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Capítulo Vinte e Três

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Brock e Jillian

Brock e Jillian

Ouvir essas palavras serem ditas, palavras que eu mal me permitia pensar a respeito, me fez contrair enquanto as memórias voltavam correndo. Era como se tirassem a tampa do ralo de uma pia que estava cheia d'água. Não tinha como evitar o fluxo.

Eu não me lembrava de andar para o estacionamento lotado.

Tudo que eu sabia era que eu estava parada na frente do meu carro, com minhas mãos sobre meus olhos. Oh Deus, ele tinha furado comigo. Brock me fez dirigir até aqui para passar tempo com ele, só eu e ele, e ele estava dentro do Mona's com todo mundo - com aquelas meninas. Isso tinha acabado de acontecer. Brock realmente tinha furado comigo.

Meus ombros tremiam com o soluço que subiu pela minha garganta. Brock nem sabia que era errado me dispensar assim. Eu vi em seu rosto. Nem por um momento ele pensou que havia algo de errado, e eu era tão estúpida.

Tão estúpida em meu vestido estúpido e maquiagem estúpida. Era de se explicar porque ele tinha me olhado daquele jeito quando me viu a primeira vez. Não era porque ele finalmente tinha me visto como algo além da sua Jillybean. Era porque eu estava ridícula. Comparada com as meninas ali - com Kristen - que estavam usando saia jeans ou jeans curtos, eu parecia que estava brincando de me vestir.

As lágrimas corriam pelo meu rosto enquanto eu abaixava minha mão e tirava a bolsa do meu ombro. Katie estava certa. Brock iria transar essa noite. Ele não iria voltar para casa sozinho enquanto eu iria...

"Com licença?"

Engolindo as lágrimas, me virei. Um homem estava parado - perto, perto demais. Eu dei um passo para trás, batendo na lateral do meu carro. Não havia luz suficiente no estacionamento para ele ver meu rosto manchado de lágrimas, ainda bem. Mas eu também não conseguia ver muito desse homem. O que eu conseguia ver não era bom. Suas bochechas pareciam fundas. Seus olhos sombrios e, quando eu inalei profundamente, senti um odor ruim de suor e fritura. Suas mãos estavam enfiadas nos bolsos do que parecia ser uma calça escura de treino.

Agitação começou a crescer em minha barriga. "Posso ajudar?"

"Sim." Ele virou sua cabeça um pouco para o lado e tossiu, seco. "Você tem um dólar?"

Eu não sabia porque respondi daquele jeito, mas minha cabeça já estava balançando, negando. "Desculpe. Não tenho," disse, virando de novo para o carro.

O homem se moveu rápido.

Uma mão voou e seus dedos pegaram meu cabelo. Eu soltei um gemido agudo enquanto minha cabeça foi puxada para trás. Eu agi por instinto, batendo nele com minha bolsa, mas eu congelei - parei de me mover completamente, parei de respirar. Por um segundo, eu não acreditava no que estava vendo. Nem mesmo conseguia processar isso, mas era real e estava ali.

Ele tinha uma arma na minha cara.

"Oh meu Deus," sussurrei, minha boca ficando seca.

"Não se mexa," o homem ordenou. "Apenas me dê sua bolsa e você não vai se machucar."

Eu imediatamente levantei minha bolsa, totalmente preparada para dar a ele cada centavo que eu tinha, junto com os cartões de crédito. Meu couro cabeludo doía enquanto ele empurrava minha cabeça para frente.

Perdendo o equilíbrio, eu cambaleei para o lado e, assustada demais para me segurar, cai no chão.

Meus joelhos rasparam no chão, rasgando a pele, e eu gritei. Um som duro de ar explodiu dos meus pulmões enquanto pânico explodia em mim como uma bomba.

"Merda!" O homem gritou. "Eu disse para você não se mover."

"Eu não quis." Alcancei minha bolsa e, depressa, tudo caiu, espalhado pelo chão. Eu peguei minha carteira. "Aqui! Pegue. Pode pegar."

Segurando a arma com uma mão, ele abriu minha careira. Eu fiquei onde estava, sem ousar me mover. Bile subiu pela minha garganta. Eu iria passar mal. Eu ia...

"Só sessenta dólares? Isso é tudo sua puta?"

Eu apertei meus olhos fechados. "D-desculpa. É tudo que eu tenho. É

tudo..."

"Me dê as chaves do seu carro." A ponta do cano da arma passou pela minha bochecha e eu quase vomitei. "Agora."

Caindo para frente, eu passei minha mão pelo chão, pulando o pequeno vidro de perfume e a bolsa bordada que minha vó tinha me dado de Natal há alguns anos atrás, antes de falecer. Meus dedos passaram pela fina corrente do colar que tinha guardado na bolsa - o presente que eu não tinha dado a Brock. Eu achei as chaves. Pegando-as do chão com minhas mãos tremendo e meu coração pulando contra minhas costelas, eu as levantei para o homem. "Aaqui."

Ele pegou as chaves da minha mão e começou a ir para trás, a arma ainda apontada em minha direção. Eu não ousei me mover. Segurei minha respiração, rezando para ele ir embora, que eu pudesse ir embora...

Várias coisas aconteceram depois.

A porta do bar se abriu e a música invadiu o ar da noite. O homem xingou. Um carro buzinou e houve um estalo alto. Uma dor profunda passou pelo meu corpo todo, durando apenas um segundo - apenas um segundo.

E, então, não havia mais nada.

O olhar torturado de Brock segurava o meu, e eu sabia... sabia que ele estava revivendo a mesma noite. "Você não deveria estar ali, Jillian. Você acha que eu não me lembro do que aconteceu naquele final de semana todo? Eu deveria te levar para sair, para comemorar minha grande volta." Ele deixou sair uma risada dura. "Eu planejava fazer isso. Realmente, mas eu cheguei lá e... eu não tenho realmente uma ótima desculpa e, acredite em mim, eu procurei por uma. De novo, e de novo, eu tentei explicar porque eu escolhi ficar e deixar você ir, porque eu não te segui. Nenhum motivo que eu achei foi suficiente ou será suficiente um dia."

Brock abaixou a tábua e passou sua mão em seu cabelo. As pontas caíram para frente. "Eu sei que nunca disse essas coisas para você depois. Eu deveria ter dito. Você não queria que eu dissesse nada para seus pais sobre porque estava ali, e eu honrei isso, mas eu preciso te dizer que essa merda me consumiu. Eu estava ali, lutando, ganhando dinheiro, e ver seu pai depois de tudo que ele fez por mim, ainda fazia por mim, e você estar deitada naquela cama de hospital, porque eu era um babaca. Eu te desapontei e isso é algo que eu nunca vou me perdoar..."

"Não diga isso," Pedi, percebendo que eu não conseguiria ouvir que ele nunca poderia se perdoar por isso. "Sim. Você me menosprezou. Isso machucou - realmente machucou, mas você não é responsável pelo que aconteceu comigo. Eu não te culpo por isso."

"Como não?" ele perguntou, sua voz tão dura quanto gelo.

Houve uma época na minha vida que eu tinha feito isso. Mas isso não durou muito. Ele não era o homem viciado em heroína, desesperado por

dinheiro e tremendo como louco. Eu não podia deixá-lo ser responsável por isso e eu não me importava que algumas pessoas pensavam que eu deveria. Mas eu não tinha largado toda a dor daquela noite e, obviamente, ele também não.

Então eu percebi tudo, com a força de um caminhão.

Como é que estávamos vivendo assim?

Eu tinha medo de me machucar de novo. Ele estava carregando a culpa por não retribuir meus sentimentos quando eu era adolescente, e se sentia responsável por eu... por eu ter levado um tiro, algo que ele não tinha feito? Nenhum de nós dois estava realmente vivendo.

Mas que porra que estávamos fazendo?

"Nós precisamos deixar isso para trás," sussurrei e, nesse momento, no segundo que disse essas palavras, elas eram verdade com uma clareza que era arrebatadora.

Brock precisava seguir em frente e, por Deus, eu também, porque eu ainda não tinha completamente. Por seis anos, eu realmente não tinha seguido em frente. E como eu poderia seguir em frente, ser realmente feliz e conseguir minha vida de volta se não fizesse isso?

Como as coisas poderiam realmente funcionar entre nós se não fizéssemos isso?

Eu inalei profundamente.

Sem perceber, eu levantei a mão para meu rosto, pressionando meus dedos contra a cicatriz na minha bochecha. Você não poderia adivinhar que uma bala tinha perfurado minha bochecha esquerda e passado direto pelo outro lado da minha boca, de algum modo, sem tocar na minha língua ou no céu da boca, antes de colidir com o lado direito do meu maxilar, explodindo em pedaços e, no processo, levando algumas partes necessárias para se ouvir do lado direito do meu ouvido enquanto saía.

Deus sabe que eu tive sorte.

Além de não ter ficado significativamente desfigurada, eu tinha sobrevivido. Eu mal me lembrava de estar consciente depois de levar o tiro.

A partir desse ponto, foi uma recuperação longa.

Eu fiquei em observação por nove semanas, voltando ao hospital várias vezes para reconstruções. Tinha levado um ano para eu sair de casa e voltar para Shepherdstown.

E tinha levado seis anos para entender completamente que nós dois ainda estávamos parados no Mona's, parados no momento em que eu fui embora e ele não me seguiu. Esse momento tinha durado tempo demais.

"No que você está pensando?"

Sem palavras, eu o encarei, percebendo que estávamos na beira de algo que eu nunca achei que seria possível. Era como andar até a beira de um precipício e olhar para baixo. Será que eu conseguiria pular? Eu queria tentar, porque eu estava cansada de negar como eu me sentia quando olhava para ele. Eu estava cansada de lutar contra isso. Eu queria... "Eu quero..."

Seu olhar era brilhante e infinito enquanto ele me encarava. "O que você quer?"

Ar ficou preso em minha garganta. "Eu quero deixar tudo para trás. E isso ainda me assusta para cacete, mas eu quero começar realmente a viver. Eu quero me arriscar e eu... eu quero você."

Dizer essas palavras em voz alta era como sair de um cobertor pesado, um que estava velho e que coçava. Como abrir meus olhos e ver quão azul a parte mais profunda de um oceano poderia ser e quão brilhante o sol era quando o chão estava coberto de neve e gelo.

Lágrimas embaçaram meus olhos enquanto eu sussurrava as palavras que me faziam sentir incrivelmente vulnerável. "Eu quero você, Brock."

Ele se moveu incrivelmente rápido, tirando a tábua da minha mão e largando ela no chão. Pegando minhas mãos, ele me puxou para seu colo

enquanto se sentava no chão. Meus joelhos deslizaram um para cada lado do seu quadril e, quando ele me beijou, foi como o beijo de despedida ontem à noite.

Minhas sensações estavam uma bagunça e minha mente perdida. Eu tremia em seus braços enquanto ele mordiscava o canto dos meus lábios e, depois, passava a língua sobre a pequena mordida, acalmando-a. Ele guiou meus lábios até se abrirem, aprofundando o beijo, me provando - me possuindo, mas eu já tinha sido possuída por ele.

Eu sempre fui dele.

O beijo ficou mais profundo enquanto ele me absorvia, e houve um breve segundo onde medo surgiu em meu estômago. Brock tinha o poder de me machucar de novo, mas esse fio de pensamento tinha se perdido no meio do som primitivo que ele emitiu. Ele quebrou o beijo, e meus lábios pareciam inchados do jeito mais delicioso.

"Eu quero que você saiba uma coisa," ele disse, tirando meu cabelo do meu rosto. "Algo que eu venho pensando por mais tempo do que você imagina - mais tempo do que eu deveria."

"O quê?" Perguntei, tentando manter minha respiração calma.

Aquelas mãos deslizaram pelo meu corpo, vindo parar em meu quadril, e, então, quando ele falou, seus lábios se moveram contra mim. "Eu quero saber qual é seu gosto."

Eu sabia o que ele queria dizer com isso. Deus, eu sabia. O pedido me abalou. Quero dizer, nós nem havíamos saído para um encontro e tínhamos apenas nos beijado pela primeira vez ontem à noite. E ele já queria fazer isso?

E eu queria que ele fizesse. Meu corpo realmente queria que ele fizesse isso, como se estivesse a bordo da ideia cento e dez por cento, mas tinha se passado um bom tempo desde a última vez que fui beijada.

De repente, eu me senti incrivelmente inocente e fora da minha zona de conforto. Com minhas mãos em seu ombro, eu me inclinei para trás, colocando algum espaço estre nós. "Brock, eu..."

"O quê, babe?" Sua mão agarrou meu cabelo, juntando-o na altura do meu pescoço. Ele beijou o canto da minha boca.

Eu tremi enquanto minhas mãos deslizavam pelo seu peito. "Faz..." Com minhas bochechas esquentando, eu tentei de novo. "Faz realmente um bom tempo desde que fiz isso."

A mão em minha coxa congelou e Brock se afastou para que pudesse olhar em meus olhos. "Quanto tempo?"

"Realmente um bom tempo," eu repeti, me contraindo um pouco. "Faz anos desde que eu... desde que eu fui beijada, ainda mais ter feito essas coisas."

Aqueles olhos castanho-escuros quase viraram pretos.

"Eu me sinto praticamente como uma virgem de novo," eu disse, forçando uma risada.

"Porra," ele gemeu. "Isso só me faz querer fazer isso muito mais. Você não tem ideia."

Minhas mãos tremiam contra seu peito, agarrando sua camiseta enquanto meu coração fazia hora extra.

"Deixe-me fazer isso por você." Os olhos de Brock brilharam com desejo. "Me deixe fazer você gozar, Jillian. Por favor, me deixe te ajudar a realmente começar a viver."

Eu perdi o fôlego e tremi de novo. Como poderia recusar isso? De verdade. Eu o desejava tanto, coisa que eu nunca tinha sentido antes. Meu corpo o queria. Assim como meu coração e minha alma. Não tinha porque recusar isso. Nada além de uma sombra de dúvida e inseguranças enraizadas.

Viver era questão de se arriscar.

Sim. Viver era se arriscar. Viver era colocar a si mesmo na frente de tudo, às vezes, pulando sem olhar, mas eu tinha uma rede de segurança. Brock iria me pegar, e eu não duvidava disso.

"Okay." Sussurrei, me sentindo como se tivesse concordado com um pulo de paraquedas.

Ele pressionou seus lábios contra minha testa. "Graças a Deus."

Eu ri. Ele realmente estava animado para fazer isso. O humor evaporou devagar, porque sua boca tomou a minha mais uma vez, e foi quente e profundo. Sua língua passava sobre a minha e passava sobre o céu da minha boca. Ele me beijou até que minha cabeça estivesse girando e eu estivesse derretida em seus braços. Então ele se moveu, seus lábios descendo pelo meu queixo e sobre meu maxilar, a parte que tinha sido literalmente reconstruída. Eu comecei a ficar tensa, mas eu senti a ponta de sua língua traçar a linha.

Meus dedos iriam rasgar sua camiseta enquanto sua boca viajava mais para baixo pela lateral do meu pescoço, fazendo um caminho quente de beijos. Ele mordiscava e lambia enquanto a mão que estava na minha coxa ia para meus seios. As pontas endureceram e eu queria mais, queria estar nua, mas então ele se moveu de novo.

Suas mãos foram para meu quadril e ele me levantou, me assustando com sua força. Eu não era uma mulher pequena, mas ele se movia ao meu redor como se eu não pesasse nada.

Minhas costas estavam contra o chão antes deu perceber, presa entre a cama e cercada de peças da estante. Ele me prendeu e eu o encarei com olhos arregalados e meu coração acelerado.

"Eu quis fazer isso por..." Suas mãos passaram pelo meu estômago, sobre o fino suéter que eu estava usando. Ele levantou o material, expondo minha barriga. "Inferno..."

Encorajada pelo seu olhar, eu umedeci meus lábios e perguntei. "Por quanto tempo você quis isso?"

"Tanto tempo que quando acordei naquela sexta e você estava se esfregando em mim, eu queria ter colocado minha boca entre essas pernas," Brock disse, colocando os dedos por baixo do cós da minha legging e a puxando um pouco para baixo. Ele gemeu. "Sem calcinha?"

Meu rosto corou, mas eu levantei minha bunda quando ele puxou de novo e o assisti ir para trás enquanto puxava a calça pelas minhas pernas. Eu tinha esse péssimo hábito de não usar calcinha quando estava em casa e estava com legging ou calça de moletom.

Ela foi parar em algum lugar atrás dele.

Então ele estava me encarando, encarando minha parte mais íntima. Sua expressão esfomeada me fez perder o fôlego. Qualquer ideia que eu tinha de pará-lo saiu voando pela janela.

"Você é linda," ele disse com a voz rouca, e o jeito que ele disse me fez acreditar que ele estava sendo sincero. "Fodidamente linda."

Meu coração martelava contra meu peito enquanto sua mão passava pela lateral da minha perna e, depois, sobre meu joelho, passando pela parte de dentro das minhas coxas. Ele parou logo antes da junção da minha coxa com o quadril, gentilmente afastando minhas pernas. Ar gelado passou sobre mim e minha respiração falhou. Instinto demandava que eu cruzasse minhas pernas, mas seu olhar caloroso prendeu o meu.

"Eu preciso disso." Sua voz reverberou por mim. "É tudo que eu quero

agora."

Inalando profundamente, eu relaxei.

A promessa em seu olhar dizia que eu não iria me arrepender da decisão. Sua cabeça abaixou e ele beijou o espaço abaixo da minha garganta,

indo mais para baixo, colocando seus ombros largos entre minhas pernas, me abrindo.

Eu não conseguia engolir nem respirar enquanto seus lábios se moviam contra a parte de dentro da minha coxa, deixando um caminho molhado para cima, chegando cada vez mais perto de onde eu pulsava. Minhas mãos estavam contra o carpete. Os pelos em seu maxilar arranhavam minha pele do melhor jeito possível.

"Tão linda," ele murmurou.

Completamente exposta para seu olhar, eu tremi quando sua mão deslizou sobre meu osso pélvico e abaixou mais. Não tinha nada de parecido com o que fizemos no escuro na minha sala. Eu tinha feito isso antes. Mas não foi nada demais para mim, e eu nunca consegui entender porque algumas mulheres adoravam isso, mas o olhar intenso que ele tinha focado em mim, sem nem mesmo ter me tocado ainda, já tinha superado minhas experiências passadas.

Ele lambeu seu lábio inferior enquanto olhava para cima, seu olhar penetrando o meu. "Você confia em mim, Jillian?"

Oh Deus, meu coração inchou em meu peito tão rápido e tanto que eu achei que iria começar a flutuar pelo chão. "Sim."

Brock sorriu para mim e, então, estava em mim. Era isso. Sem aviso. Sem brincadeiras. Sua boca estava em mim, e o contato fez meu corpo se contrair. Minhas costas quase saíram do chão enquanto calor percorria minhas veias.

Sua língua se moveu e o jeito que ele me beijou ali era quente, molhado, profundo e arrebatador. Sua língua se movia como ele tinha me beijado antes, entrando e saindo até que minha cabeça caiu para trás, e eu não conseguia mais assisti-lo.

Eu me movi, entrelaçando meus dedos pelo seu cabelo com uma mão. Ele gemeu contra mim e seu aperto ficou mais forte. "Oh Deus."

Sensações cruas e primitivas passavam por mim enquanto meu quadril se movia, entrando no ritmo das passadas de sua língua e, quando ele parou, eu reclamei da falta.

Brock riu e eu deixei sair um gemido, porque sua boca estava perto do centro de nervos enquanto ele movia um dedo pela umidade e para dentro de mim.

"Deus," eu disse ofegante, incapaz de dizer nada além enquanto puxava seu cabelo.

Meu cérebro me deixou e meu corpo tomou o controle. Eu estava me movendo contra seu dedo e sua boca e, quando ele colocou outro dedo, me preenchendo ainda mais, eu comecei a ofegar e fazer esses sons, esses pequenos gemidos que eu nunca tinha feito na minha vida - sons que eu normalmente ficaria com vergonha de emitir, mas não agora. Não tinha espaço para vergonha, pensamentos ou nosso passado.

Não tinha nada além do que ele estava fazendo comigo, que crescia dentro de mim. Havia apenas sua boca e seus dedos, e o jeito que meu corpo se movia. Paixão queimou por mim, acendendo uma faísca que rapidamente se tornou uma chama enquanto ele ia mais profundo e mais rápido.

Eu queimava - queimava por ele de um jeito que nunca tinha sentido quando era mais nova. Oh não, o que estava sentindo agora estava além de qualquer coisa que eu tinha imaginado.

"Brock," disse ofegante.

Deus, ele era incrivelmente bom nisso.

Meu corpo estava se contraindo e meus olhos se abriram. Minha outra mão procurava alguma coisa cegamente, batendo contra a cama. Brock fez aquele som de novo, aquele gemido profundo, e isso me levou para a borda. Gemendo enquanto cada músculo em meu corpo ficava tenso, e, então, se libertava. Prazer brutal passava por mim, liquefazendo meus ossos e tecidos. Eu estava perdida nessa tempestade de contrações e pulsações.

Sem conseguir me mover muito além de me sentar, meus braços foram para cada lado meu enquanto eu assistia Brock levantar sua cabeça do meio das minhas coxas. Um sorriso completamente masculino apareceu naquela linda e talentosa boca.

Eu perdi o ar enquanto ele, vagarosamente, tirou um dedo de mim e o trouxe para sua boca. Ele lambeu seu dedo.

Oh meu Deus.

Minha respiração acelerou, meus olhos arregalaram. Ele estava... não haviam palavras. Nenhuma.

Brock se levantou, dando a volta em meu corpo e colocando uma mão ao lado da minha cabeça. Seus lábios brilhavam. "Então, eu vou levar a gente para casa no Dia de Ação de Graças, certo?"

E eu não consegui segurar. Um sorriso apareceu em meus lábios e eu ri. Como eu poderia dizer não a isso? "Sim, você vai levar a gente para casa."

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