olhar continuou deslizando de volta para Jimmy de uma forma que não expressa exatamente interesse profissional. Imaginei isso.

Fora do espaço confinado, eu podia respirar novamente. Estava tudo bem.

— O que está acontecendo? — Mal perguntou quando cheguei mais perto.

Atrás de nós, a mulher desfilava para fora do banheiro, jogando para o meu namorado de mentira um grande sorriso falso. Nenhuma alusão de vergonha nela.

— Prometa-me uma coisa — Eu disse.

— Claro.

Parei, sorri.

— Você nem mesmo hesitou.

— Você está chateada com alguma coisa — Ele se inclinou para baixo, tornando a nossa conversa particular, apesar da sala lotada. — O que há de errado?

— Prometa-me que não vai dormir com ela — Balancei a cabeça para a besta em questão. Ela agora estava ocupada conversando com um homem idoso, sorrindo e balançando a cabeça. Com toda probabilidade, ela era prima de Ev ou algo igualmente inofensivo, não a Harpia Rainha das Trevas. Ainda não fazia o seu comportamento certo.

Também em breve, eu deveria tentar não insultar alguém toda vez que entrei neste edifício. Uma ótima ideia.

— Eu não vou dormir com ela — Mal disse o mau.

— E você não vai fazer sexo com ela também.

Ele revirou os olhos.

— Só para esclarecer.

— O que ela fez para você, Anne?

— Ela me insultou. Mas está tudo bem — Eu só precisava saber que ela nunca chegaria perto dele. Agora, a minha alma estava em paz. — Siga em frente com a sua festa.

O rosto de Mal endureceu, sua boca desenhou apertada.

— Que porra que ela te disse?

— Não importa. Eu poderia tomar outra bebida. Não tenho nenhuma ideia de onde deixei a minha e de repente álcool soa como uma ideia realmente boa. Sinto que preciso de lubrificação social — Comecei a ir em direção à cozinha, tudo bem mais uma vez com o meu mundo. Justiça iria prevalecer. As calças do Mal estavam fechadas para a mulher.

Uma mão enganchou meu cotovelo, puxando-me de volta para o banheiro. Era um banheiro agradável. Superfícies de pedra cinza escuro, elementos cromados brilhantes. Um grande banheiro, realmente, mas eu não precisava gastar tanto tempo no mesmo.

— Mal?

Ele bateu a porta. Whoa, seus olhos. Não havia um único indício de alegria.

— O que ela disse para você?

— Hey, realmente, está tudo bem — Descansei meu quadril contra o balcão, dando o exemplo certo e fazer isso parecer legal. Não tinha previsto esse nível de emoção.

— Anne.

— Eu só precisava saber que ela não ia conseguir o que queria, ou seja, você. A culpa é do meu pequeno negro coração vingativo — Brinquei.

Ele não riu.

Seu rosto ainda definido em linhas furiosas, ele caminhou em minha

direção, me apoiando no balcão. A borda cinza da pedra dura ligando como um tapa na contusão nas minhas costas de mais cedo. Doeu.

— Ouch — Esfreguei o local dolorido, estremecendo.

— O quê?

— Acho que eu tenho uma contusão da bancada da cozinha. Sua culpa.

Ele pigarreou de uma maneira estranhamente sexy (realmente nunca tinha me ocorrido que esse ruído poderia ser excitante).

— Eu já disse que sinto muito por isso.

Ele me pegou pela cintura e me colocou em cima do balcão. Suas mãos aptas empurraram os meus joelhos separados, tanto quanto minha saia permitiu e ele se colocou entre eles.

— Ah, hey não — Coloquei minhas mãos em seus ombros, apertando contra o material legal de seu paletó. — Se acalme um pouco.

— Diga-me o que ela disse.

— Por quê? Você vai desafiá-la para um duelo? Pistolas no alvorecer?

— Você lê muitos livros.

— Não há tal coisa! — Chorei horrorizada.

— Nenhum duelo. Mas eu vou com certeza ter a bunda dela jogada fora daqui.

— Mal, sério. Eu lidei com isso. Está tudo bem — Ele só olhou para mim. — Eu muito educadamente agradeci a opinião dela e disse-lhe para ir se foder.

A tensão em seu rosto aliviou um pouco.

— Você disse a ela para ir se foder?

— Sim, eu fiz. Canalizei minha Scarlet O'Hara interior e tomei nenhuma de seus porcaria.

— Bom. Gosto desse limite. E você está bem agora? — Ele colocou suas mãos sobre o balcão em cada lado do meu quadril, ou seja, estávamos bem perto. Muito mais perto com algumas roupas faltando e nós quase estávamos juntos, no

sentido bíblico.

— Estou completamente bem. Embora com meu lábio inferior meio que doendo. Não há mais mordida.

Ele bufou uma risada.

— Sim, sim. Percebi isso quando você tirou metade do meu cabelo para me tirar de cima de você. Você sabe que pode ser o tipo de círculo vicioso, abóbora. Eu gosto disso.

Eu sorri e ele sorriu e estava tudo bem e magnífico.

— Você definitivamente não vai dormir com ela, entretanto — Falei só para ter certeza. Eu realmente não gostei da mulher. — Sério.

— Meu pau não passa perto de alguém que é rude com os meus amigos. Isso não é legal.

— Seu pau tem bom gosto, então.

Seus olhos obscureceram.

— Mal?

— Hmm? Desculpe. Eu gostei do jeito que você disse “pau” e “gosto” na mesma frase.

— Certo — Apenas não vá lá. Eu me contorci, no entanto muito discretamente na bancada. — Obrigada por se preocupar comigo. Mas devemos voltar e participar da festa. As pessoas provavelmente vão querer usar o banheiro.

— Há mais banheiros — Suave como uma pluma, ele roçou os seus lábios nos meus. Cada nervo do meu corpo deu o pontapé inicial com o contato. — Eu vou fazer você se sentir melhor, Anne.

— Ah, sim. Eu já disse que estava me sentindo bem. E você se lembra daquela linha na areia que você desenhou sobre nós não nos envolvermos de uma maneira sexual e outras coisas? Você está brincando com isso ao máximo essa

noite.

— Isso não é um problema.

— Meio que é. Eu não quero ser a sua piada, Mal.

— A minha piada? O que diabos você está falando? — Suas mãos deslizaram em torno de minha bunda e de repente eu estava sendo puxada contra ele. Todo ele. E a sensação, havia muito dele em um bom estado de espírito e áspero.

Eu guinchei e envolvi minhas pernas ao redor de seus quadris. Juro por Deus, eu não queria. Foi um acidente. Quando ele apertou seu pau contra mim, pensar se fez impossível. Meus hormônios estavam tomando o controle. Toda essa conversa de bebês tinha, obviamente, lhe dado ideias. Ainda assim, fiz um esforço simbólico para resistir.

— Ok, cara grande. Isso é o suficiente.

Gentilmente, ele beijou meu lábio inferior.

— Ainda doendo?

— Totalmente curado — Oh, eu doía, eu ansiava. Um pouco mais da pressão de sua pélvis, minha mente vacilou, faria o serviço, no entanto. Eu balançava contra ele, incapaz de parar. Minhas pálpebras deslizaram meio fechadas. Droga, ele se sentia bem.

— Você não é a minha piada, Anne. É minha amiga. Uma que ficou muito fodidamente sob a minha pele por muitas razões.

Eu não pude deixar de sorrir.

— Você é meu amigo também.

— Mas sabe, está tudo bem se nós relaxássemos e nos divertíssemos um pouco — Ele demonstrou esse ponto amassando minha bunda. — Você não tem que ser tão tensa o tempo todo. Não vou deixar nada de ruim acontecer — Malcolm Ericson poderia ter sido um monte de coisas, mas onipotente não era uma delas. Coisas ruins acontecem. Era um fato da vida. — O que está pensando? — Ele perguntou, moendo-se contra mim, mais uma vez, atrapalhando a minha tristeza.

— Nada — Sexo. Estresse. Um pouco dos dois, na verdade.

— Eu realmente gosto de seu vestido.

— Obrigada. Belo terno; você está incrível.

— Estive pensando sobre esse problema de beijos que temos.

— Não há nenhum problema de beijos. Todo mundo acredita que nós estamos juntos então... Trabalho bem feito da equipe de Mal e Anne — Levantei o punho alto. — Yay.

Ele riu suavemente.

— Está vendo? Você pode ser engraçada — Dei-lhe o que tinha de ser um sorriso atordoado. Cara, ele era bonito, especialmente assim de perto. Ele inclinou a cabeça e cutucou minha bochecha com seu nariz, beijando o canto da minha boca. Dedos brincaram com o zíper na parte de trás do meu vestido. Não o movendo, apenas casualmente me ameaçando com sua queda iminente. Bom Deus, eu gosto de ser ameaçada, desta forma por ele. Meus mamilos endurecidos, mais do que prontos para estar em exibição. Ele então não tinha sentido. — Estive pensando. Talvez você precise ser beijada em outros lugares — O homem era um gênio. Muito lentamente, puxou o zíper para baixo uma ou duas polegadas. Seu sorriso me desafiando a detê-lo. Pena que eu tinha perdido todo o poder sobre os meus membros. O zíper desceu mais, soltando o corpete do meu vestido, fazendo com que escancarasse na frente. Mal colocou um dedo no decote, desenhando a renda preta para fora do caminho. — Você não vai me impedir? — Perguntou com

uma voz suave.

— A qualquer momento — Sem chance.

Então, ele olhou para baixo. Com sorte, ele apreciava seios de todos os tipos. Se fosse um cara com base em tamanho, isso não iria acabar bem.

— Anne. Foda-se — Ele engoliu em seco. Um sinal muito bom. Suavemente, seus dedos traçaram sobre o oco na base da minha garganta.

— Sim?

— Você é tão maldita...

Alguém bateu na porta, me batendo fora do meu nevoeiro de desejo.

— Mal, está na hora — Uma voz gritou.

Não. NÃO!

— O que? — Mal virou, franzindo o cenho, enquanto eu estava ocupada freneticamente segurando meu vestido no lugar. A porta se abriu e Ben enfiou a

cabeça para dentro.

— Pelo Amor de Deus, homem — Mal disse, a voz firme e furioso. — Anne poderia estar nua.

Ben zombou.

— Você nunca se importou que eu o visse antes. E se é um problema, há uma fechadura na porta, idiota.

— As regras mudaram.

— Porra, cara — Ben disse, mostrando seus dentes em um grande sorriso. — Você está realmente sério.

— Claro que eu estou falando sério. Esta é a porra da minha namorada, seu idiota.

O olhar de Ben esvoaçava sobre o meu corpo.

— Sim, bem, a porra da sua namorada é muito bonita. Você sabe o que? Eu acho que gosto dela.

Cada parte do Mal ficou tensa. Havia fogo em seus olhos.

— Você...

— Não — Eu agarrei as lapelas de seu terno.

— Sem brigas — Ele olhou para mim, as narinas dilatadas. O que havia sobre casamentos que incentivava tanto drama? — Estou falando sério — Eu disse. — Essa é a noite especial de Ev e David.

Mas Ben aparentemente estava tendo muita diversão para parar agora.

— Lembra se daquela vez que compartilhamos uma garota em Berlim? Aquilo foi bom... Muito bom. Regularmente pensei que eu gostaria de tentar de novo. O que você diz, Anne? Para um pouco de diversão? Prometo que vou cuidar bem de você.

Mal rosnou e precipitou-se, segurei-o em estrangulamento. Eu estava basicamente pendurada nele. Maldição, o homem era forte. Ben pode ser enorme, mas dado atual estado de espírito de Mal, eu não apostaria contra ele em uma luta justa. Os músculos de seu pescoço saltavam.

— Mal? — Eu disse o seu nome, minha voz controlada e super calma. Em

outras circunstâncias, eu teria provavelmente sido uma terapeuta incrível. — Você está me ouvindo?

— Sim — Suas mãos agarraram minha bunda, levando um pouco do meu peso. Uma coisa boa. Ficar pendurada no pescoço de alguém era mais difícil do que parecia.

— Está tudo bem. Ignore-o — Eu disse. — Ben, saia — O idiota balançou

as sobrancelhas para mim. — Agora.

— Claro, Anne. Não se preocupe — Ele piscou para mim, fechando a porta.

— Tenha calma, Mal. O homem mau se foi.

— Eu estou calmo — Ele rosnou, me segurando a ele.

— Ele não quis dizer isso. Estava apenas brincando com você.

— Não! Viu o jeito que ele olhou para você? O idiota quis dizer isso…

— Mal me abraçou apertado. — Pedaço de merda ruim, como Jimmy às vezes. Deveria ter chutado sua bunda.

— Hey, agora, domine esse homem das cavernas interior. Você está muito agressivo hoje à noite.

— Eu não gosto de pessoas dizendo coisas sobre você. Você não deveria ter que aturar isso.

— Bem, isso é doce. Mas eu não preciso de você batendo em alguém por

mim.

— Nós quatro estivemos batendo uns nos outros desde que éramos crianças. Isso acontece — Com uma mão, Mal puxou meu zíper de volta no lugar. Então me perfurou com um olhar duro. — Você não quer, não é?

— Geralmente, eu prefiro um pau de cada vez. É um defeito meu, eu acho...

— Bom.

Dei-lhe um beijo na bochecha porque um Mal ciumento era uma visão impressionante.

— Do que ele estava falando sobre “está na hora”? — Davie quer tocar algumas músicas para Ev. Temos que voltar lá fora —

Ele suspirou e me sentou no balcão. Suas mãos esfregando sobre os meus lados. — Você está bem?

— Sim — Ainda assim, ele franziu a testa.

— Você sabe, você pode ser meio intenso às vezes, Malcolm Ericson — Ele me observava em silêncio. — Você vem através com esse tipo de cara alegremente despreocupado na maior parte do tempo, mas você é de fato um homem de muitas camadas. Você é meio complicado.

— Surpresa?

— Sim. E não.

— E você me chama de complicado. Você vai dançar comigo depois? — Ele perguntou, sacudindo o mau humor.

— Eu adoraria.

— Você queria outra bebida, não é? Vamos lá, vamos pegar isso antes de eu tocar — Ele me colocou para baixo, com as mãos em meus quadris, me tratando com o maior cuidado.

— Você é o melhor namorado de sempre. Falso ou não.

— Quantos você teve?

— Namorados? Dois — Levantei um par de dedos, apenas no caso dele querer uma ajuda visual. Foi bom ser útil.

— Então, eu sou o número três?

— Não, você é o número dois. Relacionamentos não são a minha especialidade.

— Não? — Ele ergueu o queixo, olhando para mim. — Você está indo muito bem, Anne.

— Obrigada, Mal.

This article is from: