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Capítulo Dezessete

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Brock e Jillian

Brock e Jillian

Eu acordei de um sonho.

Essa era a única explicação para eu estar aconchegada contra um corpo quente e masculino - corpo que eu instintivamente sabia que era de Brock. Era sua mão que estava na parte baixa das minhas costas, por baixo do meu top. Era seu peito que minha bochecha estava descansando sobre, e era sua perna grossa que estava sobre a minha.

Eu acordei em um incêndio.

Meu corpo estava quente demais e lava existia no lugar do sangue em minhas veias. Os batimentos que estavam calmos aceleraram de repente e meu quadril mexeu, pressionando a minha parte mais íntima contra ele. A fricção foi quase imediata, como era quando eu me tocava e pensava nele. Eu me movi contra ele, procurando a libertação enquanto meus dedos agarravam o material de sua camisa.

Eu estava sonhando sobre ele - sobre seu corpo grande se movendo sobre o meu e, então, dentro de mim, beijando e sugando minha pele nua. O sonho parecia como esse, neblina preenchia meus pensamentos, e eu não conseguia dar sentido ao que era sonho e realidade.

Mas agora ele estava tenso ao meu lado, sua mão ainda nas minhas costas. "Jillian?"

Sua voz... parecia tão real que eu gemi e movi minha parte superior. Ouve um flash de seu rosto e, então eu estava movendo minha mão do seu peito para a linha do seu maxilar. Eu o beijei - o beijei enquanto me movia contra ele, procurando e procurando.

O braço em volta da minha cintura me apertou mais e, então, ele estava me beijando de volta - forte e molhado, e não havia nada de calmo sobre isso.

Nossos dentes colidiram. Nossas línguas se enrolaram, e isso - não é um sonho, não é um sonho - não parecia real.

Sua boca se movia sobre a minha e eu girei meu quadril contra sua perna. A tensão estava se transformando em um nó, mas não era suficiente, e isso não era suficiente. Eu gemi contra sua boca, meus movimentos ficando mais fanáticos.

Brock parecia saber do que eu precisava.

rouca. "Eu cuido disso." Ele se afastou, falando naquela sua voz profunda e

Em um segundo, ele se moveu no meio de nós, seu dente atingindo a parte sensível abaixo da minha orelha, seus dedos pegando o botão da minha calça, abrindo ele. Ele abaixou o zíper, o abrindo. Não é um sonho. Não é um sonho. Eu estava sem fôlego e meu coração estava acelerado enquanto sua mão grande e quente passava pela minha calça aberta, por dentro do elástico da minha calcinha.

O momento que a ponta dos seus dedos passaram pelos meus nervos super sensíveis, eu gemi alto, jogando minha cabeça para trás. Eu não ligava se isso não era um sonho. Eu não ligava sobre o que aconteceria amanhã. "Por favor," eu implorei, movendo meu quadril contra sua mão. "Por favor, Brock..."

"Porra," ele gemeu, sua boca quente contra meu pescoço enquanto eu sentia seu dedo entrando onde eu estava molhada. "Porra, você é apertada."

Meu corpo estava fora de controle. Segurei seu braço, segurando sua mão contra mim enquanto seu dedo entrava e saía. Meu quadril estava se movendo mais rápido e ele fez algo com sua mão, virando sua palma, que foi tudo - sua boca contra meu pescoço, sua mão dentro da minha calcinha, entre minhas coxas, deu dedo dentro de mim - e eu me contraí e me quebrei, gemendo enquanto prazer esvanecia meus sentidos.

Meu corpo ficou límpido enquanto relaxava, metade nele, metade contra ele. Em meu peito, meu coração acalmava e eu mal estava consciente

do seu dedo saindo de dentro de mim. Suor pingava da minha sobrancelha enquanto eu fechava meus olhos.

"Porra," Eu ouvi Brock dizer, e foi a última coisa que ouvi.

Eu acordei com minha cabeça pulsando e meu braço esquerdo morto. Eu também estava quente, como se estivesse dormindo debaixo de uma tonelada de cobertores em pleno verão.

Algo peludo passou em meu pé, me dando cócegas e fazendo com que eu puxasse minha perna. Confusa, eu abri meu olho e imediatamente me contrai quando vi a luz forte do sol entrando pela sala. Minha cabeça parecia como se uma bateria tivesse se alojado nela, minha bora parecia um deserto e eu...

Eu não estava sozinha.

A primeira coisa que vi foi Rhage se sentando no braço do sofá, me encarando enquanto balançava seu rabo para lá e para cá. Vagarosamente meu olhar foi para minha perna, até a mão grande que estava apoiada em meu quadril. Por vários segundos eu não consegui processar, então eu virei minha cabeça e vi Brock. Seu perfil estava relaxado, seu cabelo bagunçado e seus lábios ligeiramente afastados. Sua camisa branca de botão estava amassada e metade fora da sua calça, revelando uma barriga impossivelmente chapada. Meu olhar voltou para seu rosto, e tudo veio depressa - o jantar ontem à noite, as duas ou três doses de whisky depois das três taças de vinho, voltar para casa e desmaiar do lado de Brock.

Acordar no meio da noite e - oh meu Deus.

Oh Deus.

Oh Deus, o que eu fiz?

Eu corei, ficando quente depois fria, e imediatamente sabia que precisava me mexer. Cuidadosamente, com mais graça que sabia que possuía, eu sai do seu abraço, voando do sofá como se fosse feito de pregos e, então, corri pelo corredor. Eu cheguei no banheiro do corredor e voei para dentro, fechando a porta atrás de mim. Eu me afastei até que cheguei na beira da banheira, me sentando.

Oh meu Deus.

Apertando meus olhos fechados, eu deixei sair um gemido. Eu tinha me esfregado na perna do Brock. Eu realmente fiz isso - me esfreguei na sua perna no meio da noite, meio bêbada e meio dormindo.

E eu tinha feito mais que isso. Ele tinha feito mais que isso. Olhando para baixo, eu vi que minhas calças ainda estavam desabotoadas. A calcinha de algodão rosa aparecendo.

Oh não, não, não.

Eu ainda conseguia sentir seu dedo dentro de mim, bombeando e deslizando. Eu conseguia ouvir meus próprios gemidos. Ficando de pé rápido, eu rapidamente abotoei minhas calças e me virei, parando no meio entre a banheira e a porta.

"Puta merda," eu ofeguei. "Puta merda."

Eu nunca mais iria beber.

Nunca.

Sério, eu não podia confiar em mim perto de álcool.

"Okay," sussurrei para mim mesma. "Okay. Foco, Jillian."

Ele ainda estava ali fora. Eu ainda precisava encará-lo. Eu não fazia ideia de como, porque eu não tinha ideia de como olhar nos olhos de alguém depois de quase lhe molestar em seu sono.

Quero dizer, quando ele acordou, ele parecia estar concordando com tudo, mas ainda assim, isso seria estranho, muito estranho.

Abrindo a torneira da pia, eu peguei um pouco de água e joguei em meu rosto, lutando contra a vontade de me sentar e chorar.

Passos pesados soaram no corredor, e eu me afastei da pia, rapidamente trancando a porta. Então eu encarei ela, segurando a respiração.

"Jillian?" A voz do Brock estava rouca com o sono, e eu virei minha cabeça para que minha orelha esquerda estivesse mais perto da porta. "Você está aí?"

Juntando minhas mãos, eu pensei sobre o que fazer.

"Espero que sim," ele continuou. "Porque seu gato está me encarando como se quisesse ser alimentado e para mim parece que vou estar cruzando alguma linha se eu alimentar seu gato," ele adicionou com uma risada.

Isso era cruzar a linha? Tenho certeza que me esfregar contra sua perna e depois contra sua mão em um estupor bêbado era cruzar a linha.

"Jilly," ele chamou de novo.

Eu tive de responder. "Eu... eu estou aqui."

Houve um minuto de silencio. "Você está bem?"

Não. Eu não estava. "Claro."

"Precisa de alguma coisa?"

"Não." Então veio um fio de esperança, porque talvez, apenas talvez, eu poderia fazer com que ele fosse embora. “Vou ficar bem. Você pode ir embora."

"O quê?"

Passando minhas mãos em meu cabelo, eu puxei a ponta dele. "Obrigada por me trazer para casa ontem e por ter certeza que eu chegasse bem. Realmente agradeço. Eu - Eu te vejo na segunda."

Ouve outro minuto de silêncio, e eu me forcei para ouvir se ele ainda estava no corredor. Eu achei que ouvi Rhage miando piedosamente a alguém.

"Jillian," ele disse meu nome e dessa vez não foi algo sutil nem brincalhão. "Saia daí."

Enruguei meu nariz. "Não, obrigada."

"Jillian."

"Sério, te vejo na segunda..."

"Você não vai se esconder nessa porra de banheiro," ele me interrompeu. "Você vai abrir essa porta e sair aqui para falar comigo."

Sim, isso não iria acontecer e, quando eu não respondi, eu vi a maçaneta girar.

Brock xingou. "Jillian, saia."

Nope.

"Okay," ele disse. "Se você não quer sair, então podemos conversar por essa porta. Eu não sou idiota. Eu sei porque você está se escondendo no banheiro."

Meus olhos se estreitaram para a porta fechada.

"Não tem motivo para ter vergonha sobre o que aconteceu na noite passada," ele começou e eu perdi a calma.

"Mesmo? Porque eu acho que tem motivos suficientes para eu estar envergonhada," eu disse, abaixando minhas mãos. "Eu fiquei bêbada e eu..."

"Me usou para se aliviar?" ele disse baixo.

"Oh meu Deus, sério? Obrigada por ser nada discreto."

"Eu não me importei."

Minha boca caiu no chão e eu só encarei o nada. Eu não sabia o que dizer. Nada. Zip. Nada. Então balancei minha cabeça. "Como pode não se importar? Eu praticamente te molestei."

A risada profunda de Brock invadiu o banheiro. "Primeira coisa, se eu não quisesse nada daquilo ontem à noite, eu teria te parado. Eu não teria feito você gozar."

Eu bati com minha mão sobre meus lábios e quase cai. Feito você gozar. Oh Deus, ele tinha feito isso. Eu não conseguia lidar com isso. Minha cabeça ainda estava meio tonta por causa do suco do diabo também conhecido como whisky e vinho, e eu precisava de café, e eu precisava que ele fosse embora.

"Okay," eu disse depois de um momento. "Podemos apenas fingir que nada disso aconteceu?"

"Você está falando sério?" ele perguntou, sua voz soando chocada.

"Sim. Estou falando sério. Eu não quero pensar sobre isso. Eu não quero reconhecer isso," eu disse apressadamente. "E eu quero seguir em frente como se nunca tivesse acontecido. Podemos fazer isso. É melhor desse jeito. Assim você não tem que se preocupar nem ligar se vai acontecer de novo ou se eu vou começar a pensar besteira." Eu tentei respirar com calma. "As coisas vão voltar ao normal."

"Abra a porta," Brock disse com calma, com calma até demais.

Eu balancei minha cabeça. "Você pode ir embora."

"Jillian."

"Eu acho que você precisa ir embora," eu disse dessa vez.

"Abra a porra dessa porta ou eu vou por essa merda abaixo."

Então tá.

Olhando para o teto, eu xinguei baixo e destranquei a porta do banheiro, porque eu não queria saber se ele conseguiria derrubar ela. "Melhor?", eu retruquei.

Brock me encarou, seu maxilar tenso, e puta que o pariu, ele parecia tão sexy todo desarrumado, com seu cabelo bagunçado e sua camisa solta. "Você não tinha noção nenhuma do que estava fazendo ontem à noite? Eu preciso que você seja honesta comigo, Jillian. Você não tinha ideia nenhuma do que estava fazendo?"

Parte de mim queria dizer que sim, mas isso não era totalmente verdade. Eu sabia. Eu acordei do sonho e eu queria ele, e ele estava ali e...

"Eu sabia que você estava alcoolizada, mas eu não fazia ideia que você estava tão..."

"Eu não estava tão bêbada," sussurrei, sabendo que nunca iria conseguir deixar ele acreditar que levou vantagem de uma situação onde ele não tinha o que fazer. "Eu sabia o que estava acontecendo, mas eu... eu não estava pensando. Eu sabia. Sério."

Seus olhos procuraram os meus enquanto um pouco da tensão aliviava de seus ombros. "Agora eu quero que você me ouça e eu quero que você realmente me ouça. Se você achou nem que por um segundo que eu posso sair daqui e fingir que não coloquei meus dedos dentro de você e que você não gozou neles, você não me conhece."

"Oh meu Deus!" Horrorizada, eu pressionei minhas mãos contra minhas bochechas. "Você pode ser menos direto?"

"Direto?" Ele deu um sorrisinho enquanto se inclinava sobre o batente da porta, eficientemente me prendendo no banheiro. Ele cruzou seus braços. "Você com certeza não teve problema nenhum em foder minha mão ontem a noite..."

"Eu estava bêbada. Tipo, eu pensei que ainda estava dormindo," argumentei.

"Então você normalmente sonha comigo?"

Minhas narinas bufaram enquanto eu inalava profundamente e contava até cinco. "Eu não sonho com você."

Um sorrisinho convencido apareceu em seu rosto, e eu queria arrancar ele dali. "Sim, eu vou ter de dizer que você está mentindo."

"Você pode me acusar de mentir para você, não ligo," retruquei e suas sobrancelhas arregalaram. Isso soou péssimo até para meus próprios ouvidos. "A questão é que eu não queria que isso tivesse acontecido ontem à noite e não fiz de propósito."

Um musculo flexionou no maxilar de Brock enquanto ele me olhava. "Eu sei que você não fez de propósito, mas aconteceu. E talvez não deveria ter acontecido desse jeito, mas aconteceu."

Eu inalei profundamente e pisquei. Lágrimas queriam correr, e com essa dor de cabeça, sem café, e considerando o que tinha acontecido ontem à noite, eu iria ter um choro épico. "Por favor," eu pedi, implorei na verdade. "Por favor, podemos apenas esquecer isso? Você pode só ir embora?"

Por um momento eu não achei que Brock iria embora. Eu pensei que ele iria ficar ali, parado na porta do banheiro para sempre, mas então algo apareceu em suas feições. Seu maxilar suavizou, assim como seus olhos escuros. "Okay," ele disse desapoiando da porta e descruzando seus braços.

"Por agora, eu vou deixar isso para lá, mas eu não quero você agindo toda estranha por causa disso. O que aconteceu ali, no sofá, não é algo para se ter vergonha. Você não deveria ter vergonha." Ele parou, inalando profundamente. "Não deixe que isso estrague o que temos acontecendo aqui. Okay?"

Eu queria perguntar o que exatamente estava acontecendo aqui, mas tudo que consegui pôr para fora foi um fraco, "Okay."

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