RaĂzes Gourmet Grande Hotel SENAC
O Raízes Gourmet propõe a gastronomia e a cultura que valorizam as raízes brasileiras, o tema abrange também as influências trazidas pela imigração e a miscigenação cultural ao Brasil. Ação em que o Chefs anfitriões dos Hotéis SENAC - Águas de São Pedro e Campos do Jordão receberão um Chef convidado que apresentará um menu inspirado em grandes obras culturais, possibilitando ao evento uma gama de temas interessantes e, acima de tudo, a valorização do Brasil. A criação do tema norteia os Chefs na criação do menu e instiga a imprensa com mais uma frente para a divulgação. Reila Criscia (Idealização e coordenação)
Raízes Gourmet Grande Hotel SENAC
Ano de Portugal no Brasil Como 2012 é o ano de Portugal no Brasil propomos para ação um evento que apresente a influência lusófona da cozinha Portuguesa no Brasil e também a nossa principal herança, a rica língua portuguesa, homenageada através do expressivo poeta Fernando Pessoa. A homenagem acontece a partir da escolha de poesias e pesquisa das vivencias do autor, instigando o Chef Vitor Sobral a desenvolver o menu inspirado em cada poesia. Para ação o Chef Vitor Sobral convida o Chef Jorge da Hora a compartilhar a realização do menu realçando o tributo ao tema: Portugal - Brasil.
Chef Vitor Sobral
Um Chef à Portuguesa!
Vítor Sobral é um nome expressivo e inovador quando falamos de cozinha portuguesa. É um mestre na arte de ligar aromas, temperos e produtos, transformando os pratos mais tradicionais numa experiência moderna e inesquecível. É consultor gastronômico de várias empresas da área; autor e co-autor de diversos livros de culinária e professor entre outras várias funções que a sua experiência enquadra. Em 2009 criou a marca “da Esquina” – um conceito que pretende pôr todos os clientes em contato com o charme e sabor da culinária de outros tempos, intemporalizada pelo toque moderno do Chef Vitor Sobral. O primeiro espaço aberto nesse ano, em Campo de Ourique – Lisboa, foi a Tasca da Esquina, um mostruário da matriz deste projeto através dos sabores, cheiros, decoração, ambiente e pessoas. Passados dois anos o desafio tornou-se maior. O Chef Vitor Sobral abriu, em 2011, a Cervejaria da Esquina, também em Campo de Ourique – Lisboa e em São Paulo a filial da Tasca da Esquina, um espaço que surpreende por apresentar pratos tipicamente portugueses com gostinho brasileiro. O nome Vitor Sobral continua a ser sinônimo da reinvenção da melhor gastronomia portuguesa.
Fernando
Pessoa
Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. Na infância morou na cidade de Durban, onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa. Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico, publicando seus primeiros poemas em inglês. Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de Letras. Porém, abandou o curso um ano depois. Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do simbolismo francês. Em 1912, começou suas atividades como ensaísta e crítico literário, na revista Águia. A saúde do poeta português começou a apresentar complicações em 1935. Neste ano foi hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas, pois apresentou cirrose hepática.
O ortônimo e os heterônimos de Fernando Pessoa Fernando Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas.
“Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus.” Fernando Pessoa/Alberto Caeiro; Poemas Inconjuntos; Escrito entre 1913-15; Publicado em Atena nº 5, Fevereiro de 1925
MENU FERNANDO PESSOA Entrada (Prato: influencias lusófonas da colonização na África) Creme frio de mandioquinha, coco e caviar Primeiro Prato (Prato: influencias lusófonas da colonização no Brasil) Camarão em salmoura, palmitos frescos confitados e vinagrete de maracujá Segundo Prato (Prato: Bacalhau) Bacalhau no forno, creme de couve-flor, tomate assado e amêndoas torradas com especiarias Prato Principal (Prato: caça, cordeiro ou porco preto) Empada de perdiz com guisado de cogumelos e alecrim Sobremesas Pratão de sobremesas: Azevias de mandioca e gengibre Creme de arroz doce com canela e hortelã Creme queimado com aromas de cumaru
Entrada PADRÃO - FERNANDO PESSOA 13 - 09 - 1918 O esforço é grande e o homem é pequeno. Eu, Diogo Cão, navegador, deixei Este padrão ao pé do areal moreno E para adiante naveguei. A alma é divina e a obra é imperfeita. Este padrão assinala ao vento e aos céus Que, da obra ousada, é minha a parte feita: O por-fazer é só com Deus. E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quinas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português. E a cruz ao alto diz que o que me há na alma E faz a febre em mim de navegar Só encontrará de Deus na eterna calma O porto sempre por achar. Prato: influencias lusófonas da colonização na África.
Primeiro Prato “Tabacaria” – Fernando Pessoa, heterônimo Álvaro de Campos, 15-1-1928 … Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. … (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira Talvez fosse feliz.) Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela. O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?). Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica. (O Dono da Tabacaria chegou à porta.) Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.” Prato: influencias lusófonas da colonização no Brasil.
Segundo Prato MAR PORTUGUÊS 9 - 06 - 1935 Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu à pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Prato: Bacalhau
Prato Principal Navegar é preciso “ Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: “Navegar é preciso; viver não é preciso”. Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.” Prato: caça, cordeiro ou porco preto
Sobremesas Quadras ao Gosto Popular Cantigas de portugueses São como barcos no mar — Vão de uma alma para outra Com riscos de naufragar. Ai, os pratos de arroz doce Com as linhas de canela! Ai a mão branca que os trouxe! Ai essa mão ser a dela! Saudades, só portugueses Conseguem senti-las bem. Porque têm essa palavra Para dizer que as têm. Santo Antônio de Lisboa Era um grande pregador, Mas é por ser Santo Antônio Que as moças lhe têm amor. Trazes a rosa na mão E colheste-a distraída... E que é do meu coração Que colheste mais sabida?
Apresentação de Fado da cantora Julianne Daud
Julianne Daud, há mais de 20 anos, vem construindo uma admirável carreira na música lírica. Seus estudos tiveram início em 1990 com Marga Nicolai em São Paulo, daí em diante não parou mais. Aprimorou suas técnicas na Itália entre 1994 e 1996. De volta ao Brasil, Julianne Daud esteve no palco ao lado de Marília Pêra no musical Master Class de Terence Mc Nelly e Claudia Raia no inesquecível musical “O Beijo da Mulher Aranha”. Ao longo de sua vasta carreira podemos destacar também, os papéis principais em memoráveis apresentações como as óperas “A Flauta Mágica de Mozart”, ”O Barbeiro de Sevilha”, “Salvator Rosa”, “O Guarani” e “Joanna de Flandres”, esta última que ficou esquecida por 140 anos até ser totalmente restaurada, editada e apresentada por Daud sob direção do autor do projeto, o Maestro Fábio Oliveira. Hoje em dia, Julianne Daud atua tanto como cantora, quanto como produtora executiva em eventos sociais, culturais e empresariais.
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