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FINANCIAMENTO
from Cenários Eólica 2021
by analeta
Embora seja a primeira fonte a ser procurada pelos investidores, o BNB tem limitações, que fazem alguns projetos precisarem migrar para outras fontes de financiamento, como BNDES e mercado de capitais.
O orçamento limitado e restrições recentes de financiamento estão como lados desfavoráveis da linha – que se volta para os 1.990 municípios da área de atuação da Sudene nos nove estados da região e para o norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
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Normalmente os valores disponibilizados nos orçamentos anuais para investimentos em energia renovável se esgotam no fim do primeiro semestre, com o enqua-
Bancos comerciais
Os principais bancos comerciais, embora possam até financiar de modo direto projetos eólicos, raramente o fazem, já que as condições e prazos não seriam competitivas com as linhas principais dos bancos de desenvolvimento e mesmo com o mercado de capitais.
Mas de forma indireta, além de serem agentes repassadores dos financiamentos do BNDES, os bancos privados – principalmente Itaú, Santander, BTG Pactual e Credit Suisse – têm financiado projetos eólicos no papel de compradores das emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura, que eles próprios coordenam.
Essa compra se dá em duas vias. A primeira é voluntária e visa aproveitar possíveis ganhos adicionais na revenda das debêntures. A segunda é obrigatória e se deve ao fato de os bancos, como coordenadores da oferta pública das debêntures, precisarem oferecer garantia firme para a colocação, ou seja, se não houver investidores para cobrir a oferta, o banco precisará comprar as debêntures. Nessas situações, isso torna, de certa forma, o banco privado um financiador direto dos projetos eólicos.
Nessas estruturações de emissões, embora cada tipo de projeto contemplado tenha peculiaridades e dramento de projetos que são analisados pela área de crédito e aprovados ou não até o fim do ano corrente. estruturas que tornam prazos e condições variáveis, em linha geral os prazos costumam ser entre 12 e 18 anos, com custo final definido em IPCA + spread. O spread, no caso, é determinado a partir do benchmark de título público, o NTN-B, adicionado ao prêmio de risco que os investidores vão cobrar para financiar o projeto.
Outro ponto que tem recebido críticas dos tomadores de empréstimos é o fato de o BNB ter limitado a alavancagem financeira ao máximo de 50% a partir deste ano, quando no passado chegava a 80%. Há necessidade de o empreendedor entrar com contraparte mínima de 20%.
Há também limite de financiamento por grupo econômico. Nesse aspecto houve facilitação recente, visto o limite ter aumentado de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,5 bilhões.
Outro papel dos bancos comerciais, como apoiador direto nos financiamentos, é conceder fianças bancárias para os bancos de desenvolvimento, BNB e BNDES, em operações em que eles passam a assumir todos os riscos para a viabilização dos projetos.