Online fitness workouts (projeto)

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Online Fitness Workouts : seguidores e resultados – estudo de caso das aplicações

MyFitnessPal e Runtastic

Ana Catarina dos Santos Cabrito

anacatarinaa.c@hotmail.com Orientador: Professora Auxiliar Paula Cordeiro Projeto Janeiro 2018 – Ano Letivo 2017/2018


Imagem de capa retirada do website Unsplash, uma plataforma livre de direitos de autor, obtida a 10 de novembro de 2017, disponĂ­vel em: https://unsplash.com/

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Resumo Em 1975, existiam aproximadamente 11 milhões de jovens obsesos, a nível mundial. No ano passado, esse valor atingiu os 124 milhões de invidíviduos. Com a evolução das tecnologias móveis, em particular dos smartphones, foram o mercado da saúde apostou nestas plataformas, criando apps (aplicações móveis) que promovem o auto-controlo, alteração de comportamentos e adoção de um estilo de vida mais saudável e ativo. Este trabalho pretende explorar se as apps MyFitnessPal e Runtastic correspondem às expetativas dos seus utilizadores jovens, entre os 18 e os 24 anos, e se, de facto, e que influências exercem nas suas vidas. Numa fase inicial, o trabalho de investigação debruçou-se na revisão da literatura já existente, de forma a explicitar os conceitos intrínsecos à investigação, e numa explicação profunda da metodologia a utilizar posteriormente.

Palavras-chave: Aplicações Móveis de Saúde e Fitness Exercício Físico Fitness Imagem Corporal

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Abstract In 1975, there were approximately 11 million obese young people worldwide. Last year, this figure reached 124 million people. With the evolution of mobile technologies, particularly smartphones, the healthcare market has bet on these platforms, creating apps (mobile applications) that promote self-control, behavior change and adoption of a healthier and more active lifestyle. This work aims to explore whether MyFitnessPal and Runtastic apps meet the expectations of their younger users, between the ages of 18 and 24, and whether they have influence on users lives. At an early stage, the research work focused on the review of the existing literature, in order to explain the concepts that are relevant to this research, and on in-depth explanation of the methodology to be used later.

Key-words: Mobile Health and Fitness Applications Physical Exercise Fitness Body Image

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Índice Introdução............................................................................................................................... 5 1. Estado da Arte .................................................................................................................... 6 1.1. A Imagem Corporal e o Exercício Físico ........................................................................ 9 1.2. O Fitness e o Mundo Digital......................................................................................... 11 2. Metodologia ...................................................................................................................... 13 2.1. Cronograma................................................................................................................. 17 Referências Bibliográficas .................................................................................................... 18 Apêndices ............................................................................................................................. 21 Apêndice 1 - Tabela 2: Síntese das técnicas utilizadas e os seus objetivos. ...................... 21 Apêndice 2 - Tabela 3: Estudos académicos feitos a nível nacional e que se mostraram relevantes para a recolha de informação para o presente trabalho. ...................................... 22 Apêndice 3 – Troca de e-mails para solicitação de uma investigação científica na área do fitness, realizada no âmbito de uma dissertação de mestrado. ............................................. 24 Anexos ................................................................................................................................. 26 Gráfico 1: Níveis de atividade física na população portuguesa, em percentagem, em indivíduos com mais de 14 anos, nos anos de 2015 e 2016. ................................................ 26 Gráfico 2: Níveis de prática de atividade física programa a nível nacional, em percentagem, nos anos de 2015 e 2016. .................................................................................................... 26 Imagem 1: Distribuição espacial, por NUTS II, de pré-obesidade e de obesidade na população portuguesa .......................................................................................................... 27

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Introdução Segundo dados do Inquérito Nacional de Alimentação e Atividade Física (2017), correspondentes aos anos de 2015 e 2016, apenas 27.1% dos adultos portugueses são fisicamente ativos (ver gráfico 1, nos anexos). A obesidade afeta 22% da população nacional, enquanto que cerca de 35%, dos portugueses são pré-obesos, valores que aumentam em indivíduos com baixos níveis de educação. A nível mundial, esta condição física “afetava 107.7 milhões de crianças e 603.7 milhões de adultos, a nível mundial”, em 2015 (Afshin et al, 2017, s.p.). A obesidade e o sedentarismo aumentam ao mesmo tempo que se regista um acelerado desenvolvimento tecnológico, especialmente marcado pelo aparecimento dos smartphones e das aplicações móveis (apps). Paralelamente, verifica-se que o mercado da saúde e do fitness usa estas plataformas móveis para chegar à população e promover hábitos mais saudáveis e ativos. Em 2016, o fitness tinha um valor de mercado de 214 milhões de euros, em Portugal, esperando um aumento de 2.5% para 2017, segundo dados da Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal (2016). Porém, embora as apps de saúde e fitness mostrem potencial em ajudar os indivíduos a perder peso e manter um estilo de vida saudável, “algumas preocupações foram levantadas sobre o facto destas não incorporarem dados e teorias estratégicas que promovam a alteração dos comportamentos individuais” (Azar et al., 2013, p. 584). Neste sentido, o presente trabalho procura compreender que influência as apps MyFitnessPal e Runtastic têm nos jovens, entre os 18 e os 24 anos, utilizadores das mesmas, assim como quais as gratificações retiradas da experiência de utilização. A concretização da investigação assenta numa metodologia mista, que se baseia nas seguintes técnicas, posteriormente explicadas no capítulo da Metodologia: análise descritiva, comparativa e crítica das apps MyfFitnessPal e Runtastic, focus group com jovens entre os 18 e os 24 anos. No que concerne à estrutura do trabalho, numa fase inicial será constituído por três partes: a introdução; a metodologia e respetiva justificação; o Estado da Arte, onde se inclui o enquadramento teórico das palavras-chave. Numa fase mais avançada, será constituído por dois novos capítulos relacionados com a análise dos resultados retirados do cruzamento dos diferentes métodos de investigação, e a respetiva discussão de resultados.

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A escolha da área de atuação, e consequentemente do tema, recai no facto da autora ter vindo a desenvolver um interesse pela comunicação realizada na área da saúde e do fitness, que tem vindo a sofrer alterações devido ao desenvolvimento de plataformas digitais como o Facebook e Instagram, nas quais são levadas a cabo campanhas publicitárias com recurso a influenciadores digitais. Estes são definidos como “utilizadores comuns da internet que acumulam um número elevado de seguidores em blogs e redes sociais, e integram nos seus posts conteúdos publicitários” (Abidin, 2015, s.p.), e que por essa razão se tornam relevantes para as marcas, em contexto digital. A teoria dos usos e gratificações sustenta o desenvolvimento deste trabalho. Esta refere-se às “respostas que os membros da audiência dão aos meios, como respostas de exposição, de receção, respostas atitudinais e comportamentais” (Ferreira, 2003, p. 1). De acordo com Katz, Blumer & Gurevitch (1974), um dos princípios gerais da teoria dos Usos e Gratificações “é que o uso dos media é seletivo e motivado pela autoconsciência racional das próprias necessidades do indivíduo e com a expetativa de que essas necessidades serão satisfeitos por tipos específicos de media” (citado por Ruggiero, 2000, p.18), razão pela qual se torna pertinente compreender a relação que os utilizadores mantêm com as apps de saúde e fitness. No que diz respeito aos usos e gratificações do consumo de tecnologia, nomeadamente de smarphones, segundo Joo & Sang (2013), “através da facilidade de uso, existem motivações para utilização ritual, por exemplo para passar o tempo, para relaxar ou entreter, e motivações de uso instrumental, por exemplo para obter informações e notícias” (citado por Lee & Cho, 2013, p. 1147). São ainda atribuídos outros usos e gratificações à utilização de tecnologia como “a associação social, manutenção de relacionamentos, resolução de problemas e negociação” (Flanagin & Metzger, 2001, p. 173).

1. Estado da Arte Ao longo dos últimos anos, o fitness tem vindo a ser protagonista de diversos estudos académicos, a nível nacional e internacional. Apesar da diversidade de investigação científica realizada na área temática em questão (ver tabela 3, no apêndice 2), existem alguns que devem ser destacados pela sua relevância para a presente investigação, nomeadamente os que dizem respeito ao mercado fitness português, à promoção de um estilo de vida saudável através de plataformas digitais e às apps de saúde e fitness direcionadas a jovens. 6|Página


Carneiro (2017) em “Características do Mercado Fitness e a sua Presença na Web” investigou de que forma os ginásios e health clubs portugueses tiram partido da presença online para atrair novos clientes e promover os serviços oferecidos. Na tese de mestrado em questão, foi utilizada uma metodologia mista, que incidiu numa revisão de literatura, com o objetivo de conhecer as características do mercado de fitness nacional e de elaborar um método para avaliação da performance de websites. Posteriormente, foram recolhidos os dados relativos à presença online de uma amostra de 58 ginásios e health clubs. No fim, a autora conseguiu concluir que “não se verifica uma forte relação entre a dimensão das empresas fitness e a qualidade da presença online” (Carneiro, 2017, p. 29), não havendo uma adoção eficaz da tecnologia e da Internet por parte dos ginásios e health clubs estudados. Ferreira (2016) levou a cabo um estudo onde pretendeu avaliar o impacto junto dos utilizadores da presença em redes sociais digitais online dos ginásios portugueses. A tese de mestrado intitula-se “A Presença dos Ginásios Desportivos nas Redes Sociais e o Impacto Juntos dos Utilizadores” e, através de uma revisão de literatura e análise das redes sociais dos ginásios Homes Place, Fitness Hut e Solinca, a autora conseguiu concluir que é necessário haver uma maior aposta nas redes sociais com maior número de utilizadores e um regulamento mais eficaz da quantidade de publicações e a sua periodicidade. Cruz (2015), na sua dissertação de mestrado, intitulada “Corpo e Cultura Fitness: um Estudo Etnográfico de um Ginásio em Portugal”, teve por objetivo compreender a dimensão idiossincrática de um ginásio português. O autor quis entender os tipos de relações humanas criadas dentro destes espaços, bem como os estilos de vida e objetivos dos indivíduos frequentadores de ginásio, que treinam para “atingir melhores condições de saúde, beleza física e bem-estar” (Cruz, 2015, p. 72). Concluiu-se que nos ginásios são estabelecidas relações de autoridade, entre consumidores, empregados e treinadores, que motivam o indivíduo a atingir os seus objetivos em relação ao seu corpo. Porém, numa época marcada pelo uso de smartphones e de apps é importante realçar o papel destes mecanismos para o controlo e promoção da atividade física dos indivíduos. Oliveira (2016) na sua dissertação de mestrado, “Plataforma AppPesoPrescrição, Registo e Monitorização de Atividade Física”, descreveu a importância das apps para a prevenção do sedentarismo, e das doenças a ele associadas. O autor destaca que as principais funcionalidades destas apps são “o registo de dados biomédicos, sendo mais frequentes o Índice de Massa Corporal (IMC); o registo de atividade física, sendo esta feita com base na distância de Global Positioning System (GPS) percorrida e ainda a sugestão de

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recomendações, adaptadas ao conjunto de utilizadores que apresentam características semelhantes” (Oliveira, 2016, p. 22). A app em causa permitia que existisse um acompanhamento da atividade física por um profissional de saúde, havendo uma dualidade: por um lado, a monitorização da atividade física pelo indivíduo e por outro o acompanhamento médico. Ainda na área das apps de saúde e fitness, Mendes (2012), na sua dissertação de mestrado, destacou a importância dos jovens, que nasceram e cresceram a par da evolução tecnológica, como utilizadores das apps da categoria em estudo. Em “CBEM-comer bem, Exercitar Melhor: Aplicação Móvel de Saúde, para Jovens Estudantes Universitários Portugueses”, a autora refere que a oferta quase nula em Portugal de aplicações dirigidas ao público mais jovem que permitam o controlo da alimentação e das práticas desportivas. Através de uma revisão de literatura, foram reunidas informações sobre os jovens portugueses (público-alvo da app), a ligação entre tecnologia e alimentação e exercício físico, e por fim, sobre a pertinência da criação de uma app dentro destes moldes. No que diz respeito a artigos científicos, destacam-se autores como Azar (2013), Lee & Cho (2016) e Middelweerd (2014), que abordam temas como o controlo dos hábitos de vida através de apps de saúde e fitness, as motivações para um uso continuado destas plataformas e as técnicas de mudança comportamental que as mesmas utilizam. Azar et al. (2013) teve como objetivo principal avaliar a nutrição dos utilizadores de apps de saúde e fitness, bem como a potencialidade de rastreamento e controlo das mesmas. Para tal foi utilizada uma análise comparativa e descritiva das várias aplicações móveis gratuitas disponíveis na iTunes App Store, utilizando critérios de inclusão/exclusão de funcionalidades. No fim, concluíram que todas as apps obtiveram pontuações baixas na inclusão de teorias comportamentais, que podem influenciar os indivíduos a mudar as suas atitudes. Lee & Cho (2016) exploraram o que é que motivava os utilizadores de apps de saúde e fitness a continuarem a utilizar essas plataformas. Através de um questionário online direcionado a universitarios foram recolhidas informações sobre as gratificações retiradas pelos utilizadores, e foi feita uma análise de regressão hierárquica. Os resultados mostraram que as maiores gratificações dos utilizadores eram: capacidade de gravação de dados, conexão em rede, credibilidade, compreensão e acompanhamento das tendências.

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Middelweerd, et al. (2014) avaliaram uma amostra de 74 apps de saúde e fitness, gratuitas e pagas, descarregados da Play Store e da iTunes App Store. A análise e avaliação foi feita com base no uso de técnicas de mudança comportamental, que foram analisadas e comparadas entre si com base em testes não-paramétricos. Conseguiram concluir que, em média, cada app utiliza cinco técnicas de alteração comportamental, das quais é de destacar: a auto-monitorização, o feedback sobre o desempenho e a definição de metas. Destas três investigações científicas, é de realçar que as “apps estudadas obtiveram baixas pontuações no que toca a inclusão de técnicas de mudança comportamental” (Azar et al., 2013, p. 1), sendo que em média “uma app utiliza 5 de 23 técnicas possíveis” (Middelweerd et al, 2014, p. 1). As estratégias mais utilizadas foram sintetizadas por Middelweerd (2014) em: “auto-rastreamento, feedback sobre o desempenho e definição de objetivos pessoais” (p. 1). De ressalvar que o número de técnicas utilizadas não variou entre apps

pagas e gratuitas.

Nas plataformas estudadas,

as técnicas

de alteração

comportamental menos encontradas foram “as entrevistas motivacionais, gestão de stress, prevenção de racaídas, auto-fala, modelos e identificação de obstáculos” (Middelweerd, 2014, p. 1). Para que as apps de saúde e fitness sejam eficazes e produzam efeitos nos seus utilizadores, é necessário que apelem à mudança de comportamentos e atitudes por parte dos mesmos. No que diz respeito às gratificações retiradas da utilização destas plataformas, Lee & Cho (2016) realçaram a “gravação de dados, conexão em rede, credibilidade, compreensão e o acompanhamento das tendências digitais” (p. 1145), que são também os principais motivos para a continuação da utilização da aplicação móvel.

1.1. A Imagem Corporal e o Exercício Físico É necessária a distinção entre atividade física, exercício físico e fitness. “A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido por músculos e que resulta em gastos energéticos” (Caspersen, Powell & Christenson, 1985, p. 126). Por sua vez, o exercício envolve também atividade muscular, mas distingue-se do primeiro conceito por ser “uma atividade física planeada, estruturada, repetitiva e com um propósito, no sentido de melhoria ou manutenção de um estado físico” (Caspersen, Powell & Christenson, 1985, p. 128). Enquanto que, o fitness propriamente dito é o “conjunto de atributos que as pessoas têm ou querem alcançar” (Caspersen, Powell & Christenson, 1985, p. 128). Deste modo, “nenhum indivíduo não tem atividade física, assim como nenhuma pessoa não tem fitness” (Caspersen, Powell & Christenson, 1985, p. 130), todos os seres humanos têm atividade

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física, em maior ou menor grau. Assim sendo, os conceitos apresentados correlacionam-se entre si no sentido em que o exercício físico não existe sem o movimento corporal e o gasto de energia, a dita atividade física, e o seu propósito final “destina-se a manter uma determinada aptidão física” (Caspersen, Powell & Christenson, 1985, p. 130), ou seja o fitness. Os benefícios da prática de exercício físico de forma regular podem ser notórios não só em termos de melhorias na condição de saúde dos indivíduos das quais podemos destacar “redução de alta pressão cardiovascular, redução do risco de doenças cancerígenas e mortalidade” (Malina, 2006, p. 31); como também “podem influenciar a percepção global da auto-percepção e numa redução dos riscos de ansiedade e depressão” (Malina, 2006, p. 30). Assim, a “imagem corporal refere-se à percepção, atitude e experiências do indivíduo em relação ao seu próprio corpo, especialmente no que diz respeito à sua aparência física” (Cash, & Hrabosky, 2003, p. 255). Por esta razão, e de acordo com Cash (2002), “é um conceito em constante alteração, pois para a sua construção contribuem não só aspectos da vida do indivíduo, como também acontecimentos recentes aos quais se associam pensamentos e emoções” (citado por Francisco, Narciso & Alarcão, 2012, p. 62). Segundo Malina (2006), “a atividade física durante idades jovens tem implicações favoráveis na vida adulta” (p. 32), no que diz respeito aos níveis de saúde e às práticas de exercício físico, que se mantêm elevadas. Assim, têm sido implementadas “diversas abordagens para intervir nas populações mais novas, como programas escolares, já que as escolas abrangem quase todos os jovens” (Direito et al., 2015, s.p.). Em Portugal, por exemplo, “a disciplina de Educação Física é uma disciplina de frequência obrigatória e por isso presente na composição curricular desde o ensino básico até ao ensino secundário” (Melo, 2012, p. 3), o que tem um reflexo importante na aquisição de estilos de vida mais saudáveis e ativos nos jovens estudantes. Tal também terá reflexos na auto-estima do indivíduo, já que “a imagem corporal e as preocupações com a aparência e peso mantêm-se ao longo da vida” (Francisco, Narciso & Alarcão, 2012, p. 63). No que concerne à preocupação com a imagem corporal, nos jovens portugueses, existem “diferenças de género e geracionais significativas”, uma vez que os “adolescentes são mais satisfeitos que os adultos, e os homens mais satisfeitos que as mulheres, o que corrobora estudos internacionais e reflete a excessiva valorização de um corpo magro como ideal de beleza feminina” (Francisco, Narciso & Alarcão, 2012, p. 80).

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Segundo Cone (1999), “apesar de um dos objetivos da auto-monitorização ser avaliar os pensamentos, emoções e comportamentos do indivíduo ao longo de um período de tempo, de forma a avaliar a sua eficácia, a auto-monitorização também pode ser utilizada eficazmente como forma de intervenção terapêutica” (citado por Cash & Hrabosky, 2003, p. 256). Este mecanismo é encontrado nas apps de saúde e fitness, pelo que estas podem ser um importante auxílio para os indivíduos em fase de mudança. A obesidade tem-se tornado numa das maiores preocupações na saúde mundial, o que tem levado as “pessoas a tomarem consciência sobre a importância de controlarem a sua dieta e atividade física. No online, isto traduz-se num aumento substancial do uso de apps de saúde e fitness” (Lee & Cho, 2016, p. 1145).

1.2. O Fitness e o Mundo Digital De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2017), a inatividade física causa aproximadamente 3.2 milhões de mortes e representa o quarto maior risco de morte em idade jovem. Porém, “a humanidade apresenta, todos os dias, novos mecanismos para solucionar os seus problemas” (Mendes, 2012, p. 19), sendo a evolução dos meios de comunicação móveis, especialmente dos smartphones, uma das marcas mais notórias desta revolução. “Num período de tempo relativamente curto, a tecnologia móvel penetrou significativamente na sociedade” (Boulos et al., 2011, p. 2). Uma das oportunidades que a revolução tecnológica permitiu foi a possibilidade de instalarmos apps, “executadas em smartphones ou tablets e que são distribuídas através da loja iTunes, no caso de apps para iPhone e iPad, ou na loja Google Play, para apps de Android” (Velsen, Beaujean & Gemert-Pijnen, 2013, p. 1). Estas abrangem várias áreas da vida humana, incluindo a saúde e o fitness, permitindo “aos utilizadores monitorizar o seu peso, assim como a quantidade de calorias ingeridas e exercício praticado ao longo do dia” (Mendes, 2012, p. 19). As apps desta categoria “são comercializadas como ferramentas para alcançar a saúde e aptidão desejáveis e, assim sendo, para a melhoria pessoal” (Millington, 2014, p. 486). São vastos os benefícios da utilização dos smartphones e das apps de saúde e fitness. Estes foram sintetizados por Middelweerd et al. (2014) como: “constantemente acessível, ajustável às necessidades do consumidor, capaz de fornecer feedback personalizado, grande alcance e recursos interativos” (p. 1).

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Para que as apps sejam realmente eficazes na alteração dos hábitos e comportamentos dos seus utilizadores e promovam escolhas mais saudáveis, devem incluir técnicas de alterações comportamentais. Contudo, na maioria das apps existentes a inclusão de fatores de reforço é limitada, apesar destes serem considerados vitais para facilitar a mudança comportamental dos indivíduos” (West et al., 2012). Em média, uma app desta categoria utiliza cinco técnicas de mudança comportamental, sendo que “as mais utilizadas são estabelecer um objetivo pessoal, auto-monitorização e feedback sobre a performance” (Middelweerd et al., 2014, p. 2). No que concerne aos usos e gratificações destas plataformas, Lee & Cho (2016) concluíram que “o rastreamento das atividades físicas e dieta, a interação com os utilizadores, a aquisição de informação” (p. 1151), bem como “a capacidade de gravação de dados, a conexão em rede e a qualidade da informação fornecida” (p. 1151), como os principais factores motivadores do uso destas apps. Porém, os autores em causa realçaram também o papel do “entretenimento e das tendências” na motivação dos indivíduos (p. 1152). Para que todos os benefícios das apps de saúde e fitness fossem aproveitados, era essencial que existisse “uma colaboração entre engenheiros informáticos, profissionais de saúde e especialistas em comportamento humano, de forma a potenciar a utilização de técnicas de mudança comportamental” (Middelweerd et al., 2014, p. 7), abrindo novos caminhos à promoção de saúde. De forma a motivar o utilizador a continuar a utilizar a app, segundo Lee & Cho (2016), “é recomendável que os seus criadores disponibilizem informações mais compreensíveis, baseadas em factos verídicos e fontes credíveis”. Em simultâneo, devem “desenvolver apps que proporcionem uma assistência contínua e regular” (p. 1152). A promoção de saúde e do fitness nas apps é feita recorrendo a conceitos como “atividade física, estilo de vida saudável, exercício, fitness, treinador, assistência, motivação e apoio” (Middelweerd et al., 2014, p. 1), já que estas plataformas acompanham o quotidiano dos indivíduos. A app mais eficaz foi definida por Azar et al. (2013) como a que “envolve as pessoas durante mais tempo e periodicamente consegue voltar a reenvolvê-las para promover a manutenção da alteração dos comportamentos a longo prazo” (p. 588). “Com o desenvolvimento significativo das tecnologias avançadas de comunicação e informação, estamos a testemunhar um padrão acelerado de digitalização em várias áreas da saúde” (Lee & Cho, 2016, p. 1145), nomeadamente na promoção de hábitos de vida mais saudáveis e ativos, que combatam a obesidade. Segundo dados do Instituto Nacional de

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Saúde Doutor Ricardo Jorge (2016), esta condição física afeta já 28.7% da população portuguesa, incidindo mais no sexo feminino, com 32.1% de mulheres obesas, sendo mais elevada nos indivíduos com menos escolariedade. “A taxa mundial de obesidade mais que duplicou desde 1980, o que pode ter potenciado o aumento da populariedade de apps de saúde e fitness que auxiliam as pessoas que querem perder peso” (West et al., 2012, s.p.). Deste modo, o mercado da saúde, nomeadamente o do fitness, fez uso do avanço tecnológico e criou apps que, depois da sua instalação, acompanham os indíviduos quotidianamente, já que “as pessoas levam os smartphones para todo o lado e conseguem aceder a informação em qualquer lado e a qualquer altura, promovendo a mudança do comportamento e fornecendo feedback e conselhos apropriados ao momento em questão” (Middelweerd et al., 2014, p. 2). Porém, alguns autores, como Azar (2013), têm levantado questões sobre a eficácia destas apps na mudança dos hábitos de vida e comportamentos dos indivíduos face à sua saúde e peso, pois “sem o envolvimento do utilizador, a app não será devidamente utilizado e não surtirá efeitos” (p. 588). Assim, torna-se pertinente compreender de que forma os hábitos e comportamentos jovens entre os 18 e os 24 anos, que utilizam pelo menos uma das apps em causa nesta investigação – MyFitnessPal e Runtastic – são influenciados pelo seu uso e que gratificações retiram da utilização.

2. Metodologia A presente investigação pretende estudar de que forma as aplicações móveis (apps) de saúde e fitness influenciam os hábitos saudáveis e rotinas desportivas dos seus utilizadores, bem como as gratificações retiradas da utilização. Para tal, pretende responderse à seguinte pergunta de partida: De que forma os hábitos de vida dos utilizadores, com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, são influenciados pelas apps MyFitnessPal e Runtastic, e que gratificações retiram da utilização? Desta forma, e procurando responder à pergunta de partida previamente estabelecida, foram afixados os seguintes objetivos: 1. Compreender o potencial das apps MyFitnessPal e Runtastic para a promoção de estilos de vida mais saudáveis e ativos, nos jovens entre os 18 e os 24 anos; 2. Explorar as características individuais e estilos de vida dos utilizadores destas apps, pertencentes à faixa etária acima referida; 3. Avaliar as gratificações que estes utilizadores retiram do uso destas apps; 13 | P á g i n a


4. Averiguar se os resultados obtidos pela utilização destas apps vão ao encontro dos objetivos pessoais traçados pelos utilizadores. A autora optou por utilizar um método qualitativo, “uma estratégia de pesquisa que enfatiza palavras em vez de quantificação e recolha de dados, sendo amplamente indutiva, construcionista e interpretativa” (Bryman, 201, p. 423). Assim, nesta investigação procura-se “compreender o comportamento, valores e crenças” (Bryman, 2012, p. 408) dos jovens entre os 18 e os 24 anos utilizadores das apps MyFitnessPal e Runtastic, sendo que o maior interesse da autora centra-se na compreensão dos dados recolhidos, pela execução das técnicas, e a sua análise profunda. Este género metodológico, permite a existência de “um envolvimento mais próximo com as pessoas que estão a ser investigadas, para que se possa realmente entender o mundo através dos seus olhos” (Bryman, 2012, p. 408). As técnicas escolhidas para responder aos objetivos delimitados no trabalho assentaram na análise descritiva, comparativa e crítica das apps MyFitnessPal e Runtastic e focus group (ver tabela 2, no apêndice 1). Ao estarem inseridas numa metodologia qualitativa, estas permitem “descobrir a cultura dos atores sociais e as suas perspetivas” (Blaikie, 2009, p. 214), já que a autora usufrui de um contacto direto não só com as plataformas estudadas, como também com os seus utilizadores. No que concerne à análise descritiva, comparativa e crítica das apps MyFitnessPal e Runtastic, é de realçar que, através da análise aprofundada de cada app, e consequentemente a comparação entre ambas, poder-se-á perceber que conteúdos e funcionalidades são apresentadas aos utilizadores. Ao analisar as plataformas em causa, a autora tem a possibilidade de conhecer, em profundidade, aquilo com que os utilizadores interagem diariamente. Esta etapa será complementada com a perspetiva dos utilizadores, recolhida através do focus group, justificado abaixo. Na análise descritiva das apps MyFitnessPal e Runtastic, serão descritas e explicadas as características principais de cada uma, tendo em consideração aspectos como: cores, imagens, funcionalidades (como o autorastreamento, a definição de metas pessoais, as dicas de nutrição e exercício físico e os exemplos reais), grafismos, modos de funcionamento (online e offline), fornecimento de feedback, entre outros, … No que diz respeito à análise comparativa, é de realçar que as apps em causa serão comparadas entre si, com o objetivo de perceber as suas semelhanças e diferenças, prós e contras de cada uma, tendo por base a análise descritiva individual das plataformas. Por fim, a análise crítica das apps será elaborada tendo em conta as ideias e opiniões de alguns autores sobre a 14 | P á g i n a


inclusão de técnicas de alteração comportamental em apps da categoria em causa, percebendo quais os métodos utilizados pelas plataformas MyFitnessPal e Runtastic. Consequentemente, e ao cruzar esta análise com a informação retirada do focus group, será possível averiguar se as técnicas usadas estão a surtir o efeito pretendido. Por sua vez, o focus group é “uma técnica de entrevista que envolve mais do que um indivíduo, sendo constituído por, pelo menos, quatro entrevistados” (Bryman, 2012, p. 544). É do interesse desta investigação reunir um grupo de 5 a 7 jovens, entre os 18 e os 24 anos, que já tenham utilizado pelo menos uma apps em causa. Deste modo, podem retirar-se conclusões úteis através da “observação das respostas que os membros do grupo dão às visões uns dos outros, extraindo os seus pontos de vista e perspetivas” (Bryman, 2012, p. 545). Com esta técnica, serão também perceptíveis as gratificações e motivações que os levaram a escolher estas e não outras apps, uma vez que “a oferta é tão extensa, chegando a existir cerca de 10.000 apps que orientam a dieta e a perda de peso dos indivíduos” (Azar et al., 2013, p. 583). Ainda no focus group será realizada uma validação do entrevistado, isto é, segundo Bryman (2012), “um processo através do qual o entrevistador fornece às pessoas com as quais realizou a pesquisa, um aglomerado de descobertas” (p. 391), cujo “objetivo principal é confirmar que os resultados e impressões do investigador são congruentes com as opiniões daqueles em que a pesquisa foi efetuada”, de forma a realçar possíveis falhas de coerências e encontrar explicações para tal. É de ressalvar que a escolha da faixa etária, que recaiu sobre os jovens entre os 18 e os 24 anos, já que “existem evidências crescentes de que os jovens começaram a usar os dispositivos móveis como forma de fortalecer a envolvência cívica, a participação social e aumentar a sensação de pertencer a algo transcendente a eles mesmos” (Mihailidis, 2013, p. 59). Para os jovens “a internet e as redes sociais digitais fazem intrinsecamente para da sua vida quotidiana” (Dahlgren, 2011, p. 14). Deste modo, é relevante estudar de que forma as apps de saúde e fitness em causa têm um impacto nesta geração que usa os smartphones e a Internet como fonte para “construir uma conectividade produtiva, realizar comunicações dinâmicas e consumir informações diariamente” (Mihailidis, 2013, p. 59), em largos períodos de tempo. Para a investigação propriamente dita, a autora começou por realizar uma pesquisa empírica nas lojas de apps dos smartphones Android e iOS, a Google Store e a iTunes AppStore, respectivamente. Dentro destas plataformas, e tendo por base as Tabelas de 15 | P á g i n a


Classificação da Categoria Saúde e Fitness, conseguiu perceber que as apps em questão eram as mais descarregadas pelos utilizadores. Além deste critério, foi também considerada a sua avaliação pelos utilizadores, se estas eram passíveis de ser utilizadas sem a subscrição de um outro programa e pelo seu carácter gratuito. A app MyFitnessPal foi descarregada por 1.712.439 indivíduos na Google Store, onde angaria uma classificação de 4.6 estrelas, por outro lado, na iTunes AppStore, conta com uma avaliação de 4.5 estrelas, não havendo dados relativos ao número de descarregamentos, e é totalmente gratuita. Já a app Runtastic, na Google Store foi descarregada 782.565 vezes e avaliada em 4.5 estrelas; enquanto que, na iTunes AppStore foi avaliada em 5 estrelas. Neste caso, a Runtastic tem uma segunda versão paga, sendo apenas contabilizada a sua versão gratuita. É de ressalvar que estes dados foram recolhidas no dia 12 de dezembro de 2017, às 20h45, podendo estar sujeitos a alterações. De seguida, e de forma a desenvolver o Estado de Arte, foi realizada uma pesquisa de produção científica a nível nacional sobre a grande área temática da saúde e fitness no mundo digital. A pesquisa foi sendo delimitada, de modo a que se pudesse dar resposta ao tema das apps de saúde e fitness. Depois de reunidas teses de MA e PhD que poderiam ser úteis no presente trabalho (ver tabela 3, no apêndice 2), foram consultadas todas as referências bibliográficas das mesmas, para encontrar artigos científicos e livros que pudessem ser relevantes para a sustentação científica do tema.

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2.1. Cronograma Para uma melhor visão e percepção dos objetivos, técnicas e fontes de informação, bem como a concretização do trabalho em si, toda a informação foi consagrada no cronograma abaixo: Tabela 1: Cronograma das etapas do projeto de investigação. Etapa

Fontes

Concretização

Calendarização

Revisão Bibliográfica.

Teses de mestrado e doutoramento, artigos científicos, dados estatísticos e livros.

Elaboração do Estado de Arte e enquadramento teórico.

De setembro de 2017 a janeiro de 2018.

Escolha e recolha de contactos para a realização de focus group e respetivo agendamento.

Redes sociais digitais online, nomeadamente Facebook e Instagram.

Análise dos resultados obtidos no focus group.

Redes sociais digitais online, nomeadamente Facebook e Instagram.

Análise descritiva, comparativa e crítica das apps.

MyFitnessPal e Runtastic.

Discussão final dos resultados

Análise das apps em causa e focus group

Auxílio na percepção das gratificações e usos que os utilizadores retiram das apps. Análise dos resultados obtidos com o uso das apps em causa. Evidenciar pontos fortes e fracos de cada uma das apps, assim como o seu conteúdo, funcionalidades e grafismos. Cruzar a informação retirada da análise das apps com os testemunhos dados pelos jovens no focus group

De janeiro de 2018 a março de 2018. De março de 2018 a abril de 2018. De abril de 2018 a junho de 2018.

De maio de 2018 a junho de 2018.

Fonte: Elaboração própria.

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Referências Bibliográficas Abidin, C. (2015). Communicative intimacies: Influencers and perceived interconnectedness. Ada: A Journal of Gender, New Media, and Technology, (8). Afshin, A., Forouzanfar, M. H., Reitsma, M. B., Sur, P., Estep, K., Lee, A., ... & Salama, J. S. (2017). Health effects of overweight and obesity in 195 countries over 25 years. The New England journal of medicine, 377(1), 13-27. AGAP. (2016). Barómetro - Mercado do Fitness. Retirado a 25 de novembro de 2017 de: http://www.agap.pt/images/userfiles/files/BAROMETRO%202016_AF_SM.pdf. Azar, K. M., Lesser, L. I., Laing, B. Y., Stephens, J., Aurora, M. S., Burke, L. E., & Palaniappan, L. P. (2013). Mobile applications for weight management: theory-based content analysis. American journal of preventive medicine, 45(5), 583-589. Blaikie, N. (2009). Designing social research. Polity. Boulos, M. N. K., Wheeler, S., Tavares, C., & Jones, R. (2011). How smartphones are changing the face of mobile and participatory healthcare: an overview, with example from eCAALYX. Biomedical engineering online, 10(1), 24. Bryman, A. (2015). Social research methods. Oxford university press. Carneiro, E. M. F. (2017). Características do mercado de fitness e a sua presença na Web (Doctoral dissertation, Universidade do Minho). Retirado a 19 de novembro de 2017 de: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/46596 Cash, T. F., & Hrabosky, J. I. (2003). The effects of psychoeducation and self-monitoring in a cognitive-behavioral program for body-image improvement. Eating Disorders, 11(4), 255-270. Caspersen, C. J., Powell, K. E., & Christenson, G. M. (1985). Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public health reports, 100(2), 126. Creswell, J. W. (2009). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. SAGE Publications, Incorporated. Cruz, L. D. M. (2015). Corpo e cultura fitness: estudo etnográfico de um ginásio em Portugal (Doctoral dissertation, Instituto Universitário de Lisboa). Retirado a 17 de novembro de 2017 de: https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/10448/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf

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Dahlgren, P. (2011). Young citizens and political participation: Online media and civic cultures. Taiwan Journal of Democracy, 7(2). Direito, A., Jiang, Y., Whittaker, R., & Maddison, R. (2015). Apps for IMproving FITness and increasing physical activity among young people: the AIMFIT pragmatic randomized controlled trial. Journal of medical Internet research, 17(8). Ferreira, M. A. B. D. (2016). A presença dos ginásios desportivos nas redes sociais e o impacto junto dos utilizadores (Doctoral dissertation, Instituto Politécnico do Porto). Retirado a 17 de novembro de 2017 de: http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/9669/1/tese_andreia_tutor.pdf Ferreira, R. M. C. (2016). Exposição da Audiência aos Meios: avanços da abordagem de Usos e Gratificações/Social Media Audience: approach advances of Uses and Gratifications. Revista FAMECOS, 23(1), 1. Flanagin, A. J., & Metzger, M. J. (2001). Internet use in the contemporary media environment. Human communication research, 27(1), 153-181. Francisco, R., Narciso, I., & Alarcão, M. (2012). (In) Satisfação com a imagem corporal em adolescentes e adultos portugueses: Contributo para o processo de validação da Contour Drawing Rating Scale. Revista Iberoamericana de Diagnóstico y Evaluación-e Avaliação Psicológica, 2(34). IANAF (2017). Relatório de Resultados. Retirado a 29 de novembro de 2017 de: https://ianaf.up.pt/sites/default/files/IAN-AF_%20Relato%CC%81rio%20Resultados_v1.5.pdf Lee, H. E., & Cho, J. (2017). What motivates users to continue using diet and fitness apps? Application of the uses and gratifications approach. Health communication, 32(12), 1445-1453. Malina, R. M. (2006). Youth physical activity: Implications for adult physical activity and health. Studies in Physical Culture and Tourism, 13(Suppl.). Melo, M. J. B. F. D. (2012). Atividade física na promoção de estilos de vida ativos (Master's thesis, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias). Retirado a 17 de novembro de 2017 de: http://recil.grupolusofona.pt/handle/10437/4969 Mendes, J. D. S. (2012). CBEM-comer bem, exercitar melhor: aplicação móvel de saúde, para jovens estudantes universitários portugueses (Master's thesis, Universidade de Aveiro). Retirado a 18 de novembro de 2017 de: http://ria.ua.pt/handle/10773/9565?mode=full&submit_simple=mostrar+registo+em+formato+completo

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Middelweerd, A., Mollee, J. S., van der Wal, C. N., Brug, J., & te Velde, S. J. (2014). Apps to promote physical activity among adults: a review and content analysis. International journal of behavioral nutrition and physical activity, 11(1), 97. Mihailidis, P. (2014). A tethered generation: Exploring the role of mobile phones in the daily life of young people. Mobile Media & Communication, 2(1), 58-72. Millington, B. (2014). Smartphone apps and the mobile privatization of health and fitness. Critical Studies in Media Communication, 31(5), 479-493. Oliveira, I. V. D. (2016). Plataforma apppeso–prescrição, registo e monitorização de atividade física (Doctoral dissertation, Instituto Politécnico de Leiria). Retirado a 18 de novembro de 2017 de: https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/2336/1/Ivo%20Vieira%20de%20Oliveira_MEI-CM.pdf OMS. (2017). Physical Activity. Retirado a 3 de dezembro de 2017 de: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs385/en/ Ruggiero, T. E. (2000). Uses and gratifications theory in the 21st century. Mass communication & society, 3(1), 3-37. Silva, A. C., Barreto, M., Gaio, V., Rodrigues, A. P., Kislaya, I., Antunes, L., ... & Dias, C. M. (2016, May). Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico: estado de saúde. In 1ª Conferência do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico: um olhar atento à saúde dos portugueses, 31 maio 2016. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP. van Velsen, L., Beaujean, D. J., & van Gemert-Pijnen, J. E. (2013). Why mobile health app overload drives us crazy, and how to restore the sanity. BMC medical informatics and decision making, 13(1), 23. w Creswell, J. (2009). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. SAGE Publications, Incorporated. West, J. H., Hall, P. C., Hanson, C. L., Barnes, M. D., Giraud-Carrier, C., & Barrett, J. (2012). There’s an app for that: content analysis of paid health and fitness apps. Journal of medical Internet research, 14(3).

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Apêndices

Apêndice 1 - Tabela 2: Síntese das técnicas utilizadas e os seus objetivos.

Técnica

Objetivo

Análise descritiva das apps MyFitnessPal e Runtastic.

Averiguar o modo de funcionamento de cada app, tendo em consideração as suas características principais (funcionalidades, grafismos, cores, …).

Análise comparativa das apps MyFitnessPal e Runtastic.

Compreender e descrever as diferenças e semelhanças entre as apps em causa.

Análise crítica das apps MyFitnessPal e Runtastic. Focus group.

Depois de reunidos os testemunhos, averiguar quais são as lacunas de cada app e de que forma poderiam ser melhoradas, para se tornarem mais eficazes. Perceber quais os resultados obtidos com a utilização de pelo menos uma destas apps, assim como em que condições é que as mesmas foram utilizadas.

Fonte: Elaboração própria.

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Apêndice 2 - Tabela 3: Estudos académicos feitos a nível nacional e que se mostraram relevantes para a recolha de informação para o presente trabalho. Nome do Aluno

Leonardo Duarte Magalhães Cruz

Estela Marina Fernandes Martins Carneiro

Mónica Joana Borges Ferreira de Melo

Joana dos Santos Mendes

Mayumi Thaís Fernandes de Delgado

Estabelecimento de ensino

Título

Mês e Ano

Instituto Universitário de Lisboa

“Corpo e cultura fitness: estudo etnográfico de um ginásio em Portugal”

Outubro de 2015

Universidade do Minho

“Características do mercado fitness e a sua presença na web”

Abril de 2017

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia

Universidade de Aveiro

Instituto Politécnico de Lisboa

“Atividade física na promoção de estilos de vida ativos”

“CBEM - comer bem, exercitar melhor: aplicação móvel de saúde, para jovens estudantes universitários portugueses”

“Plano de Negócio para a aplicação mobile Nutri Consult”

2012

2012

Setembro de 2015

Link da Investigação

Palavras-chave Corpo Ginásio Fitness Portugal Body Gym Website Fitness Ginásios Health clubs Funcionalidade Usabilidade Eficiência Confiabilidade Qualidade Avaliação website Presença online Functionality Usability Efficiency Reliability Quality Evaluation site Presence online

https://repositorio.isct eiul.pt/bitstream/10071 /10448/1/Disserta%C 3%A7%C3%A3o.pdf

http://repositorium.sd um.uminho.pt/handle /1822/46596

Atividade física informal Atividade física formal Género Ano de escolaridade Jovens.

Saúde Fitness Aplicações móveis Apps Cbem Multimédia. Negócios Saúde Obesidade Nutrição Aplicações mobile Fitness mHealth Business Business plan Health Obesity Mobile applications

http://recil.grupolusof ona.pt/bitstream/han dle/10437/4969/TES E%20MESTRADO% 20%20Atividade%20f% C3%ADsica%20na% 20promo%C3%A7% C3%A3o%20de%20 %20estilos%20de%2 0vida%20ativos.pdf? sequence=1 http://ria.ua.pt/handle /10773/9565?mode=f ull&submit_simple=m ostrar+registo+em+fo rmato+completo

http://repositorio.ipl.pt /bitstream/10400.21/ 5904/1/Projeto%20Pl ano%20de%20Neg% C3%B3cio%20App% 20Nutri%20Consult% 20%20Mayumi%20Delg ado.pdf

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Maria Andreia Borges Dinis Ferreira

Instituto Politécnico do Porto

Ivo Vieira de Oliveira

Instituto Politécnico de Leiria

Teresa Isabel Pádua Taveira da Costa

Universidade de Trás-dos-Montes e Alto Douro

Joana Estevão João Oliveira Martins

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Dulce Micaela Camacho da Silva

Fábio José Marques da Rosa

Universidade de Coimbra

Universidade do Minho

A presença dos ginásios desportivos nas redes sociais e o impacto junto dos utilizadores

“Plataforma apppeso – prescrição, registo e monitorização de atividade física” “Percepção da imagem corporal, composição corporal e atividade física de jovens adultos” “Relação entre a imagem corporal e a toma de substâncias ergogénicas nutricionais” “Estudo exploratório da insatisfação corporal e do comportamento alimentar perturbado, em função do género: o papel do peso, da vergonha e da aceitação da imagem corporal” “Associações entre a atividade física e a obesidade: diferenças entre género”

2016

Outubro de 2016

Outubro de 2015

2011

Setembro de 2012

2013

Satisfação dos clientes Fidelização dos clientes Redes sociais Fitness Wellness e ginásios Social networks Wellness and gyms Customers satisfaction Customers loyalty Sedentarismo Saúde Prescrição Atividade física Aplicação móvel Aplicação de back-office Atividade Física Imagem Corporal Composição Corporal Antropometria

http://recipp.ipp.pt/bit stream/10400.22/966 9/1/tese_andreia_tut or.pdf

https://iconline.ipleiria .pt/bitstream/10400.8 /2336/1/Ivo%20Vieira %20de%20Oliveira_ MEI-CM.pdf http://repositorio.utad .pt/bitstream/10348/5 209/1/msc_tiptcosta. pdf http://recil.grupolusof ona.pt/handle/10437/ 2746

-

Imagem Corporal Pertubações alimentares

Obesidade Atividade física Índice de massa corporal Obesity Physical activity Body mass index

https://estudogeral.si b.uc.pt/jspui/handle/1 0316/23289

http://repositorium.sd um.uminho.pt/handle /1822/28835

Fonte: Elaboração própria

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Apêndice 3 – Troca de e-mails para solicitação de uma investigação científica na área do fitness, realizada no âmbito de uma dissertação de mestrado.

o

Ana Catarina Cabrito, no dia 17 de novembro de 2017, pelas 10h55:

Bom dia Exma. Sra. Estela Carneiro, Venho por este meio solicitar o acesso à sua tese de mestrado, intitulada “Características do mercado fitness em Portugal e a sua presença na Web”, por forma a complementar o meu projeto de investigação final na licenciatura em Ciências da Comunicação, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade de Lisboa. O projeto referido centra-se no estudo das aplicações móveis MyFitnessPal e Runtastic e os resultados que as mesmas têm nos jovens utilizadores, entre os 18 e os 24 anos.

Com os melhores cumprimentos, Ana Catarina Cabrito o

Estela Carneiro, no dia 19 de novembro de 2017, pelas 23h49:

Boa noite Ana,

É com todo o gosto que partilho o documento consigo. Espero que lhe seja útil a minha dissertação com o tema "Características do mercado de fitness e a sua presença na Web" (http://hdl.handle.net/1822/46596). A parte da metodologia foi intensivamente estudada, tendo sido o ponto mais forte e bastante elogiada pelos juris devido à clareza e brevidade na abordagem ao assunto. Deixo aqui o meu email para qualquer dúvida adicional.

Boa sorte!

Obrigada, Estela Carneiro, emfcarneiro@gmail.com

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o

Ana Catarina Cabrito, no dia 21 de novembro de 2017, pelas 20h04:

Boa noite Estela,

Agradeço profundamente o envio tão atempado do documento. Ser-me-á muito útil para o meu trabalho de investigação.

Com os melhores cumprimentos, Ana Catarina Cabrito

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Anexos Gráfico 1: Níveis de atividade física na população portuguesa, em percentagem, em indivíduos com mais de 14 anos, nos anos de 2015 e 2016.

42,60%

30,30%

o

Dados: Ativo

Moderadamente Ativo Sedentário

27,10%

Fonte: Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IANAF), de 2015 e 2016, disponível na página 60 do relatório retirado de https://ian-af.up.pt/sites/default/files/IANAF_%20Relato%CC%81rio%20Resultados_v1.5.pdf.

Gráfico 2: Níveis de prática de atividade física programa a nível nacional, em percentagem, nos anos de 2015 e 2016.

41,8 % 39 %

o

Dados:

Sexo Masculino Sexo Feminino Nível Nacional

44,7 % Fonte: Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IANAF), de 2015 e 2016, disponível na página 66 do relatório retirado de https://ian-af.up.pt/sites/default/files/IANAF_%20Relato%CC%81rio%20Resultados_v1.5.pdf.

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Imagem 1: Distribuição espacial, por NUTS II, de pré-obesidade e de obesidade na população portuguesa.

Fonte: Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IANAF), de 2015 e 2016, disponível na página 85 do relatório retirado de https://ian-af.up.pt/sites/default/files/IANAF_%20Relato%CC%81rio%20Resultados_v1.5.pdf.

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