A DESCOBERTA DOS PROBLEMAS DOS GRUPOS, DAS ORGANIZAÇÕES E DAS INSTITUIÇÕES. A descoberta dos problemas dos grupos, das organizações e das instituições, as funções nas empresas, a definição das empresas como organizações e não apenas como instituições econômicas foi um movimento que parece ter começado no século XX. . Na realidade ele tem seus precursores e se modifica com a história da evolução do “capitalismo de organização” no conjunto do movimento histórico. Na Fase A: Fourier foi o verdadeiro precursor da psicossociologia dos pequenos grupos e das técnicas de grupo, segundo Robert Pages. Fourier é profundamente diretivo pois o grupo vai até a dimensão de uma empresa, ele propõe o plano rigoroso e sistemático de uma sociedade socialista, onde os mais velhos influenciam os mais jovens. Ele propôs um século mais tarde a psicologia dos grupos. Para Sain-Somon, depois do século das revoluções, nós entramos no século das organizações Augusto Conte diz que o papel dos sociocratas será educar o proletariado nos pequenos grupos que se organizam espontaneamente e destruir, ao mesmo tempo as perigosas utopias sociais que consistem em os meios políticos quando devem percorrer aos meios morais. Marx pensa que não se trata de organizar a sociedade capitalista mas de trabalhar para que ela desapareça, visava única,ente o desenvolvimento intelectual da classe operária. Na fase B: Meados de século XX, a burocratização é o único caminho. As decisões de luta são tomadas em aparelhos que escapam ao controle dos que elegeram. O nascimento da sociologia industrial em 1924, em uma análise sociométrica permitiu perceber a existência de subgrupos diferenciados em seu comportamento, fenômenos de ajuda recíproca no trabalho com certas mudanças de postos, foi possível analisar a vida social da equipe, com seus jogos, os seus comportamentos na produção, as suas relações, os seus conflitos internos, seu sistema de papéis. Nasce a psicologia industrial centrada na analise dos grupos de trabalho. A partir daí coloca-se nitidamente o problema das relações humanas nas empresas que em um primeiro momento vai encontrar a corrente sociométrica e mais tarde um outro oriundo do laboratório e da pesquisa, o movimento da dinâmica dos grupos. Moreno, foi o fundador as sociometria, observava nos jardins de Viena as crianças e já orientava as suas reflexões para a dificuldade das relações sociais. No teste das escolhas sociométrica um indivíduo era interrogado, descobrindo assim suas potencialidades para funções , modificando as velhas estruturas e durante um certo tempo possibilitam a espontaneidade criadora dos grupos sociais em fusão. A sociometria apresenta assim como uma técnica da mudança social. A base da psicologia. A intervenção sociométrica nos grupos e nas instituições trata de liberar a espontaneidade e a criatividade, a capacidade de inventar uma história pessoal ou uma história coletiva com o objetivo de facilitar as mudanças. O termo dinâmica dos grupos aparece pela primeira vez num artigo publicado por K. Levim em 1944 “ No domínio da dinâmica de grupo, mais do que em qualquer outro domínio psicológico as teorias e a prática então metodologicamente ligados de tal forma que se corretamente conduzida por fornecer respostas a problemas teóricos e práticos que é das exigências fundamentais de sua solução” Na fase C: A burocracia gestionária perde sua rigidez e é capaz de integrar os que se desviam de praticar a dinâmica de grupo e a democracia interna de gerir a mudança, de buscar a participação, isso não é a democracia direta, autogestão verdadeiramente coletiva. Surgiram as revoltas, as oposições violentas e os grupos informais fundaram os sindicatos de novo estilo,, restando o conflito pelo poder em prol da modernização no interior das direções burocráticas. Para Rogers o pensamento passa a ser não diretivo, não acabado, o homem e o mundo são inacabados. O psicoterapeuta limita-se em desfazer as barreiras que impedem o cliente de desenvolver-se, de crescer. Os cursos livres prevalecem sobre os cursos diretos, os objetivos que se recolhessem são só dos indivíduos formados, e não mais os adjetivos dos professores. Faltou-lhe um elemento essencial: colocando claramente o problema da autoformação sob os olhos de um monitor não-deretivo, que implica na autogestão da politização consciente da pedagogia. Desenvolve-se uma sociedade industrial hierarquizada, na qual se pede aos indivíduos bastante incitativa para fazer o que não podem fazer os robôs; tomar decisões. A verdadeira autogestão social não é apenas a gestão das empresas, das escolas e das organizações sociais de base; é se isso é possível, a autogestão da sociedade em seu conjunto. É o desaparecimento do Estado e a sua substituição para uma auto-gestão não burocrática das reações entre grupos e as organizações que constituem uma sociedade.
Não se pode trará dos problemas dos grupos, sem tratar ao mesmo tempo dos problemas das organizações e das instituições. Grupos, Organizações e Instituições – Cap I - de G. Lapassade