RELATÓRIO DA REPORTAGEM A COMUNIDADE LGTB E A RELIGIÃO CRISTÃ
Realizada por: Adriana Pedro N.º Ana Catarina Cabrito N.º 219767 Andreia Catarina Neves N.º 217864 Francisco Silva N.º 219769
Televisão e Cinema
Joana de Sousa N.º
Prof. Aux.: Carla Cruz
Tomás Desidério N.º
2016/2017
Índice Introdução.........................................................................................................................3 Capítulo I – A construção de uma história.......................................................................4 1.
A Intriga e a Moral......................................................................................................4
1.1.
Pathos.....................................................................................................................4
1.2.
Ethos.......................................................................................................................5
1.3.
Logos.......................................................................................................................5
1.4.
Pequena Sinopse....................................................................................................6
1.5.
Story-line.................................................................................................................6
2.
Sequências Fílmicas e Montagem..............................................................................8
3.
Elementos e Entidades da Narrativa........................................................................10
4.
Espaço da Narrativa..................................................................................................12
Capítulo II – As fases de produção do projeto...............................................................14 1.
Pré-Produção (Revisão Bibliográfica).......................................................................14
2.
Produção..................................................................................................................19
2.1. 3.
Planos Utilizados...................................................................................................19 Pós-Produção...........................................................................................................23
Conclusões.......................................................................................................................24 Referências Bibliográficas................................................................................................25 Webgrafia........................................................................................................................26 Anexos.............................................................................................................................27
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Introdução A reportagem “Amar Sem Pecado”, à semelhança das grandes reportagens, é baseada num tema atual de grande importância: a relação entre a comunidade LGBTi e a religião Cristã. A escolha desta temática prendeu-se com o facto destes temas já terem sido abordados individualmente, mas a sua exploração conjunta ser ainda um assunto tabu na sociedade. É importante explorados os dois lados da situação, ouvindo tanto a versão da comunidade LGBTi como da comunidade cristã. A visita do Papa Francisco ao Santuário de Fátima, no passado dia 13 de maio, e a recente polémica da expulsão de João Cláudio Maria do coro de Castanheira de Pera, em perto de Coimbra, depois deste ter assumido a sua sexualidade, funcionaram como pontos de partida para a escolha deste tema. O principal objetivo da reportagem foi dar a conhecer os dois polos desta relação, conhecendo o ponto em que esta se encontra atualmente.
“Certamente não existe qualquer vantagem em perseguir aqueles que não partilham a nossa opinião e em provocar o seu ódio em nós. Há, portanto, repito mais uma vez, um absurdo na intolerância” Voltaire 3|Página
Capítulo I – A Construção de uma História 1. A Intriga e a Moral 1.1. Pathos Este é o tipo de persuasão que apela ao lado de emocional do público, sendo imprescindível ter um conhecimento antecipado acerca daquilo que o comove. A nossa história tem três enredos principais: a perspetiva da comunidade LGBTi; a perspetiva da religião cristã (na voz das três igrejas que entrevistámos); o testemunho de João Maria.
A ILGA - Portugal, uma organização internacional que representa a comunidade LGBT a nível nacional, deu-nos o seu parecer acerca da relação entre estes indivíduos e a religião Cristã, incluindo ainda opiniões sobre a
forma como estes são integrados (ou não) na nossa sociedade; A religião Cristã, na voz da Igreja Lisbonense (Evangélica), da Comunidade Cristã (CCLX) e da Igreja Católica e dos seus respetivos representantes, reflete a sua perspetiva acerca da integração de indivíduos LGBTi na vida religiosa e
como é que tal acontecesse (ou não acontece); O testemunho de João Maria, expulso do coro de igreja após ter assumido a sua orientação sexual, é uma reflexão da realidade, sendo que o seu discurso final dá ao espectador a conclusão final da nossa reportagem. Todas estas perspetivas são corroboradas por estatísticas que vão alimentando o
que os vários entrevistados estão a relatar.
“Fui à polícia e ainda ouvi de um polícia quando estava a prestar depoimento que deveria levar umas injeções de testosterona nas nalgas, que assim da próxima vez já me poderia defender”, Testemunho Gay (38 anos)
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1.2. Ethos O Ehtos refere-se às características do orador que influenciam o processo de persuasão, como a sua credibilidade, honestidade ou autoridade. O grupo, para explorar o tema da relação que existe entre a comunidade LGBTi e a religião cristã, recorreu a entrevistas individuais a pessoas que poderiam ser consideradas representantes das associações a que pertenciam. As igrejas, durante as entrevistas, não se afirmaram contra a presença e integração de indivíduos pertencentes a comunidades LGBTi nos seus rituais. É de realçar que a CCLX afirmou que recebe e acolhe membros destas comunidades regularmente. Porém, a ILGA referiu que a relação entre a associação e as igrejas é praticamente inexistente, já que nunca houve um contacto ou diálogo direto entre ambas.
1.3. Logos Diz respeito ao conteúdo do discurso, ou seja, à forma como a tese é apresentada ao público. Está presente nos argumentos utilizados, na sua organização e estruturação, e na clareza como são dados ao público. A organização do nosso discurso passou por uma alternância entre os discursos das entrevistas, arquivos de reportagens anteriormente feitas, e o testemunho de João Maria. As estatísticas foram inseridas, em voz-of, de acordo com aquilo que os intervenientes na reportagem diziam no seu discurso, de forma a complementar o que era dito.
“Balancing faith and sexuality is not easy and something people will be trying to unpack for centuries to come”,
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Priley (2016)
1.4. Pequena Sinopse A reportagem “Amar Sem Pecado” procura explorar o tipo de relação existente entre a comunidade LGBTi e a religião cristã, tendo por base três diferentes igrejas. Leva o espectador a refletir sobre os estereótipos criados sobre a inclusão ou exclusão de membros de comunidades LGBT na vida religiosa, assim como as dificuldades que os mesmos encontram. Por outro lado, na perspetiva das igrejas, o espectador acaba por refletir sobre as diferentes interpretações que os textos bíblicos podem ter para as várias facetas do Cristianismo.
1.5. Story-line
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1
3
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Apresentámos arquivos da TVI relativos a declarações feitas pelo Papa Francisco sobre a comunidade LGBTi e a sua exclusão da vida religiosa. Seguimos para a apresentação deApresentámos alguns excertos arquivos relativos à história de das entrevistas realizadas. Krzysztof Charamsa.
A reportagem inicia-se com a apresentação do seu título e com o exterior do edifício da ILGA – Portugal, onde estão expostas as bandeiras LGBTi.
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Foram encaixados mais excertos das entrevistas, para complementar as declarações de João Maria, Os créditos sucederam de João Continuámos a apresentação Mostrámos adeentrevista mais ao aodepoimento nosso testemunho, com a qualcom a reportagem acabou. Maria.Fé na Igualdade. declarações retiradas dasfeita entrevistas. na Conferência
“She has not fully found the balance between her sexual and religious identities, but she has always been around Christianity, so she feels she cannot just ignore her religion now”, Testemunha do estudo de Priley (2016)
2.
Sequências Fílmicas e Montagem
Montagem encadeada, ou em paralelo É a organização, ou sequência, lógica das cenas que possibilita a compreensão da história que é contada. O grupo partiu de várias entrevistas para encadear e desenvolver a sua história, que foi feita com o encadeamento desses discursos, encaixando-os uns nos outros. No fim, culimou-se com o discurso de João Maria que apelou à aceitação de um todo e não de uma parte pela igreja (“tornar-se uma igreja para todos e não só para alguns”, 16:26).
Função Sintática de Alternância Através da montagem alternada de imagens duas ações distintas, uma a seguir à outra, podem parecer uma cena só. Esta alternância é feita maioritariamente pela junção de discursos captados em entrevistas diferentes, que se complementam entre si. Como podemos ver, por exemplo, com alternância entre os arquivos (com a presença de uma voz-of), que salta para o discurso do padre Domingos Carneiro (da igreja Católica), no minuto 2:19, que imediatamente a seguir é completado com o discurso do Pastor Luís Matos (igreja Lisbonense), ao minuto 3:18.
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Entre o minuto 4:20 e 7:04 há uma alternância entre 3 discursos de
entrevistas:
começando
pelo
pastor
Nuno
Ornellas,
passando
imediatamente para o padre Domingos Carneiro e culminando com o relato de Marta Ramos, da ILGA.
Função Semântica de Denotação Está relacionada com os aspetos presentes em paralelismos e comparações. Daqui podemos destacar o foco principal do nosso trabalho, relativo à relação entre LGBTi e religião cristã, onde foram feitas comparações entre as diferentes perspetivas religiosas. Porém, é de realçar uma maior comparação, feita entre os dois enfoques do nosso trabalho: comunidade LGBTi e religião. O grupo fez uma constante comparação entre as duas perspetivas, percebendo as diferenças entre as suas opiniões.
Encaixe
Logo no início da reportagem acontece um momento de encaixe, no qual é inserido uma parte do discurso da Marta Ramos (representante da ILGAPortugal), que é sucedido pela continuação das imagens de arquivos. Tudo isto acontece entre o minuto 0:25 e 2:18. Podemos destacar outro encaixa durante o discurso do Pastor Nuno Ornellas (da CCLX), no qual foram inseridas imagens de uma das suas celebrações religiosas (entre o minuto (3:48 e 5:03).
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“Some are fighting to be accepted by their gay community as religious, while others are fighting to be accepted by their religious community as gay”, Fleenor & Moenaf (2016)
3.
Elementos e Entidades da Narrativa
Ação e Personagens Principais
A ação central, ou principal, é baseada no testemunho de João Cláudio Maria, que é também o personagem principal do enredo, sendo que foi a partir da história dele que toda a reportagem se construiu. Este, com apenas 21 anos, dirigia o coro da igreja e São Domingos, em Castanheira de Pera, há cerca de seis anos, quando foi expulso depois de se ter assumido homossexual. Também podemos assumir como parte do enredo principal Krzysztof Charamsa, que está presente nos arquivos TVI e foi um dos oradores convidados da Conferência Fé na Igualdade. Foi o autor do livro “Eu, padre gay”, publicado em 2016, que relata o seu testemunho dos “bastidores” da Santa Sé: homossexualidade do Clero, a discriminação e opressão dos gays, as críticas e a maledicência sobre o Papa Francisco. Em 2015, Charamsa revelou a sua orientação sexual e foi expulso do Vaticano, pela quebra do voto de Celibato. Ação e Personagens Secundárias
Todo o discurso fornecidos por associações LGBTi, assim como por representantes das igrejas cristãs são sustentadores do discurso das personagens principais e, por esse motivo, além de serem a ação secundária da reportagem são também personagens secundárias. Marta Ramos: Diretora Executiva da ILGA – Portugal. Coordena todos os projetos e funcionários colaboradores da associação, representando-a na Advocacy Network da ILGA-Europe. 9|Página
- A Associação ILGA Portugal foi fundada em 1995 e tem como principal objetivo a integração social da população lésbica, gay, bissexual, trans e intersexo (LGBTI) em Portugal.
Padre Domingos Carneiro: Em “Amar Sem Pecado” representa a igreja Católica. É o pároco do Patriarcado de Lisboa na Igreja Santa Maria da Agualva, no Cacém. Pastor Nuno Ornellas: É o pastor Comunidade Cristã de Lisboa (CCLX). - A CCLX tem a missão de anunciar a vinda do Reino de Deus, unindo pessoas a Cristo e umas às outras, através da construção de uma mentalidade apaixonada pelo próximo, culturalmente coerente e espiritualmente saudável, servindo, exortando e caminhando juntos. Pastor Luís Matos: É o pastor responsável da Igreja Evangélica Lisbonense. - Esta igreja caracteriza-se pela sua forma de governo, como uma igreja Presbiteriana e se considera uma congregação Reformada na constante interpretação que faz das Escrituras, sendo uma comunidade Evangélica no seu espírito. Narrador Em “Amar Sem Pecado” encontramos um narrador não participante, ou heterodiagético, já que este não tem um papel ativo na narrativa, relatando apenas os factos da história (neste caso, estudos realizados anteriormente, estatísticas, …). Neste sentido, o narrador tem um profundo conhecimento sobre o tema (focalização interna múltipla) a partir das personagens que participam na narrativa: Marta Ramos, Nuno Ornellas, Domingos Carneiro, Luís Matos e, por fim, João Maria. Estes proporcionam uma visão aprofundada sobre a temática em causa. O nosso narrador surge sob a forma de voz-of, nos seguintes tempos: 0:36 a 1:06; 1:37 a 2:18; 7:01 a 7:15; 15:14 a 15:48.
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4.
Espaço da Narrativa
Espaço Físico
Quando falamos de espaço físico referimo-nos ao sentido mais lato do conceito, já que engloba toda a diversidade de espaços utilizados, envolvendo os locais onde a ação se desenvolve. Todas as entrevistas tiveram lugar em espaços interiores e fechados, não havendo espaços exteriores e abertos na nossa reportagem. o Entrevista à Marta Ramos: Sede da ILGA – Portugal, na rua dos Fanqueiros, em Lisboa; o Entrevista ao Padre Domingos Carneiro: Igreja de Santa Maria, no Cacém; o Entrevista ao Pastor Nuno Ornellas: Sede da CCLX (Comunidade Cristã de Lisboa), na rua Bela Vista, na Agualva-Cacém; o Entrevista ao Pastor Luís Matos: Igreja Lisbonense, na rua Febo Moniz, em Lisboa; o Entrevista a João Cláudio Maria: Conferência Fé na Igualdade, no Museu da Farmácia, em Lisboa.
Espaço Social
Associa-se aos meios sociais onde as personagens da reportagem estão presentes, pretendendo mostrar uma tipologia social. Assim sendo, podemos concluir que as entrevistas realizadas nas três igrejas representam a perspetiva religiosa, mais especificamente do Cristianismo. Por outro lado, a entrevista levada a cabo na ILGA pretende representar a comunidade homossexual, bissexual, transgénero e intersexo.
Espaço Psicológico
Compreende, no seu essencial, os sentimentos e emoções que as personagens nutrem dentro de si. Desta forma, podemos sumarizar as expressões emocionais de cada um dos intervenientes na reportagem da seguinte forma:
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o Marta Ramos: mostrou-se confiante durante o seu discurso, transmitindo segurança naquilo que dizia, assumindo uma posição defensora e protetora dos membros da comunidade à qual também ela pertence. Em nenhum momento se mostrou demasiado preocupada em relação à situação entre a comunidade LGBTi e a religião Cristã; o Padre Domingos Carneiro: revelou-se aberto à integração de indivíduos LGBT, enquanto seres humanos iguais a todos os outros membros da sua igreja. Porém, não deixou de se mostrar preocupado em relação aos possíveis problemas que esta inserção poderia trazer. Transmitiu uma posição respeitadora em relação a estes indivíduos, tendo um discurso sério e leviano sobre esta temática. É um homem que transmite confiança na palavra de Deus; o Pastor Nuno Ornellas: Teve um discurso sensato e bastante próximo do público, mostrando-se recetivo às ideias que estavam presentes nas questões colocadas. Mostrou compaixão e respeito pela luta dos LBGT, refletindo disponibilidade para os ajudar no seu da sua igreja (generosidade). o Pastor Luís Matos: Em vários momentos, mostrou-se hesitante no seu discurso, transmitindo falta de segurança e confiança naquilo que estava a dizer. Revelou ser profundamente crente na palavra de Deus, seguindo-a fielmente e tendo dificuldade em afastar-se dela. Subentende-se que não está recetivo há inserção de membros LGBTi no seio da sua igreja (“se eu estou errado, peguem na Bíblia e digam-me que estou errado” 12:58); o João Cláudio Maria: Apela a uma interpretação diferente da Bíblia, alertando para as diversas ‘lacunas’ existentes na mesma. Porém, mostrase confiante no futuro e nas mudanças que o tempo trará para a religião. Transmite ideias de romance e amor, não acreditando que este possa escolher sexos.
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Capítulo II – As fases de produção do projeto 1. Pré-Produção (Revisão Bibliográfica) O movimento LGBT, emergiu no mundo ocidental na década de 1960 sob os auspícios da teoria dos novos movimentos sociais, interessada principalmente no estudo das razões subjacentes à emergência da ação coletiva – os “porquês”, mais do que os “comos” (Foweraker, 1995: 2). No entanto, em Portugal, o movimento LGBTi é consideravelmente recente, principalmente devido ao grande conservadorismo que caracterizou o país até ao ano de 1974 e à falta de abertura relativamente a ideias mais liberais e a diferentes sexualidades. A partir da década de 70 viveu-se um clima de abertura e liberdade que permitiu o crescimento da comunidade LGBTi. Assim, a homossexualidade foi descriminalizada apenas em 1982, sendo necessários vários anos até que surgissem no país associações LGBTi com intervenção pública, organizada e regular (Lima, 2014, p.6). No ano de 2001 foi aprovada a Lei das Uniões de Facto, que garantiu o reconhecimento da coabitação a casais, independentemente da orientação sexual. A aprovação da lei das uniões de facto iniciou uma série de alterações jurídicas que incluíram medidas de proteção contra a discriminação no Código do Trabalho (2003) e na Constituição (2004), a equalização das idades de consentimento (2007), a proteção contra a violência doméstica e crimes de ódio (2007), e o casamento civil (2010) (Lima, 2014, p.7). Com as novas leis, de acordo com o jornal online Observador, o ano de 2011 foi o que registou o maior número de casamentos (324) e em 2014 casaram-se 313 casais nas conservatórias portuguesas, mais nove face ao ano anterior e a tendência é no sentido para o crescimento. Com o passar do tempo, postula-se uma linguagem inclusiva, escapando ao universal masculino e a outras formas de exclusão linguística por via do sexismo ou da homo/lesbo/bi/transfobia. Por razões idênticas, o conceito “homossexual”, cunhado pela medicina em 1869, deve encontrar alternativas – das quais constitui um exemplo a sigla LGBT para designar lésbica, gay, bissexual e transgénero – dado o carácter
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fortemente patologizado e redutor daquele conceito por oposição a um maior grau de abrangência deste último (Santos, 2009, p.109). A Portugal Pride acredita, de acordo com declarações feitas na sua página da web, que a homossexualidade continua a ser tabu ou estereótipo na generalidade dos meios culturais e de comunicação – na investigação e no ensino da História, na televisão ou nos filmes – e livros de temática LGBT que continuam segregados pelos distribuidores ao público português. O envolvimento institucional do Estado e do governo na luta contra a discriminação pela orientação sexual é nulo. Neste sentido a rua tem sido reclamada como palco de participação cultural e reivindicação política, dotando as questões LGBTi de categorias previamente ausentes – designadamente visibilidade e legitimidade sociopolíticas –, a par de outras manifestações da sociedade civil organizada (Santos, 2009, p.98). Com isto, mais do que indivíduos que lutam pelos seus direitos, os movimentos LGBT em Portugal lutam por interesses comuns e por objetivos que dizem respeito ao coletivo. “Mas mais do que exemplos frequentemente dependentes da iniciativa individual de cada investigador/a-ativista, sugiro que nos centremos nas iniciativas coletivas, públicas ou privadas, que contêm esse potencial de articulação entre esferas de saber e prática” (Santos, 2009, p.102). Tendo em conta que este movimento é considerado ainda bastante recente em Portugal, a política de direitos humanos voltada para a defesa da cidadania e afirmação da identidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTi) tem sido implementada por uma lógica de tensões e diálogos entre a universalidade dos direitos humanos e a particularidade dos direitos sexuais (Lima, 2014, p.8). Neste sentido, parece-nos importante abordar a temática da religião, dado que ao longo do tempo têm havido vários momentos de tensão entre a comunidade LGBT e a religião cristã, que passou pela aceitação dos indivíduos tal como são, pela consideração de casamentos entre sujeitos do mesmo sexo e pela adoção, também de casais do mesmo sexo, embora mantenham até hoje posições contraditórias (Natividade, 2012, p.4). A religião foi sempre muito preeminente, pelo que esta implica uma organização social/institucional fundada em crenças e práticas sobrenaturais (Santos, 2008).
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Para Barros (2000) é uma das dimensões mais importantes da vida humana, na medida em que “Ela influencia o sentido da vida e da morte, o modo como se encara o mundo e os homens, as alegrias e o sofrimento, o modo como se vive a vida familiar (atitude frente ao divórcio, ao aborto, ao número de filhos, etc.), a maneira como se interpreta e vive a sexualidade, a tolerância ou o racismo, a política, a profissão” (Carvalho, 2012, p. 5). Em Portugal, no que se refere à religião destaca-se quando comparado com outros países europeus. No European Value Survey (EVS) de 1999-2000 e no European Social Survey (ESS1), é de salientar o elevado grau de confiança que os portugueses depositam na igreja, pois assumem-se como os europeus que mais confiam nesta instituição, sendo que 81% professam a religião católica. (Carvalho,2016, p.26). No entanto, mais recentemente, o jornal de notícias apontou que desde 1999 até 2011, diminuiu o número de católicos em Portugal (que são agora 79,5%) e aumentou o número de protestantes (incluindo evangélicos) e Testemunhas de Jeová. Tendo em conta esta panorama, de acordo com Carvalho, a doutrina da igreja opõe-se a determinados valores e comportamentos assumidos no seio de mentalidades modernas, como por exemplo, na sexualidade (Carvalho, 2016, p. 26). São, na sua grande maioria, posicionamentos católicos e evangélicos que expressam a persistência de uma rejeição às praticas homossexuais, qualificadas como pecado a partir de diferentes estratégias discursivas (Carvalho, 2016, p.130). No entanto, não é possível generalizar este facto, já que cada vez mais, a igreja se encontra com um maior grau de abertura de modo a receber fiéis pertencentes à comunidade LGBTi. Neste seguimento, há como caso privilegiado, uma recente emergência de um movimento de “igrejas inclusivas”, liderado por pastores que se identificam como gays e lésbicas. Noticiados pela média como “igrejas gays”, esses grupos formulam uma teologia que reinterpreta a proibição da homossexualidade, considerando esta “orientação sexual” uma “criação de Deus”, uma bênção divina, e não mais um “pecado” (Natividade, 2009, p.131). Assim, é possível afirmar que as relações entre diversidade sexual e religião são plurais, pelo que existem discursos que incorporaram a diversidade sexual ao seu quadro cosmológico e doutrinário (como os afro-brasileiros e segmentos 15 | P á g i n a
minoritários do protestantismo) e aqueles que a excluem. Grupos religiosos tanto podem endossar demandas dos movimentos LGBTi (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) como podem atuar pela sua obstrução (Natividade, 2013, s.p.). Posto isto, segmentos hegemônicos do cristianismo têm sido vistos cada vez mais como porta-vozes de visões conservadoras quando o assunto é a homossexualidade, embora, por outro lado, pesquisas comecem a identificar uma relativa pluralização de opiniões, perceções e formas de atuação a partir de eventos e fatos recentes (Natividade, 2011). Esses novos olhares têm sido propiciados, sobretudo, pela criação de igrejas inclusivas ou igrejas gays no país (Natividade, 2010), apontando o entrelaçamento entre identidades coletivas e religião, no contexto contemporâneo. Deste modo, procura-se uma conciliação da sexualidade com a fé religiosa, que descreve o quotidiano de um grande número de crentes, católicos ou de outras denominações religiosas, que se identificam como LGBTIQ. Para isso, há que suscitar uma série de iniciativas que visam desconstruir um entendimento dicotómico e promover um diálogo inclusivo e mais respeitador dos princípios internacionais de direitos humanos (Santos, 2016, s.p.). Recentemente o Papa Francisco, num cenário de maior abertura para com a comunidade LGBT, explicou que só repete “o que diz o Catecismo da Igreja Católica: não devem ser discriminados, mas respeitados e acompanhados pastoralmente”. Francisco questionou ainda: “quando uma pessoa com essa condição tem boa vontade e busca Deus, quem somos nós para julgar?”. Com isto, pertencer à comunidade LGBTi, não significa que não se possa ser religioso. A religião e a fé são próprias de cada pessoa e, portanto, não implica que alguém seja menos suscetível de seguir e acreditar em valores religiosos, do que qualquer outra pessoa. Também se mostra relevante perceber que de acordo com o relatório Homofobia Patrocinada pelo Estado: Uma Pesquisa Mundial de Leis de Orientação Sexual: Criminalização, Proteção e Reconhecimento, Portugal é considerado um dos nove Estados do mundo a incluir na sua Constituição a proibição de discriminação em razão da orientação sexual. É um dos 23 Estados a reconhecer o casamento entre 16 | P á g i n a
pessoas do mesmo sexo e um dos 28 a reconhecer outras formas de união. É ainda um dos 26 Estados a aceitar o direito à adoção conjunta e um dos 27 a aceitar o direito à co-adopção. E um dos 72 Estados a ter disposições legais contra a discriminação no emprego com base na orientação sexual (Público, 2017). Ainda há 72 países a criminalizar o sexo consentido entre homens. Em 42 desses países, tal disposição legal aplica-se também a mulheres (Público, 2017). Isto significa, portanto, que Portugal se encontra entre os países que mais protegem lésbicas, gays, bissexuais no mundo. Não obstante, o Observatório da Discriminação, num estudo realizado pela ILGA, apurou que houve 179 situações registadas relativas a incidentes ocorridos durante 2016, das quais 92 correspondem à classificação de crimes e/ou incidentes motivados pelo ódio contra pessoas LGBT. Os incidentes descritos que podem configurar crimes de ódio com motivação homofóbica e transfóbica incluíram: 2 situações de violência física extrema, 11 situações de agressão, 1 situação de dano a propriedade, 33 situações de ameaça ou violência psicológica. Várias outras situações configuram-se ainda como incidentes discriminatórios, nomeadamente 7 episódios de discurso de ódio.
“LGBT students with faith often experience high incidences of depression, low self-
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esteem and feelings of worthlessness”, Barton (2010)
2.
Produção
A produção da reportagem, depois de feita a pesquisa, passou por entrar em contacto com os representantes com os quais nos propusemos a falar e proceder à elaboração das respetivas entrevistas.
2.1. Planos Utilizados
Plano Geral, em ângulo contrapicado: faculta uma sensação de engrandecimento, força e altura do edifício retratado, pelo que a câmara revela o cenário exterior à sua frente.
Plano Americano: a figura é enquadrada do joelho para cima como a imagem demonstra e facilita a visualização da movimentação e reconhecimento da personagem, mostrando melhor e mais naturalmente a sua expressão ao espetador.
Plano Médio Curto (um pouco abaixo da altura do peito): ângulo frontal de modo naturalizar a cena e para que o espetador concentrasse a sua atenção no discurso da personagem e não desviasse o olhar para os elementos que constituem o restante ambiente. Plano Médio Curto (um pouco abaixo da altura do peito): isola a personagem e descontextualizando o ambiente para que o espetador possa concentrar a sua total atenção noMédio: Padre, como é o está a uma distância média da Plano a câmara caso acima apresentado. Fui usado um ângulo personagem, de modo a que esta ocupe uma parte frontal de modo naturalizar a cena. considerável ambiente, mas Plano Americano: o Pastor foido enquadrado do ainda com espaço à sua 18 | P á g i n a
É caracterizado seu posicionamento e joelho para cima,volta. de modo a visualizar pelo a O espectador movimentação do movimentação. individuo. Foi ainda escolhido tem o seu enfoque para além da personagem, podendo também observar o um ângulo de aproximadamente 45 graus. ambiente que o rodeia.
Plano de Conjunto: A câmara apresenta-nos um ângulo visual aberto, revelando uma parte bastante significativa do cenário que rodeia as personagens, embora sejam as figuras humanas que mais ocupam o enquadramento. Com este plano conseguimos captar a ação que decorre.
Primeiro Plano: A personagem é enquadrada do peito para cima. Este close up revela apenas um individuo e caracteriza-se por ser um enquadramento fechado. Deste modo o enfoque do espectador é apenas na figura que se mostra a partir do plano usado.
Travelling Lateral: deslocação da câmara da Plano de Conjunto: A câmara apresenta-nos um esquerda para a direita.ângulo Neste visual plano,aberto, a câmara revelando uma parte acompanhou o movimento dos objetos, de modo a bastante significativa do cenário que rodeia as que o espectador pudesse ter uma melhor personagens, embora sejam as figuras humanas perceção do ambiente que o rodeia. que mais ocupam o enquadramento. Com este plano conseguimos captar a ação que decorre.
Close-up: caracterizado por ter um enquadramento fechado e mostra apenas o assunto a ser filmado. No caso da reportagem, o | P á gera i nfocar a o olhar do espectador nosso 19 objetivo num objeto em específico.
Plano Médio Curto (um pouco abaixo da altura do peito): ângulo frontal de modo naturalizar a cena e para que o espetador concentrasse a sua atenção no discurso da personagem e não desviasse o olhar para os elementos que constituem o restante ambiente.
Plano de Conjunto: A câmara apresenta-nos um aproximadamente a Plano Médio Curto (ângulo ângulo visual aberto, revelando uma parte 45 graus): isola a personagem e bastante significativa do descontextualizando cenário que rodeia aso ambiente para que o personagens, embora sejam as figuras espetador possahumanas concentrar a sua total atenção que mais ocupam o enquadramento. Com este acima apresentado. Fui no Pastor, como é o caso plano conseguimos captar a ação que decorre. usado um ângulo frontal de modo naturalizar a cena.
Travelling Lateral: deslocação da câmara da esquerda para a direita. Neste plano, a câmara acompanhou o movimento dos objetos, de modo a que o espectador pudesse ter uma melhor perceção do ambiente que o rodeia.
Plano de Conjunto: A câmara apresenta-nos um ângulo visual aberto, revelando uma parte bastante significativa do cenário que rodeia as personagens, embora sejam as figuras humanas que mais ocupam o enquadramento. Com este plano conseguimos captar a ação que decorre. Também é suposto dar enfoque ao ambiente, principalmente aos painéis.
Plano Geral: ângulo visual aberto, que a A câmara apresenta-nos um Plano desendo Conjunto: câmara revela o cenário à sua frente enfoque ângulocom visual aberto, revelando uma parte na figura do pastor. bastante significativa do cenário que rodeia as personagens, embora sejam as figuras humanas que mais ocupam o enquadramento. Com este plano conseguimos captar toda o painel de oradores.
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É de realçar que com algumas exceções, expressas acima, a maior parte dos planos captados foram planos fixos, com recurso a tripé.
3.
Pós-Produção
As gravações das imagens foram feitas com recurso a uma máquina fotográfica CANON 1300D, que em todas as ocasiões esteve apoiada num tripé adequado. O grupo não descurou do som captado durante as entrevistas e durante as gravações da voz-of, dando-lhe uma especial atenção, pelo que foi utilizado um microfone RODE MIC. A edição final foi toda realizada no programa de edição de vídeos iMovie. O grupo não fez nenhum melhoramento estético à imagem, sendo que o único efeito utilizado foi o fade in e fade out entre planos de entrevistas, incluindo alguns planos de corte onde recorremos ao travelling.
Conclusões A presente reportagem tinha por objetivo perceber o tipo de relação que existe, atualmente, entre a comunidade LGBTi portuguesa e a religião Cristã, nas suas diversas vertentes. Contudo, foi nos dificultado o contacto com testemunhas de jeová e com o Patriarcado de Lisboa, que por diversas vezes, recusaram as nossas tentativas de contacto. Assim sendo, contámos com a colaboração da ILGA e das igrejas evangélicas, católicas e cristãs. O grupo foi surpreendido pela aceitação que o tema teve dentro do seio religioso, pois não esperávamos que estes indivíduos aceitassem falar de forma tão aberta sobre uma temática que é ainda pouco explorada. Esta vontade em falar sobre o assunto foi também demonstrada pela associação ILGA.
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Por outro lado, e como já foi referido, houve ainda quem não quisesse falar sobre o tema, o que nos dificultou a representação total do universo religioso e a obtenção de uma posição oficial, que só poderia ser dada pelo Patriarcado. O testemunho fornecido por João Cláudio Maria foi também uma peça chave no desenrolar desta reportagem, já que ele protagonizou as mais recentes polémicas que ocorreram na relação entre a orientação sexual e a religião. Como conclusão final, é de referir que este é um tema que precisa de ser explorado e desenvolvido, já que pode ser considerado um tabu no seio da sociedade. Todavia, o grupo está orgulhoso do trabalho que desenvolveu e que permitiu que estas igrejas dessem o seu parecer acerca deste tema, que muitas vezes está demasiado focado nas associações defensoras da comunidade LGBTi.
“Religious gay and lesbian men and women are still fighting for their emancipation”, Fleenor & Moenaf (2016)
Referências Bibliográficas Carvalho, C. D. R. (2012). Fé e atitude dos portugueses face à homossexualidade (Doctoral dissertation, Universidade da Beira Interior). Gore, J. (2016). Lesbian, gay, bisexual and transgender (LGBT) students. Lima, D. A. M. Um recorte histórico sobre a política de direitos LGBT no Brasil e em Portugal. Natividade, M. T. (2013). Homofobia religiosa e direitos LGBT: notas de pesquisa. Latitude, 7(1).
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Natividade, M., & de Oliveira, L. (2009). Sexualidades ameaçadoras: religião e homofobia (s) em discursos evangélicos conservadores. Sexualidad, Salud y Sociedad-Revista Latinoamericana, (2), 121-161. Priley, M. (2016). LGBT and Christian: Experiences with Identity. Santos, A. C. (2006). Entre a academia e o activismo: Sociologia, estudos queer e movimento LGBT em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, (76), 91-108. Santos, A. C. (2006). Entre a academia e o activismo: Sociologia, estudos queer e movimento LGBT em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, (76), 91-108. Santos, A. C. (2009). Molduras públicas de performatividade queer e representação mediática em Portugal. Ex aequo, (20), 97-112. Toldy, T. M., & Santos, A. C. (2016). Religião, género e cidadania sexual: Uma introdução. Revista Crítica de Ciências Sociais, (110), 43-50.
Webgrafia Observador, disponível em: http://observador.pt/2016/06/27/papa-francisco-diz-queigreja-catolica-deve-pedir-perdao-aos-homossexuais/ Comunidade LGBT em Portugal, disponível em: http://www.lgbt.pt/o-mundo-lgbt-e-areligiao/ Público, disponível em: https://www.publico.pt/2017/05/15/sociedade/noticia/portugal-entre-os-paises-quemais-protegem-lesbicas-gays-bissexuais-1772110 Relatório ILGA 2016, disponível em: http://ilgaportugal.pt/ficheiros/pdfs/observatorio/ILGA_RELATORIO_OBS_2016.pdf
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Anexos
Guiões de Entrevistas
Introdução (igual para todos): Somos estudantes da licenciatura de Ciências da Comunicação no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa). No âmbito da Unidade Curricular de Televisão e Cinema, estamos a realizar uma reportagem com o tema “LGBT e Religião Cristã”. Neste sentido, temos em vista a
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elaboração de algumas entrevistas com o objetivo de recolher os depoimentos de V. Exas., que serão imprescindíveis para a execução da nossa reportagem. Comunidade Cristã de Lisboa (CCLX): 1. A relação entre a comunidade LGBTi e a religião, tem sido alvo de grande controversa ao longo do tempo. Neste sentido, como é que a comunidade LGBTi é encarada pela bíblia e à luz das escrituras? 2. Acredita que o preconceito enfrentado pela comunidade LGBT se relaciona com o próprio homem ou com Deus? 3. Qual o posicionamento oficial da CCLX, relativamente à comunidade LGBT? a. Se a resposta for negativa à abertura da comunidade LGBTi: Porquê? b. Se a resposta for positiva à abertura da comunidade LGBTi: A comunidade cristã de Lisboa, acolhe alguém da comunidade LGBTi? 4. Atualmente, acredita que se assistem a mudanças na igreja cristã no que diz respeito à abertura da comunidade LGBTi? 5. Em que sentido é que a igreja cristã poderia melhorar quanto à maneira como encara a comunidade LGBTi?
Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana): 1. Qual o posicionamento oficial da Igreja Presbiteriana em relação à comunidade LGBT? a. Se for resposta negativa/pejorativa: porque razão a comunidade LGBTi não é aceite no seio da Igreja Presbiteriana? 2. Fale-nos do projeto de acolhimento de jovens universitários, o Espaço Neemias. a. Qual a sua abertura para a receção de indivíduos pertencentes à Comunidade LGBTi. 3. Qual considera ser a evolução da aceitação [ou não aceitação, conforme a resposta à pergunta 1.] da comunidade LGBTi na Igreja Presbiteriana, ao longo dos últimos 5 anos?
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4. Estaria a Igreja Presbiteriana aberta para apoiar um movimento da comunidade LGBTi? Justifique. 5. Em relação à Igreja Cristã, quais considera serem as maiores diferenças na aceitação da comunidade LGBTi por parte da Igreja Evangélica? o Igreja de São Domingos (Religião Católica): 1. Qual a posição da sua igreja relativamente à comunidade LGBTi? 2. Acredita que a comunidade LGBTi é vista a maus olhos pela religião católica? 3. Qual acredita ser a interpretação das escrituras relativamente à comunidade LGBTi? 4. No futuro acha possível a comunidade LGBTi e Católica evoluírem num sentido de maior abertura e aceitação? o ILGA – Portugal: 1. Fale-nos um pouco do trabalho feito pela ILGA. 2. Acredita haver nos dias de hoje, estigma por parte da igreja cristã, em relação à comunidade LGBTi? a. Se sim, porque é que acredita nisso?
Guião da voz-of:
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Contactos estabelecidos com os entrevistados:
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Marta Ramos, da ILGA Padre Domingos Carneiro, Igreja Católica Pastor Nuno Ornellas, CCLX Pastor Luís Matos, Igreja Lisbonense
Ficha técnica
Elementos do Grupo
Tarefas
Joana de Sousa
Pré-Produção (pesquisa de estatística); Entrevista ao padre Domingos Carneiro; Contacto com Testemunhas de Jeová e Patriarcado. Pré-Produção (pesquisa de artigos científicos); Guiões de entrevistas; Relatório Final. Pré-Produção (pesquisa de artigos científicos); Guiões de entrevistas; Entrevista ao Padre Domingos Carneiro e à Marta Ramos; Relatório Final. Pré-Produção (pesquisa de estatística); Entrevista ao Pastor Luís Matos; Contacto com Testemunhas de Jeová e Patriarcado; Edição da Reportagem. Contactos iniciais com os entrevistados; Guião e gravação de voz-off; Entrevista à Marta Ramos, ao João Maria e Luís Matos.
Tomás Desidério
Contactos iniciais com os entrevistados; Presença em todas as entrevistas; Edição da Reportagem.
Adriana Pedro Ana Cabrito Andreia Neves Francisco Silva
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