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Lajes do Pico

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Silves

Silves

Aqui, o modo de cultivo da vinha é único no mundo. Prova da sua singular importância e singularidade é o facto de a UNESCO ter considerado a Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património Mundial da Humanidade.

Acultura da vinha está associada aos primeiros tempos do povoamento, nos finais do século XV. O vinho verdelho, a partir da casta do mesmo nome, ganhou reputação mundial ao longo dos séculos. Durante mais de duas centenas de anos o verdelho do Pico teve fama internacional, nomeadamente, Inglaterra, Américas e Rússia, onde terá chegado à mesa dos czares. A partir do século XIX são introduzidas novas castas que dão origem a vinhos de mesa tintos e brancos.

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O modo de cultivo, contra a aspereza dos terrenos vulcânicos quase sem terra vegetal, em currais (áreas muradas de pedra negra, de muito pequena dimensão), marca igualmente esta cultura na Ilha. Prova da sua importância é o facto da UNESCO, em 2004, ter considerado a Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (criada em 1996) como Património Mundial da Humanidade. Currais, maroiços (amontoados de pedra em forma de pirâmide), vinhas e adegas com os seus equipamentos são elementos emblemáticos da vinha e do vinho.

VINHO GASTRONO

&

MIA

Predominam três castas nobres, raras e exclusivas, que contribuem para a singularidade dos vinhos dos Açores: Verdelho (casta emblemática dos Açores), Terrantez e Arinto dos Açores.

Aqui o mar é generoso. Crustáceos, moluscos e peixes de vários tamanhos e sabores são manjares inigualáveis. Sugestões: “polvo guisado em vinho de cheiro” ou “molha de carne à moda do Pico”.

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Vinha - Patrim ónio UN ESCO

Um modo de cultivo único no mundo, Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (criada em 1996), classificada como Património Mundial da Humanidade. «Ali, nas chãs de beira-mar, quase nem existia amostra de terra. Experimentaram meter a vinha por entre o burgalhau, nos interstícios das lajes e dos moledos. Se a camada pedregosa engrossava demasiado, escavavam buracos de quinze a vinte palmos de fundo por sete a dez de boca – e lá muito em baixo plantavam a videira.» —Dias de Melo, “Pedras Negras” (romance), 1964.

Muse u dos Baleei ros

O Museu do Pico reúne as extensões (pólos) do Museu dos Baleeiros, na vila das Lajes, do Museu da Indústria Baleeira, na vila de S. Roque do Pico, e do Museu do Vinho, na vila da Madalena. O edifício do museu é constituído por um conjunto de três antigas casas de botes baleeiros do séc. XIX e complementado por uma tenda de ferreiro anexa, integrada num novo corpo edificado e fortemente marcado por uma arquitetura de inspiração baleeira norte- -americana.

Fei ras E eve ntos

↘ Sema na dos Baleei ros

É sobretudo uma manifestação do culto dos picoenses a Nossa

Senhora de Lourdes que protegeu antigos baleeiros ameaçados pela tempestade (finais de 1882).

↘ Fes tas do Divi no Esp írito

Santo

As erupções vulcânicas na ilha foram a razão próxima desta devoção. As populações, apavoradas, prometeram votos ao Divino Espírito Santo e nunca mais deixaram de cumprir esse voto.

↘ Impé rio de São Pedro

Evento religioso com oferta de

“rosquilhas”, sendo que, em certos anos, a distribuição ultrapassa as 4.000.

A vitivinicultura funde-se com a identidade da Madalena, numa teia basáltica, em que tradição e sonho se entrelaçam. Efetivamente, a produção de vinho é a nossa essência, definindo a nossa cultura, a nossa economia, até mesmo a paisagem local, fazendo da Madalena Capital dos Açores da Vinha e do Vinho.

Na vitivinicultura picoense encontramos a génese do nosso povo, da nossa colonização, ambas datando do século XV. Volvidos seis séculos, o vinho é paixão, é sonho, que de mãos dadas com as nossas gentes queremos esculpir sobre o negro basalto, projetando um futuro cada vez maior e melhor.

João António Soares Presidente do Município

↘ Concel ho

Situada no extremo oeste da ilha do Pico, na Região

Autónoma dos Açores, a Madalena ocupa uma área de 149 km2, possuindo 6.049 habitantes.

↘ Re gião

Pertencente à região vitivinícola dos Açores, destacam-se como principais castas o Arinto dos

Açores, o Terrantez e o

Verdelho.

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