São Paulo, 14 de setembro de 2011 Infraestrutura, área que concentra grande parte dos gargalos que comprometem uma maior competitividade do País, foi o tema de mais um debate do programa “Competitividade Brasil – Custos de Transação” da Amcham. Saiba mais sobre o projeto aqui. O evento reuniu mais de 100 executivos e autoridades na Amcham-São Paulo no dia 23/08 para analisar formas de aumentar a participação da iniciativa privada nos projetos do setor, estimulando um avanço mais acelerado. Para a Amcham, esse progresso demanda planejamentos de longo prazo de Estado, transcendendo administrações partidárias."É fundamental um planejamento de Estado porque os planos de governo que acabam em quatro anos não garantem o fôlego necessário para a infraestrutura. Porém, o fato positivo é que o Brasil já está começando a fazer isso, seja em alguns estados ou na esfera federal", disse Gabriel Rico, CEO da Amcham, na abertura do evento. Ele lembrou que aprimorar as condições para a participação da iniciativa privada nos projetos de infraestrutura depende de questões como maior segurança jurídica, mais transparência e clareza nos processos de licitação, critérios realistas para atratividade financeira e gestão público-privada dos projetos (profissionalização da supervisão). A discussão na Amcham mostrou que o Brasil vive um momento especial, de alta atratividade para os investimentos tão necessários em segmentos como logística e transportes, energia e telecomunicações, em especial via Parcerias Público-Privadas (PPPs). A crise vivida pelos países desenvolvidos reforça o interesse pelo Brasil, destacou Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo e presidente do Conselho Gestor do Programa Estadual de PPPs de SP. Na administração paulista, o interesse pelas PPPs é enorme, sinalizou Afif. Leia mais sobre o assunto aqui. Se as oportunidades são muitas, há que se destacar também que há muitos desafios a vencer para concretizá-las integralmente, o que envolve algumas alterações regulatórias e a criação de novos dispositivos de financiamentos. Entre as mudanças defendidas pelos participantes do seminário da Amcham estão a ampliação dos limites para aportes das esferas públicas nos projetos de PPPs, a desoneração dos investimentos e a instituição de políticas específicas de estímulo a novas fontes nacionais de recursos de longo prazo, somando-se ao BNDES e abrangendo o desenvolvimento de fundos de investimentos e o incremento do mercado de capitais. Veja detalhes sobre esse debate aqui.
Entrevistas Acompanhe ainda entrevistas com alguns dos painelistas do evento da Amcham:
Guilherme Afif Domingos
Rogério Nora de Sá
Vice-governador paulista detalha a decisão da administração do Estado de abrir uma verdadeira “temporada de caça” ao investimento em infraestrutura.
Presidente da Construtora Andrade Gutierrez afirma que é preciso melhora de marcos regulatórios.
Maurício Portugal Ribeiro
Ligia Barros das Chagas Ferreira
Chefe do departamento de consultoria em Infraestrutura para o Brasil da International Finance Corporation defende a eliminação da ineficiência tributária nas PPPs.
Gerente da área de Infraestrutura do BNDES informa que o banco destinou R$ 22 bilhões a projetos de infraestrutura no primeiro semestre.
Renato Sucupira
Felipe Jens
Sócio da área de Operações Estruturadas da Valora analisa que o setor privado requer processos licitatórios ágeis e com mais garantias para aumentar sua participação nos projetos de PPP.
Presidente da Odebrecht Participações e Investimentos sustenta que o Brasil deve desenvolver mais instrumentos de financiamento de longo prazo para avançar em infraestrutura.