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SUSTENTABILIDADE

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BIOTECNOLOGIA

BIOTECNOLOGIA

VALORIZAÇÃO DOS PRODUTOS DOS RUMINANTES PELA SUA COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GORDOS PROJETO VAL+ALENTEJO

Eliana Jerónimo, CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento

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José Santos-Silva, Polo de Investigação da Fonte Boa, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e CIISA – Centro Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal

Rui J. B. Bessa, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa e CIISA – Centro Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal

Os produtos dos ruminantes – carne, leite e derivados, são uma importante fonte de proteína de elevada qualidade, vitaminas, minerais e de ácidos gordos bioativos na alimentação humana. Embora estes alimentos assumam um importante papel na evolução humana, na atualidade são muitas vezes conotados de uma forma negativa, devido não só a questões relativas aos impactos ambientais da produção de ruminantes, mas também ao risco de desenvolvimento de doenças crónicas a que tem sido associado o seu consumo. Esta má imagem do ponto de vista nutricional dos produtos dos ruminantes deve-se, em grande parte, ao seu perfil de ácidos gordos, apresentando uma elevada quantidade de ácidos gordos saturados, quantidade variável de ácidos gordos trans e baixos níveis de ácidos gordos polinsaturados. A composição em ácidos gordos da carne de borrego e cabrito e de leite de ovelha e cabra é apresentada na Tabela 1. As recomendações nutricionais apontam para a redução do consumo de gordura e de ácidos gordos saturados e trans e para o aumento do consumo de ácidos gordos polinsaturados como medida para prevenção de doenças crónicas [1], o que tem sido favorável à redução, eliminação ou substituição dos produtos dos ruminantes por outros alimentos considerados mais saudáveis na dieta humana. (continua ....)

COMBATE AO DESPERDÍCIO ALIMENTAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO ANIMAL – IMPACTO E FUTURO

Francisco Júdice Halpern Estagiário de Laboratório De Heus Nutrição Animal, SA

Na atualidade, a União Europeia (UE) produz cerca 2,5 mil milhões de toneladas de resíduos por ano (Pereira, 2019), segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), prevê-se até 2050 um grande crescimento demográfico da população mundial, atingindo o nosso planeta 9/10 biliões de habitantes, provocando um aumento das necessidades alimentares atuais estimado em 60%. Estes preocupantes números vão obrigar a uma resposta na produção mundial de alimentos, numa altura em que muitos recursos naturais (terra, água, entre outros) já são escassos. Esta foi uma das razões por que o Parlamento Europeu destacou recentemente o tema da Economia Circular como fundamental para a política europeia. Neste sentido, a legislação comunitária está a ser atualizada relativamente à gestão de resíduos, nomeadamente com a introdução de medidas para o seu aproveitamento alimentar, que podem significar poupanças no valor de 600 mil milhões de euros, o que representará 8 % do volume de negócios atual das empresas da UE e a redução das emissões anuais totais de gases com efeito de estufa entre 2 a 4% (Forum Estudante, 2019). Deste modo, consegue-se também dar um passo importante no combate à poluição ambiental e reforçar a economia social do nosso planeta. A indústria de alimentação animal tem sido a principal recicladora da maioria dos coprodutos produzidos pelas Indústrias Agroalimentares (IAAs), através da utilização de milhões de toneladas como matérias- primas e contribuindo assim para a sustentabilidade ambiental e económica de várias empresas. (continua ...)

INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS HOJE CONSTROEM UM AMANHÃ MAIS PRÓSPERO*

Jim Sutter, CEO, U.S. Soybean Export Council

Sabia que, desde 1980, os produtores de soja dos Estados Unidos diminuíram a erosão do solo em 66%, reduziram as emissões em 41% e aumentaram a eficiência do uso do solo em 35%, ao mesmo tempo que aumentaram a produção em 96%?

O Dia da Terra recorda-me que os agricultores que produzem os nossos alimentos também realizam ações notáveis para promover a saúde do solo, restaurando o seu carbono orgânico e protegendo o ar e a água para garantir a sustentabilidade das suas terras e do nosso planeta.

O tema do Dia da Terra de 2021, “Restaurar A Nossa Terra”, inclui um forte enfoque nos alimentos e na agricultura. São necessários recursos substanciais para cultivar os alimentos dos quais todos dependemos para sobreviver e prosperar. É uma equação assustadora para o setor alimentar e para a agricultura, incluindo os agricultores familiares: fornecer alimentos nutritivos e abundantes enquanto gerem e mitigam o impacto da mudança climática – tudo isso usando menos recursos e minimizando a pegada ambiental da indústria de alimentação. Sem pressão, certo? (continua ...)

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