Monotipia 11

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11 novembro 2011

Monotipia



Onze Muita coisa aconteceu desde a última edição: longas conversas, encontros, desencontros, outros caminhos. Esta, possivelmente, a maior edição da história da Monotipia, curiosa e inesperadamente, indica o caminho a seguir. Ao menos até a próxima edição. =] Martins de Castro, editor monotipia@gmail.com www.monotipia.com


Samba, suor e u


um pouco de sangue


Monotipia: Fale sobre a

os artistas que eventual

te influenciado e sobre o

de trabalho, nos aspecto

narrativos, práticos e te

Octávio Aragão: Sou des

formado pela EBA-UFRJ,

doutorado em Artes Visua

UFRJ. Fiz muita coisa, ma

mesmo, desde criança, er

Os artistas que foram fun

aqueles que comecei a ap

criança – são Hergé, Disn

Goscinny, Ziraldo, Carl Ba

Stan Lee, Alex Toth, Stev

Maurício de Sousa. Mas e

da Kripta à Crás!, da Mafa

Meus teóricos, que só des

tarde, são os mestres Mo

Waldomiro Vergueiro, Son

e Alvaro de Moya, sem co

Will Eisner e o guru Scott

Manoel Ricardo: Bom, e

desenhar copiando turma

Menino Maluquinho. Segu infância, eu era fissurado

da Disney, filmes, videoga

Cavaleiros do Zodíaco... d

isso tanto quanto consum

que tudo que faço remete

Principalmente o traço ma


sua formação,

que foi um vício terrível. Ralei muito

linguagem dos personagens para a

lmente tenham

pra tirar meu traço dessa linha, mas

HQ?

o seu processo

ainda tenho um pé lá... Fui descobrir

OA: Algumas das situações

os pictóricos,

os comics americanos já na

mostradas ali aconteceram com

adolescência, e só adulto comecei a

bandidos famosos do Rio de Janeiro,

signer gráfico,

conhecer Graphic Novels e quadrinhos

como o Cara de Cavalo e o Lúcio

, e tenho

europeus. Portanto, por ora não

Flávio, também houve pesquisa para

ais, também pela

consigo evitar, meu processo de

reproduzir o linguajar e gíria dos

as o que queria

trabalho e raciocínio de narrativa é um

bandidos sem soar artificial.

ra fazer HQs.

mangá que foi instituindo essas

MR: Imaginei a história se passando

influências no decorrer do tempo, e

no final dos anos noventa. Para o

cortando vícios da narrativa oriental.

bando do Guido, nosso protagonista,

eóricos.

ndamentais –

preciar ainda

ney, Uderzo e

eu imaginei um vestuário pouco

arks, Jack Kirby,

MT: Do que se trata a história?

menos informal que o estereótipo de

ve Ditko e

OA: Durante uma guerra de

traficante que conhecemos, por causa

eu lia de tudo,

traficantes para controle de pontos nos

da postura de disciplina e hierarquia

alda à Mad.

morros cariocas em pleno Carnaval,

militar, imposta por Guido. Mas nada

scobri mais

Guido, um jovem criminoso em

que os impedissem de se misturar na

ascenção, é contactado por um

multidão ou na favela. Eles não usam

nya Bibe Luiten

homem muito estranho e descobre

coturnos, mas usam calçados mais

ontar o grande

que sua vida, o tempo e o universo

protegidos, pra encarar uma correria,

t McCloud.

podem não ser exatamente o que ele

uma trilha ou um tiroteio. Exceto por

eu comecei a

pensava. Há muita violência? Sim,

Marquinhos Preto que, apesar de ser

a da Mônica e

trata-se de uma história passada entre

um soldado eficiente, é meio revoltado

uindo na

a bandidagem, mas há também um

e por isso é o único que usa bermuda,

outro lado, sobre o qual não dá para

tênis e dreadlocks. Dei ao Mumunha

ames e

falar agora sem entregar certas

uma camisa florida porque isso reflete

desenhava tudo

surpresas.

bem sua personalidade alegre de

oacy Cirne,

em animações

mia. Então, creio

sambista. Cláudio tem o mesmo

e a essas coisas.

MT: Como foi a pesquisa de

figurino do Guido, só mudando a cor

angá/ anime,

referências históricas, do visual e

da camisa. Acho que isso mostra bem


o respeito que ele tem por seu líder, e

e algumas cenas são narradas

sua postura de leão-de-chácara.

apenas visualmente. Outro desafio foi

Para o restante, só tentei não colocar

a quantidade de páginas. Nunca tinha

nada muito novo ou moderno. O

feito cinquenta páginas pra uma só

modelo do carro usado pelo bando

história, e foi muito difícil. Quando

também é dessa época. É um Pontiac.

terminei, percebi que tinha um material que ficaria melhor com a

MT: Quais foram suas

adição de mais dez ou quinze

preocupações narrativas no que

páginas, o que deixaria a narrativa

concerne ao ritmo da história?

ainda melhor. Mas a gente vai

OA: principal cuidado era o de fazer

aprendendo. (risos).

com que a ação fosse compreendida com um mínimo de diálogos e sem nenhum recordatório. As imagens tinham de falar sozinhas e para isso precisavam ser de uma precisão absoluta, sem ruídos entre os quadros. Creio que o Manoel conseguiu imprimir o ritmo e o detalhamento necessário para que esse efeito funcionasse a contento. MR: Minha preocupação maior foi manter a riqueza do conto, e adaptar bem à linguagem dos quadrinhos. No conto do Octavio, a história é narrada por Guido, e por isso há muita coisa que ele expressa, mas que está se passando na cabeça dele. O desafio foi fazer fluir o tempo sem ficar muito na mente do protagonista. Alguns pensamentos viraram falas e diálogos,

MT: Quanto tempo "Para tudo se acabar na quarta-feira" levou entre os primeiros rascunhos até chegar ao leitor? OA: Mais tempo do que gostaríamos. De 2008 a 2011. MR: Houve várias fases na produção. Entre essas fases houve pausas, geralmente por motivo de trabalho, já que eu vivo de freelances. O álbum só foi produzido ininterruptamente depois que a Draco abraçou o projeto, e eu já tinha desenhado por volta de vinte e cinco páginas. Então, creio que o tempo de produção foi de aproximadamente um ano, mas contando com todos imprevistos, foram dois ou três.



MT: O que OA: É uma

temporal, um

que inclui um

um universo

viagens no t

diversos aut

contar aven países, em

diferentes. E

brasileiro, tr

aparenteme

ficção cientí

carnaval, fa procurando

própria, que

pulps e do c

somado a u

humorístico

auto ironia n

produção co científica.

MT: Quand

lo? Quem f

cenário aco

OA: Cada u

na antologia

Lúcio Manfr

Elache, Ger


é a Intempol?

seu quinhão no processo, mas

abraçar outras mídias, mais

empresa de segurança

destaco Fábio Fernandes, que

exatamente as HQs, mas também

m consórcio internacional

delineou o universo Intempol junto

com vontade de virar RPG e até

m braço brasileiro. Como é

comigo, muitas vezes desenvolvendo

videogame. Os quadrinhos acabaram

o de histórias sobre

conceitos muito além do que eu

ganhando mais projeção nos últimos

tempo compartilhado por

mesmo imaginava, Osmarco Valladão,

anos, mas os contos são a matéria

tores, há quem prefira

autor da primeira graphic novel, The

prima até agora. Espero mudar isso no

Long Yesterday, de 2006, e Carlos

futuro, criando roteiros originais para

outros tempos e em estilos

Orsi, criador da trilogia MMM, base

as HQs, mas precisamos ter um bom

Eu opto por focar no lado

para a webcomic A Mortífera

retorno de Para Tudo Se Acabar Na

ratando de temas

Maldição da Múmia, um dos pontos

Quarta-Feira antes de pensar em

ente distantes do ethos da

altos da série. Além desses escritores,

outros voos.

ífica, como futebol,

gente talentosa como Hidemberg

velas, tráfico, mas também

Frota e Ana Cristina Rodrigues, que

elaborar uma linguagem

escreveram e publicaram contos da

nturas passadas em outros

e mantenha algo dos velhos

série no exterior; Manoel Magalhães,

cinemão americano

Carlos Felipe Figueiras, Manoel

um certo clima, se não

Ricardo, Antônio Callado e Bernard,

o, ao menos com um tom de

que capitanearam os projetos

não muito comum na

quadrinísticos e até audio-visuais,

ontemporânea de ficção

também merecem meus agradecimentos.

MT: Por que quadrinhos? OA: Porque é o que sempre quis fazer na vida. MR: Quadrinhos é paixão, assim como música. já trabalhei em escritório e quase morri de desgosto. Desenhar e tocar me dão a satisfação de sempre melhorar mais, e isso faz eu me sentir uma pessoa cada vez melhor. Creio que ganhar dinheiro com isso me

do começou a construí-

MT: O universo de intempol teve

permite continuar me sentindo assim.

faz (e/ou já fez) esse

como berço a literatura? Fale um

Erick Santos: Porque é um meio

ontecer?

pouco sobre a relação dos

incrível e que sempre sofreu pela falta

um dos autores envolvidos

quadrinhos com outras mídias, em

de incentivo de editoras nacionais em

a publicada em 2000 –

especial com a essa.

nossos talentos. O contexto das novas

redi, Jorge Nunes, Paulo

OA: O projeto nasceu numa antologia

técnicas de impressão digital e a

rson Lodi-Ribeiro – tem o

de contos, mas logo pretendeu

possibilidade de diálogo com leitores e


interessados pelas redes sociais nos

desenhistas, em sua maioria, e

personagens interage

dão um momento propício para entrar

publicam fora do país. Espero poder

história. Acho que po

no mercado. Além disso, a Draco

editar mais material brasileiro e

empolgado com o qu

sempre teve como objetivo inicial a

gostaria de anunciar desde já um

início.

publicação de quadrinhos, a literatura

projeto que será mais um passo para

MT: O que vocês tem

é que veio em um segundo momento.

entrarmos de vez no mercado de

do Álbum?

quadrinhos em 2012, a coleção

OA: Eu estou enrolad

"Imaginários em quadrinhos", que terá

com outras HQs, con

a mesma proposta da nossa coleção

universidade e, princ

de coletâneas, Imaginários, que conta

filhos. Sem eles, não

com textos diversos nos gêneros de

para fazer nada.

fantasia, ficção científica e terror. Uma

MR: Pode contar, Oc

vez nos chamaram de a "Heavy Metal"

planos pra uma trilog

brasileira na prosa, mas então que

depender de como o

sejamos também a ressurreição de

sair com vendas, púb

iniciativas como a antiga "Metal

minha vontade, come

Pesado", que era justamente a

próximo álbum agora

proposta brasileira de uma coleção de

louco pra saber o que

quadrinhos independentes e de

nosso herói Guido e s

gênero.

trupe. Também quero

MT: Como está sendo essa estreia para você? OA: Sinto como se fosse um menino. Aliás, talvez seja mais impactante estrear aos 47 anos que aos 20. MR: Está sendo uma viagem construtiva. Vim para o FIQ e conversei muito com muitos profissionais. Aprendi sobre seu dia-adia no ofício dos quadrinhos e reafirmei meu caminho na profissão. Sei onde errei e onde acertei neste álbum, e estou feliz de tê-lo feito. Foi uma experiência vibrante durante o feitio, e está cada vez mais agora depois de publicado. Por isso mal posso esperar para fazer outro álbum. Estou certo que será melhor. ES: Como quadrinista independente, é uma grande satisfação trazer uma publicação nacional com grande qualidade de roteiro e desenho, já que os nossos maiores talentos ainda são

Leia mais sobre a Intempol e Para Tudo Se Acabar Na Quarta-Feira em http://intemblog.blogspot.com/ e em http://acabandoaquartafeira.wordpress.com/

voltando. Ele e Payne MT: Por que SCI-FI?

os mais divertidos de

OA: Porque é a terceira vertente da

ES: Falando da linha

cultura de massa que mais fala aos

quadrinhos, além da

meus sonhos. As duas outras também

quadrinhos" que já es

são siglas: R’nR & HQs.

teremos também pro

MR: Bom, eu sempre gostei de ficção

álbuns solo. Querem

científica. Mais do que as tramas,

quadrinhos tenha um

quando moleque o que me arrebatava

dentro de nosso catá

era a viagem visual, e o geralmente

trazer à luz mais dese

grandioso contexto onde os


em e contam a

or isso fiquei tão

uarta-feira desde o

m feito para além

do até os cabelos

ntos, antologias, a

ipalmente, meus dois

o há nenhum motivo

ctavio? (risos) Temos

gia, mas, claro, vai Quarta-Feira vai se

blico e crítica. Pela

eçamos a desenhar o

a! (risos) Eu estou

e acontece com

sua competente

o ver o Marquinhos

e certamente foram

e desenhar.

a editorial de "Imaginários em

stá em produção,

jetos autorais e mais os que a linha de

m bom destaque

álogo e possamos

enhistas e roteiristas.


Murilo Souza. Ă gua forte (Gravura em metal). 2009



Batemos um papo com Jaum, co-criador do Selo P么neis mald... Digo, Macacos Humanos, sobre evolucionismo, polegares opositores e at茅 sobre quadrinhos, acredita?


Monotipia: Podemos começar

envolvido diretamente em futuras

contando detalhes sobre a proposta

edições dos Macacos Humanos

do selo Macacos Humanos? E quem

(afinal, ele é o culpado por nossa logo!)

são os “culpados”?

e de toda a galera que está produzindo

Jaum Hq: Macacos Humanos é um

o ¡Viva La República!. Nossa

selo que já havia sido criado em 2009,

proposta em meio a tudo isso é a de

na primeira edição da Peiote, mas que

expandirmos nosso catálogo para além

acabou entrando em um processo de

dos quadrinhos, mas mantermos eles

revisão geral por conta de nossas

como parte importante do mesmo,

perspectivas. O Thiago de Oliveira, o

buscando peças artísticas e literatura e

Daniel de Carvalho e eu estávamos em

mantendo uma busca para a revelação

uma inquietação constante para

de novos talentos. A ideia principal de

encontrar um caminho que deixasse o

nossas publicações é de produções

selo com uma consistência única no

gráficas alternativas, mas que

mercado de publicações

garantem um belo acabamento visual.

independentes. Quando entrei na Escola de Belas Artes da UFMG,

MT: Que tipo de trabalho lhes é mais

onde o Daniel já estudava, nós

interessante?

conseguimos encontrar esse caminho

JHq: Por ter sido formado por um

através da variedade de produções

grupo de quadrinhistas, o selo

existentes ali. Além disso, a EBA

Macacos Humanos sempre terá um

também foi importante para a

direcionamento para a área dos

construção de um grupo mais coeso

quadrinhos, mas também visamos a

para manter o selo, como foi o caso da

publicação de outras modalidades

entrada do artista gráfico Matheus

artísticas como literatura, literatura

Ferreira como diretor de arte da

infantil, livros de artista, fanzines e

segunda edição da Peiote e que está

muitas coisas mais, como, por


exemplo, a junção de diversas dessas

com aquarelas, o grupo do iViva La

modalidades em uma única publicação,

República! (Del Lopes, que foi o

como é o caso do nosso título Clarice,

criador do título; Daniel Monteiro, que é

que envolve quadrinhos, ilustrações,

um artista gráfico e trabalha no design

literatura e fotografia. Nosso interesse

da publicação; Flávio Gatti, que já deu

está ligado à publicação de trabalhos

aulas na Casa dos Quadrinhos e já

que nos agrade, mas que por ser de

publicou uma série de cards para a

novos autores ou por exigências

Marvel Comics; Juan Narowé, que faz

editoriais, não teria espaço para ser

trabalhos de ilustração para capas de

publicado por editoras convencionais.

livros de uma editora espanhola; Bruno Chiossi, que é ilustrador e tatuador;

Que autores participam?

Sérgio Lanza, que é ilustrador e

JHq: Nosso grupo de autores, como

animador; Arthur Amorim, que é

explicado acima, foi construído com

roteirista e cursa teatro; e o Marcus,

base na necessidade de se encontrar

que foi um dos criadores do fanzine

novos caminhos para o selo, ou seja,

Totem, de 2007), a escritora e artista

muitos são estudantes dos cursos de

Alice Zanon; o artista Brainer dos

artes e de letras. No momento isso

Anjos; e o pintor Cássio Ferreira.

está se concentrando na UFMG, mas

Temos também outros autores

nosso objetivo não é focar apenas

envolvidos como o Cleuber, que faz as

aqui. Dentre esses autores temos, por

tiras do Arroz Integral e que está

exemplo, o Bruno de Moraes, que é um

lançando sua revista própria pelo

artista gráfico interessado na

nosso selo no momento, e os autores

possibilidade de experimentação da

participantes da Peiote, como o Law

linguagem dos quadrinhos e está

Tissot, que é um artista multimídia que

lançando o Tombo, a Bell, que faz

mantém uma estética cyberpunk em

animações e tem um trabalho lindo

seus trabalhos, o Guazzelli, que é um



dos maiores artistas dos quadrinhos

está lançando a revista do Garoto

brasileiros da atualidade, o Odyr, que

Silver Tape, e do Thiago de Oliveira,

desenhou o álbum Copacabana da

que é formado no curso de filosofia da

editora Desiderata e mantém a Editora

PUC e é sócio de uma nova loja de

Secreta, o Luciano Irrthum, artista

quadrinhos aqui de BH, a LA.

multimídia de João Monlevade que lançou os álbuns A comadre do Zé e a

MT: O que podemos esperar do

adaptação de O Corvo, de Edgar Allan

Macacos Humanos para 2012?

Poe, o Edgar Franco, que também é

JHq: Para 2012, nós programamos a

um artista multimídia, com suas obras

publicação de diversos títulos de

pós-humanas, o Alves, que publica na

qualidade com baixa tiragem, para um

Folha de São Paulo e na revista MAD,

público que segue nossas propostas

o Gabriel Góes e o LTG, que produzem

editoriais, além da continuidade de

a revista independente Samba, o Will,

outros trabalhos, como a Peiote, a

que lança o Sideralman e faz

revista do Arroz Integral e o ¡Viva La

trabalhos para a editora Nemo, o Juva

República!.

Batella, que entra com uma matéria sobre o Campos de Carvalho na segunda edição, e publicou sua tese de mestrado sobre o autor no livro Quem tem medo de Campos de Carvalho?, além dos trabalhos meus, do Daniel de Carvalho, que também

http://www.facebook.com/revistapeiote



Outra cama. É tudo tão confortável -- esse fazer amor, esse dormir juntos, a suave delicadeza… [Bukowski]


Eu ficava ali, dançando. Como se não

ao notar minha maquiagem suja e

naquele instante, debaixo de toda a

existisse tempo, olhos ao redor. Eu só

borrada, minha boca vermelha, meus

provocação que estava sendo

ficava ali, dançando. Três horas da

olhos mendigos.

entregue. Me beijou num misto de

manhã, as pessoas todas em bandos, falando alto, sorrindo muito, jogando fumaça pra cima, música ruim, alguém enchendo meu copo, alguém recitando poesia, vários rodopios, uma garrafa quebrada, todo mundo se atrevendo. Eu me desfazia e dançava entre cometas, bêbados e vagabundagem.

fúria, drama, comoção, exagero, As coisas foram se desprendendo de mim. Ele me ofereceu uma bebida e deixei claro meu desejo. Guardava em sua pose a esperança bonita daqueles que não se escondem. Nossos sentimentos foram abafados pelo arrastar de mesas e cadeiras e novos

furtando toda a história pervertida que até então estava sendo guardada em minha língua. Aquelas luzes, aquela sensação de sermos inflamáveis, uma explosão conjunta prestes a acontecer. Já estávamos à beira. Eu despencaria fácil.

Me desesperei quando ele entrou e

corpos que se juntavam àquela

sentou-se sozinho no fundo do bar.

multidão. Muita coisa sobressaltava,

Tocava minhas pernas, firmava meus

Acendeu um cigarro, virou uma dose e

todos se entendiam, abraçavam a

quadris, lambia meus lábios, mordia

o mundo se resumia então àquele

loucura abstrata do instante e se

as pontas dos meus dedos, recitava

momento. Tentava pegar seus olhos,

desvinculavam de tudo o que ousasse

sacanagens, ia me amarrando nele,

ser humano. Éramos além.

assim, como se houvesse espaço para

inventar um motivo para me aproximar, dizer alguma frase decorada, fingir que acreditava em qualquer coisa que ele dissesse e atuar em relação a todo esse lance atrativo entre o que se pensa e o que se diz. Quem sabe ele se comovesse

nós dois debaixo daquela jaqueta Mais uma dança, a bebida caindo do copo, suas mãos passeando em mim de cima a baixo, rascunhando como que num último retoque todo o meu corpo. Eu seria dele ali mesmo,

preta. Afoguei minha intensidade em seus braços e permiti, repetindo muitas vezes, que ele poderia ultrapassar. Que toda aquela pinta de imensidão dava acesso ao que era


muito raso. Ele poderia ultrapassar,

rua, correndo. Ele amassava minha

poderia ler minhas histórias, poderia

mão, meu coração.

zombar da minha cara de quem acredita em romances, poderia me deixar seriamente emocionada. Ele poderia ousar, montar suas putarias em meu pescoço e me fazer desamarrar todas as letras desordenadas que nunca foram ditas a ninguém. Que ele viesse. Que eu fosse.

Caminhamos até a estação de metrô mais próxima, pegamos o primeiro destino, sentamos e ficamos olhando um para o outro enquanto o céu era inteiro feito de labaredas. As cadeiras vazias, os fantasmas a observar nossa mudez. Todo aquele silêncio me enchia de palavras. Descemos e fomos andando até meu apartamento.

Me puxou pelas mãos e eu apenas

Indecências no elevador, convites

segui, sem saber o caminho. Sem

para trepar na escada, sussurros para

querer saber o caminho. Esbarrei em

não acordar os vizinhos e um passo

toda aquela gente, nas gargalhadas

de tango mal feito no meio do

que ao tocar meu rosto me faziam

corredor.

sorrir, nos cheiros doidos de coisas que floresciam e iam se impregnando em minha pele, derrubei uma cadeira, traguei um cigarro que outra mão segurava e ouvi a porta batendo atrás de mim, enquanto atravessávamos a

Conheceu meu corpo como se nada fosse novidade, como se ele próprio tivesse moldado todos os detalhes naquela manhã que nascia. Seu peso era o peso que eu nasci para medir.


Enquanto ele afastava numa carícia os

pimenta, adiando a hora de ir embora.

cabelos que caiam em meu rosto, meu

Queríamos chuva para passarmos o

queixo se apoiava em seu peito e não

dia em cima do colchão vivendo de

sabíamos se era melhor juntar ou

prazer, música, doce e conversas

separar tudo antes que alguma coisa

sobre coisa nenhuma.

se quebrasse. Levantei, amarrei as dúvidas junto com os cabelos e escrevi na parede com meu batom vermelho um verso que rasgou meu pulso e deixou muita coisa a mostra. O resto eu havia esquecido na mesa do bar.

Nos olhamos de perto, lembramos nosso olhar de longe, olhava já com saudades, agarrava com as pernas, com os braços, com todos os movimentos. Mordia, arranhava, feria para fazer carinho. As palavras foram diminuindo e a porta bateu. Um

No chuveiro, a água deixou que

morango explodiu em minha boca,

escorressem as marcas do que foi

pacote de souvenirs. Fiquei ali,

feito. Ficamos abraçados e sua pele ia

dançando, numa violência sutil, como

aquecendo minhas extremidades.

se não existisse tempo. Misturei tudo

Aquele rosto bonito, a fumaça, nossos

com fogo. Falaria de amor no próximo

pés, nossa volta para a cama, o chão

passo.

molhado e a gente se olhando sabendo que seria a última vez. Gravando vozes, medindo os tons, identificando as cores, colocando

Numa próxima cama.


As V


Vidas Imperfeitas de Mary Cagnin


Monotipia: Fale sobre você,

é o que mais me agrada e define meu

enquanto artista gráfica.

estilo de desenho. No final, eu prefiro

Estudo Artes Visuais na Unesp, mas

dizer que tudo o que é relacionado à

desenho desde que me entendo por

arte, ilustração ou quadrinhos me

gente. Sempre fui meio autodidata,

serve de inspiração e me influencia de

desenhando a partir de revistas,

alguma forma.

desenhos animados e principalmente,

MT: como é seu processo de

de mangás. Mas além de desenhar,

trabalho? Quais seus formatos e

eu também sempre gostei de contar

materiais preferidos?

histórias, por isso tanto a literatura

Gosto particularmente de desenhar à

quanto o desenho foram duas coisas

mão. O lápis no papel me permite um

que desenvolvi com o tempo, assim

controle que não cheguei a encontrar

como o quadrinho. Para mim, é normal

nos desenhos digitais. Tenho um

estar em busca de novos

gosto especial por aquarela, mas não

conhecimentos, independente da

me aprofundei muito nesta técnica. A

faculdade, e independente da minha

maioria dos meus desenhos, quando

área de formação. Tenho um foco

finalizados, são feitos à caneta

para as artes visuais, que por sinal, é

nanquim ou bico de pena. Já os

um campo bem amplo, que me

digitais, faço utilizando uma tablet e o

permite uma aproximação com a

programa Photoshop.

fotografia ou com o cinema, por exemplo. Mas no meu caso, como quadrinista, estudar as pessoas também é importante, por isso gosto de ler coisas relacionadas com psicologia, filosofia, sociologia...

MT: Fale sobre o Vidas Imperfeitas (Do que a série trata, Quando começou a publicá-lo, que do que essas histórias tratam e pq contálas) Por que contar histórias é uma

MT: Quais são as suas principais

pergunta emblemática; as pessoas

influências, no que se refere a

tem necessidade de contá-las tanto

movimentos e/ou artistas?

quanto tem necessidade de ouvi-las.

A minha principal influência sempre foi

Foi assim, do nada, que as idéias

o mangá, de Kaori Yuki a Hiroaki

surgiram e que a história de Vidas

Samura. Este último, inclusive,

Imperfeitas foi concebida. Fiz algumas

inspirou a primeira edição do meu

páginas descompromissadas até

fanzine, feita toda à lápis. Apesar

tomar a decisão de finalizá-las em

disso, o mangá nunca me pareceu

forma de fanzine. Isso aconteceu no

suficiente, e sempre estive no limiar

começo de 2009. Muita coisa mudou

entre este e o realismo. Apesar de ter

do 'original', porque eu queria que o

feito trabalhos realistas, o meio-termo

enredo ficasse mais conciso e



palpável. Gosto de histórias que se aproximem do que é puramente humano, e que façam os leitores sentirem, refletirem. Gosto de profundidade, mesmo quando se trata de temas mais banais do nosso dia-a -dia, porque afinal, estamos sempre permeados de complexidades. Agora o Vidas (como foi apelidado carinhosamente pelos leitores) conta a história de uma garota que por fora é extremamente agressiva e violenta, que parece não temer a nada. Aos poucos, essa 'aparência' vai se desmanchando, e nós descobrimos sobre seu passado, sua família e suas amizades. Me baseei na minha própria experiência escolar para compor o roteiro, apesar de nunca explicitar onde exatamente vivem os personagens. Talvez seja mais fácil se identificar com eles desta forma, porque ele podem ser qualquer um e viver em qualquer lugar. MT Como foi a experiência de publicá-lo de forma independente e pela primeira vez e agora através de uma editora? Quando segurei a primeira edição impressa, foi uma das melhores sensações que eu tive. Sou desse tipo


que gosta de pegar os livros com as mãos e sentir as folhas passarem entre os dedos... Tudo o que eu queria era que outras pessoas também tivessem essa sensação, por isso a publicação independente foi a forma que encontrei de passar minhas histórias adiante. Foi uma boa experiência, a de criar, desenhar e ser a minha própria editora. Aprendi muita coisa e fiz tudo do jeito que queria, esse é o ponto positivo. Se eu pudesse voltar atrás, faria tudo de novo, porque aprendemos a valorizar aquilo que fazemos e encontramos os leitores mais sinceros (positiva e negativamente). Foi assim que eu cresci, como quadrinista e como pessoa, e todas essas coisas me impulsionaram a continuar. Agora que o fanzine encontrou uma editora, e será publicado internacionalmente, eu penso: meu fanzine amadureceu, finalmente ganhou asas. Foi um ótimo caminho. MT: Conte-nos o que você produz para além dos quadrinhos? A maior parte da minha produção é voltada para a


faculdade. Trabalhamos com bastante técnicas diferenciadas, como gravura, serigrafia, modelagem, desenho, pintura, fotografia, vídeo. O importante é saber aliar a mensagem a ser enviada com o 'meio'. Tenho também projetos pessoais que envolvem ilustração, e uma grande produção de textos, tanto de narrativas quanto de informativos e tutoriais para blogs. Eu gostaria de ter tempo para me dedicar a outros projetos de interesse, mas agora dou prioridade às aulas e aos estudos. MT: Que quadrinhos tem lido ultimamente? E o que para além de quadrinhos? Eu costumo ler muito mangá desconhecido, principalmente os coreanos. Eles abordam temas de um aspecto diferenciado dos japoneses, e são obras muito ricas em estilo. Também acompanho o trabalho de outros fanzineiros e webcomics pelo site Mushi-


san (http://www.mushi-san.com/) É incrível como tem histórias interessantes por aí que ainda não receberam a devida atenção. Acho que o mercado de quadrinhos no Brasil ainda tem muito o que crescer, e também deve abrir espaço para as webcomics, que são mais experimentais. De literatura, estou lendo as crônicas vampirescas da Anne Rice. Ela se tornou uma das minhas escritoras favoritas, não pelo tema, mas pela sua narrativa impressionante. Também estou tentando terminar de ler a série do Senhor dos anéis, que precisa ser digerido em doses homeopáticas, para evitar a fadiga, rs! No geral, gosto de ler romances e dramas, mas balanceio as minhas experiências de leitura com outros gêneros, como comédia, suspense, ficção... Na verdade, depende do quanto uma história é capaz de me cativar, e de me tirar do estado de inércia da nossa rotina diária.


Quadrinho Oculto


Convidamos nossos parceiros para um simpático “amigo oculto de quadrinhos”, onde cada participante nos enviou um roteiro para uma HQ de 1 página sobre “um disquete com todas as respostas para tudo”. Participaram da primeira rodada Milena Azevedo, Rodrigo Chaves, Otávio Tersi, Rafael Dourado e Felipe Assunção.

Eis aqui o resultado.










Milena Azevedo nos traz um relato detalhadĂ­ssimo de um dos eventos mais bacanas sobre literatura, quadrinhos e afins que rolaram no excepcional ano de 2011. Fotos: www.fliqnatal.com.br


Flashes da FLiQ Dia 1

Maturi, com o especial sobre Jesuíno

Cultural da UFRN, com a chegada

Brilhante, feita por Emanoel Amaral

agendada para quarta ou quinta-feira,

(ele e o Aguiar até pensaram que o

apenas. Spacca gentilmente

traço era do Watson Portela).

autografou meus três álbuns (fazendo sketches maravilhosos) e fez sketches

Spacca também contou como foi o

em papel ofício para os leitores que

processo de apresentação do projeto

apareceram, aproveitando para

do álbum Santô e os pais da aviação

conversar com eles também. Já o

Nesse primeiro dia da FLiQ, já

para a Cia. das letras, e me relatou

Aguiar foi “salvo” pelos meus últimos

começamos com o pé direito. Bastante

que antes de fazer a adaptação do

exemplares do Quadrinhofilia e do

gente apareceu pra ver o Spacca e o

Jubiabá, ele propôs à Cia. das Letras

Folheteen. Quem comprou, saiu com

José Aguiar, além de conferir o

adaptar Capitães da Areia, também do

um sorriso largo no rosto. Hoje à noite

trabalho dos quadrinistas potiguares.

Jorge Amado. Bom, a adaptação do

ele estará lançando e autografando o

Capitães não vingou, mas ele recebeu

Vigor Mortis Comics, no estande dos

Logo pela manhã, Spacca, José

uma contra-proposta recente para

quadrinistas potiguares. É a chance

Aguiar e eu fomos entrevistados pela

adaptar Teresa Batista Cansada de

pra quem não pode comparecer ontem

Tribuna do Norte e pelo Novo Jornal,

Guerra. A gente também conversou

à tarde. Ressalto aqui a presença do

dois grandes periódicos de Natal.

um pouco sobre a adaptação para o

quadrinista cearense André Dias, que

Entre o assédio inicial da imprensa, eu

cinema do Capitães, pela neta do

veio conferir a FLiQ e trouxe seu

pude conversar um pouquinho com os

Jorge Amado, Cecília. E, por fim, ele

belíssimo álbum Conversa de Rei

dois, e também com a Ana, simpática

me disse que foi convidado pelo

para presentear Spacca e Aguiar.

esposa do Spacca, que já conhecia

Festival de Amadora, em Portugal, e

Natal, mas ficou admirada com o

por isso só poderá ficar na FLiQ até

Pontualmente às 15:00 horas, Aguiar

crescimento da cidade dentro de

quarta-feira.

se dirigiu à Tenda 1 para ministrar a oficina ABC da HQ. Algumas pessoas

apenas dez anos. No início da tarde, começou a sessão

fizeram a inscrição na hora e

Spacca confessou que é um

de autógrafos com os dois

acompanharam a oficina, na qual o

apreciador do cordel e da xilogravura,

quadrinistas convidados, mas tivemos

Aguiar conversou bastante com os

e mostrou interesse em conhecer os

a infeliz surpresa de que a

participantes, mostrou vários trabalhos

trabalhos dos quadrinistas potiguares,

transportadora atrasou o envio dos

seus, desde o esboço até a arte-final,

já de olho na capa de uma antiga

álbuns do Spacca à Cooperativa

detalhando o processo de produção,


mostrando as nuances da diagramação

Alessandra contextualizou a obra do

perguntas, Spacca

das páginas, dos enquadramentos, dos

Spacca (D. João Carioca, que deu

sua

ângulos, do tratamento das

“origem” à referida animação) e relatou a

questionamentos q

onomatopeias. E ao fim os alunos fizeram

experiência que teve com alunos do

feitos. E vale salie

uma HQ coletiva de dez páginas.

sétimo ano do ensino médio, tanto em

estavam, além de

utilizar as histórias em quadrinhos e

membros do GRUP

Paralela à oficina do Aguiar, ocorreu a

animações na sala de aula, como passar

Coelho, Gilvan Lira

primeira sessão de animes, com o

a produzir as primeiras HQs com eles.

contar que os char

público otaku já se aglutinando, mas

Spacca estava na plateia e parabenizou

compareceram qua

também atraindo muitas pessoas que

Alessandra pelo trabalho que ela vem

estavam lá Brum,

ainda não conheciam os desenhos

desenvolvendo.

Guerra, José Verí

animados japoneses.

fala

Leander, Sem delongas, Spacca já iniciou

r

Cristal,

Joseniz, Marcos G

Antes das 17:00 horas, a criançada

sua fala aproveitando para desenhar

relógio marcou algu

e os professores já se aglutinavam à

alguns personagens de seus álbuns. O

20:00 horas, a pales

frente

choque veio ao constatar que haviam

tietagem teve início

encerramento da sessão de animes, para

repassado

fotos e autógrafos.

conferir a primeira palestra da FLiQ, que

permanente.

contou com uma premier do curta de

conseguia apagar o desenho, Ivan Cabral

atividades, fiz as

animação O RN na rota de Cabral,

(do GRUPEHQ) sugeriu que o quadro

promoção do PortalG

produzido por Lula Borges. Lula detalhou

fosse dado a ele. Resolvido o problema

pouquíssimos

todas as etapas do processo da produção

com a chegada do álcool (sim, eu deixei o

potiguares

da animação e ainda apresentou o game

quadro branco quase tinindo), Spacca

eletrônica. Quem ace

que ele fez em conjunto pra divulgá-la,

continuou desenhando, e a cada desenho

das perguntas foi o

contando com a presença de um dos

ele mostrava que seu trabalho ao retratar

não soube dizer o

dubladores. O pessoal aprovou.

Santos Dumont, D. João VI, Debret, por

Lust) e, mesmo el

exemplo, foi encontrar o tom certo para

levou o último exem

aos

caracterizá-los; e ele só achou ao estudar

e já saiu do auditó

presentes foi a Prof. Alessandra Ferreira.

a personalidade, a vida e os trejeitos de

autógrafo + sketch.

Para ambientar o público, ela exibiu um

cada um. Numa palestra com participação

trecho da animação D. João no Brasil.

ativa

do

Em

auditório,

seguida,

à

quem

espera

falou

do

da

a

ele

uma

Como

plateia,

caneta Spacca

sedenta

por

pilot não

fazer

Para encerrar

am

leem


optou por prosseguir

respondendo

os

que lhe iam sendo

entar que na plateia Ivan Cabral, outros

PEHQ, como Márcio

a e Luiz Elson. Sem

gistas e quadrinistas

ase que em peso, Wanderline, Marcos

íssimo, Beto Leite, Dickson

Tavares,

Garcia... Quando o

uns minutos além das

stra foi encerrada e a

o, com sessões de

r o primeiro dia de três perguntas da

GHQ e constatei que

migos

e

colegas

a

nossa

revista

ertou mais da metade

o Márcio Coelho (só

o sobrenome da Ulli

le não tendo twitter,

mplar de Quadrinhofilia

ório com seu devido


Flashes da

Dia 2

O segundo dia da FLi primeiras

oficinas

min

quadrinistas potiguares. Infe

de Criação de Personagem, m

Potiguara, precisou ser reage e

quinta,

pois

o

auditóri

Governadora Rolsaba Ciarlin sobre o cheque-livro.

À tarde as oficinas co

disputadíssima oficina de ani

por Lula Borges e a primeir

Elementos do Estilo Mangá João Henrique Lopes. Rafael

Coutinho

che

simpatia para a sessão d

Espaço do Autor. Surpresa b do bem humorado escritor também se juntou ao Rafa

autógrafos e aproveitou pa

adquiriu um exemplar do Cach Quem não conseguiu


FLiQ

da série 1000, as canecas e os pôsteres da

ao Spacca e ao Mário Prata) mostrar pra

Narval Comix, todos estão à venda no

gente como ele, a quatro mãos (junto com o

estande dos quadrinistas potiguares.

Paulo Biscaia), conseguiu adaptar duas peças da Cia. teatral Vigor Mortis, de

2

Rafa, bastante assediado, disparou

Curitiba, para o formato de história em

para o auditório e iniciou sua palestra

quadrinhos. Aguiar aproveitou o momento

falando sobre o que era uma graphic novel

para ressaltar a importância da FLiQ e de

(e que ele prefere aportuguesar o termo e

como é salutar poder compartilhar trabalhos

chamar de Romance Gráfico) e por que esse

e experiências com outros quadrinistas, e os

iQ contou com as

tipo de quadrinho mais elaborado não era

eventos servem para aproximar os artistas e,

nistradas

pelos

uma realidade no Brasil a pelo menos cinco

principalmente, o público leitor ao artista.

elizmente a oficina

anos atrás. Ele foi taxativo, afirmando que o

ministrada por Beto

adiantamento que a editora dá não cobre as

Todos seguimos para o estande dos

endada para quarta

despesas dos artistas, sendo necessário

quadrinistas potiguares para o lançamento e

à

fazer trabalhos paralelos para completar o

sessão de autógrafo do Vigor Mortis Comix,

ni, que veio falar

orçamento. Também reforçou a importância

do Aguiar. O nosso estande ficou muitíssimo

do roteiro e as experiências e experimentos

movimentado,

que ele fez até poder acertar a mão, e a

público para conversar com o Aguiar, pegar

ontinuaram com a

opção por desenhar em formato “grid” único,

autógrafo

imação, ministrada

como foram o Drink e a adaptação da

também

ra parte da oficina

história da Branca de Neve no álbum Irmãos

quadrinhos da série 1000, editada pelo

á, ministrada pelo

Grimm, da Desiderata. Ele contou à plateia

Rafael Coutinho.

io

foi

cedido

pois

apareceu

personalizado teve

gente

com louca

bastante sketch, atrás

e

dos

como descobriu o ritual do mensur e percebeu que daria para contar uma história

Para encerrar a noite, conversei com o

distribuindo

interessante a partir desse ritual alemão que

Spacca e o Aguiar a respeito de meu novo

de autógrafos, no

ainda hoje é praticado. Ao fim de sua fala,

projeto, e foi massa ter o apoio e o estímulo

boa foi a presença

Rafa me elogiou bastante (fiquei até sem

deles.

Mário Prata, que

jeito) e conclamou o pessoal a comprar os

para a sessão de

produtos da Narval Comix.

egou

ara tieta-lo e até

halote.

perguntas da promoção do PortalGHQ, mas Logo após, foi a vez do José Aguiar (que estava na plateia da fala do Rafa, junto

comprar os títulos

Não tive a menor condição de fazer as hoje serão duas HQs, Whoa, Nellie! e Umbra. Preparem-se!


Flashes

Di

Cada dia de

o outro. Esse terc minha

segunda

seguida da primeir Personagem. Tam

Desenho e Arte Wanderline público

Freita

sedento

princípios

básico

começar a escreve

Destaque para o P Mangueira,

extre

para criar histórias

No final da

grande desenhist

Borges, que me exemplar

de

autografado. Gera

mostrar para todos

edição da revista d

só será lançada n

Mas Geraldo ped


s da FLiQ

ia 3

e FLiQ é melhor do que

ceiro dia começou com oficina

de

Roteiro,

quem estava tirando fotos, para só

para uma série de aquarelas com cenas

divulgá-las

de

de filmes, entre eles O Jardim Secreto,

novembro, caso contrário ele levará uma

Na Natureza Selvagem, Amélie Poulain e

multa da DC Comics. Geraldo também

Alice no País das Maravilhas. Após a

trouxe para venda dois exemplares do Art

“introdução”, ela falou sobre o projeto da

Book do Renato Guedes (praticamente

HQ Anchietinha, revelando que esse

disputado

nossos

havia sido seu primeiro trabalho com arte

desenhistas), e blocos de folhas A3

seqüencial, levando em torno de dois

margeadas. Quando ele foi autografar no

meses para realizá-lo, utilizando o Flash

Espaço

(ela

e-final, ministrada por

as.

Todas

para

os

com

um

aprender

os

norteadores

para

er e desenhar uma HQ.

Prof. De Física Nivaldo

emamente

empolgado

com seus alunos.

a manhã, conheci o

ta cearense

Geraldo Comics

aldo fez sucesso ao

s as páginas da próxima

do Lanterna Verde, que

nos EUA em novembro.

diu a compreensão de

do

tapa

no

entre

Autor,

e

os

mês

desenhou

um

confessou

que

tinha

bastante

preconceito em manipular programas de

várias pessoas, que também queriam um

computador como o Photoshop e o

sketch de seu super-herói preferido.

Illustrator, mas depois desencanou e descobriu um mundo novo e prático

Outra “atração” da tarde de ontem

neles). A plateia ganhou exemplares de

foi a oficina Desenho de personagem

Anchietinha: a Capela de São Miguel em

histórico

quadrinhos.

para

HQ,

ministrada

pelo

Spacca. Muitos desenhistas e curiosos completamente

sábias

Quem subiu ao nosso pequeno

palavras do mestre. E o José Aguiar

palco do auditório, em seguida, foram

também estava entre eles, confessando

Spacca, José Aguiar e Rafael Coutinho,

depois que conseguiu “rabiscar” ideias

na mesa-redonda Quadrinhando Outras

para seu próximo trabalho, a adaptação

Mídias. A discussão foi muito boa e dava

de Vinte Mil Léguas Submarinas, do Julio

margem a mais uma, duas, três horas. No

Verne.

sábado,

atentos

às

com

calma,

eu

escreverei

detalhadamente sobre essa mesa.

presenteou com um Adventures

à

internet

personagem ao vivo, atraiu a atenção de

ra oficina de Criação de

bém houve a oficina de

na

Às 18:00 horas teve início a fala da Costa.

Da mesma forma que na terça-

Luyse contou um pouco de sua trajetória

feira, ontem foi impossível fazer as

no mundo das ilustrações, mostrando à

perguntas da promoção do PortalGHQ,

platéia seu belíssimo traço, uma linha

mas

clara

prêmios estão se acumulando. O título de

desenhista

paraibana

extremamente

Luyse

delicada,

e

sua

predileção pela aquarela. O destaque foi

não

se

preocupem

porque os

hoje será A serpente vermelha.


Flashes da FLiQ Dia 4

mas levou na bagagem as HQs do

poucos

Projeto 1ª Edição, alguns cordéis e

carreiras e vivendo exclusivamente da

meus dois livros de poemas: O Perfil

produção de HQs. Geraldo Borges

da

Livre,

disse que é Engenheiro Civil, mas

confessando que não só gostava de

sempre gostou de desenhar. Quando

poemas,

foi

Águia

e

Prometeu

como

também

adora

foi

abandonando

agenciado

pela trabalhava

suas

Impacto

escrever sonetos (tem mais de 40

Quadrinhos,

como

escritos).

funcionário da UNIFOR nos turnos da manhã e da tarde, à noite era

O quarto dia da FLiQ veio com uma

informação

surpreendente:

a

As atividades da tarde foram

professor da mesma instituição e de

abertas com a mesa-redonda Leitura

madrugada fazia as páginas para a

cada 1 minuto, 40 pessoas entravam

de

e

DC Comics. Hoje ele tem um estúdio

no pavilhão da FLiQ, estimando um

caricaturas dos artistas do RN,

de desenho em Fortaleza, dá aulas na

público de 80 mil pessoas nesses

formada pelos chargistas Ivan Cabral

UNIFOR e seu rendimento maior vem

cinco dias de evento. Olha que é a

e Brum, tendo como mediador o

mesmo dos quadrinhos. Ele trouxe

primeira edição da FLiQ e os números

quadrinista e professor Miguel Rude.

toda a arte da nova revista do

mostram ao empresariado local que

O mestre Ivan Cabral deu uma aula

Lanterna Verde, que será publicada

vale a pena investir em um evento

sucinta e maravilhosa sobre leitura de

nos EUA no mês de novembro, mas

desse porte, unindo mídias distintas,

imagens, com Brum reforçando que

pediu gentilmente a todos que não

embora irmãs, como a literatura e os

para fazer charge não é necessário

divulgassem as imagens ainda para

quadrinhos (e aqui eu me refiro a

apenas saber desenhar, mas ter um

que ele não pague multa à DC.

quadrinhos locais, nacionais, mangás,

timing

Geraldo exibiu um vídeo do arte-

cosplays).

comicidade preciso.

imagens

de

nas

crítica

charges

sócio-política

e

finalista que trabalha com ele, para mostrar o caminho e o passo-a-passo

O Spacca ficou feliz em saber

Em seguida teve início a mesa-

da página. Já Gabriel, que também é

que a Cooperativa Cultural da UFRN

redonda mais descontraída da FLiQ,

agenciado pela Impacto Quadrinhos,

havia conseguido trazer seus álbuns e

Desenhando Comics, com os artistas

informou ao público como conseguiu

se

fazer

que trabalham para o mercado norte-

em tão pouco tempo chegar a assinar

sketches para o público mais uma vez.

americano: Geraldo Borges, Gabriel

um contrato de exclusividade com a

De olho no horário da viagem de volta,

Andrade Jr. e Wendell Cavalcanti.

Avatar Press, tendo trabalhado com

Spacca não pode ficar muito tempo,

Cada desenhista explicou como aos

editoras renomadas como a Dark

dispôs

a

autografar

e




Horse e a BOOM! Studios. O sucesso foi fruto de muito estudo e persistência. E Wendell explicou que prefere trabalhar direto

com

os

autores,

tendo

Flashes da FLiQ

uma

anunciando que acabou de ser agenciado

trocar ideias. Antes da mesa-redonda com o

Dia 5

parceria consolidada com Eric Palicki, e

deles, para ver de perto os materiais e

GRUPEHQ, fizemos uma promoção com três kits de HQs do Projeto 1ª Edição,

pela Spacegoat.

e

uma

homenagem

ao

chargista Cláudio de Oliveira, com Mesmo

o

auditório

direito

sendo

a

um

pequeno

vídeo-

das

O derradeiro dia da FLiQ foi o

atividades, ainda deu tempo pra fazer

mais agitado, principalmente porque a

perguntas variadas sobre o universo das

espera pelos dubladores Ulisses e

A mesa-redonda GRUPEHQ e a

HQs tendo como prêmios os livros que o

Úrsula Bezerra e pela premiação do

renovação da revista Maturi contou

Brum disponibilizou para sorteio.

concurso de cosplay era enorme.

com a participação de Ivan Cabral,

requisitado

para

os

restantes

depoimento do artista.

Márcio Coelho, Luiz Elson e Gilvan A noite de autógrafos teve início

As atividades se concentraram

Lira. Ivan fez um ótimo histórico do

com o João Henrique Lopes lançando

na parte da tarde com a mesa-

grupo e da revista Maturi, informando

seu livro Elementos do Estilo Mangá, no

redonda

dos

que a revista foi bem aceita no Rio e

Espaço do Autor.

materiais para o desenho e o

em São Paulo, nas décadas de

mercado para desenhista do estilo

1970/80, principalmente porque Henfil,

as

mangá, que na verdade foi mais uma

que morou em Natal e chegou a

do

aula bacana proferida pelo Paulo

colaborar em algumas edições da

PortalGHQ, mas confesso que está difícil

Serafim e pela Giovana Leandro, dois

Maturi, fez uma boa divulgação da

continuar com a promoção porque o

profissionais que abraçaram o estilo

mesma por onde passava. Já no

pessoal simplesmente não lê nossa

mangá e conhecem profundamente

século XXI, a Maturi sofreu uma

revista

o

uma gama de lápis, pinceis, canetas e

repaginada, ganhando um tamanho

exemplar de Whoa, Nellie! foi Miguel

tintas, de várias marcas, e deram uma

maior e mais qualidade artística e

Rude, mas tive que fazer umas cinco,

porção de dicas e de onde comprar

técnica, com trabalhos novos dos

seis perguntas para conseguir respostas

esses

membros

corretas, algumas que ainda foram no

pessoas interessadas em conversar

apresentando os talentos da nova

“chutômetro”.

com o Paulo e a Giovana após a fala

geração

Para perguntas

finalizar para

eletrônica.

o

a

dia,

fiz

promoção

Quem

ganhou

A

importância

materiais.

Muito

legal

ver

do de

GRUPEHQ

quadrinistas

do

e Rio


Grande do Norte. Ivan fez uma seleção de algumas páginas das três primeiras edições da nova Maturi, frisando a importância do conselho

Balanço geral

editorial para que as edições saíssem com uma boa qualidade, equilibrando texto e arte.

Fazer

um

evento

juntando

literatura

e

quadrinhos, e realizá-lo paralelo à CIENTEC Encerrada

a

palestra,

tivemos

o

(Feira de Ciência e Tecnologia da UFRN), foi

lançamento com sessão de autógrafos da

uma aposta certeira de Rilder Medeiros, Osni

Maturi # 4, no estande dos quadrinistas

Damásio e Francisco Alves. O Pavilhão da FLiQ

potiguares.

(Feira de Livros e Quadrinhos de Natal) recebeu 90 mil pessoas ao longo de cinco dias de

A palestra com os dubladores Úrsula e

evento.

Havia

momentos

em

que

era

Ulisses Bezerra foi reagendada para as 19:30

praticamente impossível trafegar no pavilhão,

horas, para que desse tempo do júri se reunir e

mas ainda assim o ar condicionado aguentou o

escolher os melhores cosplayers da FLiQ,

tranco e não deixou ninguém ficar suado.

seguida da premiação dos mesmos. Quem encerrou o evento foi o “Casseta” Reinaldo Figueiredo, num bate-papo bem humorado com o jornalista Alex de Souza, no Circo da Luz. Reinaldo contou como a sua patota

foi

ganhando

terreno

no

meio

humorístico, bem antes de chegar à TV, com direito até a curiosa história do batismo do “Casseta e Planeta”, que está mais relacionado com as paródias de músicas que eles faziam.

Pela primeira vez em nosso Estado, a arte sequencial foi tratada como uma mídia em si, trazendo profissionais de renome nacional e internacional para debater, apresentar seus trabalhos, ministrar oficinas e fazer lançamentos de HQs, não esquecendo dos artistas locais, que tiveram presença garantida no estande mais movimentado da FLiQ, além de ministrarem oficinas com conceitos básicos de roteiro,

O melhor foi saber que ultrapassamos a meta de 80 mil pessoas visitando o pavilhão da FLiQ durante a semana. O evento começou com o pé direito e bem fincado no chão.

criação de personagem, desenho, arte-final e animação. A procura pelas oficinas foi grande e os alunos estavam ávidos em aprender como se faz uma HQ ou uma animação. A maioria era



professor da rede pública (municipais

Renato, bem como a Prof. Dra. Cellina

cordelistas, diversos sebos de Natal, e

e estaduais). Destaco aqui o empenho

Muniz,

algumas livrarias, como a Nobel, que

de alguns alunos, como o Tito, que fez

excelente

todas as oficinas disponíveis.

analisando

os

diversos

produzidos

no

Brasil.

Os

colecionadores

e

fãs

de

quadrinhos não se continham de tanta alegria ao poder pegar autógrafos, sketches, tirar fotos e conversar com Spacca, José Aguiar, Rafael Coutinho, Geraldo Borges, Luyse Costa e João

que

organizou

com

textos

um

livro

acadêmicos fanzines Ouvir

coleção, explicando aos curiosos um

existir aqui e que merecia um evento

pouco sobre o incrível universo dos

como esse.

jogos de tabuleiro) e o empreendedor

evento agregando mídias, ao invés de

aquela

segregar, atrai mais pessoas. Tanto

trabalhos, que muitas

vezes

não

que

o

público

foi

deveras

chegam facilmente às mãos de quem

heterogêneo, dos 8 aos 80 mesmo.

mora nas regiões Sul e Sudeste.

Trouxemos

Spacca

contemporânea brasileira, como Mário

e

Aguiar,

inclusive,

quadrinistas potiguares contou com

vocês; pelo público que eu sabia

nossos quadrinistas, também. Houve de

dos

levou uma pequena amostra de sua

da FLiQ, mostramos que fazer um

troca

estande

pois eu vesti a camisa mesmo por

conhecer

saudável

o

boardgamer

e

tão

E

de

desse pessoal todo, foi maravilhoso,

Para os empresários que duvidaram

pra

quadrinhos.

títulos

duas

foram super gentis e bem humorados, loucos

ótimos

comentários elogiosos sobre a FLiQ,

Henrique Lopes. Todos os convidados estavam

selecionou

literatura

(que

Manassés Filho, dono da comic shop Comic House, de João Pessoa (ele fez uma seleção de HQs nacionais massa, como Blue Note, do Shiko, A Balada de Johnny Furacão, do Sama, Taxi, de Gustavo Duarte, além de dois títulos de

HQs

Marca

francesas, de

editados

Fantasia:

pela

Gêneses

Apocalípticos + Os inefáveis, do Lewis

de

dividiram o espaço com mestres e

quadrinhos em várias regiões do

jovens talentos da arte sequencial e

Brasil, pois são valiosos momentos de

dubladores aclamados em todo o

Obviamente enfrentamos problemas,

intercâmbio de ideias entre os artistas.

Brasil;

como

disso,

atraímos

que

Arthur

importância

além

Carpinejar,

Tendson

o

Prata

eventos

Fabrício

da

especiais,

mencionaram em suas palestras a dos

e

mestres

participações

os

Trondheim, e Quando tem que ser, do Killofer).

todo

primeiro

evento.

cosplayers, com um concurso bacana,

Principalmente no tocante à estrutura

que deixaram o pavilhão da FLiQ mais

das oficinas e à acústica (as bandas

Foi bacana rever vários clientes da

bonito e colorido, e puderam mostrar

que

GHQ, como Jonas, Tupayba, Lúcio,

que seu trabalho é uma arte. Também

atrapalharam

Fernanda, o colecionador Nássaro

estiveram presentes no pavilhão, o

mesas-redondas no auditório da FLiQ).

Nasser, o Prof. Carlos Negreiro, e

cosmaker e cosplayer pernambucano

Algumas atrações tiveram mudança de

conhecer

Dário

horário e/ou local, o que desagradou a

entusiastas

da

arte

sequencial, como o Dyego Saraiva e o

Filho

(trouxe

inúmeros

acessórios e camisetas para vender),

tocaram

algumas

no

Circo

diversas

pessoas,

da

palestras

mas

Luz e

estamos


anotando todos os erros para que possamos,

em

2012

(se

os

patrocinadores permitirem), fazer um evento ainda melhor. Agradeço a Rilder Medeiros (e a toda a equipe da Oficina da Notícia) por acreditar e somar forças para que a FLiQ

acontecesse,

oportunidade

de

organização

e

sugestões. pessoal

fazer

Yujô

dando

parte

acatando

Agradeço

do

me

minhas

também

Fest

da ao

(Danielvis,

Hilário, Sílvio, Illyana), que tem know how suficiente em eventos de cultura japonesa, e deu suporte para que o setor de quadrinhos da FLiQ ficasse mais diversificado. Foi uma semana cansativa para todos, mas totalmente gratificante.

A FLiQ deixou de ser um sonho para se tornar realidade, sendo bem aceita na cidade. Espero que entre para o calendário cultural de Natal e se torne atração anual.


MaurĂ­cio Rett @mauriciorett

Emerson Lopes

Sunça @_botamem

http://www.cartunista.com.br

http://alfredovampiro.blogspot.com/

www.botamem.com


Rafael Marรงal @rafaelmarcal

http://www.profeticos.net


Henrique Madeira

www.henriquemadeira.com



http://www.monotipia.com


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