Água, fonte de saúde - 4º ano

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Água, Fonte de saúde AUTORES TEXTO: Alunos do 4º ano 1ª parte - EB1 Sebal (Prof. Deolinda) 2ª parte - EB1 Anobra (Prof. Anabela) 3ª parte - EB1 Belide (Prof. Aline) 4ª parte - EB1 Ega (Prof. Adelaide)

ILUSTRAÇÃO: JI do Sebal (Educadora Paula Luís)


muitos,

muitos

anos,

durante um período bastante alargado no tempo, a seca assolava as Terras de Sicó. A água era escassa e a vida muito difícil. Um homem, teimando

em

abandonar, naquelas

não

as

sobreviveu terras

áridas

e

rochosas, a muito custo, ano após ano. A pouca água que conseguia era um bem precioso que usava apenas para humedecer a sua boca e matar a sede que lhe queria roubar a saúde e a vida. Os dias corriam com muito sacrifício e resistência. Pobre homem! A sua saúde era cada vez mais débil. Nem tinha como lavar a sua roupa. Não tinha como cuidar da sua higiene e a doença tomava conta dele. A sua pele crestava e enrugava com tanto sol e falta de água!


Estava à beira da morte, quando o tempo mudou e a água começou a jorrar dos céus, abençoando a terra e salvando a vida naquelas paragens que agradeciam a dádiva.

A

alegria

voltou

e

a

vida

prosseguiu, brotando entre as pedras da serra. Após aquele período tão difícil, a vida retomou o seu caminho. O tal homem sobreviveu, cuidando da sua higiene e da sua roupa, recuperando, assim, a sua saúde que quase vira desaparecer. 1ª parte - EB1 Sebal (Prof. Deolinda)


Contudo a sua pele ressentiu-se de todos aqueles anos sem água que o privaram de uma boa higiene e de uma boa alimentação. Tinha ficado com uma doença de pele e a cura não era fácil.

Um dia, um vizinho soube que o homem andava muito triste por causa dessa doença e foi falar com ele. Então, falou-lhe das Termas da Azenha, que ficavam perto das terras de Sicó e de como estas eram boas para a pele e não só, também para o reumatismo. 2ª parte - EB1 Anobra (Prof. Anabela)


O homem aceitou o conselho do vizinho e seguiu caminho até às termas. Quando chegou, explicou o seu problema e pediram-lhe muito dinheiro pelo tratamento. O homem ficou triste e desiludido, saiu das termas e foi caminhando,

desorientado,

até que viu um anúncio a dizer “Procura-se calceteiro”. Foi

procurar

anúncio,

um

o

dono

rico

do

senhor

romano, e pediu-lhe trabalho, explicando-lhe que precisava desesperadamente

de

dinheiro para pagar o seu tratamento. O senhor mostrou-lhe uma clepsidra e disse-lhe: -Vamos fazer um acordo, eu dou-te o dinheiro que tu precisas. Em troca, tens que calcetar

três

milhas

de

estrada, até chegares àquela cidade. -Eu aceito. - respondeu o homem. -Mas, atenção! - continuou o senhor rico - Tens que concluir a tua parte do acordo, antes que o tempo de cem clepsidras acabe. Um dos meus escravos vai controlar o tempo, não tentes enganar-me... O pobre homem ficou muito atrapalhado com medo de não conseguir cumprir a sua parte do acordo a tempo, e começou logo a trabalhar. 3ª parte - EB1 Belide (Prof. Aline)


Organizou vários montes de pedra de

calçada.

Foi

buscar

as

ferramentas e começou a escavar. Foi um bocado duro para si, mas ele precisava do dinheiro para salvar a sua saúde. Pôs uma pedra, pôs duas, pôs três e fez um lindo padrão com várias cores. Utilizou vários tons de azul em homenagem à chuva que lhe salvou a vida. Trabalhou dia e noite durante 40 clepsidras. Ao fim deste tempo, ficou cansado e decidiu descansar ao pé de uma fonte. Quando acordou, viu que estava atrasado 2 clepsidras. Pôs logo mãos à obra até que lhe apareceu o Super-Viriato e lhe perguntou: -O que estás a fazer? -A pôr pedras de calçada. O que é que tens a ver com isso? -Não sabes quem eu sou? Sou o Super-Viriato e tenho poderes especiais para te ajudar.


-Já que tens poderes, podes ajudar-me a construir o resto da calçada? -Sim, ajudo. - Mas se o chefe romano descobrir, pode tirar-me o emprego. Logo de seguida, começaram a trabalhar. Cinco clepsidras depois, o escravo que controlava o tempo, fez queixa ao chefe do que estava a acontecer. Ao cair da noite, o chefe romano apareceu e disse: -Afinal, tu tens ajuda! -Sim, tenho ajuda de um amigo. -Meu caro Papum, não estou nada satisfeito, mas como até Conimbriga

é

uma

grande

estrada, podes ter uma ajuda. -Obrigado senhor por me deixar ter ajuda! -Está bem, mas não permito que mais ninguém te ajude... Papum pôs-se logo a trabalhar e o Super-Viriato, que entretanto esteve escondido, apareceu e começou a ajudá-lo. Os dois trabalharam com afinco e, dez clepsidras depois, já avistavam a Casa dos Repuxos. Animados, ganharam novo folgo, e chegaram às portas de Conímbriga.


O escravo foi a correr contar ao chefe romano a grande novidade. Ele ficou espantado e nem queria acreditar. - Mas a maior parte das clepsidras ainda não passaram… Vou ver com os meus próprios olhos! Quando lá chegou viu que tinham terminado a tarefa antes do tempo acabar. Ficou emocionado e disse que estava muito feliz. -Papum, mereceste o dinheiro do acordo e assim já podes cuidar da tua saúde. - Obrigado pelo dinheiro. Vou partilhá-lo com quem me ajudou. - Acho que não vou aceitar, porque tu precisas mais do eu.- disse o SuperViriato. -Se não fosses tu, eu não teria conseguido. Ficarei eternamente agradecido. Ficarás para sempre com a minha amizade.


O Super-Viriato foi-se embora e o Papum foi ao melhor

médico

de

Conimbriga.

Fez

um

tratamento de um mês e a sua pele ficou brilhante e saudável.

Arranjou

uma

namorada

chamada

Cleópatra, tiveram filhos e foram felizes para sempre! 4ª parte - EB1 Ega (Prof. Adelaide)

Trabalho elaborado no âmbito do projeto 30 dias 30 livros com o apoio da Rede de Bibliotecas de Condeixa Professoras Bibliotecárias Ana Rita Amorim Anabela Costa Técnicas da Biblioteca Municipal Inês Rodrigues Connie Coutinho


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