Raced
DE UM ENCONTRO CASUAL AO MAIOR PÓDIO DE SUA VIDA
AUTORA BEST-SELLER DO NEW YORK TIMES
K. BROMBERG
1ª EDIÇÃO – 2022 RIO DE JANEIROCOPYRIGHT © 2014. RACED BY K. BROMBERG.
COPYRIGHT © 2022. ALLBOOK EDITORA.
Direção Editorial BEATRIZ SOARES
Tradução CLARA TAVEIRA
Preparação e Revisão
ALLBOOK EDITORA E RAPHAEL PELLEGRINI
Capa original
TUGBOAT DESIGN
Adaptação de capa, projeto gráfico e diagramação
CRISTIANE | SAAVEDRA EDIÇÕES
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Gabriela Faray Ferreira Lopes – Bibliotecária – CRB-7/6643
B886r
Bromberg, K.
Raced : de um encontro casual ao maior pódio de sua vida ; tradução Clara Taveira. – 1. ed. – Rio de Janeiro: AllBook, 2022. 160 p.; 16 x 23 cm. (Driven ; 4)
Tradução de: Raced
Sequência de: Crashed
Continua com: Aced
"Conteúdo: Colidindo com o amor ; Correndo para o felizes para sempre"
ISBN: 978-65-80455-44-7
1. Ficção americana. I. Taveira, Clara. II. Título. III. Série.
22-80398
CDD 813
CDU: 82-31(73)
Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995) 2022
Aos meus leitores…
Vocês são o xadrez da minha bandeira e completam meu alfabeto, de A a Z.
Vocês me deram a chuva para dançar e uma voz para gritar.
Seu apoio infinito, entusiasmo contínuo e fé inabalável em minhas habilidades mexem comigo diariamente.
Este é o livro que eu nunca tive a intenção de escrever, mas vocês podem ser bastante convincentes… então este é para vocês.
I race you. I book you. I chocolate you. I thank you. Kristy.
INTRODUÇÃO
Quando comecei esta jornada, não tinha a intenção de escrever nenhuma parte do livro pelo ponto de vista de Colton. Rylee era a minha garota. Eu sabia como ela pensava, como esboçar suas motivações de uma cena para a outra, e entendia sua resistência e sua atração à bagunça egocêntrica que Colton Donavan é.
Nem uma vez contemplei o que Colton estava pensando além dos motivos pelos quais ele a afastaria.
Todos os livros que eu estava lendo na época eram narrados pelo ponto de vista da protagonista, e em primeira pessoa. Eu me conectava com as heroínas dessa maneira, me relacionava com suas ações, e foi isso que me propus a fazer por quem leria meu livro quando escrevi Driven.
Quando Driven foi lançado, um blog fez uma resenha e comentou que adoraria ver algumas das cenas pelos olhos de Colton, porque ele era muito complexo. Tive dificuldades para aceitar a crítica, não porque ela não fosse válida, muito pelo contrário. A pessoa que resenhou o livro foi certeira ao dizer isso, mas, caramba, eu nunca tinha escrito nada sob o ponto de vista de um homem antes. A ideia de fazer isso me assustou para cacete.
Resolvi me desafiar. Entrei em contato com o blog e perguntei se eles queriam um trecho sob o ponto de vista de Colton, para postar no site deles. Eles aceitaram. E então eu percebi quão perdida eu estava, porque, sim, eu conhecia o diálogo que se desenvolveria, mas nem uma vez eu questionei os pensamentos de Colton naqueles momentos.
Portanto, a princípio, escrever aquela cena foi bem difícil. Eu precisava encontrar sua voz interna, sua personalidade. E depois de dias digitando, apagando, digitando, apagando, repetindo isso tudo, finalmente terminei.
E foi nesse momento que percebi que amava Colton ainda mais. Eu adorava sua natureza sincera e seu sarcasmo; e entendia melhor os demônios que o assombravam. Havia algo muito libertador em escrever aquela cena sob sua perspectiva. Adorei o desafio, gostei de descobrir como sua mente funcionava e curti terminar a história e observá-la por um novo olhar, totalmente diferente. Quando o blog postou a cena, o feedback foi positivo. Olhei para Fueled, que estava cerca de oitenta por cento completo, tudo do ponto de vista de Rylee, e decidi que precisava escrever alguns capítulos pela perspectiva de Colton. Após o final de Driven, percebi que a única maneira de o trazer de volta às boas graças dos leitores era contar aquele último capítulo sob sua perspectiva. Eu queria que os leitores o entendessem, para que pudessem perdoá-lo um pouco mais.
Eu me sentei e escrevi o prólogo de Fueled de uma só vez. Isso nunca tinha acontecido comigo. Mas quando terminei, percebi que ia jogar fora os oitenta por cento que eu tinha escrito para que pudesse adicionar mais da voz de Colton à história.
Tanto em Fueled quanto em Crashed, fui seletiva nas cenas sob seu ponto de vista. Eu não queria revelar demais ou de menos, e sempre quis que suas cenas tivessem impacto, servissem a um propósito, mesmo assim nunca pareceu ser suficiente para os leitores. Eu estava (e ainda estou) recebendo mensagens toda hora, com dúvidas sobre o que ele estaria pensando em uma ou outra cena. Debati internamente a ideia de reescrever a série toda sob seu ponto de vista, mas pensei que talvez seu humor, seu ensimesmamento, apagassem seu brilho para os leitores. Que eles ficariam entediados com uma história que já conheciam todos os meandros.
Porém eu achava que certos eventos ainda teriam mérito se recontados, então perguntei a vocês, meus leitores, quais cenas seriam essas. Não surpreendentemente, muitas delas eram as mesmas que eu queria escrever.
Então aqui estão os POVs de Colton. Algumas cenas são versões reescritas de outras que você pode ter lido anteriormente em um blog, algumas são novos capítulos recontados e algumas você nunca leu antes, porque vimos o que Rylee estava fazendo, mas nunca soubemos o que Colton fazia naquele mesmo momento.
Espero que gostem tanto quanto eu gostei de escrevê-los. Foi divertido voltar a entrar em sua mente complexa e bem-humorada, vê-lo derrotar seus demônios e aprender a dirigir para longe de sua zona de conforto.
Driven
Capítulo 1
Muitos leitores ficaram curiosos sobre o que Colton pensou durante seu primeiro encontro com Rylee, quando ela caiu do armário. Eu também estava curiosa; o problema era que eu não tinha ideia. Eu nem sabia por que ele estava vagando pelos bastidores em primeiro lugar. Essa cena foi minha primeira tentativa de escrever o ponto de vista de Colton.
Comecei pelo menos sete vezes, tentando descobrir sua motivação para fugir da festa em vez de estar no meio dela. A cena levou muito tempo para ser escrita, mas eu sempre vou olhar para ela como a que mudou a direção da Fueled… para melhor.
Que. Porra. É. Essa?
Dou uma balançada com o impacto quando ela tromba em mim. Unhas fincam em meus bíceps. Só consigo ver um monte de cachos castanhos selvagens quando olho sua cabeça. Seus ombros estremecem a cada respiração hiperventilada – um som que anda de mãos dadas com o grito ensurdecedor que inevitavelmente virá a seguir.
Obrigado, redes sociais! Peguem as porcarias dos seus tweets e posts do stalker.com e enfiem em seus rabos. Obrigado por ajudar outra fã frenética e aleatória a me encontrar.
O que acontece com essas mulheres para ficarem me atacando aqui? Primeiro a mulher ruiva que parecia uma piranha cheia de dentes e agora isso.
Sério? Vai pagar de donzela em perigo? Como se eu nunca tivesse visto isso antes. Você é mais uma em milhões, querida. Se quer que eu te note, baby, precisa usar menos roupa. Bem, a menos que você pense em usar meias e saltos. E nada mais. Isso com certeza chamaria minha atenção.
Eu mexo os pés, mas ela não se move. Ok, perseguidora , seu tempo acabou. Vê se me larga de uma vez, aí não vou precisar ser um escroto de marca maior com você e…
Puta que pariu.
O ar escapa dos meus pulmões quando os olhos dela – olhos magníficos – se voltam para mim por baixo dos cílios escuros. Sua cabeça ainda está inclinada para baixo, então meu único ponto focal é a cor púrpura e azulada. Mesmo com toda essa porcaria borrada neles, o jeito como ela me olha – chocada, aterrorizada, aliviada, tudo de uma vez – me impede de falar qualquer besteira.
O que diabos há de errado comigo? Histeria somada a mulheres é igual a loucura. Um sinal infalível para me livrar dela. É uma lição aprendida há muito tempo. Mas ela é muito cheirosa. Concentre-se, Donavan, lembre-se da regra número um: não bata palma para as malucas.
Ela desvia o olhar e o desce lentamente, parando em meus lábios, silenciosamente. Seu corpo enrijece, os dedos tensos ainda em meus braços, a respiração interrompendo momentaneamente antes de um suspiro trêmulo escapar de sua boca.
Espera. Espera. Está vindo. Sua oferta inevitável. A perda de tempo que é o roteiro com o qual ela me tenta, as perversidades que aceita que eu
faça com seu corpo em troca do direito de se gabar por ter passado algumas horas comigo.
Já conheço isso tudo, querida. Portanto, uso a regra número um. Merda, ela pode fazer a salada do jeito que quiser, isso não significa que eu vou gostar do molho.
Ela tenta se mexer e tropeça, se aproximando ainda mais de mim, seios firmes pressionados contra o meu peito, antes de pular para trás, como se tivesse tocado em um fio desencapado.
Isso mesmo, querida, eu sou cheio de eletricidade.
É a primeira vez que tenho um vislumbre de seu corpo inteiro, e ela definitivamente merece uma segunda olhada. Ela tem mais curvas do que estou acostumado, mas elas ficam bem para cacete nela. Meus olhos devoram e observam os saltos do tipo “me-fode — as pernas longas e bem torneadas, os seios cheios, nada disso de seios que cabem nas mãos. E eu tenho mãos grandes. Não posso evitar que meus batimentos cardíacos acelerem. Ela pode ser louca, mas, puta merda, a fã doida tem um corpo e tanto.
Eu não ouço o pedido de desculpas que ela tenta me dar – uma desculpa esfarrapada sobre ter ficado presa – porque meus olhos se erguem e se fixam em sua boca. Meu bom Jesus — que lábios perfeitos. Agora esses lábios… eu posso imaginar quão perfeitos não ficariam ao redor meu pau.
Eu me esforço ao máximo para não gemer quando a imagem de uma fã ajoelhada diante de mim, com esses olhos voltados em minha direção e suas bochechas afundando enquanto meu pau desliza para dentro e para fora de sua boca, surge em minha mente.
Que se foda. Desde quando eu sigo a porra das regras?
Ha. Quebro as regras, parto os corações. Terei prazer em receber tais títulos em troca de desfrutar de um momento de diversão com ela.
Tchauzinho, regra número um.
Eu me forço a desviar o olhar de sua boca e foco em seu rosto, para avaliar sua intenção. Então ela quer uma noite selvagem com o famoso bad boy? Depois da cena pornô que acabei de criar na minha cabeça, em que ela é a estrela, é óbvio que estou disposto a conceder essa noite.
Mas vou ralar para conseguir. Merda, o que eu tenho é bom demais para dar de graça. Fãs tenho aos montes, mas eu sou único para caralho.
Ela desvia os olhos novamente, e eu os observo vagar. Sim, ela gostou do que viu… Acho que não tem ideia de quem está enfrentando.
Sem dúvida, como uma boa perseguidora deveria fazer, ela me olhou por alto e achou que seria fácil, que eu durmo com qualquer uma que abra as pernas para mim. Ela quer muito jogar. Mal sabe que estou com disposição para um jogo bem intenso.
Ela continua olhando, e eu não posso evitar o sorriso que curva o canto da minha boca. Seus olhos se arregalam, e sua respiração falha. Ah, é, ela definitivamente quer jogar. Isso que é um desafio e tanto em quadra.
Depois de um instante, ela volta a me olhar nos olhos. Pupilas dilatadas, lábios entreabertos, um rubor surgindo em suas bochechas. Porra, aposto que é assim que ela fica quando goza. Meu pau se agita quando penso na possibilidade de ser responsável por essa expressão em seu rosto enquanto deslizo para dentro da premiação que há entre suas coxas.
Então me afasto dela. Como é o ditado? O que vem fácil, vai fácil.
— Não precisa se desculpar — eu digo a ela, sorrindo pelo modo como esse evento chato acabou de se tornar muito mais interessante. Segura essa
— Estou acostumado a ver mulheres de joelhos aos meus pés.
Sua cabeça se levanta, e vejo confusão misturada com o que eu penso ser desgosto nesses olhos extraordinários.
Bem-vinda à liga dos campeões, querida!
Ela abre a boca novamente. Agitada. Gaguejando.
Eu a deixo nervosa. Que bom.
— Obrigada. Muito obrigada. A-a porta se fechou atrás de mim. Emperrou. Eu entrei em pânico…
Quando ela fala desta vez, eu realmente presto atenção em sua voz. Parece que uma operadora de telessexo abriu a boca. Merda. Meu pau está fazendo mais do que apenas se mexer agora. Esse tom ronronado e sexual é suficiente para deixar um monge de pau duro.
— Está se sentindo bem? Senhorita…?
Ela apenas me encara. Congelada no lugar. Indecisão e confusão guerreando em seus traços incríveis. Ela já está questionando sua determinação?
Nem ferrando. Ela não vai a lugar nenhum. Eu sempre acabo o que começo, e isso – a chance de ouvi-la gritando meu nome enquanto me enterro nela mais tarde – de forma alguma acabou.
O jogo. Começou.
Eu estendo a mão, seguro sua nuca e a puxo para mais perto de mim. Isso é tudo que eu planejo fazer. Um pequeno toque para aumentar a aposta
– forçá-la a colocar suas cartas na mesa ou usar seu blefe. Eu a puxo para perto o suficiente para tocar em seus lábios, provocá-la um pouco, para que saiba o que está em jogo por trás dessa partida inesperada que estamos jogando.
Mas eu não sei se o que ela tem – se é algo diferente, um desafio ou não – que me faz estender a mão livre e acariciar seu braço, a curva de seu pescoço e sua bochecha.
Eu não quero desejar essa mulher. Não preciso dela. Merda, uma mensagem já é suficiente para garantir que Raquel esteja na minha cama em um piscar de olhos. Porra, ela provavelmente já deve estar lá. Nosso acordo pode estar terminando, mas ela ainda faz parte do jogo.
E ela tem umas habilidades insanas.
Mas há algo sobre essa fã louca que me faz dar uma segunda olhada nela, me faz esquecer que isso é um jogo.
Esses olhos. Esses cachos, selvagens e soltos de seu penteado, parecendo que foram soltos de propósito. Os lábios carnudos e perfeitamente entreabertos. Jesus Cristo. Eu talvez a deixe ganhar este jogo porque, caramba, ela não está jogando limpo.
Algumas opções de como a tocar passam pela minha cabeça. Mergulhar de cabeça e pensar nas consequências mais tarde ou pegar leve e se divertir?
Então ela respira fundo de forma irregular, o que me mostra que está afetada. Ela me mostra que deu um passo maior que a perna. Indícios de um pouco de vulnerabilidade piscam em seus olhos. E esse movimento – o estremecimento sutil me dizendo que seu corpo quer trair o aviso da sua cabeça, que a manda se afastar de mim – é muito excitante.
E o desejo supera toda a lógica.
A testosterona vence.
Apenas um gostinho.
— Ah, foda-se! — Encosto a boca na dela e aproveito o suspiro surpreso para deslizar a língua entre seus lábios agora separados. Para provar o que ela está oferecendo. Puta merda! Isso é que eu chamo de ser arrebatado. A mulher tem um gosto que nunca senti na vida. Já ouvi viciados dizendo que a primeira carreira de cocaína é o que os prende, o que faz com que eles façam coisas irracionais pela próxima dose. Eu finalmente entendo.
Doce. Inocente. Sexy. Disposta.
Puta merda.
E antes que eu possa tomar mais do que quero com força, agora, o jogo que se dane, ela se desvencilha e afasta os lábios dos meus. Apenas um pensamento na cabeça. E nubla minha determinação. Mais.
Seu pulso acelera sob minha palma. Sua respiração ofegante se mistura com a minha. Seus olhos brilham com confusão e medo. E desejo. Mais.
— Decida, querida — eu exijo, uma dor involuntária se instalando profundamente em meu saco. — Nem todo homem consegue se segurar tanto. Seus olhos brilham de indecisão. Eles dizem “vem me foder” e “vai se foder” ao mesmo tempo. Seus lábios se abrem e depois se fecham. Suas mãos agarram minha lapela, a incerteza nítida em suas feições deslumbrantes. Por que essa resistência repentina se está conseguindo exatamente o que queria?
A realidade de repente fica muito pesada? Ah… deve ter um namorado. Como não teria, com essa aparência?
Ela apenas me encara, os olhos vazios, mas o corpo ainda respondendo, enquanto tudo que há dentro de mim grita para que eu a agarre e me satisfaça com seu gosto viciante. Acabou o tempo, querida. A decisão é minha agora. Vou mostrar o que deseja. Dar a ela o que o namorado não dá. Ela teve sua chance de ir embora, e não foi. Eu tampouco vou. Eu sempre consigo o que eu quero.
E agora, eu a quero.
Eu aperto seu pescoço, incapaz de conter o sorriso em meus lábios enquanto penso em desfrutar de suas curvas suaves e sua boceta molhada. E então eu me mexo. Ela resiste quando eu reivindico sua boca. Eu sou habilidoso, mas estou longe de ser gentil quando abro seus lábios trêmulos e tomo minha próxima dose.
Mais um gostinho.
Isso é tudo o que eu quero. Eu esfrego a língua contra a dela. Sondando. Degustando. Exigindo.
Meu Jesus Amado. Esse é o único pensamento que consigo ter quando ela começa a responder, nossos corpos se conectando, sua língua brincando com a minha. Suas mãos se movem, unhas arranhando meu queixo e mãos seguindo até meu cabelo. Uma explosão me assola por dentro, um gemido me escapa enquanto o corpo dela se move contra o meu pau duro. Sua suavidade cede ao meu aço.
Cada desejo primitivo em meu corpo implora para que eu a toque, a reivindique, a torne minha. Passo a mão pelas curvas de seus quadris, nossos corpos vibrando de adrenalina e desejo. Com uma mão em suas costas, pressionando-a contra mim, sinto meu pau contra sua barriga, o meu joelho encaixado entre suas pernas. Ela responde instantaneamente, o Santo Graal entre suas coxas se esfregando contra minha perna, para que eu possa sentir sua boceta úmida e cheia de tesão através da calça.
Responsiva para caralho. Seu corpo obedece às dicas mais sutis do meu, reage ao menor toque. Absorve tudo sem egoísmo. Submete-se de bom grado. Deus, eu quero corrompê-la.
E então ela emite o som mais suave e erótico que eu já ouvi na porra da minha vida. Um gemido suave que implora, suplica e oferece tudo ao mesmo tempo.
E estou decidido. Consumido. Determinado.
Foda-se o jogo.
Minha.
Eu a desejo. Preciso tê-la só para mim. Eu defino as regras agora. A adrenalina me atinge, correndo dentro de mim em ondas.
Eu preciso fazê-la minha.
Eu mordo seu lábio inferior, em seguida, lambo o ponto em que mordisquei. Prazer para enterrar a dor.
— Meu Deus, eu quero você agora — murmuro contra seus lábios entre beijos, meu pau latejando só de pensar em transar com essa mulher. Minhas mãos agora buscam possuí-la. Desejo alimentando meu fogo. Os dedos esfregam os mamilos endurecidos implorando para serem provados, enquanto nos chocamos contra a parede. Minhas mãos exploram para se conectar com a pele nua. Eu alcanço as meias-calças até chegar na renda que as separa da coxa. Eu gemo em sua boca.
Perfeição da porra. Seda, renda e pele. Se é possível ficar mais excitado, eu acabei de ficar.
Eu acho que como essa fã aqui não há aos montes.
Conforme ela ganha confiança, sua língua provoca a minha, em uma enxurrada vertiginosa de manobras. Meus dedos serpenteiam pela pele nua de sua coxa – repleta de suavidade, implorando para ser lambida, chupada, mordida. Eu alcanço a renda que esconde o paraíso e que aguarda, implora para ser arrancada.
— Jesus amado — murmuro enquanto sinto quão molhado o tecido está, o quanto ela já está pronta para mim.
— Não. Não, não posso fazer isso! — Ela me empurra para trás, e eu a vejo levar uma mão trêmula à boca. Seus olhos me dizem que não, mas seu corpo? Seu corpo traiçoeiro vibra de ansiedade: peito arfando, lábios inchados, mamilos rígidos.
Eu me forço a engolir a saliva. Respirar. Para recuperar o equilíbrio; ela se afastou de mim. Eu tive mais mulheres do que qualquer cara poderia pedir, mas ela conseguiu tirar meu mundo do eixo só com os lábios.
Ela não vai a lugar nenhum.
Minha.
— Acho que é tarde demais, querida. Parece que você já fez. — Como se você tivesse qualquer escolha agora. Você começou isso, minha fã, e eu direi quando isso vai terminar.
O fogo arde em seus olhos, e ela levanta o queixo em insolência. Meu Deus, esse olhar por si só dá um novo significado à palavra sexy.
— Quem diabos você pensa que é? — ela reclama. — Me tocando assim? Aproveitando-se de mim dessa maneira?
Estamos de volta à encenação da donzela em perigo de novo?
— Sério? — zombo, passando a mão pelo queixo enquanto penso no que dizer a seguir.
É um pouco tarde para a autopreservação, querida.
— Então é assim que você quer jogar? Você não estava curtindo até agora? Você não estava se derretendo toda em meus braços? — Eu não posso evitar a lasca de uma risada que escapa. — Não vem com essa, tentando se convencer de que não gostou. De que não quer mais.
Dou um passo em sua direção e vejo uma mistura de emoções cintilando em seus olhos. Mas, acima de tudo, vejo medo e negação. Resistência. Ela vai ignorar o que acabou de acontecer entre nós? A fã pode ser louca de verdade, no final das contas. Mas até parece que eu não desejo sentir seu gosto de novo.
E eu tenho toda intenção de o fazer novamente.
Ela observa enquanto eu levanto a mão e passo um dedo ao longo de sua bochecha. Apesar da rigidez de sua mandíbula, ela instintivamente move o rosto sutilmente em resposta ao meu toque. Ah, sim. Ela definitivamente ainda está interessada, então por que está lutando tanto?
— Vamos deixar uma coisa bem clara aqui — eu aviso com os dentes cerrados, tentando mascarar minha irritação por ter que lutar por algo que de repente se tornou complicado. — Eu. Não. Pego. O. Que. Não. Me. É. Oferecido. E nós dois sabemos, querida, que você se ofereceu. De boa vontade. Ela afasta o queixo da ponta dos meus dedos. Quem imaginaria que o desafio poderia ser tão excitante? E irritante. Não me lembro da última vez que precisei me esforçar tanto para levar uma mulher para cama. Seu corpo vibra de raiva. Ou de desejo. Qual dos dois, não sei. Eu me afasto, chateado comigo mesmo por ter permitido que ela me afetasse tanto.
— Essa palhaçada de pobre mocinha indefesa pode até funcionar com seu namorado, que te trata como uma peça de porcelana em uma prateleira, frágil e linda de olhar. Raramente usada. — Eu dou de ombros, como se não me importasse, mas tudo que eu quero é extrair uma reação dela. Qualquer coisa que me diga quais são os pensamentos por trás de sua fachada estoica.
— Mas, admita, querida, é bem entediante.
— Meu namo… — ela gagueja, a dor piscando em seus olhos. Hum. Ela deve ter acabado de terminar com ele. Um belo momento para dar umazinha e ir embora. — Eu não sou frágil!
Bingo!
— Jura? — Eu quero provocar mais. Fazer com que ela admita que me quer. Estendo a mão e agarro seu queixo com o polegar e o indicador, para ter certeza de que ela não pode se esconder do meu olhar. — Mas você age desse jeito.
Ela puxa o queixo da minha mão enquanto um “vai se foder” escapa de seus lindos lábios. O calor em seus olhos me mantém aprisionado.
E pensar que eu ia deixar passar essa fã doida sem nem hesitar.
— Olha, ela é briguenta. — Eu não posso evitar o sorriso que surge no meu rosto. Se ela está tão enérgica agora, só posso imaginar quão selvagem não estará sob os lençóis. — Eu gosto disso, querida. Só me faz querer você mais ainda.
Tantas emoções passam por seu rosto, que eu não dou conta de compreendê-las. Ela dá um passo para frente, se afastando de mim em silêncio. Quando penso que ela vai dizer algo, a porta se abre, inundando o corredor silencioso com o barulho da festa. Pouco antes de a fã se virar para ver a origem do som, vejo um lampejo de alívio em seu rosto.
Eu olho ao redor dela e vejo um cara de estatura mediana parado de costas para a porta, nos olhando com curiosidade descarada. Por um segundo não consigo reconhecê-lo, mas então percebo que o vi mais cedo com alguns dos figurões da Corporate Care.
— Rylee? Eu realmente preciso das listas. Você as pegou? Rylee? Que porra é essa?
— Eu me distraí — ela murmura para o cara enquanto olha para mim, sua expressão uma mistura de alívio, arrependimento e decepção. Ela trabalha com ele? Para a Corporate Care? Ela diz outra coisa para o cara, algo que eu não ouço, porque estou tentando entender o fato de que a fã doida não é fã. Nem doida.
Rylee. Parece vagamente familiar. Eu mentalmente repito seu nome, gostando do jeito que soa, de como ele é.
Ela passa por mim e evita fazer contato visual enquanto se vai. Eu me impeço de ir atrás dela, afinal, estamos longe de terminar o que começou aqui. Eu a sigo com o olhar, observando seus movimentos bruscos enquanto ela apressadamente enfia as plaquinhas de leilão em uma bolsa. Eu posso sentir os olhos de seu colega de trabalho perfurando minhas costas enquanto ele tenta avaliar a situação. Definitivamente ele está querendo me dizer “se afaste”.
Não me sinto diferente dele. Cai fora, parceiro, para que possamos terminar o que começamos aqui. Olho de volta para Rylee, e ela se endireita com a bolsa na mão, acerta os ombros e passa por mim sem olhar duas vezes.
A raiva dispara em minhas veias. Eu não desisto.
— Esta conversa ainda não acabou, Rylee.
— O cacete que não acabou, Ace. — Ela diz por cima do ombro enquanto caminha pelo corredor.
Eu a vejo ir embora. Quadris gingando de propósito. Curvas implorando para serem tocadas. Saltos — saltos que quero que ela só com aquelas drogas de meias — batendo contra o chão.
Em que momento de minha vida eu achei que a cena de uma mulher indo embora era a imagem mais sexy que já vi?
A porta se fecha atrás deles, e o ambiente fica em silêncio mais uma vez. Eu passo a mão pelo cabelo e me inclino contra a parede, tentando compreender os últimos vinte minutos. Solto um suspiro alto, confuso sobre o motivo de estar tão puto.
Você deve estar perdendo o jeito, Donavan.
Merda, era para ser algo bom elas irem embora. Diminui a chance de haver complicações. Eu não vou atrás delas. Não é minha praia – nunca foi, nunca será. Há muitas mulheres dispostas; por que me preocupar em perder meu tempo com as que tornam as coisas difíceis? Por que me esforçar por isso quando a vida já é complicada o suficiente? Eu fodo quem eu quero, quando eu quero. A escolha é minha. Nos meus termos. Para meu benefício. Nas minhas regras.
Mas, merda… aquilo… ela… como posso deixá-la…? Puta merda!
Ninguém vai embora até eu dizer que terminei. E tenho toda a intenção de terminar o que comecei com ela. A bandeira quadriculada é minha. Eu definitivamente vou cruzar essa linha de chegada.
Um brinde a noite de inícios.
Primeiro uma morena.
Em seguida, uma caçada.
Manda ver.
Balance essa bandeira quadriculada, querida, porque eu vou reivindicá-la.