Boletim 19

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Boletim da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide N.º 19 • Ano X Julho 2010

5 De abril Dia Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide

X jornadas - 14.Abril.2010

a podologia o que é?

UMA BREVE REPORTAGEM

A ANDAR Continua ao seu lado!


ANDAR

ÓRGÃOS SOCIAIS Mesa da Assembleia Geral Presidente Adriano Neto 1º Secretário Helena Serra 2º Secretário Isabel Santos Suplente Teresa Raposo Direcção Presidente Arsisete Saraiva Vice - Presidente Margarida Costa Vice - Presidente Paula Pinto Directora Secretária Arlete Rosa Directora Tesoureira Rosa Travanca 1ª Suplente Jacqueline Andrade 2ª Suplente Manuela Gallis Conselho Fiscal Presidente João Lopes Alves 1º Vogal Frederico Faria da Ponte 2º Vogal Inês Macias Marques Suplente Marina Correia SECRETÁRIO GERAL António Vilar Morada ANDAR Parque de Saúde de Lisboa - Ed. 24 Av. do Brasil, 53 1700-063 LISBOA Telef. 21 793 73 61 21 798 63 76 / 77 Fax: 21 798 63 78 / 21 796 82 15 Linha verde 800 203 285 Site: www.andar-reuma.pt E-mail: andar@andar-reuma.pt Comissão Executiva Arsisete Saraiva Margarida Costa

ÍNDICE EDITORIAL > >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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DIA NACIONAL DOS DOENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE >>>

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jornadas andar >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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notícias andar > >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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podologia > >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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artrite >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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procura-se >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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uma breve reportagem > >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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CONSELHOS ÚTEIS >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

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Corpo RedaCtorial António Vilar Adriano Neto Arsisete Saraiva Margarida Costa EXECUÇÃO Gráfica CEG - Crice Estúdios Gráficos, Lda.

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EDITORIAL

Completaram-se quinze anos da nossa actividade! Não direi que

contaremos as peripécias e os grandes apoios que tivemos. Mas com

parece que foi ontem, mas como passou depressa…

esta denuncia e de algumas outras que fomos fazendo podemos agora

Tanto trabalho ainda feito por tão poucos, com a colaboração de

dizer que VALEU A PENA.

alguns para dar solidariedade a tantos continua a espantar-me. Mas

Estamos em condições de garantir que todos os hospitais do serviço

recordando a imagem que sempre dou, de que se todos plantássemos

nacional de saúde estão já a cumprir o despacho 20510/08, conhecido

uma arvore não haveria desertos, também precisamos de si e da sua

pelo despacho dos biológicos. Para isso muito contribuiu a Direcção

participação!

Geral de Saúde e o seu Director Geral. Estamos por isso gratos ao Dr.

Com as X Jornadas tivemos de novo casa cheia e um programa

Francisco George pelo empenho e apoio recebidos.

sempre ambicioso que contou com grandes profissionais e figuras

Na véspera das nossas Jornadas fomos recebidos pelo Secretário de

da nossa vida nacional que vão dando o contributo essencial para

Estado e Adjunto da Saúde a quem apresentámos as dificuldades que

a divulgação e discussão de tudo o que gira em redor da artrite

os doentes com AR ainda têm e algumas das soluções que propomos.

reumatóide.

Recebemos do Dr. Manuel Pizarro o melhor acolhimento para as

Um ponto alto do reconhecimento daquilo que a ANDAR vem fazendo

dificuldades que os nossos associados e os doentes com AR sentem.

foi de facto a presença de dois Secretários de Estado e dos mais altos

Também da Câmara Municipal de Lisboa, e em reunião formal com o

dirigentes na área da saúde.

seu Presidente foi-nos confirmada a reserva de um terreno em Lisboa

Com efeito a presença do Secretário de Estado e Adjunto da Saúde

para a construção do nosso Centro de Acolhimento. O Dr. António

Manuel Pizarro e do Secretário de Estado do Emprego Valter Lemos,

Costa tomou conhecimento das nossas necessidades e mostrou

representa por um lado o reconhecimento e a relevância do trabalho

empenho em apoiar este nosso projecto comunitário local.

que a ANDAR vem desenvolvendo, mas por outro o estimulo, e o apoio

A seguir com atenção os desenvolvimentos e as novidades no

que naturalmente tanto necessitamos.

tratamento das AR, que vêm dar cada vez melhor resposta aqueles

Ouvimos com atenção as suas palavras que neste boletim damos

doentes que continuam com a sua doença em actividade. Á cirurgia

conta e com elas iremos manter uma cooperação estreita para

que até há bem pouco tempo representava o maior avanço no

que possamos atingir os nossos objectivos: apoio médico social,

tratamento das sequelas da AR. De tudo isto e muito mais se falou

discriminação positiva e igualdade de oportunidades para os doentes

nas nossas jornadas.

com artrite reumatóide (AR) em Portugal.

Nas páginas interiores damos conta das várias intervenções, com

O ano de 2010 foi pródigo em acontecimentos: podemos desde

uma chamada de atenção especial para a recente legislação no

já adiantar que o processo civil que um grande hospital do País

trabalho sobre doença crónica e emprego que contempla o emprego

tinha movido contra a nossa associação, por termos denunciado o

apoiado e protegido.

incumprimento do 1º despacho dos biológicos, terminou após quatro

Boa leitura e não esqueça: venha colaborar connosco! Todos não

meses de audiências com a desistência do autor. Noutro momento

somos demais…

António Vilar 3

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5 DE ABRIL DIA NACIONAL DOS DOENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE

António Vilar, Viviana Tavares, Manuel Pizarro, Arsisete Saraiva e Luísa Carvalho

A ANDAR, comemorou, o 5 de Abril, Dia Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide com uma sessão solene que se realizou no Hotel Ritz. Tivemos a presença do Dr. Manuel Pizarro, Secretário Adjunto da Saúde, a Dr.ª Viviana Tavares, em representação da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a Dr.ª Luísa Carvalho, em representação do Infarmed e ainda a presença dos nossos sócios. A Presidente da ANDAR, Arsisete Saraiva, fez um discurso onde além de frisar que se comemora este ano 15 anos de existência da ANDAR, relembrou o que já foi feito durante estes anos e as conquistas, que, com a nossa persistência conseguimos, alertou de que no en-

tanto, ainda há muito por fazer, “O caminho é longo e duro, mas venceremos” Os convidados que acima referimos fizeram intervenções onde reconheceram o trabalho feito pela ANDAR, deixaram uma palavra de apoio, e votos para o nosso trabalho na divulgação da A.R e na luta para melhorar as condições dos doentes nos acessos às consultas de Reumatologia, assim como às novas terapias, continuasse. A todos os presentes que nos acompanharam neste dia o nosso obrigado, com a esperança de continuarmos a ANDAR juntos. Margarida Costa

Aspecto da assistência

NÃO ESQUECER QUE PARA USUFRUIR DOS DESCONTOS, DEVEM OS ASSOCIADOS TER AS SUAS QUOTAS EM DIA.

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Excertos do discurso da presidente da andar, no dia 5 de abril de 2010 Mais um aniversário que festejamos Desta vez comemoramos 15 anos de existência. É verdade, parece que ainda há pouco começámos e já 15 anos são passados! Tanto se fez e tanto ainda por fazer… Vamos relembrar um pouco o que se passou ao longo destes 15 anos. A A.N.D.A.R. foi fundada no dia 5 de Abril 1995. Em 1999 pelo Despacho Nº.7932/99, foi instituído o Dia Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide, pela Ministra da Saúde, Dra. Maria de Belém. Em Abril de 2001 fizemos as I Jornadas da ANDAR. Em Outubro do mesmo ano, fomos recebidos pelo Dr. Almeida Santos, Presidente da Assembleia da República a quem entregámos a 1ª Petição Popular, com 8600 assinaturas, pedindo a comparticipação a 100% dos medicamentos. Em 2004. Angariámos fundos para a compra da carrinha da ANDAR 2005 – A A.N.D.A.R fez uma exposição fotográfica itinerante sobre a A.R. 2006, mais um ano de trabalho que culminou com a entrega ao Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República, de uma 2ª. Petição, desta vez com 18000 assinaturas, reclamando o acesso às terapêuticas biológicas para todos os doentes de Artrite Reumatóide com indicação para o fazerem. 2007 – Dia Nacional do Doente com A.R., promovemos um simpósio subordinado ao tema “Acesso aos tratamentos Biológicos na União Europeia”. Este desconforto levou-nos a travar uma luta mais intensa pelos direitos dos doentes com A.R. Nesse sentido reunimos com todos os Partidos Políticos, com assento parlamentar, informando sobre a doença, sensibilizando-os, para que a nossa petição fosse ouvida e discutida no Parlamento Ainda durante o ano de 2007 • Promovemos um jantar debate sobre o acesso aos tratamentos biológicos, com Administradores hospitalares e reumatologistas • Promovemos o lançamento do livro “As mulheres e a A.R. – O Valor de uma Vida”, que contou com a colaboração da Dra. Maria Cavaco Silva e da Profª. Dra. Maria do Céu Machado, Alta Comissária da Saúde. • Com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian promovemos um colóquio intitulado “Paradigmas da A.R.”, com a presença

da Dra. Maria Cavaco Silva, que presidiu à Sessão de Abertura, e Reumatologistas e Economistas. Foi anunciado neste colóquio, pela Alta Comissária o Despacho Nº. 24539/2007, que veio dar acesso a todos os doentes com A.R., às terapêuticas biológicas. Esta foi a nossa primeira grande vitória, em benefício dos doentes com A.R. Durante o ano de 2008 • participámos juntamente com a S.P.R. no projecto “Saber que faz Mover” • promovemos o 1º. Prémio de Jornalismo, para galardoar o melhor trabalho sobre a A.R. Ao longo destes 15 anos, elaborámos vários Protocolos com Termas – Sangemil – Alcafache e São Jorge, com farmácias para obtenção de mais algumas facilidades para os doentes e com as piscinas do AFID e Clínica Cuf Alvalade, para tratamentos de hidroterapia. Senhor Secretário de Estado, Não queria terminar sem fazer mais um apelo e vou fazê-lo em nome de todos os doentes de A.R. que a ANDAR representa. Há doentes que já interromperam a medicação por incapacidade económica. Não achamos aceitável descriminar em função do poder económico. Apoie a comparticipação dos fármacos indispensáveis ao tratamento da artrite da mesma forma que a outras doenças como o Lúpus e a doença de Chron, já que são os mesmos medicamentos. Inclua no Despacho 20510 os novos medicamentos já aprovados pela Agência Europeia do Medicamento. Arsisete Saraiva

Um momento de descontração 5

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X jornadas - 14.Abril.2010 Discurso do sec estado e adjunto da saúde dr. manuel pizarro Quero começar por saudar a ANDAR na pessoa da Presidente Arsisete Saraiva. A principal razão que me traz aqui é precisamente manifestar em nome do Ministério da Saúde o alto apreço que nós temos pela actividade desta associação. As associações de doentes são muito importantes, nós temos que mudar o paradigma no nosso pais, que aliás tem vindo a ser alterado, o paradigma de um sistema assente numa certa relação paternalista entre as estruturas de saúde e os doentes para uma relação mais participada onde as associações e doentes e os próprios destinatários dos tratamentos, o direito e o dever de uma participação mais activa na vida social. É assim que se organiza uma sociedade mais activa e só com uma sociedade mais activa é que podemos todos ter mais consciência dos problemas, das dificuldades dos recursos que temos e da necessidade de fazer o melhor equilíbrio possível entre os recursos e a capacidade de resolver os problemas. Queria saudar todos os presentes e naturalmente todos compreenderão que o faça na pessoa da Dra. Maria Barroso que é uma cidadã cuja capacidade há-de se manter sempre atenta às causas sociais e às causas cívicas, nos serve de exemplo a todos. Acho que merece claramente o nosso agradecimento pelo envolvimento sempre nestas causas e nomeadamente das pessoas que tem necessidade de um maior apoio por parte dos poderes públicos. A ambição do SNS é servir o melhor possível as pessoas. O nosso SNS comemorou no ano passado 30 anos e a vossa associação comemora 15 anos, portanto tem metade da idade do SNS, e há de facto no País uma diferença antes do SNS e depois do SNS. Muitos de vocês que são um pouco mais velhos têm uma memória mais fiel que eu posso ter sobre esses tempos, eu, muitos deles conheço de os ter lido mas em todos os indicadores de saúde à uma mudança espantosa no país depois da criação do SNS e por isso me parecem tão próprias as palavras da Presidente da Associação quando diz “tanto que foi feito e tanto que há ainda por fazer”, porque eu acho que essa é a realidade, nós não podemos, nem desvalorizar o que foi feito, nem adormecer à sombra do que foi feito, porque as duas coisas são verdade. 6

Nós temos que valorizar o muito e o esforço que foi feito para organizar serviços de saúde mais próximos das pessoas e temos que ao mesmo tempo continuar para perceber o que falta fazer para ir melhorando num caminho que não acabará nunca. Nunca estará completo o trabalho de organizar melhor os serviços de saúde e de responder mais às necessidades das pessoas, até porque felizmente nós temos os avanços científicos os avanços das ciências médicas, os avanços das ciências da saúde que nos permitirão em cada momento fazer mais e melhor por parte das pessoas que sofrem de doenças, este é um combate que dura o tempo da humanidade, o combate entre a doença e o combate entre a possibilidade de nós oferecemos melhores condições de

Dr. Manuel Pizarro - Sec. Estado e Adjunto da Saúde

vida àqueles que são atingidos pela doença. E é essa a nossa ambição principal fazê-lo, e por isso é que o SNS é tão importante. Fazê-lo sem a olhar a distinções entre os recursos económicos, entre as condições sociais, entre o local onde as pessoas vivem, porque essa é a enorme ambição do SNS. É democratizar o acesso à modernização tecnológica da medicina, isto é, torná-lo acessível a todos independentemente das formas como as pessoas, dos recursos que têm, das condições sociais, do local onde vivem, porque do nosso ponto de vista, da nossa convicção civilizacional seria inaceitável que perante essa modernização da medicina uns tivessem acesso e outros não tivessem acesso, seja porque razão for, nomeadamente por razões de natureza social ou económica. Nós melhorámos muito, julgo eu, o acesso dos doentes com A.R. às terapêuticas mais inovadoras, com os despachos que a Sra. Presidente da Associação fez referência. Mas temos consciência que temos um percurso para fazer na melhoria, eu chamo-vos a atenção que apesar de tudo

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estes serão porventura os aspectos que chamam mais, que são mais notórios, nos meios da comunicação social, que têm maior peso, mas talvez até nem seja as mais importantes, porque o aspecto mais importante, do meu ponto de vista, com o qual temos todos que continuar a batalhar, a associação de doentes, os profissionais de saúde, as sociedades cientificas tem a ver com a sensibilização da opinião pública e dos profissionais para a importância do reconhecimento da doença e da intervenção das fases mais precoces possíveis, alguns de vocês se calhar têm a experiência pessoal disso, muitas vezes os doentes não são identificados numa fase precoce, as primeiras queixas não são valorizadas pelos próprios, há pessoas que são muito resistentes e resistem muito à dor e aos incómodos dos primeiros sintomas da artrite e às vezes pelos profissionais de saúde que não têm consciência da valorização dos primeiros sintomas e da necessidade nessa fase, na fase mais precoce possível, orientar os doentes para consultas especializadas, para consultas de reumatologia, ou para consultas que existem também nos hospitais públicos ou outro tipo de consultas que estão acessíveis a doentes com Artrite Reumatóide. E é muito importante que os doentes sejam abordados numa fase inicial da doença, isso pode mudar toda a sua vida e todo o prognóstico, toda a previsão sobre a evolução futura da doença. Acho que isso é um tema com o qual nós precisamos de trabalhar mais e mais, sensibilizando a opinião pública informando as pessoas sobre quais são esses sintomas de alarme que devem merecer uma maior atenção e sensibilizando também os profissionais de saúde para que desse ponto de vista a realidade da medicina mudou muito nos últimos 10, 15, 20 anos, e hoje nós sabemos muito mais e temos muitos mais instrumentos para uma intervenção mais precoce, intervenção essa, eu repito, que pode mudar completamente o prognóstico da vida das pessoas com Artrite Reumatóide. Depois há a questão do acesso às terapêuticas mais evoluídas, como eu disse, nós fizemos um grande caminho desde 2007 para cá, uma grande mudança no acesso às terapêuticas biológicas. Temos consciência que há ainda, aspectos para aperfeiçoar na facilidade de distribuição por parte das farmácias hospitalares, dos medicamentos a doentes, que nem todos vivem nos grandes centros e estão próximos dos hospitais, e que em alguns casos estão longe dos hos-

pitais de referência e precisam de uma maior facilidade no acesso a esses medicamentos, sendo certo que ainda por cima alguns desses doentes como sabem por experiência pessoal, melhor que eu, tem dificuldade de mobilidade e portanto é particularmente injusto que sejam obrigadas a mobilizar-se de forma excessiva para obter esses medicamentos. Nós temos que aperfeiçoar esses mecanismos e temos também que encarar que existem outros fármacos que são também muito importantes para o tratamento da doença que é importante que nós tenhamos a garantia que nenhum doente é privado desses fármacos quando eles tivessem indicado por meras razões económicas. Nós estamos a trabalhar com a Direcção da ANDAR, trabalhar com as sociedades científicas no sentido de ao longo deste ano anunciar novas medidas sempre com a mesma ambição, utilizando da forma mais rigorosa possível os recursos públicos que todos sabemos que são escassos, tratar o melhor possível as pessoas que sofrem duma doença

Sessão de Abertura

que é às vezes tão agressiva, como é a Artrite Reumatóide, porque achamos que esta é a obrigação do Estado e é obrigação do SNS. Aquilo que eu vos peço é que continuem a ser assim, activos, mobilizados, reclamativos porque é preciso e é disso que vive uma sociedade, é desse confronto entre aquilo que é a participação activa dos cidadãos e a necessidade dos poderes públicos estarem atentos à resposta o mais aberta possível e o mais precisa e activa possível a essa necessidade dos cidadãos. Muito obrigada Muitas felicidades para o vosso trabalho 7

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X jornadas - 14.Abril.2010

Quero agradecer e realçar a presença do Senhor Secretario de Estado e Adjunto da Saúde, Dr. Manuel Pizarro que mais uma vez está connosco neste dia tão importante para a ANDAR. Agradecer também as presenças: do Senhor Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Dr. Walter Lemos, Dra. Ana Salvado, em representação da Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, ao INFARMED, aqui representado pela Sra. Dra. Luísa Carvalho, ao Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia representado pelo Dr. Luís Maurício, à CVP nossa anfitriã, representada pela Dra. Cristina Louro. À C.M.L. e aos Deputados da A.R. representando aqui os partidos políticos com assento no Parlamento. À Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas, pela presença assídua nas nossas Jornadas, assim como a todas as Associações aqui representadas. À indústria farmacêutica pelo seu contributo em apoiar de várias formas a realização das Jornadas e de outros eventos e programas. À Ordem dos Farmacêuticos, Apifarma e Associação Nacional de Farmácias.

Conseguimos obter alguns benefícios para a nossa Associação, tais como, O Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide. Editámos livros. Promovemos 2 Petições para obtenção da comparticipação dos medicamentos essenciais ao tratamento da A.R. e ao acesso de todos os doentes ao melhor tratamento. Promovemos uma sessão na sala do senado da A.R., workshop para jornalistas, sobre o impacto sócio-económico e as novas perspectivas de tratamento. Organizámos uma exposição fotográfica itinerante, que correu o País de norte a sul. Colaborámos com a S.P.R no projecto “Saber que faz mover”, levando este projecto até à Assembleia da República, no dia Internacional das doenças reumáticas, comemorado anualmente a 12 de Outubro. Promovemos um simpósio sobre os tratamentos Biológicos na União Europeia, onde contámos com a presença dos Presidentes das Sociedades de Reumatologia Inglesa, Holandesa e Portuguesa e também do INFARMED. Este simpósio permitiu apercebermo-nos que o tratamento dos doentes noutros países da União Europeia não era igual ao que se praticava em Portugal. Esta situação causou-nos algum desconforto e levou-nos a travar uma luta mais intensa pelos direitos dos doentes com A.R., tendo reunido com todos os partidos políticos para o efeito. O tempo foi passando e em Outubro de 2007, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, promovemos um colóquio intitulado “Paradigmas da A.R.”, onde reunimos reumatologistas e economistas para que analisassem os efeitos do “custo/benefício” e verificassem que era mais vantajoso para o

Ilustres convidados Caríssimos associados e Amigos – Meus Senhores e minhas Senhoras É com muita alegria que estamos aqui hoje para festejarmos o nosso 15º. Aniversário e promovermos as nossas X Jornadas. 15 Anos são passados com algum trabalho feito e muito ainda para fazer... Vamos relembrar mais uma vez, muito sucintamente, o trabalho desenvolvido ao longo destes 15 anos.

Arsisete Saraiva e Prof. Dr. Carlos Maurício Barbosa - Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos

Arsisete Saraiva

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Prof. Dr. Carlos Maurício Barbosa, Dra. Maria da Luz Sequeira da ANF e Dra. Maria Barroso

Estado tratar bem o doente, ou seja, dar-lhe acesso ao melhor tratamento. E neste simpósio acabámos por ter uma agradável surpresa. A Alta Comissária da Saúde, Profª. Maria do Céu Machado anunciou que tinha sido assinado o Despacho 24539, que vinha responder às nossas reivindicações. Foi a nossa primeira vitória em benefício dos doentes. Uma vitória que durou pouco tempo. Os doentes começaram a ser confrontados com a não dispensa por parte das farmácias hospitalares, que se negavam a fornecer a terapêutica. Estas dificuldades com as farmácias hospitalares levou-nos a várias diligências com o Ministério da Saúde e com a D.G.S., numa tentativa de ajuda aos doentes que estavam a ser dis-

Dr. Valter Lemos - Sec. Estado do Emprego, Dr. António Vilar e Arsisete Saraiva

criminados, consoante o local onde se apresentavam para levantar o seu medicamento. Informámos a Ministra da Saúde, o Secretario de Estado e Adjunto da Saúde, a D.G.S. e até o Presidente da República e o Primeiro Ministro, indicando as administrações hospitalares incumpridoras do despacho. E, em 2008, foi aprovado o Despacho 20510, que veio clarificar o primeiro, permitindo um melhor acesso às terapêuticas biológicas. Mesmo assim, ainda existem alguns, felizmente poucos, que teimosamente continuam em incumprimento…

Promovemos, também, o prémio “ANDAR Jornalismo” para galardoar o melhor trabalho sobre a Artrite Reumatóide. Fizemos vários protocolos com Piscinas, Termas, farmácias e empresas de vendas de ajudas técnicas e alimentação entérica. Organizámos, jantares, torneios de golfe e participámos na Mini maratona, para angariar fundos. Outros protocolos e eventos estão já agendados. Este ano vai ser de muito trabalho, pois queremos que a comemoração do 15º. Aniversário se prolongue até ao final do ano, com vários eventos, várias acções que possam divulgar a nossa Associação, a doença e os melhores meios de a combater. Temos de dar voz aos doentes. Queremos, aqui destacar os dois projectos mais relevantes que nos propomos fazer: • A “Avaliação da situação física e laboral dos doentes com A.R.” num universo de 1000 a 1500 doentes, e poder vir a apresentar esse trabalho na Assembleia da República, no dia 12 de Outubro, Dia Internacional do Doente Reumático. • A criação de um “Centro de Acolhimento para Doentes com A.R.”. Para este projecto contamos com o apoio da CML, de quem temos a promessa de concessão de um terreno para a sua construção. Já tanto se fez e tanto ainda por fazer! Não vamos desistir, nem recuar perante as dificuldades que se nos deparam. Somos determinados… E não quero terminar, sem vos apresentar a nossa nova imagem. Uma imagem com uma mensagem de esperança para todos os nossos doentes. Com as novas terapêuticas, com um diagnóstico precoce e com o especialista certo, as mãos dos nossos doentes, não mais serão, como eram, mas, sim, como estas que vos apresentamos. Arsisete Saraiva

Momento de convívio durante o almoço com os nossos associados 9

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NOTÍCIAS ANDAR reúne com secretário de estado e adjunto da saúde

Em Abril nas vésperas das nossas Jornadas o Dr. Manuel Pizarro recebeu a nossa associação, para podermos apresentar as preocupações dos doentes e os nossos principais projectos. Recebemos garantias do Secretário de Estado de apreciar as nossas sugestões na implementação da Rede Reumatológica Nacional, na revisão de algumas comparticipações em medicamentos e num projecto de tornar ainda mais acessível a dispensa de medicamentos biológicos aos doentes com artrite reumatóide. Confirmou ainda a sua presença na Sessão de Abertura das nossas Jornadas.

Reunião de trabalho com Dr. Manuel Pizarro

AS REUNIÕES DE DOENTES DE 2009 A ANDAR tem promovido e estimulado desde a sua fundação em 1995 as reuniões de doentes sempre acompanhadas com a presença de um técnico de saúde, habitualmente efectuadas na última quarta-feira de cada mês. O Programa de Actividades e o Relatório de cada ano cita sempre as reuniões de doentes como uma das actividades promovidas com a presença de um número variável de associados. Por sugestão da própria Assembleia Geral da ANDAR desenvolvemos para o Boletim uma descrição mais exaustiva destas actividades, não só como agradecimento aos palestrantes que amavelmente se disponibilizam deslocar-se até à sede da ANDAR, mas, também no intuito de prestarmos um serviço informativo aos associados que não podem deslocar-se a estas reuniões. Realizaram-se as seguintes reuniões em 2009: Janeiro – Dr. Rui André; Fevereiro – Dra. Eugénia Simões; Março – Dra. Cristina Gomes; Maio – Dr. João Ramos; Junho – Dr. Rui Melo; Novembro – Dra. Viviana Tavares. O Dr. Rui André, reumatologista e presidente da SPR, falou sobre doenças reumáticas em geral e AR em particular, medicamentos biotecnológicos para alguns doentes com AR, sobre a influência do clima nas reacções do organismo. Defende que os doentes com AR tenham uma vida digna. A Dra. Eugénia Simões, reumatologista do IPR, procurou ouvir os presentes e cada um contou a sua história e os seus pro10

blemas. Salientou a importância da ligação e confiança entre doente e médico, principalmente nas doenças crónicas. A Dra. Cristina Gomes, dietista do Hospital de Santa Maria, falou sobre a alimentação e deu dicas e sugestões: 1. A obesidade e o excesso de peso são maus para a saúde em geral. 2. Sugeriu prudência no uso das carnes vermelhas nos doentes com AR. 3. Para amantes de conservas consumir as conservadas em água. 4. Preferir as frutas da época. O Dr. João Ramos, reumatologista, dialogou com os doentes presentes, tirou dúvidas em vários casos apresentados. Falou sobre o metotrexato em comprimidos e sobre a nova apresentação injectável (metojet) e da necessidade do controle das transaminases. Falou sobre termas e praia, sendo desaconselháveis nas fases de crise aguda da doença. O Dr. Rui Melo, reumatologista, quis ouvir o depoimento dos doentes presentes na reunião e de como cada um reagiu à doença. Sugerir que os doentes com AR vão ter uma qualidade de vida cada vez melhor, mas para isso é necessário atacar a doença a tempo e aproveitar a janela de oportunidade do início da doença. Salientou a necessidade de interligação entre várias especialidades, devido às várias patologias associadas. Quanto à cortisona é necessário evitar ou tomar a menor dose possível face a outros medicamentos disponíveis para tratamento da doença.

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A Dra. Viviana Tavares, reumatologista no Hospital Garcia Orta e Presidente da APOROS, falou sobre a osteoporose explicando como aparece e como se agrava com a idade, podendo facilitar o aparecimento de fracturas espontâneas ou sem grandes quedas. É mais frequente nas mulheres após a menopausa e aparece mais tarde nos homens. Deve-se usar calçado apropriado, evitar os tapetes nas casas ou outros apetrechos caseiros que facilitem as quedas, como fios ou objectos espalhados no chão, cuidado ao subir e descer escadas, é melhor poliban que banheira, usar sapatos anti-derrapantes. Para manter o nível de massa óssea fazer exercício, andar a pé, fazer Tai-Chi, apanhar sol sem exagero. Fazer densitometria aos 65 anos e depois de dois em dois anos. A ANDAR agradece a todos os palestrantes a sua disponibilidade e paciência em deslocarem-se às reuniões. Torna extensivo este agradecimentos a todos os técnicos de saúde, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas e psicólogos que

ao longo dos anos anteriores se têm deslocado à ANDAR e apoiado os seus associados. Um Bem Haja!

REUNIÃO DE DOENTES

Como já vai sendo hábito, mantêm-se nas últimas quartas-feiras de cada mês, pelas 15 horas, nas instalações da A.N.D.A.R, a reunião de doentes. Sempre que possível com um convidado profissional de saúde. Simplesmente entre doentes. Dê o seu contributo A SUA PRESENÇA É FUNDAMENTAL NÃO FALTE O DIALOGO É MUITO IMPORTANTE

CONGRESSO DA IAPO EM ISTAMBUL Realizou-se no passado mês de Fevereiro (de 23 a 25) o 4º Congresso da IAPO International Alliance of Patients’ Organizations) em Istambul, Turquia. A convite da AMGEN a A.N.D.A.R. esteve representada no Congresso bem como no workshop, organizado pela AMGEN, sobre “O Impacto da Biotecnologia nos Cuidados ao Doente”. Neste congresso da IAPO, o tema principal foi a vantagem do envolvimento do doente no conhecimento de toda a problemática que a sua doença engloba. Assim, para além da necessidade de informação sobre a própria doença e do seu controlo, foram focados aspectos diversos tais como a importância das associações, quer no papel informativo sobre os direitos dos doentes, quer na obtenção de soluções para problemas que digam respeito a melhores condições de tratamento e ao acesso aos melhores cuidados de saúde, que vão ao encontro das necessidades dos doentes. A participação do doente é fundamental em todas estas questões. Alguns dos representantes de associações de vários países transmitiram o que tem sido feito e os resultados obtidos. Não podemos deixar de salientar aqui a importância que consideramos ter a presença e a participação dos sócios nas reuniões mensais promovidas pela A.N.D.A.R. A partilha de experiências e a comunicação de uma forma geral, contribuem para

o sucesso das nossas actividades, como representantes dos doentes com artrite reumatóide. No workshop organizado pela AMGEN, foi salientada a importância dos medicamentos de biotecnologia no tratamento de certas doenças, nomeadamente no tratamento das doenças reumatológicas. Foi dada uma explicação bastante clara sobre as diferenças entre os medicamentos químicos e os medicamentos de biotecnologia e salientadas as experiências positivas na utilização terapêutica destes últimos. Com base nestas diferenças ao nível das características moleculares, analíticas e do próprio processo de fabrico e na consequente diferente aprovação regulamentar destes medicamentos, foi também lançado pelos oradores um alerta acerca dos medicamentos biossimilares, os quais pretendem copiar um medicamento original de biotecnologia cuja patente expirou. Devido às características únicas de cada medicamento de biotecnologia, obtido a partir de células vivas, é impossível obter uma cópia exacta de um medicamento original de biotecnologia. Os medicamentos biossimilares são por este motivo similares e não iguais. Estas diferenças levantam algumas preocupações a profissionais de saúde e doentes, nomeadamente no que diz respeito ao perfil de eficácia e segurança destes medicamentos similares, que já se encontram disponíveis no mercado. 11

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a podologia o que é? Podologia é a ciência na área da saúde, especializada na investigação, prevenção, diagnóstico e tratamento das alterações que afectam o pé e as suas repercussões no organismo humano. Os Podologistas ou Podiatras, são profissionais de saúde, responsáveis pelo diagnóstico e tratamento de alterações específicas dos pés e dos membros inferiores, incluindo os problemas dos pés associados a outras alterações sistémicas, tais como por exemplo a diabetes ou a artrite.

O podologista trata da saúde dos seus pés Os nossos pés são o nosso principal meio de transporte, carregando-nos numa jornada de 128.000 quilómetros ao longo de toda a nossa vida, o equivalente a três vezes a volta ao mundo, contudo são a parte do nosso corpo mais esquecida e negligenciada. As dores nos pés e a Artrite Reumatóide (AR): As dores dos pés também podem ser sinais de outras doenças. Por exemplo, 20% dos casos de artrite reumatóide e 35% de fracturas de stress ocorrem nos pés. Os pés são um dos meios mais importantes de contacto entre o homem e o seu meio ambiente. A manutenção da sua função resulta em liberdade e independência de locomoção. Na artrite reumatóide (AR), há uma alta prevalência de lesões estruturais do pé (mais de 90% dos casos). Especialmente as articulações dos dedos dos pés traduzem alterações morfológicas inerentes à evolução da AR. Os dedos em garra, as alterações articulares e as dores generalizadas são queixas comuns dos pacientes com AR. O desvio dos dedos dos pés implica a desorganização articular, dificulta a marcha e a capacidade funcional do pé, traduzindose em restrições da vida diária e diminuição da qualidade de vida. No tratamento do pé reumático, as ortoteses plantares de digitais (palmilhas e elementos correctivos e protectores dos dedos), melhoram o apoio plantar, proporcionam uma ampla distribuição do peso e aliviam os pontos de pressão específicos minimizando a dor. A prescrição das ortóteses plantares, pelo Podologista, é realizada tendo em consideração a avaliação individual de cada paciente. São avaliadas as alterações patológicas dos pés, os factores ocupacionais e de estilo de vida. A prescrição de ortóteses plantares pode actuar como tratamento conservador da AR, actuar como redistribuidor das forças de pressão do corpo e do pé e melhorar a postura corporal. Igualmente, as ortóteses digitais (para os dedos dos 12

pés) ajudam a prevenir a formação de calosidades dolorosas. Nos doentes com AR não se devem ignorar os sintomas de dor nos pés ou alteração da morfologia ou aspecto. Promover a saúde dos seus pés traz muitos benefícios adicionais, reduz as hipóteses de internamento hospitalar devido a infecções e mantém-no mais activo e móvel. Consulte o Podologista sempre que verifique alguma destas alterações: Alterações estruturais do pé: •A lterações dos dedos (dedos em garra, infra/supradução dos dedos, desvios dos dedos); • Apoio incorrecto dos pés (pé cavo, pé plano, pé varo/valgo); • Dismetrias do membro inferior (pernas de diferentes tamanhos); • Esporão do calcâneo; • Fasceíte plantar; •A lteração da marcha (alteração de apoio, alterações neurológicas, reumatologicas...); • Dores generalizadas dos pés. Alterações da pele: • Queratopatias (calos, calosidades); • Pele seca/descamativa, gretas, fissuras; •M icose (pé-de-atleta, maceração entre os dedos, prurido/ odor intenso); • Verruga plantar (cravos); • Transpiração excessiva; • Feridas/úlceras. Alterações ungueais: • Onicomicose (micose nas unhas); • Onicocriptose (Unha encravada); • Onicogrifose (Espessamento das unhas).

Curiosidade Num pé adulto existem 26 ossos em cada pé, ou seja, um quarto dos ossos do esqueleto. Juntamente com as mãos, contêm metade dos ossos do corpo. Texto de Dra. Ana Oliveira Silva, Podologista do Hospital da Luz - Centro Clínico da Amadora e do Hospital St. Louis - Clínica do Campo Grande

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ARTRITE REUMATÓIDE • DOENTES ACABAM POR ABANDONAR O TRABALHO

ARTRITE condiciona todas as actividades As novas estratégias de tratamento melhoram a qualidade de vida. No entanto, dez por cento dos doentes são ainda incapacitados pela doença. Em Portugal, há 40 mil com a doença. Manifesta-se inicialmente por dores ligeiras, mas pode acabar numa incapacidade física total. A artrite reumatóide atinge cerca de 40 mil portugueses. Geralmente, começa por provocar pequenas dores nas articulações das mãos ou pés mas, ao longo do tempo, evolui progressivamente para deformações articulares que podem levar à incapacidade funcional dos doentes. Actividades da rotina diária, como tomar banho ou vestir-se, tornam-se grandes dificuldades. Muitos doentes são obrigados a desistir da sua actividade profissional. Segundo um estudo realizado pela Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide – ANDAR, 25 por cento das pessoas com artrite reumatóide deixam de trabalhar cinco anos após a doença ser diagnosticada.

António Vilar, reumatologista e secretário-geral da ANDAR, defende uma flexibilidade laboral. “Se os doentes tiverem a possibilidade de entrar no emprego duas horas mais tarde, altura em que já superaram a rigidez matinal [sintoma comum da sua doença], podem depois desempenhar as suas tarefas sem dificuldade”, garante o especialista. A artrite reumatóide é a mais frequente doença reumática inflamatória crónica. Não há cura, mas há tratamento. Nos últimos quinze anos, desenvolveram-se novas estratégias de tratamento que vieram melhorar a qualidade de vida dos doentes. As terapêuticas biológicas são consideradas “altamente eficazes”.Actualmente, é possível travar a evolução da doença em cerca de 90 por cento dos casos. No entanto, dez por cento dos doentes ainda são incapacitados. Os especialistas alertam para a necessidade de um diagnóstico precoce para iniciar o tratamento terapêutico o mais cedo possível.

Actualização s ram de QudoostdaaAN DAR fo

As Quotas dos associa actualizadas para o 20 euros anuais, como mínim última rovada na por proposta da Direcção, ap assembleia Geral.

NÃO SE ESQUEÇA PAGUE A SUA QUOTIZAÇÃO

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PROCURA-SE Caros Associados, em Abril, Maio e Junho, foi-nos pago por transferência bancária as seguintes importâncias:

ALBINA SOARES 20€ JOSÉ MANUEL HENRIQUES MOREIRA 20€ MARIA M R S MENDES 20€

da nossa base de Como estes nomes, não fazem parte identifiquem, e qu s oa ss pe às os m ita lic so , os ad associ mento, para que o sócio ao qual diz respeito o paga rmos o respectiiti em e as ot qu as ar iz al tu ac os possam vo documento de pagamento

EXERÇA OS SEUS DIREITOS DE CIDADANIA • Zelar pelo seu estado de saúde; • F ornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias; • Respeitar os direitos dos outros doentes; • C olaborar com os profissionais de saúde; • Respeitar as regras de funcionamento dos Serviços de Saúde; • U tilizar bem os Serviços de Saúde e evitar gastos desnecessários.

S U E S S O A Ç R E EX IA N A D A ID C E D S DIREITO

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UMA BREVE REPORTAGEM Quisemos ser “Jornalista” por um dia e, nesse sentido, fomos ao encontro do nosso alvo, o Dr. Mário Costa, médico de família da USF, do Centro de Saúde de Alvalade, ao qual colocamos algumas questões. Recebeu-nos sempre com a sua simpatia e mais sorridente, pois o seu “Benfica” era finalmente campeão e nós, “tristes lagartos melhor leões” não passamos do 4º lugar. M.F -Iniciamos o nosso trabalho, perguntando quem é o Dr. Mário Costa? M.C- Com um sorriso disse; Bom, sou médico, acho eu, tenho trinta e alguns anos de serviço. M.F- Qual a sua área de especialidade? M.C - Clínica geral de formação, médico de clínica geral. M.F -O médico de família e as USF foram uma boa opção? M.C- Creio que sim, sendo que com a implementação das USF os utentes saíram beneficiados. M.F-Será o tempo estipulado por consulta suficiente? M.C- Sem dúvida, porque é um acompanhamento permanente, se bem que muitas vezes seja ultrapassado pois depende da situação com que nos depararmos.

M.C- Bom primeiro tem que ser feita a história clínica do paciente, para que o diagnóstico seja o mais correcto possível, proceder a exames, e iniciar o tratamento. Se os resultados não forem os esperados, então sim, deverá ser encaminhado para a especialidade correcta. M.F- Antes de terminar ainda colocamos mais uma questão, que é a mais pertinente. Devem os doentes crónicos ter os medicamentos totalmente grátis? M.C-Actualmente, já são, para algumas doenças exemplo Lupus, cuja comparticipação é completamente grátis em todos os medicamentos, se bem que é mais uma questão política de saúde, deveria haver mais equilibro e diferenciação. Aqui põem-se muitas questões, que têm a ver com o plano social: (Dar tudo ou Nada?). Sou mais da opinião, que quem mais precisa deve ser ajudada, quem não, deve ter uma comparticipação distinta ou diferenciada. M.F- Por fim a pergunta que se impunha, Está próximo da reforma? M.C- Ainda estou a aprender, aprendo todos os dias e com os doentes também. Margarida Fernandes

M.F - E não há imposição? M.C - Não de modo algum. M.F- Deve o médico ser amigo e conselheiro? M.C- Bom aqui, tem que imperar o bom senso, onde é fundamental saber ouvir, e onde a comunicação tem um papel importante, e (só saber ouvir é mais que suficiente). M.F-Caso venha à consulta um doente cujos sintomas são, inchaços vermelhões e dores nas articulações, qual deve ser o procedimento do médico? 16

Para mais informações Visite o nosso site www.andar-reuma.pt ou contacte-nos

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Despesas/Pagamentos Associadas à prestação de cuidados de saúde existem taxas moderadoras de acordo com o serviço utilizado. Pelo artigo 148° da Lei 53 – A/2006 de 29 de Dezembro foram criadas Taxas Moderadoras para acesso a Internamento e Cirurgia de Ambulatório. Isenção de Taxas Moderadoras Estão Isentos do Pagamento de Taxas Moderadoras os Utentes Referidos no artigo 2° do Decreto-lei nº 173/2003 de 1 Agosto: • As grávidas e parturientes; • Os beneficiários de abono complementar a crianças e jovens deficientes; • Os beneficiários de subsídio mensal vitalício; • Os pensionistas que recebam pensão não superior ao salário mínimo nacional, seus cônjuges e filhos menores, desde que dependentes; • Os desempregados, inscritos nos centros de emprego, seus cônjuges e filhos menores, desde que dependentes; • Os beneficiários de prestação de carácter eventual para situações de carência, paga por serviços oficiais, seus cônjuges e filhos menores; • Os internados em lares para crianças e jovens privados do meio familiar normal; • Os trabalhadores por conta de outrem que recebam rendimento mensal não superior ao salário mínimo nacional, seus cônjuges e filhos menores, desde que dependentes; • Os pensionistas de doença profissional com grau de incapacidade permanente global não inferior a 50%;

• As vítimas de violência doméstica; • Os beneficiários do rendimento social de inserção • Os insuficientes renais crónicos, diabéticos, hemofílicos, parkinsónicos, tuberculosos, doentes com sida e seropositivos, doentes do foro oncológico, doentes paramiloidósicos e com doença de Hassen, com espondilite anquilosante e esclerose múltipla; • Os dadores benévolos de sangue; • Os doentes mentais crónicos; • Os alcoólicos crónicos e toxicodependentes, quando inseridos em programas de recuperação, no âmbito do recurso a serviços oficiais; • Os doentes portadores de doenças crónicas, identificadas em portaria do Ministério da Saúde que, por critério medico, obriguem a consultas, exames e tratamentos frequentes e sejam potencial causa de invalidez precoce ou de significativa redução de esperança de vida; • Bombeiros; • Outros casos determinados em legislação especial. O utente que se encontre numa destas situações deverá informar-se junto dos Serviços/Entidades oficiais competentes (Hospitais e Centros de Saúde) dos documentos comprovativos necessários para a obtenção da Isenção. Os doentes com Artrite Reumatóide (AR) obtiveram por intervenção da nossa Associação junto da Ministra da Saúde, de então, a Portaria Nº. 349/96, que isenta os doentes com AR do pagamento das taxas moderadoras. Todos os doentes com AR, devem solicitar ao seu médico de família que preencham o impresso competente para actualizar o cartão de utente..

REUNIÃO DE DOENTES -se nas últimas Como já vai sendo hábito, mantêm horas, nas quartas-feiras de cada mês, pelas 15 entes. Sempre do de ão ni reu a , R. A. D. N. A. da es instalaçõ profissional de saúde. que possível com um convidado, ou Dê o seu contributo pessoal. ENTAL. A SUA PRESENÇA É FUNDAM NÃO FALTE, TE. O DIÁLOGO É MUITO IMPORTAN

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Conselhos úteis não ESQUECER esquecer... AA NÃO Caros Associados, uma vez mais chamamos a vossa atenção para o pagamento das quotas. A A.N.D.A.R. necessita de todo o vosso apoio, para fazer face às iniciativas que nos propomos, mas face à falta de apoio monetário tal não tem sido inteiramente possível. Podem proceder ao seu pagamento através de vale de correio, cheque, passado à ordem da A.N.D.A.R. e ainda por transferência bancária, onde devem indicar, SEMPRE o nome correcto do sócio ou o seu nº, pois sem essa informação não nos é possível identificar o mesmo, e procedermos ao envio do respectivo recibo. O nosso NIB é o seguinte: 0010 0000 4626,9630,001 51.

LINHA DE SAÚDE Se sentir algum sintoma fora do normal, não corra de imediato para o hospital. Existe agora a linha de SAÚDE 24 há qual devemos recorrer em primeiro lugar, pois do outro lado da linha existe um número de pessoas que o pode ajudar a resolver o seu problema. Tenha sempre à mão o seguinte nº

808 24 24 24

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Não se esqueça que se pretender ir para as Termas deve pedir a credencial com um mês de antecedência.

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A NOSSA BOUTIQUE

Para angariação de fundos de apoio, temos na ANDAR, ao vosso dispor alguns artigos disponíveis: GESTOS SIMPLES DE SOLIDARIEDADE “A MELODIA DAS PALAVRAS” Livro oferecido pela autora à A.N.D.A.R., para angariação de fundos.  10,00.

As Mulheres e a artrite reumatóide - o valoR de uma vida  20,00.

EXERCÍCIOS AQUÁTICOS PARA DOENTES COM ARTRITE Autora - Drª Rita Gomes da Costa  10,00.

“HUMORÍSTICA” O Dr. Pinto Antunes, Director-Geral da SOV, encara a sua actividade empresarial também, como uma função social. E foi com esse espírito que ofereceu à A.N.D.A.R. este livro de humor do autor Roberto Santos, fazendo sentir que existem patrimónios injustamente esquecidos a que a sociedade não pode virar costas, e que são a construção da sua essência cultural... O produto da venda deste livro reverte a favor da construção do “Centro de Acolhimento para os doentes com Artrite Reumatóide”.  20,00. “Ensaio de linhas e cores sobre um pintor reumatóide” Este livro, é composto por quadros pintados pelo Dr. Melo Gomes, médico reumatologista, que ofereceu à A.N.D.A.R., para angariação de fundos 50 exemplares, para serem vendidos pelo preço de:  20,00.

protocolos Caro associado, lembre-se, que através dos protocolos que a Andar, assinou com várias entidades, cuja lista anexamos, pode beneficiar das vantagens dos mesmos. Medi Holmes Place Euro-Orto Piscina Cuf Piscina AFID Termas Sangemil Termas de Alcafache Termas de São Jorge C.M.S Maria Feira Balanced Farmácia Pinto Leal e União Pombalina Farmácia Santos Monteiro de Vendas Novas Farmácia Santo António Av. Santiago 207/9 em Rio Meão Farmácia Varela, Rua Pedro V 60 lj 1 no Carregado Farmácia Aliança, Rua da Conceição, 2 , Porto Dra. Ana Oliveira Silva - Podologista Hosp. St. Louis - Clínica do Campo Grande Campo Grande 54-A 1700-093 Lisboa Dra. Ana Oliveira Silva - Podologista Hosp. da Luz - Centro Clínico da Amadora SA Praça Ernesto Melo Antunes, 1 - Venteira 2700-339 Amadora

“Artrite Reumatóide – Uma Experiência de Vida” Preço  5,00 (Cinco euros)

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Termas de S. Pedro do Sul Assinatura do Protocolo com as Termas de São Pedro do Sul Dr. Alexandre Sousa, Presidente do Conselho de Administração da Termalistur e Arsisete Saraiva

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DOENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE

ACTUALIZAÇÃO DE DADOS Nome __________________________________________________________________________________________ N.º Sócio _______________ Morada __________________________________________________________________________________________________________________ C. Postal ______________ Localidade ________________________________________________ Tel./Telem. __________________________ Profissão _______________________________________________________________ Data de Nascimento_________/_________/_________ (Assinale com um X) Doente Não Doente Estado Civil ___________________ N.º Fiscal ______________________ Médico Assistente ________________________ Reumatologista ________________________ Sist. de Saúde _______________________ E-mail: _________________________________________ Data_________/_________/_________

Assinatura __________________________________________________

Envie o boletim preenchido, para a seguinte morada: ANDAR - Av. Brasil, 53 – 1700-063 LISBOA – Tel. 21 793 73 61 – Linha Verde 800 203 285 19

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