Os efeitos econômicos dos projetos de florestamento no RS

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EFEITOS ECONÔMICOS DOS FLORESTAMENTO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS

PROJETOS DE ALGUMAS

ALFREDO MENEGHETTI NETO


2

Porto Alegre, setembro de 2007

Apresentação O objetivo deste documento é detalhar algumas informações sobre os possíveis efeitos econômicos dos projetos de florestamento no RS. Para isso, será feita uma revisão da literatura, a coleta de informações das próprias empresas envolvidas e da Abraf. O documento está dividido em três seções. Na primeira são apresentadas as informações da demanda de mão de obra das empresas e na segunda seção é avaliada a geração de empregos em toda a cadeia produtiva da madeira. Na terceira seção são encaminhadas algumas considerações finais.

Introdução Sabe-se que existem sinalizações de que o Rio Grande do Sul é um dos estados que mais se destaca de todo o Brasil, em termos de preferência das empresas de florestamento. Principalmente a região centro-sul que já possui uma tradição na área florestal. De acordo com a Abraf (2007, p.30) alguns dos mais importantes empreendimentos do setor de celulose e de painéis reconstituídos estão sendo dirigidos


3 para essa região. Além do Rio Grande do Sul cabe destacar também outros pólos de desenvolvimento florestal como Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão e Piauí. Nesse primeiro momento, cabe destacar a repercussão no emprego do RS dos empreendimentos de três empresas: Aracruz, Votorantin Celulose e Papel e Stora Enzo. Mais tarde será desenvolvido um estudo aprofundado envolvendo os projetos de outras empresas que também estão interessadas na implementação de florestamento no estado, como a Veracel e a Tanac.

1- A demanda de mão de obra das empresas Através das informações recebidas da Stora Enzo, Votorantin e Aracruz pode-se identificar uma demanda de mão de obra de sete mil empregos no RS. Especificamente a Stora Enzo projeta gerar 3,3 mil empregos nos próximos seis anos, sendo 1,6 mil empregos diretos (próprios e terceirizados) e 1,7 mil empregos indiretos, como mostra a Tabela 1.


4 Tabela 1 Estimativa do número de empregos diretos e indiretos no período de 2006 a 2013 pelo empreendimento da Stora Enzo no RS 2007 Próp Terc

2008 Próp Terc

2009 Próp Terc

2010 Próp Terc

2011 Próp Terc

2012 Próp Terc

2013 Próp Terc

Indireta

2006 Próp Terc

Sustentabilidade (M.A / RS / Comun / RI) Finanças & TI & Jurídico Compras Recursos Humanos & Servicos Adm. Diretoria Florestal

4 5 2 2 2

17 2 0 4 1

5 10 2 3 2

8 0 0 5 1

5 10 3 3 2

8 4 0 5 1

5 11 3 4 2

8 4 0 5 1

5 11 3 4 2

8 4 0 5 1

5 11 3 4 2

8 4 0 5 1

5 11 3 4 2

8 4 0 5 1

5 11 3 4 2

8 4 0 5 1

Direta

Area

Gerencia Florestal Viveiro Silvicultura Fomento Tecnologia Florestal Planejamento Florestal Colheita Transporte de Madeira

2 1 3 0 5 2 0 0

0 0 534 0 0 2 0 0

2 1 5 1 7 6 0 0

0 0 436 44 5 3 0 0

2 6 5 1 7 10 0 0

0 135 415 132 5 3 0 0

2 6 5 1 7 10 0 0

0 135 431 138 5 3 0 0

2 6 5 1 7 10 0 0

0 135 467 143 5 6 0 0

2 6 5 1 7 10 1 0

0 135 484 148 5 10 0 0

2 6 5 1 7 10 5 1

0 135 446 154 5 10 0 0

2 6 5 1 7 10 5 1

0 135 461 159 5 10 390 368

28

560

44

502

54

708

56

730

56

774

57

800

62

768

62 1546

Total Diretos (próprios e terceirizados)

588

546

762

786

830

857

830

1608

Total Indiretos (*)

647

601

838

865

913

943

913

1769

TOTAL DE EMPREGOS

1235

1147

1600

1651

1743

1800

1743

3377

(*) Metodologia de NAJBERG e IKEDA; BNDES, Modelo de Geração de Empregos: Metodologia e Resultados. Rio de Janeiro, 1999.

STORA ENZO. Informações sobre o empreendimento da Stora Enzo, mimeo, 2007. A Votorantin informa que a mão de obra necessária para a implantação e manutenção da base florestal será em torno de 1,8 mil empregos diretos no período de 2007 a 2012, sendo que todos os funcionários estarão locados na filial de Pelotas, como detalha a Tabela 2. Tabela 2 Estimativa do número de empregos diretos próprios e terceirizados no período de 2007 a 2012 pelo empreendimento da Votorantin Celulose e Papel em Pelotas (RS) Tipo de emprego 2.007 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012 Próprios 184 269 308 295 642 642 Terceiros 800 950 900 880 1.165 1.155 Total 984 1.219 1.208 1.175 1.807 1.797 FONTE: VOTORANTIN CELULOSE e PAPEL. Informações VCP, mimeo, 2007

Procurando-se manter a mesma proporção da demanda de empregos indiretos das informações da Stora Enzo tem-se que o empreendimento da Votorantin Celulose e Papel poderia ser em torno de 1,7 mil empregos indiretos.1

É importante salientar que não existe informação da empresa sobre a demanda de empregos indiretos, entretanto a estimativa da Votorantin (Tabela 2) em muito se assemelha ao da Stora Enzo (Tabela 1), consequentemente a demanda de empregos indiretos será muito próxima a 1,7 mil empregos indiretos. 1


5 Já a única informação que se dispõe sobre o empreendimento da Aracuz é que até abril de 2007 cerca de 60 pessoas (entre prestadores de serviço e pessoal próprio da florestal) foram empregados. Consequentemente não será considerada a demanda adicional de mão de obra dessa empresa nesse documento. Assim sendo reunindo-se as informações sobre a demanda de mão-de-obra unicamente dos dois empreendimentos pode-se salientar que serão gerados em torno de sete mil empregos ao longo dos próximos seis anos, o que trará um impacto importante na região sul. É importante destacar que, se a contratação de mão-de-obra não for promovida em outros estados e sim nos municípios onde estão situadas as empresas como no seu entorno, o Rio Grande do Sul será o grande beneficiado, pois a taxa de desemprego da região sul é muito alta. De acordo com dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — do Censo Demográfico 2000 —, a taxa de desemprego de alguns municípios da região sul superam 12%.2 Além disso, caso forem levados em consideração os dados do Dieese, a situação é pior ainda. Especificamente o aglomerado sul, que reúne os municípios de Pelotas, Rio Grande, Capão do Leão, Arroio do Padre, São Lourenço do Sul, São José do Norte e Turuçu, tem uma taxa desemprego que já chega a 20% da População Economicamente Ativa. Isso é preocupante, pois são quase 60 mil pessoas que estão procurando emprego nesses sete municípios, trazendo problemas de ordem econômico e social. DIEESE (2007, p.1). Sem dúvida nenhuma, um investimento na produção florestal é importante, pois ao ter impacto em vários outros setores relacionados às suas atividades, promove o desenvolvimento econômico e social, como bem sintetiza o documento da Associação Brasileira de Produtores e Florestas Plantadas- ABRAF (2007). 2

Entendendo-se a taxa de desemprego como uma relação entre a População Economicamente Ativa (PEA) e os ocupados, têm-se alguns dados preocupantes: Rio Grande, 19,06%; Capão do Leão, 19,59%; Pelotas, 17,31%; Santa Vitória do Palmar, 15,55%; São José do Norte, 13,99%; Camaquã, 12,75%.


6 De acordo com a Figura 1, as florestas plantadas têm uma enorme cadeia produtiva e são atualmente a principal fonte de matéria prima para os segmentos de celulose e papel, painéis de madeira, siderurgia a carvão vegetal, energia industrial, produtos sólidos de madeira, móveis de madeira, entre outros. Figura 1 Cadeia produtiva do setor florestal

ABRAF. Anuário estatístico da ABRAF: ano base 2006. Brasília, 2007. Para efeitos de simplificação de cálculo e adequação das ferramentas que existem disponíveis em termos de análise, consideraram-se somente os segmentos da silvicultura, da siderurgia a carvão vegetal, da fabricação de produtos de madeira, do setor de móveis e da fabricação de celulose e papel. Esses segmentos foram selecionados como os únicos pertencentes à cadeia produtiva da madeira, o que implica em uma avaliação a menor dos efeitos potenciais na economia.

2-A geração de empregos da cadeia produtiva da madeira Procurando-se discutir a geração de empregos da cadeia produtiva da madeira podem-se utilizar três estudos que dão subsídios importantes: Abraf (2007), Najberg e Pereira (2004) e Porsee (2007).


7 Em primeiro lugar utilizando-se o estudo da Abraf (2007) pode-se observar que, de acordo com a Tabela 3, as atividades econômicas da cadeia produtiva da madeira resultam em uma geração de empregos considerável no país. Essa cadeia em 2006 foi responsável por cerca de 4,3 milhões de empregos: entre diretos (680 mil), indiretos (1,7 milhão) e empregos resultantes do efeito-renda (1,9 milhão) Tabela 3 Estimativa do número de empregos diretos, indiretos e de efeito-renda Da cadeia produtiva da madeira no Brasil em 2006 SEGMENTO Florestas plantadas Silvicultura Siderurgia a carvão vegetal Indústria

Fabricação de produtos de madeira Móveis

Fabricação de celulose e papel TOTAL

EFEITODIRETOS INDIRETOS RENDA

TOTAL

239.801

940.085

615.592 1.795.478

15.263

257.555

494.124

766.942

167.264 147.726

125.020 110.416

167.835 148.230

460.119 406.372

109.860 679.914

288.615 504.611 903.086 1.721.691 1.930.392 4.331.997

FONTE: ABRAF. Anuário estatístico da ABRAF: ano base 2006. Brasília, 2007, p.57. O estudo de Najberg e Pereira (2004) aponta que o setor madeira e mobiliário é o 5º segmento de maior geração de empregos do país, de um total de 41 setores da economia. De acordo com a Tabela 4 pode-se notar que, para investimentos no setor que gerem um aumento da produção da ordem de R$ 10 milhões, deverão ser oportunizados 293 empregos diretos, 219 indiretos e 294 em outros setores da economia, totalizando 806 empregos. Além disso, com o mesmo montante de investimentos, o setor de celulose, papel e gráfica teria uma repercussão de 485 empregos no total e ocuparia a 20ª posição, com 59 empregos diretos, 155 indiretos e um efeito-renda de 271 empregos. Tabela 4


8 Número de empregos gerados (diretos, indiretos e efeito-renda) para um investimento de R$ 10 milhões nos principais setores industriais do Brasil Ranking 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20

SETOR Serviços prestados a família Artigos de vestuário Agropecuária Comércio Madeira e mobiliário Indústria do café Fabricação do calçado Fabricação do açúcar Abate de animais Serviços prestados a empresas Celulose, papel e gráfica

Número de empregos gerados EfeitoDiretos Indiretos Renda Total 665 104 311 1.080 613 136 250 999 393 131 303 827 449 84 278 811 293 219 294 806 41 356 323 720 246 174 290 710 32 307 337 676 36 358 270 664 293 63 288 644 59 155 271 485

FONTE: NAJBERG, S. & PEREIRA, R.de O. Novas estimativas do modelo de geração de empregos do BNDES, Sinopse Econômica, BNDES, março 2004. Além desses dois estudos realizados para todo o Brasil, também se pode enfrentar essa questão com a ferramenta da Matriz de Insumo Produto (MIP), que serve para medir os impactos de uma determinada atividade na economia gaúcha. 3 Como ela é representativa da estrutura de produção do Estado permite que se avalie o impacto de novos investimentos na geração de empregos, considerando os efeitos diretos, indiretos e o efeito renda. Assim sendo através da MIP, pode-se obter o cálculo do multiplicador de impacto no emprego, o que quantifica os empregos gerados a partir de um aumento da demanda final de uma atividade econômica. Os multiplicadores setoriais de emprego consideram três tipos de efeitos: o direto, o indireto e o ocasionado pelo efeito-renda. Pode-se ver, na Tabela 5, o quanto é

3

Na realidade ela estabelece as relações diretas e indiretas de interdependência entre os setores da economia gaúcha. Assim, podem-se obter multiplicadores de impacto para frente e para trás na produção, como também os multiplicadores de impacto no Valor Adicionado, emprego e rendimento. No site da FEE (http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/estatisticas/pg_mip.php), são disponibilizadas tabelas referentes ao ano de 2003, para esses multiplicadores em cada setor da atividade econômica, com cálculos para os modelos aberto (consumo das famílias exógeno) e fechado (consumo das famílias endógeno) de Leontief, permitindo avaliar a contribuição do efeito-renda. Os multiplicadores de impacto são decompostos em parcelas que representam os impactos direto, indireto e efeito-renda.


9 gerado de empregos por um investimento de R$ 1 milhão de aumento na demanda final do setor de silvicultura (ou, em outras palavras, aumento de investimento).4 Como pode ser visto na Tabela 5, um investimento da ordem de R$ 1 milhão no setor de silvicultura geraria 51 empregos adicionais no próprio setor. Indiretamente, são produzidos adicionalmente seis empregos. Por sua vez, o efeito-renda gera 26 empregos adicionais, o que representa quase a metade do somatório dos empregos gerados direta e indiretamente. Tabela 5 Tipo e quantidade de empregos gerados na economia gaúcha por um investimento de R$ 1 milhão no setor de silvicultura NÚMERO DE EMPREGOS GERADOS Direto .................................. 51 Indireto ................................ 6 Efeito-renda ......................... 26 Total ................................... 83 Relação total/direto ............. 1,63 FONTE: PORSEE, A.A. Matriz de Insumo-Produto do Rio Grande do Sul 2003, Porto Alegre, FEE, 2007 TIPOS DE EMPREGOS

É importante descrever também o multiplicador de impacto de emprego que um investimento na produção de floresta teria na economia.5 De acordo com o Gráfico 1, pode-se notar que o setor agricultura, silvicultura e exploração vegetal possui um dos mais elevados multiplicadores de impacto no emprego (83), ocupando a 4ª posição de todos os outros setores da economia gaúcha. Gráfico 1 Multiplicador de impacto no emprego do RS dos principais setores da economia em 2003

4

Para efeitos de clareza no texto, vai ser considerado, neste documento, o termo “demanda final” como equivalente ao termo “investimento”. Entretanto convém salientar que está se fazendo uma simplificação da realidade, pois, em um investimento, devem ser considerados quais os direcionamentos do capital o empreendedor está fazendo, ou seja, quanto ele está gastando em máquinas e equipamentos e quanto está sendo destinado para a construção civil, por exemplo. Como ainda não se possui essa informação, adotouse o termo generalista “investimento”. 5 Para isso considerou-se os segmentos: agricultura, silvicultura e exploração vegetal, madeira e mobiliário e papel e gráfica.


10

FONTE: PORSEE, A.A. Matriz de Insumo-Produto do Rio Grande do Sul 2003, Porto Alegre, FEE, 2007. Finalmente, é importante descrever os efeitos diferenciados que ocorrerão em cada setor da economia com um investimento na cadeia produtiva da madeira. Para desagregar esses efeitos, deve ser verificada a interdependência existente nos setores produtivos do Estado, de forma a determinar quais serão as mudanças que ocorrerão na demanda da economia. Assim sendo, na medida em que ocorre uma ampliação na demanda final de determinado setor (como, por exemplo, na silvicultura), surgem impactos na demanda em todos os outros setores da economia, que são entendidos como os efeitos diretos e indiretos. Nas fases da produção da pasta de celulose e da madeira alguns setores da indústria, terão que aumentar sua produção para atender a essa demanda adicional. Mas os seus efeitos não estarão restritos apenas ao setor ao qual se relaciona diretamente, mas a todos os demais setores da economia.


11 Espera-se que alguns desses setores tenham maiores efeitos no aumento de demanda do que outros, o que dependerá da magnitude verificada nessa interdependência. Através da Matriz de Leontief (Tabela 6), podem-se visualizar os setores que terão maiores impactos em sua demanda final. Considerando-se um investimento nos setores de Agricultura, Silvicultura e Exploração Vegetal, Madeira e Mobiliário, Papel e Gráfica observa-se que a repercussão na economia é bem expressiva, pois todos eles possuem bons índices em praticamente todos os 41 setores da economia gaúcha. Na hipótese de um investimento de R$ 1 milhão no setor de silvicultura pode-se argumentar que haveria um impacto direto no próprio setor de R$ 1,04 milhão, na pecuária e pesca de R$ 21,4 mil, na extrativa mineral de R$ 1,5 mil e assim por diante, bastando multiplicar por R$ 1 milhão o índice de cada célula da Tabela 6.


12 Tabela 6 Impacto nas atividades da economia gaúcha para cada R$ 1 milhão investido em algumas atividades- Matriz de Leontief – 2003 ATIVIDADES

CÓDIGO DAS ATIVIDADES

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

Agricultura, silvicultura e exp.vegetal Pecuária e pesca Extrativa mineral Extração de petróleo e gás Minerais não-metálicos Siderurgia Metalurgia de metais não-ferrosos Outros produtos metalúrgicos Máquinas e tratores Material elétrico Equipamentos eletrônicos Automóveis, caminhões e ônibus Outros veículos e peças Madeira e mobiliário Papel e gráfica Indústria da borracha Elementos químicos Refino do petróleo Químicos diversos Farmacêutica e de perfumaria Artigos de plástico Indústria têxtil Artigos do vestuário Fabricação de calçados Indústria do café Beneficiamento de produtos vegetais Indústria do fumo Abate de animais Indústria de laticínios Indústria de açúcar Fabricação de óleos vegetais Outros produtos alimentares Indústrias diversas Serviços de utilidade pública Construção civil Comércio Transporte Comunicações Instituições financeiras Serviços prestados às famílias Serviços prestados às empresas Aluguel de imóveis Administração pública Serviços privados não-mercantis

AGRICULTURA, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO VEGETAL

1,041636 0,021391 0,001490 0,000377 0,000310 0,000650 0,000085 0,001909 0,002920 0,000291 0,000154 0,000018 0,000890 0,000783 0,001658 0,000680 0,004047 0,090852 0,100620 0,000079 0,001745 0,001316 0,000008 0,000253 0,000040 0,000504 0,000024 0,000210 0,000182 0,000002 0,002699 0,007528 0,000392 0,007302 0,000807 0,027514 0,019824 0,003225 0,014277 0,001717 0,009993 0,003204 0,000000 0,000000

MADEIRA E MOBILIÁRIO 0,067334 0,008609 0,000528 0,000561 0,003880 0,004467 0,000707 0,014915 0,007618 0,001098 0,000652 0,000058 0,002606 1,123484 0,008245 0,004687 0,004005 0,134120 0,040359 0,000190 0,020722 0,003514 0,000052 0,001904 0,000126 0,000531 0,000076 0,000537 0,000476 0,000002 0,001536 0,003387 0,000751 0,023552 0,004332 0,070418 0,038821 0,022271 0,010886 0,004731 0,027029 0,014894 0,000000 0,000000

PAPEL E GRÁFICA 0,011730 0,001711 0,001273 0,000426 0,001432 0,001474 0,000617 0,004724 0,015244 0,001133 0,000660 0,000051 0,001499 0,005702 1,142059 0,002846 0,010356 0,102040 0,039099 0,000164 0,003370 0,001523 0,000053 0,000222 0,000110 0,000417 0,000066 0,000390 0,000413 0,000002 0,001382 0,001561 0,004222 0,029089 0,005102 0,059901 0,024394 0,023618 0,017318 0,005076 0,032120 0,016364 0,000000 0,000000

FONTE: Matriz de Insumo Produto da FEE, 2003 NOTA: Para avaliar a repercussão de cada um dos setores na Matriz de Insumo Produto basta multiplicar o índice apresentado em cada célula por R$ 1 milhão.


13

3- Considerações finais É importante salientar que as informações disponíveis até o presente momento não são suficientes para poder ser desenvolvido um estudo mais aprofundado. Assim, procurou-se simplesmente organizar algumas informações disponíveis e revisar a literatura especializada. Para isso, foi utilizada a base de dados da ABRAF, das próprias empresas e da matriz de Insumo Produto do Rio Grande do Sul. Como se viu nessa primeira consideração, a comunidade local dos municípios que sediam as empresas e aquelas do entorno poderão ser bastante beneficiada pelos empreendimentos das três empresas, à medida que a contratação de funcionários seja feita de pessoas dessas localidades. As estimativas das fontes utilizadas apontam para a criação de sete mil novos empregos em uma cadeia produtiva que está bem posicionada em termos de efeitos multiplicadores na economia gaúcha. Isso é relevante para a economia como um todo, pois as empresas de florestamento estão situadas justamente na metade sul que detém as mais altas taxas de desemprego. Assim, com base nas informações disponíveis, parece razoável supor que os projetos de florestamento da Aracruz, Votorantin Celulose e Papel e Stora Enzo deverão trazer benefícios econômicos e sociais ao Estado do RS como um todo. É importante poder contar com mais tempo e mais informações advindas das próprias empresas, tanto econômicas como principalmente fiscais, pois a Matriz de Insumo Produto não contempla os incentivos fiscais do Governo Municipal, do Estadual e do Federal. Nesse sentido será possível avançar no conhecimento dos impactos econômicos e sociais desses importantes empreendimentos para a economia gaúcha.


14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAF. Anuário estatístico da ABRAF: ano base 2006. Brasília, 2007. NAJBERG,S. & PEREIRA, R.de O. Novas estimativas do modelo de geração de empregos do BNDES, Sinopse Econômica, BNDES, março 2004. VOTORANTIN CELULOSE e PAPEL. Informações VCP, mimeo, 2007 ARACRUZ CELULOSE. Informações, mimeo, 2007 STORA ENZO. Informações sobre o empreendimento da Stora Enzo, mimeo, 2007. PORSEE, A.A. Matriz de Insumo-Produto do Rio Grande do Sul 2003, Porto Alegre, FEE, 2007. DIEESE. O mercado de trabalho no aglomerado sul. Disponível em: http://www.dieese.org.br/ped/pelotas/pedPelotas0407.pdf. Acesso em: 05.09.2007.


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