Sexcation - Primeiro Capítulo

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TRADUÇÃO: ANA CAROLINA CONSOLINI

1ª EDIÇÃO – 2020 RIO DE JANEIRO


Direção Editorial Beatriz Soares

Tradução

Ana Carolina Consolini COPYRIGHT © 2017. SEXCATION BY HEIDI MCLAUGHLIN. COPYRIGHT DA TRADUÇÃO © 2021. ALLBOOK EDITORA.

Preparação e Revisão

Clara Taveira e Raphael Pelosi Pellegrini

Capa

Barbara Dameto

Projeto Gráfico e Diagramação:

Cristiane Saavedra | Saavedra Edições

Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Os direitos morais do autor foram declarados.

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ Camila Donis Hartmann – Bibliotecária – CRB-7/6472 M429s McLaughlin, Heidi 1.ed. Sexcation / Heidi McLaughlin ; tradução Ana Carolina Consolini. - 1. ed. – Rio de Janeiro : AllBook, 2021. 216 p.; 16 x 23 cm. Tradução de: Sexcation ISBN: 978-65-86624-36-6 1. Ficção americana. I. Consolini, Ana Carolina. II. Título.

CDD 813 CDU: 82-31(73)

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2021 PRODUZIDO NO BRASIL. CONTATO@ALLBOOKEDITORA.COM


CAPÍTULO 1 Jade

Paraíso. É onde estou. A areia rosa das praias das Bermudas tem chamado meu nome por meses, desde que alguns dos meus clientes falaram sem parar sobre essa vista. Eu queria que minha melhor amiga viesse comigo, queria fazer uma semana só das garotas, mas ela insistiu que eu viesse sozinha. Essa é, como ela se refere, uma viagem de férias que pode mudar a vida de alguém. Estou sob ordens restritas de não ser eu mesma durante esse tempo, ou seja, preciso sair e me libertar. Nada do que posso ver acontecendo. Prefiro muito mais ficar na borda da piscina ou em alguma praia e simplesmente olhar as pessoas ou ler um dos romances que trouxe comigo. E isso não é nada que altere a vida de alguém, a não ser pelas belíssimas praias. A única coisa diferente do meu cotidiano é que me isolei completamente do mundo. Meu telefone está desligado e meu laptop não me acompanhou nessa viagem. O clima agora nas Bermudas é perfeito. Não está muito quente, pelo menos para os meus padrões. Para mim é perfeito. Eu moraria aqui se tivesse a chance. E, talvez, eu possa algum dia. O resort não está nem perto da sua lotação máxima, o que é bom, considerando que estou sozinha. Sozinha em todos os aspectos que importam. A última coisa que quero ver são casais sexcation

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constantemente abraçados nas espreguiçadeiras, se beijando e fazendo olhos de “venha me foder” enquanto tento me bronzear. E eu preciso desesperadamente de um bronzeado. Meu quarto tem vista para o mar, o que compensou gastar mais dinheiro quando eu posso ir para minha varanda e saborear meu café da manhã sem ter outros hóspedes se misturando ao meu redor. Preciso desses pequenos momentos depois de acordar. Minha única reclamação sobre meu quarto é que é adjacente a outro e, honestamente, isso me assusta demais. Também me irrita um pouco que eu tenho que compartilhar minha varanda. E se, quem quer que fique lá, sinta uma súbita vontade de bater aqui no meio da noite? Ou, Deus me livre, eles perderem a chave e quiserem usar o meu quarto para chegar ao deles? Eu tremo só de pensar. A porta de vidro deslizante do quarto compartilhado se abre, e eu me vejo segurando a respiração em antecipação. Eu esperava que o quarto estivesse vazio para me poupar a curiosidade de saber quem está lá, mas isso não aconteceu. Não, minha sorte é ter o homem que eu estava olhando mais cedo, quando ele estava fazendo o check-in, como meu vizinho. Era seu terno e a maneira como falava com as recepcionistas. Sua voz era suave e com um sotaque britânico. Tão britânica, que me vi esfregando as coxas e me xingando mentalmente, porque onde há fumaça há fogo, e eu não sei se consigo lidar com isso. Quem pensaria que um sotaque poderia provocar um efeito tão tentador em mim? E agora esse homem está no espaço da varanda compartilhada comigo e, pelo amor de Deus, não consigo tirar os olhos dele. Ele estava e ainda está vestido com um terno preto e uma camisa de botão branca, assim como quando o vi momentos atrás, mas agora seus olhos estão escondidos atrás de óculos escuros no estilo aviador com lentes espelhadas, e eu só sei disso porque ele está olhando para mim ou através de mim. Ele está retornando o olhar penetrante que eu dei a ele antes — ou, pelo menos, eu acho que é isso. Quando sua cabeça se inclina para o lado e a língua sai para molhar os lábios, eu me afasto rapidamente, envergonhada por ele me pegar de boca aberta, mas não pude evitar. Há algo de especial sobre um homem finamente vestido em um paraíso como esse. Voltando para o meu quarto, fecho as cortinas pesadas e ligo o ar-condicionado para tentar refrescar minha pele superaquecida. Mesmo quando estou diante do espelho, que, por acaso, fica ao lado da porta adjacente, meu coração dispara, imaginando o que o homem 6

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do outro lado da parede está fazendo, ou com quem ele está fazendo. Um homem como aquele não vem sem estar acompanhado de uma mulher ou de uma comitiva esperando para adorar seus pés. — Sai dessa — digo ao meu reflexo, que parece zombar de mim. Estou aqui para clarear a cabeça, não para fantasiar sobre os outros hóspedes do resort, e é isso que vou fazer. Troco minhas roupas, aplico protetor solar em todas as partes visíveis do corpo e deslizo minha saída de praia sobre a cabeça antes de pegar a pilha de revistas que comprei nas bancas do lado de fora do terminal do aeroporto, meus óculos de sol e chapéu antes de ir para a piscina. Sou cautelosa quando abro a porta, verificando primeiro se o homem também está saindo e, somente quando a barra está limpa, ando rapidamente até o elevador, rezando para que meu vizinho misterioso fique trancado dentro de seu quarto. Infelizmente, quando encontro a piscina, vejo que não sou a única que decidiu aproveitar a calma da manhã, mas, felizmente, ainda posso escolher uma espreguiçadeira. Eu escolho uma em frente ao óbvio harém situado em uma das cabanas. Quando estou acomodada, tiro meus óculos escuros um pouco, sabendo que meu chapéu enorme manterá meu olhar fixo em segredo, e assisto às três mulheres do outro lado da piscina conversando com meu bad boy perfeito, com os braços fortes cobertos por tatuagens, cabelo loiro e torso muito bonito. Cada vez que ele se vira, os músculos de suas costas flexionam, criando o cume perfeito para minhas unhas se fincarem. Eu lambo meus lábios só de pensar no animal que ele deve ser na cama. Homens assim, você sabe, eles conhecem todos os caminhos entre os lençóis. Não que eu saiba alguma coisa sobre isso, considerando que atraio chatos que lidam com números e só fantasio em estar com alguém perigoso. — Controle-se — digo a mim mesma enquanto tento ler as palavras no papel à minha frente. Não sei o que aconteceu comigo, mas primeiro meu vizinho e agora esse homem me despertam uma paixão sem controle. Suponho que, se estivesse confortável com minhas proezas sexuais, ou com a falta delas, não precisaria recorrer a imaginar como seria ter um orgasmo que me deixaria sem fôlego, dolorida e totalmente saciada. Exceto que não consigo parar de observar as mulheres e como elas agem, e acho que estou fazendo anotações mentais. Se vou precisar ver homens lindos enquanto estou aqui, também vou tentar me divertir, viver um pouco e não ser tão inibida. As mulheres parecem gostar dele, tocando-o descaradamente, sexcation

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mesmo que ele tente frustrar cada tentativa. E elas riem como hienas quando ele diz algo engraçado. Pelo menos, de onde estou sentada, parece que ele está brincando com elas. Não consigo imaginar que ele seja um idiota, mas nunca se sabe. Ele olha em volta e passa a mão pelos cabelos enquanto continua parado lá. Se eu tivesse de adivinhar, diria que ele não conhece nenhuma delas, e elas estão tentando ficar com ele. Cada vez que alguém tenta tocá-lo, ele se afasta. Finalmente digo a mim mesma para parar, que não estou aprendendo nada com eles, e que provavelmente teria uma chance melhor de pegar um homem se eu for eu mesma, e não como as mulheres do outro lado da piscina. No entanto, continuo espiando por cima dos meus óculos de sol de vez em quando, mas certificando-me de desviar o olhar quando ele se vira para ver quem mais está por perto. Eu invento, na minha cabeça, a conversa que eles estão tendo para passar o tempo. A risada do grupo fica mais alta, e as mulheres forçam ainda mais os toques no homem tatuado. Minha revista fica repentinamente entediante, e o drama que se desenrola na piscina é muito mais divertido, mas eu não a deixo de lado por medo de que eles me notem. Eles não têm ideia de que eu dei um nome para cada um: Tuffy, Buffy e Muffy e o nome do cara é Romeo. Não gosto do nome Romeo, mas ele se encaixa perfeitamente. Ele está fazendo essas mulheres desmaiarem, e todas elas estão planejando uma orgia. Ele se vira e olha na minha direção, e eu juro que posso sentir sua atenção em mim. O mais timidamente possível, deslizo meus óculos de volta pelo nariz e finjo que estou interessada na revista que está causando suor nas minhas pernas. Há um mergulho na piscina e mais algumas risadas, forçando-me a olhar para cima. Ele está na piscina e está andando na minha direção com uma cerveja na mão. Quando ele pegou uma cerveja, e onde posso pegar uma também? Ele coloca garrafa na beira da piscina e sobe a escada lentamente, certificando-se de que qualquer pessoa com uma visão fácil possa ver as trilhas feitas pela água flexionarem quando ele se levanta. Cada passo é quase metódico, dando à água tempo suficiente para desenhar e escorrer pela sua pele bronzeada. Mais uma vez, me encontro esfregando minhas coxas, rezando para que ele não tenha visto. Ele sacode o cabelo, deixando a água espirrar em todas as direções. Uma gota cai em mim, e a deixo na minha pele como uma recordação desse momento. Romeo se inclina para pegar sua cerveja, e eu rapidamente procuro 8

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o bar ou garçom mais próximo. Eu preciso saciar minha sede ou, pelo menos, ocupar minha boca antes que minha voz diga algo incrivelmente estúpido. Depois de assistir Romeo, minha boca está seca, minha língua está ansiosa, e fico tentada a tocar as gotas de água na minha perna para manter meu foco em qualquer coisa, menos nele. Ele passa por mim, bloqueando meu sol, e antes que eu possa dizer qualquer coisa, coloca sua cerveja na mesa que separa minha cadeira da cadeira ao lado. Levanto os olhos, mesmo que não consiga vê-lo através da borda do meu chapéu, e me preparo para perguntar no que diabos ele está pensando. Existem muitos outros lugares nos quais ele pode parar seu corpo glorioso. Assentos à minha frente que me dariam a visão perfeita dele. Oh, talvez ele precise ter protetor solar sendo esfregado por todo seu corpo? Só que eu não tenho a chance de perguntar, já que seus lábios estão nos meus e, quando eu ofego, sua língua entra, me fazendo gemer. A mão dele acaricia minha bochecha enquanto nossos lábios se movem suavemente, como se pertencessem um ao outro. Não como se o tivesse se conhecido há horas, mas desde sempre. E antes que eu possa piscar, ele se foi. Bem, não se foi, ele agora está sentando na espreguiçadeira ao meu lado, agindo como se fosse uma ocorrência diária beijar uma completa estranha. E é aí que eu vejo o rosto dele e a realização me bate bem no peito. Ele é meu vizinho sexy, que usa terno, porra, o cara com quem eu divido uma varanda e que, por baixo daquele terno escuro, escondeu sua imagem de bad boy. — O que é que foi isso? — pergunto estupidamente. Sei que foi um beijo e, além de ser um dos melhores que já experimentei, preciso saber por que ele me beijou e se planeja fazê-lo novamente. Eu gostaria de estar um pouco mais preparada. E repensar minha busca por uma cerveja. Vou precisar de algo frutado e convidativo. — Eu disse àquelas mulheres lá que você é minha esposa. É a única coisa em que consegui pensar quando elas não paravam de me pedir para voltar para o quarto delas — responde com o sotaque britânico mais incrível que eu já ouvi, e olha que já ouvi bastante. Morando na cidade de Nova York, escuto de tudo, mas a maneira como esse homem acabou de falar comigo me causou arrepios na espinha. E eu sabia! As mulheres do outro lado queriam fazer uma orgia, não que eu pudesse culpá-las. Sua voz é suficiente para me fazer querer participar.

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— Entendo, então você acha que pode simplesmente deslizar até aqui e me beijar? — Tecnicamente, eu nadei. A água estava envolvida nesse processo. — Ele descansa a cabeça para trás, mas eu posso ver o sorriso aparecer em seus lábios muito beijáveis. Então Romeo é um espertinho. Acho que gosto disso. — O que você sugere para mantê-las afastadas? Elas não vão descobrir que não somos casados? Eu tenho certeza de que elas verão você sentado sozinho mais tarde, ou me verão flertando com outro homem. Elas vão perguntar alguma coisa para você. Para nós. E se acharem que somos swingers? Ele olha para mim como se eu fosse a Medusa e encolhe os ombros como se não se importasse com o mundo. Inferno, talvez ele não se importe, e esse é só mais um jogo para ele. Eu sou apenas a outra participante de sorte dessa semana. — Quando você vai embora? — ele pergunta. Minha cabeça deveria gritar “Perigo! Perigo!”, mas não o faz. Há algo nele, algo que me deixa à vontade, que me faz querer contar tudo a ele. — Sete dias, cheguei essa manhã. — O mesmo aqui, então acho que podemos passar algum tempo juntos. A menos que você não seja solteira. — Eu estou solteira — falo com muita facilidade, soando ansiosa. O que aconteceu com jogar duro e permitir que o homem corra um pouco atrás de mim? Infelizmente, no minuto em que o vi no check-in, percebi que transar estava no topo da minha lista de prioridades. — Bem, mas veja só! Também estou solteiro. Então, o que você me diz? Você, eu e os próximos sete dias na companhia um do outro? Vamos nos divertir, prometo. — E se você conhecer alguém? — Não é “se eu conhecer alguém”. Quero dizer, planejava conhecer pelo menos uma pessoa. Por acaso ele era o único até que eu percebi que era meu vizinho. Mas agora que o vi sem o terno, percebo que ele tem mais chances de transar todas as noites e tardes, se assim quiser. Só de olhar para ele, eu faria a posição da águia em pleno voo, se isso significasse que eu tocaria nele. 10

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Esse cara se move para a minha espreguiçadeira e pega minhas pernas, colocando-as sobre as dele. Eu tiro meus óculos escuros para poder dar uma boa olhada nele. Engulo em seco enquanto observo seus olhos azuis cristalinos, que contrastam com seus cabelos loiros e pele bronzeada. Em casa, ele nunca seria meu tipo, mas aqui, nas Bermudas, quem se importa com um tipo? — Quer dizer que eu ainda não a conheci? — Oh, você tem lábia — digo a ele. — Ok, quais são as regras? — Regras? — Sim, regras? Quero dizer, obviamente temos quartos separados, mas e se uma delas decidir segui-lo e perceber que você está sozinho? — Fácil, são quartos adjacentes. Qual é a sua próxima regra? — Seu polegar está subindo e descendo na minha perna. A sensação faz meu coração bater um pouco mais rápido. Por um breve momento, fico sem palavras, esquecendo que nossos quartos são adjacentes. Eu tinha certeza de que havia encontrado um buraco em seu pequeno plano. — Certo, ok — eu digo, sem adicionar outra regra. Eu sou péssima nesse jogo. — Você quer algumas regras, hein? Bem, aqui estão as minhas para começar. Beijar é definitivo. E andar de mãos dadas, talvez até flertar quando estivermos em público. Eu me sinto como uma garota no ensino médio quando consegue seu primeiro namorado e precisa estabelecer as regras básicas. Exceto que eu gosto das regras dele. Beijar é divertido, especialmente se ele estiver envolvido. Tenho a sensação de que vou seguir todas as regras dele, quando estabelecer regras foi uma ideia minha, para começar. — Sua vez — diz ele, me pegando desprevenida. — Minha vez? — Sim. Uma regra. Lembra? Você estava estabelecendo as regras. Com exceção de exigir sexo, o que eu não vou fazer, não consigo pensar em outra coisa. Balanço a cabeça, dizendo que não tenho nada. — Excelente, então temos um plano. Então, qual é o seu nome? — ele pergunta. É quando a lâmpada se apaga para mim. Estou de férias, longe da minha vida e responsabilidades. Eu posso ser quem eu quiser, e ele não saberá de nada. sexcation

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— Ok, aqui está minha regra. Vamos mentir um para o outro. — Perdão? — Ele parece confuso e, ouso dizer, magoado. Suponho que eu também estaria. — Escuta. Estou de férias e presumo que você também esteja. A última coisa que quero fazer é falar sobre casa ou trabalho. Estou solteira. Você também. Portanto não temos nada com que nos preocupar, e ninguém aqui nos conhece, então vamos nos dar nomes falsos. Na verdade, vamos fingir tudo. Invente a história mais estranha que puder sobre você. Não estamos tentando nós impressionar e, como estamos agindo como se estivéssemos casados, por que não? — Você é louca — diz ele, rindo. — Vou entrar nessa, desde que prometa não ficar pegajosa e esperar um relacionamento quando a semana terminar. Estendo minha mão, e ele aperta. — Meu nome é Jade — digo a ele, criando o nome mais maluco que eu pude. Eu sempre quis ser outra pessoa e agora eu tenho a chance. Estou atuando, mas sem câmeras me seguindo e pessoas dizendo o que fazer. — Eu sou Jackson. Jackson é muito melhor que Romeo, e acho que gosto da maneira que soa na minha cabeça. Jackson. Eu gosto disso. Pena que é falso. — Prazer em conhecê-lo, Jackson. — Você também, Jade. Então, agora que temos isso resolvido, o que devemos fazer pelo resto do dia? — Eu não sei. Ainda não fiz planos, mas estou pronta para sugestões, ou você pode continuar com o que faria. — Não, agora que minha esposa está livre para o dia, devemos fazer algo juntos. Além disso, temos que continuar fingindo. Não quero que sejamos descobertos imediatamente — ele diz, apontando para as mulheres que deixou com o coração partido. — É quase hora do almoço. Suponho que devemos comer. Ele pega minha mão e desliza facilmente seus dedos entre os meus. Juntos, caminhamos de mãos dadas de volta ao resort. Eu acho que estamos indo para o restaurante, mas ele nos leva em direção ao elevador. Paramos no nosso andar e seguimos em direção aos quartos. — O que você está fazendo aqui? — eu pergunto.

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— Vou colocar uma roupa mais adequada para o almoço. A menos que você queira sair comigo vestido assim. — Ele esfrega a mão sobre o tronco, fazendo minha boca salivar. — Não, roupas definitivamente cairiam bem. — Vá e destranque a porta entre nossos quartos, e eu farei o mesmo. — Ele desaparece atrás da porta, deixando-me recuperar o fôlego. Assim que eu destranco a fechadura, ele empurra a porta, e eu dou um passo para trás até que a parte de trás do meu joelho bata na cama, e logo ele está de pé na minha frente. — Acho que vou gostar muito desse jogo — diz ele. — Eu acho que também vou… — O jeito que ele está me beijando agora, com a mão pressionada nas minhas costas e a outra acariciando minha bochecha, realmente faz com que minhas partes mais secretas pulem de alegria por conseguirem algum tipo de ação com esse homem. E quando ele se pressiona em mim, mostrando que, não, minha imaginação não estava mentindo para mim e que ele está definitivamente no departamento dos “bem dotados”, meu corpo vibra com eletricidade e antecipação do que está por vir. Mesmo atrás de portas fechadas, ele me beija mais profundamente do que na piscina, me deixando sem fôlego e tendo que me lembrar que este é apenas um jogo com prazo de validade de uma semana.

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