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Editora responsável Daniela Carrara Conteúdo Daniela Carrara e Alessandro Carvalho Projeto gráfico, arte e diagramação Daniela Carrara

(dandanhiphop@hotmail.com)

Colaboradores de Fotografia: Marcos Pequeno “Portal Tattoo”, Ricardo Kafka - Fotografka, Uriel Baesso, Sergio Deatchuk, Luca Cassara venda de anúncios: tattoodigital@gmail.com

Foto Capa: nicollas lupetti Modelo: jacqueline faccio


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Csaba Mullner 10 โ ข ADT


csaba mullner Iniciou na tatuagem em 1999, apesar de já aos 6 anos de idade ter seu primeiro diploma de desenho. Inspirado a tatuar na ilha da Croácia, e decidido a viver da arte, já pensava em um estúdio de tatuagem para trabalhar, mas não sabe bem ao certo como tudo aconteceu, só que estava caminhando para esta direção. No início, acabou optando por não abrir o estúdio e permaneceu tatuando somente os amigos. Para ele, a nova geração de tatuadores tem diversas facilidades, seja de equipamento, tintas e máquinas quando se inicia na carreira, isso é uma grande vantagem quando se começa a tatuar nos dias de hoje,

outra coisa que auxilia muito é a quantidade de ferramentas sociais, como o Facebook, por exemplo, que facilita o aprendizado, pois tem um fluxo grande de informações e você pode ver diferentes técnicas de trabalho. Csaba Mullner gosta muito dos trabalhos portrait e realista, fato é que cita um brasileiro como um grande profissional nessa linha de trabalho — o Ganso Galvão. Define seu trabalho como algo improvisado, realizado através de experimentos, buscando encontrar a melhor forma de trabalho para atender seus clientes. www.facebook.com/mullner.csaba

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JUDIT KASA-CZAKÓ Arnsberg-Neheim – Alemanha boenen_ink@hotmail.de

Há quanto tempo você trabalha como tatuadora? Faz três anos que atuo como tatuadora, mas tenho estudado arte há seis anos. Como você começou? Primeiro, comecei a desenhar, foi minha primeira paixão. Venho da Hungria, conheci a tatuagem lá. Estava em uma escola gráfica quando fiz minha primeira tatuagem, e desde então percebi que a arte na pele era muito importante para mim, mas naquele momento não sabia como começar na arte. Então, comecei a fazer algumas tatuagens na minha própria pele, até que conheci uma tatuadora. Ela me ensinou como trabalhar com as agulhas, e me deu algumas informações básicas de como tatuar. Depois disso não consegui mais ajuda e continuei sozinha em casa com alguns amigos e meu marido, que me cedeu sua pele para eu fazer minha primeira tatuagem. Foi uma maneira longa e difícil de começar, mas eu tinha que aprender de alguma forma. O que você acha da nova geração de artistas da tatuagem? Acredito que eu também seja dessa nova geração, pois essa “nova geração” antes de começar a tatuar iniciou em alguma escola de arte. Essa forma de iniciação ajudou a criar meu estilo de tatuagem, e esse aprendizado antes da tatuagem auxilia você no processo de aprendizado com a pele, pois você acelera o desenvolvimento dos primeiros passos (como misturar cores por exemplo, ou como fazer uma boa composição). Por outro lado, não sou dos artistas da nova geração que já inicia diretamente na tatuagem em uma tattooshop, acredito que é importante você ter esse sentimento de aprendizado e busca do conhecimento fazendo suas tatuagens na cozinha de sua casa, com seus amigos.

Diga algo sobrea tatuagem em seu país? Acho que o negócio da tatuagem na Alemanha é muito bom. Vivo com meu marido há dois anos por aqui e tenho a impressão que o interesse na tatuagem nunca vai acabar, pelo contrário. A organização por aqui é muito boa, com convenções de tatuagem qualificadas e com muitos clientes. Outra coisa importante é que o pessoal que nos procura vem cada vez mais informado a respeito do que eles buscam de tatuagem. Eles têm os olhos mais voltados para a tatuagem, reconhecendo-a como arte. Já na Hungria, a situação é bem diferente. É necessário mais tempo para explicar as pessoas o que fazemos e o que a tatuagem significa. Você conhece ou já ouviu falar sobre algum tatuador brasileiro? Sim, conheço alguns tatuadores brasileiros, mas pela internet, por exemplo, Diogo Quadro, gosto muito do seu realismo, também conheço alguns brasileiros que estiveram na Alemanha e vieram da América do Sul, mas não me recordo os nomes. Quais as técnicas que você usa em suas tatuagens? Produzo mais tatuagens coloridas e no estilo realista, mas gosto de fazer todo tipo de trabalho. Uso as mesmas máquinas para todos os meus trabalhos. Crio minhas cores como se fosse pintar um quadro, como se a pele fosse uma tela. Acredito que em uma tatuagem, assim como nas pinturas, o trabalho tem que ficar vivo, encontrando o melhor caminho entre o esboço e a perfeição dele. Essa ótica eu procuro manter presente em meus trabalhos. Além de ser uma artista da tatuagem, você tem alguma outra atividade profissional? almanaquedigital.com.br • 25


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judit kasa Gosto de desenhar e pintar e também de atividades digitais, no computador. Sempre que faço um projeto, vou “desenhar” no Photoshop. Meu novo amor é a fotografia, acho que deve ser coisa do DNA porque meu pai curte muito fotos, além de meu marido, que trabalha na área. Quais são os seus tatuadores preferidos? Quais deles têm influenciado seu trabalho? Meus favoritos são Jeff Gogue e Maximo Lutz, o trabalho deles é limpo e simplesmente lindo. Também gosto muito do trabalho do Tofi que tem uma ótica diferente, com alguns efeitos fotográficos. Outro que influencia muito meu trabalho é Alphonse Mucha, que não é da cena da tatuagem, gosto muito de sua arte.

Deixe uma mensagem para nossos leitores Estou muito grata que eu possa mostrar minha arte tão longe do meu país. Eu nunca imaginei fazer um plano de negócios onde meu trabalho fosse tão longe. Tudo que faço deixo ao vento para poder voar. Nunca imaginei meu trabalho publicado em revistas e estou muito feliz com isso, pois posso mostrar a todos que com muito trabalho você pode ser o que quiser, desde que você trabalhe colocando paixão naquilo que você está fazendo. Trabalhar com tatuagem é fazer parte de uma família. boenen_ink@hotmail.de

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Jacqueline Fa fotos: nicollas lupetti

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eder ramos Eder Ramos é tatuador profissional desde 2004, cria seus trabalhos com paixão intensa. Tem como principal estilo o TRASH POP ART, que une realismo com componentes gráficos e de arte contemporânea. Também tem grande afinidade por Grafismo Indígena brasileiro e Black Work. Desde pequeno tinha a ambição de se tornar tatuador, pois a ideia de ter sua arte eternizada na pele de alguém o encantava. Aos 19 anos decidiu abrir seu próprio estúdio, o 5o Cavaleiro Tattoo & Piercing, onde trabalha até hoje desenvolvendo seus trabalhos com foco na qualidade e respeito à arte, evoluindo sempre.

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eder ramos No que consiste o estilo Trash Pop Art? O nome próprio já diz, arte popular “trash”, ou seja, reúne conceitos de arte com vetores, arte abstrata, arte urbana, realismo e mensagens, que, às vezes, estão nas entrelinhas do trabalho, nem sempre em uma frase ou escrita. A ideia do “trash” faz referência a arte considerada pela “elite” de baixa qualidade ou bagunçada, como as pichações urbanas que utilizam estêncil (vetor), que é um formato recortado em um papelão ou radiografia e etc., para dar agilidade de pintar rápido e sair correndo, hehe, ou arte abstrata que normalmente é feita por visionários que a princípio não são compreendidos pela confusão das pinceladas e borrões de tinta.

tros desse estilo de tattoo que tanto me agrada, lógico se houver interesse. rsrs Contato facebook.com/EderRamosTattoo instagram.com/ederramos art

Além de tatuar você trabalha com algum outro tipo de arte? Trabalhar é relativo, eu mais me divirto com outras formas de arte, faço muita coisa relacionada à arte visual, edição de vídeo, design, web design, arte digital, pintura a óleo entre outros, ou seja, diversas mídias. Recentemente, você lançou um livro pela editora Pixel Art Books. O que você espera alcançar? A ideia de lançar um livro sempre foi presente, especialmente no Brasil, uma vez que já participei de vários livros de arte coletiva no exterior. Espero mostrar para outros artistas ideias de como utilizar uma referência sem fazer uma cópia; acredito que já está mais do que na hora de valorizar a criação, o desenvolvimento de arte, como vários artistas nacionais já fazem corriqueiramente; eu gostaria que isso fosse reconhecido no mercado geral da tatuagem no Brasil. Quais os planos para o futuro? Daqui pra frente vou fazer várias conexões com outros artistas, visitar alguns estúdios, e quem sabe no futuro talvez até oferecer um workshop de arte criativa dentro dos parâmealmanaquedigital.com.br • 43


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eder ramos

Sketchbook Eder Ramos Editora Pixel Art Books 52 pรกginas R$ 60,00 www.pixelartbooks.com

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s a c n a b Nas

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Joe Wang

A Pixel Art Books tem a honra de lançar a primeiro livro da linha International Collection. O primeiro artista convidado foi Kuba Kujawa, um polonês que nasceu em Póznan, na Polônia, em 1985. Quando tinha 12 anos de idade, já pensava que cursaria a Universidade de Artes plásticas. Foi exatamente isso que fez e depois que se formou, começou a se focar na tatuagem, mas tentando buscar algo inovador, talvez até criar um estilo próprio. “Eu estou sempre tentando buscar uma solução para praticar novas técnicas.”


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