Habitação de Interesse Social - LAUP V

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A n a L u i z a B. C a r va l h o

A n a Lu i z a C . E l e u t ĂŠ r i o

A n d rĂŠ A r r u da N a va r ro


início

1 8 u n i dad es 1 dormitório 45m2

1 8 0 fa m í l ia s

ig rod r av.

ues

a l ve

5 4 u n i dad es 2 d o r m i t ó r i os 65m2

s

53 . 5 24 m 2

hélio

á rea d o p roj e t o

av. pólic e

A discplina de Laboratório de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo V (LAUP V) tem como objetivo projetar um conjunto habitacional de interesse social voltado para 180 famílias, sendo previsto 18 unidades habitacionais com 1 dormitório e até 45m2, 54 com 2 dormitórios e até 65m2 e 126 com 3 dormitórios e máximo de 75m2. Dessa quantidade total, é obrigatório que 54 unidades (no mínimo) sejam unifamiliar. Para isso, destinou-se uma gleba de 53.524m2 localizada no Jardim Redentor, no encontro da Avenida Rodrigues Alves com a Hélio Pólice, na cidade de Bauru/SP. A partir desse espaço escolhido, houve a necessidadade de loteá-lo seguindo as normas (LEI 6766/1982, a qual possui um capítulo voltado apenas para conjuntos habitacionais de interesse socia, e o Código de Obras local). Segundo a Lei Municipal no 5.631 de 22 de agosto de 2008 – Plano Diretor Participativo de Bauru, a área faz parte do perímetro urbano da cidade e encontra-se, segundo o Macrozoneamento Urbano, na Zona de Interesse Ambiental e na Zona Consolidada, além de fazer divisa com a Zona de Indústria, Comércio e Serviço devido a proximidade com a Avenida Rodrigues Alves. Além disso, a implantação do empreendimento está de acordo com a Lei no 2339/82, que institui normas para parcelamento, uso e ocupação do solo na cidade, uma vez que o terreno está localizado na Zona Residencial 4 (ZR4), caracterizada pelo uso preferencialmente residencial e usos comercial, institucional e de serviço permitidos.

1 0 8 u n i dad es 3 d o r m i t ó r i os 75m2


implantação A partir da área dada, loteou-se a gleba seguindo o traçado urbano adjaente, como previsto na LEI 2339/82. Em relação às vias, seguiu-se a largura mínima permitida (6m) naquelas com menor fluxo e 9m nas com maior movimento. Com isso, formou-se uma grelha de pequenas quadras (com até 10 lotes) e de uso misto (com comércios e serviços) em vista de gerar mais percursos, dinamizar o passeio e tornar o espaço mais seguro. Junto a isso, quase um terço (33%) do espaço dessas quadras é público e aberto, criando fluxos que procuram conectar a praça ao lado da rua Nair Macacari com a Av. Rodrigues Alves. Cria-se, então, uma rede de espaços livres. Essa ideia se repete na região central, onde são encontradas duas grandes quadras, nas quais estão posicionados os edifícios multifamiliares com serviço e comércio no térreo e uma área comum permeando as edificações. Ainda seguindo o que é previsto na lei 2339/82, a qual define que 5% da área da gleba seja destinada a área institucional em relação a àreas institucionais, posicionouse umaa creche ao lado da Hélio Pólice, em vista de facilitar o acesso, uma vez que o uso previsto é para toda a região.

s o b ra d o

75m2 3 d o r m i t ó r i os

á re a i n s t i t u c i o na l

ca sa t é r re a 65m2 2 d o r m i t ó r i os

N

s e r v i ç o /c o m é rc i o

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c re c h e vo l t ada pa ra 2 0 0 c r ia n ç a s d e 0 a 4 a n os


onjunto habitacional

E SOCIAL

percurso e enho urbano espaço livre dos princirro. O traçadamente um resultando compostas s no perímeuas quadras rédios; esse o percurso ras, forma-

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recorte A etapa seguinte do projeto se destinou a detalhar um recorte do conjunto habitacional. Dessa forma, foi escolhido pelos professores uma área que envolve duas quadras com residências unifamiliares e uma quadra maior com os edifícios multifamiliares. O espaço selecionado apresentou grandes dificuldades devido à topografia

acidentada., principalmente na quadra central (quadra 2), onde 5 curvas de nível estão muito próximas, causando um desnível de 4m. Para que a implantação dos edifícios fosse possível, uma escadaria foi proposta em conjunto com muros de arrimo e de gabião. A quadra 3 também apresenta um grande desnível, que é amenizado com o espaço

livre no centro, capaz de absorver parte da água pluvial e dissolver o desnível entre as casas opostas. Na quadra 1, o espaço livre se apresenta em dois lados. Um dos motivos são os lotes próximos à Av. Hélio Pólice: o distanciamento da rua diminui as possibilidades desses lotes deixarem de ser residenciais e se tornarem comerciais. N

linha de corte

q u ad ra 3

q u ad ra 2

q uad ra 1

rua nair macacari plete

N


q ua d ra 2

A q uad ra ce n t ra l co m po r t a o e q u i va l e n t e a 5 0 a pa r t a m e n t os d e 3 t i po l og i a s d i s t i n t a s . Q ua n d o co m b i nad os , res u l t a m e m 4 d i fe re n t es t i po l og ia s d e e d i fí c i os . O es paç o d es t i na d o pa ra co m é rc i o e s e r v i ç o co r res po n d e a 4 a pa r t a m e n t os l oca l i z ad os n o pa v i m e n t o t é r re o. N o ce n t ro da q uad ra , há u m d es n í ve l d e 4 m , q u e fo i es ca l o nad o, res u l t a n d o n u ma es cada r ia e a rq u i ba n cada vo l t ada s pa ra a á rea co m e rc ia l

q u a d ra 3

Loca l i z a da n u m a á rea co m g ra n d e d es n í ve l , a p res e n t a u ma á rea l i v re n o ce n t ro q u e , a l é m d e c r ia r u m p e rc u r s o e n t re a s q ua d ra s , d i ss o l ve a t o pog ra fia ac i d e n t ada

q u a d ra 1

O espaço livre em frente ao lote o distancia da via, dando mais privacidade para a residência que se encontra na Hélio Pólice, uma avenida com fluxo intenso. Com isso, dificulta-se que essas habitações se tornem comércio ou serviço, preservando o caráter de uso misto e evitando que

essa via se torne extritamente comercial. Outra preocupação foi o percurso do pedestre: como a rampa de acesso para a garagem de cada residência cria um desnível, procurou-se unificá-las nas casas geminadas, concentrando o rebaixamento das guias.


q uad ra 1


q uad ra 2


q uad ra 3


r es i d ê n c ia A A residência A está inserida dentro dos limites de um lote de 150m2 (10x15m) e contém 2 dormitórios e uma cozinha integrada com a sala, cuja divisão se dá por uma mesa acoplada a um armário embutido. Foi considerada a orientação geográfica para determinar as aberturas, sendo uma delas zenital, resultante da diferença de altura entre as águas da cobertura. Como resultado, tem-se ventilação cruzada e saída do ar quente. Em relação ao aproveitamento energético, propõe-se a instalação de placas de aquecimento solar. Quanto à área de serviço, foi posicionada externamente à casa, mas está coberta pelo beiral, possibilitando que haja uma reforma para que ela seja fechada futuramente pela família.

2 dormitórios

65m2



r es i d ê n c ia B A residência B, de 75m2, é uma casa geminada com 2 pavimentos. A escolha de ter uma escada foi devido ao terreno, que não comportaria uma casa com essa área. Dessa forma, ao encostá-la no muro, ganha-se o

3 dormitórios espaço que seria destinado ao recuo. Utilizou-se, então, o espaço embaixo da escada para armários e prateleiras, otimizando o espaço e procurando atender à demanda gerada por uma família grande.

75m2

2 pav .



i m p la n t aรง รฃo q uad ra 2

N



a pa r t a m e n t o A O apartamento A representa a única tipologia de habitação de apenas 1 dormitório. Essa escolha se deu a fim de integrar mais as pessoas que morariam sozinhas numa vida próxima aos demais moradores . Dessa forma, essa tipologia se apresenta em 2 edifícios junto a apartamentos com 3 e 2 quartos.

0 0

1

2

3m

1 dormitório

45m2



a pa r t a m e n t o B O apartamento B, de 65m2, está presente em 2 edifícios verticais, Assim como na residência A, possui um armário que se une a uma mesa, fazendo com que a sala esteja separada da cozinha, mas ao mesmo tempo, integra os dois ambientes.

0 0

1

2

3m

2 dormitórios

65m2



a pa r t a m e n t o C O apartamento C comporta três dormitórios e, diferente das outras tipologias, esse é o único que possui dois banheiros. Apesar disso, ainda segue o padrão proposto nas outras moradias: sala e cozinha separadas por uma mesa encostada na parede.

00

1

2

3m

3 dormitórios

75m2



mat e r ia i s Para a escolha dos materiais, levou-se em consideração o conforto térmico das edificações e o bom resultado que obtiveram quando aplicados em conjuntos habitacionais semelhantes ao proposto. Em relação à estrutura metálica, aplicada nos edifícios

es q uad r ia s verticais, foi escolhida por ser leve, de rápida instalação e ter bom custo benefício quando utilizada em larga escala. A escolha da telha termoacústica, também no edifício, se deu por causa da baixa inclinação e leveza.

ca s a s

p ré d i o s

co be r t u ra : t e l ha ce râ m i ca es t r u t u ra : b l oco ce râ m i co a u t o po r t a n t e

co be r t u ra : t e l h a t e r m oac ú s t i ca es t r u t u ra m e t á l i ca co m ve daç ão d e b l oco ce râ m i co

O material que compõe as esquadrias é o bambu que, apesar de não ser muito difundido, possui baixo custo. Quando laminado e colado, apresenta bom acabamento e qualidade estética.




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