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Capítulo Vinte e Dois
O sono não veio fácil no sábado à noite. Não com meu corpo desejando que ainda estivesse entre o corpo duro de Brock e a parede. Minha mente não conseguia parar.
Era perto das três da manhã quando eu finalmente consegui dormir algumas horas, até que acordei ao raiar do sol, incomodando um acomodado Rhage. Eu deixei o café passando enquanto tomava banho, deixando meu cabelo secar naturalmente enquanto eu pegava uma lata de comida chique para ele, já que me senti mal por tê-lo acordado.
Rhage pareceu aceitar minha oferta de desculpa, colocando sua cabeça toda dentro da tigela. Fazendo careta, eu o assisti, sabendo que ele iria cheirar como peixe ou o que tivesse naquela comida.
Pegando minha caneca de café comigo, eu me sentei contra o braço do sofá, tentando não pensar sobre Brock me segurando em seu colo na noite anterior enquanto pegava meu celular. Era cedo, mas eu sabia que minha mãe estaria acordada.
Ela atendeu no segundo toque e imediatamente assumiu que o céu estava desabando. "Está tudo bem?"
"Sim." Não era necessariamente mentira. "Eu sei que está cedo, mas eu... eu falei com Brock na noite passada."
Ouve um momento de silêncio enquanto eu tomava um gole de café, então ela disse. "Bem, querida, eu imagino que você fale frequentemente com ele agora."
Abaixando a caneca, eu revirei meus olhos pela sua desviada de assunto. "Mãe, ele me disse que você esteve contando a ele tudo sobre minha vida nos últimos anos."
"Eu não venho contando tudo," ela respondeu na lata. "Isso é exagero."
"Isso é tudo que você tem a dizer?" Precisando de mais cafeína para lidar com essa conversa, eu tomei outro gole. "Por que não disse nada? Sei que ele pediu para você não contar, mas poxa."
"Não achei que era sábio te contar que ele estava perguntando sobre você," ela respondeu.
"Por que? Porque você achou que se eu soubesse que ele estava perguntando sobre mim, que eu iria ficar obcecada por ele?
"Obcecada? Querida, espere um pouco. Seu pai está prestes a chegar, e eu não acho que ele precisa ouvir essa conversa," ela disse, e eu levantei uma sobrancelha enquanto encarava meu café. "Okay," ela disse com um suspiro pesado, e eu imaginei que ela estava na sacada, cercada por várias plantas. Minha mãe tinha uma mão boa para lidar com plantas. "Por que no mundo eu iria pensar que você ficaria obcecada por Brock?"
"Mãe," eu gemi. "Vamos lá. Você tem olhos."
"Sim. Eu tenho dois olhos funcionais. Você tinha uma queda pelo rapaz quando era jovem, Jillian."
Uma queda nem chegava perto do que eu tinha sentido por ele, mas que seja.
"Eu não te contei sobre ele porque você deixou bem claro, mais de uma vez, que não queria saber nada dele."
Terminando meu café, eu levantei para pegar meu refil e passei por Rhage, que estava sentado na mesinha de centro, lambendo sua pata. "Se você sabia disso, então por que contou para ele?"
"Porque ele se importava com você - ele nunca parou de se importar com você. Porque ele foi parte da sua vida por mais de uma década, e ele é como parte da família," ela respondeu enquanto me servia de outra caneca de café. "Jillian, me desculpa se você sente como se eu não devesse ter falado
com ele, mas quando ele perguntava sobre você, sempre vinha de um lugar bom."
Me virando, eu inclinei contra o balcão e a curiosidade ganhou. "O que... o que ele perguntava sobre mim?" eu sabia o que Brock tinha me contado, mas tinha uma pequena parte de mim que precisava ouvir minha mãe validar isso.
"Ele sempre quis saber se você estava bem. Era o que a maioria das suas perguntas queria dizer. Como você estava indo em Shepherd. Quando você abandonou, ele quis saber o que você planejava fazer. Ele perguntava se você tinha amigos," ela disse, e eu exalei audivelmente pela bile que queimava no fundo da minha garganta. "Eu acho que ele precisava saber que você estava bem e que não estava sozinha."
Pressionando meus lábios juntos, eu segurei o celular contra minha orelha esquerda, vagarosamente balançando minha cabeça. Eu não estava brava com ela. Eu entendi porque ele perguntava sobre mim. Eu tinha cortado ele da minha vida com uma faca de manteiga enferrujada. Eu entendi porque ela tinha contado essas coisas para ele. Brock era como um filho para ela.
"Então, por que vocês estavam tendo essa conversa em um sábado à noite?" Minha mãe perguntou, envergonhada. "Tenho certeza que não estavam no trabalho."
"Ele interrompeu um encontro que tive ontem à noite."
"Ele fez o quê?" Ela deu uma risada, surpresa.
Suspirei. "Você lembra do cara que te contei? Grady? Bem, eu estava em outro encontro e Brock apareceu e praticamente o arruinou."
"Oh não," minha mãe murmurou, mas foi muito fácil. Como se eu pudesse vê-la sorrindo de orelha a orelha.
"Bem, ele não o arruinou. Se eu for honesta..."
"E você tem de ser."
Enrugando meu nariz, eu cruzei um braço sobre minha barriga. "De qualquer modo, Grady é legal, mas... mas não iria funcionar de qualquer modo."
"Claro que não," ela respondeu.
"O que isso quer dizer?"
"Deixa eu te perguntar uma coisa, Jillian. Por que você está me perguntando sobre Brock? Além do fato dele ter te contado que ele, obviamente, ainda pensava sobre você esses anos todos?"
Eu mudei meu peso de um pé para o outro. "Porque... porque ele veio aqui ontem à noite e..."
"Vocês transaram?"
"Oh meu Deus, mãe." Eu dei um gritinho, assustando Rhage e o fazendo pular como um daqueles gatos das estampas de Halloween.
"O quê?"
"O quê?" repeti. "Okay, eu não quero você me perguntando isso de novo.
Nunca."
Ela suspirou pesadamente em meu ouvido. "É a natureza humana, Jilly. Seu pai e eu temos uma vida bem ativa..."
"Pare. Por favor, pare." Eu vomitei um pouco em minha boca. "Eu não quero ouvir isso."
"Tudo bem. Então Brock foi aí e não houve sexo. Vocês dividiram um cobertor? Assistiram 'Amigas Para Sempre'? Ficaram de conchinha, porque eu acho que ele é do tipo que gosta de ficar de conchinha."
focar." "Oh meu Deus," gemi, quase desligando na cara dela. "Você precisa se
"Estou focada."
"Nós só conversamos - conversamos sobre coisas, e ele... ele parecia estar interessado em mim mais do que só como amiga, e ele não está preocupado sobre nós ficarmos juntos."
"Bem, por que ele estaria preocupado sobre vocês ficarem juntos? Não é como se os Limas, alguma vez, separassem trabalho e família antes," ela respondeu. "Brock vem perguntando sobre você por seis anos, querida."
"Sim, e a maioria desse tempo ele estava com outra pessoa, então isso não indica nada."
"Se você diz."
Suspirei. "Mãe."
"Se você acha que não significa nada então tenho certeza que tem coisa que ele não falou com você sobre."
"Como o quê?" perguntei, inquieta.
"Não é meu lugar falar, querida."
"Oh!" Joguei um braço para cima. "Não é seu lugar me dizer as coisas sobre ele, mas você disse as minhas?"
"Não é a mesma coisa," ela repetiu.
"Que seja."
"Então vocês finalmente vão ficar juntos?" ela perguntou.
Inalando profundamente, eu contei até dez antes de responder. "Não, mãe. Não vamos."
"Fiquei confusa."
Inclinei minha cabeça para trás e gemi. "Por que?"
"Você o ama."
Eu inalei rápido. "Eu era apaixonada por ele, mãe, mas isso foi a muito tempo atrás. Eu não sou mais essa menina."
"Você pode ser uma mulher agora, mas isso não significa que o que sente por alguém mudou."
Meu olhar foi parar no teto.
"E esse tal de Grady que você saiu, ele era um bom homem, posso imaginar? Atraente. Inteligente. Interessado em você? Mas você não sentiu nada por ele e achou que não iria dar em nada?"
"Sim." Franzi o cenho, pensando que eu sabia onde isso estava indo parar, e essa conversa estava se transformando em algo que eu não esperava.
"Tem certeza que ainda não está apaixonada pelo Brock? E se não for mais amor, você não está interessada? Não pensa sobre ele?" Minha mãe pausou. "Eu quero uma resposta honesta."
Andando para longe do balcão, eu entrei na sala. "Eu... eu não sei."
"Isso não é honesto." Quando não falei nada, ela disse. "Jillian, você passou por muita coisa. Eu sei disso, e você também se machucou. Se eu pudesse tirar essa dor de você, eu faria isso."
"Eu sei." eu andei até a janela e abri a cortina. Eu encarei as árvores atrás do complexo de apartamentos.
"E essa dor - do tipo que Brock infringiu e a física que você sofreu obviamente, te deixaria insegura," ela disse enquanto eu assistia os galhos se moverem no vento. "Eu não te culpo por isso. Ninguém o faz, mas não deveria te impedir de se arriscar."
Mordendo meu lábio inferior, eu não disse nada porque me arriscar com Brock era um risco enorme.
"Viver é se arriscar, Jillian. Não é isso que você está tentando fazer? Começar a viver de novo?"
Parte de mim queria que eu nunca tivesse dito a ela isso quando saí de casa de vez, porque ela tinha razão, merda.
"Você ainda gosta dele?" ela perguntou de novo.
"Eu... eu não sei," sussurrei, meio sem vontade.
Minha mãe riu baixo. "Querida, eu acho que você sabe como se sente."
Eu pensei que soubesse também, porque na verdade, não importava o que, mesmo se eu o odiasse e odiasse tudo que tínhamos em comum, eu ainda gostava dele. Eu nunca parei de gostar dele.
"Você vai vir com ele para o dia de Ação de Graças?" ela perguntou.
"Eu não sei, mãe."
Sua risada colocou um sorriso em meu rosto. "Eu verei vocês dois logo, e eu tenho a impressão que vai ser no mesmo momento."
Desligando o telefone depois de ter dito a ela meus planos para o dia, o que envolvia finalmente montar as estantes, eu deixei a cortina cair no seu lugar de novo. Minha mãe fazia parecer tão simples, mas não era.
Mas ela estava certa.
Viver significava se arriscar.
Logo depois das três da tarde, quando estava finalmente montando as estantes, houve uma batida na porta do apartamento.
Eu saí no corredor, meu estômago revirando. Eu não estava esperando ninguém, mas minha intuição foi ativada. Correndo para a porta, eu nem me incomodei em espiar pelo olho mágico. Eu abri a porta.
"Brock," sussurrei.
"Hey," ele respondeu com um sorriso.
"O que está fazendo aqui?" Perguntei, olhando ao redor do corredor como se fosse encontrar alguma resposta.
"Visitando você."
Minhas sobrancelhas arregalaram.
“Na verdade, estou aqui para fazer minha boa ação do dia." Sem ter ideia do que ele estava falando, eu dei um passo para o lado. "E o que seria isso?"
Brock entrou em meu apartamento, e quando ele passou por mim, ele se abaixou e me beijou antes que eu mesmo conseguisse processar o que ele estava fazendo. Foi doce e rápido demais, mas ainda me deixou boba.
porta. "Me beijar foi a sua boa ação?" Eu finalmente perguntei, fechando a
Ele olhou sobre seu ombro para mim. "Eu meio que gosto do jeito que você pensa, mas não. Estou aqui para montar as suas estantes, porque tenho certeza que você ainda não fez isso desde que disse que as comprou."
"Não fiz," admiti. "Você se lembrou disso?"
Brock me olhou. "Eu me lembro de tudo, Jilly."
Um calafrio passou pela minha espinha, e eu olhei para longe. "Sério que você veio até aqui para montar minhas estantes?"
"Yep." Houve uma pausa. "E eu queria ver você."
Eu olhei para ele, sem saber o que dizer.
"Eu sei que eu disse que te daria tempo," ele disse depois de um momento.
"E isso é você me dando tempo?"
"Sim." Aquele meio sorriso estava de volta, fazendo coisas estranhas com meu estômago. "Então, onde estão as estantes?"
"No segundo quarto, no fim do corredor." Se ele queria montar as prateleiras, ele era bem-vindo para fazer isso. Eu não tinha problema nenhum em supervisionar.
Eeeee eu estava meio que, okay, tipo muito interessada em vê-lo aqui.
"Vou pegar algo para beber," Ofereci, me virando e correndo antes que pudesse mudar de ideia e pedir para ele ir embora, mesmo sabendo que eu queria que ele ficasse.
Gah. Às vezes eu não fazia sentido nenhum. Nem um pouco.
Uma vez que tinha duas garrafas de água, eu o guiei para o quarto de hospedes. Era bem simples. Apenas uma cama de solteiro que mal era usada, uma mesa no canto e um criado mudo.
Brock não comentou o fato da falta de design enquanto ele andava até as peças da estante. "Onde está seu gato?"
"Provavelmente no meu quarto, debaixo das cobertas. É onde ele tira seu cochilo da tarde."
Brock riu. "Eu gosto daquele gato."
"É, ele gosta de você. O que é estranho porque aquele gato odeia todo mundo."
"Seu gato tem bom gosto." Ele me olhou por um momento. "Mas, até aí, todos gostam de mim."
"Ha. Ha." Eu encarei suas costas e a curiosidade levou a melhor. "Você falou com minha mãe hoje?"
"Não." Suas sobrancelhas arregalaram. "Por que? Deveria?"
Eu balancei minha cabeça enquanto pegava umas ferramentas. Me sentando na cama, eu o assisti percorrer as tábuas. Eu gostava de como ele estava vestido casual, em jeans e uma camiseta térmica de manga longa. Meu olhar foi para a clara definição do seu peito e braços.
Eu comecei a pensar.
O que, provavelmente, não era coisa boa, mas que seja.
Pegando as instruções, ele se sentou do meu lado esquerdo, na cama. "Bem, isso não deve ser difícil."
"Não é. Eu que sou preguiçosa."
Um lado de seus lábios se curvou para cima. "Sendo honesto, estou surpreso que você não tenha estantes cheias de livros."
Pegando o pacote de parafusos e porcas, eu dei de ombros. "Eu... eu só não tive tempo de fazer isso."
"E você vive aqui há quanto tempo?"
"Shiu," murmurei, contendo um sorriso.
"Mas agora você está fazendo?" Ele colocou o papel na cama atrás dele e levantou. "Interessante."
Eu não fazia ideia do porque ele achava isso interessante. "Eu estou planejando trazer vários livros quando for em casa no Dia de Ação de Graças."
"Quantos são vários?" ele perguntou enquanto alinhava as tábuas cinzas envernizadas.
"Muitos vários."
Aquele sorriso aumentou e puta que o pariu, era um sorriso realmente sexy. Quem eu estava tentando enganar quando achei que não era? "Bem, eu espero que muitos vários caibam no Porsche."
você." Meus olhos se estreitaram. "Eu nunca concordei em ir de carona com
"Mas você vai."
"E você é irritantemente confiante."
O olhar que ele me atirou gritava que ele tinha um motivo para ser. Me sentindo meio corada, eu eventualmente parei de supervisionar e comecei a ajudar enquanto ele me contava sobre como estava reformando sua cozinha.
"Você não comprou uma casa nova? Ou mandou construir uma?" perguntei.
"Eu comprei uma casa nova. Eu queria algo diferente, Além do mais, não havia muitos terrenos disponíveis onde eu queria," ele explicou, usando a chave de frenda como um profissional. "Eu também queria sujar minhas mãos."
Levantei uma sobrancelha enquanto pegava uma prateleira e a segurava no lugar para ele. "Sério? Desde quando você gosta de construção e reforma?"
"Hey, eu sei como usar minhas mãos." Ele olhou para mim, com os olhos baixos. "Acredite em mim."
Minhas bochechas coraram enquanto meu estômago revirava. Sim. Sim, ele sabia. "Por que você tem que transformar tudo em... em coisas pervertidas agora?"
Brock riu. "Você acha que isso é pervertido? Você não viu nada ainda."
"Yay. Algo para ficar ansiosa."
Balançando sua cabeça, ele parafusou as duas peças juntas. "Algumas das coisas eu não vou conseguir fazer. Eu já demoli a cozinha, então ando pedindo comida fora ou fazendo churrasco."
"Não anda meio frio para isso?"
"Nah. Não me incomoda." Virando a estante, ele se levantou. "Onde você quer coloca-la?"
Eu mostrei o lugar. "Então a cozinha já está completamente destruída?"
"Quase." Ele carregou a estante para a parede do outro lado da cama, então se virou para a segunda e continuou trabalhando. "Estou tentando reaproveitar os armários, então eles precisam ser removidos com cuidado."
Surpresa passou por mim enquanto eu o assistia montar as prateleiras. Isso era algo novo.
"Você não precisa parecer tão surpresa."
"Desculpa." Me sentei de volta no canto da cama. "Eu só não sabia que você gostava de coisas assim."
"Tem muita coisa que eu gosto que você não sabe."
E lá ia ele, dizendo algo que não parecia como um comentário normal.
"Essa não é a primeira vez que eu usei essas mãos para o bem." Ele pegou o outro pacote de parafusos e abriu.
Eu corei.
"Tire sua mente da lixeira." Ele riu. "Eu estava pensando sobre o dia que te ensinei como arrombar uma fechadura."
Desde que ele estava focado na estante, eu sorri livremente. "Sim, você fez isso. Quando eu tinha doze anos. Uma habilidade totalmente útil para uma criança."
Ele riu. "Nunca se sabe quando vai precisar disso. Além do mais, montar essas estantes é o mínimo que eu poderia fazer por você."
assim?" Me inclinando para frente, eu peguei a tábua marcada com um A. "Como
Brock parou por um minuto, então ele olhou para mim de onde ele estava ajoelhado. "Depois que me machuquei, eu estava uma..."
"Bagunça?" Eu completei.
Seu sorriso era pequeno enquanto concordava. "Eu achei que minha carreira tinha terminado. Minha cabeça não estava nem um pouco boa."
Ela estava em um lugar bem ruim, bem escuro.
"Mas você esteve comigo o tempo todo. Quando ninguém mais aguentava ficar do meu lado, você estava lá," ele disse, inalando profundamente. "Eu perdi as contas de quantas vezes você apareceu no meio do dia, ou a noite, e me ajudou a deitar na cama quando eu estava desmaiado no chão. Limpando quando eu tinha bebido demais." Sua voz estava cheia de desgosto. "Ou quando você me trazia comida e se certificava de que eu comeria. Você ficava quando eu estava completamente bêbado e estava irritado. Então, sim, montar algo como essas estantes é o mínimo que posso fazer."
Eu abaixei meu olhar enquanto sugava meu lábio inferior entre meus dentes. Era por causa disso que ele estava aqui? Por que ele... ele me queria? Para compensar o passado? Isso parecia bobo. "Brock..."
"Sabe, tem algo que eu preciso falar - algo que precisamos conversar. Okay?" Ele esperou até que eu encontrasse seu olhar. "A noite que você se machucou, a noite que quase morreu, eu não estava lá ao seu lado. Isso aconteceu por minha culpa."
"Pare." Meu coração virou algo doloroso em meu peito enquanto eu me movia mais para perto dele, ainda segurando a tábua. "Você não..."
"Eu não tentei te roubar? Eu não puxei o gatilho?"