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CADEIA PRODUTIVA

prazo, tendo em vista que em projetos outorgados pela Aneel, segundo levantamento da ePowerbay, a turbina V150 tem participação de 4,6 GW.

A nova plataforma da Vestas está presente nos projetos da Echoenergia, em Serra do Mel (RN), com 65 unidades e total de 273 MW; da Casa dos Ventos, o Folha Larga Sul (BA), com 36 unidades e total de 151,2 MW; da Engie, em Campo Largo (BA), com 86 unidades e 361,2 MW; e da Qair, em Serrote (CE), como 49 unidades (205,8 MW).

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n WEG

A brasileira WEG deve começar a fazer as primeiras entregas de seu novo aerogerador, de 4,2 MW, o AGW 147/4.2, até o fim de 2021. A primeira encomenda das turbinas é para quatro parques do complexo eólico Acauã, no Rio Grande do Norte, da Aliança Energia, joint venture entre Vale e a Cemig, em um pacote de 43 turbinas com 180,6 MW de capacidade total. Pelo contrato, as entregas são prometidas para começar ainda neste ano e se estenderão por 2022.

Segundo a ePowerbay, a fabricante catarinense tem 646 MW em operação de suas turbinas antigas de 2,1 MW e conta já com 291 MW em projetos outorgados para uso do novo modelo, que foi desenvolvido com recursos do programa de P&D Aneel da distribuidora Celesc e também com recursos da empreendedora Engie, que entra ainda com ajuda técnica e que terá royalties nas vendas do aerogerador.

A plataforma desenvolvida no projeto pode variar a potência instalada dos aerogeradores de 4 MW a 4,4 MW, mas há planos de elevá-la para versões de até 6 MW no médio ou longo prazo.

O projeto do novo aerogerador envolveu um total de 13 países no fornecimento de componentes, como os eletrônicos, e na prestação de serviços, para possibilitar o desenvolvimento da tecnologia nacional.

A nova máquina não tem gearbox (caixa multiplicadora), componente importado pelos outros fabricantes no Brasil. Isso porque a tecnologia usa conversor de potência plena projetado pela WEG. Nesse sistema, a eletrônica de potência substitui as funcionalidades do gearbox.

n GE

A GE Renewable Energy tem 5,9 GW de potência instalada de suas turbinas no Brasil, uma parte delas herdada das instalações da Alstom, empresa francesa adquirida globalmente em 2015. Em projetos com outorga emitida no país, a empresa norte-americana tem 2,3 GW de potência, sendo que em 2020, segundo a ePowerbay, foram outorgados 890 MW para mais de 241 turbinas da fornecedora.

As outorgas estão cadastradas com duas turbinas da plataforma Cypress: a GE116 e a GE158. O principal modelo tem rotor de 158 m de diâmetro, negociada no Brasil com a potência de 5,3 e 5,5 MW.

n WOBBEN

Uma das mais tradicionais fabricantes de aerogeradores no país, a Wobben, da alemã Enercon, dá sinais de que deve encerrar sua produção no Brasil, iniciada em 1995 com unidade em Sorocaba (SP). A empresa forneceu os aerogeradores para o primeiro parque eólico do país, o Taíba, de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, que teve 10 aerogeradores de 500 kW, em operação desde 1999.

O primeiro sinal é a venda e fechamento de ativos importantes de sua produção local. Em 2019, a unidade de pá em Sorocaba foi fechada e no ano seguinte, a unidade do Pecém, também de pás, foi adquirida pela brasileira Aeris.

O outro sinal importante é a empresa ser a única estabelecida no país que não deu entrada no BNDES para credenciamento e desenvolvimento de aerogeradores com potência acima de 4 MW, o novo padrão do mercado, que só tem estruturado projetos, em pedidos de outorgas, de parques com esses novos modelos.

Empresa de capital fechado, a Enercon não tem revelado seus planos no país, onde até o final de 2020 a empresa conta com 943 aerogeradores, com 1.716 MW de potência total instalada, registrando 10% do mercado brasileiro, segundo levantamento da consultoria Cognitio.

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