ARQUITETURA TROPICAL LABORATÓRIO DE PROJETO I MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITETURA I FAUL LISBOA
MOÇAMBIQUE
Fundada em 1888, a cidade da Beira localiza-se Moçambique, ao leste do continente africano e é a capital da província de Sofala. Com uma população estimada de 450.000 habitantes, é a segunda maior cidade do país, depois da capital Maputo. Sofala foi fundada no século XV como colônia comercial pelos árabes e foi ocupada em 1506 pelos portugueses, passando a pertencer à Índia portuguesa. Em 1891, foi construído o Porto e logo em seguida, o Caminho de Ferro e o Posto militar, considerados elementos primários para o assentamento urbano da cidade e expansão da mesma. Nos anos 40, foi desenvolvido o Plano de Urbanização da cidade por José Porto, caracterizado por uma malha ortogonal unidas por centros radiais. O traçado, ainda que rigido, tinha como objetivo continuar as preexistências. A proposta de zoneamento salienta as diferentes áreas administrativas, comerciais, turísticas e residenciais. Define ainda uma zona de carácter industrial e a localização da aerogare. Por volta de 1955, a cidade Beira recebeu grande influência da arquitetura moderna brasileira, contribuindo para construção de uma cidade modernista na África Tropical. Em março de 2019, a cidade da Beira foi atingida pelo Ciclone tropical Idai, com ventos acima de 200 km/h, destruindo cerca de 90% da cidade e gerando uma crise humanitária. Aproximadamente 3.536 famílias foram afetadas, segundo a OMI (Organização Internacional para Migração). Após o Plano de Urbanização de José Porto, a cidade se desenvolveu de forma espontânea e sem qualquer tipo de planeamento. Como resultado a cidade carece em habitação, equipamentos e espaço público qualificado, que serão objeto de estudo deste projeto.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa - Portugal.
SUMÁRIO 01 02 03 04
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA GEOGRAFIA HUMANA ARQUITETURA DA CIDADE POLOS URBANOS
POLO EDUCACIONAL E EDIFÍCIO MULTIUSO
04.02
POLO CULTURAL E CENTRO CULTURAL
04.01
05
BIBLIOGRAFIA
01 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
A Beira é uma cidade portuária situada em Moçambique, capital da província de Sofala. É a segunda maior cidade do país seguida de Maputo capital. Os primeiros dados históricos remetem para Sofala, fundada como colónia comercial no séc. XV pelos árabes, foi ocupada pelos portugueses em 1506 passando Moçambique a pertencer à Índia portuguesa. As primeiras citações que se referem a atual cidade da Beira foram através dos nomes dos rios que a circundam como Arângua, Pungué, Chiveve ou Bangué nome da população nativa. No Reinado de D.João III a Beira só tinha algumas palhotas. Em 1887 os portugueses estabeleceram-se definitivamente na região, sendo a construção do posto militar o primeiro elemento urbano da cidade, ou seja, o primeiro marco formal do assentamento urbano da população. Este foi inaugurado em 20 de agosto do mesmo ano. No ano seguinte 1888, a Beira é elevada a categoria de cidade e em 1992 capital de Sofala. Devido a sua localização privilegiada, à 20 km do mar aberto e a esquerda do estuário do Rio Pungué, o Porto da Beira disfruta de uma posição geográfica única e estrategicamente vista como ponto de ligação comercial dos países do interior de África, nomeadamente Zâmbia, Zimbábue e o Maláui com o Oceano Índico, o que justifica em 1891 a construção do Porto e de seguida a construção do caminho-deferro. O posto militar, o porto e o caminho-de-ferro são considerados então, elementos primários para o assentamento urbano da cidade e para a expansão da mesma.
O DESENVOLVIMENTO DA CIDADE
PRIMEIRO FATO URBANO 1887 - 1899
SEGUNDO FATO URBANO 1899-1925
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 1925 -1940
PLANO DE JOSÉ PORTO 1943 - 1955
ARQUITETURA MODERNA 1955 - ANOS 70
DO PRIMEIRO FATO URBANO AO SEGUNDO FATO URBANO 1899-1925
PRIMEIRO FATO URBANO 1887 - 1899
Este período é demarcado pelo assentamento da população e pelo desenvolvimento urbano da cidade. A geologia do terreno dificultou o assentamento, por serem margens pantanosas que impediam o crescimento, a salubridade, a estabilização e o aterro do solo pantanoso. A evolução da cidade inicialmente acompanhava a linha costeira, da margem esquerda para a direita, sendo que as primeiras edificações eram feitas com materiais locais. Entre 1891 e 1892 os materiais usados foram a madeira e o zinco, surgindo posteriormente as primeiras edificações em tijolo em 1896. É possível uma leitura de zoneamento da cidade, composto por uma área na margem direita destinada ao porto, ao caminho de
ferro e a todos os edifícios dependentes dos mesmos, e na margem esquerda zonas administrativas comerciais e residências. Este zonamento não era apenas funcional, mas também se verificava na ocupação urbana étnica e social, ou seja, na ponta Gea habitavam funcionários superiores e engenheiros, a classe média como operários qualificados e funcionários públicos residiam em Matacuane, e por fim os comerciantes na zona da Baixa, nos seus próprios estabelecimentos. Por fim, este período compreende a construção da defesa do porto e da alfândega e correio (1892), as primeiras escolas e uma ponte sobre o rio Chiveve permite nova expansão do tecido urbano para a outra margem do rio(1893).
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa - Portugal.
Esta segunda fase inicialmente foi marcada, do ponto de vista construtivo, pela “era do metal”, onde as estruturas se baseavam no uso do metal. A partir de 1902, a ocorrência de alguns fenómenos climatológicas, como tempestades, obrigaram à restruturação dos processos construtivos. Em 1904 constrói-se o farol de Macuti e no ano seguinte inicia-se a construção de uma nova ponte metálica sobre o rio Chiveve. O abastecimento de água potável na cidade era feito através de fontes públicas e serviam a cerca de 3400 habitantes. Entre 1910 e 1915 o traçado urbano não tinha como principal objetivo a beleza estética, apenas tencionavam solucionar as necessidades imediatas da cidade. As casas coloridas, feitas de madeira e zinco multiplicavam-se pelas ruas desde o núcleo central, expandindose de norte para sul. Mas em 1917, a proibição da construção destas casas, leva ao surgimento de novas tipologias construtivas que ditam a evolução urbanística da cidade. Sobre os planos urbanos da Beira destacam-se três tempos históricos: anos 1920, 1940 e 1960. No primeiro tempo, os planos eram de expressão académica, inspirados na city beautiful, conceptualmente utilizando desenho à beaux arts, ou seja, valorizando a composição visual invés dos temas funcionais e pragmáticos. Esta linguagem académica, utilizava
sistematicamente grandes eixos viários retos, que terminavam em grandes rotundas procurando sempre a simetria. Como exemplo destas diretrizes foram o Projeto de Urbanização e Alargamento da Cidade da Beira e o Projeto de Urbanização da Praia de Macuti, ambos de autoria do arquiteto Carlos Rebelo de Andrade entre 1929 a 1932. Entre 1900 e 1930 registou-se uma grande evolução. Se em 1900 dominavam construções metálicas, em 1930 o panorama da cidade baseava-se em edifícios recentes. Ainda neste período, inauguram-se as três primeiras ruas pavimentadas nomeadamente a Avenida da República, rua de Valssassina e a rua Capitão Pais Ramos. Desta segunda fase importa reter alguns aspetos: - distinguimos a introdução dos materiais, sobressaindo numa primeira fase o uso excessivo do metal; a proibição da construção de casas em madeira e zinco; a elevação da Beira a categoria de cidade com a visita do príncipe D. Luís; - preocupação com a construção organizada, planeada; na margem esquerda surge o traçado para leste; erguem-se edifícios de 2 andares, assistindo-se a uma fase de incremento dos impostos e taxas; - este período corresponde a obras de infraestrutura, como os primeiros passeios, a pavimentação das ruas e a arborização e a iluminação.
A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 1925-1940
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa - Portugal.
A terceira fase da urbanização da Beira é marcada por quatro planos de urbanização: - O primeiro em 1925, - O plano de ampliação da cidade, de 1927 - O plano de 1929-1932 de autoria dos irmãos Rebelo de Andrade, não construído, - O sistema de drenagem, de 1931, que se associa aos arquitetos da geração do Congresso, em 1932. A Comissão de Administração Urbana na cidade da Beira apresenta o primeiro plano de urbanização em 1930, que prevê a consolidação da expansão da cidade em direção a Ponta Gea e ao Macuti. O plano tinha como principal objetivo estruturar os eixos que ligam o núcleo da cidade a Macuti, perspetivando uma zona residencial, o hospital indígena, áreas desportivas e de lazer, bem como o cemitério indígena a nordeste na zona do Esturro. Está patente na planta a preocupação em demonstrar a localização precisa com os ramais do caminho de ferro e do porto, incorporados na malha urbana, assumindo definitivamente a importância destes no traçado urbano. A Comissão da Administração Urbana funcionou de 1925 a 1935, sendo substituída pela Câmara Municipal. Em 1925 é elaborado um outro plano de urbanização, desta vez pela mão do engenheiro Carlos Roma Machado Faria e Maia, cujo propósito principal seria transformar a cidade num local evoluído e cosmopolita.
O caráter suburbano constitui uns dos fenômenos importantes na cidade, resultante do desenvolvimento portuário e industrial da mesma, destacando-se Esturro, Manga, e em 1940, Munchava e o Bairro Maquinino. Começa a aparecer uma Beira cosmopolita, dinâmica, internacionalizada e em expansão, correspondente no final desta fase a um desenho urbano de configuração linear, segundo linhas longitudinais. Esta tendência foi ditada pela procura dos poucos espaços naturais com melhores condições de estabilidade e de salubridade. Uma faixa arenosa acompanha a costa e outra constitui o terreno ocupado pela zona urbana do Esturro e Matacuane. Estas duas e a baixa constituem a parte mais urbanizada da cidade. Os bairros mais modernos localizamse nas terras junto ao mar, como Ponta Gea, Palmeiras e Macuti. Matacuane segue-se em grau de importância: na área do Esturro e Munhava encontramse as casas mais antigas, com aspeto de cidade africana colonial, era a zona das casas de zinco e madeira.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa - Portugal.
PLANO DE URBANIZAÇÃO DE JOSÉ PORTO 1943-1955
O porto da Beira torna-se, em 1944, um ponto de instalações fabris associadas a relações entre Moçambique, Rodésia e Niassalândia. A partir de 1948, com o caminho de ferro que liga Rodésia/ Zimbabwe, Beira adquire uma posição estratégica. Esse período foi igualmente marcado por um crescimento demográfico muito elevado. O crescimento acelerado levou à necessidade de organizar uma malha urbana de forma a acomodar a população (e mercadorias) que ali demandava. Deste modo no final do séc. XIX, a Companhia de Moçambique elabora um plano de urbanização onde é claro o sentido de
desenvolvimento da cidade: a margem direita do rio destinada ao porto e caminhos-de-ferro e todos os edifícios funcionalmente destes dependentes, e a margem esquerda para áreas residenciais, admirativas e comerciais O concurso para a ampliação da cidade, lançado em 1943, foi vencido pelo arquiteto José Porto. O Plano de Urbanização de José Porto é caracterizado por uma malha ortogonal unidas por centros radiais. O traçado, ainda que rígidas, têm como objetivo continuar as preexistências. A proposta de zonamento salienta as diferentes áreas administrativas, comerciais, turísticas e residenciais. Define
ainda uma zona de carácter industrial e a localização da aerogare. José Porto projeta alguns edifícios tais como Edifício dos Correios e Telecomunicações, antigo edifício-sede da Companhia de Moçambique, Grande Hotel da Beira e remodelação da Câmara Municipal da Beira. Durante o início dos anos cinquenta verifica-se uma expansão de edificações de serviços e comércio e, com a construção de infraestruturas, o turismo torna-se uma atividade económica importante. Surgem novas áreas, como a zona industrial da Munhava e da Manga associadas a bairros indígenas
(construído de acordo com o Plano de Urbanização de Matacuane e Macuti, caracterizado por tipologias habitacionais T2 e T3 com sanitários coletivos) e na Ponte Gea, Macuti e Palmeira, proliferaram habitações unifamiliares. Beira torna-se uma cidade turisticamente atrativa, em particular as praias entre a Ponte Gea e Macuti e o Parque Nacional de Gorongoza, dando origem a construção de algumas unidades hoteleiras (Hotel do Monte Estoril junto ao Farol de Macuti e o Grande Hotel da Beira, na Ponte Gea).
ARQUITETURA MODERNA 1955 - início dos anos 70
Este período é marcado por obras de referências da Arquitetura Moderna com forte influência do modernismo brasileiro. Muitos foram os arquitetos que deixaram a sua marca, contribuindo assim, para a construção de uma cidade modernista na África Tropical.
o Pavilhão Desportivo do Clube Ferroviário da Beira e Colégio Luís de Camões (com a colaboração de J. Malato), localizada na Ponta Gea.
Palácio dos Casamentos (1953), de Paulo de Melo Sampaio, “trata-se uma obra excecional de Arquitetura Moderna, marcada (..) pela relação que o edifício experimenta com o espaço público (…).” Em Macuti, localiza-se outra obra de destaque deste autor, o Hotel Monte-Estoril (1956). Um edifício de volume ondulante assente em pilotis que erguem o corpo do edificado do solo (remetendo ao Conjunto Habitacional de Pedregulho de Afonso Reidy). Embora atualmente devoluto, não deixa de ser notável a sua presença. Sampaio soma ainda outras obras na cidade da Beira tais como:
Arquiteto João de Garizo do Carmo, ergue várias obras que se destacam pelas formas únicas conseguidas devido à plasticidade do betão. Na área residencial da Manga, projeta uma das suas obras mais marcantes, a Igreja Mariz da Manga (1957) estruturado por abóboda parabólica em betão e o corpo decorado por um mural em azulejos, - aparentemente inspirada na Igreja de S. Francisco de Assis, na Pampulha (Brasil), projetada por Oscar Niemeyer. No núcleo urbano da cidade localiza-se o cinema de São Jorge (fig.6), um dos muitos equipamentos culturais que a cidade teve. A Casa dos Bicos e a Igreja de Macuti são outras obras emblemáticas de Garizo de Carmo.
Grand Hotel
Palácio dos Casamentos
Em 1957 destaca-se o Hotel Embaixador, projeto do arquiteto Francisco de Castro e autor de alguns edifícios habitacionais e comércio e da Universidade Católica de Moçambique. O Grande Hotel (1949-1952) constitui um marco no urbanismo da Beira, projeto localizado junto ao mar de autoria de José Porto. A estação dos Caminhos-de-Ferro da Beira (1958-66) é “um dos mais grandiosos e importantes edifícios da arquitetura colonial portuguesa.” Teve a participação de três arquitetos, cada uma responsável por uma parte do corpo da Estação: a gare e movimento de mercadorias da responsabilidade de Garizo, enquanto que a zona central é atribuída a Sampaio e Francisco Castro os acessos verticais. “Os três corpos geram um conjunto assimétrico, mas
Caminho de Ferro
integrado e harmonioso” e “perfeitamente incorporado na paisagem”. (1) Outros edifícios notáveis e de destaque na cidade são a (1965), edifício Maria Fernandes (1966), Piri-piri (1967), prédio Tâmega, edifício do Mogás, Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Aerogare da Beira (1965) e as piscinas do Clube Ferroviário da Beira. A influência do modernismo brasileiro na Beira fazia-se sentir talvez do ponto de vista climático, onde as soluções e técnicas já experimentadas poderiam ser aplicadas naquele contexto. (1) Fernandes, Mário Gonçalves; Mealha, Rui Passos; Mendes, Rui Paes - Beira, uma paisagem modernista na África Tropical pág.10
Casa dos Bicos
02 GEOGRAFIA HUMANA
POPULAÇÃO
CULTURA
I) ASPETOS HISTÓRICOS DO BAIRRO A cidade prosperou como porto cosmopolita com diferentes comunidades étnicas (portugueses, indianos, chineses, africanos indígenas) empregadas na administração, comércio e indústria. O grande número de habitantes que fala inglês deve-se ao facto da cidade ter sido um destino de férias preferido para os habitantes da Rodésia. Um sinal desta época é o Grande Hotel, construído perto da costa do Oceano Índico. A cidade vivia do comércio, da atividade portuária e ferroviária. Dotada de excelentes meios de comunicação: ligação ferroviária a todos os pontos do país e, por ferrovia ou estrada, a países limítrofes, como a Tanzânia, o Malawi e o Zimbabué. O porto da Beira foi considerado o terceiro maior porto marítimo, depois de Maputo e Nacala, para o transporte internacional de cargas de e para Moçambique. Os principais produtos exportados através do porto da Beira eram açúcar, tabaco, milho, algodão, fibra de pita agave, cromo, minério de ferro, cobre e chumbo, carvão (madeiras). Uma comunidade multicultural e multirreligiosa, segmentada numa malha de funcionalidades, onde temos uma clara diferenciação entre etnias e religiões e uma zona comercial exposta às trocas marítimas. Uma comunidade que vive sob o mesmo governo mas partilha inúmeros legados culturais e históricos.
A nível turístico, a cidade, com poucos pontos de interesse, apresenta uma diversidade de estilos arquitetónicos que surgiram, essencialmente, das influências indianas, coloniais britânicas e portuguesas. Uma tragédia avassaladora tomou conta da Cidade da Beira, em Março de 2019: o ciclone “Idai”. Destruí 90% da cidade, casas, igrejas, hospitais, escolas e vidas. Instaurou uma crise humanitária na cidade e proximidades, dificultada ainda mais pela destruição dos acessos devido à subida das águas do rio Haluma. A recuperação poderá demorar vários anos. Casas de habitação e edifícios públicos como escolas e hospitais danificados, estradas arrasadas, colheitas e negócios destruídos, rede de abastecimento de água, energia e telecomunicações comprometidas.
I) EVOLUÇAÕ DA POPULAÇÃO Taxa média de crescimento natural, é a diferença entre a taxa bruta de natalidade e mortalidade. O tamanho da população refere-se ao número de pessoas que residem num determinado território. O crescimento da população corresponde à mudança deste número de pessoas ao longo do tempo (geralmente de 1 ano). A estrutura retracta a composição da população por determinadas características, das quais se destacam o sexo e a idade. II) POPULAÇÃO POR IDADE Segundo os resultados dos censos, a Cidade da Beira viu um crescimento populacional no período comprimido entre os anos de 1997 e 2007, correspondente a uma taxa média anual de crescimento de 1.1% correspondente a um aumento de 46 001 habitantes. Quanto á estrutura etária da população da Beira, esta apresentase maioritariamente jovem com maior número de população nas idades iniciais decrescendo à medida que se avança na idade.
POPULAÇÃO
ESCOLARIDADE
III) ESPERANÇA DE VIDA
I) NÍVEL DE ENSINO
II) ALFABETIZAÇÃO
Taxas de Mortalidade e Esperança Média de Vida 2007 (Óbitos por 1000 Habitantes/ Nados-Vivos) Os dados sobre a mortalidade infantil representam o número de crianças que morreram por cada 1000 nados vivos antes de completar um ano de vida. É visível uma mortalidade infantil e infanto-juvenil bastante alta, superior nos elementos do sexo masculino e a sua consequente redução da esperança média de vida à nascença em comparação aos elementos do sexo feminino.
A educação constitui um instrumento chave para a melhoria das condições de vida, é fundamental para a materialização dos direitos civis, políticos, económicos e sociais, bem como, para a redução das desigualdades numa população. Quanto ao nível de escolaridade, existe uma percentagem superior de população que não chega a concluir o ensino primário e o número percentual de população que termina o ensino superior na cidade da beira é irrelevante.
A taxa de analfabetismo na Cidade da Beira, apresenta-se nos 16.3%, número algo significativo, apresentando ainda, uma diferença de género na frequência escolar, sendo que no grupo do sexo feminino se regista uma percentagem superior de analfabetismo que no género oposto.
IV) MIGRAÇÃO Verifica-se um saldo migratório negativo na cidade da Beira na medida em que a taxa de Imigração se apresenta inferior á de Emigração. Por migração entende-se o processo pelo qual as pessoas se movimentam no espaço geográfico, revelando-se como um dos principais componentes que determina o crescimento populacional de um determinado país região ou cidade, estudando, não as componentes biológicas nas alterações demográficas, mas a componente social. A intensidade da mobilidade populacional é, por isso, um dado determinante na análise do crescimento socioeconómico da região.
FAIXAS DE RENDA
HABITAÇÃO
I) TIPOS DE HABITAÇÃO Casa básica *unidade habitacional; composta por quarto(s), sem casa de banho e cozinha. Ou pode ser também constituída por um conjunto de quartos com os mesmos serviços: casa de banho, cozinha e água. Parte de um edifício comercial *unidade de alojamento dentro de um edifício comercial; *Não se percebe uma separação entre o comércio e a habitação. Casa convencional *unidade habitacional unifamiliar; *organizada em résdo-chão, 1 ou 2 pisos; *composta por quarto(s), casa de banho e cozinha (dentro de casa); *construída com materiais de maior durabilidade, como bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco, telha/laje de betão. Flat/Apartamento *unidade habitacional multifamiliar; *organizada em 1 ou mais pisos; *composta por quarto(s), casa de banho e cozinha. *pode ser bloco ou conjunto de blocos; Casa improvisada *habitações construídas com materiais improvisados/precários como papel, saco, cartão, cascas de árvores, etc.. Palhota *construída, geralmente, com materiais de origem vegetal, como capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, adobe, paus maticados, etc.. Casa mista *construída com materiais de maior durabilidade, como bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão, e com materiais de origem vegetal, como capim, palha,
palmeira, colmo, bambu, caniço, adobe, paus maticados, madeira, etc.. II) ACESSO AOS SERVIÇOS BÁSICOS A principal fonte de energia para iluminação na cidade da beira é o petróleo, sendo a electricidade relativamente próxima em termos de percentagem, no entanto ainda escassa. A maior parte da população só tem acesso a água canalizada fora de casa e há uma percentagem relativamente alta de população que não tem a acesso à mesma. Em termos de bens duráveis, contabilizámos apenas os veículos dos quais se destaca a bicicleta. III) DISTRIBUIÇÃO DAS HABITAÇÕES A população se concentra maioritariamente em habitações mistas e básicas, algumas delas sem espaços de serviços, ou espaços de serviços partilhados.
I) ASPECTOS ECONÔMICOS
de fabricação de produtos metálicos e de fabricação de mobiliário e colchões. De acordo com esta mesma fonte, em 2007, encontravam-se ativas cerca de 2 173 unidades de comércio a grosso e a retalho, sendo esta a atividade mais praticada na Cidade da Beira, quer em moldes formais como informais (30). A população economicamente ativa é representada maioritariamente pelas cabeças de família, de forma a que as crianças frequentem as escolas para futuramente se juntarem aos negócios ou apenas passarem a ser membros economicamente ativos.
A população economicamente ativa é o conjunto de pessoas em idade laboral, compreendendo trabalhadores e quem procura ativamente trabalho. É, portanto, considerada a população que participa em actividade económica e que tenha 15 anos de idade ou mais. Um dos principais ramos de atividade desenvolvido na Cidade da Beira é a atividade industrial. Esta cidade detém o segundo maior parque industrial do país constituído por várias unidades industriais, nas quais se inclui a pesca. Estas indústrias oferecem emprego direto a milhares de pessoas, representando II) ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS um potencial de desenvolvimento e DO BAIRRO: RENDA PER CAPITA NOS DOMICÍLIOS PARTICULARES impacto tributário significativo. PERMANENTES Existem na Cidade da Beira cerca de 405 unidades industriais recenseadas Média Salário mínimo nacional: concentrando uma variedade de ramos, 5 050 MT (+ de 50% da população) designadamente, indústrias alimentares, 5 000 Metical (MT) = 73,40 Euros de pesca, de aquacultura, de vestuário,
03 ARQUITETURA DA CIDADE
INFORMAÇÕES GERAIS
CARÊNCIAS DA CIDADE
O PROCESSO PROJETUAL
Área: 633 km²
Carência de espaços públicos
População: 450.000 habitantes
Carência de áreas verdes
Reconhecimento da área através das características gerais
Clima: Tropical úmido
Equipamentos concentrados I Cidade monocêntrica
Relevo: Planície litorânea
Carência de eixos estratégicos I Permeabilidade na cidade
Geologia: Planície aluvial pantanosa
Carência habitacional
Reconhecimento e demarcação dos eixos viários principais, dos edifícios de excepção, da cidade informal, da área alagada e por fim, reconhecimento geral do que permaneceu e o que não permaneceu na cidade após o desastre Delimitação de uma faixa de preservação no entorno imediato do rio (30 m) e estabelecimento de um parque no local no mangue, onde antes era assentamento informal Determinação de novas centralidades para diluir as funcionalidades e usos na cidade , formando uma cidade policêntrica Desenho de novos eixos viários julgados necessários para a permeabilidade na cidade e para melhor mobilidade Estabelecimento de níveis de importância das vias pré-existentes Desenho de novas quadras de 100 m x 80 m considerando a malha urbana pré-existente Nova disposição de equipamentos pela cidade, considerando as novas centralidades Determinação de tipologias habitacionais
CICLONE IDAI
O Ciclone tropical Idai teve sua formação em 14 de março de 2019 e atingiu drasticamente a região litorânea de Moçambique, principalmente a cidade da Beira. Com origem numa depressão tropical, o ciclone se formou na costa leste de Moçambique e chegou no continente com ventos de acima de 200 km/h. A depressão atingiu o país no final do dia e permaneceu como um ciclone tropical durante toda a sua caminhada por terra. No dia 9 de março, a depressão ressurgiu no Canal de Moçambique e foi atualizada para a Tempestade Tropical Moderada Idai no dia seguinte. Por conta da catástrofe natural, grande parte da cidade foi destruída e proximadamente 3.536 famílias foram afetadas eacolhidas em 32 centros de acolhimento na Beira, segundo a OIM (Organização Internacional para Migração).
MAPA DA CIDADE APÓS O DESASTRE
POLO EDUCACIONAL
POLO CULTURAL
POLO UNIVERSITÁRIO
POLO DE SAÚDE E EDUCACIONAL
POLO DE SAÚDE
POLO COMERCIAL
POLO DE LAZER
POLO ADMINISTRATIVO
POLO DE LAZER E DESPORTO
POLO UNIVERSITÁRIO E DESPORTO
MAPA HIERARQUIA DE VIAS
TIPOLOGIAS HABITACIONAIS
Habitação unifamiliar A: 2 dormitórios, 1 banheiro, 1 sala, 1 cozinha _ 80 m ² Habitação unifamiliar B: 3 dormitórios, 1 banheiro, 1 lavabo, 1 sala, 1 cozinha _ 100 m ²
Galeria C: comércio e serviço no pavimento térreo e habitações A e B no 1º pavimento Galeria D: pavimento térreo livre, habitações A e B no 1º pavimento PERMEABILIDADES DA CIDADE
3,00
Via arterial
3,25
3,25
3,50
10,00
3,50
3,25
3,25
3,00
6,00
2,00 3,00 3,00
Via coletora parque
6,00
3,00 2,00 3,00
Via local
3,00
3,00
CAMINHO DE FERRO (3)
(4)
PALÁCIO DOS CASAMENTOS (2)
(1)
04 POLOS URBANOS
POLO EDUCACIONAL
I
POLO CULTURAL
POLO EDUCACIONAL CENTRALIDADE URBANA
E AV
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO
Foram tais dados que geraram a motivação de propor um polo educacional, construindo uma infraestrutura que incentive tal pilar tão importante para o desenvolvimento da população e do país.
HO UL
Quanto ao nível de escolaridade, existe uma grande percentagem da população da Beira que não chega a concluir o ensino primário e o número percentual de população que termina o ensino superior na cidade da beira é irrelevante.
EJ
pouco significativo, apresentando ainda, uma grande diferença de gênero na frequência escolar, sendo que no grupo do sexo feminino se regista uma percentagem superior de analfabetismo que no gênero oposto.
4D A2 NID
A educação constite em um instrumento chave para a melhoria das condições de vida, é fundamental para a materialização dos direitos civis, políticos, económicos e sociais, bem como, para a redução das desigualdades numa população.
AVENIDA ARMANDO TIVANE
A taxa de analfabetismo na Cidade da Beira, apresenta-se nos 16.3%, número
ESCOLA DE DANÇA E DE MÚSICA, COMÉRCIO E SERVIÇO
CORTE AA
GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO
LOCALIZAÇÃO DO POLO EDUCAIONAL
EDIFICADO DE EXCEPÇÃO
CINEMA
GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO
PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES, COMÉRCIO E SERVIÇO
PARQUINHO
GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO 3 PAVIMENTOS 1.500 m²
CINEMA 4 PAVIMENTOS 2.400 m²
GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO 3 PAVIMENTOS 1.500 m²
GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO
GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO 3 PAVIMENTOS 1.500 m²
3 PAVIMENTOS 1.500 m²
EDIFICADO DE EXEPÇÃO 5 PAVIMENTOS 7.000 m²
COMÉRCIO E SERVIÇO
COMÉRCIO E SERVIÇO
4 PAVIMENTOS 3.000 m²
4 PAVIMENTOS 3.000 m²
ESCOLA DE DANÇA E DE MÚSICA, COMÉRCIO E SERVIÇO 4 PAVIMENTOS 3.600 m²
AVENIDA ARMANDO TIVANE
PLANTA DO POLO EDUCAIONAL
PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES, COMÉRCIO E SERVIÇO 4 PAVIMENTOS 3.600 m²
ENSINO SUPERIOR TÉCNICO EDIFÍCIO MULTIUSO
O EDIFÍCIO
ARQUITECTURA VERNACULAR
O edifício foi projetado em dois blocos interligados entre si, um bloco horizontal de três pavimentos, e um bloco vertical de cinco pavimentos. O bloco horizontal contempla os ambientes do Ensino Superior Técnico da Beira, principal função do edifício, e seu uso é de caráter privado e voltado aos alunos do Ensino. Já o bloco vertical, de caráter semi-público, atende toda a população devido a sua pluralidade de ambientes e funções, como por exemplo biblioteca, auditório, gráfica, restaurante e serviços em geral.
O projeto foi desenvolvido considerando o clima do país, a topografia, a orientação do sol no terreno, a direção predominante dos ventos e os recursos do local. Os tijolos de argila foram escolhidos como material construtivo pois tem a vantagem de serem baratos, fáceis de produzir e também fornecem proteção térmica contra o clima quente.
A entrada principal do edifício é marcada por uma grande passarela amarela que liga o pavimento térreo ao quinto pavimento por atrás de uma grande cortina de cobogós, elemento vazado que permite a ventilação e melhor controle da iluminação do espaço. O pavimento térreo é livre, permitindo a permeabilidade na quadra que o edifício está implantado e gerando um vão livre que pode ser utilizado tanto como passagem, quanto como local de permanência.
A estrutura é de concreto armado e a grande telha metálica termo acústica fica elevada dois metros da laje através da estrutura metálica preta. As esquadrias são de madeira e foram projetadas com diferentes desenhos, considerando brises que as protegem da radiação solar direta nas fachadas que recebem mais horas de sol ao longo do dia.
ESQUEMA DOS BLOCOS DO EDIFÍCIO
ESQUEMA DA ORIENTAÇÃO SOLAR
B
B
1.486 m²
ÁREA EXTERNA 210 m²
RECEPÇÃO 12 m²
1º PAVIMENTO
ENTRADA PRINCIPAL 250 m²
DEPÓSITO 25,85 m²
LABORA TÓRIO 52,50 m²
LABORA TÓRIO 52,50 m²
P.M.R. 3,80 m² I.S. 35 m²
CONVÍVIO 39,20 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 150 m²
CAIXA E BAR 12 m²
3º PAVIMENTO
PREPARO
A
PRÉ -PREPARO
ÁREA DE REFEIÇÃO 150 m²
0 2 4 6 8 10 m
B
B
1.486 m²
RESTAURANTE 70 m²
LIXO/ ÁREA DE ARMAZE SERVIÇO NAMENTO
LAVAGEM
A
0 2 4 6 8 10 m
B
1.200 m²
A
P.M.R. 5,35 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 135,80 m²
EMPRATA MENTO
A
SALA DOS PROF. 55,20 m²
SALA DE AULA 82 m²
SALA DE AULA 82 m²
LAVAGEM
VÃO LIVRE 600 m²
SALA DE AULA 82 m²
SALA DE AULA 82 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 155 m² P.M.R. 5,35 m²
B
ENTRADA SECUNDÁRIA 156 m²
ÁREA EXTERNA 210 m² SALA DE AULA 82 m²
SALA DE AULA 82 m²
ÁREA ADMIN. 55,20 m² P.M.R. 5,35 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 135,80 m²
A
DEPÓSITO 25,85 m²
LABORA TÓRIO 52,50 m²
LABORA TÓRIO 52,50 m²
P.M.R. 3,80 m² I.S. 35 m²
CONVÍVIO 39,20 m²
RECEPÇÃO 12 m² ÁREA DE CIRCULAÇÃO 150 m²
A
ÁREA DE APOIO 40,70 m²
A
0 2 4 6 8 10 m
B
B
524 m²
COPA
ÁREA DE EXPOSIÇÕES E CONVENÇÕES 170 m²
4º PAVIMENTO
0 2 4 6 8 10 m
B
P.M.R. 5,35 m²DEPÓSITO 28,40 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 110 m²
BIBLIOTECA 95 m²
1º PAVIMENTO 1.486 m²
SALA DE ESTUDOS E LEITURA 125 m²
A
I.S. 23 m²
B
SALA DE AULA 82 m²
SALA DE AULA 82 m²
ÁREA EXTERNA 210 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 135,80 m²
A
DEPÓSITO 25,85 m²
LABORA TÓRIO 52,50 m²
LABORA TÓRIO 52,50 m²
SALA DE AULA 82 m²
SALA DE AULA 82 m²
ÁREA ADMIN. 55,20 m²
SERVIÇO 13,85 m² GRÁFICA 24,25 m² P.M.R. 3,80 m² LIVRARIA E CIRCU SERVIÇO CONVÍVIO I.S. PAPELARIA LAÇÃO 15,70 m² 35 m² 39,20 m² 64 m² SERVIÇO 45,35 m² ÁREA DE 15 m² CIRCULAÇÃO CAFÉ 150 m² 57 m² P.M.R. 5,35 m²
B
B
2º PAVIMENTO
1.486 m²
0 2 4 6 8 10 m
A
I.S. 23 m²
A
P.M.R. DEPÓSITO 5,35 m² 28,40 m² BILHETERIA 12 m²
ÁREA DE CIRCULAÇÃO 110 m²
5º PAVIMENTO 524 m²
B
SALA DE AULA 82 m²
SALA DE AULA 82 m²
ÁREA AUDITÓRIO 185 m² TÉCNICA 11 m²
0 2 4 6 8 10 m
A
Fachada A
Fachada C
Corte AA
Fachada B
Fachada D
Corte BB
POLO CULTURAL CENTRALIDADE URBANA Na segunda etapa foi escolhido um polo cultural para ser desenvolvido, a praça abriga um centro cultural e biblioteca como edifício principal, e uma escola de teatro, cinema e galeria de arte. Como principal partido tem a integração dos edifícios entre eles e o entorno, assim como a permeabilidade dos espaços e encontro das pessoas.
ESTACIONAMENTO
O projeto possui eixos principais bem definidos e pretende estabelecer conexão principalmente com as escolas do entorno, conectando ensino e educação. Possui três principais núcleos de convívio com decks de madeira: um como ponto de encontro e descanso, outro junto com um playground e o terceiro em forma de arquibancada vinculado ao auditório do centro cultural que permite apresentações para o exterior do edifício.
CENTRO CULTURAL E BIBLIOTECA
ARQUIBANCADA
ESCOLA SECUNDÁRIA SAMORA MOISES MACHEL
PLAYGROUND E CONVIVÊNCIA
CONVIVÊNCIA E ENCONTRO
A NID
E AV 24
ESCOLA DE TEATRO
DE HO
L JU
LOCALIZAÇÃO DO POLO EDUCAIONAL
ELEVEÇÃO ESQUEMÁTICA
PLANTA POLO URBANO
CINEMA
GALERIA DE ARTE
ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL 25 DE JUNHO
HABITAÇÃO
FACHADA ATIVA GALERIAS _ HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇO
ENCONTRO E CONVIVÊNCIA
ARQUIBANCADA PARA AUDITÓRIO
ESCOLA SECUNDÁRIA SAMORA MOISES MACHEL PLAYGROUND E CONVIVÊNCIA
ÁREA DE PLAYGROUND E CONVIVÊNCIA
ARQUIBANCADA EXTERNA PARA AUDITÓRIO
CENTRO CULTURAL EDIFÍCIO MULTIUSO
Com a ideia de ser um edifício multifuncional, a terceira etapa consiste no projeto de um centro cultural e biblioteca que também abriga um restaurante e cafeteria como equipamentos de apoio. O projeto está dividido em 4 blocos conectados por passarelas no primeiro pavimento, possui sua cobertura como estrutura independente, e conta com elementos de ventilação como cobogós e ripas de madeira que realizam o fechamento entre os blocos e a cobertura.
ESQUEMA DE VENTILAÇÃO
BIBLIOTECA E ÁREA DE ESTUDOS
CONVIVÊNCIA E LAZER
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
DETALHE DA FACHADA
AUDITÓRIO
ISOMÉTRICA ESQUEMÁTICA
RESTAURANTE ADMINISTRATIVO E ÁREA TÉCNICA
CAFETERIA
ÁREA EXPOSITIVA E CONFERÊNCIAS
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
SALAS PARA OFICINAS E ATIVIDADES CULTURAIS
ADMINISTRATIVO E ÁREA TÉCNICA
ELEMENTO DE VENTILAÇÃO NATURAL (COBOGÓ)
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
CONVIVÊNCIA E ALIMENTAÇÃO
05 BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
MORAIS, João Sousa; LAGE, Luís; CARRILHO, Júlio; VICENTE, Joaquim; MALHEIRO, Joana Basto - Beira: Património Arquitectónico. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2012 SILVEIRA, Luís- Ensaio de Iconografia das Cidades Portuguesas do Ultramar. Lisboa, (s/.d.1956) Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa -Portugal Arquivo Histórico Ultramarino , Lisboa - Portugal FERNANDES, Mário; MEALHA, Rui; MENDES, Rui. (2015). Beira, uma paisagem modernista na África Tropical. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana. 8. 10.1590/21753369.008.001.AO04.
DADOS
Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa - FAUL Mestrado Integrado com especialização em arquitetura Laboratório de projeto VI - Arquitectura tropical 5 º ano - anao lectivo 2019/2020 Doscentes: Joana Bastos Milheiro e João Sousa Morais Neste documento, o contéudo de pesquisa e investigação sobre a cidade da Beira foi desenvolvido em conjunto com a sala, já o conteúdo projetual foi desenvolvido por Ana Luiza Cortellini Eleutério e Natália Yoshimoto. Softwares utilizados: QGIS, Autocad, ArchiCAD, Lumion, SketchUp, V-Ray Illustrator, Indesign e Photoshop.