TattooArt09

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1 • TattooArt


Sumรกrio

20

capa sea of sin

2 โ ข almanaquedigital.com.br

08

pelo mundo tin-tin

50

sonora rael

36 tattoo business polska


26 tattoo trip

14

46

54

artisticamente kleber moraes

56

artisticamente glauco longhi

portugal

28 29 35 42 45 52 58 60 65

tatuador convidado diego moraes

destaques palmer, ramon e gabi

botando em pauta

referências

o conceito da arte eis a questão

primeira classe

sonora

portfólio

eventos

visitando

3 • TattooArt


pelo mundo

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Tin-Tin

tin-tin Por Daniela Carrara

Talvez o mais famoso de Paris, Tin-Tin é tatuador há mais de 25 anos. Com sua aparência fora do comum, é um personagem e chefe de uma equipe composta por cinco tatuadores. Ele é um purista, especialista em realismo, retratos, e é muito cético em relação à maioria dos estúdios de tattoo. Também é confidente de algumas estrelas francesas.

5 • TattooArt


tattoo business

polska Por Alessandro Carvalho

Por mais que nos esforcemos, quando conhecemos alguém tiramos algumas conclusões, na maioria das vezes precipitadas, levando em consideração apenas o que nossos olhos conseguem captar. Quando me deparei com o Polska pela primeira vez, através dos meus olhos processei a informação de que ali estava um cara sério, bravo, reservado e talvez rude! Estava enganado! Ao contrário do que meus olhos me sinalizaram, ao conversar com ele percebi que estava totalmente equivocado. Conheci um cara centrado, de fala tranquila e sorridente, com ideias sólidas embasadas em experiências por meio de um árduo trabalho, dividindo seu tempo com atividades mais antigas, como a da tatuagem e da pintura, além de outras, que é a de pai e a de empresário com negócios internacionais alimentados pelos sonhos e aspirações de mudar o mundo, mesmo que seja ao seu redor, o mundo que ele criou para si, e que sem se dar conta vem transformando o mundo da tatuagem em diversos aspectos. Esse é o Polska. 6 • almanaquedigital.com.br


Polska O litoral paulista é um grande centro da tatuagem brasileira, foi onde tudo começou no Brasil! Qual a sua relação com o litoral? Foi por acaso, pois não sou natural de Santos, sou de Guaratinguetá, SP; vim para o litoral (Guarujá) em 1984, com seis anos, pois meu pai é militar da Aeronáutica e foi transferido para a base aérea localizada no Guarujá. Mas, hoje, não troco Santos por nenhuma outra cidade. Como você define seus clientes? Hoje, minha clientela é bem selecionada. Por fazer muitos trabalhos grandes, minha agenda é bem concorrida e a espera para iniciar novos trabalhos sempre é muito grande. Muitas pessoas na cidade de Santos me conhecem por fazer somente trabalhos grandes, e escuto muito pessoas falarem que se quiser fazer uma borboleta comigo, eu não faço (risos). Sempre dou risada, porque sou tatuador e gosto de qualquer tipo de tattoo, mas é claro que prefiro os tipos maiores. Sempre converso com meus clientes e elaboramos a ideia da melhor maneira possível, mas hoje 95% dos clientes deixam tudo por minha conta. Eles somente dão a ideia e eu desenvolvo da forma que eu achar melhor.

Como você define sua arte no aspecto técnico (linhas, cores, preenchimento). E no aspecto conceitual? É difícil definir minha arte (risos). Acho que o ideal é saber trabalhar as cores, traços, contraste e, principalmente, a combinação de cores. Quando me perguntam como faço para combinar as cores, dou risada e explico que uso a forma mais utilizada no mundo, há séculos. É só colocar no Google: tabela de cores (hehehe), seguir as combinações e dar os contrastes. fácillll, fácilllll, lógico que para isso ter uma boa aplicação é fundamental. Além de tatuar, os caminhos te levaram a trabalhar com o comércio da tatuagem, vendendo produtos para o segmento. Era algo que você queria ou isso aconteceu por algum motivo em particular? Comecei com venda de material há aproximadamente dez anos. Comecei para dar uma ajuda no faturamento da loja, aí a coisa foi crescendo de tal forma, que hoje é impossível parar. Muitos dependem de nossos materiais. Como você administra sua vida profissional de tatuador e empresário? Já foi muito difícil, pois antes era eu quem fazia tudo, as tatuagens, os desenhos para clientes, a administração

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tatuador convidado

diego moraes Por Daniela Carrara

Antes de atuar como tatuador profissional, Diego já trabalhou como office boy, barman e cursou a Faculdade de Educação Física. Quando tinha apenas 13 anos de idade, foi uma das primeiras vítimas do seu primo Didi, que começava a tatuar. “Desde então soube que a tattoo faria parte da minha vida, mas ainda não sabia a que ponto.” Morando meio ano aqui no Brasil e meio ano na França, depois de muito estudo e aprendizado, Diego passou a fazer parte da equipe do estúdio de Tin-Tin, um dos tatuadores mais bem conceituados do mundo. Recentemente, em uma entrevista feita com o tatuador Tin-Tin, ele cita você como um dos seus tatuadores favoritos. Como vocês se conheceram e como é a sua relação com ele? Em 2003 fui morar em Londres, onde trabalhei alguns meses com Bugs. Neste mesmo ano fui a Paris especialmente para conhecer o estúdio do Tin-Tin. Este foi meu primeiro contato com ele. Depois de alguns meses fui morar lá e sempre passava para visitá-lo, tomar um café e jogar conversa fora, pois ele é muito engraçado. Em 2007, comecei a trabalhar com ele, passei cinco anos direto lá. Tin-Tin, hoje em dia, é um grande amigo, nunca se impôs como “boss” e sempre está presente para dar conselhos e ensinar muito, não só sobre tatuagem, mas também sobre a vida em geral, quase como um pai... chato! (rsrsrs)

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Como veio o convite para trabalhar no Tin-Tin Tatouages, em Paris? Eu já estava morando em Paris há alguns anos e sempre ia no estúdio do Tin-Tin, e um dia tomei coragem e mostrei meu book. Ele olhou e disse: não tá mal, mas ainda não tem nível para trabalhar aqui, basta trabalhar e se dedicar para evoluir e fique sabendo que a porta nunca estará fechada aqui. Ok, fui para casa e tinha em mente só evoluir. Passaram-se alguns anos (até 2007) e fiquei sabendo que ele estava procurando um tatuador para integrar a sua equipe. Não hesitei e fui mostrar meu “novo” book, ele olhou e disse: Agora, sim, mas não quer dizer que tá bom, vejo um grande potencial de evolução e sei que pode ir muito mais longe.Desde então faço parte da sua equipe (como funcionário e agora como guest desde o ano passado).


Diego Moraes

Conte um pouco sobre seu modo de vida, tatuando metade do ano no Brasil e a outra metade na França. Este é um projeto recente, depois de quase dez anos trabalhando na Europa, minha esposa, que é francesa, e eu decidimos passar um pouco mais de tempo no Brasil. Como um dos meus irmãos, Rodrigo, que é tatuador, já gera um estúdio em Porto Alegre desde 2006, com meu outro irmão Fabiano, também tatuador, abrimos em Florianópolis o L’Atelier Família Moraes Tattoo, que além de ser um estúdio de tattoo é um espaço multiartes com exposições de diversos artistas com acervo permanente de obras de grandes nomes da tatuagem mundial. Assim divido meu tempo entre a França, onde participo de convenções nos finais de semana em Edimburgo (Escócia), Nice (França), Belfort (França), Holiday Ink (Aix-en-Provence-França), Arlon (Bélgica), Londres, entre outras, e faço guests durante a semana nos estúdios Tin-Tin Tatouage (Paris), Ink Color (Nevers), Insolitattoo (Nîmes), Black Blood Tattoo (La Crau), Empreinte Tattoo (Lyon), Casa de Leoes (Nantes), e no meu estúdio no Brasil! Quais as diferenças entre trabalhar no Brasil e no exterior? Isto é muito recente para mim porque antes só vinha aqui no Brasil de férias e trabalhava um pouco com meus irmãos em POA. Mas por enquanto não vejo muita diferença de trabalhar aqui ou lá, para mim a única diferença é que aqui não tive tempo de fazer minha clientela, por isso não tenho ainda muita liberdade de criação. Muitos clientes pedem coisas que não têm nenhuma relação com o que faço normalmente.

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artisticamente

KLEBER MORAES Por Alessandro Carvalho

Ilustrador no mercado publicitário e editorial

K

leber Moraes é um artista de formação acadêmica. Atua na área de ilustração há 20 anos, passou por diversas fases, desde o tempo que fazia flyers para o Hoellish e Der Tempel (tradicionais casas noturnas de São Paulo, nos anos 1990), onde tudo começou. Antes dos estudos, aprendeu muita coisa na raça, observando seu pai, letrista de mão cheia, sempre cercado de muita tinta látex e respingos por todo lado. “Comecei bem cedo com influência do meu pai, ele trabalhava como letrista e também ilustrava aquelas imagens de 2 a 3 metros de altura tudo no pincel. Um trabalho que não dá para esquecer foi uma placa para o show do Kid Vinil, devia ter uns 3 metros de altura e uns 10 de comprimento, era a capa do disco e uns textos falando do show, ficou foda.” Atualmente, trabalha com um iMac parrudo e um tablet, sem nunca deixar de lado as canetas e pincéis. Após alguns anos como designer em grandes marcas do surf e skate nacionais, mudou totalmente seu foco para se dedicar às ilustrações editoriais e publicitárias, e no intervalo de um trabalho e outro tira das gavetas as tintas e pincéis e começa a brincadeira. Em suas próprias palavras: “Não tenho muita frescura, gosto de desenhar e está bom demais, tenho pavor desses superilustradores que fazem uma bolinha verde e ficam a vida inteira só fazendo essa merda e achando que é o fodão. Meu trabalho é desenhar, ilustrar, não importa como, se tem um trabalho e for interessante eu faço, se for um pé no saco eu mando pro cara que faz a bolinha verde e tá todo mundo feliz.” Contatos kleberskt@hotmail.com www.be.net/klebermoraes www.klebermoraes.blogspot.com/

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Nossas Kleber Moraes Marcas

11 • TattooArt


A revista TattooArt orgulhosamente apresenta:

Tattooart especial desenhos

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