Copa

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especial

Na Copa 2014

em

foco

Por Cristiane Di Rienzo e Solange Spiandorin

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Estádio Nacional de Brasília

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Mané Garrincha

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A

marca principal de Brasília são seus monumentos e edificações. Nelas, o talento do renomado arquiteto internacional Oscar Niemeyer e, do também, arquiteto Lúcio Costa, vencedor do projeto-piloto da nova sede do Governo Republicano se faz presente. Ao contrário de outras cidades, a capital federal foi planejada, apesar

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do início de sua construção ter enfrentado décadas de debates políticos até a sua concretização. Inaugurada a 21 de abril de 1960, Brasília é uma cidade sem esquinas, mas com algumas peculiaridades, como o comércio local das superquadras residenciais; as famosas “tesourinhas”, espécies de pequenos viadutos que ligam as q ­ uadras 100


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outro lado, o urbanismo facilita o acesso das pessoas aos serviços no centro da cidade, oportunidade que não seria encontrada em nenhum outro lugar do País, conforme propagam seus habitantes. Justamente por algumas dessas características é que Brasília foi escolhida como cidade-sede dos jogos da Copa do Mundo 2014.

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as 200, construídas há 53 anos como uma solução para o trânsito; e os ipês floridos, que colorem a cidade durante o inverno. Como se percebe, a arquitetura da cidade facilita o aproveitamento das características do lugar. Além disso, os recursos disponíveis modificam o clima - bastante seco no inverno -, tornando-o mais fresco e agradável. Por

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Especial Copa do Mundo Estádio Nacional Mané Garrincha O Estádio Nacional Mané Garrincha, palco da abertura da Copa das Confederações Fifa Brasil 2013, foi inaugurado no último dia 18 de maio, com cerimônia que reuniu a presidente Dilma Rousseff, entre outras autoridades, e sediou a final do Campeonato do Distrito Federal. O Estádio recebeu a partida inicial da Copa das Confederações, ­torneio-teste do Mundial, no dia 15 de junho de 2013 - quando teve seu primeiro grande momento histórico. Antes da partida, o público acompanhou a execução dos Hinos de Brasília e Nacional, na voz de Elza Soares, que foi companheira do ex-jogador Mané Garrincha, que além de ter sido bicampeão mundial pela Seleção Brasileira (1958 e 1962), foi um expoente do futebol arte. E que deu nome ao Estádio. “Estamos fazendo uma homenagem histórica a um grande atleta brasileiro, que é Mané Garrincha. Essa homenagem é precisa, merecida, feita na Capital Federal do nosso País. Uma homenagem a um atleta que foi um gênio do nosso futebol”, disse a presidente. Uma semana antes da inauguração oficial, o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitou o Estádio e elogiou a nova arena da capital. “O que foi feito desde janeiro, na última vez em que vim, é fabuloso. Se me perguntarem qual é o meu estádio favorito no mundo, digo que Brasília está na primeira lista. Tenho certeza de que daqui, na abertura da Copa das Confederações, os torcedores vão ficar deslumbrados”, disse. Pelas curvas de Niemeyer Demolido em 2010, o estádio brasiliense Mané Garrincha foi remodelado. O projeto é assinado pelos arquitetos Eduardo Castro Mello e Vicente Castro Mello, filho e neto, respectivamente, de Ícaro de Castro Mello, autor do projeto do antigo Mané Garrincha. A preocupação dessa vez foi seguir o ‘Eixo Monumental‘ dos palácios da Capital Federal. Ou seja, a arquitetura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha foi projetada de maneira que o novo monumento se adequasse ao padrão consagrado por Oscar Niemeyer na capital Federal, considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Quem confirmou a informação foi o próprio Eduardo Castro Mello, em seminário do Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), realizado em Brasília. “Foi um desafio muito grande colocar uma obra dessa dimensão no Eixo Monumental. Não poderia ser algo que viesse a chocar visualmente. Então, nós detectamos algumas características dos projetos do Oscar e procuramos traduzir isso de uma forma adequada para o Estádio”, disse o arquiteto responsável. De acordo com ele, a esplanada, composta pelos 288 pilares de 36 metros de altura livre, que cercam o estádio, segue o conceito arquitetônico utilizado por ­Niemeyer em outros monumentos importantes da cidade.

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“Veja o Palácio do Planalto, o Palácio do Itamaraty, o Palácio da Justiça. Perceba que todos eles contam com colunas em toda a periferia, uma grande varanda que circunda o edifício, e o prédio em si fica na parte interna. Foi o que nós fizemos no Estádio. Construímos os pilares da parte externa, usamos a grande varanda pra fazer os acessos às rampas e o edifício, com as arquibancadas, fica no interior”, explicou o arquiteto. Ele complementou: “Seria irresponsável se quiséssemos brigar com a arquitetura de Niemeyer. O projeto guarda semelhança com as construções de Brasília. É o resgate da estrutura colonial brasileira”, observa Castro Mello. A proposta é de que o Mané Garrincha se transforme numa arena multiuso. Sua capacidade é de 70.284 lugares para a Copa do Mundo e 72.788 após a Copa (arquibancada inferior, 22.360 pessoas; intermediária, área de mídia, camarotes Vip e VVip, portadores de condições reduzidas (PCR), 6.762 pessoas; arquibancada superior, 43.666 pessoas; incluindo 74 camarotes de três tamanhos: 18, 21 e 30 assentos; e imprensa que tem reservada 2.850 lugares. O projeto ainda inclui estacionamentos interno e externo, 226 sanitários, 22 elevadores, 60 escadas, quatro escadas rolantes, 19 acessos, 50 rampas, 40 bares, 14 lanchonetes, dois restaurantes, 12 vestiários, ainda área de apoio, lojas e ampliação de arquibancadas. A construção e operação da Arena de Brasília são do Consórcio Andrade Gutierrez e Via Engenharia. O custo da obra, totalmente arcada com recursos financeiros do próprio Distrito Federal, foi orçada inicialmente em R$ 850 milhões, mas em maio de 2013, chegou a um total de R$ em R$ 1,3 bilhões – só o custo da cobertura autolimpante foi de R$ 173,9 milhões-, segundo dados da Terracap, fazendo dele o segundo estádio mais caro do País. Esse valor corresponde, além da reconstrução do Estádio, as obras adicionais em seu entorno. Após 1.027 dias de construção, repetindo o ocorrido à época de sua primeira inauguração, em 1976, os trabalhos foram interrompidos para que ocorresse a reinauguração oficial do espaço. As obras estavam a 97% de execução, faltando apenas retoques finais e melhoriasdo entorno do estádio. Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff deu o chute inicial no campo da Arena, gesto simbólico repetido na inauguração de todos os estádios que serão utilizados na Copa do Mundo Fifa 2014. Ainda no dia 18 de maio, à tarde, ocorreu a final do Campeonato Brasiliense de Futebol 2013, o “Candangão”, disputado entre Brasília e Brasiliense. Cerca de 20 mil torcedores estiveram presentes, o correspondente a 30% da capacidade total do estádio, valor estipulado em recomendação da Fifa para o primeiro evento-teste. Em 26 de maio de 2013, o Mané Garrincha recebeu o seu segundo e último jogo antes da Copa das Confederações, a abertura do Campeonato

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Brasileiro através do jogo entre Santos e Flamengo. A partida marcou também a despedida do jogador Neymar dos clubes brasileiros. Mãos à Obra Além da homenagem ao “Anjo das Pernas Tortas”, o novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha não carrega mais nenhum resquício do antigo local, que por mais de 36 anos foi o principal palco esportivo da capital Federal. No entanto, não foi nada fácil acabar com o velho Mané. Há exatos dois anos, fracassava a tentativa de implodir a antiga arquibancada superior. Em 2011, técnicos usaram cerca de 250 quilos de explosivos para tentar colocá-la no chão. Porém, após duas detonações, a estrutura de 27 metros de altura se manteve de pé. Segundo os responsáveis pela implosão, o fracasso ocorreu por conta de uma falha na linha de acionamento dos explosivos. A demolição da arquibancada foi feita então de forma mecânica, com a ajuda de equipamentos hidráulicos e guindastes. “Queríamos muito que o antigo projeto do Mané Garrincha tivesse sido concluído, como foi concebido. Infelizmente, não foi possível. Na análise que foi feita entre o que existia aqui, nas condições que estava, para transformar no que virou hoje, não havia outra alternativa, se não demolir o antigo”, explicou Castro Mello. Iniciada em julho de 2010, a reforma do Mané Garrincha para a Copa das Confederações e o Mundial de 2014 previa em seu primeiro projeto a conclusão e modernização do antigo estádio, que só conta-

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va com um lado da arquibancada superior construído. No entanto, para uma melhor adequação aos conceitos de arena multiuso, o governo decidiu pela construção de um estádio inteiramente novo. “A antiga arquibancada fazia parte de uma estrutura que seria dada continuidade. Mas houve mudanças no grau de inclinação, pensando na visibilidade dos torcedores, além de muitas outros avanços que seriam complicados com a manutenção da estrutura antiga. Tivemos alteração no projeto básico e no projeto de engenharia para atender melhor ao grande público, o dono do espetáculo. E nos tornamos referência”, afirmou o secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro. Pavimentos O terreno onde fica a arena possui 120 mil metros quadrados de área, dos quais 218.798,09 mil metros quadrados são de construção. Nesta área está incluída o nível térreo, o qual é composto quase que na sua totalidade de espaços para eventos e convenções e ocupa quase todo o diâmetro do Estádio. É neste pavimento que há o acesso para as cadeiras superiores e vip lounge. O espaço, com 46 m de altura, faz com que sua fachada forme o espaço de convivência e de acesso do público. Segundo a engenheira responsável pela obra, Maruska Holanda, “Não poderíamos deixar de ter aqui um estádio com características de monumento, para que possa ser visitado pela população não só em dias de eventos, mas em qualquer dia da semana, como são os museus e os palácios.”


Especial Copa do Mundo O projeto do estádio também inclui uma área de 617,87 mil metros quadrados, batizada de Esplanada, que dá acesso a todos os níveis de arquibancada de forma independente e rápida. O 3º subsolo é o nível do gramado. É o espaço onde os jogadores se alinham para entrar no campo e, também, o local de entrevistas. Em dois de seus lados estão os vestiários dos jogadores. Já nas quatro quinas do campo há os acessos em nível para ambulâncias e demais veículos especiais. Nos dois lados do estádio estão as rampas de entrada de veículos e dos ônibus das delegações, os quais já param na frente dos vestiários dos jogadores e depois saem pela outra rampa. Na parte superior estão a garagem coberta com as 572 vagas. No restante deste pavimento ainda há os cômodos técnicos, de segurança e outros. No 2º subsolo encontram-se as cadeiras inferiores e acesso vip (tribuna de honra, camarotes FIFA e da presidência). O 1º subsolo é o que dá acesso para cadeiras inferiores, instalações sanitárias e bares das cadeiras inferiores, também cômodos técnicos e de serviços. Acima do Térreo está o 1º Pavimento que abriga os 74 camarotes, dois restaurantes, as cadeiras vip (tribuna de honra), também os camarotes da Fifa, da presidência, lounge vip e salas de imprensa.

No 2º Pavimento encontram-se as cadeiras superiores, instalações sanitárias e bares. Quanto às cadeiras são mais de 65,8 mil assentos destinados ao público em geral. Rebatíveis de modo automático, por contrapeso, com encosto alto e fabricados em plástico tipo polipropileno. No caso das arquibancadas, há cinco opções de assentos, todos marcados e retráteis, os quais ficam a uma distância inicial de 7,5 m do campo. A cor vermelha indica os assentos gerais da Arena e a cor vinho os do camarotes. Já os assentos Vip’s, para a área de hospitalidade e camarotes, também são feitos em plástico, com acabamento fosco em vinil e estofamento de espuma. Eles possuem encosto, apoio aos braços e são rebatíveis. No total, são 6,3 mil unidades desse tipo no estádio. Há ainda 120 assentos destinados ao setor VVip (Very Very Important Person) com encosto alto. A diferença é que são revestidos com couro sintético. Outras 52 cadeiras são para o setor de “Reservas e Oficiais”, que inclui os bancos de reserva. Neste caso, eles não são rebatíveis, têm encosto alto, design arredondado, braço e proteção lateral. Acolchoados, a estrutura interna desses assentos é em aço tubular, com espuma moldada, revestida em couro ecológico. “No final de 2011, vieram os requisitos da FIFA e uma das exigências foi a de que os assentos fossem rebatíveis.

Palco da Copa da Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014 o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, é um complexo multiuso, apto a receber grandes eventos esportivos e culturais.

Estádio Nacional Mané Garrincha

www.projelmec.com.br

A Projelmec destaca a importância de fazer parte desta história, mantendo parcerias de sucesso, e parabenizando a todos que participaram deste grande empreendimento!

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Isso permite melhor circulação e segurança. Nesses requisitos, foi solicitado que os assentos fossem certificados pela ABNT e nós, durante toda a fase contratual, fizemos todos os ensaios e obtivemos a certificação”, informou a engenheira responsável. Os 74 camarotes, localizados no anel do nível 1, possuem acabamento em granito e são equipados com bancada, banheiros privativos e revestimento especial. Outro diferencial são os tamanhos, ou seja, nas pontas, próximo aos gols, ficam os camarotes maiores, e na parte central, os menores. “Por estar na parte central, o camarote não tem o benefício de ser o maior, já os de canto não têm uma visibilidade tão fantástica, mas são maiores”, descreve Maruska. Aqui também se vê o gasto excessivo na construção do Mané Garrincha, pois as cadeiras ao público em geral, às pessoas com deficiência, camarotes, assentos de negócios e da área Vip foram licitados por R$ 10,8 milhões. Os assentos para a área VVip e para os bancos de reservas foram licitados por R$ 169 mil. Multiuso No que diz respeito à evacuação da nova Arena, ela é dividida em quatro setores e oito pavimentos, o que facilita a retirada do público do local em até oito minutos, segundo Castro Mello. O acesso é feito por 19 portões e um total de 158 catracas. “Em todos os níveis de acesso há catracas

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para que a bilhetagem aconteça com bastante segurança e controle. Nesses mesmos locais temos as câmeras que fazem o controle de acesso e todo o monitoramento de quem entra e sai”, detalha. Outras 50 rampas, quatro escadas rolantes, 60 escadas normais e 20 elevadores complementam as opções de circulação na Arena. Classificado como multiuso, o Estádio espera abrigar uma série de outros eventos, como shows, espetáculos, conferências e reuniões. Além disso, deverá se tornar uma opção de lazer e visitação aos turistas e moradores de Brasília. “Há uma concepção diferenciada de serviços de atendimento ao público, serviços de lazer, de convívio da população. Nós temos restaurantes, lanchonetes, áreas para teatro e cinema, para que as pessoas possam vir aqui apenas para um encontro de amigos, ou também para assistirem aos grandes eventos”, ressalta Maruska. O campo, por sua vez, possui 105 x 68m de área de jogo e foi rebaixado 4,8 m de sua altura original, permitindo 100% de visibilidade.


Monitoramento A segurança é uma das principais preocupações do projeto do Estádio de Brasília. Por isso, além do monitoramento de veículos e pessoas em todos os setores, inclusive no entorno da Arena, por meio de câmeras capazes de fazer reconhecimento facial, os acessos ao edifício foram pensados para facilitar o fluxo de pessoas. O monitoramento acontece a partir de uma sala de comando e controle, com capacidade para cerca de dez pessoas, dentre as quais a coordenação das equipes de segurança e saúde que atuarão na Arena. Pelo local também ocorre o monitoramento do fluxo de pessoas no entorno, nas entradas, catracas, rampas e demais setores, incluindo as arquibancadas. E, ainda, são realizadas as transmissões de informações nos placares e sistema de som. Sustentabilidade A preocupação com o sustentável, as-

sim como nas demais Arenas, também esteve presente na construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, que caminha para ser o primeiro na história a receber o certificado máximo de sustentabilidade – o selo Leed Platinum de Sustentabilidade. Considerado o maior certificado que uma construção pode obter junto ao Green Building Council (US GBC), ele garante que a construção é altamente sustentável. Hoje, nenhum estádio de futebol no mundo possui o selo Platinum. Apelidado de Ecoarena, o Mané Garrincha ganhou esse status porque desde a criação de seu projeto foi instituído o conceito de arena verde e já durante a sua demolição foram implantadas práticas sustentáveis na obra. Desta maneira, parte dos materiais utilizados foi reciclada ou reaproveitada no próprio local ou em cooperativas de reciclagem do Distrito Federal. O entulho de cimento e o concreto retirados do estádio foram encaminhados a uma área licenciada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), apta a receber entulho de obras, localizada na cidade de Sobradinho. Ali, o material foi transformado em brita e aproveitado em outras áreas da capital federal. Já o entulho obtido na derrubada da última arquibancada foi transformado no local mesmo em brita e reutilizado na concretagem do piso da obra. Por outro lado, todo o material de ferro das armaduras e os aços de concreto foram reciclados e enviados à

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Especial Copa do Mundo ­ entcoop - uma cooperativa de reciclagem do Distrito FeC deral. O resultado foi utilizado nas bases dos pisos do estádio. A areia e o cascalho que estavam debaixo do gramado foram reaproveitados na nova obra; as cadeiras do antigo estádio foram reutilizadas no Estádio Serejão, em Taguatinga (DF); e as redes, no Estádio do Bezerrão, no Gama (DF). O gramado anterior foi cultivado no viveiro da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), para posterior reutilização nos canteiros da capital Federal. Na Arena brasiliense foram utilizados mais de 117 mil metros cúbicos de concreto, inclusive na fabricação das 1.604 peças pré-moldadas que formam a arquibancada da estádio, além de outros 15 mil metros cúbicos de madeira, 22,2 mil toneladas de aço e 170 toneladas de areia. A iniciativa das cooperativas faz parte do projeto Agente de Mobilização Social para Grandes Eventos, que apenas no dia 18 de maio coletou uma tonelada de resíduos sólidos, produzidos pelo público superior a 20 mil torcedores que assistiram à final do Campeonato do Distrito Federal. Deste total, 90% do material foram reaproveitados e vendidos pelas associações. A ação será repetida em grandes eventos para diminuir impactos ambientais e gerar lucro aos catadores do Distrito Federal. As cooperativas também reciclaram as armaduras e os aços. O concreto foi moído para que, a partir dele, fossem feitas as bases dos pisos do espaço. Para o diretor técnico e educacional do GBC no Brasil, Marcos Casado, “a expectativa é que a aprovação do selo seja divulgada até o final do ano, porque dependem da conclusão total do estádio e da entrega da documentação à auditoria, ou seja, num prazo de quatro a seis meses”. Ele destacou que os demais estádios cumprem requisitos para o selo básico ou selo ouro. “Desde o início pensamos na possibilidade de uma certificação de nível máximo, que inclui entre 80 e 100 pontos na lista de procedimentos para essa meta”, explicou Eduardo Castro Mello, arquiteto responsável pela obra do Estádio Mané Garrincha. Além das práticas sustentáveis já citadas, também se estipulou a instalação de uma usina solar e a certificação de itens como assentos e portas, ambos já atestados. De acordo com Maruska Holanda, “a questão da certificação é uma recomendação muito forte da Fifa”, ressaltou. Cobertura Ainda falando em sustentabilidade, a cobertura do Mané Garrincha é autolimpante e funciona com um sistema que ficou conhecido no jargão da engenharia como “roda de bicicleta invertida”. O teto da arena é composto por uma estrutura tensionada com cabos e treliças metálicas, presos a um anel de compressão de concreto. Seu revestimento é feito com membrana de 90 mil m² (PTFE) com dióxido de titânio (TiO2). Ao entrar em contato com o sol, a membrana promove a decomposição da sujeira. Com isso, até mesmo a sujeira acumulada durante o período da seca será removida já nas primeiras chuvas e a

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membrana voltará à cor branca. Desta forma, a expectativa é de que a cobertura do Estádio Mané Garrincha retirará da atmosfera gases poluentes do ar. O material também não pega fogo. A cobertura branca ainda libera a passagem de iluminação natural e reflete os raios solares, o que reduz também o calor interno e a necessidade do uso de ar condicionado ou outro tipo de ventilação artificial. A ajuda à camada de ozônio é considerável: corresponde à retirada de mil veículos do trânsito por dia. Essa é uma das inovações tecnológicas que a obra exibe. O projeto estrutural ficou a cargo da Etalp e o da cobertura pela Schlaich, Bergermann & Partner - Knut Göppert e Knut Stockhusen. O custo do projeto básico foi de R$ 5,3 milhões, mas o do executivo não foi divulgado pelo Governo do Distrito Federal. Outras vantagens deste tipo de cobertura são: as economias de água e de energia. Na primeira, a chuva que cai sobre a cobertura do Estádio e no entorno, como nos estacionamentos, é canalizada para cinco reservatórios de quase oito milhões de litros. Ali a água é filtrada e tratada para ser reutilizada nos vasos sanitários, na lavagem do piso e na irrigação do campo. Isso representa 80% da demanda de água da Arena e equivale a encher duas piscinas olímpicas e duas semiolímpicas. “A obra é cara porque é grande e especial. Não tem desperdício. O importante é que foi projetada dentro do princípio de sustentabilidade”, disse o arquiteto Castro Mello. Quanto à economia de energia, o estádio conta com uma cobertura que permite a ventilação natural e reduz a sensação de calor dentro do local, já que reflete os raios ultravioletas e retém 15% da luz amarela. Mesmo criticado por ter o mais alto custo entre os estádios nacionais que abrigarão os jogos das Copas das Confederações e do Mundo, os técnicos argumentam que esse sistema permite a redução da necessidade de uso do ar condicionado. Castro Mello ponderou que a obra permitirá uma economia de R$ 7 milhões anuais em gasto com manutenção. Outra novidade é a construção de uma usina solar, cuja geração de energia ocorrerá por meio da instalação de placas fotovoltaicas no anel de compressão - grande aro em concreto com 1 km de circunferência que sustenta a cobertura. Diante da expectativa de alto consumo de energia, os projetistas propuseram a criação de uma usina de captação de energia solar, a partir de 9,6 mil placas fotovoltaicas capazes de gerar mais de 2,5 megawatts, quantidade suficiente para abastecer duas mil residências. A previsão é de que ela seja instalada no segundo semestre de 2013. O uso de lâmpadas de Led para iluminar algumas áreas do Mané Garrincha é mais uma forma de economia de energia, pois elas têm maior durabilidade. “A questão da redução de consumo de água e de energia tem um impacto muito grande na certificação. Para se ter uma ideia, para a certificação máxima, temos que atingir em torno de 80 pontos em 100, e com a colocação da usina solar nós já teremos 20 pontos”, explicou a engenheira Maruska Holanda.


Especial Copa do Mundo HVAC-R O projeto do sistema HVAC ficou sob responsabilidade da MHA Engenharia. Segundo explica o gerente de projetos da empresa, Sérgio Marchioli, o condicionamento de ar foi previsto para todas as áreas Fifa: vestiários, áreas técnicas e para os camarotes VIP e VVIP. Já para as áreas de alimentação e o futuro shopping que será implantado no legado, foram deixadas esperas para instalação do concessionário. “Todo o projeto foi desenvolvido com sistema de expansão direta do tipo VRF de modo a se ter individualidade de utilização dos ambientes, uma vez que no legado não é garantido o funcionamento contínuo e todos os ambientes. Dessa forma pode-se operar cada um em separado”, informa Marchioli. O engenheiro relata que no geral não houve dificuldades na realização do projeto de condicionamento, pois os ambientes são todos com condição de conforto. “O único adicional é a necessidade de se controlar a umidade mínima do ar, que nos meses de inverno – justamente quando acontecerá a Copa do Mundo em Brasília -, temos baixa umidade”. Além do projeto de climatização, a MHA Engenharia foi responsável pelos projetos de Elétrica (iluminação normal, de emergência e no campo); Hidráulica (água fria, esgoto, águas pluviais com reuso e para combate a incêndio); e

Sistemas Eletrônicos (automação, CFTV, controle de acesso e deteção. Para a MHA Engenharia foi mais um desafio, pois estádios no Brasil não são feitos a algum tempo e assim não se tem muitas informações sobre este tipo de empreendimento, ainda mais para um evento da Fifa, onde há que se cumprir vários requisitos. Daikin Segundo o engenheiro mecânico do Consórcio Brasília 2014, Silvio Parreira dos Santos, foram instaladas aproximadamente 1200 TR, distribuídas em unidades condensadoras, cuja capacidade média é de 23 HP. Para a renovação de ar, foram instaladas caixas de ventilação com grau de filtragem G4, interligadas à rede de dutos e grelhas de insuflação em todos os ambientes ocupados por pessoas. O volume de ar insuflado foi determinado de acordo com a norma NBR-16401-3/2008. Os vestiários dos atletas e árbitros são climatizados e também possuem sistemas de ventilação e exaustão independente, além do sistema de renovação de ar. A Daikin foi chamada para participar de uma concorrência pelo Consórcio Nacional de Brasília. A presença da Daikin no Estádio Nacional Mané Garrincha é motivo de grande satisfação para nossa equipe, pois a obra marca a primeira grande obra de VRV da Daikin em Brasília.

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Especial Copa do Mundo Projelmec A Projelmec forneceu aproximadamente 120 equipamentos para ventilação e exaustão para diversos setores do Estádio Mané Garrincha. Entre os modelos fornecidos estão os do tipo Limit Load e Sirocco, geralmente utilizados em sistemas de conforto, com rotores de classe I e II, de simples (S) ou dupla (d) aspiração, em instalações que não exijam resistências adicionais com relação a temperatura, alta rotação, passagem de ar contaminado com sólidos entre outros. Obras complementares Dentre as obras complementares previstas para o Estádio Mané Garrincha estão as de mobilidade urbana.

Uma delas é o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) linha 1 - trecho 1, uma espécie de metrô de superfície, que terá 6,5 km, ligando o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à Asa Sul da capital Federal. As obras começaram em 2009, mas foram suspensas em abril de 2011 pela Justiça do Distrito Federal, que considerou o processo de licitação fraudulento. Desta maneira, o VLT não será concluído até a Copa do Mundo, mas a obra figura na lista de intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O seu custo está estimado em R$ 276,9 milhões (contrato público do Governo do Estado), sem construtora definida, porque depois das denúncias de fraudes não houve outra concorrência.

copa das confederações - resultados A Copa das Confederações 2013 teve início no dia 15 de junho, com o jogo entre Brasil e Japão, resultando em 3 x 0 para a equipe anfitriã, e encerrou-se no dia 30 de junho, quando o Brasil foi tetracampeão, ganhando também da seleção espanhola por 3 X 0. O torneio foi realizado pela primeira vez em 1992, na Arábia Saudita, intitulado de Copa Rei Fahd, em homenagem ao monarca. Na oportunidade foram apenas quatro equipes, mas depois, o país sediou outras duas edições nos anos de 1995 e 1997. Somente em 1999 a Copa das Confede-

rações foi disputada em outro país, no México. A partir daí, os torneios começaram a ser disputados um ano antes da Copa do Mundo, sempre no país que recebe o Mundial. Assim, o Japão e a Coreia do Sul receberam a edição de 2001; a Alemanha em 2005; e a África do Sul em 2009. A exceção foi 2003, quando houve uma edição na França. Mesmo não sendo sede do Mundial, o Brasil é o maior vencedor da Copa das Confederações, com quatro títulos (1997, 2005, 2009 e 2013), seguido pela França (2001 e 2003), além da Argentina (1992), Dinamarca (1995) e

México (1999). As próximas edições estão programadas para acontecer na Rússia, em 2017; e no Qatar, em 2021. O torneio Trata-se de um campeonato internacional de futebol, organizado pela Fifa (Fédération Internationale de Football Association - Federação Internacional de Futebol), realizado de quatro em quatro anos, sempre um ano antes da Copa do Mundo de Futebol. Participam do evento a seleção de oito países, que representam as seis Confederações de Futebol, mais o país sede da Copa do Mundo e o último

CLASSIFICAÇÃO GERAL

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%

1

Brasil

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Itália

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Nigéria

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Taiti

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Especial Copa do Mundo A duplicação da DF 047 – DF (rodovia que dá acesso ao Aeroporto Internacional JK) estava marcada para começar em janeiro de 2012, mas também não saiu do papel, pois dependia das obras do VLT. O investimento era de R$ 103,1 milhões (contrato público do Governo do DF), com empréstimo de R$ 98 milhões da CEF, dentro do PAC da Mobilidade Urbana Obra. Já a reforma e ampliação sul do Terminal de Passageiros (Fase 1), pátio de aeronaves, sistema viário e edificações complementares, de responsabilidade da concessionária do Aeroporto JK (Concessionária), devem ser concluídas até dezembro de 2013. Também, o Módulo Operacional Provisório e a reforma do corpo central, sob responsabilidade da Infraero,

foram concluídos em julho e novembro de 2012, respectivamente. O custo foi de R$ 650,4 milhões, sendo R$ 10,4 milhões por parte da Infraero e R$ 640 milhões pela concessionária. O contrato foi no esquema parceria público-privado (PPP).

rodada 01

rodada 02

15/06 - 16:00 - Mané Garrincha - Brasília Brasil 3x0 Japão 16/06 - 16:00 - Maracanã - Rio de Janeiro México 1x2 Itália 16/06 - 19:00 - Arena Pernambuco - Recife Espanha 2x1 Uruguai 17/06 - 16:00 - Mineirão - Belo Horizonte Nigéria 6x1 Taiti

19/06 - 16:00 - Castelão - Fortaleza Brasil 2x0 México 19/06 - 19:00 - Arena Pernambuco - Recife Itália 4x3 Japão 20/06 - 16:00 - Maracanã - Rio de Janeiro Espanha 10x0 Taiti 20/06 - 19:00 - Arena Fonte Nova - Salvador Nigéria 1x2 Uruguai

rodada 03

semi final

22/06 - 16:00 - Arena Fonte Nova - Salvador Itália 2x4 Brasil 22/06 - 16:00 - Mineirão - Belo Horizonte Japão 1x2 México 23/06 - 16:00 - Castelão - Fortaleza Nigéria 0x3 Espanha 23/06 - 16:00 - Arena Pernambuco - Recife Uruguai 8x0 Taiti

26/06 - 16:00 - Mineirão - Belo Horizonte Brasil 2x1 Uruguai 27/06 - 16:00 - Castelão - Fortaleza Espanha 0x0 Itália

disputa de 3o lugar 30/06 - 13:00 - Arena Fonte Nova - Salvador Uruguai 2x2 Itália

final 30/06 - 19:00 - Maracanã - Rio de Janeiro Brasil 3x0 Espanha

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Especial Copa do Mundo

campeão mundial da Copa do Mundo. Os jogos acontecem sempre no país que irá sediar a Copa do Mundo no ano seguinte, neste caso, o Brasil. Entretanto, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, discorda dessa definição de que a Copa das Confederações é uma preparação para a Copa do Mundo. “Esse torneio é mais do que um ensaio da Copa do Mundo, e é um presente para a Fifa ter um campeonato com tantos clubes campeões mundiais”, disse, referindo-se às quatro seleções que já ganharam o torneio mundial: Brasil, Uruguai, Espanha e Itália. A declaração ocorreu dois dias antes do sorteio da Copa das Confederações, em novembro de 2012, na cidade de São Paulo. No entanto, no que diz respeito à infraestrutura, o torneio pode ser assim encarado, pois é o primeiro teste sobre a capacidade de metade das cidades-sede de organizar um torneio internacional. Por aqui, observaram-se muitos problemas, inclusive. De acordo com a Fifa, o evento também é a oportunidade de lançar mão dos novos recursos tecnológicos para analisar lances polêmicos de gol, cujas ferramentas agora estão à disposição da arbitragem. Na oportunidade, Blatter contou que era contra o uso da tecnologia no futebol, mas mudou de ideia após a partida entre Alemanha e Inglaterra, na Copa de 2010, quando um gol inglês não foi validado pelo juiz. “Nós não podemos permitir a repetição de uma situação como essa”, disse. A tecnologia será usada apenas na linha do gol. Já para a seleção brasileira foi uma boa oportunidade de testar sua equipe contra alguns dos melhores times do mundo. Curiosidades Cafusa é a bola de futebol oficial da Copa das Confederações de 2013 pela Adidas. Ela foi apresentada no sorteio dos grupos da competição que ocorreu em 1 de dezembro, no Centro

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de Convenções do Anhembi, em São Paulo pelo capitão da Seleção Brasileira de 2004, Cafu. Segundo o próprio apresentador, a relação com o seu nome é meramente coincidência. A bola foi desenvolvida especialmente para a Copa das Confederações de 2013 e une três símbolos da cultura brasileira: carnaval, futebol e samba para formar seu nome. Além de derivar de “cafuzo”, com z, que é usada, no Brasil, para descrever indivíduos que nasceram da miscigenação entre indígenas e negros. Seu tom é verde e amarelo, e suas curvas pesam menos de meio quilo. A bola foi criada pelo mesmo grupo de designers responsável pela concepção da Tango 12, usada na UEFA Euro 2012. É composta por 32 gomos, ligados entre si por uma união térmica, com tecnologia também semelhante à bola da Euro. Combina a tecnologia de alta performance à estética local. O nome e suas cores vibrantes refletem a identidade nacional com particular destaque para o “Cruzeiro do Sul”, constelação retratada na bandeira do Brasil. Para mostrar a nova bola para todos os brasileiros, foi realizada uma exposição com dez bolas gigantes, cada uma com dois metros de diâmetro, que percorreu todo o País até

o final de junho de 2013. As bolas começaram sua jornada em São Paulo e no Rio de Janeiro antes de seguir para as outras cidades-sede da Copa das Confederações:Recife, Fortaleza, Salvador, Brasília e Belo Horizonte. A Cafusa também é a bola oficial do Mundial Sub-20 de 2013, realizado na Turquia (21 de junho a 13 de julho). Além da bola, o torneio também ganhou um emblema – um sabiá-laranjeira -, ave típica do Brasil. Desenvolvido pela equipe do Comitê Organizador Local e da Fifa, com o apoio de especialistas externos, a coloração do pássaro foi inspirada nas cores da bandeira nacional e na fauna colorida do país. Segundo informações da Federação Internacional, a leveza do voo do pássaro reflete simbolicamente a hospitalidade e o calor humano do povo brasileiro. Já o desenho demonstra o seu espírito alegre e festeiro, assim como o seu dinamismo tanto na vida quanto nos jogos de futebol. As equipes Em 2013, o torneio reuniu oito seleções com 12 títulos mundiais, sendo cinco do Brasil, quatro da Itália, dois do Uruguai e um da Espanha. Juntando-se a eles estão: o México (atual campeão olímpico), Nigéria, Japão e Taiti. Embora encontre-se na mídia facilmente todo o tipo de informação sobre futebol, especialmente sobre a Copa do Mundo e os fatos que a cercam, publicamos alguns detalhes complementares sobre as equipes que disputaram a Copa das Confederações em 2013. O Brasil, por exemplo, foi classificado automaticamente para o torneio, por ser o país sede da competição. Nossa seleção participou das edições 1997, realizada na Arábia Saudita; em 1999, no México; em 2001, na Coreia/Japão; em 2003, na França; em 2005, na Alemanha (campeão); e em 2009, na África do Sul (campeão). Ao longo das sete edições da Copa das Confederações, disputamos 28 partidas, sendo 18 vitórias, 5 empates


e 5 derrotas. Foram 64 gols marcados e 25 sofridos, dos quais se destacam: o Ronaldinho Gaúcho como maior artilheiro com 9 gols (6 em 1999 e 3 em 2005); e Dida como o mais atuante em 22 jogos, sendo cinco disputas em 1997; cinco em 1999; cinco em 2001; três em 2003; e quatro em 2005. A Itália (ITA) ganhou a chance de disputar a Copa das Confederações, porque foi vice-campeã da Euro 2012 e a campeã do torneio europeu; a Espanha, já estava classificada para a Copa das Confederações. Ela participou apenas da edição 2009 na África do Sul. Lá disputou três partidas, obtendo uma vitória e duas derrotas. Marcou três gols e sofreu outros cinco. O maior artilheiro do time é o Rossi, com 2 jogos e 2 gols em 2009. E as atuações mais expressivas foram de Buffon, durante três jogos em 2009, com outros oito jogadores. O Japão, por sua vez, venceu a Copa Asiática de Seleções em 2011, sendo a primeira equipe a garantir uma vaga na Copa das Confederações do Brasil. Antes havia participado das edições 1995 na Arábia Saudita; 2001, na Coreia/Japão; em 2003, na França; e em 2005 na Alemanha. Nos três últimos venceu o torneio.

Neymar foi o jogador que sofreu mais faltas na Copa das Confederações Camisa 10 da Seleção recebeu 30 faltas durante o torneio, mas também foi o que mais cometeu infrações na competição Antes da semifinal entre Brasil e Uruguai na Copa das Confederações, o zagueiro Lugano disse estar mais preocupado com as faltas cavadas por Neymar do que com suas jogadas. Não que o uruguaio tenha razão, mas sem dúvidas o camisa 10 da Seleção teve que se acostumar em levar pancadas durante a competição. O atacante liderou o ranking de faltas recebidas no torneio, com um total de 30, divulgou a Fifa nesta quarta-feira.

Ao todo disputou 13 partidas na Copa das Confederações, sendo cinco vitórias, dois empates e seis derrotas. Marcou 15 gols, mas sofreu outros 16. O maior artilheiro é o Nakamura, com quatro gols: três em 2003 e um em 2005. E o jogador mais atuante foi o Nakata, com 10 jogos. E, encerrando o grupo A, o México, que venceu os Estados Unidos na decisão da Copa Ouro, garantindo o seu lugar na Copa das Confederações. Disputou o torneio em 1997, em 1999, no México, onde foi campeão; em 2001, 2003 e em 2005. No grupo B, a Espanha obteve a vaga para a Copa das Confederações por ser a atual campeã da Copa do Mundo. Ela participou somente da edição 2009, na África do Sul, com cinco partidas. O seu maior artilheiro é o David Villa, com três gols em 2009, e o mais atuante, o

Fonte: Redação Época

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Fernando Torres, com cinco jogos em 2009. A Nigéria conquistou a vaga para a Copa das Confederações ao vencer a Copa Africana de Nações, em 2013. Ela participou apenas da edição 1995, na Arábia Saudita, onde jogou três partidas. O Taiti ganhou o direito de participar do torneio no Brasil, onde é estreante, porque venceu a Copa das Nações da Oceania em 2012. E, fechando o grupo, o Uruguai, que foi campeão da Copa América 2011 e, juntamente com o Brasil, representa a América do Sul no torneio. Mas já participou da edição 1997, na Arábia Saudita, onde disputou cinco partidas. O seu maior artilheiro é o Dario Silva, com dois gols em 1997. E o mais atuante, Diego Lopes, com cinco jogos em 1997.

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Arena Pernambuco

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Localizada em São Lourenço da Mata, a 19 km do Recife e a 19 km do aeroporto, a Arena Pernambuco também faz limites com os municípios de Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes. Ela ocupa 35 hectares dos 242 destinados ao projeto Cidade da Copa com 128 mil metros quadrados de área construída, divididos em seis pavimentos. A capacidade é para 46.154 torcedores sentados e estacionamento para seis mil vagas, das quais 1.600 serão subterrâneas. O Estádio terá espaços diversificados ao público, como os 24 mil metros quadrados de arquibancada, equipada com assentos individuais e rebatíveis e os 102 camarotes com 1.600 lugares. Além disso, há 1.800 assentos business e mais de 2.700 assentos Premium. O acesso a eles pode ser feito através de nove elevadores, 13 escadas rolantes e oito rampas. Nos assentos Premium, os torcedores ficarão mais próximos à entrada de acesso dos jogadores e árbitros ao gramado e bancos de reservas, ou seja, a chamada zona mista. A partir dela é possível acessar os quatro vestiários disponíveis para atletas e comissão técnica. Os espaços, com cerca de 200 metros quadrados cada, são equipados com banheiros, chuveiros, área de aquecimento, sala reservada para técnico, sala de massagem, duas jacuzzis e armários. O projeto é do escritório Fernandes Arquitetos Associados e tem o vermelho como a cor para os assentos. Construído a partir de Parceria Público-Privada entre o governo de Pernambuco e o Consórcio Arena Pernambuco, o local foi palco de três partidas da Copa das Confederações e de cinco jogos da Copa do Mundo . O Consórcio é responsável pelas obras de construção e gestão do Estádio, que tem múltiplas finalidades. Dentre elas, converter uma área de 52 hectares em um estádio que vai ser uma referência em termos de acessibilidade, conforto e segurança. E que, após a Copa do Mundo de

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2014, se tornará um centro de esportes, atividades culturais, educacionais e de lazer. O investimento no espaço é de R$ 532 milhões, dos quais R$ 400 milhões vêm de recursos federais, via ­BNDES. A Construtora é a Odebrecht. Os projetos complementares foram elaborados pela Enerconsult AS Parceria ISG (International Stadia Group) e AEG Facilities. O projeto básico saiu por R$ 9,35 milhões. De acordo com comunicado emitido pelo Consórcio Arena Pernambuco, constituído pela Odebrecht Participações e Investimentos e Odebrecht Infraestrutura, a escolha do tom é uma homenagem aos três principais clubes do Estado: Náutico, Santa Cruz e Sport, que têm a cor presente em suas camisas. “Os 46 mil torcedores poderão acompanhar as partidas com mais conforto e segurança, já que todos os lugares são rebatíveis e numerados. Os assentos Premium, situados em setores com mais benefícios, terão ainda mais comodidade com poltronas acolchoadas e porta-copos”. Projetado de acordo com os mais altos padrões de qualidade e eficiência exigidos pela Fifa, o Consórcio Arena Pernambuco afirma que o Estádio utiliza soluções sustentáveis e ​​ tecnologias inovadoras. Tanto que servirá como um ponto de partida para o desenvolvimento de uma nova centralidade urbana - a Cidade da Copa. A proposta é que a região da Arena, que foi totalmente planejada para ser a primeira cidade inteligente da América Latina, seja um novo modelo de qualidade de vida, onde as pessoas possam viver, trabalhar, estudar e se divertir no mesmo lugar e em harmonia com o meio ambiente. A Arena Pernambuco foi inaugurada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 20 de maio, juntamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Após a cerimônia, operários que trabalharam na construção do Estádio entraram em


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campo para a primeira partida na nova Arena. Além desse jogo, acompanhado por um público de 15 mil pessoas, o Estádio sediou outro evento antes do início da Copa das Confederações: a partida entre o Náutico e o Sporting de Portugal no dia 22 de junho. Ele serviu como teste para a competição. As obras no entorno do Estádio devem transformar a área, gerando maior desenvolvimento socioeconômico, porque ligará a região à capital por diversas rodovias que estão em fase de construção ou em licitação. Gramado e infraestrutura Para os 8.970 m² do campo foi utilizado o sistema de rolos com a grama da espécie Bermuda Tifway 419, que apresenta boa resistência e tolerância ao clima quente. Ao todo foram transportados 500 rolos, cada um com 1,2 m de largura, 15 metros de comprimento e peso de aproximadamente 800 quilos. O plantio da grama, saiu do Centro de Treinamento do Náutico, onde a grama estava sendo cultivada desde novembro de 2012. Quanto à infraestrutura, as áreas de convivência reúnem 42 quiosques de alimentação, dois restaurantes, 84 sanitários e 32 cabines para pessoas com necessidades especiais. Há 4.700 vagas de estacionamento, mas o plano de mobilidade prevê a estação de metrô Cosme e Damião, a cerca de dois quilômetros do Estádio, o que incentiva o acesso via transporte público. Nos lounges e restaurantes da área VIP, que poderão ser utilizados após a Copa das Confederações exclusivamente pelos membros do Clube Arena Prime (compradores de camarotes e assentos premium), os ambientes internos

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são climatizados e integrados através de nove elevadores e 13 escadas rolantes. No estacionamento há 4.720 vagas, dos quais 800 são cobertas. Dentro do estádio há, ainda, 42 quiosques de alimentação e dois restaurantes. Os torcedores também terão 84 sanitários masculinos e femininos, dos quais 32 cabines para pessoas com necessidades especiais. Com o objetivo de transmitir os jogos e outros eventos, apresentar informes sobre os times ou atletas, além do uso publicitário e de outros conteúdos, a Arena contará com dois telões com o sistema de sonorização com padrão internacional. Cada um deles é de LED, mede 77,4 metros quadrados e terá resolução full HD, com 281 trilhões de cores e 20 mm de distância entre pixels. Os telões são do mesmo modelo utilizado em várias arenas espalhadas pelo Mundo, como o Cowboys Stadium, no Texas (Estados Undiso), e o Soccer City, na África do Sul. As medidas ultrapassam a exigência da FIFA. Sustentabilidade O BNDES estipulou alguns critérios de sustentabilidade como uma das condições à liberação da linha de crédito da Arena Pernambuco. Por isso, o projeto prevê a captação de energia solar e de água da chuva, ventilação natural, além de gestão dos resíduos sólidos. Durante as obras, houve coleta seletiva, prevenção ao fumo e lava-rodas dos caminhões com água reutilizada. O objetivo também é reduzir os gastos com a manutenção do estádio. A Arena contará com uma usina de energia solar, que ocupará uma área de 14.500 metros quadrados, localizada a 800 metros do estádio, conectada à rede de distribuição da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). A planta de energia solar faz parte da pesquisa estratégica e desenvolvimento de projetos “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção de Geração Solar Fotovoltaica na


Especial Copa do Mundo Matriz Energética Brasileira”. Lançada em agosto de 2011 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ela está sendo construída pelo Grupo Neoenergia – formado pelas empresas Celpe (PE), Coelba (BA) e Cosern (RN) - e pela Odebrecht Energia. O investimento é de R$ 24,5 milhões entre a usina e desenvolvimento de projetos e pesquisas. O sistema solar terá uma potência máxima em 1 MW, capaz de atender o equivalente ao consumo médio de 6 mil pessoas. Ele produzirá energia para abastecer tanto o sistema elétrico do Estádio, como a rede de distribuição de energia elétrica. Utilizando-se uma tecnologia com painéis solares (fotovoltaicos), a energia da luz solar é convertida em eletricidade e um inversor transforma a corrente contínua. Em seguida, a energia produzida pode ser direcionada ao sistema de energia do estádio ou à rede elétrica convencional das indústrias e residências. Além do uso benéfico de uma fonte renovável de energia, os sistemas de geração de energia solar reduzem a perda de transmissão e distribuição, uma vez que a energia é consumida assim que produzida. O projeto e a instalação serão de responsabilidade da Gehrlicher Solar Ecoluz do Brasil - uma joint venture entre a brasileira Ecoluz Participações e a alemã Gehrlicher Solar AG. Segundo esta empresa “o projeto básico da planta foi desenvolvido pelo Instituto de Energía Solar de la Universidad Politécnica de Madrid e pelo Instituto de Electrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, juntamente com

o National Renewable Energy Laboratory dos Estados Unidos”. A implementação e operação da usina, conforme divulgado, não implicarão em custos adicionais para a construção do Estádio, a cargo da Odebrecht Infraestrutura. Dentre as vantagens do sistema estão: ser uma fonte de energia renovável e evitar perdas na transmissão, já que a energia é produzida e consumida no mesmo local. A projeção é que ela chegue a suprir 20% do consumo de energia do estádio. O projeto, aprovado pela Aneel, envolve diversas linhas de pesquisa com geração de energia solar. Para Fernando Chein, diretor de geração da Odebrecht Energia, “o projeto Arena Pernambuco contribui para o desenvolvimento da energia solar no país, uma fonte de energia que tem um grande potencial para o alinhamento da sustentabilidade na matriz energética brasileira”, considera. Isto sem contar os benefícios ambientais, uma vez que é um recurso renovável e não poluente, com baixo custo de manutenção. Esta é uma fonte abundante em quase todo o território nacional e permite a distribuição de energia elétrica, o que reduz os custos globais de energia e gera créditos no mercado de carbono. Alvenaria de vedação com blocos de concreto De acordo com a Odebrecht Infraestrutura, construtora responsável pela Arena Pernambuco, para cumprir as metas e os prazos de construção, foi utilizada alvenaria de vedação com blocos de concreto, uma novidade. Assim, as paredes

“Presente em mais uma Arena, a Projelmec se reafirma como empresa de qualidade. Mais do que conforto e segurança oferecemos desempenho e tecnologia” Arena Pernambuco

www.projelmec.com.br

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divisórias de grande parte do Estádio, as arquibancadas, a lanchonete e a sala de imprensa foram construídas com a referida tecnologia. Segundo a engenheira da equipe de Projetos da Odebrecht, Carol Gomes, o menor custo da implantação e o melhor acabamento oferecido pelos blocos de concreto foram fatores determinantes para sua escolha. “Como boa parte das áreas técnicas na Arena terá os blocos de alvenaria aparente, o bloco de concreto aparece como uma solução mais agradável de leitura pela homogeneidade gerada pela sua superfície lisa e de panos maiores”, afirmou. Para o gerente da ABCP NNE, Eduardo Moraes, a escolha da alvenaria de vedação com blocos de concreto na construção da Arena Pernambuco aumenta a visibilidade do sistema no Nordeste. “Essa tecnologia traz muitas vantagens para as obras e, felizmente, a cultura do bloco de concreto está sendo bem assimilada na região. Há cerca de cinco anos praticamente não se utilizava o sistema, mas, hoje, ele é visto em todas as obras de grande porte. Nas residências, já estamos atingindo o índice de 40% das construções com alvenaria de vedação”, esclareceu. Quanto à segurança do local, a Arena é equipada com 271 câmeras, sendo 34 em alta definição. A evacuação do público pode ser feita em até oito minutos e, em caso de necessidade, existem nove áreas de primeiros socorros, um posto médico e cinco ambulâncias. Também está prevista a utilização de orientadores em todos os setores, para fazer com que os espectadores consigam achar seus lugares marcados no estádio. Durante as partidas e eventos, dois telões de LED em alta resolução, cada um com 77 metros quadrados, servem para transmitir informações audiovisuais ao público.

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Legado Para que todo esse investimento não seja única e exclusivamente destinado ao futebol, a Arena Pernambuco foi concebida na perspectiva multiuso, ou seja, anualmente 70 datas serão reservadas à modalidade e as demais a outros eventos esportivos, além de shows, feiras e convenções. A geração de empregos, inclusive, foi citada pela presidente Dilma Rousseff durante o programa “Café com a Presidenta”, exibido no dia 27 de maio. Na oportunidade, ela falou sobre os seis estádios da Copa das Confederações Fifa 2013 já inaugurados, em que destacou a capacidade do País para construir arenas modernas e nos padrões exigidos pelos grandes eventos esportivos. Cidade da Copa O terreno no qual foi construído o Estádio de Pernambuco também abrigará a chamada “Cidade da Copa”, que ficará a cerca de um quilômetro do Terminal Integrado de Passageiros (TIP) da cidade. Ela abrigará um complexo residencial com 4,5 mil unidades, um shopping center, dezenas de torres de escritórios, um campus universitário, um ginásio com capacidade para 10 mil pessoas, hotéis, supermercados e centros de lazer, construídos através de uma parceria público-privada. A Cidade da Copa será instalada no município de São Lourenço da Mata e ocupará uma área de 270 hectares, cujos investimentos chegam a R$ 1,4 bilhão ao longo de 20 anos. Desse montante, R$ 1 bilhão vem do governo Federal, R$ 283 milhões são de recursos locais e R$ 40,3 milhões são financiados pela iniciativa privada. Os dados constam do 3º Balanço da Copa, divulgado no final de maio, durante uma reunião em Brasília, que con-


Especial Copa do Mundo tou com a participação dos ministros do Esporte, do Planejamento, da Secretaria de Aviação Civil e da Secretaria dos Portos, e de representantes das 12 cidades-sede do Mundial da Fifa no Brasil. O próximo balanço deverá ser apresentado no mês de outubro. O início da construção dos arredores da Arena Pernambuco está previsto para após a Copa do Mundo e movimentará a economia do Estado, com a geração de 10 mil empregos diretos entre 2014 e 2024, segundo estimativas do Governo do Estado de Pernambuco. Já na segunda fase do projeto (2025 a 2034), outros oito mil trabalhadores devem ser contratados. Com todo o complexo em funcionamento, as vagas de trabalho permanente girarão em torno de 14 mil empregos nas diversas atividades da Cidade da Copa. O local também contará com o Centro de Comando e Controle Integrado (CCCI), que abrigará atividades de planejamento de segurança, comunicação, controle de viaturas e videomonitoramento. Além disso, haverá serviços de emergência da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), do Corpo de Bombeiros, da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e da empresa de meteorologia Climatempo. O projeto prevê, ainda, um conjunto residencial com nove mil imóveis, um centro comercial, hotéis e o Hospital Metropolitano Oeste Pelópidas Silveira. O empreendimento terá todo o suporte de uma cidade, para receber turistas e novos moradores, investimentos privados em infraestrutura, como aeroporto e porto, e mobilidade urbana. A cessão do terreno e as demais obras são de responsabilidade do Governo do Estado. O uso de espaços às margens do rio Capibaribe estão previstos para lazer e mais da metade do terreno será re-

servada a espaços abertos, com proteção da vegetação. O local contará com faixas exclusivas para ciclistas e pedestres que terão preferência na mobilidade O secretário executivo da Supervisão Técnica da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014, em Pernambuco (Secopa-PE), Silvio Bompastor, que participou da divulgação do balanço, destacou a importância da divulgação dos referidos dados. “Além de ser um momento de integração de todas as Secopas das 12 cidades-sede, esse encontro serve para divulgar o andamento geral de todas as obras do Brasil para a Copa de 2014, ajudando a verificar se as obras estão cumprindo o cronograma previsto. O balanço feito pelo Governo Federal foi bastante positivo e estamos muito bem avaliados pelo Ministério dos Esportes”, ressaltou. Obras complementares Além das obras já citadas, outras complementares estão sendo executadas, como a de mobilidade urbana, no Corredor Caxangá (Leste-Oeste - PE), que começou em dezembro de 2011, cuja conclusão deve acontecer até fevereiro de 2014. Com 12 km de extensão e sistema de corredores rápidos de ônibus (BRT), o trem ligará as zonas leste e oeste do Recife, com capacidade para transportar 126 mil passageiros por dia. A via fará o transporte de passageiros do bairro Derby, próximo ao centro da cidade, até o Terminal Integrado de Camaragibe, totalizando 12,5 km de extensão e 22 estações. Outro investimento importante é o sistema de corredores rápidos de ônibus (BRT Norte/Sul), cujo percurso terá 33,2 km e interligará 33 estações a quatro terminais. Além disso, serão construídos dois viadutos nos Bultrins e um

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Especial Copa do Mundo elevado em Ouro Preto. As obras permitirão a ligação entre os municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda à capital do Pernambuco. O custo é de R$ 180,9 milhões, com contrato público (Governo de Pernambuco), cujas obras estão sob a responsabilidade da construtora Emsa-Aterpa. A previsão é de que elas estejam concluídas até setembro de 2013. Ouvidoria das Cidades-Sede da Copa 2014 Para debater o papel das ouvidorias estaduais e municipais das 12 cidades nos megaeventos esportivos que vão receber os jogos da Copa do Mundo Fifa 2014, além de apresentar os projetos para atuação das mesmas, a Ouvidoria do Estado realizou o 1º Encontro de Ouvidorias das Cidades-Sede da Copa de 2014, em Salvador (BA), no último dia 6 de junho. Ele foi organizado pela Ouvidoria Geral do Estado da Bahia e pela Ouvidoria Geral do Município de Salvador. No encontro foram debatidos os seguintes assuntos: “Os Megaeventos Esportivos no Brasil e a Ouvidoria no Esporte Brasileiro: Os Direitos do Cidadão Torcedor”, além de “A Importância da Ouvidoria para os Megaeventos Esportivos no Brasil: Impactos Sociais e Mecanismos de Redução da Violação dos Direitos Fundamentais”. Em seguida, cada cidade-sede apresentou plano de trabalho para as Copas das Confederações e do Mundo FIFA 2014. HVAC-R As áreas climatizadas na Arena de Pernambuco foram os ambientes internos do estádio, como lounges e restaurantes, vestiários e sanitários, além de camarotes e áreas Vip’s para os membros do Clube Arena Prime.

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Para climatizar a Arena, foram utilizados três chillers, de grande capacidade e 90 equipamentos do modelo Fan Coil todos da marca Carrier. A operação integrada entre os chillers e os Fan Coils trouxe ao estádio uma capacidade de refrigeração estimada em 910 TR. Apenas para se ter uma ideia dessa potência, cada TR corresponde à energia térmica necessária para derreter uma tonelada de gelo em 24 horas. No caso da Arena Pernambuco, a eficiência desse sistema seria equivalente a 910 aparelhos domésticos de ar-condicionado com capacidade de 12.000 BTU/h A Carrier ofereceu os equipamentos de climatização para a Artemp, empresa instaladora de sistemas de ar-condicionado no estádio, situada na região Nordeste. Como peculiaridade nesta Arena, a empresa fabricante considera o projeto de HVAC, potente e integrado, capaz de garantir conforto em diferentes temperaturas e bilheterias. O projeto atende aos padrões internacionais de economia e sustentabilidade para empreendimentos esportivos. “Mais do que uma sede para a Copa do Mundo, a Arena Pernambuco representa um marco de modernidade na arquitetura da capital pernambucana. E para nós, da Carrier, contribuir com a edificação desse projeto reforça a participação da marca na linha de frente de tecnologias sustentáveis, preservando as matrizes energéticas da melhor forma”, divulga a Carrier. Também presente, no sistema de HVAC, a Powermatic foi a empresa responsável pelas dependências da Arena Multiuso Pernambuco, pelo fornecimento de dutos TDC, que segundo Dilson Carrera, pela sua alta tecnologia, garantem economia de energia e maior agilidade no momento de instalação, sendo ideais para esse segmento. A empresa declara-se orgulhosa por participar da construção da Cidade da Copa, considerado mais um marco no desenvolvimento do País. “A economia está mais forte e por consequência a população tem acesso a direitos que antes eram de difícil possibilidade. Com a construção desse empreendimento o Município de São Lourenço da Mata irá se desenvolver rapidamente trazendo inúmeros benefícios para a sociedade e a comunidade local”. A Projelmec forneceu aproximadamente 100 equipamentos para ventilação e exaustão para diversos setores do Estádio. Entre os modelos fornecidos estão os do tipo Limit Load e Sirocco. Segundo o diretor comercial da empresa, Paulo Roberto Peluso Baldissera, “Poder participar das obras de renovação dos Estádios que serão sede dos Jogos para a Copa do Mundo de 2014, sem dúvida é um grande privilégio. Próximo de completar 40 anos de existência, a Projelmec reforça o compromisso de fornecer equipamentos de qualidade, que acompanham as tendências e evoluções tecnológicas apresentadas por nossos clientes e parceiros”, finaliza.


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