Edição 14 | Janeiro / Fevereiro | Ano 3
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
em
foco
SISTEMA DE DUTOS
A importância da limpeza e higienização
ECONOMIA Resultados de 2013 e Perspectivas para 2014
EDUCAÇÃO Competência e Capacitação no Corpo docente Senai
No Foco Comemorando 15 anos, a Linter destaca-se Masstin, 35 anos: continuidade com ocomo futuro uma importante empresa na área de filtros
ÍNDICE Subsetores da Indústria: Extrativa Mineral foi o destaque negativo, Transformação cresceu pouco
Sistema de Dutos: “ A Revista Sindratar em Foco, compromissada com o setor contra argumenta e defende: ‘Qualquer objeto que não passe por um processo periódico de manutenção, incluindo-se limpeza, pode causar dano à saúde de seus usuários. Indo além, até mesmo o ser humano desprovido de higiene pode contrair sérias doenças, então por que condenar apenas o Ar Condicionado?” Energia: “As decisões, tomadas nos anos 50, de orientar o programa de eletrificação no sentido da construção de grandes centrais hidrelétricas e da integração dos sistemas, e de explorar nosso potencial de petróleo e nosso mercado de derivados através de um monopólio do Estado, permitiram garantir a base energética do processo de desenvolvimento através da adequada expansão da oferta de energia e da redução de seus custos”. Educação Esta é uma exigência Senai. E para que isso seja possível, há um trâmite percorrido pela Instituição, quando se busca um novo profissional, iniciando-se pela publicação de um edital com as características exigidas dele. Dependendo do cargo, deve ser ou não graduado em Engenharia, Tecnologia ou simplesmente possuir curso técnico da área.
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06 ECONOMIA Resultados de 2013 e Perspectivas para 2014
Fonte: IBGE
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12 HVAC-R EM PAUTA 16 NO FOCO 18 Masstin, atuação para garantir os próximos 40 anos
22 CAPA: SISTEMA DE DUTOS Por que apenas o Ar condicionado tem que ser o vilão?
28 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Síndrome da Visão do Computador, você conhece?
32 GIRO DA ENGENHARIA Conheça os mega números de São Paulo, que completou 460 anos
38 ENERGIA As Fontes Renováveis de Energia no Brasil
42 VISÃO PRÁTICA 44 JURÍDICO Nova Lei Anticorrupção
46 POR DENTRO Sesi-SP homenageia o radialista Salomão Ésper
48 EDUCAÇÃO Oscar Rodrigues Alves, corpo docente de primeira
54 GESTÃO DO RH Como seus talentos se encontram com as necessidades do mundo?
56 JURÍDICO II e-Social, o que esperar?
58 AGENDE-SE
EDITORIAL
EXPEDIENTE Revista Sindratar em Foco
Órgão Oficial do Sindratar-SP (Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Estado de São Paulo). Jornalista Responsável e Textos: Cristiane Di Rienzo - DR Comunicação Diagramação: André Morganti www.morganti.com.br Impressão: Gráfica Leograf Conselho Editorial: Francisco Falcão Lopes José Rogelio Miguel Medela Jovelino Antônio Vanzin Nelson Ávila Oswaldo de Siqueira Bueno Sede: Avenida Rio Branco, nº 1.492 Campos Elíseos - São Paulo (SP). Escritório Administrativo: Avenida Paulista, nº 1.313 - 7º andar, cj. 705 Cerqueira César - Cep: 01311-923 São Paulo (SP). Site: www.sindratarsp.com.br Telefones: 55 11 3221-5777/4634. sindratarsp@sindratarsp.com.br Diretoria Sindratar-SP (Gestão 2011 | 2015) Presidente: José Rogelio Miguel Medela Vice-Presidente: Jovelino Antônio Vanzin Secretário: Luiz Carlos Petry 1º Tesoureiro: Jorge E. Monteiro de Mello 2º Tesoureiro: Francisco Falcão Lopes Diretor: Nelson Ávila Diretor: Milton Carlos Andriolli Diretor: Oswaldo de Siqueira Bueno Diretor: Juliana de Araújo Pereira Diretor: Júlio Cesar Vettorazzo Elias Conselho Fiscal Titulares: Adalberto Fernando Zanizzelo, Daniel Abdala e Marcelo José Medela Suplentes: Paulo Roberto Peluso Baldissera, Luciana E. D. Neuenhaus, Dilson C. Carreira Delegados Representantes junto á Fiesp: Titulares: José Rogelio Miguel Medela Jovelino Antônio Vanzin Suplentes: Milton Carlos Andriolli Francisco Falcão Lopes Conselho Consultivo Estratégico Antonio Gonzalez Rios, Carlos Eduardo Trombini, Fuede Abdala, José Sidnei Anaya, Paulo Américo dos Reis, Marcelo Vale e William Ribeiro. Presidente Emérito Paulo Skaf Equipe Sindratar-SP Janaína Senra Luiz Carlos Volpon DR Comunicação Simone Brito Maria Germano (Comercial) maria@dirienzocomunicacao.com.br É expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação sem autorização prévia As opiniões e conceitos emitidos pelos entrevistados ou em artigos assinados não são de responsabilidade da Revista Sindratar em Foco e não expressam, necessariamente, a opinião da diretorias do Sindratar-SP.
Contato com a redação: comunicacao@sindratarsp.com.br Telefone / Fax: 55 11 3221-5777/4634.
2014, O ANO QUE PROMETE MUITAS EMOÇÕES Em 2008, o Brasil se apresentou ao mundo como a sexta economia, país emergente de ponta, pretendente a membro da OPEP e candidato à realizar a Copa do Mundo de 2014. De verdade, só ficou com a última opção. Está arcando, com isso, com uns poucos bônus e muitos ônus. 2014 é um ano par e, como sempre acontece, em todo ano par temos dois grandes eventos: um voltado para o esporte e outro para a política. No Brasil temos eleições a cada dois anos, no mundo temos Copa Mundial de Futebol e Olimpíadas a cada quatro anos, o que faz com que todo ano par seja dividido entre Eleições e Copa do Mundo ou Eleições e Olimpíadas. No tangente ao desempenho da economia brasileira, registre-se que ela voltou a decepcionar em 2013, com o PIB registrando expansão em torno de 2,2%. Com isso, o crescimento do nível de atividade nos três anos do Governo Dilma ficou perto de 2,0% a.a., contra 4,0% no governo anterior. A questão que se coloca nesta altura é se em 2014, por ser um ano eleitoral, o País poderá mostrar alguma aceleração no ritmo de crescimento do produto, como, por exemplo, ocorreu em 2010, no último ano do Governo Lula, quando o PIB expandiu 7,5%. É importante destacar que não há como repetir a experiência, até porque as condições econômicas são totalmente diferentes. Naquele ano, o País saía de uma recessão (-0,3% em 2009), a inflação estava próxima da meta (4,3% em 2009) e o déficit do setor público encontrava-se sob controle. Atualmente o País “colhe os frutos” da adoção nos últimos anos de uma política macroeconômica inconsistente que tira qualquer possibilidade da utilização de instrumentos fiscais e monetários para reacelerar o ritmo de crescimento do País. Partindo de um diagnóstico equivocado, o Governo procurou acelerar a demanda da economia (via desonerações tributárias, elevação das despesas de custeio e expansão do crédito via bancos públicos), quando a restrição maior ao desenvolvimento do País encontrava-se no reduzido nível de investimentos. Como é sabido, o excesso de demanda leva a duas consequências imediatas: a) elevação da inflação, a qual não se encontra ainda mais alta devido à política de represamento artificial de preços (os preços administrados pelo governo crescem à razão de 1% a.a., para uma inflação de 5,7% a.a.; b) ampliação do déficit em conta corrente, o qual se aproxima perigosamente dos 4,0% do PIB, e o Governo continua insistindo em “maquiar” os números relativos às exportações, via plataformas de petróleo. A política econômica adotada vem gerando grandes incertezas no meio empresarial, adiando decisões de investimento e ¨travando” qualquer possibilidade mais consistente de retomada do crescimento. Além da inflação e do déficit em conta corrente elevados, as incertezas são exacerbadas pela dinâmica da política fiscal, a qual vem se deteriorando sob vários aspectos: o superávit primário se reduziu (mesmo com receitas extraordinárias), devendo ter atingido 1,5% do PIB em 2013 e caminhando para 1,0% em 2014, quando para estabilizar a relação dívida/PIB teria que ser de, no mínimo, 2,2% do PIB; a dívida pública bruta vem crescendo continuamente, sem perspectiva de redução a curto prazo; e a percepção de agravamento fica enfatizada com a “contabilidade criativa” do Governo. Esta e outras projeções podem ser acompanhadas aqui, nas páginas da Revista Sindratar em Foco. Intitulado, “Atividade Econômica: Resultados 2013 e Perspectivas 2014” e desenvolvido com a seriedade de sempre por profissionais gabaritados do Departamento de Economia da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o estudo torna-se imperdível para quem quer saber mais sobre os rumos da economia nacional. Além dele, o leitor pode conferir também, tudo sobre o e-Social, a nova folha de pagamento digital, que foi tema do primeiro de uma série de cursos e palestras que o Sindratar-SP vem realizando em prol de suas indústrias. O tema tem trazido muita especulação, mas pouco de concreto. Por ora, a única certeza é de que os empresários mais uma vez arcarão com o ônus. No mais, acompanhe os números incríveis dos 460 anos de São Paulo e o artigo sobre Energias Renováveis, entre outras reportagens que, de alguma forma, devem contribuir para uma leitura mais prazerosa. É a Revista Sindratar em Foco trazendo informação e inovação, onde sua empresa precisa! Nossas boas-vindas ao ano de 2014, que traga a todos nós saúde, sorte e sucesso! José Medela Presidente
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ECONOMIA
Atividade Resultados de 2013 Econômica e Perspectivas para 2014 A economia brasileira encerrou 2013 com uma expansão de 2,2% e deve registrar um crescimento ainda menor, de 2%, em 2014, de acordo com projeções da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). Os números foram anunciados em fevereiro, a partir de análises do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) das entidades. “Neste ano novamente vamos ficar para trás, com uma previsão para o mundo próxima de 3% e para o Brasil perto de 2%. Esse crescimento é muito pouco para a realidade do País”, afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp e da Ciesp, referindo-se às projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) de expansão média de 3,6% da economia mundial no próximo ano. Acompanhe!
Fonte: Contas Nacionais – IBGE
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Fonte: Contas Nacionais – IBGE
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Fonte: Contas Nacionais – IBGE
5
Fonte: Contas Nacionais – IBGE
6
ECONOMIA
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física / IBGE:
-Máquinas e Equipamentos: 6,1%
-Alimentos: -0,2%
-Refino de Petróleo e Álcool: 7,3%
-Metalurgia: -2,0%
-Móveis: 2,1%
-Bebidas: -4,1%
-Artefatos de couro e calçados: 6,4% -Caminhões e Ônibus: 30,0%
Fonte: Contas Nacionais – IBGE
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Fonte: PIM-PF / IBGE
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De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física / IBGE:
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-Máquinas e Equipamentos: 6,1%
-Alimentos: -0,2%
-Refino de Petróleo e Álcool: 7,3%
-Metalurgia: -2,0%
-Móveis: 2,1%
-Bebidas: -4,1%
-Artefatos de couro e calçados: 6,4% -Caminhões e Ônibus: 30,0%
Fonte: PIM-PF / IBGE
Fonte: Contas Nacionais – IBGE
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SIUP: 2,9%
Indústria de Transformação: 1,9%
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Construção Civil: 1,9%
Extrativa Mineral: -2,8% Fonte: Contas Nacionais – IBGE
10 Fonte: Contas Nacionais – IBGE
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ECONOMIA
Fonte: Banco Central do Brasil
Fonte: PME/IBGE e BACEN
Elaboração: Depecon/Fiesp
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14
Fonte: Banco Central do Brasil
Elaboração: Depecon/Fiesp
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EFETIVO 2009 2010
2007
2008
PIB Mundo %
4.0
1.2
-2.4
PIB EUA %
1.9
-0.3
PIB Zona do Euro %
2.9
2012
5.1
4.0
3.2
3.0
3.7
-3.5
2.4
1.8
2.2
1.9
2.8
0.2
-4.4
2.0
1.4
-0.6
-0.5
1.0
14.2
9.6
9.2
10.4
9.3
7.8
7.7
7.5
PIB América Latina %
5.7
4.1
-1.6
6.0
4.6
3.0
2.6
3.0
PIB Brasil %
6.1
5.2
-0.3
7.5
2.7
0.9
2.3
2.3
PIB México %
3.2
1.2
-6.0
5.3
3.9
3.9
1.2
3.0
PIB China %
Fonte: FMI
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PREVISÃO 2013 2014
2011
Elaboração: Depecon/Fiesp
16
Estudos, projeções e demais informações economicas disponíveis no site do Sindratar-SP
www.sindratarsp.com.br ACESSE!
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ECONOMIA
Carry-Over da Produção Industrial (PIM-PF) Cenários
Crescimento mensal entre Jan/14 e Dez/14 (T/T-1)
Resultado em 2014
Carry-Over
0.0%
-3.7%
O atual ciclo de aperto monetário já resultou em alta de 3,50 p.p. da taxa Selic
Carry-Over do PIB Cenários
Crescimento trimestral entre o 1TRI14 e 4TRI14 (T/T-1)
Crescimento
Carry-Over
0.0%
0.7%
Fonte: IBGE
em 2014
Elaboração: Depecon/Fiesp
20
Fonte: Banco Central do Brasil
Elaboração: Depecon/Fiesp
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Pesquisa da CNI junto a 684 empresas da indústria de transformação
Fonte: CNI
Fonte: IBGE
Elaboração: Depecon/Fiesp
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Fonte: FGV
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22
Fonte: FGV
Elaboração: Depecon/Fiesp
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9
ECONOMIA
A crise cambial na Argentina é um importante fator de risco para a indústria de transformação, bem como para economia brasileira em 2014; Qual é o impacto da crise econômica argentina sobre a atividade econômica doméstica? Para responder a essa questão, estimamos um modelo explicativo das exportações brasileiras para a Argentina; Esse modelo possui como variáveis explicativas o PIB argentino e a taxa de câmbio Peso/US$; As hipóteses consideradas para o crescimento e para a taxa de câmbio da Argentina foram extraídas de consultorias e bancos que analisam as economias da América Latina; Dois cenários foram considerados.
A produção de caminhões e ônibus contribuiu com 0,56 p.p no crescimento da PIM-IT (1,39%) em 2013 Fonte: IBGE
Elaboração: Depecon/Fiesp
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Mas as perspectivas não são favoráveis para o setor automotivo em 2014:
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Simulações da crise argentina sobre a economia brasileira em 2014
Normalização da alíquota do IPI
Taxa de crescimento das PIB exportações brasileiras para Cenários Argentino (%) Argentina (%) A -3.0 -35.5 B 0.0 -17.6
O maior nível de endividamento das famílias Aumento da taxa de juros do PSI
Exportações brasileiras para Argentina US$ bi -7.0 -3.5
Impacto PIB Transformação Brasil (p.p)
Impacto PIB Brasil (p.p)
-1.28 -0.64
-0.33 -0.17
O exercício assume uma taxa de câmbio 11 Peso/US$ fim de período
Crise econômica na Argentina
Fonte: INDEC e Funcex Fonte: IBGE
Elaboração: Depecon/Fiesp
27
Cerca de 8,0% das exportações totais do Brasil têm como destino a Argentina
A Argentina responde por quase 20% das exportações brasileiras de manufaturados Fonte: SECEX/MDIC
10
Elaboração: Depecon/Fiesp
28
Estimativas: DEPECON/FIESP
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ECONOMIA
Projeções para 2014 Efetivo
INDICADORES
Ótica da Demanda
Ótica da Oferta
Crescimento do PIB (% ) PIB Indústria (% ) Extrativa Mineral (%)
Setor Externo
Projeções Anterior (divulgado em Dez/13) 2.0 31 2.5 4.3
2008 2009 2010 2011 2012 2013 5.2 4.1 3.5
-0.3 -5.6 -3.2
7.5 10.4 13.6
2.7 1.6 3.2
1.0 -0.8 -1.1
2.3 1.3 -2.8
Atual 1.4 1.0 4.6
Transformação (%)
3.0
-8.7
10.1
0.1
-2.4
1.9
2.0
-0.8
Construção Civil (%)
7.9
-0.7
11.6
3.6
1.4
1.9
2.6
1.7
Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (%)
4.5
0.9
8.1
3.8
3.5
2.9
2.3
2.8
PIB Agropecuária (% )
6.3
-3.1
6.3
3.9
-2.1
7.0
4.6
4.2
PIB Serviços (% )
4.9
2.1
5.5
2.7
1.9
2.0
1.6
1.4
Consumo das Famílias (% ) Consumo do Governo (% ) Formação Bruta de Capital Fixo (% ) Exportações de Bens e Serviços (% ) Importações de Bens e Serviços (% )
5.7 3.2 13.6 0.5 15.4
4.4 3.1 -6.7 -9.1 -7.6
6.9 4.2 21.3 11.5 35.8
4.1 1.9 4.7 4.5 9.7
3.2 3.3 -4.0 0.5 0.2
2.3 1.9 6.3 2.5 8.4
2.2 2.8 2.7 3.4 5.9
1.9 2.5 -1.1 5.1 0.3
Exportações (US$ bilhões) Importações (US$ bilhões)
197.9 153.0 201.9 256.0 242.6 242.2 173.0 127.6 181.6 226.2 223.1 239.6
262.9 247.2
247.8 241.5
24.9
15.7
6.3
8.7 3.1 669.3 2.0 1.8 0.5 0.4
2.3 0.8 145.0 -0.7 -1.6 0.1 0.0
Saldo da Balança Comercial (US$ bilhões)
Exportações (% ) Importações (% ) Saldo da Balança Comercial (% ) PIM - IBGE/Produção Física Brasil (% ) INA - FIESP (% ) Emprego Industrial São Paulo - FIESP (% ) Emprego Industrial Brasil - IBGE (% )
20.3
29.8
19.5
23.2 -22.7 32.0 43.4 -26.2 42.3 -37.7 2.0 -20.1 3.1 -7.4 10.5 4.5 -9.3 10.4 -0.3 -4.6 4.7 -1.2 -2.4 -0.4
25.4
26.8 24.6 47.0 0.4 0.7 -0.1 -0.4
-5.3 -0.2 -1.4 7.4 -34.8 -86.9 -2.5 1.2 -4.1 2.1 -2.0 -1.4 -1.4 -1.7
Fonte: IBGE, Fiesp e Secex/MDIC
2.6
Projeção: Depecon/Fiesp
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Balança Comercial por Fator Agregado (US$ bi) 1) Básicos Exportação Importação Saldo 2) Industrializados Exportação Importação Saldo 2.1) Semimanufaturados Exportação Importação Saldo 2.2) Manufaturados Exportação Importação
Saldo
1/
Operações Especiais 3) Total Exportação Importação
Saldo
2012
2013
2013/2012
2014
2014/2013
113,456 29,290 84,166
113,023 33,322 79,701
-0.4% 13.8% -5.3%
116,732 33,493 83,239
3.3% 0.5% 4.4%
123,749 193,827 -70,078
123,616 206,299 -82,683
-0.1% 6.4% 18.0%
125,402 208,046 -82,644
1.4% 0.8% 0.0%
33,042 9,026 24,016
30,526 8,188 22,338
-7.6% -9.3% -7.0%
31,358 8,249 23,109
2.7% 0.7% 3.5%
90,707 184,802
93,090 198,111
2.6% 7.2%
94,044 199,798
1.0% 0.9%
5,372
5,538
242,577 223,117
242,178 239,622 2,556
-94,094 -105,021
19,460
11.6%
-105,753
3.1%
5,658
-0.2% 7.4% -86.9%
247,792 241,539 6,252
0.7% 2.2% 2.3% 0.8% 144.6%
1/ Refere-se a transações especiais, consumo de bordo, e reexportações
Fonte: Secex/MDIC
Projeção: Depecon/Fiesp
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Thermo King fornece novas unidades para BRT’s do Rio A Thermo King, empresa pertencente ao grupo Ingersoll Rand, fabricante de equipamentos para refrigeração no setor de transportes e parceira da Viação Redentor há 40 anos, acaba de fechar contrato para o fornecimento de 76 equipamentos para a empresa que já conta com 166 ônibus da frota de transporte carioca circulando com ar-condicionado da marca. Ao todo são 40 unidades do modelo LRT Street III e 36 do LRT Confort. O recém-lançado LRT Street III foi desenvolvido especialmente para aplicação em modelos articulados de até 23 metros e possui compressor exclusivo em parafuso. Outro diferencial é o uso do fluido refrigerante 407C mais eficiente que o R 134a atualmente em uso no segmento. Já o LRT Confort é um modelo tradicional e largamente aplicado em ônibus urbanos, estruturado com alumínio e que possui o compressor X-430, de fabricação da própria Thermo King. Os equipamentos serão aplicados em modernos ônibus BRT que atenderão o corredor Transcarioca, principal ligação entre o Aeroporto do Galeão a zona oeste do Rio de Janeiro, e aos veículos tipo Padron, disponíveis nas zonas oeste e sul da cidade. A Viação Redentor foi pioneira no Brasil ao instalar sistemas de ar-condicionado em ônibus urbanos, os famosos “frescões”, tornando-se assim um dos principais operadores do Rio de Janeiro.
Nova diretoria na Trox A Trox do Brasil comunica que está inserida em um processo de reorganização e integração entre as unidades da Trox na América Latina, Brasil e Argentina. Dessa forma, Arnaldo Basile Junior, deixa de responder pela superintendência brasileira da filial alemã, onde atuou por três anos e meio. Durante este período de transição, as responsabilidades da direção geral da Trox do Brasil serão assumidas conjuntamente por Roberto Fernandez e Celso Simões Alexandre, respectivamente Vice Presidente e Presidente da Trox Latinamerica.
ebm-papst Brasil Sidnei Ivanof assume filial brasileira Com graduação em Engenharia elétrica / eletrônica pela Universidade Mackenzie, pós-graduação em Economia e Finanças pela USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul e em Administração e Marketing pela ESPM, e MBA em Administração de Empresas pelo ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Sidnei Ivanof assume a Diretoria Geral da ebm-papst Brasil, indústria de origem alemã, atuante no segmento de motores ventiladores, localizada em Cotia (SP). Com 29 anos de experiência profissional em empresas de origem japonesa, americana e alemã, assumindo a Diretoria Geral da Sick Sensors Brazil e Omron Electronics nos últimos 11 anos, Sidnei assume o cargo para continuar a diversificar e expandir os negócios da ebm-papst no país, trazendo sua expertise de liderança em importantes mercados. O grupo ebm-papst, nos seus 50 anos de história, sempre acreditou no potencial do mercado brasileiro e por isso vem investindo há mais de 15 anos na consolidação da operação no Brasil. Nesse período, a dedicação ao desenvolvimento de parcerias e à consolidação do atendimento segmentado por mercados, tem trazido o reconhecimento da ebm-papst Brasil como uma empresa de negócios e soluções por parte de clientes e parceiros. “Estou motivado com o novo desafio proposto pela ebm-papst com o foco na ampliação, consolidação e desenvolvimento da marca em todo território brasileiro. O objetivo principal será de aumentar o econhecimento e market share no mercado de refrigeração, ar condicionado, telecomunicações , além do desenvolvimento de novas aplicações em outros segmentos”, afirma Sidnei. “É uma honra trabalhar numa empresa onde os produtos são reconhecidos no mercado e também onde os valores estão alinhados com aqueles em que eu acredito“, completa.
HVAC-R é uma sigla para as palavras em inglês “heating, ventilation, air conditioning and refrigeration“, referindo-se às quatro funções principais “aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração”, intimamente relacionadas à tecnologia destinada ao conforto ambiental interior em edifícios, veículos, processos industriais e ambientes controlados. Esta tecnologia passa a ser referida na forma escrita pelas siglas HVACR, HVAC/R, HVAC-R ou HVAC&R ou as correspondentes em português, que são menos empregadas: AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R.
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Divulgação
HVAC-R EM PAUTA
HVAC-R EM PAUTA
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HVAC-R EM PAUTA Após completar 50 anos de sua fundação em Mulfingen, Alemanha, em 2013, a ebm-papst comemorou no último 20 de fevereiro, mais uma importante data em sua trajetória: 16 anos de atuação no mercado brasileiro. Considerada atuante no mercado mundial, o que inclui desenvolvimento de tendências em ventiladores e motores, a ebm-papst experimenta um promissor crescimento e se estabelece frente a importantes questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável, como a eficiência energética e a conservação de recursos. As inovações tecnológicas da ebm-papst, sempre com foco na sustentabilidade, principalmente no que se refere a produtos com eficiência energética, resultam em produtos fabricados com a avançada tecnologia Green-Tech EC (eletronicamente comutável). Segundo o diretor Sidinei Ivanof, ”nestes 16 anos a ebm-papst teve um papel muito importante para o mercado de Refrigeração no Brasil, primeiro introduziu o conceito do motor com rotor externo e depois os motores eletrônicos GreenTech EC. Os próximos passos serão focados na ampliação, consolidação e desenvolvimento da marca em todo território brasileiro, para aumentar o reconhecimento e m arket share no mercado de refrigeração, ar condicionado, telecomunicações, além do desenvolvimento de novas aplicações em outros segmentos” avisa Sidnei.
XCOLD COM ATÉ 8 MAXI-VENTILADORES?
ntiladores. Mais capacidade para manter a temperatura dos usto-benefício do mercado. Heatcraft do Brasil e Ecotech juntas A Heatcraft do Brasil, em parceria com a empresa Ecote-
DE DEVIDO MAXI-VENTILADORES. ch,AOS especializada em soluções completas para controle de
umidade em ambientes comerciais e industriais, finalizou um elo site www.heatcraft.com.br importante projeto de refrigeração para uma indústria de alimentos, focada em essências e aromas. Localizada na região metropolitana de Curitiba, a obra tinha características de ambiente agressivo em termos de temperatura e umidade. Assim, ficou a cargo da Heatcraft auxiliar no projeto, fornecendo equipamentos de refrigeração para a situação, como a serpentina evaporadora especial e linha de unidades condensadoras com Microcanal – FRM. Utilizados em um dos equipamentos desenvolvidos pala Ecotech, os equipamentos tem a função de fornecer ar tratado e estável, por meio da filtragem e desumidificação, para a entrada da torre de Spray Dryer da fábrica, dentro da qual há a transformação de fluido atomizado em pó. Parceira da Heatcraft do Brasil há um ano e meio, a Ecotech comemora os resultados do trabalho em conjunto: “A Ecotech preza pelo dinamismo no atendimento; é isso que vendemos como um diferencial para os nossos clientes; e a Heatcraft acompanha esse ritmo”, destaca Jurandir Januario Jr, Diretor de Operações da Ecotech
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Belimo é agraciada com “Prêmio Inovação Expo AHR 2014”, categoria Automação de Edifícios A Energy Valve™ da Belimo foi agraciada com o Prêmio de Inovação Expo AHR 2014 na feira de mesmo nome que aconteceu no Centro Jacob Javitts, em Nova Iorque, de 21 a 23 de janeiro de 2014. Um grupo de jurados compostos por membros da ASHRAE fez a avaliação dos produtos, considerando critérios de inovação, aplicação, o valor para o usuario e o impacto no mercado. Os Prêmios de Inovação são patrocinados conjuntamente pela ASHRAE, pelo Instituto de Ar Condicionado, Calefação e Refrigeração (AHRI, em inglês) e pela Companhia de Exposições Internacionais (IEC, em inglês), produtores e organizadores da EXPO AHR. O evento aconteceu no dia 21 de janeiro no Theather A, do Javitts Center. A Belimo está no estande de número 479 na exposição, à disposição para qualquer esclarecimento a respeito desse importante reconhecimento Novo Gerente Além do prêmio, a Belimo apresenta ao mercado outra novidade: Osvaldo Castellanos Souza, que assumiu a posição de gerente geral a partir de fevereiro de 2014. Com 28 anos de experiência profissional atuando nos seguimentos de Bebidas, Automação, Ar-Condicionado e Facilities, dedicou os últimos 15 anos a Johnson Controls, onde desempenhou as funções de Gerente de Filial, Gerente Nacional de Vendas e tendo como sua última responsabilidade o desenvolvimento de negócios na área de Global Workplace Solutions. Seu principal desafio frente a subsidiária brasileira será inserir, no mercado local, as novas tecnologias e soluções desenvolvidas pela Belimo para contribuir com a questão de eficiência energética das instalações. Osvaldo é formado em Engenharia Mecânica e de Produção pela FEI, cursou MBA Executive pelo INSPER.
Divulgação
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NO FOCO
Masstin, 35 anos: continuida Com uma proposta de trabalho voltada ao Planejamento, Gerenciamento e Execução dos Planos de Instalação e Manutenção, a Masstin completou 35 anos de atividades no mercado de HVAC-R. Focada desde sempre nas áreas industriais, onde as exigências são maiores se comparadas aos segmentos de conforto ou comercial, a Masstin após vários desafios, se prepara para a continuidade de seus negócios. Tecnologia, atuação focada e novas diretrizes são alguns dos pilares erguidos rumo a um futuro com aspiração de muito sucesso
N
de espanhóis fez a empresa vencer algumas adversidades e seguir em frente. “Fazíamos de tudo. O que desse para sobreviver”. E deu! Depois de um ano, a empresa mudou-se para a paulista Diadema, onde está até hoje em prédio próprio. Dez anos depois de sua fundação e várias obras concluídas na área de instalação, a Masstin entrou no segmento de manutenção. Conceituada no mercado, enfrentou com garra os seis planos econômicos e as sete trocas de moedas, lançados a partir da década de 80, onde muitas empresas fecharam suas portas. “Conseguimos obras grandes”, argumenta Fló. Para ele dois pontos foram fundamentais para a continuidade do negócio: treinamentos e seriedade com seus compromissos. “Essa cultura ajudou bastante. A administração foi essencial para a continuidade da Masstin”, avalia Regina Fló, uma dos três filhos do engenheiro, e a única atuante na empresa. “Estou aqui há 22 anos”, conta ela que atualmente é responsável pela diretoria administrativa. arquivo pessoal Masstin
ascida Manutenção, Assessoria Técnica e Instalação, a Masstin foi fundada em 21 de setembro de 1978, pelas mãos do engenheiro Luiz Carlos Gomes Fló, “A Masstin surgiu de uma crise na extinta Luwatécnica, onde eu trabalhava já há oitos anos. Tanto a Luwa quanto eu precisávamos fazer alguma coisa”, recorda-se Fló, que saiu de lá com a expectativa de executar obras terceirizadas para a empresa de origem. “O negócio era bom para os dois lados”, relembra. Um ano depois de concluída a faculdade de engenharia no Mackenzie, Fló reuniu quatro funcionários e iniciou as atividades na Masstin, na Rua Jurucê, em Moema. “Era uma casinha bem pequena. Naquela fase, atendíamos somente obras de instalação, geralmente para indústrias têxteis”. O negócio apesar de certo era instável. “Às vezes tínhamos obras, às vezes não, pois a Luwa administrava a terceirização entre várias empresas instaladoras”. Mas a persistência, praticidade e inteligência deste filho
Da esq.: p/ dir.: Ángel, Engº Fló, Regina e Gerson
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NO FOCO
de com o futuro Fló observa, porém, que além desses pontos, houve uma virada determinante para a trajetória da empresa: uma obra realizada na Goodyear, onde a Masstin instalou sistemas de ventilação. Regina acrescenta: “Além da Aunde (Antiga Coplatex), nosso primeiro cliente para serviços de Manutenção - e que está conosco até hoje -, temos uma carteira de clientes diversificada, na qual muitos deles estão conosco desde o começo”, afirma. Hoje são mais de três mil obras executadas e vários clientes, que permaneceram na Masstin desde aquela época. TREINAMENTOS Atualmente a Masstin mantém 300 funcionários. Desses, cerca de 30 estão na parte administrativa. A maior parte, no entanto, exerce atividade técnica, muito deles em campo, nas empresas contratantes. Fló acredita que isso só seja possível porque a empresa imprime seriedade e profissionalismo em seus trabalhos. Outro pilar da Masstin são os treinamentos, em que desde o começo de suas atividades, são aplicados em seus colaboradores. Ou seja: antes mesmo de ser uma cultura disseminada, os treinamentos já faziam parte da estrutura de pessoal da Masstin. “O treinamento imprime qualidade naquilo que se faz”, observa Fló. Foi a partir dessa cultura contínua que surgiu o Masstin Training – Centro de Treinamento Fló - , um departamento de treinamento, que tem como missão atualizar e reciclar o conhecimento de seus profissionais através de cursos que são previamente selecionados e agendados junto a empresa contratante. Os números falam por si: são 139 cursos montados e já aplicados em seis mil horas de treinamentos realizados. Fló admite que mesmo assim, é muito difícil atingir todos os profissionais, “mas conseguimos quase na totalidade”. E completa: “implantá-los no dia a dia da empresa foi essencial, pois desde sempre conferiu aos nossos colaboradores, a importância na qualidade do trabalho. O sócio-diretor na área de engenharia da Masstin, Gerson Catapano, endossa: “A Masstin tem por objetivo adequar cada colaborador para enfrentar o campo onde vai atuar. Mesmo num mercado mais restrito. Isso faz da Masstin uma empresa forte, afinada com esse perfil”, garante. Entre os cursos desenvolvidos pela empresa, estão os de Elétrica, Psicrometria, Controle de Edifícios Doentes, Filtragem e, acredite, até temas comportamentais: “Hoje é muito difícil mensurar o que isso representa numa empresa, imagine há 30 anos”, completa Regina. Contudo, a Masstin foi mais longe: perto do Centro de Treinamento, a empresa mantém uma biblioteca devidamente abastecida
com mais de mil volumes que vão da engenharia técnica ao social, passando por Histórias do Setor e tudo o mais que possa acrescentar a quem quiser aprender mais sobre o assunto HVAC-R e correlatos. Além deles há os vídeos, são 139 elaborados internamente e mais 32 cursos externos no total. Todos no estilo “Aprenda e Como se faz”, onde o engenheiro Fló protagoniza a maioria, cerca
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NO FOCO Registro de alguns colaboradores no pátio da Masstin
de 90 % deles. Aliás, o fundador da Masstin não gosta quando a Biblioteca não é aproveitada, entrega Gerson. “Afinal ela foi pensada para agregar o dia a dia de nossos profissionais”, completa Fló. SUCESSÃO Seriedade é uma das palavras que define o perfil da Masstin Engenharia, de tal forma que ela se tornou a característica principal quando a Família Fló resolveu abrir o capital da empresa. “Há uns oito anos o engenheiro Fló decidiu fazer um plano de sucessão. De uma forma muito profissional e intensa”, conta Regina. Segundo o engenheiro isso se deveu a sua observação de que muitas empresas do setor de HVAC acabam por desaparecerem. “Quando o dono morreu, acabou”, resume e explica: “Há cerca de uns 15 anos venho pensando neste assunto. É um processo muito sério e, por isso, pensamos em abrir o capital, que também é um caminho para o crescimento e expansão da empresa”. A partir disso, traçaram o perfil: “queríamos alguém com grande capacidade técnica, profissional, intelectual, boa formação e, também, determinada”, lembra. “E foi assim que arregimentamos o Gerson Catapano para a Masstin. Foi uma sorte muita grande encontrá-lo, além de empatia mútua”, completa. Regina explica que o processo deu-se através de uma empresa concebida para esse fim. “Procurávamos um sócio e, também, profissionalizamos essa busca. Depois da entrevista, fixamos um prazo de teste que deveria durar um ano, tanto para ele quanto para nós. Findo este tempo ou o Gerson iria embora ou tornava-se sócio, assumindo a diretoria de serviços. Passados apenas seis meses, já aprovamos seu desempenho e estamos aí. Foi um processo muito positivo”, relata Regina. Graduado em engenharia, Gerson que assumiu na Masstin desde o início de 2009, comenta: “Vejo todo este processo como algo fundamental para a sobrevivência
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da empresa”. Ele prossegue: “a ideia era profissionalizar, mesmo. Realmente era um propósito do Fló e da Regina. Todo o processo foi muito bem realizado”. Segundo Gerson, na procura pelo profissional, um dos requisitos para o cargo é que o candidato estivesse na ativa. Empregado. “Isso reflete a forma com que o negócio foi realizado de forma profissional: buscando no mercado”. Gerson veio de uma multinacional na área farmacêutica e avalia que essa decisão foi uma mudança muito grande em sua vida. “Para quem fez a carreira toda numa empresa gigante, para mim foi um choque. Mas desde o primeiro dia, me senti muito em casa. Não tive problemas com essa adaptação para uma empresa familiar, foi até muito mais tranquilo do que eu imaginava. Quando tomei a decisão de sair, foi um momento bem interessante, já que tive um crescimento muito significativo onde atuava. Foi uma trajetória importante, que guardo no coração. Hoje essa companhia é nossa cliente e a Masstin mantém um relacionamento fortíssimo com ela”, diz. Gerson, revela que durante sua trajetória na multinacional teve a oportunidade de se destacar no mercado, “muitas chances e oportunidade de mudar de empresa. E eu nunca aceitei. Nenhuma dessas empresas representou algo diferente do que eu estava fazendo”, responde. Aos 45 anos, Gerson que não é do segmento de Ar Condicionado (AC), conta: “Vim da área farmacêutica, onde atuava como gerente de engenharia, onde o AC era só uma parte do negócio. No entanto, eu já tinha ideia em ter um negocio próprio e, por isso, a proposta da Masstin foi ao meu encontro. Eu me identifiquei com a maneira de pensar da Masstin e, a partir disso, decidi vir pra cá. Juntei uma aspiração que eu tinha, com uma oportunidade concreta com pessoas que eu gostei. Já são cinco anos na Masstin, mas a sensação que tenho é de que estou aqui desde sua fundação, há 35 anos. É uma sensação verdadeira”, qualifica.
NO FOCO
Mais colaboradores, desta vez, o motivo foi Treinamento
SÓ O COMEÇO Para o engenheiro Fló, esta foi a primeira etapa do processo. Depois, na segunda fase, houve três tentativas. “Colocamos pessoas aqui que não deram certo. Até que surgiu o Ángel Luís Martín González, 39. Vindo da Espanha, González, que é engenheiro, trabalhava em uma empresa muito similar ao que a Masstin faz hoje. Com os problemas que a Europa está enfrentando ele vislumbrou uma nova oportunidade aqui no Brasil”. Atualmente, o organograma da empresa está assim: o engenheiro Fló, no Conselho; Gerson, na diretoria de Engenharia e Novas Obras e Regina, responsável pelo diretoria Administrativa. Além da diretoria, está González, que responde pela área de processo – serviços de manutenção. Para os Fló, esta foi uma grande aposta da empresa. “Foi uma atitude muito difícil de ser tomada, pois diminuímos nossa participação familiar para que a empresa cresça, para que ela tenha futuro. Agora, a Masstin não é mais
familiar”, admite Regina. “A sucessão foi estratégica para dar continuidade a Masstin”, avalia o pai, que completa: Nós estávamos muito convencidos de que aquilo era fundamental. Foi uma satisfação, quando percebemos que ele estava dando certo, foi um alívio. Ela está perpetuada! Ter pessoas para discutir é muito melhor. Sozinho é um desastre!”, sentencia. Gerson, por sua vez, explica que os diretores atuam juntos, mas separados: “Cada um toma decisões nas suas áreas. Quando há necessidade, troca de ideias ou mesmo a busca por alguma opinião, conversamos, mas não é uma regra”. Quanto ao futuro, a atual diretoria define-se como “moderna, com ideias novas e globais”, mas sem perder o foco: estruturalmente preparada. “Não dá para descuidar. Estamos preparados pra crescer e dar continuidade rumo ao futuro. Temos estrutura pra isso, afinal vamos garantir os próximos 40 anos pensando em crescimento, já que estes 35 anos foi só o começo”, finaliza Luiz Carlos Fló. Vista parcial de uma Instalação Masstin
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ANUÁRIO HVAC-R EM FOCO: informação e inovação onde sua empresa precisa!
Anuário da Indústria de Refrigeração, Aquecimento, Ventilação e Tratamento do Ar no Brasil
2013/14 Edição 01 | Ano 01
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O Anuário HVAC-R em Foco foi desenvolvido para auxiliar o usuário em sua busca por produtos, serviços, equipamentos e acessórios no setor de Aquecimento, Refrigeração, Ventilação, Ar Condicionado e segmentos afins. ÂÂÚnico Trilingue ÂÂPáginas Personalizadas ÂÂVersão Digital ÂÂQR Code ÂÂPanorâma Econômico ÂÂGuia das Principasi Feiras ÂÂEducação
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ncio Sigmaterm
CAPA Com a manchete “Dutos de ar-condicionado são risco cotidiano de contaminação, até em hospitais”, o Jornal matogrossense, “Campo Grande News”, trouxe reportagem (vide Box) discorrendo sobre a falta de limpeza e manutenção em sistemas de HVAC-R, sobretudo em dutos. A Revista Sindratar em Foco, compromissada com o setor contra argumenta e defende: “Qualquer objeto que não passe por um processo periódico de manutenção, incluindo-se limpeza, pode causar dano à saúde de seus usuários. Indo além, até mesmo o ser humano desprovido de higiene pode contrair sérias doenças, então por que condenar apenas o Ar Condicionado?”
Campo Grande News, Editoria de Cidades Por Luciana Brazil
(Publicado em 19/07/2012 08:43)
Dutos de ar-condicionado são risco cotidiano de contaminação, até em hospitais
Em teatros, shoppings, edifícios ou em qualquer local público onde exista um sistema de ar-condicionado ou ventilação instalado, o ar que respiramos pode não estar tão limpo quanto pensamos
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ocê já se perguntou qual é a qualidade do ar que você respira? Se nas ruas acreditamos que a poluição é uma das responsáveis pelos maiores problemas que influenciam o nosso bem estar, fique sabendo que nos lugares fechados, pode ser ainda pior. Em teatros, shoppings, edifícios ou em qualquer local público onde exista um sistema de ar-condicionado ou ventilação instalado, o perigo existe. E nos ambientes onde o ar deveria ser ponto de partida para a boa saúde, como hospitais e clínicas, a situação é grave. No Estado a realidade é considerada alarmante, já que as redes de dutos de ar escondem verdadeiras fontes de contaminação por causa da sujeira que se instala nas tubulações. Em Campo Grande, nos hospitais e clínicas a condição é crítica já que não existe interesse das firmas em fazer a limpeza, como afirmam os donos de empresas especializadas (...). Após a morte do ministro das Comunicações, Sergio Motta, em 1998, após contrair uma bactéria que se aloja no ar-condicionado, a Legionella, o Ministério da Saúde baixou portaria exigindo a higienização mensal dos aparelhos de ar-condicionado. A bactéria oportunista ataca, principalmente, pessoas com sistema imunológico debilitado. Porém, mesmo sendo uma determinação, em geral, a realidade é outra. (...) Desde os mais inusitados objetos como embalagens de veneno de rato, até mesmo animais mortos como ratos, pombos e escorpiões, além de pó, muito pó, já foram encontrados nos
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dutos. “Já vimos muita coisa e esses locais estão sempre muito sujos”. (...) Como fica a saúde?- De acordo com os médicos, a limpeza adequada e periódica dos filtros e dutos de ar evitam inúmeras doenças respiratórias. Segundo a médica infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário de Campo Grande, Andyane Tetila, pessoas que estão rotineiramente em locais onde não há manutenção dos sistemas de ar ou ventilação tendem a apresentar doenças respiratórias. “Podem também desencadear quadros alérgicos como rinite, asma e sinusite”, diz Tetila. “Muitas das doenças são alergias denominadas de “síndrome do edifício doente”, designado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) na década de 80”, explica. No caso dos hospitais, a médica ressalta que os sistemas de ar e ventilação devem passar por manutenção e limpeza periódicas, além de rigorosas, já que são encontrados facilmente micro-organismos que transmitem infecções respiratórias complicadas, como tuberculose e o vírus influenza. “Nestes ambientes, pacientes encontram-se debilitados e apresentam maior risco de evolução para um quadro de infecção grave se forem expostos a novos agentes. Além disso, também há o comprometimento da saúde ocupacional, dos profissionais que atuam nas instituições” (...).
CAPA NO FOCO
REDE DE DUTOS
E
m um sistema de tratamento de ar, a distribuição do mesmo aos diversos ambientes a serem condicionados, ventilados ou exauridos é realizada, de um modo geral, através da rede de dutos. Sua função é transportar o ar de ou até os equipamentos (no caso da exaustão) até o espaço a ser condicionado. “Em uma instalação de ar condicionado ou ventilação forçada, os dutos são importantes porque possibilitam uma distribuição adequada do ar no ambiente. Além disso, os dutos são utilizados como condutores de ar de retorno ou ar externo, entre outras funções, são instalados para ambientes de carga térmica elevada ou para climatização simultânea de vários ambientes, que necessitem de uma melhor distribuição do ar, tais como: escritórios, consultórios, salas comerciais em geral, shoppings, casas de shows, entre outros.
Kao Dutos
INSTALAÇÃO Mas é na instalação que o sistema de dutos apresenta-se eficaz ou não em uma obra. Por isso, é necessário, entre outras variáveis o correto dimensionamento de sistema. “Acredito que é lá no começo da instalação, junto com o arquiteto, que está a importância do sistema de dutos. Ele deve prever desde o caminho que os dutos irão percorrer até outros critérios, como tamanho e de que forma eles serão incorporados na obra”, diz a diretora geral da KAO Dutos, Cleide Mércia Macedo Thomaz dos Santos. Que
faz uma ressalva: “Embora, atualmente, já existam projetos que prevêem estes pontos, ainda estamos muito longe do necessário e ideal para se chegar a bons resultados”, considera. A instalação de dutos deve, em primeiro lugar, obedecer a simetria do local criando paralelismo a paredes, teto e piso, causando um efeito visual agradável. “Geralmente o duto trabalha no entre forro, sendo a instalação de dutos a que ocupa o maior espaço físico, portanto é a que mais sofre com as interferências de obra que não aparecem no projeto”, avalia o diretor da Dutover, Newton Ota. Outro fato importante diz respeito à estanqueidade, pois vazamentos ocasionam perda de energia e diminuição do conforto necessário para o local condicionado; isolamento do duto em locais onde o mesmo passa por zonas não condicionadas, evitando condensação e também perda de energia. “O principal cuidado na instalação do sistema é com as conexões transversais, onde normalmente se encontram as maiores fugas de ar da instalação. A aplicação correta da fita de vedação junto à flange TDC é de extrema importância para a obtenção dos índices de vazamento requisitados no projeto”, avalia o diretor da Powermatic Dilson Carlos Carrera. Também, a limpeza interna e externa é importante, assim como a correta fixação, que tem por objetivo evitar desnivelamento.
Dutos Flangeados
Dutos Calandrados
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CAPA
Instalação de um Sistema de Dutos Helicoidal oval
TIPOS DE DUTOS No que diz respeito ao Sistema de Dutos, o mercado de HVAC é dotado de um bom número de empresas fabricantes, capacitadas que imprimem qualidade e eficiência as obras de climatização. Muitas vezes, o que difere, são os tipos fabricados. Aqui os tipos e modelos mais conhecidos e suas principais características. Quanto a forma eles podem ser: • Retangulares TDC: Recebem dimensão os tornam difíceis de são mais usados em sistemas a flange através de perfiladeira serem acoplados nas paredes e de exaustão, como em cozinhas específica, evitando a necesfundo de gesso; comerciais e industriais e pressidade de soldas ou rebites e • Circulares: semelhantes aos surização de escadas (combate tubos ovais, as tubulares tamgerando melhor vedação. São a incêndio); utilizados em qualquer tipo de bém não são instaladas no inte- • O duto helicoidal é um tipo esinstalação de ar condicionado rior das paredes, ficam à vista; pecial de duto produzido em central, contudo possuem ca- • Circulares espirais: São muito máquinas especiais, através de racterísticas específicas para utilizados em sistemas de venum processo industrial chamacada tipo de ambiente (conforto, tilação e mais indicados onde do “costura mecânica”. Pode ser indústria, hospitais entre outras haja necessidade de longos trefabricado nos formatos circular aplicações); chos retos; e oval, utilizando-se aço galva• Ovais – geralmente são instala- • Já os dutos soldados, retangunizado ou inoxidável, bem como dos a vista, o grande tamanho e lares ou circulares calandrados, alumínio. QUANTO AO MATERIAL, OS MAIS COMUNS SÃO: • Metálicos, desenvolvido em aço • Dutos para ar condicionado especial de poliéster; cabe dizer carbono galvanizado é o matepré-isolados fabricados com que este tipo de dutos são na rial padrão e mais comum usapainéis de isolamento de poliuverdade um "dispositivo de disdo na fabricação de dutos para retano e fenólicos, que não pretribuição de ar" e não realmente ar condicionado - Tradicionalcisam de mais isolamento sendutos para ar condicionado; mente, a canalização do ar é feido instalado em uma única vez; • Lã de vidro – mais utilizados ta de chapa de metal, que é ins- • Flexíveis são elaborados norem instalações como estúdios, talado primeiro e, em seguida, malmente com plástico flexíteatros e cinemas, os dutos revestido com isolamento, ou vel sobre uma bobina de fio pré-isolados de lã de vidro são seja, a instalação é efetuada em de metal e de forma redonda. mais leves que os de chapa de duas fases. Há, também, o duto Também encontram-se dutos aço e apresentam grande capasoldado feito em chapa preta, para ar condicionado flexíveis cidade de absorção de ruído. mais comumente utilizado para confeccionados com tecido, geexaustão. ralmente feito de um material
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CAPA NO FOCO
Limpeza e Higienização Para Cleide, da Kao Dutos, a limpeza dos dutos (internamente) é importante pelo simples fato de que sujeira é abrigo de doenças. “A fim de evitar sujeira no interior do duto, a filtragem é muito importante, porém, quase nunca o sistema de filtragem é tratado com seriedade e os filtros não são substituídos, ou leva tempo para alguém olhar para eles”, analisa. Ela acrescenta: “Há empresas especializadas em limpeza interna dos dutos, todavia, há um limite de área onde os robôs atuam, e os dutos não são limpos adequadamente. Principalmente, as ligações com dutos flexíveis utilizados para ligar o duto à boca de ar. O jeito é trocar as mangueiras, mas, isto, às vezes, esbarra em custo alto e, então, a limpeza adequada fica por fazer”, avalia. Atualmente, com a inspeção feita em muitas obras, torna-se obrigatório tal serviço, porém, não é uma prática comum. A imensa maioria dos Shopping Centers do Brasil, cerca de 4800, tem dificuldades com a limpeza dos dutos.
Além disso, as obras antigas são um problema e as atuais obras pequenas não dão ênfase para isto. É preferível uma manutenção preventiva mais simples, como usar filtros de ar corretos e trocá-los com frequência, do que improvisar limpeza mecânica, em áreas onde isto não é possível. Quanto à periodicidade vai de acordo com a observação do tipo e local da instalação. A não ser que se estabeleça um tempo, não é possível fixar data. É como querer saber quando trocar o filtro de ar de um carro. Pode-se dizer 5000 km se andar no asfalto, mas se for na terra 500 km. Não dá pra criar uma regra. Depende do local, período do ano, cidade ou campo. Veja um exemplo: instalação de equipamentos perto de campos de plantação de cana. Na queimada não há filtro que resista. O cuidado maior deve ser na “observação”, e esta observação dever ser feita por alguém que consiga identificar se deve ou não tomar alguma providência, ou melhor, deve ser feita por um bom técnico.
Item específico desta reportagem, a limpeza e higienização, merecem destaque. A Revista Sindratar em Foco conversou com o diretor da Sondar, empresa especializada em limpeza de dutos, Rodrigo Cardim, que esclareceu alguns pontos.
Em Foco: Como deve ser feita a manutenção? (RC): Devem ser feitas por empresas especializadas e credenciadas. As empresas devem ser registradas no CREA, ter experiência nesta área da Limpeza de Dutos - o que é diferente da manutenção mecânica, conhecida como “conserto de aparelhos“-, a empresa em questão também deve ter equipamentos especiais para tal limpeza, os chamados kits com sondas pneumáticas, coletores de sujidades, equipamentos de vídeo inspeção interna e gravação dos dutos internamente, escovas rotativas e mais do que isso: atender todos os itens da ABNT 14679 que regulamenta a Limpeza de Dutos.
Em Foco: Desde quando essas ações de limpeza e higienização são realizadas no Brasil? (RC): Estas ações já são realizadas na Europa e nos EUA há mais de 50 anos. Aqui no Brasil, elas iniciaram com os primeiros equipamentos importados no ano de 1995. A Legionella Pneumophila, é uma bactéria ubiquitária e saprófita da água, e, por isso, também se aloja em sistemas de ar condicionado, mais propriamente em filme de água, nas bandejas de condensação que por força de spray de água pode-se alastrar em todo sistema de ar. A partir disso, foi instituída a Portaria 3.523 de 28 de Agosto de 1998, do Ministério Saúde, regulamentando e punindo de forma severa a não manutenção e Limpeza dos sistemas.
Em Foco: Em qual periodicidade? (RC): Conforme a NBR 15848 a periodicidade máxima de intervalos de limpeza deverá ser anual, em muitos casos onde se requer cuidados especiais como salas limpas, hospitais, clinicas, a limpeza deverá ser semestral. Em Foco: Quais cuidados se deve tomar? (RC): Além de ser muito importante escolher uma boa empresa para realizar esta tarefa, deve-se tomar algumas precauções, como elaborar um contrato para que não se fique descoberto das periodicidades nem ser autuado e até medidas punitivas por CIPA e ações trabalhistas por indenizações.
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Em Foco: Porque a limpeza e a correta higienização de dutos é importante para o correto desempenho do sistema de HVAC? Rodrigo Cardim (RC): A Limpeza dos dutos de ar é de estrema importância para a “validação” da qualidade do ar que respiramos em ambientes climatizados artificialmente. Assim como a limpeza dos dutos, a manutenção do sistema de ar é de caráter preventivo, garantindo que o sistema tenha um bom desempenho. No tocante a carga térmica confortável e seguro sem contaminantes e poluentes, uma boa limpeza de dutos realizada periodicamente garante a qualidade do ar.
Em Foco: Em sua opinião, a limpeza e correta higienização é realizada em que porcentagem no Mercado? Porque? (RC): Infelizmente ainda estamos engatinhando neste sentido, nem 10% das instalações de porte de Ar Condicionado existentes no País (sem contar domésticos) fazem a limpeza de dutos nem a manutenção correta do sistema. Falta fiscalização e conscientização. Uma pena, pois passamos mais tempo em nossos trabalhos, geralmente, em ar climatizado do que em nossa própria casa. Registro de um duto de retorno com acúmulo de poeira e outras sujidades
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CAPA Em Foco: Existe alguma norma específica, onde se regulamenta a limpeza de dutos? Comente. (RC): Algumas já citei. São elas a NBR 14679, a qual regulamenta a metodologia de trabalho que se deve empregar para Limpeza de Dutos; a NBR 15848, que regulamenta a periodicidade com a qual se deve fazer a limpeza de dutos; a Portaria 3.523 do Ministério da Saúde, que pune a não aplicação das Normas anteriores, que pode variar em multas de até dois milhões de reais até a interdição do Prédio.
uma brincadeira como exemplo, se fosse assim ninguém faria faxina em casa, só faria análise do ar, enquanto estivesse ok não limparia nada! Em Foco: A limpeza de dutos deve contemplar a limpeza de outras áreas acessórias, como por exemplo as bocas de ar para insuflação e retorno do ar? Comente. (RC): O serviço de Limpeza de dutos envolve não só a limpeza interna dos dutos de ar, como a limpeza externa, no caso de ser aparente, a lavagem das grelhas e saídas de ar (difusores), a limpeza da bandeja de condensação e serpentina dos equipamentos de ar, a filmagem e gravação interna do duto antes e depois da Limpeza, a entrega de ART CREA (Anotação de responsabilidade técnica), Certificados de validação, Relatório conclusivo, DVD ou mídia com a gravação da filmagem e laudo da qualidade do ar interno, fechando assim todo um serviço.
Em Foco: Após detecção de materiais particulados encontrados no interior dos dutos, é necessário que ele seja analisado? Porque? (RC): O Monitoramento do ar e do particulado do interior dos dutos é importante para se ter uma medida de como está a eficiência da Limpeza preventiva, podemos medir a quantidade de partículas antes e depois da Limpeza dos dutos para se ter o grau de eficiência, se medir a qualidade do ar interno para se ter uma análise da qualidade e eficiência da Limpeza.
Em Foco: Há outras ações que complementam a boa circulação do ar nos dutos a fim de garantir a QAI? (RC): Pode-se incluir o item anterior e acrescentar a boa manutenção do equipamento e Limpeza do mesmo que deve-se ser mensal, bem como uma boa filtragem e troca dos filtros mensalmente ou de acordo com a saturação;
Importante: As medições são somente de caráter de monitoramento. As limpezas devem ser feitas periodicamente para que nunca se tenha uma desconformidade da qualidade do ar. No entanto, a maioria ainda acha que deve se fazer as análises e só se der alguma contaminação ou divergência é que então se deve fazer a limpeza. Não, a limpeza é preventiva. Faço sempre
Em Foco: Fique à vontade para seus comentários. (RC): Desta forma concluo que este setor ainda é prematuro, ou seja, existe um vasto potencial de crescimento pela frente e muita instalação para se enquadrar, a fiscalização deve-se aumentar, as legislações e Normas estarem em constantes atualizações. Sou engenheiro e tenho 19 anos de experiência neste ramo, em 1998 importei os primeiros equipamentos, assumindo compromissos em dólar , e muitos colegas e clientes falavam “ você é louco “! Limpar duto?? como assim? .........., hoje já temos legislações, normas, o mercado está em franca expansão e com uma boa tendência de conscientização do mercado;
NORMAS Os critérios para instalação de sistemas de tudo estão contemplados em Normas nacionais e internacionais e, também, previstas pela Legislação. Entre elas, as mais adotadas são a ABNT NBR 16401-1, assim como a DW144 SMACNA. Para a montagem dos dutos de lã de vidro, Newton Ota, explica que segue as Normas da NAIMA (North American Insulation Manufactor Association), além das recomendações do fabricante nacional.
KAO Dutos
Dutos do tipo TDC
PARTICIPARAM DESTA EDIÇÃO: Dutover - Fundada em janeiro de 2003, é uma empresa voltada exclusivamente a comercialização, fabricação e montagem de Climaver, a placa de lã de vidro produzida pela Isover-Santa Marina.Trabalha também com os paineis pré-isolados de isocianurato além do paineis pré-isolados de lã de vidro. Kao Dutos - No mercado há quase 20 anos. Começou produzindo apenas dutos helicoidais, aos poucos foi desenvolvendo e hoje além de uma linha completa de dutos e acessórios para ar condicionado, ventilação e exaustão, também fabrica Lavadores de Ar, Coifas Industriais e Caixas de Difusão de Ar, atendendo todo o território nacional. Powermatic – atuante desde 1985 e na fabricação de dutos desde 1999, produz dutos especialmente para salas limpas, além de vários segmentos da indústria, como a naval, automobilística, alimentícia, farmacêutica entre outras. Possui unidades fabris em Brotas (SP) e Paulista(PE), além de parcerias em locais estratégicos como Manaus(AM). Sondar - Fundada em 1999, a Sondar, estabeleceu uma parceria com o instituto de pesquisa CCDM localizado dentro do Campus da universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), com o objetivo de implantar um conjunto de serviços especializados na qualidade total do ar em ambiente interior em todo o seu segmento e, assim, atendendo a toda legislação vigente.
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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
É
Síndrome da Visão do Computador, você conhece?
inegável que a Era da Tecnologia chegou para facilitar o dia a dia das pessoas, no sentido em que reduz distâncias, favorece a comunicação em tempo real, promove o acesso a um mundo de informações e conhecimentos por meio da Internet, reduzindo o tempo gasto no desempenho de várias atividades profissionais, educativas e até de lazer. Tais facilidades são proporcionadas pelo uso de computadores e demais equipamentos eletrônicos, como notebook, celular, tablet, smartphone, entre outros. No entanto, o excesso no uso destes aparelhos pode provocar algum problema de saúde. E, neste caso, uma das áreas mais afetadas é a visão, principalmente se essas ferramentas tecnológicas forem utilizadas durante muitas horas ininterruptas durante o dia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), estima-se que até 90% dos usuários de computador por mais de três horas diárias apresentem algum tipo de sintoma relacionado à chamada de Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC). Mas o que é isso? Segundo a SOB, trata-se de um grupo de sinais e sintomas diversos e variados, que podem ser atribuídos ao uso exces-
sivo do computador, como cansaço, sensação de corpo estranho, ardência, dor, irritação, vermelhidão, ressecamento e turvação visual. Suas principais causas estão relacionadas às alterações nos mecanismos da superfície ocular, acomodativos e extraoculares. Isso ocorre
porque, quando se olha para a tela do computador ou das demais ferramentas citadas, os olhos convergem para a tela e, após decorridas algumas horas de trabalho ou se a carga horária for grande, há um esforço dos músculos oculares que reagem a esta convergência.
CONFIRA OUTRAS DICAS: • Nunca posicione seu computador diante de uma janela. O excesso de luz na direção dos olhos favorece a visão dupla; • Evite utilizar o computador em ambiente de baixa luminosidade. O contraste com a luz emitida pelo monitor é altamente prejudicial à visão; • Dê preferência a um ambiente de trabalho arejado e bem-iluminado. A opção por lâmpadas incandescentes é mais saudável; • Depois do almoço, feche os olhos por quinze minutos para descansar a visão e equilibrar o estado emocional. Isso deve se tornar uma rotina, principalmente para quem enfrenta longas jornadas de trabalho diante do monitor; • Garanta uma boa hidratação do corpo e, sempre que necessário, pingue lágrimas artificiais para lubrificar o globo ocular, desde que prescritas pelo seu médico; • Não se acostume com os problemas de visão que vão surgindo com o tempo. Até os 40 anos, é importante fazer um check-up completo da visão de três em três anos. Depois dessa idade os exames passam a ser anuais.
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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO No caso do cansaço visual, um dos principais motivos é o ressecamento ocular, provocado pela diminuição no número de piscadas durante a fixação da visão na tela. Mas as condições ambientais, oculares e sistêmicas, como ar condicionado, ventiladores, disfunção meibomiana, pouca ingestão de líquidos, uso de medicamentos (diuréticos, betabloqueadores) e fumo, podem contribuir para piorar esta sintomatologia na SVRC. O médico oftalmologista, Luiz Carlos Portes, membro do Conselho Consultivo da SOB, explica que o filme lacrimal é composto de três camadas: lipídica, aquosa e mucosa. “A lipídica é produzida pelas glândulas de meibomio e a sua principal função é impedir a evaporação da camada aquosa, levando ao olho seco. As alterações nas glândulas de meibomio levam a este quadro. Uma inflamação da borda palpebral, onde se localizam estas glândulas, exige tratamento e conduta pelo oftalmologista”. Estudos mostram que o número de piscadas que um indivíduo realiza pode ser reduzida em até 60% com o uso do computador. “O ato de piscar é muito importante, pois as piscadas equivalem às palhetas de um carro limpando o pára-brisa”, informa Portes. Ele prossegue: “A cada piscada atuamos no filme lacrimal e estimulamos a camada lipídica. O normal de piscar por minuto é em torno de dez a 15 piscadas e com o uso demasiado do computador esse número cai para menos de seis piscadas, o que acarreta o olho seco por evaporação”, alertou. Além disso, existem várias evidências de que o uso de monitores causa astenopia, ou seja, está diretamente relacionado às queixas ligadas a erros de refração (exame para uso de óculos ou não), desequilíbrio do músculo ocular, incluindo dor ao redor dos olhos, ardência, prurido e cefaléia. O oftalmologista chama a atenção para o fato de que ficar muito tempo na frente da tela também pode causar a chamada miopia transitória, afetando principalmente as crianças, já que elas possuem um cristalino mais flexível, capaz de se acomodar facilmente
em diferentes posições. Após permanecer mais de duas horas seguidas olhando para a tela do computador ou para o videogame, os olhos ficam acomodados para a visão de objetos próximos, dificultando o foco de longa distância. Desta maneira, durante o exame clínico, o médico deve considerar a condição do paciente, também para os adultos, a qual pode contribuir para a sintomatologia e a sua análise quanto à refração, binocularidade e acomodação. “Em nossa clínica, um quarto dos pacientes adultos que usam os computadores têm queixas de ressecamento dos olhos, ardência ocular, hiperemia (vermelhidão), desconforto ocular, cansaço visual e sensação de corpo estranho, após algumas horas de uso dos mesmos. Isto é agravado pelo ambiente de trabalho que possui ar condicionado e, muitas vezes, tem poluição ambiental”, contou Portes. Segundo diz, a prática de ficar com o notebook sobre o colo ou para quem trabalha em cada, ficar com a luz apagada, usufruindo apenas da iluminação do equipamento, agravam ainda mais esses problemas e podem provocar outros, como má postura. “Isso pode acontecer porque se segue o mesmo princípio do uso em
demasia do computador e com a luz apagada os olhos fixam mais a tela. A ergonomia e a postura podem afetar a coluna cervical. Portanto, o ideal é o teto do computador estar na altura da linha dos olhos e a uma distância de 70 cm do usuário e a 10° graus abaixo da linha de visão”, ensinou. MONITORES Outro cuidado para melhorar tanto a SVRC quanto o conforto visual é o usuário atentar-se aos monitores disponíveis no mercado, já que possuem diferenças na resolução da tela (medida em pontos por polegada). A orientação da SBO é dar preferência aos equipamentos com tela de cristal líquido (LCD), devido à melhor resolução e porque reflete menos a luz do ambiente. Além disso, a iluminação das telas LCD são desenvolvidas em lâmpada fluorescente especial, que espalham a luminosidade pela tela e, que por terem uma taxa de atualização, que em geral é algo em torno de 200 Hz ou piscadas por segundo, minimiza os danos à visão do usuário. Por outro lado, os equipamentos com monitor CRT (Cathodic Ray Tube, em inglês, sigla de Tubo de Raios Catódicos), o monitor tradicional, também conhecido como TV de Tubo, a tela é repetidamente atingida
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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO por um feixe de elétrons, que atuam no material fosforescente que a reveste, assim formando as imagens. Nelas, cada ponto da área visual é individualmente iluminado, ou seja, a luz e a formação da imagem estão diretamente ligadas, sendo que a última ocorre muitas vezes em níveis muito reduzidos para o nosso olho, causando rapidamente o flickering (pontos luminosos). Desta maneira, são considerados mais danosos à visão se comparados aos monitores de LCD, já que causam por vezes, dor de cabeça ou nos próprios olhos, originários da visão que não descansa. DICAS Para evitar esses incômodos e futuros problemas, Portes indica uma pausa de cinco minutos a cada 50 minutos em frente ao computador. “O trabalhador deve desviar os olhos da tela, olhar para longe (distante do monitor), relaxando a convergência. O esforço visual para ver a tela pode acarretar uma leve indução à miopia transitória pelo esforço acomodati-
vo. Se o período de horas de uso for grande, o período de pausa dever ser maior”, recomenda. Além disso, a iluminação da sala não deve ser excessiva, assim como as luzes que incidem e refletem na tela do computador, pois geram imagens confusas e dificultam a focalização nela. Neste caso, uma opção é o uso de filtros protetores na frente do monitor, para diminuir a reflexão de luzes. Além disso, os filtros também contribuem para a redução de energia eletromagnética e outras radiações emitidas pelo monitor. Portes frisa que somente o médico oftalmologista tem condições de avaliar e indicar os melhores tratamentos aos problemas causados pela SVRC. Inclui-se aí: mudanças de hábitos e comportamentos na frente do monitor durante o trabalho, estudo ou diversão. Sobre o uso de lentes de contato ou óculos de correção, o médico é categórico: “Com o uso diário do computador, muitas pessoas se autoprescrevem no uso de lentes corretivas, muitas delas
encontradas em farmácias, vendidas sem receita. No entanto, as lentes corretivas devem ser prescritas pelo médico oftalmologista, que está apto para realizar o exame oftalmológico completo, onde será avaliado anexos oculares, motilidade, fundo de olho, refração, biomicroscopia, extrínseca, intrínseco e tensão ocular. Muitas infecções nos olhos decorrem do uso inadequado de lentes adaptadas e avaliadas erroneamente para os olhos”, atentou. O mesmo ocorre com um simples lubrificante ocular. “Qualquer medicamento deve ser feito sob prescrição médica e os lubrificantes oculares se incluem nesta condição. Existem lubrificantes com conservantes e sem conservantes onde há aqueles que podem ser usados mais vezes durante o dia”, informou. No caso das empresas, ele defende a informação: “É importante a empresa buscar orientações e informações para seus colaboradores sobre o uso de computadores, ajudando a preservar uma boa visão”, concluiu.
Núcleo Sindratar-SP de RH Empresa Associada, Os trabalhos do Núcleo Sindratar-SP de Recursos Humanos 2014 já começaram. São encontros mensais, onde os profissionais trocam, conhecimento, informações, esclarecem dúvidas e ficam por dentro das questões legislativas, jurídicas e das últimas novidades. Ou seja, tudo para facilitar o dia a dia do profissional de RH e incrementar sua empresa. Participe! Mais informações podem ser obtidas através do email:
comunicacao@sindratarsp.com.br
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
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SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
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foco
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NO FOCO GIRO DE ENGENHARIA
São Paulo 460 anos Por Cristiane Di Rienzo
A cidade de São Paulo completou 460 anos, no último dia 25 de janeiro. Nela tudo é grande, macro. Dos números geoeconômicos aos habitantes. Da quantidade de municípios a diversidade de seus imigrantes. Para mostrar e comprovar sua grandiosidade, a Revista Sindratar em Foco convida o leitor a conhecer um pouco mais sobre um outro lado da cidade e, por que não, do estado de São Paulo, que faz deles referências de município e metrópole para o Brasil e o Mundo. Confira.
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N
a cidade são quase 50 mil logradouros, que abrigam 11,8 milhões de habitantes. Se for considerada a região metropolitana, ou seja, os 38 municípios que circundam a capital, a população chega a aproximadamente 20 milhões. Já o estado de São Paulo, formado por 645 municípios, responde por mais de 43 milhões de habitantes, equivalente a cerca de 22% da população brasileira. É o estado mais populoso do Brasil e a terceira unidade política mais populosa da América do Sul, sendo superado somente pelos demais estados do País “em conjunto” e pela Colômbia. A população paulista
GIRO DE ENGENHARIA NO FOCO é uma das mais diversificadas da Federação e descende principalmente de italianos, que começaram a imigrar para o País no fim do século XIX; de portugueses, que colonizaram o Brasil e instalaram os primeiros assentamentos europeus na região; de povos ameríndios nativos, africanos e de emigrantes de outras regiões do País. Outras grandes correntes imigratórias, como de árabes, alemães, espanhóis, japoneses e chineses, também tiveram presença significativa na composição étnica da população local, dando à metrópole – a quinta maior do Mundo -, sua própria identidade.
Os números automobilísticos também impressionam: em 2013, foram registrados na cidade de São Paulo mais de 130 mil novos automóveis, o maior crescimento da frota em três anos. Com isso, a capital fechou o ano com 5,4 milhões de unidades. – o que significa uma média de um carro para cada duas pessoas. ECONOMIA Na economia, os números refletem sua grandeza: São Paulo forma o maior Produto Interno Bruto (PIB) municipal do Brasil, fazendo da capital paulista a décima mais rica do mundo. O montante é superior ao PIB de países como Israel, Cingapura, Egito e Chile. E, segundo previsões, será em 2025, a sexta cidade mais rica do planeta. Também é o estado mais rico do Brasil, com o maior PIB entre todos os estados brasileiros e o segundo PIB per capita da Federação, sendo assim um dos mais importantes pólos econômicos da América Latina.
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NO FOCO GIRO DE ENGENHARIA A economia paulista responde por cerca de 33 por cento do total de riquezas produzidas no País, o que tornou o estado conhecido como a “locomotiva do Brasil”. Trinta e seis por cento de toda produção de bens e serviços do estado de São Paulo foi gerado na metrópole. Além da grande economia, São Paulo possui índices sociais relativamente bons em comparação ao registrados no restante do País, como o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a segunda menor taxa de mortalidade infantil e a quarta menor taxa de analfabetismo entre as unidades federativas brasileiras.
234.182). Para ter uma ideia, o PIB paulistano equivale a 62,93% do PIB argentino. São Paulo encontra-se posicionada na 14ª colocação do ranking das cidades mais globalizadas – as chamadas cidades globais –, um estudo elaborado pelo Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC), da Universidade de Loughborough, no Reino Unido. Como tal, São Paulo tem acesso às principais rotas aeroviárias mundiais, às principais redes de informação, assim como sedia filiais de empresas transnacionais de importância global e importantes instituições financeiras.
A magnitude econômica da cidade de São Paulo é tamanha que pode ser comparada a de um País. A cidade abriga 63% das sedes de grupos internacionais instalados no País, oito das dez maiores corretoras de valores e cinco das dez maiores empresas de seguros, gerando, isoladamente, mais riqueza do que 22 estados estadunidenses (como exemplo, o Maine e New Hampshire), segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). Se a capital paulista fosse uma nação, seria a 40ª maior economia do mundo. Na comparação com países da América Latina, São Paulo ocupa a quinta posição, perdendo apenas para Brasil (US$ 1.624.983), Argentina (US$ 310.351), Venezuela (US$ 325.678) e Colômbia (US$
Sua economia é diversificada, composta por indústrias metalmecânica, sucroalcooleira, têxtil, química, automobilística, aeronáutica e de informática, bem como pelos setores de serviços, financeiro e agropecuário. A arrecadação de ICMS de São Paulo é a maior do País. Em 2012 foi de R$ 109 103 539 mil ou 33,4% de toda a arrecadação dos estados brasileiros. A receita bruta do estado gerou algo em torno de 550 bilhões de dólares na paridade de poder de compra. São Paulo oferece uma boa infraestrutura logística para investimentos, devido às boas condições e extensão de sua malha rodoviária, bem como por sua infraestrutura hidroviária, portuária e aeroportuária. A interligação dessas malhas permite um eficiente sistema de transporte multimodal.
DADOS GERAIS • Fundação da cidade: 25 de janeiro de 1554 • Localização: Região Sudeste do Brasil • Distância da Costa: - Costa dos Alcatrazes – São Sebastião – 186 km - Guarujá – 93 km - Ilhabela – 204 km - Santos – 72 km (8) • Umidade Relativa do Ar: 78% - média anua • Clima: Tropical Temperado • Temperatura média anual: 19°C • Extensão: 1.530 quilômetros quadrados de área. • Altitude: Média em torno de 760 metros. • Latitude: 23°32.0'S • Longitude: 46°37.0'W • População: 10.886.518 habitantes. • Religião Predominante: Católica • Moeda: Real (R$) • Fuso Horário: GMT (-)3 horas
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Evolução do Produto Interno Bruto (PIB) Ano PIB (R$ 1000) PIB per Capita (R$) 2002 189 053 675 17 734 2003 211 436 094 19 669 2004 226 988 440 20 943 2005 263 177 148 24 083 2008 357 116 681 32 493 2009 389 317 167 35 422 2010 416 569 368 37 901 2011 450 000 000 39 799
GIRO DE ENGENHARIA NO FOCO A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), em setembro de 2010, tornou-se a segunda maior bolsa de valores do mundo, em valor de mercado e a primeira do continente Americano. INDÚSTRIAS A indústria é a principal característica da economia paulista. Depois da crise de 1929, em Nova Iorque, o café deu lugar às indústrias, que fizeram São Paulo permanecer na liderança da indústria nacional até hoje. O estado supera a produção industrial do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e a do Rio Grande do Sul. Seus principais pólos industriais são: • Região Metropolitana de São Paulo: maior pólo de riqueza nacional, a região possui um pólo industrial extremamente diversificado com indústrias de alta tecnologia e indústrias automobilísticas, situadas principalmente na região do ABC. Atualmente a metrópole está passando por uma transformação econômica, deixando seu forte caráter industrial e passando para o setor de serviços; • Vale do Paraíba: possui indústrias do ramo aeroespacial, como a Embraer, indústrias automobilísticas nacionais, como a Volkswagen e a General Motors e indústrias de alta tecnologia. Também estão presentes as indústrias de eletroeletrônicos, têxtil e química; • Região Metropolitana de Campinas: conhecida como
“Vale do Silício brasileiro”, devido à grande concentração de indústrias de alta tecnologia, como a Lucent Technologies, IBM, Compaq e Hewlett-Packard (HP), principalmente nas cidades de Campinas, Indaiatuba e Hortolândia, a região possui um forte e diversificado pólo industrial, com indústrias automobilísticas, indústrias petroquímicas como a Replan, em Paulínia e indústrias têxteis, especialmente nas cidades de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste; • Região Administrativa Central: situada no centro do estado, onde se localizam as cidades de São Carlos e Araraquara, constitui um importante pólo de alta tecnologia, com indústrias de diferentes áreas, como a fábrica da Volkswagen motores, Faber-Castell, Electrolux, Tecumseh e Husqvarna; • Mesorregião de Piracicaba: situada ao lado da Região Metropolitana de Campinas, onde se localizam importantes municípios, como Piracicaba, Limeira e Rio Claro, essa região é caracterizada pela presença de empresas de biotecnologia, cultivo de cana de açúcar e produção de biocombustível. AGROPECUÁRIA O estado de São Paulo é uma das unidades federativas do Brasil que mais contribui para a produção agropecuária do País. Em 2009, contribuiu com 9% de toda a atividade nacional no setor. O estado é, isoladamente, o maior produtor de suco de laranja e de frutas. Em 2010, contribuiu
Empresas de São Paulo no Financial Times Global 500 em 201211 SP Empresa BRA Mundo 1 Ambev 2 43 2 Itaú Unibanco 4 100 3 Bradesco 5 127 Santander 4 6 260 Brasil Telefonica 5 8 282 Brasil 6 Itaúsa 9 348 7 Cielo 10 423
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NO FOCO GIRO DE ENGENHARIA
Avenida Paulista, o mais tradicional e importante centro financeiro da cidade e do Brasil. com 77% de toda a produção nacional de laranja e 58% da produção de cana-de-açúcar. São Paulo possui 190 mil km² de área plantada e pastagens. É o nono maior produtor de soja e o quarto maior produtor de café. Na pecuária, o estado também se destaca sendo responsável por 16% das aves de corte, 9% do rebanho de bovinos e 7% dos suínos do País.
veu a internacionalização da economia brasileira, trazendo a São Paulo (principalmente à região do ABC) a indústria automobilística. Atualmente o estado é líder em vários setores da economia brasileira, notadamente no setor financeiro (concentrado na cidade de São Paulo), nas indústrias automobilística e de aviação e na produção sucroalcooleira e de suco de laranja.
ENERGIA O estado de São Paulo, sendo o mais industrializado estado da Federação, é o maior produtor e também consumidor de energia nacional. São Paulo possui mais usinas hidrelétricas do que qualquer outro estado, contando também com uma usina termoelétrica, conhecidas também por serem as maiores da América Latina.
PARA O FUTURO Apesar de continuar a crescer economicamente, o estado de São Paulo vem perdendo parte de sua participação no PIB nacional devido, principalmente, a uma tendência histórica de desconcentração econômica e de diminuição das desigualdades regionais do Brasil. Em 1990 o estado respondia por 37,3% do Produto Interno Bruto do Brasil. Em 2008, a participação na produção total de bens e serviços do País foi de 33,1%. Em 2009, a participação foi de 33,5%, caindo novamente para 33,1% em 2010.
HISTÓRIA Pode-se considerar que a história econômica paulista começa com o ciclo do café, na época em que a supremacia paulista comandava a política nacional com os mineiros, a chamada “política do café com leite”, durante o período da República Velha, em que o estado teve uma acelerada expansão industrial. O ciclo perdura até a crise da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929. A decadência da cafeicultura provoca a transferência do capital para a indústria, que pôde desenvolver-se apoiada no mercado consumidor e na mão-de-obra disponível no estado. Esta primeira fase da industrialização ocorre no contexto econômico brasileiro da substituição de importações. O período de maior crescimento da indústria do estado ocorre no mandato de Juscelino Kubitschek, que promo-
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Esta designação, porém, também é criticada por outros estudiosos devido às contradições e particularidades de uma grande cidade latino-americana, visto que, segundo eles, a mesma apresenta graves problemas de exclusão social e segregação espacial, configurando-a como metrópole economicamente periférica no cenário capitalista global. O lado B da maior e mais rica cidade do País, possui desafios gigantes: além das questões de saúde e educação que existem em todo o País, São Paulo agrava sua situação com as crise de mobilidade urbana, planejamento e segurança.
GIRO DE ENGENHARIA NO FOCO
Apesar de ser o centro financeiro do País, São Paulo apresenta também alto índice de negócios ligados à economia informal. Neste mesmo cenário, segundo dados da prefeitura do município, cerca um milhão de paulistanos (aproximadamente dez por cento da população) vivia abaixo da linha de pobreza. A experiência de conhecer São Paulo traz a sensação de que a cidade se reconstrói diariamente. Talvez por isso, imaginar o futuro dela seja uma tarefa tão complexa quanto administrá-la no presente. Dessa forma, a Prefeitura de São Paulo mantém uma equipe que elabora o Plano SP 2040. O trabalho vai traçar estratégias de desenvolvimento para os próximos 30 anos da cidade
com a ajuda de moradores da capital e especialistas em planejamento. O número de pessoas acima dos 60 anos na cidade, durante as décadas seguintes, deve superar a quantidade de jovens. O envelhecimento da população vai exigir que a administração municipal coloque como prioridade o conforto e a acessibilidade desses moradores. A maior metrópole da América Latina beberá do prestígio brasileiro no cenário econômico internacional. A renda per capital do paulistano deverá dobrar e a distância entre pobres e ricos será menor. No entanto, São Paulo só continuará atraindo pessoas e investimentos se, antes, garantir que seus moradores vivam bem.
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ENERGIA
Energia, economia, meioambiente: as fontes renováveis de energia no Brasil Por Sérgio de Salvo Brito *
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á pouco mais de meio século, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, a lenha, utilizada intensivamente nas residências, nos pequenos estabelecimentos industriais e mesmo no transporte ferroviário e marítimo, era (ao lado do trabalho humano e animal, de difícil quantificação) a fonte primária dominante no balanço energético nacional. Desde então, no entanto, a industrialização do País, a modernização da agricultura e a crescente urbanização da população acompanharamse pela substituição da lenha energética por formas de energia mais eficientes e de mais fácil transporte manuseio e utilização: basicamente eletricidade e derivados de petróleo. Esta tendência repetiu o que já ocorrera anteriormente nos países industrializados do Hemisfério Norte, com a diferença fundamental de que, ao contrário daqueles, o carvão mineral e o gás natural não chegaram a desempenhar papel importante na matriz energética brasileira. As decisões, tomadas nos anos 50, de orientar o programa de eletrificação no sentido da construção de grandes centrais hidrelétricas e da integração dos sistemas, e de explorar nosso potencial de petróleo e nosso mercado de derivados através de um monopólio do Estado, permitiram garantir abase energética do processo de desenvolvimento através da adequada expansão da oferta
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NO ENERGIA FOCO de energia e da redução de seus custos. Além disto, estas decisões levaram ao aparecimento de grandes empresas estatais nestes dois setores, as quais desenvolveram no país novos padrões de eficiência técnica e gerencial e induziram o crescimento da indústria de base nacional e das grandes empresas privadas de consultoria, de engenharia e de construção. Assim, os dois grandessistemas energéticos centralizados, eletricidade e petróleo, constituíramse, no período, em pólos dinâmicos do processo de desenvolvimento brasileiro. No início da década de 70, o petróleo (predominantemente importado) substituiu a lenha como a principal fonte de energia no país mas, nos anos seguintes, o desequilíbrio do balanço de pagamentos levou o Governo a adotar medidas visando a expansão da produção nacional de petróleo e a desenvolver uma política de substituição de derivados de petróleo por fontes energéticasnacionais (hidreletricidade, álcool, carvão mineral entre outros). Esta política deu bons resultados e, a partir de 1979; a participação do petróleo na estrutura do consumo tendeu a reduzir se, enquanto cresciaacentuadamente a participação da energia hidráulica e diversificavase um pouco a estrutura da oferta. Este ciclo de mudança estrutural parece encerrarse em 1985. A partir deste ano, o consumo dividese em partes aproximadamente iguais entre energia hidrelétrica, petróleo e biomassa energética,com pequena participação de outras fontes (menos de 10% do total) e há indicações de uma possível retomada da tendência anterior a 1970, com a contínua expansão da participação do petróleo (e gás natural) e da hidreletricidade (com crescente complementação nuclear) e redução da participação da biomassa energética. Mas este modelo já demonstra sinais de esgotamento. 0 mais evidente é o problema financeiro: os setores de eletricidade e de petróleo necessitam, para implementar seus programas de expansão, de realizar, na próxima década, investimentos da ordem de 10 bilhões de dólares por ano, cerca de 20% do montante global disponível para investimento, público ou privado, no país; ora, dificilmente tal montante de recursos poderá ser alocado ao setor energético sem graves prejuízos para outros setores talvez mais prioritários, mas com menor capacidade de captação de recursos, como a saúde ou a educação ou mesmo a expansão e modernização industrial. O problema não é conjuntural, mas estrutural, e tem repercussões que extrapolam o simples campo financeiro. Para expandir a oferta do petróleo e de eletricidade será necessário, no primeiro caso, desenvolver a produção em águas cada vez mais profundas e, no segundo, construir usinas em locais cada vez mais desfavoráveis e mais distantes dos centros de consumo e aumentar a participação da geração nuclear. Tudo isto representa, de um lado, a necessidade de realizar investimentos cada vez mais pesados e de desenvolver e implantar tecnologias cada vez mais avançadas: ou seja, o setor necessita de um volume crescente de recursos de um modo geral escassos e de difícil mobilização, no atual estágio de desenvolvimento do país. De outro lado, e pelas mesmas razões, os custos da energia serão crescentes: uma tendência que será reforçada pela crescente
exigência social para que os sistemas energéticos sejam estendidos a vastas áreas ainda escassamente ocupadas, no interior do país, e pela inevitável preocupação com os aspectos ambientais associados à produção de energia. Ora, esta tendência de crescimento dos custos energéticos pode restringir o acesso ao uso da energia a classes sociais de maior renda, geralmente urbanas, e a setores produtivos já consolidados e tecnologicamente avançados. Assim, o setor energético integrarseá cada vez mais a uma vertente do modelo de desenvolvimento que se prevê para o Brasil nas próximas décadas, a vertente da modernização industrial, da inovação tecnológica, da competitividade internacional, da contínua melhoria da qualidade de vida nos grandes centros urbanos mas estará esta vez mais distanciada da outra vertente do modelo, complementar à anterior: a ocupação do território, a promoção de uma distribuição mais justa, em termos regionais e sociais, da renda nacional e das oportunidades de desenvolvimento econômico e de promoção social. Este é o espaço estratégico em que poderá desenvolverse a participação das fontes renováveis de energia, especialmente da biomassa: consideradas, não como alternativas em relação aos sistemas existentes, mas como fontes complementares, que poderão integrarse e interagir dinamicamente com estes sistemas e, simultaneamente, com os setores sociais e produtivos envolvidos com a segunda vertente do desenvolvimento acima citado. O Brasil já acumulou uma experiência industrial bastante significativa, e única no mundo, na utilização em larga escala da biomassa como fonte de energia: podendose citar especialmente a siderurgia a carvão vegetal e o uso do álcool como combustível para veículos. Por motivos climáticos e pela própria limitação territorial, a Europa abandonou definitivamente, no início deste século, a siderurgia a carvão vegetal, substituída pela siderurgia a coque. No Brasil, aquela subsistiu, e continuou a renovar se tecnologicamente, apoiada na ampla disponibilidade de mãodeobra e de terras apropriadas à exploração florestal e, principalmente, no alto rendimento da floresta tropical, 20 ou 30 vezes superior ao que se pode obter nas regiões temperadas e frias do Hemisfério Norte. Assim, embora a grande siderurgia brasileira tenha adotado o coque, o car-
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ENERGIA vão vegetal ainda assegura 20% da produção brasileira de aço, predominantemente através de instalações de pequeno e médio porte e da iniciativa privada. Em seu conjunto, a siderurgia a carvão vegetal constitui hoje um subsetor extremamente dinâmico, tecnologicamente avançado e internacionalmente competitivo. A exploração predatória da mata nativa vem sendo substituída por técnicas modernas de exploração racional, sustentada, de florestas nativas ou de reflorestamentos; técnicas primitivas de produção de carvão foram substituídas por modernos fornos de alvenaria, de alta eficiência e baixo custo, e já se prepara um novo patamar tecnológico com a utilização de retortas para a utilização integral dos subprodutos da carbonização da madeira; e os rendimentos dos altosfornos de produção de gusa vêm sendo continuamente melhorados através do contínuo aperfeiçoamento tecnológico. O programa nacional do álcool, realizado nos últimos quinze anos, já é um programa consolidado e irreversível, embora encontrese hoje em uma situação crítica causada, de um lado, por uma política de preços inadequada, que desestimulou a produção, e, de outro, por terse concentrado sua utilização exclusivamente na substituição da gasolina em veículos leves, o que criou distorções na matriz de produção e uso dos derivados do petróleo. Mas não há dúvida que, sob o ponto de vista técnico e econômico, o programa de álcool brasileiro constituise no maisbemsucedido programa de alternativas energéticas renováveis desenvolvido no mundo após a crise do petróleo, e que seu balanço final é altamente positivo: apesar de algumas restrições de caráter local, que vêm sendo corrigidas, o programa gerou empregos na área rural e contribuiu para a descentralização do desenvolvimento; dinamizou a produção industrial em um período de recessão econômica, e incentivou o desenvolvimento científico e tecnológico em áreas que vão
desde a biotecnologia básica até a engenharia de projeto e de produção além de ter atingido seu objetivo inicial, de garantir o suprimento de combustíveis no mercado interno e reduzir a importação de petróleo. Mas o espaço estratégico da possível ampliação da participação da biomassa no panorama energético brasileiro não se restringe a estas duas áreas. 0 campo de aplicações já avaliadas e que, mediante certas condições, apresentamse como promissoras é muito vasto, e inclui, por exemplo, a complementação da geração hidrelétrica por usinas termelétricas de grande porte, queimando lenha produzida pela exploração sustentada de florestas plantadas; a utilização, em áreas distantes dos campos de petróleo e das refinarias, de óleos vegetais combustíveis, substituindo 0 óleo diesel; a utilização de gasogênios a lenha ou a carvão vegetal para produção de calor industrial e para o acionamento de motores; e mesmo o incentivo à utilização da lenha para cocção, nas áreas rurais, mediante pequenos reflorestamentos e a utilização de fogões mais eficientes. Olhando para o futuro, não parece haver dúvida de que as fontes renováveis de energia continuarão a desempenhar um papel importante na estrutura energética brasileira, mas seria hoje um exercício inútil e provavelmente enganoso tentar realizar previsões quantitativas sobre esta participação, ou sequer tentar prever se o cenário futuro deverá ser de expansão ou de retração. As energias renováveis são basicamente fontes dispersas de energia (pois representam, em última análise, formas naturais de captar a energia solar, distribuída uniformemente sobre o território); assim, sua utilização está intrinsecamente ligada à descentralização, à iniciativa individual ou de comunidades locais, à ocupação do território, ao desenvolvimento regional, à criação de empregos, à abertura da economia pela multiplicação das iniciativas e das oportunidades, à integração do homem a seu meio ambiente natural, ao ecodesenvolvimento. Assim; podese esperar que seu futuro ritmo de expansão dependerá da prioridade que a Sociedade acordar a estes temas: em definitivo, as decisões básicas não serão apenas de caráter
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NO ENERGIA FOCO técnicoeconômico, mas políticas, e envolverão toda a Sociedade e seu projeto de desenvolvimento. Uma outra área crítica é a questão tecnológica. A experiência brasileira na siderurgia a carvão vegetal e no programa do álcool demonstrou que as formas renováveis de energia só se tornam viáveis, em larga escala, se puderem evoluir gradativamente a partir de uma base tecnológica mais primitiva e rudimentar, para a incorporação de tecnologias avançadas, de forma a assegurar maior eficiência energética e tornaremse ecologicamente compatíveis. Este desafio não deve ser minimizado. A utilização energética da biomassa significa uma ação direta do homem sobre seu meio natural, que só será eficiente e ecologicamente aceitável caso perfeitamente adaptada ao ambiente físico e social específico o que significa que, nesta área, são muito limitadas as possibilidades de transferência de tecnologia entre regiões com características climáticas ou sociais diferentes. 0 esforço de desenvolvimento deverá ser essencialmente autônomo e realizado com recursos próprios o que exige uma capacidade de captação de recursos e uma infra estrutura de planejamento e coordenação de que o setor é carente, exatamente por não dispor de uma organização e um quadro institucional próprios. Finalmente, a área mais crítica, e que exige uma análise mais aprofundada: os aspectos ambientais associados à exploração da biomassa para fins energéticos. Vale lembrar, a este respeito, que uma das principais conclusões da XIV a . Conferência Mun-
dial da Energia, em Montreal, 1989, foi que o problema da expansão da oferta de energia, que, primitivamente, admitia um tratamento quase linear, hoje tem que ser equacionado no interior de um sistema a três dimensões: energia, economia e meioambiente. Em outras palavras, os programas energéticos têm que ser Existe hoje, em particular, grande preocupação, no Brasil, e também na comunidade internacional, com a devastação da cobertura florestal brasileira, principalmente na Amazônia, onde a destruição da floresta poderia levar a alterações climáticas de alcance planetário. Esta preocupação não é sem razão. Avaliase que, primitivamente, 88% do território brasileiro era coberto por formações florestais; este índice estaria hoje reduzido a 55%. Nas áreas de ocupação mais antiga e mais intensa, ao longo do litoral, os índices são muito mais alarmantes: nestas áreas, a Mata Atlântica e as florestas subtropicais, que representavam 15% do território nacional, estão hoje reduzidas a um décimo de sua área primitiva. Temese que, no futuro, o mesmo aconteça com a Floresta Amazônica, que cobria 40% do território e que já perdeu cerca de 10% de sua área primitiva. Esta destruição é associada, por grupos preocupados com a questão, com a exploração dos recursos florestais, donde surge uma pressão social contra tal exploração e a exigência de leis mais severas que a reduzam. * O autor é Assessor da Secretaria Nacional de Energia Ministério da InfraEstrutura Sociedade Brasileira de Planejamento Energético
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
Edição Ano 1 Outubro | Setembro / Edição 06 |
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VISÃO PRÁTICA
Banco de Horas, o que é preciso saber • CONCEITO O banco de horas tem como característica a possibilidade de flexibilizar a jornada de trabalho, especialmente naquelas atividades em que o regime de trabalho tem picos e quedas habituais de produção, exigindo maior dedicação de horas trabalhadas em determinados períodos, e menor em outros. É o chamado trabalho “sazonal”. O banco de horas pode ser utilizado também em momentos de crise econômica devidamente comprovada com base na Lei nº 4.923. • ASPECTO LEGAL O banco de horas surgiu em 1998, através da Lei nº 9.601, que alterou o art. 59, da CLT regulando o assunto através dos parágrafos 2º e 3º conforme redação abaixo: “- Parágrafo 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva
de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda o período máximo de um ano à soma das jornadas semanais previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias; - Parágrafo 3º - Na hipótese de recisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma de parágrafo, anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da recisão”. O Tribunal Superior do Trabalho reforçou entendimento de que o banco de horas somente tem validade legal se instituído através da negociação coletiva com a participação do sindicato dos trabalhadores representativo da categoria profissional, quando acrescentou o item V à Súmula 85 assim descrita “As disposições contidas nesta Súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade banco de horas, que somente pode ser instituída por negociação coletiva”. De acordo ou convenção coletiva de trabalho devem constar as cláusulas e as condições para o seu cumprimento e, dentre essas, algumas devem estar obrigatoriamente definidas, como: ♦♦ Fixar quais os segmentos da empresa que participarão do sistema; ♦♦ Respeitar a jornada máxima diária de 10 horas; ♦♦ Respeitar a jornada semanal de 44 horas previstas ao longo do ano do acordo; ♦♦ Especificar em que proporção deverá ser feita a “troca”- por exemplo, se vai ser trocada 1h x 1h; ♦♦ Limitar a compensação das horas em período máximo de um ano; ♦♦ Pagar o eventual saldo de horas excedentes não compensados no prazo máximo de um ano ou quando da recisão do contrato de trabalho; ♦♦ Em trabalhos insalubres deve ser observado que qualquer prorrogação de horário só poderá ser acordada mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de Medicina do Trabalho; ♦♦ Deve ser mantido pela empresa o controle individual do saldo de banco de horas bem como o acesso e acompanhamento do saldo, por parte do empregado.
Por Luiz Carlos Volpon, Consultor Sindical / Trabalhista Sindratar-SP
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JURÍDICO
As Empresas e a
Nova Lei Anticorrupção
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ntrou em vigor no dia 29 de janeiro deste ano, a Lei 12.846/2013, também denominada “Lei Anticorrupção”, na qual o Governo deposita suas forças para conter fraudes, crimes ou atos lesivos à Administração Pública. Fruto do antigo anseio da população em frear os já tão costumeiros escândalos políticos no País, a Lei Anticorrupção busca impor o mínimo de moralidade na Administração Pública (na esfera municipal, estadual e federal). Contudo, fez-se o caminho inverso: em vez de punir exemplarmente o agente público envolvido em tais atos lesivos, pune com extremo rigor a empresa que pratica ou anui a tais atos, assim como seus dirigentes e administradores. Portanto, o alvo da Lei são empresas (nacionais ou estrangeiras), fundações, associações, constituídas de fato ou de direito. Com isso, efetivamente passam a ser punidos os atos de fraudar ou impedir licitação, oferecer vantagem a agente público, dispensas indevidas de licitação para a contratação com a Administração Pública, manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro ou o valor dos contratos públicos celebrados, dificultar a atividade de fiscalização e investigação realizada por órgãos públicos, entre outros. Não é possível afirmarmos que a sonegação de tributos, que possa assim ser entendida de Fisco, venha a ser enquadrada dentre os itens “abertos à qualquer interpretação” dada pela Lei. A responsabilização ditada na nova Lei abrange o âmbito administrativo e civil, sem alterar a responsabilidade penal que já tem mecanismos próprios para punição
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destes ilícitos. A inovação dá-se, ainda, pela adoção da “responsabilidade objetiva” ao apurar estes casos, ou, em outras palavras, somente importa incidir na conduta, punindo independente da demonstração de mera culpa ou dolo específico. Aliás, a citada responsabilidade objetiva deixa escancarada a possibilidade de punição para empresa e dirigentes mesmo quando estes últimos nada souberem, por exemplo, da ação isolada de um funcionário qualquer. Neste sentido, a mudança de postura nas empresas, estabelecendo regras de conduta e de ética no trato com clientes ou tomadores, em especial públicos, é inafastável para prevenir e impedir desvios de comportamento. Das severas punições Para as empresas envolvidas e, assim consideradas infratoras, o rigorismo das sanções será demasiado. Aliás, a ponto da empresa ser compulsoriamente fechada e extinta, com perdimento de todos os seus bens. Para se ter uma ideia, as punições na esfera administrativa prevêem multa de até 20% do faturamento bruto do exercício anterior ou o teto de R$ 60 milhões, a publicação da decisão condenatória nos veículos de imprensa e a inclusão como infratora em um banco de dados específico (vedando a participações em licitações, gozo de benefícios fiscais, financiamento pelo BNDES entre outros). Com relação às agudas punições civis, entenda-se judiciais, citamos o perdimento (apreensão) dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direto ou indireto obtidos na infração, a proibição de
JURÍDICO receber incentivos, subsídios, entre os benefícios públicos, a suspensão ou interdição parcial de suas atividades e a dissolução compulsória da pessoa jurídica. Não bastasse, as punições poderão ser aplicadas de forma cumulativa. Por foco diverso, é previsto que a empresa envolvida pode exercer uma espécie de delação premiada, o chamado “acordo de leniência”, no qual a empresa que contribuir para a cessação da ilicitude, apresentar documentos ou empregar meios para esclarecimentos dos fatos atentatórios à Administração, obterão a redução da multa aplicada de até dois terços e o afastamento de medidas como bloqueio de bens ou suspensão das atividades. DA SUA REGULAMENTAÇÃO Desde meados de fevereiro, embora já vigente a Lei, a CGU (Controladoria Geral da União) está numa cor-
rida contra o tempo para fazer a regulamentação da Lei Anticorrupção. São questões importantes a serem definidas, por exemplo, a necessidade de fazer constar qual é a autoridade que irá apurar os atos contra a Administração Pública no âmbito da responsabilização administrativa, como será a efetiva dosimetria das penas e atenuações, qual será o critério e limites de discricionaridade (atuação) dos julgadores para evitar desvios ou injustiças nas decisões, entre outros pontos. Entendemos que, por enquanto, não é possível a aplicação da Lei Anticorrupção, isto até sua regulamentação efetiva. No entanto, a partir de sua vigência no final de janeiro, qualquer ato está submetido às punições severas da referida lei. Pontofinalizando, o receio de toda e qualquer empresa é ser considerada culpada por ato que não cometeu,
situação facilitada pela responsabilidade objetiva adotada pela norma, o que remete o dever de estar todas de “olhos bem abertos” para não incidirem ou darem azo a ser interpretada como faltosa. A regulamentação interna preventiva dentro das Companhias, com o estabelecimento de Códigos de Conduta e medidas de contenção no trato com os entes públicos, são bem vindas para repelir “todo e qualquer mal” e consequências desta rigorosa Lei.
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Sesi-SP homenageia o radialista Salomão Ésper em Santa Rita do Passa Quatro
Ayrton Vignola/Fiesp
POR DENTRO
O
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP), Paulo Skaf, inaugurou no último dia 19 de fevereiro mais uma unidade da Escola Sesi, dessa vez, em Santa Rita do Passa Quatro, no interior paulista. Skaf aproveitou a ocasião para homenagear o jornalista e radialista Salomão Ésper. “Salomão, você tem o respeito e admiração de todos nós. Você já dedicou 66 anos de sua vida à comunicação. O que você falar, eu acredito”, afirmou Skaf, que completou: “Em nome do Sesi-SP, em nome da indústria, temos muita gratidão por você ter aceitado ser patrono desta escola”. Também participaram da homenagem o prefeito em exercício de Santa Rita do Passa Quatro, Leandro Luciano dos Santos, e o triatleta Reinaldo Colucci, que veio acompanhado da equipe de triatlo de alto rendimento do Sesi-SP de São Carlos. Nascido em Descalvado, e ex-aluno do Sesi-SP da cidade, Colucci afirmou que se identifica com pessoas como Salomão Ésper, que “mesmo tendo de deixar sua cidade, não esqueceram suas raízes”. A escola do Sesi-SP na cidade, que funcionava em um prédio da prefeitura, ganhou nova sede, no Jardim Itália, em agosto de 2012. E agora tem Salomão Ésper como patrono. Com a transferência de local, os alunos foram beneficiados não apenas com as modernas instalações, mas passaram a estudar tempo integral, dando continuidade ao projeto do Sesi-SP de oferecer ensino de qualidade o dia todo em todas as suas unidades do estado até 2015. Com essa proposta, os alunos realizam vivências complementares de esporte, arte, cultura e tecnologia e recebem alimentação saudável e balanceada supervisionada por nutricionistas. A escola do Jardim Itália tem 12 salas de aula, duas áreas de convivência, uma biblioteca escolar com acervo atualizado, laboratório de informática educacional com 37 com-
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putadores, um laboratório de ciência e tecnologia, uma sala multidisciplinar, quadra esportiva coberta com vestiários e ambientes administrativos, amplos e confortáveis, para atendimento aos pais e professores. Ao todo, 572 alunos estão matriculados na unidade. Até o final deste ano 100 escolas do Sesi-SP devem ser inauguradas. “Falar da importância desta escola, pelo número de matriculas e inaugurações é até desnecessário”, completou Ésper. O Sesi-SP começou a implantar seu novo modelo educacional em 2007 com o objetivo de oferecer, além do ensino fundamental em tempo integral, ensino médio e a possibilidade de estudar, simultaneamente, em um curso profissionalizante do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP). O PATRONO Salomão Ésper nasceu em Santa Rita do Passa Quatro, em 26 de outubro de 1929. Jornalista e radialista, formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), Ésper é um dos nomes mais representativos do radiojornalismo no Brasil. Entre tantas características, destaque para o Português impecável discorrido em voz grave e sempre firme e a prodigiosa cultura acompanhada de
POR DENTRO
O homenageado com Skaf
Ésper, respeito e admiração rivilegiada memória. Só na Rádio Bandeirantes, ele está há p cinco décadas. Tendo começado como locutor em 1948, na Rádio Cruzeiro do Sul, Ésper foi para a Rádio América, que pertencia ao Grupo Bandeirantes, quatro anos depois. Lá, ocupou o cargo de superintendente por vários anos. Hoje, apresenta o Jornal Gente ao lado de José Paulo de Andrade – outro ícone do radiojornalismo brasileiro -, e Rafael Colombo, a Rádio Bandeirantes de São Paulo (AM 840-FM 90,09). O programa é sucessor do famoso, O Trabuco, de Vicente Leporace. RODA DE CAPOEIRA Na mesma solenidade, em Santa Rita do Passa Quatro, o Sesi-SP vai oficializar a prática da capoeira como modalidade esportiva em suas escolas. Amplamente disseminada no País, a capoeira contribuirá para uma reflexão crítica da história nacional e da valorização da cultura brasileira, bem como o debate político, socializador e promotor da igualdade racial. Para o Sesi-SP, a prática terá como objetivos valorizar a cultura afro-brasileira, desenvolver habilidades e capacidades motoras e ampliar a prática de diferentes modalidades esportivas.
Nessa fase inicial, serão contempladas as escolas de Americana, Assis, Boituva, Brotas, Ferraz de Vasconcelos, Guararapes, Hortolândia, Itapeva, Itapetininga, Jaboticabal, Jardinópolis, Leme, Lençóis Paulista, Limeira, Mococa, Nova Odessa, Pirassununga, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Salto, Santa Rita do Passa Quatro, Santana de Parnaíba, São Roque, Sumaré, Tambaú, Vinhedo, Votuporanga, e E.E. Carvalho (na capital). A meta é atingir 3.360 estudantes. Em uma segunda etapa, também serão incorporadas as unidades de Catanduva, Cerquilho, Descalvado, São Carlos, Santo Anastácio, Monte Alto, Mirandópolis e Jundiaí, somando mais 960 praticantes.
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EDUCAÇÃO
Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, corpo docente de primeira Trinta docentes são os responsáveis pela formação dos cerca de dois mil alunos matriculados na Escola, que oferece várias opções de cursos de Formação Inicial e Continuada,o Curso Técnico de Refrigeração e Climatização e o de Aprendizagem Industrial de Mecânico de Refrigeração e Climatização
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alar em educação, independente do âmbito que esteja voltada a discussão, é evidenciar o papel do professor no contexto socioeducativo. E com toda razão, já que o professor é elemento componente da teia de ensino. Responsáveis pela formação e consolidação intelectual, o profissional do ensino sabe que lecionar não é tarefa fácil, e como já dizia um dos maiores educadores do Brasil, Paulo Freire, “Educar é uma especificidade humana”, pois somente o ser humano consegue apresentar habilidades suficientes para agir, intencionalmente, e com fins próprios que almejam
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a educação. Tarefa difícil e complexa, que exige do profissional educador uma carga intelectual vasta, que exige muito de si, do saber encarar situações, trabalhar com contextos determinados e vencer desafios. Portanto, investir na área da educação é investir na formação de bons profissionais, bons professores, além de planejamento. Dentro deste contexto, a Escola Senai, em todas as suas Unidades, reconhecida em âmbito internacional como excelência no ensino técnico, conta com corpo docente de primeira grandeza. Na Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, por exemplo, não
é diferente. Lá há uma verdadeira engrenagem nos bastidores, movida pelo seu quadro, que soma 56 profissionais, sendo oito da administração, seis da Manutenção, uma bibliotecária, uma orientadora educacional, dois assistentes técnicos, três coordenadores (dois técnicos e uma pedagógica), um agente de treinamento, um coordenador de Relacionamento com a Indústria, um orientador de Práticas Profissionais, um Trainee e, acompanhando o funcionamento desta engrenagem, um diretor). Ah! E, claro, trinta professores que compõe seu Corpo Docente. Ou seja, mais da metade de seus colaboradores.
EDUCAÇÃO Isso porque com uma história de 64 anos, a antiga Escola Senai do Ipiranga, como era conhecida no passado, mantém as raízes no compromisso da boa formação técnica dos seus alunos, com uma dose extra de disciplina e influência até na construção do caráter de adolescentes e jovens que por ali passam. No entanto, essa tradição não a impede de sempre buscar as inovações do mercado de Refrigeração e Climatização, disponibilizando o que há de mais atual em informações e ferramentas de trabalho ao seu corpo docente, tanto em cursos de aperfeiçoamento ou reciclagem internos ou em outras instituições de Ensino, quanto na parceria com as empresas do setor, eventos e mesmo em convênios com outros países. E quem ganha com isso são os futuros profissionais, pois têm a certeza do retorno do seu tempo e recursos investidos na busca do crescimento profissional. Tanto que desde 2009, deu-se início a reestruturação do Curso Técnico de Refrigeração e Climatização por Competência, que entrará em vigor em janeiro de 2014 para atender às novas exigências do mercado de trabalho. De acordo com a coordenadora de Atividades Pedagógicas da Escola, Professora Simone Bálsamo, a reformulação e atualização do curso técnico foram realizadas por um Comitê Setorial, formado por profissionais de empresas de diferentes áreas, juntamente com o gerente educacional do Senai, alguns professores, além da coordenação e a direção da Escola. Uma das principais mudanças estabelecidas diz respeito a carga horária que passará de 1.200 horas para 1.500 horas/mês. “Das quatro aulas diárias ministradas atualmente, com esta alteração, passaremos para cinco aulas”, enfatizou. Na opinião da Professora, tais inovações trarão inúmeras vantagens, como a atualização técnica e pedagógica nas áreas de VRV, Transporte Frigorificado e Automação, que ainda não estão contempladas no atual currículo. “Um dos principais aspectos é a mudança na Metodologia Pedagó-
gica, que a partir de janeiro, nós vamos trabalhar com o aluno por competência, ou seja: o enfoque será por meio de uma série de atividades que ele precisará ter para que o mercado de trabalho possa melhor absorvê-lo”, explicou. Segundo ela, o novo formato propiciará a simulação de diferentes situações reais, também conhecidas como situações-problemas. “A intenção é que todos os professores trabalhem a Metodologia por Competência, onde os docentes enfocarão muito mais essa interação-mediação entre o professor e o aluno”, explica. Unidades Curriculares Para que essas mudanças fossem implantadas a contento, também foram precisos investimentos e adaptações em salas de aula e laboratórios. Um exemplo é o Laboratório de Elétrica, que está sendo planejado. “A Escola já está se preparando para essa adequação”, afirma Simone. Ela prossegue: “Também temos um laboratório já instalado, onde trabalhamos outras tecnologias”, adiantou. “Atualmente, estamos investindo no Laboratório de Termofrigomecânica, que é um espaço novo, criado para atender algumas partes do currículo da nova grade, contemplando a parte de Termodinâmica e Mecânica dos Fluídos”. Segundo a orientadora pedagógica, a nova programação curricular será dividida em quatro semestres, com 375 horas/aula cada. Nas Escolas Senai, cada disciplina é chamada de Unidade Curricular, ou seja, é a
unidade pedagógica que compõe o currículo, com uma visão interdisciplinar, constituída de conjuntos coerentes e significativos de fundamentos técnicos e científicos ou capacidades técnicas, sociais, organizativas e metodológicas, além de conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais. Eles são independentes em termos formativos e de avaliação durante o processo de aprendizagem. Corpo docente Entretanto, para que a infraestrutura montada e adaptações no currículo funcionem é essencial ter um corpo docente qualificado. Esta é uma exigência Senai. E para que isso seja possível, há um trâmite percorrido pela Instituição, quando se busca um novo profissional, iniciando-se pela publicação de um edital com as características exigidas dele. Dependendo do cargo, deve ser ou não graduado em Engenharia, Tecnologia ou simplesmente possuir curso técnico da área. Em seguida, os candidatos são submetidos a duas etapas: uma prova teórica, para avaliar o seu conhecimento técnico sobre a área, e uma prova prática, na qual terá de simular uma aula, a partir de um dos temas apresentados pela equipe de seleção. “Nós, os coordenadores, vamos avaliando e pontuando o candidato, baseados num checklist, juntamente com professores do nosso quadro ou algum outro profissional qualificado para esta avaliação”, detalhou. Cada uma dessas avaliações vale
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EDUCAÇÃO 50% na admissão, mas a filtragem já ocorre na primeira etapa, pois na prova prática será definido qual é o melhor candidato para aquela vaga. “O candidato pode ter bastante conhecimento técnico, mas se ele não souber transmitir o que sabe, ele não tem potencial para ser professor. Ocorre, também, que às vezes, o candidato não tem muita experiência, mas conta com uma didática forte. E, por vezes, num consenso, investimos nele. Nesse sentido, o processo seletivo é muito bacana, porque avalia o candidato como um todo”, afirma Professora Simone. Investimento no profissional Já como integrante do corpo docente, um dos benefícios oferecidos aos professores é o chamado Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), ou seja, a Escola contata os profissionais que querem fazer um curso pertinente à sua área e também indica algum outro para que os professores possam participar. O objetivo é aumentar cada vez mais o conhecimento do corpo docente na área de atuação, por meio de um cronograma de treinamentos para os meses de dezembro e janeiro, com todas as despesas pagas pelo Senai. “É muito interessante e oportuno”, destaca a Coordenadora. Para se ter uma ideia do investi-
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mento que o Senai dá em seu corpo docente, em 2013, o Diretor Regional do Senai-SP, professor Walter Vicioni Gonçalves, junto com o presidente da Fiesp e do Senai-SP, Paulo Skaf, organizaram um projeto só para a área pedagógica, que previu que o funcionário, profissional docente e o coordenador fossem orientados a fazer 120 horas de Capacitação Pedagógica. “Uma das ideias é que todos falem a mesma linguagem”, destacou Simone. Ela acrescenta que alguns profissionais participam até de eventos no Exterior, como a Feira AHR Expo HVAC-R, a Ashrae, além de outros congressos em Chicago, Atlanta, Austrália, Alemanha e Las Vegas. “O foco no Senai é sempre o aluno. Temos de pensar no aluno, porque ele é o nosso resultado final, por isso investimos na base, que são os professores”, frisou. No comando da Instituição Apesar de ser uma Instituição de Ensino, ela funciona como se fosse uma empresa, ou seja, as várias equipes são comandadas por alguns líderes, que também se reportam a uma alta liderança do Senai-SP. Dentre os responsáveis locais na Escola de Refrigeração e Climatização está o diretor da Unidade, o engenheiro mecânico e pedagogo Eduardo Macedo Ferraz de Souza,
47. Com uma trajetória de 28 anos de Senai-SP, vinte dos quais na educação profissional como professor e coordenador técnico nas áreas Automotiva, Mecânica, Elétrica e Eletrônica, além de oito como diretor da Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, especializada em refrigeração, ele afirma que são fatores importantes para comandar esse grupo específico de trabaIho. “Para incentivar toda a Equipe Escolar a cumprir o objetivo, que é o processo Ensino-Aprendizagem. O resultado é consequência do empenho e do trabalho em equipe realizado”, analisa. E para enfrentar os desafios como líder, Macedo aponta alguns dos seus conhecimentos obtidos em pós-graduações de Administração Industrial, Tecnologia Automotiva para a Melhoria de Problemas Ambientais e MBA em Gestão Estratégica de Educação Tecnológica. Há, ainda, as experiências em congressos e feiras internacionais na Alemanha, Holanda e Canadá e em algumas assistências a trabalhos em Angola, Guiné-Bissau, Timor Leste e Nigéria. Já na coordenação pedagógica da Escola, está a própria Simone, 45, que há 17 trabalha no Senai, dez deles no cargo de coordenação. Ela enfatiza que as decisões assertivas são fundamentais na Escola, justamente porque é considerada referência no Brasil em nível técnico de Refrigeração e Climatização. “Eu já visitei outras Escolas Técnicas de Refrigeração, mas nelas não há todos os equipamentos que temos aqui, onde temos a área industrial, a área comercial, residencial e automotiva, ou seja, nossa Unidade contempla todas as áreas aqui”, afirma. Quanto ao futuro, no que diz respeito aos principais desafios na gestão desta Escola, o professor Eduardo responde: “é estar atento ao cenário do setor da Refrigeração e Climatização, antecipando-se às oportunidades, mantendo a performance atual, o foco na área de atuação e a sua perspectiva de crescimento”, concluiu.
EDUCAÇÃO A Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves” mantém em seu quadro de docentes, profissionais gabaritados, escolhidos por meio de processo seletivo teórico e prático. Conheça alguns deles
Adélia Pratelli
Adélia Cassetari Pretelli, 52, graduada em Letras, ministra Comunicação Oral e Escrita no Curso de Aprendizagem Industrial (CAI) e Gestão Ambiental, Gestão de Recursos e Projetos no Curso Técnico de Refrigeração e Climatização. Há 22 anos na Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, ela também lecionou por um período concomitante na Unidade Roberto Simonsen. Atualmente, Adélia é também docente no Programa de Formação de Educadores do Senai, o Pró-Educador: “Estou achando uma ótima experiência”, disse.
Alan Ferreira da Silva
Alan Ferreira da Silva, 29, é técnico em Refrigeração e Climatização e atualmente estuda Engenharia Mecânica e Inglês. Há quatro anos na Unidade, leciona as disciplinas de Climatização e Refrigeração Residencial e Comercial. “É importante fazer parte do quadro docente do Senai porque agrega muito conhecimento e valor profissional. Além de enriquecimento curricular, já que estamos em constante aprendizado”, analisa.
Beatriz de Fátima Soares
Beatriz de Fátima Soares, 30, com licenciatura em Matemática, também cursou Refrigeração e Climatização no Senai. Natural do Paraná, ela chegou a São Paulo há oito anos e há três ocupa uma vaga de Técnica de Ensino na Unidade do Ipiranga. “Logo no início, quando eu vim fazer o curso aqui, percebi que era uma área que me identificava”. Para a professora, a área de Refrigeração e Climatização está em franca expansão. “Apesar do mercado em São Paulo estar meio saturado, é uma área que está em expansão. Eu vejo que os alunos estão tentando conciliar essa área com a área de Edificações e está sendo bem bacana, e os resultados têm sido muito positivos. Os alunos que estão saindo da nossa Escola estão conseguindo grandes posições. Sinto que estamos fazendo um bom trabalho”, analisa.
Evarício Moraes Sousa
Evarício Moraes Sousa, 29, é tecnólogo em Gestão Ambiental e Automação Industrial, além de técnico em Refrigeração e Climatização e Eletroeletrônica. Na Escola, ele presta serviços como docente desde 2005 e, desde janeiro de 2013, leciona a disciplina de Elétrica para o curso técnico. No entanto, já atuou em outras frentes, como no chamado Proclima, nas Unidades Móveis e na de Tabatingua (este nome está correto?), mas sempre se reportando à Unidade Oscar Rodrigues Alves. Sousa, que já foi coordenador de Infraestrutura de Manutenção no setor privado, se diz um apaixonado pela docência. “Eu optei por dar aula pelo prazer, pelo gosto, pela vontade. E quando se começa a lecionar, você sempre tem de buscar um algo a mais, tem de buscar inovações”, acredita.
André Luiz Octaviano
Adriano de Oliveira Gomes
Adriano de Oliveira Gomes, 39, formado em Mecatrônica e Automação Industrial. Há 13 anos no Senai, já foi monitor e instrutor, atualmente é Técnico de Ensino e ministra aulas nas áreas de Refrigeração Residencial, Climatização Residencial e Climatização Automotiva. Ele se diz um apaixonado pela Escola e pelo Senai. “Eu tento agregar valores às pessoas que buscam algo novo, que querem crescer numa profissão, como aconteceu comigo e com o meu pai, que também trabalhou no Senai, e com o meu sogro, que foi estudante na Escola Senai”, afirma.
André Luiz Otaviano, 36, técnico em Refrigeração e Climatização e em Metalurgia. Há seis anos faz parte do quadro docente da Unidade, “É sempre enriquecedor fazer parte do Grupo Senai. Aliás, eu estudei em outras instituições Senai, agora fazendo parte de uma delas, tenho a oportunidade de transmitir aos que estão chegando, o conhecimento que adquiri durante todos esses”, conta.
Cláudio Emídio da Silva
Cláudio Emídio da Silva, 41, é técnico em Refrigeração e Climatização, além de bacharel e licenciado em História. Ele está há 11 anos na Unidade “Para mim, fazer parte deste corpo docente é uma importância muito grande, já que sou ex-aluno e agora trabalho para atender a uma necessidade de mercado em um grupo que tem o mesmo objetivo: o empreendedorismo, o desenvolvimento pessoal, profissional e intelectual”, evidenciou.
Geraldo Arantes Filho
Geraldo Arantes Filho, 46, Pedagogo e pós-graduado em Didática do Ensino, está há seis anos na Unidade, onde ministra as disciplinas de Climatização Automotiva, Projetos e Informática, mas há 22 anos no Sistema Senai. Em seu currículo há, ainda, a experiência de mecânico e gerente de Manutenção, inclusive no setor público, e na área de Climatização Automotiva, no setor privado. Em sua opinião, o retorno do investimento em Educação é colhido
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EDUCAÇÃO
esse processo. É gratificante ver o crescimento dos alunos ao longo dos anos”, cita.
apenas no longo prazo, mas ele vale a pena. “A importância é saber que você está ajudando na formação do pessoal, ajudando-os a ser alguém na vida. Ajudar mesmo no futuro do País”, apontou. O próximo desafio de Geraldo é a participação em projeto internacional, desenvolvido pelo Senai em parceria com Angola, onde será montada uma Escola de Refrigeração. Luiz Roberto Castro Esquierdo
Leandro Wagner
Leandro Wagner, 28, é Tecnólogo em Elétrica, e ministra as disciplinas Eletricidade I, II e III no Senai-SP, onde está há oito anos - três como prestador de serviço e cinco como funcionário. “É muito importante fazer parte do corpo docente desta escola, porque fui aluno do Senai desde 2000. Fiz o CAI em Elétrica no Senai de Santo André e o Curso Técnico em Refrigeração e Climatização aqui no Ipiranga. Sempre gostei do que fazia, e tinha paixão em transferir meu conhecimento para os colegas de sala de aula. Dai veio a oportunidade de iniciar como instrutor no ano de 2005, onde estou até hoje”, contou. Ele, inclusive, é o responsável pelo treinamento dos competidores da Unidade Oscar Rodrigues Alves na Olimpíada do Conhecimento. No cargo desde 2009, Leandro já preparou dez alunos e neste ano um deles – o Felipe Benício – recebeu a medalha de bronze no evento. “Iniciamos o trabalho de preparação do Felipe para a fase estadual em julho de 2010 e finalizamos em julho de 2013. Foi muito gratificante, pois além de ser um fato inédito para a Escola a participação na fase internacional, ainda conseguimos obter a medalha. A cada dia vemos a evolução do competidor, a superação das dificuldades, a determinação, entre outras características que nos dão orgulho de ser professor”, destacou.
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Luís Roberto Castro Esquierdo, 59, chileno, formou-se em Engenharia Mecânica no Chile, mas há 34 anos está no Brasil. Por aqui sempre trabalhou nas áreas de Manutenção e Comercial e há uma década está no Senai do Ipiranga, onde leciona as disciplinas de Termodinâmica e Climatização. “Eu fiz o curso técnico aqui no Senai porque fiquei um pouco afastado da área de Engenharia. Para retornar achei interessante fazer o curso técnico de Refrigeração e Climatização, depois de concluído, prestei concurso e entrei para a área de Docência”, explicou. Para Esquierdo, que também cuida da área de estágio, a parceria com as empresas é de suma importância, não apenas para o aluno, mas principalmente para a Escola. “A gente fica sabendo o que a empresa precisa do aluno, o que nos ajuda para que ele saia mais preparado”, observa.
Roberto Carlos Olivetti
Roberto Carlos Olivetti, 51, é tecnólogo em Construção Civil, leciona as disciplinas de Eletricidade e Automação no Senai, onde há três anos trabalha pela segunda vez, após uma pausa de 12 anos. Olivetti, que fez o CAI no Senai, em 1977, disse que a experiência no setor privado foi importante para a atual função. “A experiência do mercado é importante, pois o contato com a Refrigeração lá fora foi o que me habilitou para trabalhar aqui”, destacou. “E por aqui temos ótimos laboratórios, ou seja, temos praticamente tudo o que tem de tecnologia disponível no mercado e não faltam recursos”.
Robson Jorge da Silva
Mario Kuroda
Mario Kuroda, 52, Pedagogo, também formado em Técnico Mecânico e em Refrigeração e Climatização. Toda a sua vida docente foi dedicada ao Senai Oscar Rodrigues Alves, onde está há 27 anos e atualmente leciona as disciplinas de Refrigeração Doméstica e Climatização. Para ele, o conhecimento dos docentes deve ser compartilhado com os alunos. “Eu acho muito interessante todo
Robson Jorge da Silva, 50, técnico em Eletrônica e Engenheiro Industrial Eletricista. Ele está há 18 anos na “Oscar Rodrigues Alves”, dos quais 17 atuou em todas as áreas de Eletricidade de Automação e na composição de Estágio. Atualmente coordena a área de Qualidade. Para Silva, a estrutura do Senai proporcionou não apenas crescimento profissional, mas também educativo e disciplinar. “O Senai visa também disciplina, organização, conhecimento de empresas, de máquinas
e de ferramentas em vários setores. Isso é muito importante, eu acredito piamente que no Brasil, e talvez no Mundo, pelo que conhecemos, as oportunidades que se abrem estudando no Senai são muito grandes, imensas, mesmo em relação a outras Escolas do gênero”, ressaltou. Ele destacou os investimentos do Senai em treinamentos contínuos e em reciclagem oferecidos aos docentes, entre as próprias Unidades ou em outras instituições de Ensino. “Além dessa valorização profissional, nós ficamos sempre atualizados às tendências do mercado e à nossa área, para que possamos trabalhar melhor com os nossos alunos.
Valter Rubens Gerner
Valter Rubens Gerner, 56, Engenheiro Mecânico e técnico em Fresa (Usinagem) pelo Senai. Está há 17 anos no Senai “Oscar Rodrigues Alves’, onde leciona as disciplinas de Refrigeração, Climatização, Termodinâmica, Emissão de Calor e Mecânica dos Fluidos. Durante sua vida profissional, também ocupou o cargo de Engenheiro em empresa privada por um período de 15 anos. Gerner disse que se apaixonou pela área de Termodinâmica ainda na faculdade, pois engloba todos os campos da Física. Foi neste período, também, que despertou o seu interesse pela docência, uma vez que lecionou em Supletivo e Cursinho. “Particularmente gosto do Senai como empresa, porque é uma instituição séria, que enxerga o aluno como um funcionário, o que é muito legal, porque eles são preparados para a indústria”, destacou. “Vejo o aluno como ser humano e fico muito contente em saber que ele vai ter boa colocação profissional. Eu digo sempre aos meus alunos: o mérito é seu, mas nós te ajudamos também”, conclui.
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Organização e Realização
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GESTÃO DO RH
Como seus talentos se encontram com as necessidades do mundo?
A
felicidade pessoal e profissional está diretamente relacionada à necessidade de que todos nós temos de nos sentirmos úteis. Úteis à nossa empresa, úteis à sociedade, úteis ao nosso país, úteis à nossa família. Não basta possuirmos ou desenvolvermos um talento específico. Precisamos saber como iremos contribuir com as pessoas, usando os nossos Há pouco tempo conheci uma musicista que toca violino em um famoso teatro em Londres. Ela recebe muito bem por isso, as pessoas pagam caro para ver a sua orquestra tocar e ela tem orgulho do seu trabalho. Mas existe um momento especial em que ela sente que o seu talento de fato contribui com as necessidades do mundo: quando está em sala de aula, ensinando violino para crianças carentes - um trabalho voluntário que ela vem realizando há cinco anos. “Quando vejo o sorriso no rosto de uma criança ao tocar suas primeiras notas no violino, sinto uma alegria que não tem preço. Elas começam a visualizar um futuro promissor e isso é muito gratificante para mim”, diz a musicista.
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Vamos levar esse exemplo para o mundo corporativo. Muitas pesquisas de clima organizacional têm mostrado que a satisfação de um profissional está diretamente relacionada ao sentimento que ele tem de se sentir útil à empresa em que atua. E este sentimento de utilidade vai muito além daquele sentimento de cumprir uma determinada tarefa ou atingir uma meta específica dentro de uma organização. Ele está ligado à percepção que um colaborador tem da sua importância na empresa em que atua e como consegue fazer a diferença nela. É o líder que tem a nobre missão de inspirar outras pessoas a fazer o seu melhor, e, depois de algum tempo, percebe que está formando profissionais melhores do que ele. É o colaborador que utiliza todo o seu potencial não apenas para “atingir as suas metas”, mas para ajudar toda a sua equipe a alcançar os resultados que a empresa espera. Ele não pergunta ao colega: “você quer ajuda?” Não! Ele ajuda e contribui em equipe, mesmo quando o chefe não está olhando, porque se sente bem com esta atitude. É a organização que conhece todos os seus talentos internos e os utiliza da
melhor forma possível, alocando-os onde mais podem contribuir para fazer a diferença. Mais do que estar preocupada com a sua imagem externa, ela quer ter uma boa imagem junto aos seus colaboradores. Pense bem: o bom vendedor não é aquele que se sente útil atingindo ou superando as suas metas de venda. O bom vendedor é aquele que se sente realmente feliz quando percebe que o seu cliente está fazendo um bom negócio. O bom autor não é aquele que fica feliz porque vende muitos exemplares de livro. O bom autor é aquele que consegue ampliar os horizontes das pessoas com suas palavras. Na verdade, o sentimento de utilidade está diretamente ligado a encontrar a sua missão no mundo. Quando descobrir como e onde os seus talentos se encontram com as necessidades do mundo, entenderá qual é a sua missão e, assim, você provavelmente se sentirá realmente pleno como pessoa e como profissional. O filósofo Aristóteles dizia: “onde os seus talentos e as necessidades do mundo se cruzam: aí está a sua vocação”.
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JURÍDICO II
e-Social,
O QUE ESPERAR?
E
m 2014, todas as empresas brasileiras terão de se adaptar ao e-Social, sistema que vai unificar o envio de informações fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas ao Governo Federal. Também conhecido como folha de pagamento digital, a exigência do e-Social vale para empresas de todos os portes - do Microempreendedor Individual (MEI) até pequenas, médias e grandes companhias. O funcionamento da folha de pagamento digital - agora online e transmitida mensalmente ao Governo - ainda desperta muitas dúvidas de empreendedores, empresários e funcionários de setores como recursos humanos, tecnologia e contábil. O e-Social, no entanto, é um projeto que envolve uma mudança de cultura organizacional e a integração de diversos setores dentro das empresas.
TIRE SUAS DÚVIDAS De acordo com especialistas de consultorias, órgãos do governo envolvidos e empresas que já estão testando o e-Social, o melhor é procurar entender o sistema agora, antes que seja obrigatório. Para começar, o e-Social é a sigla para o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas, e faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), lançado em 2007. Também chamado de folha de pagamento digital, o e-Social tem por objetivo unificar num
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único sistema o envio de todas as informações dos trabalhadores aos órgãos federais. Para se adaptar, as empresas terão de mudar a maneira como tratam esses dados. Segundo a avaliação do sócio da consultoria Deloitte Dario Mamone Júnior, a maior parte das informações prestadas será de competência da área de Recursos Humanos (RH) das empresas, mas a integração entre setores será fundamental, principalmente na fase inicial de adequação ao sistema. “Estima-se que 60% de todas as informações necessárias ao e-Social venham do setor de RH, os outros 40% seriam divididos entre medicina do trabalho, compras, produção, vendas e fiscal. Com o e-Social o Governo vai ter um retrato de todo tipo de vínculo trabalhista”, diz. Para a coordenadora da área trabalhista e sócia do Marcelo Tostes Advogados, Carolina de Pinho Tavares, haverá um aumento significativo de trabalho no setor de RH e isso vai exigir mais mão de obra. “Ainda que, no futuro, a proposta do Governo seja de simplificação, essa obrigação será muito dispendiosa para as empresas”, acredita. Em geral, o e-Social transporta para o ambiente digital obrigações que já são cumpridas pelas empresas atualmente. Mas existem novas informações cadastrais sobre funcionários que passarão a ser obrigatórias, segundo previsto no leiaute do e-Social. Um exemplo são os dados sobre se o trabalhador tem casa própria ou se usou o FGTS. “É um pedido da Caixa Econômica Federal. Isso pode gerar uma necessidade de acomodação para as empresas no começo, mas, de forma geral, as obrigações já existem e estão de acordo com a CLT”, avalia o sócio da PWC Marcel Cordeiro. Por isso, segundo ele, a expectativa é de que a burocracia diminua em médio prazo. A assessora jurídica da FecomércioSP, Ana Paula Locoselli, diz ter dúvidas se haverá, de fato, uma simplificação na prestação de contas ao Governo. “A primeira impressão que tive sobre os leiautes do e-Social (que vão orientar como
JURÍDICO II preencher o cadastro) é que eles são complicados”, diz. Complicado? Para cada funcionário, até 48 eventos deverão ser enviados ao sistema (como admissão, acidentes de trabalho e folha de pagamento). Muitas empresas reclamam que esse é um número alto. Mas a Receita Federal refuta essa ideia. “Nós não aumentamos o número de informações pedidas, são as mesmas informações que hoje são registradas. O que fizemos foi dividir para facilitar o envio cada vez que o evento ocorre. A empresa não tem que ficar juntando para mandar um único arquivo”, diz o coordenador de Sistemas da Atividade Fiscal da Receita Federal, Daniel Belmiro. Ele lembra que o e-Social não é mais um programa de computador que a empresa terá que instalar, e sim um sistema que vai se comunicar com o sistema que a empresa já tem. Na avaliação da gerente especialista em soluções de Tax & Accounting da Thomson Reuters no Brasil, Victoria Sanches, o impacto do projeto do e-Social ainda está sendo subestimado pelas empresas. “Não vai mais para dar ‘jeitinho’ em nada. O e-Social marca uma nova era das relações de trabalho”, diz. TRABALHADOR. O e-Social também vai permitir que os próprios trabalhadores “fiscalizem” se as empresas estão cumprindo com suas obrigações, como o depósito do FGTS, e tenham mais facilidade na produção de provas para processos trabalhistas. Da mesma maneira, as empresas terão como comprovar de forma mais fácil que estão em dia e não devem nada aos colaboradores.
TESTES. O sistema só deve estar em pleno funcionamento a partir de 2015. Para testar o e-Social, o Governo tem trabalhado conjuntamente com um grupo de 48 grandes empresas (chamado de GT48) que estão ajudando a encontrar falhas e propor melhorias ao sistema antes de sua obrigatoriedade. EMPREGO. Além de alterar o cotidiano das empresas, o eSocial vai impactar na coleta de dados que orientam políticas públicas, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Com a implantação do eSocial, nós passaremos a receber novas informações, mas, em paralelo, continuaremos a receber a Rais e o Caged. Assim que nós vejamos que o que está vindo pelo eSocial é uma informação de qualidade, passaremos a substituir o envio atual”, afirma José Alberto Maia, auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). “A estimativa é, do terceiro ou quarto mês, nós já saberemos se o Caged já estará a contento”, diz. A Receita Federal deve arrecadar R$ 20 bilhões a mais por ano com o início da folha de pagamento digital (ou eSocial). “É uma previsão conservadora”, afirma o O Sindratar-SP, no uso de suas atribuições, realizará ao longo desse período palestras e cursos sobre o assunto. Confira datas e programação através do e-mail: comunicação@sindratarsp.com.br O primeiro acontecerá em 19 de março.
SEGUE ABAIXO O QUADRO COM O CRONOGRAMA FIXADO PELO AGENTE FUNDIÁRIO:
TIPOS DE EMPREGADOR PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA E SEGURADO ESPECIAL EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO REAL EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO PRESUMIDO, ENTIDADES IMUNES E ISENTAS, OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL, MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI), CONTRIBUINTE INDIVIDUAL EQUIPARADO À EMPRESA E OUTROS EQUIPARADOS A EMPRESA ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES
PRAZO PARA CADASTRO DE EVENTOS INICIAIS E TABELAS
PRAZO PARA TRANSMISSÃO FOLHA DE PAGAMENTO E ENCARGOS TRABALHISTAS
SUBSTITUIÇÃO DA SEFIP A PARTIR DE
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06/06/2014 - FOLHA MAIO/2014
MAIO/2014
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07/08/2014 - FOLHA JULHO/2014
NOVEMBRO/2014
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05/12/2014 - FOLHA NOVEMBRO/2014
JANEIRO/2015
31/01/2015
06/02/2015 - FOLHA JANEIRO/2015
JANEIRO/2015
O prazo de envio dos eventos periódicos, como folha de pagamento e encargos trabalhistas, será até o dia 7 do mês seguinte ao da competência informada, antecipando-se o prazo caso esse dia recaía em dia não útil. O prazo de transmissão dos eventos não periódicos passa a ocorrer a partir da inclusão dos eventos iniciais no e-Social, quando houver fato gerador. É possível que, em breve, seja publicada legislação conjunta da RFB, INSS e MTE, dispondo sobre a efetiva implantação do eSocial, vez que há esta indicação na minuta da Versão 1.1 do Manual do eSocial divulgada através do link. Por enquanto, apesar da referida Circular indicar que já estaria disponível para consulta o Leiaute Inicial e o respectivo Manual de Orientação do ESocial - versão 1.1 através dos linkswww.esocial. gov.br e www.caixa.gov.br, opção download, o material encontra-se disponibilizado somente no site do eSocial, e ainda consta como minuta, ou seja, não é ainda o Manual Oficial. Fonte: Caixa Economica Federal
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AGENDE-SE Com o objetivo de divulgar seus trabalhos e acompanhar novidades e tendências, a Revista Sindratar em Foco e o Sindratar-SP participarão neste ano de 2014 em cerca de 20 Feiras de Negócios. Anote:
Feicon Batimat De 18 a 22 de março Anhembi Santos Offshore 2014 Santos Offshore Oil & Gas Expo, o mais importante encontro para o setor petroleiro no estado de São Paulo, Data: 8 a 14 de abril de 2014 Hora: terça à quinta das 14 às 21h | sexta das 13 às 19h Local: Mendes Convention Center Endereço: Av. General Francisco Glicério, 206 Gonzaga - Santos/SP - Brasil Site: www.santosoffshore.com.br Enersolar +Brasil A EnerSolar + Brasil | Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, o ponto de encontro dos representantes da indústria de produtos, serviços e soluções de tecnologias solar e térmica. Organizado pelo Grupo Cipa Fiera Milano e Artenergy Publishing, o evento promove as oportunidades na indústria solar da América do Sul, onde 250 expositores nacionais e internacionais, de países como Itália, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e China, dentre outros, apresentam suas tecnologias, serviços e soluções para aplicações industriais e civis, nos segmentos de energia térmica solar e fotovoltaica, inversores e outras energias renováveis Data: 16 a 18 de Julho de 2014 Local: Centro de Exposições Imigrantes Endereço: Rodovia dos Imigrantes, KM 1,5, São Paulo – SP
Mais informações sobre os eventos 2014, acesse:
www.sindrarar-SP.com.br 58
FCE Pharma A 19ª edição da FCE Pharma traz lançamentos e inovações tecnológicas com foco em segurança e controle de contaminação. Expositores nacionais e internacionais mostrarão suas novidades para profissionais do mercado. O evento é o ponto de encontro de profissionais qualificados do setor com os principais fabricantes de matérias-primas, embalagens, maquinário, produtos e serviços ligados à indústria. Local: Transamérica Expo Center São Paulo, Brasil Data: 12 - 14 Maio, 2014 Horário: Das 13h00 às 20h00 Mercofrio 2014 O 9º Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação – Mercofrio, que será realizado de 25 a 27 de agosto na FIERGS,em Porto Alegre (RS), abriu as inscrições para os trabalhos de pesquisas com temas: Fundamentos, Refrigeração e Sistemas, equipamentos e aplicações de ar condicionado, aquecimento e ventilação. Neste ano não haverá etapa inicial de inscrição de resumos, somente inscrição direta de trabalhos. A inclusão dos artigos deve ser realizada através da plataforma SWGE, utilizando a opção “novo artigo”. As inscrições iniciais são gratuitas e vão até o dia 30 de abril. No dia 15 de maio serão divulgados os trabalhos aprovados para participarem da etapa de apresentações, então envolvendo um investimento dos pesquisadores que ainda será definido pela organização do evento nos próximos dias. Mais informações podem ser conferidas no site do Congresso. O Mercofrio é o Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação, que ocorre em Porto Alegre a cada dois anos, com o objetivo de integrar pesquisa, indústria e mercado com a participação de especialistas e estudiosos que apresentam novidades e tendências. O público é formado por professores, engenheiros, arquitetos, projetistas, consultores técnicos e acadêmicos do segmento. O congresso conta com a apresentação de trabalhos, palestras, exposições, seminários, grupos de trabalho e debates sobre climatização.
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
Edição 03 | Abril/Maio | Ano 1 Edição 02 | Jan/Fev/Mar | Ano 1
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
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foco foco
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
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foco foco
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foco foco Edição 06 | Setembro / Outubro | Ano 1
Edição 04 | Junho | Ano 1
Sindicato da indúStria de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar no eStado de São Paulo
ECONOMIA
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foco
Sindicato da indúStria de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar no eStado de São Paulo
TECNOLOGIA Inauguração Trox Academy
HVAC-R Sindratar SP e Senai juntos no Vale do Paraíba
foco
INFraestrutura Os desafios da exploração do pré-sal
Especial Padarias
Desindustrialização
em
EduCação
Conheça a estrutura dos laboratórios do Senai
GESTÃO DE PESSOAS
EConomia
RH nas pequenas empresas
as expectativas para 2012: um ano de crise mundial
E MAIS: Giro da Engenharia Jurídico ISCC Brazil 2016
tECnoLoGia
o setor de HVaC-r e o atrativo mercado das feiras
rio+20
21/03/2012 17:34:18
CoMPEtItIVIdadE
semana tecnológica da refrigeração e Climatização
Guerra dos Portos: Governo vence a queda de braço
No Foco: homenagem a José Daniel Tosi SindratarEd 02 A.indd 1
Por dENtro E mais:
SindratarEd 03 A.indd 1
os números do mercado de splits
No foco “a terra não está aquecendo”, diz luiz Carlos Molion
Edição 08 | Janeiro / Fevereiro | Ano 2
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
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foco
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
Capmetal comemora 33 anos
13/07/2012 13:27:39
Edição 09 | Março / Abril | Ano 2
em
foco
SINDICATO DA INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR NO ESTADO DE SÃO PAULO
em
foco
TRATAMENTO DO AR
CLIMATIZAÇÃO Transportes Públicos
INFRAESTRUTURA Os desafios da EDUCAÇÃO exploração do pré-sal Olimpíada do
No Foco
eduCaçãO Cobertura semana tecnológica
25/05/2012 20:36:07
SindratarEd 04 F.indd 1
Edição 07 | Novembro / Dezembro | Ano 1
teCNOlOgIa Mercofrio e greenbuilding
Do projeto à manutenção, saiba mais sobre seu funcionamento nos ambientes hospitalares
Conhecimento
JURÍDICO Governo aprova Programa Especial de Parcelamento do ICMS ECONOMIA Balanço 2012, TECNOLOGIA perspectivas Mercofrio e 2013 Greenbuilding
No Foco
Recentes pesquisas indicam novos Capmetal comemora 33 anos rumos sobre as Mudanças Climáticas
ESPECIAL Caderno da Copa
ESPECIAL Caderno da Copa
EDUCAÇÃO Cobertura Semana Tecnológica
Fonte Nova, Salvador Maracanã, Rio de Janeiro
Castelão, Fortaleza Mineirão, Belo Horizonte
No Foco Capmetal comemora anos São Rafael, uma empresa 33 centenária
No Foco Comemorando 15 anos, a Linter destaca-se como São Rafael, uma empresa centenária uma importante empresa na área de filtros
SindratarEd 08_F.indd 1
11/03/2013 12:03:45
REVISTA SINDRATAR EM FOCO,
Anuário da Indústria de Refrigeração, Aquecimento, Ventilação e Tratamento do Ar no Brasil
2013/14 Edição 01 | Ano 01
“Informação e Inovação onde sua Empresa Precisa”
ECONOMIA
EDUCAÇÃO
COMPETITIVIDADE
COMPORTAMENTO
TECNOLOGIA
SEGURANÇA DO TRABALHO
LEGISLAÇÃO
GESTÃO DO RH
NEGÓCIOS
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Só uma empresa que tem parceria com as principais m arcas mundiais de válvulas e atuadores, pode ser líder na distribuição de controles para Refrigeraçao e Ar Condicionado. Slic, distribuidora Belimo. Há 35 anos distribuindo o que há de melhor para o mercado de HVAC-R.
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