São Paulo, 1º de Novembro de 2011 Para ajudar a mapear perspectivas para o próximo ano, apoiando as empresas em seu processo de planejamento, a Amcham realizou em 04/10, em sua sede em São Paulo, mais uma Business Round Up. O evento ofereceu aos presentes uma combinação de pesquisa inédita da Amcham com a visão do empresariado sobre o cenário que se desenha para o futuro, projeções de diferentes setores trazidas por seus representantes e análise de um importante economista, o ex-ministro da Fazenda e hoje sócio da consultoria Tendências, Maílson da Nóbrega. A sondagem da Amcham, conduzida em parceria com o Ibope, mostrou que o setor privado está essencialmente otimista quanto a 2012. As companhias acreditam em aumento de vendas, lucros, quadro de funcionários e investimentos. A Amcham também buscou identificar expectativas quanto à economia como um todo, incluindo variáveis como Produto Interno Bruto, inflação, juros e câmbio, além de captar uma avaliação comparativa do governo Dilma Rousseff em relação à gestão federal anterior no que toca a pontos importantes para os negócios. Leia mais sobre a pesquisa aqui ou tenha acesso a seu conteúdo completo aqui. Alinhadas com os resultados do estudo, as discussões promovidas durante a Round Up reforçaram o clima de confiança do setor privado de que 2012 será um ano positivo para os negócios, sem deixar de considerar a possibilidade de agravamento dos cenários externo e interno, levando em conta a crise fiscal que ameaça a Europa, uma possível desaceleração na China e incertezas em relação à inflação doméstica. Maílson da Nóbrega apresentou alternativas de cenários para o desdobramento das turbulências internacionais e seus potenciais impactos sobre o Brasil, e entidades dos setores de alimentos, varejo, construção civil, tecnologia da informação e máquinas e equipamentos compartilharam suas projeções para o próximo ano. Saiba detalhes aqui.
Entrevistas
Pesquisas
Veja também entrevistas com três dos palestrantes do evento:
▪ Maílson da Nóbrega
Sócio da consultoria Tendências e ex-ministro da Fazenda.
▪ Jorge Gonçalves
Conselheiro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV)
▪ Antonio Gil
o
Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom)
A Round Up da Amcham se preocupou em olhar para alguns segmentos centrais ao bom andamento dos negócios – Recursos Humanos, Comercial/Marketing e Operações –, abrindo espaço para reflexões segmentadas sobre eles em workshops temáticos. Nessas reuniões, além de serem examinados dados específicos da pesquisa da Amcham sobre essas áreas, houve um esforço de identificação de tendências para o próximo ano. Acompanhe:
▪ Recursos Humanos
Acesse uma visão geral da pesquisa da Amcham sobre RH aqui ou seu conteúdo na íntegra aqui Veja aqui tendências para 2012
▪ Comercial/Marketing
Acesse uma visão geral da pesquisa da Amcham sobre as áreas Comercial e de Marketing aqui ou seu conteúdo na íntegra aqui Veja aqui tendências para 2012
▪ Operações
Acesse uma visão geral da pesquisa da Amcham sobre Produção e Logística aqui ou seu conteúdo na íntegra aqui Acesse uma visão geral da pesquisa da Amcham sobre TI/ Telecom aqui ou seu conteúdo na íntegra aqui Veja aqui tendências para 2012
Sondagem da Amcham mostra expectativas do empresariado para o próximo ano Estudo realizado pela Amcham em parceria com o Ibope junto à base de associados da entidade revela otimismo do empresariado nacional sobre seus negócios em 2011 e 2012, mesmo diante de turbulências globais. Pela sondagem, 77% dos executivos afirmam acreditar em aumento de vendas em 2012. Com relação a 2011, 71% fazem essa mesma avaliação. A iniciativa privada apresenta uma visão positiva com relação aos mais variados aspectos de suas operações. A maioria planeja ou conta com aumento dos lucros (68% para 2012 e 55% para 2011), contratação de funcionários (51% e 52%) e investimentos (50% e 53%). Em 2012, os investimentos deverão ser distribuídos em quatro áreas principais: estratégias comerciais que envolvem canais de vendas, promoções e ações (70%); marketing, representando lançamento de produtos, comunicação, feiras e eventos (52%); recursos humanos, a partir de contratações, treinamentos e benefícios (51%); e inovação (47%). Apesar do clima favorável, a pesquisa também procurou detectar fatores que preocupam o empresariado. Foram mencionados a possibilidade de desaceleração da economia nacional (64%); o sistema de impostos e a alta carga tributária (58%); a disponibilidade e a qualificação da mão de obra (43%); e o avanço da inflação (28%). O levantamento foi apresentado em 04/10 na Amcham-São Paulo durante o evento “Business Round Up – Perspectivas 2012”. Entre 20 e 27/09, a Amcham ouviu 231 altos executivos de empresas associadas dos mais variados portes e segmentos.
Macroeconomia As variáveis macroeconômicas também foram objeto de análise do empresariado na sondagem. A maioria dos entrevistados acredita em crescimento ou estabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, sendo que 44% projetam expansão e 42% estabilidade. Somente 14% acreditam que o PIB apresentará queda em relação a 2011. Metade dos consultados vê estabilidade da inflação no próximo ano, 44% acham que haverá aumento e apenas 6% apostam na queda. Quando à taxa Selic, 47% estimam estabilidade em 2012. Por outro lado, 28% consideram a possibilidade de aumento e 25% esperam queda. Para 63% dos executivos, o câmbio ficará estável em 2012. Outros 29% acham que o real se fortalecerá em relação ao dólar e 8% pensam que a moeda brasileira sofrerá depreciação.
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Governo Um ponto alto do estudo da Amcham é a avaliação de como o empresariado percebe o novo governo brasileiro em comparação com o anterior. Um grupo de 58% concorda que, na gestão Dilma Rousseff, há interesse maior no fortalecimento da relação Brasil-EUA; 43% veem aumento da abertura para o diálogo com o setor privado; e 41% apontam melhor distribuição dos recursos para infraestrutura. Uma fatia de 54% identifica piora nas condições de aprovação de uma reforma tributária. “Há percepção de melhoria na condução da política externa, mas as empresas não identificam sinais claros na busca de acordos bilaterais de comércio”, comentou Mara Lacerda, diretora de Produtos e Serviços da Amcham e responsável pela apresentação dos dados. A sondagem buscou apurar como a gestão Dilma Rousseff tem afetado o País em importantes esferas. A política externa é a área mais bem avaliada pelo setor privado, sendo que 58% acham que o novo governo atua positivamente; 17%, negativamente; e 25% têm opinião neutra. Quase metade dos respondentes (48%) julga que o governo realiza um bom trabalho na área social; 19% têm uma percepção negativa; e 32% mantêm postura neutra. No campo econômico, 45% dos entrevistados consideram que o governo age corretamente, acima dos 29% que acham o contrário, sendo outros 24% neutros. O atual governo federal teve avaliação predominantemente desfavorável em três segmentos: tributos, saúde e educação, respectivamente com 69%, 61% e 56% de respostas negativas.
Competitividade Em linha com o projeto “Competitividade Brasil – Custos de Transação” da Amcham, que discute propostas para aumentar a competitividade nacional, a sondagem para a Business Round Up revelou que os principais gargalos do País, para a iniciativa privada, dizem respeito a: carga tributária e eficiência dos gastos do governo (65%); infraestrutura (15%); e disponibilidade e qualificação da mão de obra (10%). Quanto à mão de obra, 46% das companhias esperam que a rotatividade de profissionais em 2012 seja semelhante à de 2011. Uma fatia de 15%, por outro lado, acredita no aumento do turn over de trabalhadores. Em termos políticos, alguns fatores têm impactado o ambiente de negócios no País. Conforme o levantamento, 83% dos empresários concordam totalmente ou parcialmente que a dinâmica de alianças e distribuição de cargos representa gargalo à competitividade econômica brasileira. Outros 69% concordam totalmente ou parcialmente que a falta de transparência na gestão pública traz implicações negativas para as atividades empresariais. Uma parcela de 44% discorda da afirmação de que o governo tem agido para evitar que questões políticas afetem a economia.
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Projetos de lei O estudo mensurou o grau de impacto da viabilização de alguns planos e projetos de lei (PL) para os negócios. O Plano Brasil Maior, com medidas de incentivo à indústria nacional, é considerado o de maior efeito (muito importante ou importante para 57%). O Projeto de Lei do Senado 360/2011, que dispõe sobre a concessão da exploração da infraestrutura aeroportuária, é tido como importante ou muito importante por 56%. O Projeto de Resolução do Senado 72/2010, que prevê alíquota zero do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para bens importados que não tenham sido submetidos a processos de industrialização, é destacado como importante ou muito importante por metade dos participantes.
Comércio exterior Questionado sobre a evolução do comércio exterior do Brasil, o empresariado essencialmente manteve a avaliação captada na última sondagem, no ano passado. Hoje, 52% dos entrevistados acreditam no aumento das exportações e importações de novos produtos (contra 51% que manifestaram a mesma opinião em 2010); 48% estão confiantes na evolução de acordos bilaterais de comércio (versus 52%) e 42% dizem que pretendem iniciar operações em outros países (mesma fatia da sondagem anterior). Somente 18% veem possibilidades de avanços em acordos multilaterais, incluindo a Rodada Doha de liberalização do comércio internacional (contra 26%). Os entrevistados apontam que os principais mercados com que suas companhias têm ou planejam ter relações comerciais são Mercosul (44%), América Latina (42%) e EUA (40%). China, Índia e outros países da Ásia somaram 43% das respostas. Ainda de acordo com o estudo da Amcham, o fluxo de investimentos estrangeiros no País tem impactado os negócios principalmente em termos de oportunidades para prestação de serviços (52%) e parcerias ou expansão das operações (47%). A entrada de concorrentes em seus mercados de atuação foi mencionada por 39%.
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Setores representativos da economia revelam otimismo em debate Em linha com a sondagem da Amcham, painel de debates da “Business Round Up – Perspectivas 2012” confirmou o clima de confiança do setor privado de que 2012 será um ano positivo para os negócios, sem deixar de considerar a perspectiva de agravamento dos cenários externo e interno, incluindo a crise fiscal que ameaça a Europa, uma possível desaceleração na China e incertezas em relação à inflação doméstica. Conforme a consultoria Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentará 3,5% neste ano e 3,7% em 2012. “Ainda que o Brasil cresça 3,5% em 2012 a uma inflação de 6% e com algumas incertezas no rumo da política econômica, trata-se de um horizonte muito melhor do que aquele que prevaleceria se o País não tivesse resistência a questões externas. O Brasil terá um quadro muito melhor do que o dos países desenvolvidos. Haverá expansão econômica com geração de emprego e aumento (de 5,7%) da massa salarial”, disse Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências e ex-ministro da Fazenda. Para o ex-ministro, neste ano, a inflação brasileira superará o teto da meta de 6,5% estabelecido pelo Banco Central, atingindo de 6,6% a 6,8%, mas, em 2012, recuará e ficará aquém do teto, em torno de 6%. As projeções para o câmbio se tornaram complexas devido às turbulências externas; porém, para Nóbrega, no próximo ano, pode-se falar em um patamar de R$ 1,60. Em relação à taxa Selic, ele estima que o juro básico feche 2011 em 10,5% ao ano, caindo para 9% no final de 2012. Acompanhe o que preveem representantes de alguns dos mais importantes setores da economia brasileira:
Alimentos
Para este ano, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) espera um faturamento 17% maior que os R$ 330 bilhões de 2010, chegando a R$ 390 bilhões. Em 2012, se as projeções de ampliação das vendas em torno de 7% se confirmarem, o setor terá alcançado um volume de R$ 417 bilhões, indicou Edmundo Klotz, presidente da Abia.
Varejo
O crescimento médio do varejo, segundo cálculos do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), ficará em torno de 7% neste ano. Para 2012, a expansão deve prosseguir nesse nível, informou Jorge Gonçalves, conselheiro do IDV. Alguns segmentos vêm apresentando ritmo mais forte. Entre eles, estão Informática e Comunicações, que crescem 20% ao ano, Móveis (15%) e Materiais de Construção (10% a 12%).
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Construção civil
A construção vive um momento excepcional, tendo evoluído 13% em 2010 (descontada a inflação), com previsão de outros 5% em 2011. Se a crise europeia não se agravar, o setor tende a apresentar taxas anuais de expansão de 4% a 4,5% nos próximos cinco anos, estimou Sérgio Watanabe, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (SindusCon).
TI
O mercado de Tecnologia da Informação (TI), hoje, é responsável por um faturamento de US$ 85 bilhões. A perspectiva de crescimento para este ano é de 13% a 15% e, para 2012, espera-se algo na mesma faixa, conforme Antonio Gil, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). A ascensão da classe C e novas aplicações em áreas como Educação, Saúde, Segurança e Bancos impulsionam o segmento.
Máquinas e Equipamentos Menos otimista que os demais setores representados no evento da Amcham, Máquinas e Equipamentos tem expectativa de expansão de 6% em 2012, revelou Márcio Ribaldo, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
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Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda: cenário mais provável para o Brasil, no contexto de crise externa, é de redução do ritmo de atividade econômica por medidas do governo Amcham: A economia brasileira pode ser contaminada pela crise externa? Isso poderia ocorrer via crédito ou comércio? Maílson da Nóbrega: Depende. Se pensarmos no melhor cenário, não haverá contaminação por nenhum dos dois canais. Nesse contexto, o Brasil crescerá menos porque o mundo não se expandirá tanto (variável externa) e também porque é preciso ajustar o ritmo de crescimento à estabilidade de preços e metas para inflação (variável interna). No pior cenário para o Brasil nos próximos anos, a grave crise da dívida soberana grega provocaria uma saída desorganizada, com os governos da Zona do Euro tendo dificuldades para definir a melhor forma de resgate. Neste caso, a contaminação seria pelo canal de crédito, mas acho que não é a situação mais provável. Outro quadro seria o colapso da China, isto é, se as previsões muito pessimistas de desaceleração do seu crescimento para 5% entre 2012 e 2013 se materializarem. O contágio, então, seria pelo canal do comércio, porque a China representa 17,5% das exportações brasileiras. Mas esse também não é o cenário em que mais acreditamos. O mais provável é a redução do ritmo de atividade econômica do Brasil por ações do governo. Amcham: Do lado do crédito, já ocorrem casos de empresas brasileiras com dificuldade de captar recursos no exterior. Como contornar esse desafio? Maílson da Nóbrega: Se um calote desordenado na Grécia ocorrer, colocaria a estabilidade do sistema financeiro europeu sob risco – em especial, os bancos de França, Reino Unido e Alemanha. Isso evoluiria para um travamento de crédito com repercussões muito graves para a economia brasileira e a mundial. O acesso de empresas brasileiras ao crédito externo seria bloqueado, tanto para expansão operacional como para exportações. Como o Banco Central tem reservas internacionais robustas, esse travamento pode ser resolvido temporariamente. A exemplo do que fez em 2008, a autoridade monetária poderia substituir essas linhas de crédito externas com a concessão de financiamento em moeda estrangeira para bancos brasileiros. Amcham: Recentemente, a presidente Dilma Rousseff discursou sobre o fim do protecionismo no exterior. No entanto, sua equipe econômica acaba de aumentar o IPI de veículos importados. O sr. enxerga algum contra-senso entre o discurso e as ações do governo? Maílson da Nóbrega: O governo acredita em algumas ideias. Entre elas, a de proteger a indústria automobilística brasileira e a de que aumentar o IPI não é protecionismo, mas política de competitividade, e que isso em algum momento beneficiará os consumidores. Acho que ele está errado, pois essas medidas não favorecem o consumidor. Sem dúvida, é uma guinada da política econômica, cujos efeitos temos de esperar para ver. Precisamos dar o benefício da dúvida, pois isso é o que um grupo importante de economistas
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brasileiros sempre pediu. Amcham: O sr. acredita que o aumento do IPI pode estimular ações protecionistas por parte de parceiros comerciais? Maílson da Nóbrega: Acho que não teremos retaliação da China ou de qualquer outro país, até porque a expectativa é de que essas medidas sejam revogadas em algum momento futuro. O Brasil adotou uma medida inteiramente legal do ponto de vista dos tratados de comércio e, dentro do bom senso, não vejo nenhuma retaliação acontecendo. Essas medidas foram fruto de precipitação do governo, tanto que ele já está começando a abrir exceções. Isso já acontece com o Uruguai e virá para outros países daqui a pouco. Mas não há, como lembrou o economista José Roberto Mendonça de Barros, nenhuma indústria automobilística que tenha começado a operar em algum país tendo de trabalhar com 65% de conteúdo nacional. Isso é uma coisa despropositada que o governo tenderá a rever. O risco que vemos é de maus exemplos como esse, de ressuscitar visões protecionistas dos anos 1970, começarem a se tornar característica de outros países.
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Jorge Gonçalves, conselheiro do IDV: varejo prevê expansão de 7% para 2012 Amcham: Quais as expectativas do setor para 2011 e 2012? Jorge Gonçalves: O crescimento do varejo, em geral, deverá ser em torno de 7% neste ano e, em 2012, atingir por volta desse nível. Porém, alguns segmentos vêm apresentando ritmo mais forte. Entre eles, estão informática e comunicações, que aumentam 20% ao ano, móveis, com expansão de 15%, e materiais de construção, em um ritmo entre 10% e 12%. O setor varejista como um todo avalia que 2012 será um ano um pouco mais difícil, com pressão para a inflação não subir. Os preços tendem a ser achatados; então, para as operações, será mais complicado. Contudo, será um ano bom. Este ano está sendo positivo, mas 2010 foi mais pujante, com crescimento acima de 10%. O ano de 2011 começou forte; porém, o crescimento real do segundo semestre apresentou certo arrefecimento. Mesmo assim, algumas áreas ainda poderão contar bons resultados no Natal. Amcham: O desenvolvimento dos negócios está muito focado no mercado doméstico... Jorge Gonçalves: Certamente, a nova classe média está ávida por consumir. Ainda não houve restrição do crédito, inclusive muitos comerciantes têm funding próprio para ofertar crédito para as vendas. Existe uma massa grande de pessoas ascendendo para o consumo e levará muito tempo para esse movimento se desacelerar. Somente um revés muito forte na economia poderia frustrar nossas expectativas, e isso não acontecerá. Amcham: O setor varejista deve ampliar os investimentos em 2012? Jorge Gonçalves: Todas empresas do IDV têm planos de aumento do número de lojas para o próximo ano. Há uma tendência de ampliação de redes e também de consolidação porque o varejo ainda é muito pulverizado. Temos visto um movimento de formalização, o que é importante para a competição e para que as empresas adotem gestões mais profissionalizadas. Amcham: O varejo tem apostado em inovações? Jorge Gonçalves: O varejo brasileiro evoluiu muito, mas ainda tem muito para inovar. O varejo da área de alimentação no Brasil é muito competitivo. O da construção civil está progredindo a passos largos, um pouco mais atrasado em relação a outros tipos de varejo porque é novo no País. No caso do vestuário, o Brasil conta com lojas com sistemas de distribuição e logística sofisticados, comparáveis aos melhores do mundo. Amcham: Quais os principais desafios enfrentados pelo setor? Jorge Gonçalves: É necessário melhorar o sistema tributário, que é muito complexo e dá muito trabalho às empresas. O governo tem demonstrado esforços nesse sentido, ao ampliar o faturamento para enquadramento no Simples (regime simplificado de tributação aplicável às microempresas e empresas de
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pequeno porte). Porém, é preciso avançar mais para apoiar que mais empresas consigam se formalizar. No varejo, também a flexibilização do contrato de trabalho é importante. Precisamos de uma CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) mais flexível e que dê condições para admitirmos mais. Amcham: Há dificuldades para contratação de profissionais nessa área? Jorge Gonçalves: A rotatividade no varejo é muito elevada, varia de 30% a 50%. Quando a economia se aquece, a mão de obra do varejo se reduz um pouco porque o setor não é visto com glamour, mas, por outro lado, oferece muitas oportunidades para o primeiro emprego. Porém, conforme sobe o nível de especialização, temos mais dificuldades para reter os profissionais. Amcham: O varejo brasileiro poderá ser afetado pelas turbulências internacionais? Jorge Gonçalves: A crise pode contaminá-lo, sim, mas apenas se tivermos muitas demissões no Brasil. No entanto, com o nível atual de geração de empregos que o País tem e com as estimativas positivas, até mesmo como mostrou o ex-ministro Mailson da Nóbrega aqui na Amcham, acreditamos que não teremos dificuldades. O varejo depende de emprego e renda, e esses fatores permanecerão abundantes e contribuirão para o consumo em 2012. Mesmo em períodos de crises, o varejo costuma sentir um pouco menos (os impactos). Ele não tem paradas bruscas, e sim algumas desacelerações. Então, para 2012, parece que não teremos problemas.
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Antonio Gil, presidente da Brasscom: setor de TI crescerá 13% em 2012 Amcham: Quais as perspectivas do setor para este ano e 2012? Antonio Gil: O mercado de TI representa atualmente USS 85 bilhões. Este (essencialmente) é o mercado interno e estão incluídos apenas US$ 2,2 bilhões resultantes de exportações. Nossa perspectiva para crescimento neste ano é de 13% a 15% e, para 2012, também esperamos algo nessa faixa. Amcham: O que justifica esses indicadores positivos? Antonio Gil: O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro está avançando 3,5% ou 4% ao ano. Tradicionalmente, TI cresce mais do que a economia do País. Em momentos de expansão, são necessárias mais tecnologias para organizar, controlar os negócios, ganhar eficiência e aumentar as vendas. Além disso, há a entrada de novas aplicações. Por exemplo, as áreas que mais crescerão serão saúde, educação, segurança e bancos. Hoje, metade da população ainda não tem acesso a uma conta bancária. Então, na medida em que existe ascensão social, as pessoas passam a consumir essas coisas. Amcham: A crise internacional e a possibilidade de diminuição de fluxo de recursos externos ao País chega a preocupar o setor de TI? Antonio Gil: Claro que o cenário externo preocupa, mas isso não significa que haja no momento uma percepção de impacto sobre o setor. Lembro que os investimentos estrangeiros no Brasil já somam US$ 60 bilhões neste ano e continuam vindo. No âmbito da Brasscom, temos recebido semanalmente empresas do exterior interessadas em investir no mercado brasileiro. Ontem, tive uma reunião com grupo de investidores alemães e, após este evento da Amcham, conversarei com uma comitiva de chineses. Não há nenhuma manifestação neste momento de que a fonte (de recursos) tenha secado. Amcham: A escassez de mão de obra qualificada pode ser apontada como um dos principais problemas enfrentados por TI? Antonio Gil: Sim, é claramente um problema porque TI é um setor que cresce a taxas de 13% a 15% e há dificuldade de formar profissionais nessas mesmas proporções. Ao contrário do que possa parecer, a profissão de TI não tem sido considerada “glamourosa”. Existem explicações até engraçadas de que as meninas preferem meninos que trabalham em finanças ou marketing aos de TI. Então, temos o desafio de formar mais gente e atrair jovens para a profissão, mostrando que é interessante e rica em oportunidades de carreira. O Brasil tem uma estrutura de ensino que permitiria formar os 70 a 80 mil profissionais de que precisamos por ano, mas o que tem acontecido é que, dos que entram na escola, poucos a concluem. Existe a questão dos custos elevados das escolas e, além disso, os jovens, ao terem ofertas de emprego pleno, não terminam os cursos. Estamos vivendo esse problema. Os alunos estão saindo dos bancos das escolas para trabalhar.
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Amcham: O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) lançado pelo governo federal contempla o setor de TI? Antonio Gil: Sim. O Pronatec é incrivelmente positivo. A estimativa do governo é formar quatro milhões de profissionais de nível médio em todas as áreas nos próximos quatro anos, sendo cerca de 400 mil em TI. Amcham: O Plano Brasil Maior do governo federal, lançado em agosto, prevê para alguns setores, como o de TI, a desoneração da folha de pagamentos em troca de uma contribuição sobre o faturamento. Como a Brasscom avalia essa medida? Antonio Gil: A Brasscom esteve envolvida fortemente nessa questão. Essa medida torna a indústria mais competitiva e formalizada. Hoje é alta a informalidade, com a participação de profissionais pessoas jurídicas (PJ). Isso cria concorrência desleal entre empresas totalmente formalizadas e as que não o são porque uma paga mais impostos e outras, menos. Outra dificuldade é que uma companhia que tem muitas pessoas não formalizadas apresenta passivos trabalhistas que a impedem de abrir capital ou ter acesso a financiamentos para crescer.
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▪ Recursos Humanos
Retenção de talentos e desenvolvimento de profissionais serão foco em 2012
Executivos de Recursos Humanos identificaram que a retenção de talentos e o desenvolvimento de profissionais são os pontos que demandarão maiores esforços da área ao longo de 2012. Ao participarem de workshop integrado à “Business Round Up – Perspectivas 2012” da Amcham-São Paulo em 04/10, eles avaliaram, para o próximo ano, a necessidade de atuar para a redução de duas grandes carências: a quantitativa (número insuficiente de profissionais) e a qualitativa (déficit de competências necessárias). “Para 2012, o RH terá a missão de reter e desenvolver, isto é, trazer gente boa, com vontade de aprender, e desenvolver todos dentro da organização. A melhor forma de fazer isso é que as pessoas aprendam fazendo, o que chamamos de on the job training”, disse Gilberto Guimarães, coordenador de MBA e cursos de Liderança e Gestão de Pessoas da Business School São Paulo (BSP), que mediou a discussão. Guimarães destacou ainda que as companhias devem investir em cursos de especialização. “Mas as pessoas que participam dos cursos terão de atuar depois como agentes difusores de ensino”, sublinhou. De acordo com o professor, será fundamental criar climas organizacionais positivos, fazendo com que as os colaboradores se sintam valorizados e motivados, e garantir o respeito à diversidade. “Um clima positivo reduz o turnover (rotatividade) e faz com que as pessoas sejam mais produtivas e colaborativas”, completou.
Tendências
As principais tendências para RH em 2012 levantadas pelos executivos e organizadas pela Amcham são: 1. Gestão da diversidade; 2. Gestão da retenção de talentos; 3. Autogestão da carreira; 4. Qualificação da mão de obra; 5. Desenvolvimento e investimento em lideranças; 6. Flexibilização das políticas internas; 7. Remuneração variável pelo resultado obtido; 8. Flexibilização do modelo de trabalho; 9. Identificação de culturas e valores; 10. Valorização do capital humano.
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▪ Recursos Humanos
Pesquisa Amcham: companhias se dividem igualmente na intenção de ampliar ou manter aporte de verbas para a área no próximo ano
Pesquisa realizada pela Amcham, em parceria com o Ibope, junto à base de associados da entidade mostra que as empresas estão divididas no que toca a ampliação ou manutenção de investimentos em recursos humanos em 2012. Metade dos executivos consultados apontou cada uma das tendências. Na sondagem de 2010, olhando para 2011, predominou (61%) a visão de que os aportes cresceriam no ano seguinte. Atualmente, 93% das companhias são impactadas pela escassez de mão de obra qualificada, sendo 57% expressivamente e 36% de forma relativa. Amcham entrevistou altos executivos de empresas associadas de pequeno, médio e grande portes e o resultado foi apresentado em 04/10 na Amcham-São Paulo em workshop que integrou o evento “Business Round Up – Perspectivas 2012”.
Folha de pagamento Para o próximo ano, 71% das empresas preveem elevação da folha de pagamentos. O incremento se deve a ampliação do quadro (50%); planos de retenção (30%); e cenário de disputa por talentos no mercado (20%). Esses aumentos, na percepção da maioria dos entrevistados, tendem a envolver as equipes como um todo, não se restringindo a determinadas áreas ou níveis hierárquicos. Em relação aos custos com benefícios, 36% projetam aumento e 64% manutenção do realizado em 2011. Dentro do pacote de benefícios, as organizações buscarão incorporar aumento de investimentos em plano de saúde (50%); alimentação (21%); carros e combustíveis (14%); e qualidade de vida (14%). Metade da amostra respondeu que o orçamento para 2012 contempla aumento dos investimentos em treinamentos, sendo essa capacitação na maioria dos casos estendida a todos os níveis hierárquicos (segundo 57%) e áreas de atuação (71%).
Ações estratégicas Em 2012, as ações estratégicas voltadas à qualificação da mão de obra estarão centradas em parcerias com instituições de ensino (50%); com organizações não governamentais (29%); e entre a iniciativa privada (14%). A capacitação também será realizada via PPPs (Parcerias Público Privadas, com 7%) e criação de instituições de ensino (7%). Os treinamentos, segundo o planejamento das companhias para 2012, serão realizados principalmente por meio de cursos presenciais (71%); na própria prática do serviço (71%); palestras (57%); visitas técnicas (50%); cursos à distância (43%); e reuniões informativas (43%). Em relação à retenção de talentos, as empresas apostam em programas de desenvolvimento profissional (57%); políticas de remuneração variável (50%); gestão de carreira (50%); monitoramento do clima organizacional (36%); remuneração fixa diferenciada (29%); benefícios diferenciados (21%); e programas de qualidade de vida (7%). Voltar para Página Inicial
▪ Comercial/Marketing
Uso de redes sociais e customização lideram tendências em 2012
A maior utilização das redes sociais e a customização de produtos e serviços serão as principais tendências aplicadas às ações de Marketing em 2012. É o que identificaram profissionais da área que participaram de workshop integrado à “Business Round Up – Perspectivas 2012” da Amcham-São Paulo em 04/10. “Para o próximo ano, aparecem com força as redes sociais, como mídia e canal de vendas, e ainda a customização de produtos e serviços porque os clientes buscam cada vez mais uma atenção mais personalizada”, afirmou Daniela Khauaja, coordenadora acadêmica da área de Marketing da Pós-Graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), que mediou as discussões do grupo. Daniela afirmou que a inovação terá ênfase em 2012 tanto para agregação de valor a produtos e serviços quanto para que haja otimização dos recursos aplicados em Marketing.
Elementos direcionadores Os principais pontos identificados pelos executivos como drivers de Marketing para o próximo ano e organizados pela Amcham são: 1. Segmentação e customização, com produtos cada vez mais personalizados e ferramentas adequadas a essa segmentação em virtude do aumento da sofisticação do consumidor; 2. Utilização de redes sociais como canal de mídia e vendas, com enfoque no crescimento do mobile (tecnologia móvel); 3. Gestão do conhecimento e co-criação como forma de gerenciar o conhecimento; 4. Sustentabilidade e responsabilidade social; 5. Seleção e retenção de profissionais qualificados, e qualificação de profissionais da área comercial; 6. Utilização de novos canais de vendas – venda direta, e-commerce e mobile; 7. Otimização, mensuração e controle dos investimentos em Marketing, com ênfase nos produtos em vez da marca corporativa; 8. Investimentos de Marketing com foco nas mídias tradicionais e em eventos de forma mais criativa; 9. Investimento em aumento de valor agregado via produtos e serviços adicionais, tecnologia e inovação; 10. Reforço de inteligência competitiva e pesquisas.
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▪ Comercial/Marketing
Pesquisa da Amcham: Proporção entre empresas que planejam aumentar ou manter investimentos no segmento se inverte no próximo ano em relação a 2011
Pesquisa realizada pela Amcham, em parceria com o Ibope, junto à base de associados da entidade revela que, ao olhar para 2012, 53% das companhias pretendem manter seus investimentos nas áreas Comercial e de Marketing e 42% têm planos de ampliá-los. A sondagem mostra uma inversão do resultado captado no estudo anterior, conduzido em 2010 com 2011 em perspectiva, quando 54% apostavam em crescimento e 45% em manutenção. Agora, também aumentou a fatia das que planejam cortar aportes (5% versus 1%). Amcham entrevistou altos executivos de empresas associadas de pequeno, médio e grande portes e o resultado foi apresentado em 04/10 na Amcham-São Paulo em workshop que integrou o evento “Business Round Up – Perspectivas 2012”.
Estratégias e destinações As principais estratégias de marketing e comerciais para o próximo ano estarão focadas no aprimoramento do relacionamento com fornecedores e clientes (53%); nas ações para valorização das marcas (21%) e dos produtos (21%); e nas políticas de precificação (5%). Nesse contexto, os investimentos em 2012 serão direcionados a ações de relacionamento (23%, um aumento de 5 pontos percentuais em relação à sondagem anterior); ampliação de valor de produtos e serviços (16%); lançamento de novos produtos (13%); estratégias comerciais envolvendo preços e prazos de pagamento (13%); utilização de novos canais de vendas (9%); treinamento de equipes (9%); comunicação (4%); aumento das equipes (3%) e ações com marcas (3%). O estudo mostra que 71% das empresas preveem aumento na quantidade de novos produtos a serem lançados no próximo ano sobre a base de 2011. No planejamento, estão produtos com diferenciadas abordagens – voltados a segmentos específicos (40%); com inovação (36%); com maior competitividade de preços (13%); e voltados a canais específicos (11%). Em função de mudanças no crescimento e na distribuição de renda, 44% pretendem expandir as estratégias de produtos e negócios para as classes A e B em 2012; 27% ampliarão para a classe C; e 18% para as classes D e E. Entretanto, a maioria destacou que os planos permanecerão no mesmo nível que foi projetado para 2011. Também foi apurado que 45% das empresas têm intenção de atingir novas regiões do País. Questionados sobre as ações que visam inovação em marketing, os entrevistados responderam que pretendem implementar principalmente promoções ligadas a públicos específicos (26%); novas formas de divulgação (21%); e incremento na captação de informações externas para a concepção de novos produtos e serviços (21%).
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Mídias sociais, retrato atual e futuro A pesquisa da Amcham aponta que 66% das empresas utilizam as mídias sociais no desenvolvimento dos seus negócios, sendo que 41% as empregam há um período entre seis meses a um ano; 33% entre um e dois anos; 12% entre dois e três anos; 10% há menos de seis meses; e 4% há mais de três anos. Atualmente, 88% afirmam que atuam ou pretendem atuar no Facebook; 81% no Twitter; 59% no LinkedIn; 44% no Youtube; e 11% no Orkut. Em 2012, as companhias pretendem atuar nas mídias sociais enfatizando ações de marketing e divulgação de produtos e serviços (75%); monitoramento da marca ou do mercado (59%); gestão do conhecimento (41%); vendas ou captura de oportunidades (39%); e suporte a cliente, fornecedores e parceiros (39%). As estratégias de comunicação das empresas considerarão a integração das mídias online e offline totalmente segundo 35% dos respondentes e parcialmente conforme 48%.
Comunicação O levantamento da Amcham procurou identificar a evolução da distribuição dos investimentos direcionados à comunicação. A tendência é de estabilidade ou aumento de aportes em todas as mídias, sendo que as online ganharão maior reforço: 66% dos entrevistados afirmaram que haverá aumento dos recursos destinados aos sites próprios; 63% indicaram maiores verbas para redes sociais; 55% aplicarão mais em e-mail marketing e 18% em celular. Outros 27% responderam que ampliarão o orçamento para campanhas em mídia impressa; 16%, em rádio; e 19%, através de mala direta. Apenas 8% expandirão os investimentos em ações em TV aberta e 5% em TV fechada. A redução do orçamento em comunicação foi apontada por uma minoria, com destaque para mala direta (8% dos respondentes).
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▪ Operações
Intensificação de uso de cloud computing e redes sociais encabeça lista de drivers para 2012
Executivos de Operações e Tecnologia da Informação (TI) apontam uma maior utilização de cloud computing (computação em nuvem) e redes sociais como principais direcionadores para suas áreas em 2012. As tendências foram discutidas em workshop integrado à “Business Round Up – Perspectivas 2012” da Amcham-São Paulo em 04/10. “De forma geral, os temas que apareceram resumem o conjunto das necessidades das empresas. É bom que os profissionais tenham essa visão porque serão eles que adotarão essas práticas onde atuam”, resumiu o mediador do debate, Clóvis Alvarenga Netto, que é diretor executivo administrativo da Fundação Vanzolini.
Tendências As principais tendências de Operações para 2012, detectadas pelos executivos e organizadas pela Amcham, são as seguintes: 1. Maior adesão à cloud computing; 2. Intensificação do uso das redes sociais, com maior foco em geração de negócios; 3. Busca de centros de excelência regionais em alguns serviços/ produções; 4. Incremento do papel da ética e da sustentabilidade como direcionadores das organizações; 5. Formalização da mão de obra, especialmente em pequenas e médias empresas; 6. Foco em diferenciação e produtividade, tendo a busca por valor agregado cada vez mais medida por indicadores; 7. Colaboração mais ativa de pequenas e médias empresas na capacitação da mão de obra; 8. Busca crescente de soluções para os desafios de infraestrutura, tanto em logística quanto em telecomunicações; 9. Aumento do comércio exterior, com o mercado interno também em foco; 10. Consolidação das empresas em grandes grupos.
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▪ Operações
Pesquisa Amcham: Maioria das empresas quer ampliar investimentos em TI e Telecom no próximo ano
Pesquisa da Amcham, em parceria com o Ibope, junto à base de associados da entidade, mostra que a maioria das companhias (57%) pretende aumentar investimentos em Tecnologia da Informação (TI) e Telecomunicações em 2012. Em 2010, a fatia dos entrevistados que revelava a mesma avaliação sobre o ano seguinte era um pouco maior, de 63%. Nos dois anos, não houve menção a redução de aportes. Os planos de investimento estão totalmente alinhados com as estratégias das companhias como um todo, dizem 71%. Para 21%, mostram-se parcialmente alinhados. Segundo os executivos, a maior dificuldade enfrentada no planejamento de TI/ Telecom diz respeito a dar conta de grandes demandas com prazos reduzidos (50% versus 34% na última sondagem). A Amcham entrevistou altos executivos de empresas associadas de pequeno, médio e grande portes e o resultado foi apresentado em 04/10 na Amcham-São Paulo em workshop que integrou o evento “Business Round Up – Perspectivas 2012”.
Foco dos aportes Dentro dos investimentos previstos para o próximo ano, aparece com destaque o direcionamento de recursos para ampliação de equipes, conforme 29%. Trata-se de uma grande diferença em relação ao que foi apontado na última sondagem, quando apenas 2% manifestaram essa intenção para 2011. As empresas priorizarão em 2012 também aportes para substituição e compra de novas tecnologias (21%, bem menos que os 46% indicados na última pesquisa) e aquisição de ferramentas (21%) e equipamentos (14%). Quando se trata de ferramentas, a sondagem da Amcham sinaliza que estarão voltadas principalmente a relacionamento com fornecedores e clientes (79%), integração interna, envolvendo matriz e filiais (64%), e Business Intelligence (57%). Apenas 29% afirmam que suas companhias preveem o uso de tecnologia verde no próximo ano.
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▪ Operações
Pesquisa Amcham: Cresce fatia das companhias que pretendem aumentar investimentos em Produção e Logística
Sondagem da Amcham, em parceria com o Ibope, junto à base de associados da entidade revela que, para 65%, os investimentos específicos das companhias em Produção e Logística aumentarão em 2012. É um otimismo maior do que o visto na última sondagem, em 2010, quando 51% indicaram essa perspectiva para 2011. Agora, há também 30% que apostam em estabilidade dos aportes (contra 43% antes) e 5% creem em redução (versus 5%). Os recursos serão usados em expansão operacional/ fabril, conforme revelado por 25% dos entrevistados, assim como novas tecnologias (20%), modernização de instalações (15%) e aumento de produção (10%). Note-se que 35% disseram ainda não saber onde serão alocadas as verbas, parcela bastante superior à de indecisos na sondagem de 2010 (18%). Amcham entrevistou altos executivos de empresas associadas de pequeno, médio e grande portes e o resultado foi apresentado em 04/10 na Amcham-São Paulo em workshop que integrou o evento “Business Round Up – Perspectivas 2012”.
Expansão e planejamento operacional Quando se trata de expansão operacional, 50% dos respondentes disseram que o modelo adotado para 2012 envolverá atingir outras regiões no Brasil, um salto em relação aos 6% registrados no estudo anterior. A ida para mercados fora do Brasil foi mencionada por 20% (versus 2% em 2010). Na estratégia comercial para 2012, 45% dos entrevistados apontam que a seleção de fornecedores será definida por negociações de preços e prazos. Os entrevistados também incluíram adesão a políticas sustentáveis (15%) e gestão da qualidade (10%) como pontos que influenciarão a escolha desses parceiros no próximo ano. Há ainda 30% que desejam desenvolver novos fornecedores. A questão do uso de matérias-primas, componentes e produtos importados também foi abordada na pesquisa. Olhando para 2012, 30% dos respondentes afirmaram que importarão mais de 25% do total dos insumos (uma redução na comparação com os 41% apontados na última sondagem). Nesse grupo, 35% aumentarão suas importações, 40% as manterão no nível de 2011 e 5% as diminuirão. Um último aspecto questionado pela Amcham foram as influências que a cadeia logística das empresas sofrerá em 2012. De acordo com 95%, o planejamento operacional é o principal aspecto que impactará positivamente a cadeia, seguido por força de trabalho e custos de TI/ Telecom, com 55% de indicações cada. Pelo viés negativo, os entrevistados lembraram sobretudo a logística tributária (70%) e o custo de energia (70%).
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