Revista hvacr 03

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REVISTA

HVAC-R

Publicação

Edição 03 | Novembro 2014

em

foco

AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO + EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE

QAI Ambientes Hospitalares SUSTENTABILIDADE O lado das empresas SUSTENTABILIDADE Desafios e vantagens

Artigo: Ruído no Sistema de Ventilação




Índice 05 EXPEDIENTE / EDITORIAL “A Qualidade do Ar Interior (QAI) surgiu como ciência a partir da década de 70 com a consequente construção dos edifícios selados (desprovidos de ventilação natural), principalmente nos países desenvolvidos”

06 ECONOMIA Setembro registra ingressos de US$ 4,2 bi em IED

10 EDUCAÇÃO Economia, mas também qualidade de vida, apontam especialistas

12 ENTREVISTA Entrevista com o presidente da Abradee, Nelson Pereira Leite

“Os níveis de pressão sonora (isto é, os níveis de ruído por banda de frequência em que ocorrem) dos ambientes habitados são estabelecidos por normas, é o que se denomina de padrão de conforto acústico.”

16 HVACR EM FOCO 18 CAPA A QAI em Hospitais

30 ARTIGO Ruídos na Ventilação

“É trabalho! É luta! É desafio! Mas como reclamar dos problemas não vai adiantar e tampouco trazer soluções, é necessário que o profissional moderno tenha muita disposição e uma “ força de leão” para enfrentar os obstáculos com muita disciplina, ousadia e muita, mas muita vontade de vencer.”

32 GESTÃO DO RH Antecedendo as Mudanças

32 GIRO DA ENGENHARIA Requalificar o centro das cidades brasileiras: um sonho impossível?

36 SUSTENTABILIDADE 38 AGENDE-SE

“HVAC-R é uma sigla para as palavras em inglês “heating, ventilation, air conditioning and refrigeration“, referindo-se às quatro funções principais “aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração”, intimamente relacionadas à tecnologia destinada ao conforto ambiental interior em edifícios, veículos, processos industriais e ambientes controlados. Esta tecnologia passa a ser referida na forma escrita pelas siglas HVACR, HVAC/R, HVAC-R ou HVAC&R ou as correspondentes em português, que são menos empregadas: AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R.”

■■ 4 - Revista HVAC-R em Foco


EDITORIAL EXPEDIENTE Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética e Sustentabilidade Publicação Di Rienzo Comunicação & Eventos Jornalista Responsável Cristiane Di Rienzo cristiane@dirienzocomunicacao.com.br

Diagramação André Morganti www.morganti.com.br

Informação e Inovação, onde você precisa A preocupação com a qualidade do ar de interiores (QAI) surgiu principalmente com a tendência em se construírem edifícios selados por motivos estéticos, controle de ruído e mesmo climatização, o que acabou provocando um aumento nos casos de problemas relacionados à qualidade do ar de tais ambientes. O interesse por estudos sobre a QAI surgiu após a

Impressão: Gráfica Leograf

descoberta de que a diminuição das taxas de troca de ar nesses ambientes era

Comercial 55 11 3542-0203 / 07

a grande responsável pelo aumento da concentração de poluentes biológicos

Administrativo Daniela Silva

das pessoas passa a maior parte do seu tempo dentro desses edifícios e,

daniela@dirienzocomunicacao.com.br

e não biológicos. Essa preocupação se justifica uma vez que grande parte consequentemente, exposta aos seus poluentes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabilizou a contribuição de uma variedade de fatores de riscos a doenças e determinou que a poluição do ar de interiores é o oitavo mais importante fator de risco, responsável por 2,7% dos casos de doenças no

Di Rienzo Comunicação & Eventos Rua Maestro Cardim, 377 cj15 Bela Vista - 01323-000 São Paulo –SP

mundo. No caso específico de uma unidade de saúde, a qualidade do ar pode exercer uma influência direta e significativa na velocidade de recuperação dos pacientes e na ocorrência de infecções hospitalares. Essa e outras questões

Tel: 55 11 3542-0202 / 03/ 07

são discutidas na reportagem de capa desta edição: “A QAI no Complexo

Empresa Associada a Asbrav

Mundo Hospitalar”. Nela, profissionais renomados e especialistas da área explicam de maneira simples, mas com muita propriedade sobre a QAI neste ambientes. Além dela, a Revista HVACR em Foco traz um interessante artigo do

Jornalista Responsável associada a Ashrae

engenheiro Cláudio Tambellini que chama atenção para os ruídos em Sistemas de Ventilação. No mais, Economia, Educação, Sustentabilidade e muito mais para colocar você caro leitor, não só por dentro dos Assuntos do setor de

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação sem autorização prévia. As opiniões e conceitos emitidos pelos entrevistados ou em artigos assinados não são de responsabilidade da Revista HVACR em Foco e não expressam, necessariamente, a opinião da diretorias da Di Rienzo Comunicação & Eventos.

HVACR, mas também, dentro dos assuntos de interesse e que são notícia !

Boa Leitura!


Economia

Setembro registra ingressos de US$ 4,2 bi em IED •

• •

Entre janeiro e setembro de 2014, os ingressos de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil registraram US$ 46,2 bilhões, um volume 5,6% maior que o acumulado no mesmo período do ano passado. No fluxo mensal, o mês de setembro (US$ 4,2 bi) está entre os três menores ingressos do ano; Na comparação interanual, o setor de primários mostrou uma redução sensível na atratividade de recursos, devido principalmente ao fraco desempenho da atividade de extração de petróleo e gás natural (-66,6%). O setor de serviços continua a registrar o movimento mais significante no período, ao captar 48,2% mais recursos do que nos nove primeiros meses de 2013; As aplicações líquidas de investimento brasileiro direto (IBD) no exterior registraram uma retração de US$ 556,9 milhões no ano; Em setembro, o Grupo Abril vendeu sua participação na companhia Elemídia, fornecedora de conteúdo para monitores, por um valor estimado em R$ 100 milhões. A transação envolveu a transferência da totalidade do capital da Elemídia para o grupo de private equity Victoria Capital;

■■ 6 - Revista HVAC-R em Foco


Investimento Estrangeiro Direto Líquido (US$ Milhões) Investimentos Estrangeiros Diretos - Total Participação no capital Empréstimos Intercompanhia

jan-set/13 jan-set/14 Variação 43.747 46.215 5,6% ▲ 30.248 34.356 13,6% ▲ 13.499

11.859

-12,1% ▼

Evolução do Investimento Estrangeiro Direto Líquido (US$ Bilhões) 9,0

8,3

8,0 7,0

6,8

6,5

6,0

5,4

5,1

4,8

5,0

6,0

5,0

5,2

4,1

4,0

5,9 4,2

3,9

set/14

ago/14

jul/14

jun/14

mai/14

abr/14

mar/14

fev/14

jan/14

dez/13

nov/13

set/13

2,0

out/13

3,0

Entrada Bruta de Investimento Estrangeiro Direto por Setor (US$ Milhões) Setores

jan-set/13

Part.

jan-set/14

Part.

Variação

Total Primários

5.539,6

100%

3.345,1

100%

-39,6% ▼

Total Indústria

11.076,8

100%

11.671,6

100%

Total Serviços

17.453,0

100%

25.865,8

100%

Total

34.263,3

Extração de minerais metálicos Extração de petróleo e gás natural Atividades de apoio à extração de minerais Agricultura, pecuária e serviços relacionados Veículos automotores, reboques e carrocerias Metalurgia Produtos químicos Produtos alimentícios Equip. de informática, prod. eletrônicos e ópticos Coque, derivados de petróleo e biocombustíveis Telecomunicações Serviços financeiros e atividades auxiliares Comércio, exceto veículos Eletricidade, gás e outras utilidades Transporte Atividades imobiliárias

608,6 3.720,5 542,8 559,2 1.302,0 1.311,9 1.646,3 1.255,1 1.086,4 565,1

296,0 1.858,6 4.536,0 1.402,6 2.044,2 1.210,8

11,0% 67,2% 9,8% 10,1% 11,8% 11,8% 14,9% 11,3% 9,8% 5,1% 1,7% 10,6% 26,0% 8,0% 11,7% 6,9%

1.298,7 1.244,2 443,7 193,1 1.931,8 1.845,8 1.568,7 1.011,8 833,2 597,6

4.881,9 4.184,2 3.656,7 2.173,5 1.316,8 1.290,6

41.032,1

38,8% 37,2% 13,3% 5,8% 16,6% 15,8% 13,4% 8,7% 7,1% 5,1% 18,9% 16,2% 14,1% 8,4% 5,1% 5,0%

113,4% ▲ -66,6% ▼ -18,3% ▼ -65,5% ▼

5,4% ▲

48,4% ▲ 40,7% ▲ -4,7% ▼ -19,4% ▼ -23,3% ▼ 5,7% ▲

48,2% ▲

*** 125,1% ▲ -19,4% ▼ 55,0% ▲ -35,6% ▼ 6,6% ▲

19,8% ▲

***Variação maior que 1000%

Fonte: Banco Central do Brasil

2


Economia Entrada Bruta de Investimento Estrangeiro Direto por País Janeiro a Setembro de 2013

Janeiro a Setembro de 2014

Estados Unidos US$ 6,4 Bi 19% Países Baixos US$ 6,1 Bi 18%

Outros US$ 14 Bi 41%

Estados Unidos US$ 6,3 Bi 15%

Luxemburgo US$ 3,3 Bi 10%

Japão US$ 2,0 Bi 6%

Países Baixos US$ 6,3 Bi 15%

Outros US$ 16,0 Bi 39%

Espanha Japão US$ 3,0 Bi 7%

Chile US$ 2,5 Bi 7%

Luxemburgo US$ 4,7 Bi 11%

US$ 4,8 Bi 12%

Transações de Empresas Estrangeiras no Brasil em Setembro de 2014 Fusões (F); Aquisições (A); Joint Venture (J); Privatização (P) Comprador Empresa País Estados Unidos

Vendedor Empresa

Comunicação

Elemídia

A

100%

42,5

Completo

Telecomunicações

Quattro

A

N/D

97,5

Completo

Seguros

Austral

A

N/D

34,0

Completo

Victoria Capital

Multilateral Multilateral

International Finance Corporation International Finance Corporation

Detalhes da Transação

Setor

Tipo Part. US$ Mi

Status

Fonte: Banco Central do Brasil e Thomson Reuters

Saída Bruta de Investimento Brasileiro Direto por País Janeiro a Setembro de 2013 Estados Unidos US$ 2,3 Bi 15%

Bahamas US$ 1,7 Bi 11%

Janeiro a Setembro de 2014 Áustria US$ 1,4 Bi 9% Ilhas Virg. Britânicas

Ilhas Cayman US$ 6,3 Bi 32%

Portugal US$ 4,3 Bi 21%

Outros US$ 6,3 Bi 39%

US$ 2,1 Bi 11% Luxemburgo US$ 1,8 Bi 9%

US$ 1,3 Bi 8% Ilhas Cayman US$ 3,1 Bi 19%

Estados Unidos

Outros US$ 3,8 Bi 19%

Áustria US$ 1,8 Bi 9%

3

■■ 8 - Revista HVAC-R em Foco

Fonte: Banco Central do Brasil e Thomson Reuters


Investimento Brasileiro Direto Líquido (US$ Milhões) jan-set/13 jan-set/14 -2.660,4 -556,9 Participação no capital 14.034,9 18.189,7

Variação 79,1% ▲

Investimentos Brasileiros Diretos - Total

Empréstimos Intercompanhias -16.695,3

29,6% ▲

-18.746,6

-12,3% ▼

Evolução do Investimento Brasileiro Direto Líquido (US$ Bilhões) 3,0 2,0

2,6

2,1

1,6

1,17

1,0

0,1

0,0

-0,2

-1,0

-0,5

-0,2

-0,6

-0,5

-0,7

-2,0

-1,90 set/14

ago/14

jul/14

jun/14

mai/14

abr/14

mar/14

fev/14

jan/14

dez/13

out/13

set/13

nov/13

-2,4

-3,0

Saída Bruta de Investimento Brasileiro Direto por Setor (US$ Milhões) Setores Total Primários

jan-set/13 1.624,6

Part. 100%

jan-set/14 1.362,4

Part. 100%

Variação -16,1% ▼

Total Indústria

3.816,5

100%

2.972,7

100%

-22,1% ▼

Total Serviços

10.622,1

100%

15.487,2

100%

45,8% ▲

Total

16.063,2

Atividades de apoio à extração de minerais Extração de petróleo e gás natural Produção florestal Metalurgia Produtos minerais não-metálicos Coque, derivados de petróleo e biocombustíveis Produtos alimentícios Veículos automotores, reboques e carrocerias Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Serviços financeiros e atividades auxiliares Telecomunicações Serviços financeiros - holdings não-financeiras Comércio, exceto veículos Adm. pública, defesa e seguridade social Atividades imobiliárias

340,9 1.141,8 66,4 430,6 105,5 338,4 218,2 987,3 181,0

2.790,4 290,9 4.661,2 1.193,6 0,0 210,8

21,0% 70,3% 4,1%

11,3% 2,8% 8,9% 5,7% 25,9% 4,7% 26,3% 2,7% 43,9% 11,2% 0,0% 2,0%

1.350,8 8,9 0,0

1.348,1 643,5 271,1 187,1 181,6 66,6

6.617,5 4.463,9 3.567,2 344,3 89,1 62,9

20.082,4

99,1% 0,7% 0,0% 45,3% 21,6% 9,1% 6,3% 6,1% 2,2% 42,7% 28,8% 23,0% 2,2% 0,6% 0,4%

296,3% ▲ -99,2% ▼ -100,0% ▼ 213,1% ▲ 509,9% ▲ -19,9% ▼ -14,2% ▼ -81,6% ▼ -63,2% ▼ 137,2% ▲ *** -23,5% ▼ -71,2% ▼ *** -70,2% ▼

25,0% ▲

***Variação maior que 1000%

Fonte: Banco Central do Brasil

4


Educação

Senai-SP promove visitas monitoradas para a comunidade dias 16 e 17 de outubro Com programação voltada à educação profissional, inovação e tecnologia industrial, Senai Casa Aberta receberá a comunidade em 45 unidades em todo o estado

Q

uarenta e cinco unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) em todo o estado abrem suas portas para a comunidade, dias 16 e 17 de outubro, das 9 às 20 horas. As visitas monitoradas têm o objetivo de divulgar as opções de capacitação profissional para estudantes de escolas públicas e particulares, e também apresentar às indústrias os serviços técnicos e tecnológicos oferecidos pela entidade. Denominada Senai Casa Aberta, a ação terá palestras gratuitas, exposições e visitas monitoras pelas oficinas e pelos laboratórios de tecnologia das unidades participantes. Nos dois dias, o visitante poderá esclarecer dúvidas sobre educação profissional e obter informações detalhadas sobre a programação prática e teórica dos cursos ministrados. Durante a visita, instrutores e monitores do Senai-SP apresentarão os cursos oferecidos, inclusive os gratuitos, a estrutura laboratorial instalada, dados sobre o mercado de trabalho, perfil dos profissionais requisitados e os segmentos industriais atendidos. Tradição Desde o final da década de 1990, o Senai-SP cultiva a prática de abrir as portas para a comunidade. Inicialmente conhecido como open house, o evento era realizado de forma independente pelas escolas, que agendavam as datas de visitas. A partir de 2009, a entidade começou a promover a ação de forma simultânea em todo o estado, sob o nome Senai de Braços Abertos. Atualmente intitulado Senai Casa Aberta, a edição 2014 apresentará a empresários, trabalhadores e estudantes os programas de inovação tecnológica e o modelo de ensino profissionalizante desenvolvido pela entidade no estado.

■■ 10 - Revista HVAC-R em Foco

Os cursos do Senai-SP são planejados para atender às reais necessidades do mercado de trabalho no setor industrial. Pesquisas de empregabilidade realizadas com ex-alunos dos cursos técnicos apontam que, após um ano de conclusão de curso, 84% dos entrevistados estavam empregados na área da formação profissional escolhida. A programação de cada unidade que participa do Senai Casa Aberta pode ser consultada nos sites das escolas.

Unidades participantes: Capital e Grande São Paulo Escola Senai “Roberto Simonsen”..............................................Brás Escola Senai “Humberto Reis Costa”........................... Vila Alpina Escola Senai “Horácio Augusto da Silveira”...........Barra Funda Escola Senai “Mariano Ferraz”.............................. Vila Leopoldina Escola Senai “Francisco Matarazzo”............................Brás (Têxtil) Escola Senai “Oscar R. Alves”..................Ipiranga (Refrigeração) Escola Senai Anchieta......................................................Vila Mariana Escola Senai “Ary Torres”............................................. Santo Amaro Escola Senai “Conde José Vicente Azevedo”................Ipiranga (Automobilística) Escola Senai “Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle”...... Santo Amaro Escola Senai Mario Amato....................São Bernardo do Campo Escola Senai “Nami Jafet”.....................................Mogi das Cruzes Escola Senai “A. Jacob Lafer”...................................... Santo André Escola Senai “Nadir Dias de Figueiredo”...........................Osasco Escola Senai “Al. Tamandaré”.............São Bernardo do Campo Escola Senai “Armando de Arr. Pereira”... São Caetano do Sul Escola Senai “Manuel Garcia Filho”..................................Diadema Escola Senai Prof. Vicente Amato.........................................Jandira



Entrevista

Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee Nelson Fonseca Leite se dedica há mais de três décadas ao setor de energia elétrica. Com passagens por Furnas, Cemig e Eletrobrás, o engenheiro, hoje, é presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) e lidera a entidade em um momento difícil, em que as distribuidoras vêm “assumindo uma série de riscos, mesmo não estando preparadas para tais”, ele define. Na entrevista aos jornalistas Matheus Medeiros e Juliana de Moraes do SindiEnergia Comunica – site, Leite fala sobre sua trajetória, as maiores dificuldades e o futuro do setor, enfatizando que, no panorama atual, as distribuidoras precisam “ter mais eficiência, buscando ganhos de produtividade, reduzindo e enquadrando as despesas nos custos regulatórios”.

■■ 12 - Revista HVAC-R em Foco

SindiEnergia Comunica - Conte-nos um pouco sobre sua trajetória no setor de energia elétrica e os eventos que o levaram a liderar a Abradee, que representa as distribuidoras de energia no País? Nelson Fonseca Leite (NFL): Eu estou no setor há 33 anos. Sou formado em Engenharia Elétrica na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e trabalhei em Furnas, na usina de Angra, por quatro anos. Depois disso, fui para a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), empresa em que trabalhei por 26 anos, e nesse tempo passei por várias áreas, tanto da Transmissão, quanto da Distribuição. Na sequência, fui para Eletrobrás como diretor de Assuntos Regulatórios das Distribuidoras, que atuam nos estados de Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Nessa época, eu fazia parte do Conselho Diretor da Abradee. Em 2010, o Conselho da Associação resolveu mudar a sede do Rio de Janeiro (RJ) para Brasília (DF) e todos os empregados e diretores da época pediram demissão porque não aceitaram ser transferidos. Com isso, a Abradee contratou um head hunter, que buscava selecionar um novo presidente para atuar na capital do País e nesse processo eu fui selecionado, entre quatro nomes que foram levados pela empresa ao Conselho.


Mais uma vez, inovação tem um único dono.

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Entrevista Nesta nova etapa da entidade, nosso primeiro passo foi contratar uma consultoria, com o objetivo de fazer um planejamento estratégico e definir o nosso posicionamento para enfrentar os desafios, principalmente, nas questões regulatórias e nas relações institucionais das distribuidoras, assim conseguindo montar uma estrutura organizacional da Associação na nova sede. SindiEnergia Comunica – Como o senhor avalia as maiores dificuldades para o alcance de objetivos em nome da cadeia de distribuição no País? E como o senhor vê o futuro da distribuição, tendo em vista as atuais perspectivas de baixa dos reservatórios e crescente participação das térmicas na matriz do Brasil? NFL: Os maiores desafios são as mudanças de regras no setor e a situação atual que vivemos, com as distribuidoras assumindo uma série de riscos, mesmo não estando preparadas para tais. Isso nos atrapalha, principalmente, na questão de ter um planejamento em longo prazo e focar no que é estratégico para o setor. Essa situação implica em aumento de custos das distribuidoras, que é, ou deveria ser, repassado ao consumidor. O problema é que esse repasse só ocorre nas revisões tarifárias, que acontecem quase um ano depois da contração de despesas pelas distribuidoras. Nesse cenário, as distribuidoras não estão dando conta de se relacionar com aumento de gastos proveniente da perspectiva de baixa dos reservatórios e, consequentemente, com a compra de energia gerada pelas térmicas. O grande desafio dos últimos dois anos foi esse, segurar os custos até os próximos reajustes tarifários. E, nós temos uma linha de atuação junto ao governo para tentar buscar soluções ao problema financeiro atual vivido pelas distribuidoras. SindiEnergia Comunica - Qual a avaliação da Abradee quanto à evolução da eficiência do setor após o terceiro ciclo de revisão tarifária e como essas revisões têm impactado a política de RH das empresas? NFL: O terceiro ciclo de revisão tarifária tirou recursos do setor, de maneira que a parcela das distribuidoras no valor total pago pelos consumidores caiu de 24% para 18%. Então tivemos uma redução muito grande. Isso faz com que as empresas tenham o desafio de procurar ter mais eficiência, buscando ganhos de produtividade por meio da redução e enquadramento das despesas nos custos regulatórios. SindiEnergia Comunica - Qual a visão da Abradee quanto às constantes alterações regulatórias e seus impactos sobre o desenvolvimento do setor, em especial depois da MP 579?

■■ 14 - Revista HVAC-R em Foco

NFL: Essas mudanças aumentaram o risco regulatório e, por consequência, alteraram o custo médio do capital, sem terem um aumento na taxa de remuneração dos ativos das empresas. Portanto, essas alterações, que não deveriam ter um grande impacto, tiveram, principalmente, nas contas de energia e no risco hidrológico, que era das geradoras e passou para as distribuidoras. Isso significou um custo adicional grande para estas últimas, que tiveram que pagar por energia extra e ficam no prejuízo até a revisão tarifária seguinte. SindiEnergia Comunica – O senhor acredita que será necessário rever as regras de remuneração para as empresas de distribuição, dada a experiência que estamos vivendo hoje? NFL: A Audiência Pública do quarto ciclo de revisão tarifária nos oferece oportunidades de apresentar alternativas que buscam reverter essa perda de valor que está acontecendo. Aqui na Associação, estamos desenvolvendo uma série de propostas alternativas junto com as associadas para amenizar essa situação atual.

Edição e revisão: Moraes Mahlmeister Comunicação


An

ncio Sigmaterm


HVACR em Foco DuPont em Belém tratará de tendências e da legislação envolvendo fluidos refrigerantes A DuPont promove no próximo dia 11, em Belém, a palestra gratuita “Tecnologias para Substituição de HCFCs, Protocolo de Montreal e a Segurança”. O evento acontece a partir das 19h00, na Escola Senai e será conduzido pelo consultor técnico Amaral Gurgel, do quadro de especialistas da DuPont. A companhia é uma das maiores fabricantes globais de fluidos refrigerantes. Uma das questões mais importantes no cenário do setor de refrigeração no Brasil dos dias de hoje é a substituição dos compostos HCFCs, que degradam a camada de ozônio, determinada pelo Protocolo de Montreal, que estabelece metas para a eliminação de vários HCFCs, como o R-22, um dos compostos refrigerantes mais utilizados do mercado brasileiro. Em Belém, a palestra da DuPont abordará ainda as soluções tecnológicas hoje disponibilizadas ao mercado envolvendo fluidos refrigerantes alternativos aos HCFCs, além de um “passo a passo” aplicado às operações de Retrofit*. O evento na capital paraense é parte de um programa nacional de encontros técnicos sobre fluidos refrigerantes patrocinado pela DuPont. O encontro, diz a empresa, também permitirá aos participantes - profissionais, empresas e estudantes dos mercados de refrigeração

e condicionamento de ar – saber mais dos riscos atrelados à utilização de fluidos refrigerantes sem garantia de origem. O consultor técnico da DuPont, Amaral Gurgel, apresentará dicas e recomendações de especialistas para evitar a compra e a utilização de fluidos refrigerantes adulterados. A palestra é gratuita e para participar é necessário apenas confirmar presença através do telefone 0800 17 17 15 ou pelo site www.fluidosrefrigerantes.com.br. As vagas são limitadas. Data: 11 de Novembro de 2014 Horário: 18h30 Local: Senai - Centro de Desenvolvimento da Amazônia - CEDAM (Travessa Mauriti, nº 3251, Marco)

Rheem adquire fábrica chilena de aquecedores de água, a cem AEm 30 de setembro, a Rheem adquiriu a CEM S.A., uma fábrica chilena de capital aberto que produz e distribui aquecedores de água a gás de passagem, solar e por acumulação. A CEM S.A. é a detentora da marca Splendid, a mais antiga no ramo de aquecimento de água no Chile. Os produtos da marca também são comercializados por toda América do Sul. Com a compra da Splendid, a Rheem pôde ampliar suas soluções competitivas para atender as demandas de consumo na América do Sul. Embora o mercado primário da Splendid seja o Chile, os aquecedores também são comercializados na Colômbia, no Peru e no Brasil e exportados para países como México e Espanha. “A Splendid desfruta de uma reputação excepcional em toda a América do Sul, particularmente no Chile, o que a torna um excelente acréscimo à família Rheem.” afirmou JR Jones, CEO da Rheem. “Temos planos de início imediato para fazer a marca crescer tanto no Chile quanto em outros mercados. A maioria dos mercados internacionais emprega aquecedores de água a gás, o que gera um grande potencial de exportação para a linha mecânica de aquecedores de água da CEM.”

■■ 16 - Revista HVAC-R em Foco

A CEM S.A. estará sob a responsabilidade da Divisão de Aquecimento de Água da Rheem, localizada em Montgomery, Alabama. O portfólio da empresa inclui aquecedores de água a gás, por acumulação, solares e híbridos elétricos para aplicações tanto residenciais quanto comerciais.


Heatcraft do Brasil oferece solução inteligente para CD de alimentos Em meados de 2006, a Heatcraft do Brasil iniciou uma parceria de muito sucesso com a empresa Tecnimet, que se encontra nos arredores de Assunção, no Paraguai. Atuando, principalmente, nos segmentos de Supermercados e refrigeração industrial, com uma experiência de mais de 20 anos, a Tecnimet sempre buscou soluções inteligentes para seus clientes. Uma destas soluções foi empregada em um Centro de Distribuição de alimentos de uma multinacional exigia uma solução diferenciada e econômica . Utilizando uma das mais novas linhas de equipamentos da Heatcraft do Brasil, a Tecnimet realizou a instalação de três sistemas de refrigeração. Cada um montado com duas unidades remotas UCR, um condensador remoto e um evaporador de alto perfil. Os condensadores e evaporadores foram divididos em dois circuitos para receber cada UCR, que foi escolhida para a aplicação devido ao seu tamanho reduzido e a possibilidade de conexão remota com o condensador. O projeto contou também com um quadro elétrico foi desenvolvido para controlar a condensação, evaporação e

o funcionamento dos compressores de cada sistema, isso trouxe benefícios tais como a redução do custo de manutenção e instalação. “Esse modelo é ideal para localidades com temperaturas ambientes elevadas, pois o condensador remoto possibilita que o sistema tenha uma melhor condensação, fazendo com que os compressores trabalhem dentro do seu envelope de operação, sem haver nenhuma limitação de condensador como frequentemente ocorre nas unidades condensadoras. Com isso, é possível aproveitar ao máximo a capacidade de refrigeração dos compressores, com menor consumo de energia”, explica Tiago Ignês, vendedor da Heatcraft responsável pela seleção dos equipamentos. Segundo ele, os benefícios técnicos da solução geram economia. “Dentro das opções disponíveis para este projeto, esta solução foi considerada uma das mais econômicas tanto para a compra dos equipamentos como para os materiais de instalação e consumo energético. O custo benefício oferecido pela Tecnimet foi um fator importante na decisão final do cliente”, explica.

ebm-papst inaugura expansão da fábrica na sede em Mulfingen-Hollenbach Depois de um período de construção de apenas sete meses, a ebm-papst está inaugurando sua nova unidade de produção em Mulfingen-Hollenbach. A fabricante do mercado mundial em motores e ventiladores investiu cerca de 15 milhões de euros no projeto, intensificando sua produção de grandes ventiladores energeticamente eficientes para o mercado europeu. Além dos dez mil metros quadrados de expansão da área de produção, um novo centro de processamento também foi concluído. Rainer Hundsdörfer, Presidente do Conselho Administrativo do Grupo ebm-papst, explica: “Este investimento vai nos ajudar a atender a crescente demanda para os motores e ventiladores silenciosos e eficientes em termos energéticos. A decisão de expandir a instalação na Alemanha sinaliza nosso compromisso local de longo prazo. Esperamos que este compromisso ajude a garantir o apoio político para as medidas de infraestrutura que esta região precisa”. A ebm-papst vê duas razões principais para o aumento da demanda: o aumento de clientes com o desejo de diminuir os custos de energia, e a segunda etapa do regulamento Europeu referente à conservação de energia para os ventiladores (ErP), válido a partir de 2015.

A nova expansão foi planejada e implementada de acordo com a diretriz GreenTech da empresa para garantir a eficiência energética e a conservação de recursos. A forte filosofia GreenTech da ebm-papst foi uma das razões pelas quais a empresa recebeu o Prêmio Alemão de Sustentabilidade em novembro de 2013. A ebm-papst também está planejando a construção de um centro logístico, com investimento previsto de 35 milhões de euros.


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A QAI no c mundo h Por Cristiane Di Rienzo

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complexo hospitalar

A

atenção à saúde representa um quebra-cabeça para todos os países, e os hospitais são os componentes mais importantes e onerosos de qualquer sistema de saúde. Nos países de baixa e média renda os hospitais são o centro desse sistema. Mesmo nos países mais pobres, são eles que constituem o foco primordial da capacitação profissional e a referência para todo o sistema de saúde. Neles, os hospitais formam a base para um bom atendimento. No entanto, em muitos dos países em desenvolvimento estes locais têm sido sistematicamente negligenciados. A gama dos serviços oferecidos pelos hospitais – de tratamentos clínicos de alta tecnologia a cirurgias complexas até serviços básicos de hotelaria – torna a sua administração difícil e onerosa e a sua supervisão e controle extremamente desafiantes. Assegurar o controle sobre essas complexas entidades requer profundidade e amplitude de conhecimentos para compreender todos os componentes de um hospital e integrá-los efetivamente, ao passo que monitorar o desempenho e o uso dos recursos requer informações confiáveis e atualizadas – o que pode ser difícil de se alcançar nos países em desenvolvimento. Desse modo, nos locais em que os hospitais são centrais ao sistema de saúde e uma expressiva parcela dos gastos em saúde se destina a mantê-los, eles podem se tornar “caixas-pretas” dispendiosas, que devoram recursos, mas oferecem um conjunto de produtos pouco homogêneo e difícil de quantificar. No Brasil, os hospitais são o centro do sistema de saúde. Sozinhos, respondem por dois terços dos gastos do setor e boa parte dos serviços produzidos. Neles está empregada a maioria dos médicos, enfermeiras e outros profissionais da área de saúde. As instituições hospitalares lideram a prestação de serviços de saúde e empregam os profissionais de ponta do País. São também centros de treinamento e o principal ambiente de desenvolvimento e adoção de novas tecnologias. Porém, como na maioria dos outros países, o sistema brasileiro é altamente estratificado. Um pequeno número de hospitais são centros de excelência mundial, mas, ainda que o País apresente um sistema universal de saúde,

essas unidades tendem a atender uma minoria. A maioria dos hospitais depende de financiamento público e está abaixo do padrão razoável de qualidade. É a eles que recorre a grande massa de brasileiros que não pode pagar por tratamento médico ou contratar um plano de saúde privado. A maior parte dos brasileiros valoriza os hospitais. Para o bem ou para o mal, a população os considera a primeira opção quando busca atendimento médico. Além disso, a qualidade e o tempo de espera observados em seu atendimento são o parâmetro para julgar todo o sistema de saúde. Para a imprensa, os hospitais são fonte certa de notícias – tanto no caso de inovações médicas e curas milagrosas como quando ocorrem eventos adversos e mortes evitáveis. Em anos recentes, uma onda ininterrupta de notas negativas na imprensa – quase sempre ligadas a casos isolados – levou à impressão geral de que muitos hospitais não são seguros. Complexidade hospitalar “Um hospital é algo muito complexo – nem uma usina atômica é tão complexa quanto um hospital”, afirma o médico e arquiteto Domingos Fiorentini, com ampla experiência em projetos hospitalares. “Já fiz mais de 600, entre novos e retrofit”. Segundo ele, um hospital contempla desde a energia nuclear (medicina nuclear, acelerador de partículas e linear), até ações mais singelas, mais simples como a maternidade, que pode abrigar um parto natural. “Mas cada universo dentro do hospital é muito complexo, transcedendo o conhecimento comum, como, por exemplo entender o conceito da Qualidade do Ar Interior”, avalia. QAI A Qualidade do Ar Interno (QAI) surgiu como ciência a partir da década de 70 com a consequente construção dos edifícios selados (desprovidos de ventilação natural), principalmente nos países desenvolvidos. O interesse por estudos sobre a QAI aumentou após a descoberta de que a diminuição das taxas de troca de ar nesses ambientes era a grande responsável pelo aumento da concentração de poluentes biológicos e não biológicos no ar interno. Em hospitais, a presença destes poluentes cria condições que podem comprometer a recuperação dos pacientes, além de afetar a saúde e produtividade dos funcionários. Assim, estes estabelecimentos necessitam de sistemas de climatização bem projetados, que forneçam taxas de ventilação adequadas para garantir o conforto e bem-estar de seus ocupantes, bem como a assepsia dos ambientes. Em novembro passado, com a missão de disseminar o tema, o Sindratar-SP em conjunto com a Fiesp, promoveu


Capa o Seminário “A Importância do Meio Ambiente Interior para a Saúde”. Durante o evento, os congressistas, profissionais gabaritados, que desfrutam do mais alto nível conceitual neste mercado, discorreram sobre a situação da QAI nos hospitais e constataram – tristemente -, que no Brasil, a maioria destes ambientes apresentam problemas com o sistema de tratamento do ar, que segundo demonstraram não está em conformidade com as necessidades e normas vigentes. Um dos fatores para esta constatação é de que muitos hospitais acabam optando por sistemas individuais, como os modelos do tipo janela ou minisplit. Tal procedimento não é recomendado, pois eles não realizam a filtragem e a renovação adequada do ar, favorecendo a proliferação e transporte de bactérias, vírus e fungos. Segundo o engenheiro de aplicação do Departamento de Soluções para Segmento Hospitalar, da Indústrias Tosi, Alexsandro Gomes Brocco, “o mais importante num ambiente hospitalar, no que diz respeito ao tratamento do ar, é a sua renovação”. Segundo ele, os danos variam de acordo com o processo executado, como por exemplo, um Centro Cirúrgico que necessita de ar tratado e de uma quantidade mínima de renovações por hora, para que os pacientes passem pelas cirurgias sem a preocupação de uma possível contaminação. Ele indaga: “O que aconteceria ao paciente se este mesmo ar fosse captado diretamente da atmosfera exterior, que está carregado de poluição e contaminantes agressivos? Ou, então, que o ar que circulasse por ambientes onde estão pacientes tuberculosos fosse recirculado para outros ambientes através do sistema de dutos? Estão aí os possíveis danos”. Para Domingos Fiorentini, atualmente, as normas sobre estes aparelhos, quanto ao se uso ou não, são muito claras, até porque o setor do ar condicionado viveu uma transformação significativa, contudo “o que me deixa profundamente indignado é que grande parte das soluções em sistemas de ar condicionado é usada de forma desvairada, de forma irracional somente com a missão

de reduzir calor de dentro do ambiente. Ou seja, isso é conforto térmico”. Ele reforça que não há problema algum com o conforto térmico. Pelo contrário. “Mas pela forma inadequada de como esses sistemas são utilizados para este tipo de solução, causando, inclusive, desperdício de energia”, afirma. Fiorentini informa, ainda, que os hospitais possuem, atualmente, uma grande quantidade de ar condicionado, que são instalados por todo o hospital. “Não é que não funcionam, mas com a experiência que tenho digo que hoje no Brasil há poucos hospitais bem servidos no que tange ao sistema de tratamento do ar”. O engenheiro Lúcio Flávio de Magalhães Britto concorda com o Dr. Fiorentini e desabafa: “O meu desejo é de que as pessoas soubessem um pouco mais sobre esse assunto, que por uns é banalizado, por outros é desconhecido, e, ainda, por outros é totalmente desconhecido e o cliente é explorado. Na cadeia do conhecimento, que começa com Pesquisa e Desenvolvimento (PD), o hospital é a parte mais frágil da estrutura. Para mim é muito clara a diferença entre o ar tratado, o ar refrigerado, o ar climatizado e o ar condicionado: o tratamento do ar envolve uma série de parâmetros, como temperatura, umidade,

Instalação de um Sistema de Tratamento do Ar de um hospital de São Paulo.

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nível de ruído, pureza, quantidade de ar novo que entra no ambiente,ou seja, são variáveis que denominam o ar como sendo tratado pelo conceito da norma (RS 09). Mas, também pode ser entendido como o ar condicionado, aquele que aquece e resfria e não renova. Já o ar refrigerado é aquele que só refrigera e não aquece”. Daí seu entendimento de que as pessoas compram gato por lebre e, por exemplo, colocam um aparelho de janela no centro cirúrgico, achando que o ar está tratado, quando, na realidade, ele está apenas refrigerado, pois não controla a pureza, a umidade entre outros parâmetros. Perder para ganhar Um outro fator que aparece quando se utilizam sistemas inadequados, não só comprometendo a qualidade do ar, é a questão energética. “Eu não falo só pela questão de controle de infecção, mas também pelo conforto térmico”, esclarece Domingos Fiorentini. “No entanto, o que mais me irrita nisso tudo é o desperdício de energia”, acrescenta. O médico e arquiteto aponta que 90% dos sistemas utilizados em hospitais são ineficientes, isto é, jogam

energia fora. “Geralmente são hospitais pequenos com poucos recursos e há que se dizer que o sistema de tratamento do ar não é um investimento pequeno”, avalia. Fiorentini revela que, geralmente, quando se constrói um hospital o item ar condicionado é importante, respondendo por cerca de 20 a 40% do orçamento da obra. “Depende do que se vai fazer”. Uma Central de Água Gelada (CAG) custa duas vezes mais do que a instalação de um sistema de expansão direta, porém pode ser mais econômica a médio e longo prazo. Há que se levar em consideração também a condição climática. Nas regiões Sul e Sudeste, por exemplo, há uma condição térmica diferente da do Norte. “Lá é proibido abrir uma janela porque com a altíssima umidade relativa com mais de 90%, quem aguenta? Na Região Norte do País o que existe são hospitais com sistemas climatizados tanto para processo, quanto para conforto. Em São Paulo, onde as condições climáticas são moderadas em relação a Região Norte, o investimento é menor, portanto, a comparação é injusta. A necessidade e os custos com um hospital em Manaus ou Belém, onde a ventilação natural é inexistente, faz com que a condição climática exterior não seja adequada a um ser humano, tendo-se que recorrer a ventilação forçada”, aponta. Fiorentini revela que na construção de um hospital, gasta-se muito dinheiro em outros itens, como por exemplo na hotelaria, e não se investe no tratamento do ar com o pretexto de custo alto ou de economia. “Custar caro não significa que não seja econômico, pois se se investe num sistema especificado, onde não haja problemas nem desperdício de energia, isto não é custar mais, e sim investir adequadamente”, orienta. Ele completa: “Eu me importo com o custo da operação e da manutenção, que é para o resto da vida”. Contudo, a realidade é que inicialmente, investe-se muito pouco em ar condicionado, para depois gastar-se uma fortuna a médio e longo prazo no funcionamento do sistema.

Fonte preservada conforme Federação Nacional de Jornalismo


Capa Um projeto bem executado, além que o projeto tem que focar. Mas, infedo seu bom funcionamento, pode lizmente, quando o projeto passa para promover economias interessantes a execução e para a obra, as pessoas aos hospitais. Um exemplo, citado começam a querer reduzir seus custos. por Fiorentini, está na utilização de Porém, o que deve mandar é a relação chillers, que ao retirar o calor do amcusto x benefício. biente ou da água, aquece a água. Brocco reconhece que justamente Ou seja, tem-se de um lado água gepor isso, o papel do projetista é fundalada e do outro água quente. “Esta mental, pois além de fornecer ao cliente água quente pode ser tamanha que final o conhecimento necessário e as não será preciso mais utilizar nem opções técnicas, o trabalho deste procaldeira nem aquecedor e muito mefissional está baseado na responsabilinos chuveiros elétricos, nos hospidade técnica, “que todos nós, profissiotais. Tudo proveem do chiller. Com a nais envolvidos com o processo, temos Perfil água quente a 40 ou a 50 ºC, podeque ter”, que é fazer com que o cliente Lúcio Flávio de Magalhães Bri-se abastecer um hospital inteiro de final entenda que o equipamento espeto, é engenheiro mecânico, engechuveiros só com o investimento da cífico para determinados processos, são nheiro de segurança do trabalho e água quente do chiller”, informa. fundamentais, primordiais para o bom engenheiro clínico certificado pelo Outros exemplos de economia funcionamento de sua instalação. Além American College of Clinical Engificam por conta da a escolha dos disso, segundo Brocco, “cabe ao projeneering e pela Association for the equipamentos adequados, utilizatista realizar a equalização técnica, tenAdvancement of Medical Instrumendo-os de maneira correta no local do conhecimento dos produtos existentation. Trabalha em ambiente hospiexato. “Isto é importantíssimo. Não tes no mercado para os que de melhor talar desde 1987. Atualmente é dise pode colocar um sistema do tipo qualidade e tecnologia sejam sempre retor de engenharia na MEDICORP split no centro cirúrgico porque não especificados”. Tecnologia Ltda. e da Engenharia tem filtro”, avalia. Por outro lado ele Para Fiorentini, está havendo uma Clínica Ltda, onde atendem diversos lembra que utilizar filtros de alta efigrande distorção do aspecto inteligente clientes tanto no Brasil quanto exteciência, como o Hepa, em todas as de se encarar o problema de ar condirior. Atualmente está envolvido em salas é como usar um canhão para cionado. “Tenho lutado muito para que tarefas relacionadas a diagnóstico matar uma formiga. “É exagerado e os hospitais invistam em projetos e exesituacional de serviços de engenhaexcessivo. Da mesma forma se joga cução de obra, tanto no aspecto conforria em hospitais, com proposição dinheiro fora. Veja quanto desperdíto quanto segurança”. de planos de ação. Também está cio acontece num prédio de hospiComo exemplo, ele cita um caso de envolvido diretamente em atividatal”, adverte o arquiteto. um hospital localizado na Região Norte, des de comissionamento de equiFiorentini prossegue e alerta que onde para reduzir o custo, o proprietápamentos médicos e instalações os investidores deveriam se preorio não climatizou o corredor. A sala de hospitalares. É professor no curso cupar menos com o custo inicial do cirurgia, que fazia divisa com esse amde especialização em engenharia hospital e focar mais na aquisição do biente era condicionada. Com 18 ºC, a de segurança do trabalho da Faculcorreto equipamento responsável sala gelava. A parede divisória entre o dade de Engenharia Industrial, atua pelo sistema de tratamento do ar. A centro cirúrgico e o corredor condensacomo professor convidado na Unilógica deveria ser quanto se vai gava umidade, ou seja, escorria água. Muiversidade Estadual de Londrina no nhar a médio e longo prazo com o ta água mesmo. O proprietário desescurso de especialização em admifuncionamento desse sistema de ar perado, então, ligou para o arquiteto: nistração hospitalar. Atua também condicionado? Quanto se economi“está minando água na parede da sala na Escola Paulista de Direito com o zará de energia? E assim por diante. de cirurgia”. Fiorentini conta: “Lógico. tema Direito Médico e atividades de “As pessoas se iludem e fazem ecoExiste diferencial de temperatura entre engenharia nos hospitais. nomia no projeto, que custa de 2 a um ambiente e outro. Com a alta umi5% do valor total da obra. Vai ecodade relativa no corredor é claro que nomizar na obra e na aquisição de vai haver a condensação. Ou se cria um equipamentos? Eu sempre foco no seguinte: o projeto é isolamento na parede para que a temperatura menor não o mais barato, porém é o mais importante. É o que dá interfira com o corredor, perdendo frio e gastando eneruma visão de médio e longo prazo, que analisa o invesgia, evitando que aquela parede fique gelada e condentimento e o retorno do dinheiro, do capital investido ou, se; ou fecha-se o corredor e instala um equipamento de pelo menos, a potencialização desses recursos. É nisto ar condicionado, criando, dessa forma, um microclima”.

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Capa Este é um exemplo das muitas louFiorentini. Ele prossegue: “Os recurcuras que se faz para ter um custo mesos são escassos para construir e para nor: encarar o sistema de ar condiciocomprar equipamentos. No Brasil, um nado, apenas como um aparelhinho financiamento para uma visão de méque vai deixar o ambiente gelado. Esta dio e longo prazo, praticamente não perda entre paredes, fez com que se existe. Os empreendedores querem perdesse dinheiro e energia para degastar o mínimo na construção, mas pois o dono do hospital ter de reparar se esquecem de que vão pagar mais, a opção inicial. Para Fiorentini, isso por exemplo, em energia. acontece por dois motivos: redução Ele admite que para a cabeça do ineficiente dos custos e falta de co- PERFIL investidor brasileiro, talvez, este camiFormado em Arquitetura e Medicina. nhecimento. nho não tenha lógica. Tanto no modeBrocco, da Indústrias Tosi, concor- Domingos Fiorenti afirma que a soma lo privado quanto no público. “Princida e vai além: mesmo que num primei- de experiências em áreas tão distintas palmente, o público que não dá muita ro momento haja falta de conhecimen- faz com que o arquiteto se diferencie e importância para estas questões, escompreenda com facilidade as expecto por parte dos donos dos hospitais, pecialmente quando termina o perítativas de seus clientes e as transforme as leis, as normas, as portarias e re- em projetos inovadores e funcionais. odo de sua administração. O que ele soluções estão aí. Ou seja, “para que quer é deixar uma obra bonita”, avalia. “Muita gente pensa que eu fiz arquium hospital funcione, ele deveria es- tetura porque me desencantei com a tar amparado nessas condições, pois medicina. Ao contrário. Desde menino Manutenção o que está em jogo é o seu adequado eu era desenhista e aos 14 anos fui O gerenciamento da manutenção hosfuncionamento, que cuida da ciência trabalhar com Jarbas karmman em pro- pitalar garante o bem estar dos pada vida”, define. “Por isso, tinha de jetos para hospitais. Fiquei encantado. cientes. A pessoa que pensa que um haver uma fiscalização antes de sua Resolvi fazer a medicina antes da ar- hospital ou clínica precisa apenas de inauguração, pois estando apto a fun- quitetura para entender este universo”, uma equipe médica eficiente e qualificionar, o impacto tanto para os pacien- conta. Sua formação, inclui: Médico cada está realmente enganada. tes quanto para os próprios hospitais formado pela Faculdade de Medicina Equipes que atuam por trás do trada Pontifícia Universidade Católica de seria positivo”, acrescenta. tamento dos pacientes, como a equipe São Paulo e Arquiteto formado pela FaO engenheiro Lúcio Flávio, atua culdade de Arquitetura e Urbanismo da de manutenção, possuem igual impornuma dessas pontas, que é conheci- Universidade Mackenzie de São Paulo tância ou até superior. Nenhum atendida como comissionamento. “Entro na Docente da disciplina de Arquitetura mento que depende de equipamentos frente do dono do hospital e recebo a Hospitalar da Faculdade de Administra- hospitalares poderia ser executado obra. Pego o projeto executivo e o me- ção Hospitalar do IPH de 1975 a 2007 com qualidade, e em tempo hábil, sem morial e analiso em detalhes. Verifico Diretor Geral da Faculdade de Admi- que a manutenção mantenha o bom a parte do arquiteto, do projetista, do nistração Hospitalar do IPH de 1985 a funcionamento dos mesmos. construtor. Avalio todos os quesitos 2007. Participação em mais de 600 proAo se implantar um sistema de madentro do hospital”, informa. Porém, jetos de estabelecimentos assistenciais nutenção de equipamentos hospitalanem todo hospital faz esse trabalho. de saúde, dentre eles laboratórios, clí- res é necessário considerar a impor“Primeiro, porque não há mão de obra nicas e hospitais. Atualmente é diretor tância do serviço a ser executado e disponível e, segundo, porque não há da Fiorentini Arquitetura de Hospitais. principalmente a forma de gerenciar a uma visão sobre o sentido do comisrealização desse serviço. Não basta a sionamento”, lamenta. Ele cita o prédio novo do Hospital uma equipe de manutenção simplesmente consertar um Samaritano, em São Paulo, com 32 mil m², que tem uma equipamento, é preciso conhecer o nível de importância engenharia forte e sabe muito bem onde focar. “Mas, indo equipamento nos procedimentos clínicos, a que grufelizmente são poucos que tem essa visão”. po ele pertence, estrutura, sobressalentes que podem Há um consenso entre os profissionais que atuam na ser substituídos, entre outras informações. área hospitalar e afirmam que não há uma preocupação Todos esses dados vão auxiliar o técnico na análise por parte dos proprietários quanto ao custo operacional, de falhas, no conhecimento da urgência da realização do no entanto, deveria ser obrigatório o conhecimento no serviço, no estabelecimento de uma rotina de manutenque diz respeito a indicação técnica e o ponto de invesção preventiva e na obtenção do nível de confiabilidade timento, bem como quais tipos de equipamento devem exigido, já que uma manutenção hospitalar inadequada ser utilizados, no entanto a realidade é bem diferente. poderá colocar em risco a vida do paciente. “Hoje nos deparamos com um contingente muito grande Podemos concluir dizendo que a equipe de manutende ignorância por parte de alguns profissionais”, opina ção, organiza a retaguarda da equipe médica garantindo

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O mercado brasileiro ganha uma nova opção de gás refrigerante de primeira linha. Com marca, garantia de origem, qualidade, confiabilidade e segurança. FORANE®, a marca da linha de gases refrigerantes da Arkema. Uma linha completa de produtos inovadores e modernos com opções customizadas para instalações de alta eficiência, que vai ajudar a reduzir a presença de carbono total dos sistemas de refrigeração. A linha de gases refrigerantes FORANE® disponibiliza soluções em longo prazo, dedicadas a novas instalações, incluindo uma série de combinações especificamente desenvolvidas para a conversão de instalações existentes. Com unidades fabris em três continentes (Europa, América e Ásia), a Arkema está totalmente integrada na produção de todos os componentes para as misturas HFC FORANE®.

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a segurança operacional dos equipanais da manutenção fazem o que pomentos, sempre racionalizando custo dem. “Ele está seguindo ordens, que e tempo, sem esquecer o alvo princidepende da autorização da diretoria. pal, o paciente. Muitas vezes ele não tem autonomia “Cada coisa dentro do hospital é para interferir no processo”, reflete. complexa, por isso necessita-se de Para o engenheiro Lúcio Flávio, o profissionais competentes para entenpapel do engenheiro no sistema hosder o que está acontecendo. Senão pitalar é fundamental. Mas, os hospitudo o que foi feito será destruído. A tais por sua vez, não entendem porAlexsandro Brocco, Indústrias Tosi que precisam de engenheiro. “Deveria manutenção não pode ser feita por leigos ou apenas por indivíduos braçais. ser proibido um hospital funcionar sem Ou operários que fazem consertos”, defende Fiorentini. engenheiro. Não deveria existir. Se investe milhões de reEle comenta que a indústria entende que o importante ais num hospital, e não tem um engenheiro em seu quaé vender. Muitas vezes determinado equipamento exige dro? Quem é que vai cuidar dele?”, pergunta. um controle de manutenção, só que não é feito e daí vai Ele explica que atualmente, cada vez mais é o engesucateando. nheiro, o responsável pelo bom funcionamento dos equiNo entanto, o Presidente do Sindratar-SP (Sindicato da pamentos hospitalares. Antigamente, essa função era atriIndústria e Instalação), José Rogelio Medela rebate e diz: buída ao administrador, ao médico ou ao comprador. “Quando a indústria vende um equipamento, ela fornece “Nos hospitais mais avançados é possível constatar instruções de instalação e manutenção para fornecer a a importância da engenharia. Nesses locais há uma hiegarantia aos seus clientes, mantendo sua reputação. Pelo rarquia da função, havendo, em alguns casos diretoria e menos é o que deveria ser”, defende. “Porém, muitos usuaté superintendência de engenharia. A visão é outra, por ários não se preocupam com a adequada manutenção. Por exemplo quanto custa climatizar dez salas cirúrgicas mais este motivo os equipamentos vão sucateando”, completa. os ambientes de apoio? Uma fortuna. E onde o pessoal Alexsandro Brocco, por sua vez, avalia que os profissiopara para conversar? Na porta. Aberta. Se no local se tem


Capa pressões diferentes entre ambienconscientização e não persuasão. “Portes, com isso já mata todo o sistema”, que fiscalizar é um método truculento e diz Lúcio Flávio. ineficiente. Já a informação é mais efiEle acrescenta que se o hospital caz”, garante. já tratar o engenheiro como senO engenheiro Lúcio Flávio recodo de manutenção, já é um avanço. menda que todas as fases da construMas, que se tratasse simplesmente ção e gestão hospitalar sejam eficiencomo engenharia de uma forma glotemente cumpridas. “Da especificação bal, seria um posicionamento muito do projeto arquitetônico, da viabilidade mais adequado do que fechar na mae projetos complementares, como elénutenção. Ou seja, “o posicionamentrica, hidráulica, gás, ar condicionado to de um engenheiro no hospital tem e outros; passando por uma outra emque ser mais amplo, naturalmente, presa projetista que se encarregará de PERFIL ele também tem que vestir a roupa traduzir os desejos arquitetônicos num Dirceu Brás Aparecido Barbano é de manutenção”, defende. conjunto de projetos complementares; formado em ciências farmacêuticas No tocante aos sistemas de tratachegando na fase da construção, exena modalidade Farmácia Industrial, mento do ar, o Ministério da Saúde, cução e, por fim, o comissionamento, e pela Pontifícia Universidade Caatravés da Portaria 3523, estabeledepois um plano adequado de manutólica de Campinas. Em quase 20 ce que todos os sistemas de climatenção, os hospitais certamente podeanos de experiência profissional, foi tização devem estar em condições rão imprimir qualidade em seus processecretário municipal de saúde dos adequadas de limpeza, manutensos”, define. municípios paulistas de Ibaté e São ção, operação e controle, exigindo Carlos. Exerceu docência na PUC – verificações e limpezas periódicas COM A PALAVRA, A ANVISA Campinas, atuou na gestão do SUS nos componentes tais como: banA Revista HVACR em Foco (HF) em São Paulo, e atuou como Coordejas, serpentinas, umidificadores, conversou com exclusividade com o denador Geral do Programa Farmáventiladores, filtros e dutos. presidente da Agência Nacional de Vicia Popular do Brasil, entre outras A mesma Portaria estabelece gilância Sanitária (Anvisa), órgão que experiências. Foi reconduzido ao que os proprietários e/ou prepostem atuação em todos os setores recargo de presidente da Anvisa, em tos, responsáveis pelos sistemas lacionados a produtos e serviços que abril de 2013. de climatização, devem implantar possam afetar a saúde da população e manter um Plano de Manutenção, brasileira. Acompanhe os principais Operação e Controle (PMOC), contendo a descrição das trechos da entrevista com Dirceu Brás Aparecido Baratividades a serem desenvolvidas, a periodicidade das bano (DB). mesmas e as recomendações a serem adotadas em situações de falha dos equipamentos. HF: Como a Anvisa se posiciona referente as constaOs responsáveis técnicos devem ainda garantir a aplitações sobre a má qualidade do ar em ambientes hoscação do Plano de Manutenção por intermédio da execupitalares? ção contínua deste serviço, manter disponível o registro (DB): Primeiro, o País tem uma regra que trata da mada execução dos procedimentos estabelecidos no Plano nutenção da qualidade do ar, através dos equipamentos e divulgar os procedimentos e resultados das atividades e instalações. É uma Resolução da Anvisa - RDC. Ela de manutenção, operação e controle. Portanto, os hospitrata, sobretudo, de definir responsabilidades a quem tais devem ficar atentos às necessidades deste setor na instala e a quem mantém os aparelhos funcionando, inbusca desses objetivos. dependentemente, se é um estabelecimento de saúde ou não. Isso significa que a Anvisa mantém uma preoComo promover a boa QAI? cupação normativa sobre a Qualidade do Ar. Se fosse Além de seguir corretamente as Leis, Normas, Portarias cumprida, essa resolução daria conta de garantir que os e Regulamentações que tratam do assunto, incluindo aí aparelhos não geram ar insatisfatório. Entretanto, num a correta especificação, instalação e manutenção dos hospital não tem área classificada. Aquilo que se faz sistemas, os entrevistados dessa reportagem sugeriram dentro de um hospital como área classificada em terações diferenciadas, que desembocam neste propósito. mos de particulados, se faz em capela de fluxo laminar. Para Alexsandro Brocco seria importante regulamentar e E o paciente que está sujeito a grandes procedimentos, classificar os equipamentos com um selo para ambientes normalmente, o faz embaixo dessas capelas. As salas classificados, como critério e classificação. Já para Docirúrgicas não têm ambientes classificados. Portanto o mingos Fiorentini a saída está na divulgação, que leva a que é necessário é um ar limpo.

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esteve presente

40 Anos


Capa HF: Para alguns profissionais do setor de HVAC, a fiscalização deixa a desejar, para outros ela é ineficaz, portanto, desnecessária. Como a Anvisa avalia e trabalha esta questão? DB: Bem, devo dizer que se existem regras, elas devem ser observadas por quem instala, vende e compra os equipamentos. Essas regras são claras e precisam ser cumpridas. Eu trabalho sempre com uma perspectiva muito tranquila de entender que as normas não existem para serem fiscalizadas, mas, sim, para serem cumpridas. Não é necessário que se tenha sempre alguém fiscalizando para que se faça cumprir a Norma. Depois, é importante dizer que a Anvisa não faz fiscalização em serviços de saúde, quem faz fiscalização em serviços de saúde são as vigilâncias sanitárias dos locais onde as unidades de saúde estão localizadas, que são os estados e municípios. HF: A Anvisa não faz a fiscalização? DB: A verificação do cumprimento de normas, resoluções e outras questões ligadas à saúde, principalmente, da qualidade do ar cabe às vigilâncias sanitárias dos estados e municípios. Mas admito que é uma preocupação importante, pois quando a Anvisa fez a regra e constatou que havia a má qualidade do ar gerado pelos equipamentos não só em hospitais, mas, também em ambientes de trabalho e áreas de convivência desenvolveu normas.

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A regra consegue dar conta de garantir a qualidade do ar para as pessoas respirarem. HF: Há alguns relatos de que os hospitais abrigam sistemas sucateados e totalmente sem condições de garantir a pureza do ar. Como dar conta dessa regra? DB: Se estas normas forem observadas, elas conseguem dar qualidade para esse ar. Precisa ter preocupação sim por parte das unidades de saúde, das empresas, dos equipamentos e das vigilâncias sanitárias dos estados e municípios. Quando um estabelecimento de saúde consegue a licença para o seu funcionamento, as vigilâncias verificam essas questões. Ou deveriam verificar. Precisamos saber se esta é uma ação generalizada ou pontual, para que a Anvisa interaja junto as vigilâncias sanitárias. HF: Segundo relatos são ações generalizadas. DB: O que se tem são anotações em relatório de inspeção sanitária. Se estes ambientes são liberados com situação de precariedade na qualidade do ar é um problema. Tem que ver se é um problema pontual ou de prática. A Anvisa não realiza esse trabalho, ela tem a Norma. O problema é se o hospital recebe um alvará, seja por isso ou por qualquer outra situação que põe em risco as pessoas, temos, então, um problema. Não poderia receber a licença para o seu funcionamento.


HF: Quem fiscaliza e verifica isso? DB: Ou é a Autoridade Sanitária dos municípios ou em alguns caso é a Autoridade dos Estados. HF: As vigilância sanitárias estão sob o guarda-chuva da Anvisa? DB: A vigilância sanitária ocorre nas três esferas da gestão do sistema, a Anvisa coordena o Sistema. Fazemos inspeções quando somos chamados aqui no Brasil e inspeções internacionais. A Federação do Brasil é composta por 27 estados, por isso temos 27 autoridades sanitárias correspondentes. Cada qual é ligada a sua Secretaria Estadual de Saúde. Também, cada município tem sua autoridade sanitária. A Anvisa quando inspeciona é porque é chamada a inspecionar. Todos os estados, onde estão estabelecidos fábricas, hospitais, laboratórios e outros ambientes mais complexos, a autoridade sanitária do estado via de regra faz a inspeção, no entanto, ela pode transferir para a autoridade municipal. O sistema é tripartite, mas os órgãos não são vinculados a Anvisa e sim aos estados e municípios.

HF: Em relação a matéria QAI, o que vem por aí? DB: Há a proposição de revisão dessa norma que trata da qualidade do ar, mas é uma atualização. Ela ficou um pouco antiga e precisa ser revista. Ela não é precária e sim suficiente, portanto será atualizada. A Anvisa ainda não iniciou os trabalhos, que deve entrar com a agenda regulatória para 2014, portanto o processo se inicia no começo do ano que vem.

HF: O PMOC completa 15 anos. O senhor acha que ele conseguiu cumprir o seu objetivo. Dá para fazer um balanço desse tempo? DB: O PMOC Teve impacto. É um bom orientador para quem quiser fazer e seguir um programa correto para a QAI. Mas, independente do PMOC, o que se deve ter é consciência de que o sistema de tratamento do ar e, portanto, sua manutenção, é um componente importante nos hospitais. E que há ferramentas para se cobrar o prestador de serviço. O PMOC orienta e estabelece. Mesmo porque os hospitais são liberados na inspeção? Numa situação calamitosa.

DADOS DO SETOR Serviços de saúde no Brasil cadastrados no MS Municipais 66.954 Estaduais 2.992 Federais 435 Privados 182.287 Total de públicos: 70.381 Total de privados: 182.287 Total geral: 252.668

Hospitais do Brasil Municipais 21% Estaduais 8% Federais 1% Privados 70% Total : 6.875

Leitos hospitalares no Brasil Cirurgia Clinica geral Psiquiatria Pediatria Obstetrícia Outros Total

SUS 76.238 82.887 34.714 47.227 44.088 46.956 351.293

NÃO SUS 42.600 32.051 9.966 11.657 14.040 13.207 154.613

TOTAL 118.838 114.938 44.680 58.884 58.128 60.163 505.906

Fonte: cnes - abril/13


Artigo

Ruído no Sistema de Ventilação Por Por Claudio Tambellini*

C

omo vimos, vários critérios, além do escoamento do ar e fenômenos correlatos, determinam a “qualidade” do sistema de ventilação e devem ser considerados quando se projeta o sistema. Um destes critérios importantes, por exemplo, por interferir na saúde dos usuários dos ambientes ventilados e refrigerados, é o nível de ruído provocado pelo sistema de ventilação (o ar, escoando em um duto, ao passar por “dampers” e grelhas, etc, gera ruído, assim como o ventilador. Estes ruídos se propagam pelos dutos e atinge o ambiente habitado). Os níveis de pressão sonora (isto é, os níveis de ruído por banda de frequência em que ocorrem) dos ambientes habitados são estabelecidos por normas, é o que se denomina de padrão de conforto acústico. O sistema de ventilação tem que atender estas normas de saúde pública. A tabela abaixo, mostra, como exemplo, os valores-limite, por banda de frequência, especificados pela norma uma norma específica, a NC-65.

Freq. (Hz) Norma NC-65 (dB)

63

125

80

75

250 500 71

68

1000 66

2000 4000 8000 64

63

32

No caso da pressão sonora gerada por ventiladores, o fabricante do equipamento deve fornecê-la. Caso não estejam disponíveis, deve-se estabelecer níveis sonoros de referência, aplicáveis a equipamentos similares aos que serão utilizados no sistema de ventilação. Uma referência essencial é, então a American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers – USA. Seus manuais (o ASHRAE Applications, no caso) indicam uma metodologia de cálculo para valores médios de referência da pressão sonora provocada por ventiladores de vários tipos, de acordo com a vazão e a pressão de operação. Como exemplo, a tabela abaixo ilustra os valores dos níveis de pressão sonora, por banda de frequência, obtidos para um ventilador axial do tipo “vane-axial” de 1,80 metros de diâmetro, operando com a vazão de 100 m3/s à pressão total de 32 mmca, calculados usando a metodologia proposta: F (Hz) P(dB)

63 125 250 500 1000 95,3 98,2 94,2 95,2 93,2

2000 4000 8000 90,2 88,2 86,2

Cálculos de acordo com o ASHRAE Applications, 1980 Já os valores da pressão sonora gerada por um ventilador do mesmo tipo, “vane-axial”, de 1,60 metros de diâmetro, operando com a vazão de 22,5 m3/s à pressão total de 30 mmca são: F(Hz) P(dB)

63 125 250 500 1000 90,6 93,6 89,6 90,6 88,6

2000 4000 8000 85,6 83,6 81,6

Cálculos de acordo com o ASHRAE Applications, 1980 Note que em ambos os casos acima mencionados, o ruído provocado pelos ventiladores (o maior, de 1,80 m de diâmetro, ou o menor, de 1,60 m de diâmetro) supera os valores máximos da norma NC-65. Assim, se esta for a norma que deve ser aplicada ao ambiente onde serão instalados estes ventiladores (situação hipotética), será necessário instalar atenuador(es) para atender o nível de conforto acústico. O ruído gerado pelo ventilador propaga-se através do ambiente (e do sistema de ventilação), sendo ainda atenuado pelo escoamento de ar. Chega-se, assim, aos valor de ruído no ambiente habitado para o qual o ventilador insufla ou exaure (note que a ação do ventilador, insuflamento ou exaustão, altera o proce-

■■ 30 - Revista HVAC-R em Foco


dimento de cálculo: se o ventilador exaure, o sentido do escoamento é oposto ao da propagação do ruído; se o ventilador insufla, o escoamento tem o sentido da propagação. Este ruído (ou pressão sonora total) deve ser atenuado até o limite estabelecido pela norma. A tabela abaixo é uma ilustração de um resultado de cálculo da pressão sonora provocada pelo ventilador e pelo escoamento de ar em um sistema de exaustão em ambiente industrial. Os valores finais (linha Result., na tabela), são para um observador à montante do ventilador (isto é, o ventilador está exaurindo para fora do ambiente, e o observador está no interior do ambiente). Entre o ventilador e o ambiente, foi instalado um atenuador de ruído, com enchimento de lã de vidro. O significado de cada linha da tabela é como segue:

* Considera filme de proteção envolvendo completamente o atenuador. Especificações: Montante do Ventilador (observador no ambiente de onde o ventilador exaure) Atenuador de ruído com enchimento de lã de vidro ou similar, com revestimento de filme plástico Espessura do módulo (mm):. . . . . . . 300 Distância entre módulos (mm):. . . . 150 Comprimento do módulo (mm):. . . . 1800 Número de células:. . . . . . . . . . . . . . 12 Largura do conjunto (mm):. . . . . . . . 5400 = (300+150) x 12 Altura do conjunto (mm):. . . . . . . . . . 3400 Velocidade do escoamento (m/s): 8,5 *Claudio Tambellini é engenheiro projetista

i.

Freq.: a frequência central da banda de frequência a que se refere a pressão sonora; ii. Aten.: a atenuação da pressão sonora propiciada pelo atenuador de ruído que é especificado a seguir; iii. At. Filme: a atenuação propiciada pelo filme de plástico que envolve o atenuador (notar que envolver o atenuador com filme plático aumenta sua durabilidade mas prejudica sua função: os valores são negativos); iv. At. Vel. Ar: a atenuação propiciada pelo fluxo de ar (escoa em sentido contrário à propagação do som, mas os valores de atenuação são muito pequenos e foram considerados nulos, aumentando a margem de segurança do cálculo); v. Total: é a atenuação total do atenuador de ruído; vi. Pres. Son. Vent.: é a pressão sonora (intensidade de ruído) gerado pelo ventilador; vii. Result.: é a pressão sonora final depois do atenuador, e viii. Norma: é o valor exigido pela norma (no caso, a NC 65), notar que o ruído de maior frequência, em 4000 Hz e 8000 Hz, supera os valores da norma). Freq. (Hz) 63 125 250 500 Aten. (dB) 10 22 25 28 At. 0 0 0 -1,5 filme*(dB) At. Vel. Ar (dB) Total (dB) 10 22 25 26,5 Pres. Son. Ventil. 90,6 93,6 89,6 90,6 (dB) Result. 80,6 71,6 64,6 64,1 (dB) Norma NC-65 80 75 71 68 (dB)

1000 35

2000 28

4000 20

8000 19

-3

-5

-6

-7

-

-

-

-

32

23

14

12

88,6

85,6

83,6

81,6

56,6

62,6

69,6

69,6

66

64

63

62


Gestão do RH Gestão da Mudança: o desafio de se adaptar ao novo

G

erenciar mudanças é hoje um dos maiores desafios que todos temos de enfrentar. Às vezes, as mudanças que surgem são tão grandes que nos deixam sem norte, desorientados. Fusões, aquisições, mudanças de gestão, estratégicas, sistêmicas, tecnológicas, científicas e comportamentais. Uma avalanche contínua de novas vertentes que dificulta o posicionamento entre o que é e o que deverá ser. E em meio a essas indefinições, muitas vezes não conseguimos identificar o que queremos em convergência com o que, em essência, nos tornamos. As trajetórias profissionais oferecem caminhos tão sinuosos que nos levam a reavaliar repetidas vezes a legitimidade e a viabilidade dos nossos propósitos para chegarmos a um denominador comum. Agora, como mudar se, na maioria das vezes, nem ao menos conseguimos visualizar o que deve ser repaginado? Por isso, muitas vezes, nos sentimos desconfortados, estressados, desestimulados e sem a energia que responde pela determinação que nos mobiliza. Já não é possível identificar o que acontece e, então, é necessário parar e reavaliar nossas configurações pessoais e profissionais. Várias vezes a dificuldade de identificar e lidar com a causa real do desconforto, nos leva a terceirizar o problema e vitimar pessoas ao nosso entorno. Quando não sabemos lidar com as questões em solo próprio, transferimos a responsabilidade e nos tornamos observadores e não mais protagonistas da nossa própria vida. E é aqui que nos distanciamos da posição mestra da primeira pessoa e nos tornamos reféns de tudo o que construímos e permitimos, enquanto próprio projeto de vida. É essencial entender que se uma carreira ou mesmo uma relação termina, em geral, é porque não mais condiz com nossas necessidades e disposições. Quando não mais existem “trocas justas” nas relações de trabalho é porque já cumpriram sua função e devem ser superadas. E nesse processo é preciso ter discernimento para per-

Por Waleska Farias

■■ 32 - Revista HVAC-R em Foco

ceber o ponto de não retorno para, então, darmos a nós mesmos e a outra parte uma saída honrosa onde ambos possam evitar desgastes e evoluir em novas direções. Mudança é um fato inexorável. Ou mudamos ou algo acontece e nos faz mudar. Somos chamados constantemente a nos desapegar do velho e nos liberar para o novo. E entre o velho e o novo é que nos deparamos com o vazio da incompreensão. E é nesse intervalo que nos sentimos sem rumo. Mas quando não resistimos ao novo constatamos que as mudanças muitas vezes oferecem excelentes oportunidades de evolução. É exatamente nesse gap que começamos a definir as nuances da nova jornada. Quando compreendemos o porquê de algo terminar, percebemos que algumas situações não fazem mais sentido, justamente, por não mais representarem o reflexo de quem somos e de quem queremos nos tornar. E assim nos dispomos a criar algo que melhor defina nossa atual expressão. Quando conseguimos vislumbrar o colorido de uma nova vida, os sonhos começam a se reconstruir permitindo-nos aceitar que é o momento de resgatar as rédeas da nossa vida para construir um novo capítulo através de um reinício e uma nova visão de futuro. Se não tivermos certeza de onde ir e se os ventos sopram, mas o futuro ainda está incerto, um modo de nos posicionarmos melhor para usufruir das novas etapas é considerar a orientação de profissionais experientes, os quais ajudem no desenvolvimento dos processos de autopercepção, autogestão e elaboração de estratégias que possibilitem a conquista dos novos objetivos. Assim como mudar é inexorável, aceitar e expandir novas possibilidades faz parte da vida. É o processo de evolução contínua reeditando o curso das nossas histórias. Cabe a nós aceitar e agir ou resistir e se vitimar. Respondemos pela ratificação do nosso presente e construção do nosso futuro. A decisão é e sempre será nossa.


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Giro da Engenharia

Requalificar o centro das cidades brasileiras: um sonho impossível? N ão foi a primeira vez, não será a última. Um amigo, que cresceu e constituiu família em uma metrópole brasileira, desabafou comigo. Jurou que vai fazer as malas para a Europa, não suporta mais sua vida caótica: trânsito, sujeira, falta de respeito, violência... Ele viveu algum tempo em uma capital europeia e lá conseguia ser uma pessoa mais ativa e menos ansiosa. Acha que uma nova rotina fará bem à sua saúde, mas não acredita que a cidade em que vive possa também “mudar de ares”. Será? Em uma palestra recente, o renomado arquiteto polonês Daniel Libeskind, responsável pelo projeto de reconstrução da área onde caíram as antigas torres do World Trade Center, em Nova York, comparou as cidades em que trabalhou a “corpos vivos” com alma e variações de humor. Vendo dessa maneira, não há dúvidas de que os grandes municípios brasileiros estão doentes, abatidos e resignados a uma condição que não lhes é confortável. A boa notícia é que algo, lentamente, está mudando, mesmo que com um gigantesco atraso.

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Cidades mal planejadas não são uma exclusividade brasileira. Londres, Roma e Chicago, por exemplo, conviveram com períodos de crescimento populacional desenfreado que se refletiram na ocupação desorganizada e a consequente degradação de áreas urbanas importantes, sobretudo nos centros históricos. O crescimento econômico gerou decadência social, à medida que foram subtraídas áreas verdes, opções de lazer e espaços para pedestres. Morar em bairros valorizados, a princípio uma opção de comodidade para se aproximar de serviços e empregos, ao longo do tempo se transformava em um castigo. Foram necessárias décadas de intervenções para que esses lugares ganhassem nova vida. Projetos do poder público e da iniciativa privada provaram que é possível revitalizar metrópoles seguindo alguns preceitos fundamentais: reconhecer os problemas urbanos, valorizar o espaço público, negociar contratos imobiliários e pensar a longo prazo. Todas missões igualmente difíceis, mas não impossíveis.


Pode parecer um discurso romântico, porém, acredite, é técnico e sensato. Conhecemos casos bem-sucedidos do tipo no Brasil, como a revitalização do Vale do Anhangabaú, em São Paulo, e a construção do Corredor Central, no Rio de Janeiro. Realizados na década de 80, ambos os projetos tiveram êxito em requalificar áreas decadentes de suas regiões, com soluções urbanísticas que restauraram prédios históricos e criaram áreas simbólicas para a população, utilizadas até hoje em grandes eventos públicos, como a Virada Cultural paulistana. Em alguns momentos podemos questionar o estado de conservação atual dessas obras, mas é notório que elas são “oásis” de convívio em meio a entornos problemáticos. Os benefícios de um espaço reabilitado são permanentes e é com grande entusiasmo que observamos projetos do tipo se espalhando pelo Brasil. Exemplos não faltam: no Rio de Janeiro, as obras para os Jogos Olímpicos buscam inspiração na experiência de Barcelona-1992 para revitalizar a zona portuária. Em São Paulo, o plano diretor recentemente aprovado prioriza a diminuição da densidade habitacional, com a urgência de se amenizar os sérios problemas de mobilidade. Projetos como a construção do Parque Temático de Entretenimento Educacional Cidade da Criança, em Fortaleza, preveem recuperação das áreas públicas existentes, com proposição de novas áreas verdes. Também merecem destaque as propostas de requalificação da orla do Guaíba e do Cais Mauá, em Porto Alegre, que buscam incentivar o convívio entre os moradores e aproximá-los da natureza. Essas são apenas algumas iniciativas interessantes, dentre várias em execução pelo país. A tendência é que duvidemos da nossa capacidade de promover modificações desse porte, é até natural, conhecemos tantas histórias de obras que nunca saíram do papel... Isso é o que diria o meu amigo, que deve mesmo partir sem ver nenhuma mudança acontecer. Mas aos que ficarem por aqui, vale acreditar: com o interesse de todos, nossas cidades podem sim ganhar nova cara e autoestima – e isso se refletirá em moradores também mais saudáveis e felizes. Leonardo Fontenele, arquiteto, presidente da IMAGIC!

Engenheiros obtêm vitória no Senado

O

s engenheiros conquistaram uma importante vitória, no último dia 05, em Brasília, pela valorização da categoria. Em reunião ordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), do Senado, finalmente foi apreciado o Projeto de Lei 13/2013, que acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, caracterizando como essenciais e exclusivas de Estado as atividades exercidas por Engenheiros, Arquitetos e Engenheiros-Agrônomos ocupantes de cargo efetivo no serviço público federal, estadual e municipal. A matéria foi aprovada por oitos votos a seis e segue, agora, para a sanção da Presidência da República. O vice-presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Carlos Abraham, acompanhou toda a votação, juntamente com o diretor do SEESP, Celso Atienza. Reportagem do jornal da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em 2013, mostrava que a medida, de autoria do deputado José Chaves (PTB-PE), foi aprovada em 7 de agosto daquele ano pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, e representava não apenas assegurar condições de carreira e remuneração adequada aos que atuam no serviço público, mas também para garantir à sociedade o trabalho desses profissionais, essencial ao desenvolvimento e ao bem-estar da população. No dia 15 de julho de 2013, inclusive, os dirigentes da FNE estiveram com a senadora Ana Amélia (PP/RS), relatora do projeto na CAS. O tema foi também objeto de correspondência enviada em 12 de agosto à presidente Dilma Rousseff, na qual a entidade destacava a importância de se valorizar os engenheiros brasileiros. “É preciso dar esse passo fundamental para a organização do Estado e da mão de obra imprescindível ao seu funcionamento”, disse o presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro. A introdução da carreira de Estado para engenheiros é uma forma de dotar as administrações públicas dos profissionais necessários ao desempenho de suas atividades, seguindo exemplos como o da China, cuja expansão econômica vem sendo marcante, que mantém no setor público grande contingente desses profissionais. O deputado José Chaves, que é engenheiro civil, acredita que a matéria deverá atrair a atenção do gestor público para a necessidade de contratar mais profissionais e estruturar melhor as áreas técnicas. “Assim, teremos condições adequadas de fazer mais estudos e projetos, em quantidade e melhor qualidade”, afirmou na matéria da FNE. Passando ao status de carreiras típicas de Estado, explicou o parlamentar, os profissionais, se forem servidores públicos estáveis, têm direito a garantias especiais contra a perda dos seus cargos. “Atualmente, diplomatas e servidores de carreiras jurídicas, de auditoria e de gestão governamental, entre outras, têm esse benefício.” Fonte: Imprensa SEESP


Sustentabilidade

Sustentabilidade, desafios e vantagens

E

mpresas são organismos vivos, que precisam crescer, evoluir e explorar seu potencial para cumprir sua missão. Ao longo do tempo as empresas enfrentam os mais diversos desafios, seja simplesmente para sobreviver ou para crescer e ocupar seu lugar no mercado. O primeiro grande desafio para uma microempresa é tornar-se um empreendimento formal, com todos os documentos e licenças necessários para sua operação. Em seguida vem sua capacidade de atender seus clientes e se colocar no mercado de maneira competitiva. Isso exige criatividade, inovação, capacidade empreendedora e uma equipe motivada. Mas o século 21 trouxe um novo desafio e uma nova vantagem competitiva para as empresas, a sustentabilidade, uma palavra grande, de muitos significados, mas que não deve meter medo em ninguém. A primeira vez que se ouviu falar em sustentabilidade foi em 1986, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) fez uma encomenda a um grupo de cientistas e especialistas, liderados pela médica Gro Brundtland, que havia sido primeira ministra da Noruega. O objetivo era entender como as atividades humanas estavam impactando a vida na Terra. Esse estudo resultou em um livro chamado “Nosso Futuro Comum” onde, pela primeira vez, tivemos uma definição bastante aceita do que seja a sustentabilidade:

“É preciso que a economia humana seja capaz de suprir as necessidades das gerações presentes, sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades” Gro Brundtland Foi a primeira vez que um estudo patrocinado pela ONU concluiu que os recursos naturais do planeta Terra são limitados e devem ser explorados tendo em vista a existência de gerações futuras e não apenas a satisfação de necessidades do presente. A partir desse conceito, Jonh Elkington, um empresário norte-americano, fundador de uma ONG chamada Sustainability, criou uma nova maneira de se entender a sustentabilidade nos negócios: “É preciso que os negócios sejam feitos ­levando-se em conta o equilíbrio entre os fatores ambientais, sociais e econômicos e os resultados das empresas precisam refletir esse equilíbrio” Jonh Elkington A esse novo conceito de sustentabilidade empresarial foi dado o nome de “Triple Bottom Line”, que é representado em português pelo tripé da sustentabilidade, onde o ambiental, o social e o econômico devem estar em equilíbrio no resultado das empresas. Sustentabilidade nos Negócios Os conceitos de sustentabilidade são muito interessantes, mas o desafio das empresas é saber como incorporá-los ao dia a dia dos negócios. Durante muito tempo se acreditou que “sustentabilidade custa caro”, ou que “sustentabilidade é para grandes empresas”. Mas essas são ideias ultrapassadas e devem ser abandonadas o mais rápido possível, sob o risco das microempresas perderem competitividade frente a concorrentes que venham preparados para atender às demandas dos mercados por uma produção mais limpa e socialmente justa. Há diversos ganhos em trabalhar dentro de princípios de sustentabilidade, basta compreender onde esses conceitos se encaixam dentro do seu negócio. Pode haver ganhos na economia de matérias-primas, de energia, nos processos de produção ou no descarte adequado de resíduos, esses seriam ganhos ambientais diretos. Em questões sociais os ganhos podem estar na relação ética com seus consumidores e fornecedores, em participar de forma cidadã nas comunidades que são impactadas por seu negócio, seja a sua rua, bairro ou cidade, em utilizar sua publicidade não apenas para vender seus produtos

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e serviços, mas também para reforçar boas práticas e cidadania. No aspecto econômico, compreender que sua empresa não é apenas uma máquina de ganhar dinheiro, mas também uma organização que é parte da qualidade de vida de seus gestores, das famílias envolvidas e das comunidades as quais atende. Jonh Elkington, aquele que criou o conceito de equilíbrio ambiental, social e econômico para a sustentabilidade, também formulou um pensamento muito interessante sobre o objetivo das empresas: “O lucro não deve ser o principal objetivo de uma empresa. O lucro é apenas uma parte essencial para que a empresa busque sempre cumprir a sua missão. Essa missão deve ser o objetivo principal da empresa” Jonh Elkington Benefícios A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações. Sustentabilidade Empresarial Como já se sabe, a definição de Sustentabilidade empresarial está no conjunto de ações que uma empresa toma, visando o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Logo, para que uma empresa seja considerada sustentável ambientalmente e socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem seu crescimento econômico (sem isso ela não sobrevive) sem agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade. Importância da sustentabilidade empresarial Além de respeitar o meio ambiente, a sustentabilidade empresarial tem a capacidade de mudar de forma positiva a imagem de uma empresa junto aos consumidores. Com o aumento dos problemas ambientais gerados pelo crescimento desordenado nas últimas décadas, os consumidores ficaram mais conscientes da importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais os consumidores vão buscar produtos e serviços de empresas sustentáveis. Vale apena ressaltar que, sustentabilidade empresarial não são atitudes superficiais que visem o marketing, aproveitando a chamada “onda ambiental”. As práticas adotadas por uma empresa devem apresentar resultados práticos e significativos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.

VOCÊ SABIA? A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou um Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). É uma importante ferramenta de análise e comparação das empresas que mantém ações na Bolsa de Valores, visando esclarecer os investidores sobre como estas corporações estão adotando práticas de desenvolvimento sustentável. Vantagens das práticas empresariais sustentáveis • Melhoria da imagem da empresa junto aos consumidores e comunidade em geral. • Economia, com redução dos custos de produção. Isto é obtido, por exemplo, através da reciclagem, reutilização da água, reaproveitamento de sobras de matéria-prima e medidas de economia de energia elétrica. • Melhoria nas condições ambientais do planeta. Afinal de contas, os empresários possuem filhos e netos que viverão num mundo futuro melhor ou pior, dependendo do que for feito na atualidade. • Satisfação dos funcionários e colaboradores. Em função da consciência ambiental, muitas pessoas tem satisfação em trabalhar em empresas sustentáveis. • Valorização das ações em bolsas de valores. Cada vez mais, investidores tem procurado dar mais atenção para a compra de ações de empresas sustentáveis socialmente e ambientalmente. AÇÕES RELACIONADAS A SUSTENTABILIDADE • Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário; • Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica; • Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos; • Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento; • Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar; • Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo; • Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia; • Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.


Agende-se MBA em Gerenciamento de Projetos na FGV Data: 26/01/2015 a 31/01/2017 Onde: IBE - FGV - Escola de Negócios / Campus Campinas: Rua José Paulino, 1369 - Centro - Campinas/SP Descrição: Gerenciamento de Projetos: Prazo, Orçamento, Recursos Certos com o mínimo Risco. A seleção será realizada por análise de Ficha de Inscrição e Curriculum Vitae. Haverá uma entrevista final que apontará a classificação para a turma. Contato: info@ibe.edu.br | www.ibe.edu.br/mba/gerenciamento-de-projetos/ | (19) 3739-6420. MBA do Setor Elétrico Data: 10/01/2015 a 31/01/2017 Onde: IBE - FGV - Escola de Negócios / Campus Campinas: Rua José Paulino, 1369 - Centro - Campinas/SP Descrição: Aulas quinzenais aos sábados. Destina-se a profissionais que exerçam funções para as quais é indispensável visão gerencial do setor de Energia Elétrica. Gestores e Administradores do setor elétrico que percebam a importância do aprofundamento do conhecimento da Gestão da área de Energia no seu desenvolvimento profissional com no mínimo 03 anos de experiência profissional relevante. Contato: info@ibe.edu.br | http://www.ibe.edu.br/mba/mba-setor-eletrico/ | (19) 3739-6420. Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutenção - ABNT Data: 15/12/2014 a 17/12/2014 Onde: Av. Paulista, 726 - 10º andar - Bela Vista - São Paulo/SP Descrição: A ABNT fornece o “Sistema de aterramento, projeto, construção medições e manutenção”, de 22 horas, das 8h30 às 17h30. O curso é dirigido para engenheiros, técnicos e demais profissionais ligados à estudos, projetos, construção e manutenção de Sistemas de Aterramento. Contato: cursos@abnt.org.b | www.abntcatalogo.com.br/curs.aspx?ID=14 | (11) 2344-1722 MBA em Gestão do Ambiente e Sustentabilidade Data: 13/12/2014 a 31/12/2016 Onde: IBE - FGV - Escola de Negócios / Campus Campinas: Rua José Paulino, 1369 - Centro - Campinas/SP Descrição: Aulas quinzenais aos sábados. Para profissionais do setor empresarial, consultoria e de organizações da sociedade civil; Formuladores de políticas públicas com formação universitária que atuam ou pretendam atuar na área ambiental ou desejem incorporar a visão da sustentabilidade à sua atuação profissional. Contato: info@ibe.edu.br | www.ibe.edu.br/mba/ambiente-e-sustentabilidade/ (19) 3739-6420.

■■ 38 - Revista HVAC-R em Foco

Pós-Graduação em Engenharia do Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP Data: 03/12/2014 a 09/01/2015 Onde: Edifício de Engenharia de Minas e de Petróleo: Av. Prof. Mello Moraes, nº 2373, 1o andar, Cidade Universitária - Campus Armando de Salles Oliveira – São Paulo/SP Descrição: O PECE-Poli (Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica) está com inscrições abertas para os seus cursos de Pós-Graduação e MBA para as turmas do 1º semestre de 2015, com aulas a partir de fevereiro de 2015. A instituição tem cursos presenciais e a distância. Contato: atendimento@pecepoli. com.br | www.pecepoli.com.br/PT/ (11) 2998-0000/0054

Inscrições para Especialização e MBA em 2015 Data: 15/10/2014 a 31/12/2014 Onde: Escola Politécnica da USP: Edifício de Engenharia de Minas e de Petróleo - Av. Prof. Mello Moraes, nº 2373, 1o. andar – Cidade Universitária - Campus Armando de Salles Oliveira – São Paulo-SP Descrição: A Escola Politécnica da USP está com as inscrições abertas para os cursos de Especialização e MBA em Engenharia para 2015. São 14 cursos presenciais em diversas áreas e um curso à distância (EAD) de Engenharia de Segurança do Trabalho. Contato: | www.pecepoli.com.br/ PT/Cursos_Presenciais.aspx | (11) 2998-0000 Fax: (11)2998-0054


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■■ 40 - Revista HVAC-R em Foco


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