Reportagem Hospital Bom Jesus Taquara/RS - Anderson Peters

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Reclamações sobre atendimento no Hospital Bom Jesus são rotineiras no município de Taquara

Esperar várias horas na fila, ser mal atendido, não encontrar médicos especialistas e falta de leitos são reclamações de rotina no Hospital Bom Jesus, (HBJ), localizado na Cidade de Taquara. Pacientes que procuram o setor de emergência do Hospital estão insatisfeitos. A unidade, que atende através do Sistema Único de Saúde (SUS) e diversos convênios, está sendo alvo de reclamações e o principal motivo é a demora no atendimento emergencial. Nos últimos meses, houve muitas reclamações e confusões no hospital. A espera dos pacientes chega a quatro horas, inclusive para os que apresentavam dores severas.

O Hospital Bom Jesus está sendo alvo de reclamações e o principal motivo é a demora no atendimento emergencial.

A opinião da população A reportagem abriu espaço para que a população contasse algum acontecimento ou revelasse sua opinião a respeito do estado do atendimento médico no hospital de Taquara. Confira:


"O nosso hospital está bastante carente, deveríamos ter mais médicos para atender a demanda, pois nosso município é grande e não da conta de atender todos os pacientes com a qualidade que deveriam. O melhoramento no salário seria uma forma de incentivar os profissionais e através disso quem sabe reparar o atendimento", acredita a comerciante Deise Vanusa de Paula, 37 anos, Taquara.

"É comum faltar médicos e leitos no Hospital Bom Jesus. Um exemplo foi o de um grande amigo meu, o Conselheiro Tutelar Luiz Fernando de Souza, que foi vítima de um ataque cardíaco e como não havia um cardiologista naquele horário, não teve chances e acabou falecendo", lamenta o fotógrafo Washington Augusto França, 19 anos, fotógrafo, Igrejinha.

"No meu ponto de vista a saúde em si em Taquara está melhorando em comparação com anos anteriores. Quando precisei de atendimento este ano, fui bem atendida, porém com certa demora, o que é normal em qualquer hospital hoje em dia”, afirma a estudante de enfermagem Débora Charlotte Abeling da Silva , 19 anos, Taquara.

"O hospital não pode ser visto como um veículo de politicagem, pois na minha cidade ele está sendo isso. Acho que deveria ser destinadas mais verbas para o hospital para que

todos possam

receber

a

mesma

qualidade

no

atendimento", pondera a aposentada Loni Celi Michel, 54 anos, Taquara.


"O atendimento do hospital em Taquara é bastante deficiente, principalmente em relação ao tempo de espera para ser atendido. Como nem sempre tem médicos especialistas à disposição da população, muitas pessoas acabam passando horas ou até dias na sala de observação esperando pelo especialista", destaca o estudante de inglês Marcelo Knevitz, 26 anos, Taquara.

CREMERS afirma que quadro é comum no estado Questionado sobre as rotineiras reclamações e possíveis soluções para o problema, o CREMERS (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul) admitiu que o Hospital Bom Jesus, assim como muitos hospitais do interior do estado, realmente possui os problemas relatados pela população e que cabe aos gestores públicos encontrar possíveis soluções para o problema. “Sobre os problemas relatados, como a falta de médicos especialistas, longas esperas por atendimento e falta de leitos, são questões que cabe ao gestor público resolver (tanto municipal como estadual). O quadro descrito é muito comum, infelizmente, em todo o Estado, conforme verificamos no encontro dos delegados seccionais do CREMERS em 8 de março. É raro o hospital no interior que não enfrente essa triste e dura realidade”, disse um trecho da nota enviada pelo Assessor de Imprensa do CREMERS, Ilgo Wink. O diretor técnico do Hospital Bom Jesus, Dr. Daniel Kollet, juntamente com o Secretário de Saúde de Taquara e vice-prefeito, Dr. Carlos Alberto Pimentel, a Secretária Estadual de Saúde e a Defensoria Pública de Taquara não responderam os e-mails e telefonemas realizados por nossa reportagem.

Os investimentos e a atual estrutura do Hospital A entidade iniciou suas atividades em 30 de outubro 2009 sob a administração do Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD), através de um contrato de gestão hospitalar com a Prefeitura Municipal e Secretaria Estadual de Saúde. Anteriormente o hospital havia funcionado por 74 anos, mas encontrava-se fora de atividade desde 2008 por determinação do Poder


Público do Município e do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS). Desde sua reinauguração, o HBJ tem oferecido serviços de saúde para Taquara e região, tendo sua estrutura física recuperada em 85%, com restauração em diferentes áreas e construção de novas, aquisição de equipamentos e colocação de 99 leitos em operação. O investimento total realizado até 2011 supera um milhão de reais provenientes de recursos municipais, estaduais e do SSMD. O HBJ atende ao município de Taquara e a toda região do Vale do Paranhana, abrangendo as cidades de Parobé, Igrejinha, Três Coroas, Riozinho, Rolante, São Francisco e Cambará do Sul. Seu atendimento é ao SUS (Sistema Único de Saúde), particulares e aos convênios Canoas Prev, FASSEM/CANOASPREV, IPERGS, Porto Seguro, Sulife e Unimed. Atualmente, o atendimento ao SUS corresponde a aproximadamente 93% dos atendimentos do Hospital, que conta com 99 leitos.

A entidade iniciou suas atividades em 30 de outubro 2009 sob a administração do Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD).


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