JORNALISTAS E FONTES DE INFORMAÇÃO A RELAÇÃO ENTRE JORNALISTAS E FONTES DE INFORMAÇÃO
Ana Catarina dos Santos Cabrito N.º 219767 Andreia Catarina Gonçalves Marques das Neves N.º 217864 Francisco Banha e Silva N.º 219769 Maria Inês Dias Domingos N.º 219809 Inquéritos e Sondagens à Opinião Pública Prof. Aux: Célia Belim Ciências da Comunicação. Ano letivo: 2016/2017
Resumo: Este estudo pretende compreender a forma como os jornalistas se relacionam com as fontes de informação, no decorrer da sua vida profissional. Os resultados foram obtidos através de um questionário enviado por email a jornalistas, cujos contactos foram disponibilizados pelos órgãos de comunicação social, e com os quais entramos previamente em contacto, por email e/ou telefone. Concluiu-se que existe uma a relação de dependência entre os jornalistas e as fontes de informação, visto que o jornalismo depende das fontes, que por sua vez têm interesse na divulgação pública das suas informações. Palavras-chave: Jornalistas; Fontes de Informação; Influência; Contactos.
Abstract: This study aims to understand the way that journalists relate to their information sources and how that influencies their work. We examined this through the analysis of variables like “Anos de Serviço”, “Contactos com Fontes”, “Sexo”, “Caracterização das Fontes”, “Idade”, “Frequência de uso de fontes pessoais” e “Atuação quando a fonte dá uma informação falsa”. The results were obtained through a survey sent to journalists via email, in wich contacts were made available by their work places. Subsequently, they were analyzed by the softwere SPSS Statistics 22 and SPSS Statistics 24. It was concluded that a relationship of dependency exists between journalists and their information sources, since journalism depdends on information sources, wich have interest in adressing their informations to the public. Key words: Journalists; Information Sources; Influence; Contacts.
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Índice Introdução .................................................................................................................................. 4 1. 1.1.
Nota Metodológica ............................................................................................................. 5 Amostra ........................................................................................................................... 8
2.
Estado de Arte ..................................................................................................................... 9
3.
Análise Estatística e Discussão de Resultados .................................................................. 11
Considerações Finais ................................................................................................................ 24 Webgrafia / Bibliografia............................................................................................................ 25 Anexos ...................................................................................................................................... 26
3|Página
Introdução No presente artigo, realizado no âmbito da cadeira de Inquéritos e Sondagens à Opinião Pública, pretende-se analisar a relação que os jornalistas mantêm com as fontes de informação na prática do seu exercício profissional. Parte-se do princípio de que sem fontes não há jornalismo. Vários autores como Ericson, Baranek e Chan, (1989, p. 377-378) citados por Ribeiro (2015) defendem que há um processo de negociação entre os jornalistas e as fontes na medida em que as notícias são um processo de transação entre os jornalistas e as suas fontes. Portanto, pode-se afirmar que as fontes de informação são o ponto de partida para a produção noticiosa, na medida em que um jornalista enfrenta constrangimentos e o seu trabalho é ineficaz sem acesso a fontes de informação (Ribeiro, V. 2015). O propósito dos jornalistas passa pela difusão de notícias que deverão aproximar-se da realidade, que sem a ajuda das fontes apresenta-se fragmentada. Considera-se ainda que a qualidade da notícia depende muito da qualidade da fonte que esteve na sua origem. Daí que exista uma ‘hierarquia de credibilidade’ entre as fontes, que o jornalista respeita na expectativa de garantir uma informação mais rigorosa e qualificada (Ribeiro, 2015). Nesta hierarquia das fontes existem características que os jornalistas privilegiam na escolha das fontes como os incentivos, o poder, a capacidade de fornecer informações credíveis à publicação e a proximidade geográfica e social (Gans, 1979, p. 117). Apesar de existir uma relação de confiança entre estes dois intervenientes e o jornalismo ser uma atividade baseada na objetividade, os jornalistas devem sempre confirmar a credibilidade das fontes (Van der Meer, T. G., Verhoeven, P., Beentjes, J. W., & Vliegenthart, R. 2016). No sentido da ideia da existência de uma possível relação de dependência entre jornalistas e fontes, partimos da pergunta “Qual é a relação dos jornalistas com as fontes de informação?”. Para isto o grupo propôs-se a definir os seguintes objetivos de pesquisa: Conhecer que tipo de iniciativa de contacto existe entre fontes de informação pessoais e jornalistas; Perceber se o sexo influencia a forma como os jornalistas caracterizam as fontes; Analisar a relação entre o sexo e o grau de influência (e relação) que a fonte tem no jornalista; Entender com que frequência indivíduos de diferentes faixas etárias recorrem a fontes de informação pessoais. 4|Página
1.
Nota Metodológica
Para a elaboração do presente trabalho foi necessário operacionalizar conceitos-chave, partindo de um principal: a relação dos jornalistas com as fontes de informação. Tabela 1: Operacionalização de conceitos. Conceito
Dimensão
Componentes
Indicador
Credibilidade das Fontes
Informação dada
Oportunidade demonstrada
Informação exclusiva
Tipo de Fontes
Fontes Pessoais, Oficiais, Digitais,…
Informação Falsa
Mentiras/Omissões
Fontes Pessoais
Relação de proximidade
Critérios de Escolha das Fontes
Relação dos Jornalistas com as Fontes
Confiança nas Fontes
Liberdades e Influências
Liberdade no Uso de Fontes Condicionamentos nas Escolhas Obstáculos ao Uso de Fontes
Moral e Ética
---
Liberdade de Escolha Meio de comunicação condiciona? Informação confusa, anónima,… Escolhas Boas Escolhas Más
A amostra utilizada é constituída por um universo de 1195 órgãos de comunicação social, facultados pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e dados facultados pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), como se pode verificar em anexo. A amostra total conta com a colaboração de 210 jornalistas. É de notar que esta amostra não é representativa do universo, pelo que os dados retirados deste estudo não podem ser extrapolados para a população. Foi utilizada uma metodologia quantitativa, uma vez que se procedeu à recolha de dados através de um questionário online enviado por e-mail aos jornalistas, que previamente nos facultaram os seus contactos eletrónicos profissionais ou pessoais. O período de recolha de dados ocorreu entre os dias 12 de abril de 2017 a 5 de maio de 2017. Em simultâneo, foi utilizada uma metodologia qualitativa através da recolha de artigos científicos relacionados com o tema em questão. Depois do fecho do questionário, procedeu-se à análise estatística dos dados no programa SPSS Statistics 22 e SPSS Statistics 24. Para avaliar a relação dos jornalistas com as fontes, o 5|Página
grupo escolheu trabalhar sete variáveis (três dependentes e quatro independentes), expressas nas tabelas 1 e 2, respetivamente, realizando diferentes tipos de análise (tabela 3). Para sustentar as conclusões retiradas, foram feitas duas pequenas entrevistas e dois jornalistas: Vítor Lemos, do Observador (da secção de Política) e Sílvia Borges da Silva, da Agência Lusa (editoria de Cultura), de forma a avaliar como é que duas áreas distintas do jornalismo lidam com as suas fontes. Tabela 2: Variáveis Independentes analisadas. Variável Independente (Questão) 3 – Há quantos anos exerce a profissão?
20 – Faixa Etária
19 - Sexo
Categorias (Respostas) 1) Há menos de três anos 2) Três a seis anos 3) Sete a dez anos 4) Mais de dez anos 1) 18 a 24 anos 2) 25 a 34 anos 3) 35 a 44 anos 4) 45 a 54 anos 5) 55 a 64 anos 6) 65 ou mais anos 1) Masculino 2) Feminino
Tipo de Variável
Ordinal
Ordinal
Nominal
Tabela 3: Variáveis Dependentes analisadas. Variável Dependente (Questão) 9- Indique a frequência com que recorre às fontes de informação: 1- Nunca 2- Pouco Frequente 3- Frequente 4- Muito Frequente 5 - Sempre
14- Avalie a concordância com as seguintes afirmações: 1- Discordo 2- Não concordo nem discordo 3- Concordo
Categorias (Possíveis Respostas) 9.1. Fontes Digitais 9.2. Fontes Documentais 9.3. Fontes Informais 9.4. Fontes Oficiais 9.5. Fontes Não Oficiais 9.6. Fontes Pessoais 14.1. A fonte influencia-me 14.2. Costumo avaliar o valor de uma informação pela fonte de onde provém. 14.3. Mantenho o distanciamento das fontes. 14.4. O anonimato da fonte afeta a credibilidade da notícia junto do público. 14.5. O recurso a fontes de rotina condiciona a pluralidade jornalística. 14.6. Tendo a utilizar uma fonte pelo que ela é e não pelo que ela sabe.
Tipo de Variável
Ordinal
Ordinal
6|Página
1)
18- Qual o maior obstáculo que encontra no uso de fontes digitais?
Excesso de informação, que se torna contraproducente 2) Falta de competências técnicas 3) Falta de conhecimento para citar as fontes 4) Falta de credibilidade das fontes 5) Falta de interesse pelas fontes digitais 6) Falta de ligação à Internet 7) Sem obstáculos 8) Não uso fontes digitais 9) Outro obstáculo.
Nominal
12 – Dependendo do tipo de fonte, indique de quem parte habitualmente a iniciativa de contacto: 1- Contacto a Fonte 2- Fonte contacta-me 3- Não aplicável
12.1. Fontes informais 12.2. Fontes oficiais 12.3. Fontes não oficiais 12.4. Fontes pessoais
Nominal
Tabela 4: Objetivos específicos e análises realizadas.
Objetivo
Descrição
Variáveis utilizadas
Análise feita
Elemento encarregue
1
Conhecer que tipo de iniciativa de contacto existe entre fontes de informação pessoais e jornalistas.
Anos de Serviço (3) X Contactos com Fontes (12.4)
Análise Univariada e Análise Bivariada
Ana Cabrito
2
Perceber se o sexo influencia a forma como os jornalistas caracterizam as fontes.
Sexo (19) X Caracterização das Fontes (10)
Analisar a relação entre o sexo e atuação quando uma fonte presta uma informação falsa. Entender com que frequência indivíduos de diferentes faixas etárias recorrem a fontes de informação pessoais.
Sexo (19) X Atuação quando a fonte dá uma informação falsa (15)
Análise Univariada e Teste QuiQuadrado Análise Univariada e Análise Bivariada
Idade (20) X Frequência de uso de fontes pessoais (9.6)
Análise Univariada e Análise Bivariada
3
4
Andreia Neves Francisco Silva
Maria Inês
7|Página
1.1.
Amostra
Com o objetivo de caracterizar a amostra utlizada neste trabalho, procedemos à análise univariada das variáveis sociodemográficas presentes no questionário enviado aos jornalistas. Os contactos utilizados para procedermos ao envio dos questionários para os jornalistas foram disponibilizados pelos órgãos de comunicação social, entidades empregadoras destes. Após obtermos esses contactos, procedemos ao envio do questionário para os jornalistas, através de email e contacto telefónico. Da amostra de 210 indivíduos, 113 (53,8%) são do sexo masculino e 97 indivíduos (46,2%) do sexo feminino, como se pode observar no gráfico 1 dos anexos. Em relação à idade, a faixa etária dos “35-44 anos” é a mais expressiva (35,7%), e a menos expressiva corresponde à faixa etária dos “65 e mais anos” (2,9%), observável no gráfico 2 dos anexos. No que diz respeito às habilitações literárias (gráfico 3 dos anexos) o valor mais expressivo corresponde à ao grau de licenciatura com 134 respostas (63,8%), seguindo-se o grau de mestrado com 33 respostas (15,7%). Ainda nesta variável, os valores menos expressivos dizem respeito ao ensino básico com duas repostas (1%) e ao “curso técnico” com 6 respostas (2,9%). Relativamente ao estado civil (gráfico 4 dos anexos), 114 indivíduos (54,3%) são casados ou estão em união de facto (valor mais expressivo), 83 indivíduos responderam ser solteiros (39,5%) e, por fim, 13 respostas correspondem a indivíduos divorciados ou separados, representando 6,2% da amostra total. No que toca ao rendimento mensal (gráfico 5 dos anexos) o valor mais expressivo corresponde a “557€-1000€” com 85 respostas (40,5%), o menos expressivo* é o relativo a “+2500€” com 9 respostas (4,3%). É preciso referir que a opção “sem rendimento” obteve 5 respostas (2,4%), sendo este na realidade o valor menos expressivo.
8|Página
2.
Estado de Arte
O jornalismo pode ser entendido como uma ocupação e como uma atividade e uma técnica de recolha, elaboração e difusão de informação de atualidade através de meios de difusão coletivos, no quadro de organizações/instituições próprias e em contextos socioculturais e políticos determinados (Pinto, 1999, p.79). A par do jornalismo, as fontes podem definir-se como atores que os jornalistas observam e entrevistam, no sentido do fornecimento de informação e sugestão noticiosa, enquanto membros e representante de grupos de interesses organizados ou não, bem como de setores mais vastos da sociedade ou do país (Santos, 1997, p.76). De acordo com a perspetiva de Gans, há vários tipos de fontes informativas (institucionais, oficiais, provisórias, passivas e ativas, conhecidos e desconhecidos), com os quais os órgãos de informação estabelecem relações negociais. Este relacionamento é, por sua vez ditado pelas necessidades informativas dos news media. (Ribeiro, 2009, p.74). As fontes podem ainda ser humanas, tais como pessoas, grupos e instituições sociais ou não humanas como o caso de documentos e dados. Neste sentido, as fontes de informação são extremamente importantes para o processo inerente ao sistema de produção de notícias, pelo que Ericson enfatiza a importância da negociação por parte do jornalista durante o processo de produção noticiosa, em que as notícias são um processo de transação entre os jornalistas e as suas fontes (Ribeiro, 2009, p.7). Deste modo, para que as fontes e os jornalistas coexistam dentro de um sistema, é necessário que as primeiras sejam tratadas com cordialidade e cortesia e, num certo, cultivadas (Gradim, 2000, s.p.). Há ainda barreiras e limites que o jornalista deve impor na sua relação com as fontes de informação, e não permitir nunca que sejam ultrapassadas. Isto é, por mais simpatia e bom relacionamento que um jornalista mantenha com a fonte, esta deve saber claramente que a relação é estritamente profissional, e que o jornalista, ouvindo-a, se reserva também no direito de ouvir quem mais bem entender, redigindo o seu trabalho com total autonomia (Gradim, 2000, s.p.). Assim, although sources may initially supply information, journalists then take over in terms of following up the story and the final packaging of the raw material (Davis, 2009, s.p) 9|Página
Estabelece-se, portanto, uma interação que determina as trocas de informação, a parir de uma dinâmica entre quem produz as notícias- jornalistas, e quem alimenta essas mesmas notícias- fontes de informação. Neste sentido, Gans caracteriza a dinâmica das fontes de uma forma mais peculiar, considerando que a relação entre as fontes e o jornalismo se assemelha a uma dança, pois as fontes procuram acesso aos jornalistas, e os jornalistas procuram acesso às fontes (1979: 116) (Ribeiro, 2009, p.12). Nesta perspetiva, Denhham nota que media agendas typically are not set, but are built, reflecting institutional imperatives and an ongoing negotiation between media personnel and their sources of information (Lanosga & Martin, 2016, p.3). Com isto, é possível aferir que a relação entre o jornalista e as fontes de informação, é um processo de interação definido e controlado por ambas as partes. Ambos surgem como representantes de sistemas (um jornal e uma empresa, por exemplo), que outro não conhece em absoluto. Pode-se ver esta relação como um lugar de encontro entre estes sistemas, cuja fidedignidade e credibilidade vão ser definidas pelo comportamento e pela conduta destes (Marinho, 2000,s.p). No fundo, de uma fonte espera-se credibilidade, rigor factual e conhecimento superlativo – atributos que são compatíveis com a defesa dos legítimos interesses das organizações ou indivíduos que representam. Dos jornalistas espera-se respeito pelas regras deontológicas da profissão, uma aguda noção do que é o interesse público e a obediência às regras de produção das notícias (Martinez, Ribeiro & Silva, 2015, p.2)
10 | P á g i n a
3.
Análise Estatística e Discussão de Resultados
OBJETIVO 1: Conhecer que tipo de iniciativa de contacto existe entre fontes de informação pessoais e jornalistas. Tabela 5: Frequências da variável que diz respeito aos anos de serviço exercidos enquanto jornalista.
N
Valid
210
Missing
0
Median
4,00
Mode
4
Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent Valid Menos de três anos 26
12,4
12,4
12,4
Três a seis anos
22
10,5
10,5
22,9
Sete a dez anos
25
11,9
11,9
34,8
Mais de dez anos
137
65,2
65,2
100,0
Total
210
100,0
100,0
Das 210 respostas válidas, podemos observar que a que tem mais relevância, ou seja que engloba mais jornalistas, é a categoria 4 – mais de 10 anos – com 137 respostas totais, o que corresponde a 65,2% das respostas. Por oposição, aquela que tem menos significância é a categoria 2 – três a seis anos – com 22 respostas totais (10,5% do total de respostas). É interessante observar que a segunda resposta com mais relevância é a que diz respeito ao recente início do trabalho jornalístico – menos de três anos – com 26 respostas (12,4% do total). Assim, podemos constatar que a nossa amostra conta com uma percentagem de jornalistas novos na área em questão.
11 | P á g i n a
Tabela 6: Frequências da variável sobre a Iniciativa de Contacto por parte das Fontes Pessoais.
N Valid
210
Missing 0 Median
1,00
Mode
1
Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent Valid Contacto a fonte
171
81,4
81,4
81,4
A fonte contacta-me 35
16,7
16,7
98,1
Não aplicável
4
1,9
1,9
100,0
Total
210
100,0
100,0
A maior significância de respostas encontra-se na primeira categoria – contacto a fonte – com 171 respostas (81,4%) das respostas totais. No entanto, 35 inquiridos (16,7% do total) admitem que são as fontes pessoais que os contactam por iniciativa própria, indo ao encontro dos jornalistas. Estas fontes pessoais são importantes para os jornalistas, como nos afirmou Vítor Lemos, um jornalista político no Observador: “As fontes mais relevantes, no meu entender da política, são as fontes que nós temos há muitos anos e as pessoas com quem cruzamos informação”. Porém, segundo a jornalista da agência Lusa “depende, quando já há alguma confiança no trabalho, a fonte liga-te a dar as informações e claro que tentas sempre confirmar (…) porque pode estar a manipular-te sem te estares a aperceber”.
12 | P á g i n a
Tabela 7: Cruzamento entre os anos de serviço e a iniciativa de contacto por parte das fontes pessoais.
Tanto os jornalistas com menos anos de serviço jornalístico – menos de três anos – como os jornalistas com mais tempo na área – mais de 10 anos – têm uma maioria de indivíduos (20 e 113, respetivamente) a afirmar que são eles que procuram as fontes de informação e não o contrário. Olhando para a iniciativa da fonte contactar o jornalista, vemos que há uma maior significância nos indivíduos com mais de 10 anos de serviço, onde 21 inquiridos afirmaram que as fontes os contactavam a eles. Nos outros tempos de serviço, vemos que não existem assim tantos indivíduos a serem procurados pelas fontes, sendo que os jornalistas com três a seis anos de prática são aqueles a quem as fontes menos recorrem.
13 | P á g i n a
Vítor Lemos, do Observador, lembrou-nos para a importância da não identificação das fontes pessoais em alguns casos, dizendo que mantém “fontes há 10 ou 15 anos e ninguém imagina quem eles são, são pessoas que me passam informação exclusiva de quem ninguém faz ideia”. O grupo decidiu analisar as fontes pessoais e não os outros géneros de fontes que estavam disponíveis, já que a relação mantida entre jornalistas e fontes pessoais é algo muito desafiante de estudar, e que depende dos contactos que cada jornalista tem. É também um relacionamento com características próprias, com as quais os jornalistas têm de saber lidar, para não perderem aquela informação, de acordo com Vítor, que afirma: “O jornalista tem de saber que perde fontes”. OBJETIVO 2: Perceber se o sexo influencia a forma como os jornalistas caracterizam as fontes. Tabela 8: Frequências relativas à variável da Caracterização das fontes de informação. N Válido
210
Ausente 0 Modo
2
Frequência Porcentagem Porcentagem válida Porcentagem acumulativa Válido Cordiais
13
6,2
6,2
6,2
Essenciais
114
54,3
54,3
60,5
Interesseiras
15
7,1
7,1
67,6
Úteis
67
31,9
31,9
99,5
Outra característica 1
,5
,5
100,0
Total
100,0
100,0
210
Em relação à caracterização das fontes de informação, a moda corresponde à categoria “Essenciais”, que teve mais incidência numérica nas respostas dos jornalistas. Assim, com mais expressão, dos 210 inquiridos, 114 indivíduos consideram que as fontes são essenciais para a concretização do seu trabalho, seguindo-se a categoria “Úteis”, com 67 respostas. Por outro
14 | P á g i n a
lado, a variável menos escolhida pela amostra foi a opção “outra característica”, selecionada por apenas um jornalista. Há ainda que atentar para a categoria “Interesseira”, com uma expressão de 7, 14% e que vai ao encontro da informação prestada por um jornalista da secção de política, do jornal online observador e que refere em entrevista que “a questões mais importante que o jornalista deve ter sempre presente na relação com as fontes é: todas as fontes são interessadas, todas. Quando alguém nos passa informação, normalmente as fontes têm todas interesse em que aquela informação saia. A nossa função é credibilizá-las.” Do mesmo modo, Gradim afirma que se deve ter em mente que nenhuma fonte, profissional ou não, é absolutamente desinteressada. Todas falam a partir de um determinado lugar, que determina o seu ponto de vista, e podem ser movidas pelas mais diversas motivações (Gradim, 2000, s.p.). Tabela 9: Frequências acerca do sexo. N Válido Ausente Modo
210 0 1
Frequência Porcentagem Porcentagem válida Porcentagem acumulativa Válido Masculino 113
53,8
53,8
53,8
Feminino
97
46,2
46,2
100,0
Total
210
100,0
100,0
Como já referido, a nossa amostra é constituída por 210 jornalistas, dos quais 113 (53,81%) são do sexo masculino e 97 (46,19%) do sexo feminino. Verifica-se com isto, a existência de um maior número de jornalistas do sexo masculino.
15 | P á g i n a
Tabela 10: Cruzamento entre as variáveis do sexo e da caracterização das fontes de informação.
16 | P á g i n a
Ao cruzar a variável dependente “caracterização das fontes de informação” com a variável independente “sexo”, foi possível verificar que 28,10% dos indivíduos de sexo feminino caracterizam as fontes de informação como “Essenciais”. Por sua vez, 26,19% dos jornalistas do sexo masculino, também acreditam que as fontes de informação são “Essenciais” para a realização do seu trabalho, embora esta percentagem tenha uma menor expressão quando comparada com a escolha do sexo feminino. Há ainda um contraste acentuado no que diz respeito à caracterização das fontes como “Úteis”, destacando-se neste sentido, com uma expressão de 18,57% o sexo masculino, que contrasta com 13,33% do sexo feminino. Deste modo, os jornalistas precisam de forma vital, das fontes e dos seus serviços, pelo que têm de pôr em ação processos exigentes que permitam conciliar a colaboração produtiva da fonte e o distanciamento crítico que o trabalho jornalístico (Ribeiro, 2009, p.15). São também mais jornalistas do sexo masculino a considerarem as fontes de informação “interesseiras” e “cordiais”, com 4,76% e 3,81%, respetivamente. Assim, há que manter uma relação de cordialidade com as fontes de informação e, em quaisquer circunstâncias, ter presente que fontes não são desinteressadas, mesmo as não profissionais - os motivos podem ser os mais variados: políticos, pessoais, profissionais, autopromoção, conquista de benefícios diretos ou indiretos (Gradim, 2000, s.p.).
Tabela 11: Teste de influência de variáveis. Qui-Quadrado.
Significância Sig. Valor
df
(2 lados)
Qui-quadrado de Pearson
4,110a
4
,391
Razão de verossimilhança
4,518
4
,340
Associação Linear por Linear 1,266
1
,261
N de Casos Válidos
210
a. 2 células (20,0%) esperavam uma contagem menor que 5. A contagem mínima esperada é ,46.
17 | P á g i n a
Para verificar a dependência ou independência entre as duas variáveis (sexo e caracterização das fontes de informação) consideraram-se as seguintes hipóteses: H0: O sexo não influencia a caracterização das fontes H1: O sexo influencia a caracterização das fontes Se p ≥ α, aceitamos H0 Se p < α, rejeitamos H0 e aceitamos H1. Admitindo que α= 0,05, aceitamos a hipótese H0, pois sig > α. Logo, é possível concluir que a caracterização das fontes de informação não depende do sexo.
OBJETIVO 3: Analisar a relação entre o sexo e atuação quando uma fonte presta uma informação falsa. Tabela 12: Frequências relativas ao sexo.
A amostra recolhida é constituída por 113 indivíduos do sexo masculino e 97 indivíduos do sexo feminino, num total de 210 indivíduos. Tabela 13: Frequências da atuação do jornalista quando a fonte dá informações falsas.
18 | P á g i n a
Relativamente à variável “Atuação quando uma fonte presta informação falsa” podemos observar que os dois valores mais expressivos correspondem às opções de resposta “Nunca tive essa experiência”, selecionada por 72 indivíduos (34,3%), e “Reconsidero a credibilidade da fonte” escolhida por 70 indivíduos (33,3%). Por outro lado, as duas opções de resposta menos expressivas pertencem à opção “Ignoro a situação”, selecionada por 5 indivíduos (2,4%), e à opção “Outro comportamento”, escolhida apenas por 3 indivíduos (1,4%). A moda é 5, traduzindo-se na opção “Nunca tive essa experiência”.
Tabela 14: Cruzamento “Sexo x Atuação quando uma fonte presta uma informação falsa.
19 | P á g i n a
Ao cruzarmos a variável “Sexo” com a variável “Atuação quando uma fonte presta informação falsa” conseguimos observar que as principais diferenças entre indivíduos do sexo masculino e indivíduos do sexo feminino verificam-se na opção “Reconsidero a credibilidade de uma fonte”, sendo que existem 41 indivíduos do sexo masculino (19,5%) a concordar com esta afirmação e 29 indivíduos do sexo feminino (13,8%), existindo um intervalo de 12 indivíduos (5,7%). Apesar de ser nesta opção onde se verifica a maior diferença entre sexos, é a opção “Nunca tive essa experiência” a que reúne a preferência dos indivíduos, tendo sido selecionada por um total de 71 indivíduos (34,3%), sendo 31 indivíduos do sexo masculino (14,8%) e 41 indivíduos do sexo feminino (19,5%). A menor diferença entre variáveis do cruzamento verifica-se na opção de resposta “Só contacto em caso de extrema necessidade”, selecionada por 6 indivíduos do sexo masculino (2,9%) e 5 indivíduos do sexo feminino (2,4%). “Outro comportamento” é a opção de resposta menos expressiva do cruzamento, sendo que apenas 3 indivíduos (1,4%) optaram por ela, todos eles do sexo masculino.
20 | P á g i n a
OBJETIVO 4: Entender que tipos de fontes mais utilizam os diferentes meios de comunicação (este foi realizado no SPSS Statistics 24). Tabela 15: Frequências relativas à faixa etária dos inquiridos.
Com a observação da tabela de frequência da variável “idade”, concluímos que a faixa etária mais expressiva corresponde a “35 a 44 anos” com 75 respostas (35,7%). Em contrapartida, a faixa etária menos expressiva na tabela de frequências é de “65 e mais anos” com 6 respostas (2,9%). Tabela 16: Frequências relativas ao recurso a fontes de informação pessoais.
21 | P á g i n a
Em relação à sub-variável “fontes pessoais” que se insere na variável “Tipo de fontes”, podemos observar que o valor mais expressivo corresponde à opção de resposta “Muito frequente” com 92 respostas (43,8%), de seguida a opção “Frequente” com 69 respostas (32,9%), a opção “Sempre” com 37 respostas (17,6%), e os valores menos expressivos correspondem a “Pouco frequente” e “Nunca” com 11 respostas (5,2%) e 1 resposta (0,5%), respetivamente, no que diz respeito à consulta de fontes pessoais.
Tabela 17: Cruzamento entre a faixa etária e o recurso a fontes pessoais.
22 | P á g i n a
No cruzamento realizado entre a variável “Idade” e a opção de resposta “Fontes pessoais”, podemos observar que as segundas são consultadas com a opção “Muito frequente”, na sua maioria, por indivíduos na faixa etária dos 45 a 54 anos com 29 respostas (13,8%). Os indivíduos que responderam “Sempre” situam-se na sua maioria, na faixa etária dos 35 a 44 anos com 15 respostas (13,2%). Os indivíduos que responderam “Frequente” e “Pouco frequente” situam-se, na faixa etária dos 35 a 44 anos com 31 respostas (14,8%) e na faixa etária dos 45 a 54 anos com 4 respostas (1,9%), respetivamente. Em relação aos indivíduos que responderam “Nunca” as suas respostas não apresentam expressividade suficiente para nos auxiliarem na leitura dos resultados.
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Considerações Finais Os objetivos principais do nosso trabalho passaram por perceber que tipo de iniciativa de contacto existe entre fontes de informação pessoais e jornalistas; perceber se o sexo influencia a forma como os jornalistas caracterizam as fontes; analisar a relação entre o sexo e o grau de influência (e relação) que a fonte tem no jornalista; entender com que frequência indivíduos de diferentes faixas etárias recorrem a fontes de informação pessoais. A revisão bibliográfica revelou que as fontes de informação são extremamente importantes para o processo inerente ao sistema de produção de notícias. Relativamente ao cruzamento dos anos de exercício da profissão e da iniciativa de contacto de fontes pessoais concluímos que os jornalistas que trabalham no ramo há mais de dez anos são os que mais tomam iniciativa para contactar as suas fontes pessoais. Isto pode explicado pelo facto de os jornalistas que trabalham no ramo há mais anos já terem uma vasta lista de contactos reunidos. No que toca ao cruzamento entre o sexo e a caracterização das fontes de informação observamos que a maior diferença de sexos é verificada na caracterização de fontes úteis e a menor diferença verifica-se na opção de resposta “Outras características”. No cruzamento entre as variáveis “Sexo” e “Atuação quando uma fonte presta uma informação falsa” é-nos possível concluir que os indivíduos do sexo masculino têm mais tendência para reconsiderar a credibilidade de uma fonte (após esta lhes ter fornecido informação falsa) do que os indivíduos do sexo feminino, sendo esta a diferença mais acentuada encontrada. É também possível concluir que grande parte da nossa amotra nunca teve esse tipo de experiência, sendo que “Nunca tive essa experiência” é a resposta que reúne a preferência de ambos os sexos. Cruzando a variável “Idade” com a variável “Frequência com que recorre a fontes pessoais” foi possível concluir que quanto mais velhos são os jornalistas (que ainda estão no ativo), mais frequentemente consultam fontes pessoais. Isto pode ser explicado pela lista de contactos que vai aumentando ao longo do decorrer da carreira do jornalista.
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Webgrafia / Bibliografia Davis, A. (2009). Journalist–source relations, mediated reflexivity and the politics of politics. Journalism Studies, 10(2), 204-219. Gans, H. J. (1979). Deciding what's news: A study of CBS evening news, NBC nightly news, Newsweek, and Time. Northwestern University Press. Gradim, A. (2000). Manual de jornalismo. Universidade da Beira Interior/Livros Labcom. Lanosga, G., & Martin, J. (2016). Journalists, sources, and policy outcomes: Insights from threeplus decades of investigative reporting contest entries. Journalism, 1464884916683555. Marinho, S. (2000). O valor da confiança nas relações entre jornalistas e fontes de informação. Martinez, M., Pessoni, A., Ribeiro, V., & Silva, M. C. C. (2015). Assessoria de imprensa, narrativas midiáticas e saúde: simbiose de fontes, jornalistas, leitores, personagens e afetos. In Anais do Intercom Rio 2015: XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação: Comunicação e cidade espetáculo. Pinto,
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Anexos Guião das Entrevistas Como referido na Nota Metodológica, o grupo elaborou duas pequenas entrevistas a dois jornalistas: Vítor Lemos, do jornal Observador e Sílvia Borges da Silva, da Agência Lusa. Estas entrevistas foram feitas pelas alunas Ana Cabrito e Andreia Neves, respetivamente, no dia 19 de maio de 2017. Abaixo ficam as questões feitas e as respostas dos entrevistados.
- Guião de Entrevista: Vítor Lemos 1. Que critérios tem em consideração quando escolhe as suas fontes de informação? - As fontes mais relevantes, no meu entender da política, são as fontes que nós temos há muitos anos e as pessoas com quem cruzamos informação. Muitas vezes há informação oficial que não é verdadeira e que nós temos de a cruzar. - Lá por serem fontes oficiais ou por serem fontes com crédito não quer dizer que estejam a verdade. O que diz o governo sobre determinada matéria pode não ser a realidade, e há necessidade de cruzar essa informação. - As fontes na política estão interessadas, normalmente são sempre interessadas, e querem sempre tramar o próximo. E nem é o adversário do outro partido, é alguém do próprio partido que lhes interessa abater. - Isto é uma das questões mais importantes que os jornalistas devem ter sempre presente na relação com as fontes é: todas as fontes são interessadas, todas. Quando alguém nos passa informação, normalmente as fontes têm todas interesse em que aquela informação sai. A nossa função é credibilizá-las. - É muito raro ter alguém que passa informação para o bem da humanidade. Mas também há. Normalmente, são os próprios que fizeram determinada investigação e querem divulgala para aparecer, o que lhes dá uma certa sensação de poder. - Os jornalistas são sempre acusados de estar a beneficiar um determinado lado quando fazem uso de certas informações. Mas isso é sempre. 26 | P á g i n a
2. Como caracteriza a sua relação com as fontes de informação? - Com fontes oficiais normalmente há uma relação mais tensa, porque tentamos sempre sacar mais alguma coisa. - Tenho fontes pessoais de há 10 ou 15 anos que ninguém imagina quem são. São pessoas que me passam informações exclusivas e que ninguém imagina quem é que são eles. - O jornalista tem de saber que perde fontes. Porque começa a aparecer coisas para escrever contra eles, e eles deixam-te de falar. Tenho fontes com quem nunca mais falei porque me mentiram e não acreditei em mais nada do que me disseram. - Tenho fontes de ‘toca e foge’, em que vou buscar informação e que passo uns tempos sem falar com eles, para não criar uma excessiva proximidade e quando preciso vou buscar informação novamente.
- Guião de entrevista a Sílvia Borges da Silva: 1. Como caracteriza a sua relação com as fontes? - A relação depende das fontes: Há as fontes mais institucionais, com que mantemos contacto por telefone, email, contacto pessoal, e depois vai-se tentando criar uma relação de alguma confiança com elas e consoante o nosso trabalho”. Depois há outros géneros de fontes como “músicos ou artistas, realizadores de cinema e é tudo à base da confiança”, embora nestes casos se tente “explicar o que é a agência lusa (…) não é fácil explicar a todos o teu trabalho e se eles não veem o seu trabalho publicado, se calhar da próxima vez não nos vão querer dar a entrevista. - Há varias fontes, algumas fora do trabalho e com as quais podemos ter mais proximidade, mas no geral, tem de se lidar com o maior profissionalismo possível” Há sempre que questionar se “estou a fazer algum favor ao dar esta notícia? A quem é que estou a privilegiar ao dar esta notícia?” e deste modo “se tens um contacto com uma fonte com que te dás bem e ela diz-me que ‘tenho uma coisa para ti’ e se tu vês que não é notícia, não dás se não for notícia para a Lusa.
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2. Há iniciativa das fontes em contactar os jornalistas? - Depende, quando já há alguma confiança no trabalho, a fonte liga-te a dar as informações e claro que tentas sempre confirmar (…) porque pode estar a manipular-te sem te estares a aperceber. - Tentar cruzar sempre informações, cruzar outras fontes, para confirmar, mesmo que aquela fonte seja de confiança. Acho que se deve sempre confirmar as informações, tentar cruzar o mais possível. 3. Quais as principais diferenças entre a utilização de fontes de informação por parte da Agência Lusa e os outros meios de comunicação? - Às vezes aqui na Lusa sabemos de uma coisa, mas a fonte não nos quer confirmar oficialmente e nós não damos a notícia. - Estamos a servir outros meios de comunicação e é suposto sermos o mais credíveis possível.
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N.º de jornalistas com carteira profissional válida a 19/05/2017: 5729 Tabela 18: N.º de jornalistas com carteira válida por Sexo, Faixa Etária e Meio de Comunicação:
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Comissรฃo da Carteira Profissional de Jornalista 19/05/2017
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GRÁFICOS SOCIODEMOGRÁFICOS Gráfico 1: Frequência do sexo.
Gráfico 2: Frequência da Idade.
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Gráfico 3: Frequência das Habilitações Literárias.
Gráfico 4: Frequências do Estado Civil.
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Gráfico 5: Frequência do Rendimento Mensal.
GRÁFICOS RELATIVOS AOS OBJETIVOS Gráfico 6: Objetivo 1: Conhecer que tipo de iniciativa de contacto existe entre fontes de informação pessoais e jornalistas.
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Grรกfico 7: Objetivo 2: Perceber se o sexo influencia a forma como os jornalistas caracterizam as fontes.
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Gráfico 8: Objetivo 3: Analisar a relação entre o sexo e atuação quando uma fonte presta uma informação falsa.
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Gráfico 9: Objetivo 4: Entender que tipos de fontes mais utilizam os diferentes meios de comunicação (este teste foi realizado no SPSS Statistics 24).
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Tabela 19: Divisão das tarefas pelos elementos do grupo. Elemento do grupo
Tarefas Nota Metodológica; Análise Univariada e
Ana Cabrito
Bivariada do Objetivo 1; Entrevista ao jornalista Vítor Lemos; Considerações Finais. Estado de Arte; Análise Univariada, Bivariada e
Andreia Neves
aplicação do Teste do Qui-Quadrado do Objetivo 2; Entrevista à jornalista Sílvia Borges da Silva.
Francisco Silva
Maria Domingos
Resumo/Abstract; Amostra; Análise Univariada e Bivariada do Objetivo 3; Considerações Finais. Introdução; Análise Univariada e Bivariada ao Objetivo 4.
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