Jornal nº7 AORP

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III COLÓQUIO PORTUGUÊS DE OURIVESARIA ENTREVISTA AO PROF VASCONCELOS E SOUSA

PORTUGAL GEMAS AGORA NAS REDES SOCIAIS

PORTOJÓIA O EVENTO MAIS LUXUOSO DO PAÍS


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COM O DESABAR económico e financeiro com que o mundo mergulhou, invade-nos no dia a dia uma grande incerteza no futuro. Temos de descobrir um caminho novo que nos leve ao crescimento económico sem o qual teremos um futuro cheio de dificuldades. A cada um de nós cabe a pesada tarefa de procurar novos mercados, novas técnicas e diferentes materiais. Devemos divulgar a nossa criatividade com ideias inovadoras de que a ourivesaria é tão rica nas suas origens que não se podem perder. É nos tempos conturbados que mais precisamos de resistir e ter ânimo e força para sermos capazes de dar a volta aos problemas que o mercado especulativo trouxe.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

CAROS COLEGAS,

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Num tempo de muitas dificuldades é preciso coragem para enfrentar os problemas que diariamente nos surgem. Nas décadas de setenta e oitenta o nosso pais enfrentou uma conjuntura que se resolveu com a esperança de um futuro melhor. Seja qual for a justificação para estarmos atolados numa divida enorme continuamos com tudo errático, indecisos e sem chama. Os bancos vão ter de repensar a sua actividade pois não estão a apoiar como deveriam. É uma questão de fundo que se não for resolvida vai piorar ainda mais a nossa economia. Para fazer as reformas que são indispensáveis o governo precisou de aplicar medidas, aumentos e restrições muito gravosas em que todos fomos atingidos. A ourivesaria já teve periodos difíceis mas os ourives sempre os souberem vencer. É o que desejo a todos os nossos associados.

MANUEL ALCINO FIGUEIREDO MOUTINHO

PROPRIEDADE AORP-Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal Avenida Rodrigues de Freitas, 204 · 4000-416 Porto T. +351 225 379 161/2/3 · F. +351 225 373 292 geral@aorp.pt · www.aorp.pt TIRAGEM - 2000 exemplares

EDIÇÃO Gabinete de Comunicação e Imagem da AORP silvia.silva@aorp.pt

ILUSTRAÇÃO Cátia Carvalheira

CONCEPÇÃO GRÁFICA 327 CREATIVE STUDIO Praça D. Filipa de Lencastre, 22 2º- sala 28 · 4050-259 Porto www.327graus.com

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PORTOJÓIA PORTOJÓIA

O EVENTO DE NEGÓCIOS MAIS LUXUOSO DO PAÍS

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EXPONOR RECEBE EM SETEMBRO A FEIRA MAIS ANTI-CRISE DO CALENDÁRIO NACIONAL É - ao mesmo tempo - o certame mais anti-crise económica do calendário da Feira Internacional do Porto e o evento de negócios de maior luxo no País. A PORTOJÓIA - Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria (22.ª edição) regressa à EXPONOR de 21 a 25 de Setembro próximo ostentando as colecções mais vistosas de uma indústria responsável em Portugal por um volume anual de transacções na ordem dos 160 milhões de euros. Desenhada para realçar de forma integrada as últimas tendências do ciclo formação-criação-empresarialização, a exposição evidencia essa realidade trifacetada. Desde logo na 7.ª edição do Prémio PORTOJÓIA Design, que se abre às propostas originais de estudantes e formandos de design de jóias, de produto e de cursos de ourivesaria (que são os destinatários desta actividade), desta vez sob o mote do «Revivalismo». Será esse o tema a inspirar as candidaturas a uma iniciativa que, visando distinguir a inovação e o design de peças de joalharia e ourivesaria de adorno pessoal e de decoração, vai habituando o sector a revelar ano após ano novos criadores.

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Na edição de 2010, a PORTOJÓIA Design distinguiu – com o 1.º lugar - a inspiração de Ana Marta dos Reis Costa (então formanda da Contacto Directo – Escola de Joalheiros) e a sua visão aérea da floresta amazónica, transposta para um anel de prata. E o que era então um protótipo idealizado sob o signo da biodiversidade transformou-se recentemente no anel “Qumus”, produzido e comercializado em exclusivo pela firma António Marinho, Lda., nos termos do regulamento da iniciativa. Que possibilitará à jovem criadora

receber da empresa o correspondente a cinco por cento sobre o preço de venda da peça à saída da fábrica. Para além deste aliciante, Marta dos Reis Costa será convidada a participar PORTOJÓIA 2011, no Espaço Criadores. A “PORTOJÓIA Design” tem-se assim assumido como um evento ponta-de-lança na aproximação dos formandos ao mercado de trabalho e, ao mesmo tempo que vai revelando talentos, mostra ser uma «boa plataforma de ligação entre o mundo formativo e o empresarial», como confirma a directora da PORTOJÓIA 2011, Amélia Monteiro.

ESTILISTAS E JÓIAS NA PASSARELA Na senda do protocolo estabelecido entre a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), a PORTOJÓIA voltará a subir à passarela de braço dado com o PORTUGALFASHION, aliando

assim a beleza das vestes ao luxo das jóias. Especial, o desfile contará com a presença dos melhores estilistas portugueses e com o que de melhor se faz na moda no nosso País, devidamente abrilhantados com as mais recentes criações do mundo das jóias, graças à participação de expositores da feira. A mostra contará novamente com os espaços Criadores e Escola, responsáveis por duas das vertentes dinamizadoras. O primeiro tem a seu cargo fazer aparecer os nomes dos novos profissionais do mundo das jóias, dando a possibilidade de designers e autores de jóias divulgarem o seu trabalho. O segundo, por sua vez, tem por desígnio fazer a aproximação entre as escolas e as empresas. A iniciativa mostra todo o potencial dos formandos no desenho e fabrico de jóias de adorno pessoal e peças decorativas. De 2000 a 2010, a Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria recebeu um global de


PORTOJÓIA

FEIRA. PORTOJÓIA 2011 - 22ª FEIRA INTERNACIONAL DE JOALHARIA, OURIVESARIA E RELOJOARIA DATA. DE 21 A 25 DE SETEMBRO DE 2011 HORÁRIO. DIAS 21 E 22 - DAS 10H ÀS 20H DIAS 23 E 24 - DAS 10H ÀS 22H DIA 25 - DAS 10H ÀS 19H PRODUTOS EM EXPOSIÇÃO. OURIVESARIA, JOALHARIA, RELOJOARIA, PRATA DECORATIVA, EMBALAGENS, MAQUINARIA, SISTEMAS DE SEGURANÇA, “SOFTWARE” PERFIL DO VISITANTE. FABRICANTES, IMPORTADORES, REPRESENTANTES E CRIADORES (ENTRADA INTERDITA A MENORES DE 14 ANOS) ORGANIZAÇÃO E LOCAL. EXPONOR - FEIRA INTERNACIONAL DO PORTO Nº DE EXPOSITORES NA ÚLTIMA EDIÇÃO (DIRECTOS). 171 (ENTRE OS QUAIS, REPRESENTAÇ~ES DE ESPANHA, ALEMANHA, ITÁLIA, BÉLGICA E REINO UNIDO) Nº DE VISITAS (PROFISSIONAIS) EM 2010. 13.667

142.023 visitas e mostrou as novidades de 2.560 empresas expositoras. Conta já com mais de duas décadas de presença no mercado a fomentar negócios e relações comerciais, apoiando as empresas e dando a conhecer as tendências do sector. Para além de ser o momento onde os empresários iniciam e fecham os grandes negócios da temporada, a exposição funciona igualmente como fórum de balanço e reflexão. O apresentador televisivo Manuel Luís Goucha será o rosto da campanha de 2011 da PORTOJÓIA. O profissional da TVI assumirá assim o papel de “embaixador” de um dos eventos de referência da Feira Internacional do Porto, e uma das suas primeiras “missões” aconteceu a 17 de Junho - altura em que a Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria “deslocalizou-se” por uma noite para o

Twin’s Foz (Porto). A iniciativa de charme contou com a participação de Manuel Luís Goucha e dinamizou um “cocktail seguido de desfile pela noite dentro, com algumas das mais recentes colecções de jóias de empresas fiéis ao certame.

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Para além de reunir expositores (Flamingo, Eugénio Campos, Topázio, Marques & Gomes, Ourival, Ouropa, Ouronor, Goris, Perídeo Portugal, Marperola e José Cândido Cruz) presentes no certame da EXPONOR, a festa recebeu, num ambiente informal e de convívio – longe de escritórios, lojas ou stands -, compradores e visitantes profissionais que consolidaram a exposição da Feira Internacional do Porto como o momento onde se iniciam e fecham os grandes negócios da temporada.

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POP’S - PROJECTOS ORIGINAIS PORTUGUESES

POPs

SERRALVES PROMOVE A CRIATIVIDADE NACIONAL

MOSTRA DE PROJECTOS. 23 DE JUNHO A 10 DE JULHO SITE. WWW.SERRALVES.PT

Pelo terceiro ano consecutivo, a Loja de Serralves desafiou jovens criadores portugueses, à procura de afirmação no mercado, a apresentarem propostas de produtos originais e criativos. É a terceira edição dos POPs – Projectos Originais Portugueses.

6 VENCEDOR. JOÃO GONÇALVES COM A MARACA MEALHEIRO 1ª MENÇÃO HONROSA. LUÍS GIESTAS COM O CANDEEIRO TRAÇA 2ª MENÇÃO HONROSA. PAULO SELLMAYER COM O CRISTO PURIFICADOR

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PROJECTOS ORIGINAIS PORTUGUESES

Das mais de 470 candidaturas recebidas foram pré-seleccionados 29 autores com 53 projectos nas áreas de acessórios pessoais, joalharia de autor, mobiliário e objectos de decoração. Estes projectos foram apresentados e comercializados numa mostra que abriu no dia 23 de Junho e que se prolongou até 10 de Julho, no Museu de Serralves. A grande maioria dos produtos já apresentada pela primeira vez, que vai de encontro ao objectivo principal dos POPs: apoiar a criatividade portuguesa e lançar novos projectos de autores portugueses, sublinhando factores como a criatividade, a originalidade e a sustentabilidade comercial. Além do concurso de projectos e da mostra, os POPs incluiram também um debate, no dia 7 de Julho às 21h30, com o tema “Ideias de sucesso: como materializar?”. Neste debate participaram Pedro Pina (McCann Erickson), Henrique Cayatte (Centro Português de Design), Délio Vicente (TEMAHOME), Pedro Ferreira (Studio Pedrita) e Raquel Castro (Amorim Cork). No final foi revelado o projecto vencedor da terceira edição dos POPs, escolhido entre os 29 finalistas.

LISTAGEM DE AUTORES E PROJECTOS ACESSÓRIOS PESSOAIS .João Gonçalves, com Maraca Mealheiro Shake; Trook Hanger; Clip Pencil Mão d’arte by Francisca Figueira, com colecções Hug; Lace; Cork; Scrubber .Margarida Vieira, com Morfológica: Meadas e Fios .Minidesigners studio, com notePocket .Nuno Pereira, com Downhill machine; Free .Paula Nunes e Eurídice Conceição, com Ponha Aqui o Seu Pezinho .Suzana Rezende, com Heather_Feather

JOALHARIA DE AUTOR .Ana Guimarães, com Projecto B-gode; Projecto Gum .Aurea Praga, com I’m All Ears: The Teddy Ring, The Kitten Ring, The Bunny Ring .Branca Cuvier, com Silhouette

OBJECTOS DE DECORAÇÃO .Ana Paula Pais, com Bon Appetit, Help Yourself, Quality Measure, Take your Time, Time To Connect, Toast .Amadeu Oliveira e Abdessalam Makhouf, com Candeeiros de Papel .Joana de Almeida, com Dinheirão .João Ferreira, com XL-S .José Martinho Morgado, com Cu_1, Cu_2, Cu_4 .Luís Giestas, com Traça, Watch, Terraplana .Madalena Martins, com Espelho Meu .Paulo Sellmayer, com Cristo Purificador

MOBILIÁRIO .Alexandra Oliveira e Pedro Saraiva (Estados d’alma), com Torcido .Américo Correia, com Cadeira de Papel, Banco de Papel, Cesta de Papel .Boca do Lobo Studio, com Shield, Ottoman, Zaragoça .Cláudio Cruz, com The Chair Table .Goreti Almeida Silva, com Escada, Retro Style .Joana Carmo Simões e João Carmo Simões, com Strong Cedar, Huge Cedar .Joana e Mafalda Araújo Jorge, com Dona Doida .José Marini Bragança, com Table JA .Manuel Amaral Netto, com Dock Lamp, Desk Dock Lamp .Pedro Sottomayor, com Tree, Crush .Soares da Fonseca, Abraço, com A Memória da Forma, Mesa do Noé


OURINDÚSTRIA

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OUTLOOK INTERNACIONAL OUTLOOK INTERNACIONAL

EMPRÉSTIMOS DE USO DE OURO E GARANTIA MÚTUA,

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EXEMPLOS DE FINANCIAMENTO DA OURIVESARIA EM ITÁLIA O Estudo “Mapa XXI: Diagnóstico Sectorial Ourivesaria Portuguesa”, promovido e amplamente divulgado pela AORP no âmbito do financiamento do Sistema de Incentivos das Acções Colectivas (SIAC), apresenta o estado actual da ourivesaria portuguesa e inclui um compêndio de experiências e práticas desenvolvidas além fronteiras no seio do sector da ourivesaria. Este trabalho afigura-se como outra peça chave no processo de abertura internacional da ourivesaria nacional, na sua aposta na internacionalização empresarial e no aumento de competências e conhecimentos estruturais. Este outlook internacional supõe a identificação e avaliação de práticas e soluções existentes noutros contextos. Foram recolhidos oito exemplos desenvolvidos em Itália e Espanha, por se tratar de dois países próximos com esforços reconhecidos na melhoria competitiva do sector. A selecção satisfaz critérios de reconhecimento de sucesso a nível local e possibilidade de transferência e reprodutibilidade a nível nacional. As experiências reunidas contêm um forte potencial de aplicação para colmatar algumas das lacunas presentes a nível nacional: insuficiente cooperação empresarial e/ou institucional, deficiente estruturação e capacidade de reacção do sistema, ineficácia e ou inexistência de apoios e medidas especificas para o sector (financiamento, reconversão,...) e insuficiência no aproveitamento de factores imateriais (cultura e historia, know-how artesanal e manufactureiro,...).

O empréstimo de metais preciosos ou ainda a prática mais abrangente dos Confidi Orafe são dois exemplos relevantes desenvolvidos em Itália de soluções adaptadas ao financiamento da actividade sectorial. Ambas as iniciativas que foram iniciadas no Norte de Itália, epicentro dos sistemas produtivos (distritos industriais), berço da mais prestigiosa e potente realidade nacional, ilustram uma capacidade pouco usual para os agentes sectoriais de reinventar e adequar às condições de competitividade da ourivesaria, às actividades e ciclos produtivos e comerciais. Os Confidi Orafe e o Préstimo d’uso de oro, são profusamente utilizadas e contam com a garantia e merecem uma excelente reputação entre os próprios actores italianos que as consideram basilares na evolução da dinâmica sectorial. Na actualidade, são apreciadas como amortecedor da complicada situação que vivencia o sector a nível global. Os Confidi Orafe, supõem a organização de maneira sectorial da experiência muito difundida no Norte de Itália dos Confidi, espécie de sociedades de garantia mutua. Estas práticas pressupõem formas de financiamento mutuas e simplificadas, configurando um sistema privado, geralmente suportado pelas chamadas associações de categoria (associações empresariais), que permite à pequena actividade (PME) a obtenção de condições de financiamento nas melhores condições. O sistema funciona a partir da partilha de risco entre o Confidi e as entidades financeiras, faculta um acesso simplificado das empresas ao crédito, permitindo a libertação de plafonds e a obtenção de montantes com melhores condições e prazos. Por norma supõe uma redução das garantias prestadas ao sector financeiro pelas empresas.

Pelo seu lado, o sector financeiro consegue reduzir o risco, pela obtenção de informações actualizadas sobre a situação do sector e da própria reputação das empresas. O Confidi serve como garantia de retorno para os bancos. Os dados fornecidos pelos responsáveis do Confidi da CNA Veneto, em Vicenza, indicam a subsistência de uma percentagem de morosidade mais baixa que o normal, próxima a 1,5%. O capital social destas Sociedades de Garantia Mútua é detido pelas empresas, associações empresariais e outras instituições do território. A característica mutua resulta do facto das empresas beneficiárias serem accionistas das Sociedades de Garantia Mútua. Existe ainda outra prática de grande interesse, proveniente da adaptação dos Confidi à realidade territorial e a sectores específicos, com necessidades próprias. Para o caso do financiamento da actividade manufactureira do sector da ourivesaria, é usada a fórmula de Empréstimo d’uso d’oro (Empréstimo de utilização de ouro). É desenvolvida nos principais núcleos de actividade, nomeadamente nos distritos produtivos de Vicenza, Valenza e Arezzo. Permite fazer operações sob a modalidade de empréstimo em metal precioso, ou seja, o financiamento da empresa é feito em ouro ou prata, para assim conseguirem trabalhar. Esta modalidade é desenvolvida apenas por um grupo restrito de bancos especializados ou localizados nas zonas tradicionais de actividade sectorial. Este sistema permite uma adaptação do financiamento ao ciclo produtivo, preservando a empresa produtiva das oscilações no preço dos metais preciosos.


Com esta prática a instituição financeira empresta metal precioso à entidade produtiva. Cada três meses é realizada uma revisão do valor, sendo a oscilação máxima permitida de 10%. Esta tipologia de empréstimo é unicamente destinada a actividades de uso industrial, através da qual o operador da empresa recebe uma quantidade física de ouro (em lingotes ou barras 999/1000) para uso no processo de produção. Existe uma condição capital

que exige que a quantidade emprestada seja mantida fisicamente na empresa, existindo sempre um contravalor em matéria preciosa. Neste processo, o metal é sempre propriedade do Banco, sendo entregue acompanhado pela simples emissão de um documento de transporte. Uma vez que não há transferência de propriedade, o banco não faz nenhuma cobrança. O operador que recebe o empréstimo em espécie (ouro ou prata) paga uma taxa periódica pelo metal emprestado.

No momento de cessação do contrato, existem duas possibilidades, a transformação do contrato original em compra definitiva do metal ou a possibilidade de devolver na mesma quantidade e finura original. Esta ferramenta operacional é muito conveniente para a actividade das empresas de pequena dimensão, pois permite ao operador ourives adiar a compra do ouro, para um momento mais favorável do

mercado, sem ter de imobilizar imediatamente um grande capital. A finalidade económica do empréstimo é fornecer ao operador a matéria-prima sem este ter que desembolsar dinheiro de imediato. Seguindo a evolução normal do sector, e devido ao incremento na manufactura em prata, que se traduz numa maior transformação de prata, está a expandir-se a modalidade de “Empréstimos d’Uso de Argento” (empréstimos de Uso de prata).

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O QUE É A ART CLAY Há dez anos, uma nova tecnologia chegava à joalharia artesanal, com a criação dos produtos Art Clay Silver e Art Clay Gold 22K. Utilizando processos da metalurgia do pó, a Aida Chemical Industries do Japão desenvolveu uma massa feita de pó de metal precioso – ouro ou prata – que pode ser modelada manualmente e sintetizada em equipamentos simples: um forno de alta temperatura, um maçarico ou o fogão de casa. A série de produtos Art Clay oferece a artistas de diversas áreas mais uma fonte de inspiração. Devido à sua facilidade de trabalho e versatilidade, pode ser utilizado nas mais variadas formas de artesanato: da joalharia à cerâmica, passando pela produção de acessórios, artesanato em cerâmica plástica, scrapbooking, porcelana, etc. Entretanto, é na joalharia que se encontra o principal atractivo da Art Clay: mesmo sem possuir técnicas refinadas ou ferramentas específicas, qualquer pes-

soa pode criar sua própria jóia. A Art Clay Silver é composta de 92% de pó de prata pura (prata 1.000), um agregado orgânico derivado da celulose completamente atóxico e água. Enquanto húmida, a massa tem consistência parecida com a da argila e pode ser modelada como tal. Após a secagem, adquire uma textura similar a uma peça de gesso e nessa fase pode ser limada, lixada e esculpida. Outras peças podem ser adicionadas, húmidas ou secas, bem como pedras*, vidro, etc. Posteriormente, a peça é queimada numa temperatura que varia dos 650 a 850°C, para a prata, e a 999°C para o ouro. No caso da Art Clay Silver, a queima pode ser feita também com um maçarico – basta trazer a peça à temperatura de solda – ou sobre uma tela de aço na chama de um fogão caseiro. Fonte. www.joiabr.com.br/artclay/ acs01.html

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NOTÍCIAS PREVENIR-PREVENÇÃO COMO SOLUÇÃO

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PROTOCOLO AORP/ha+architects

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O programa PREVENIR – Prevenção como Solução, tem como objectivo primordial ajudar as empresas na implementação de medidas que permitam atingir os níveis de eficiência operacional desejados no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho. Diagnósticos, Determinações Analíticas, Auditorias, Seminários Técnicos e a elaboração de um Estudo Sectorial e de um Manual de Boas Práticas – estes últimos como produtos directos do trabalho efec-

tuado ao longo do projecto e que irão servir como base de sustentação, de grande importância, a uma melhor gestão futura da Segurança e Saúde no Trabalho na Industria da Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria – constituíram as bases de trabalho deste Programa.

O HA+Architects, é um escritório de actuação na área da arquitectura, engenharia e consultadoria. Tendo como objectivo criar parcerias dinâmicas, a AORP estabeleceu um protocolo com a HA+Architects, que apresenta condições especiais sendo a 1ª Consulta gratuita e um desconto nos honorários de 20% que serão sempre inferiores aos cobrados pelos HA+Architects, para o mesmo serviço, nas relações fora do âmbito deste protocolo.

Para mais informações, contactar:

Os referidos Estudo Sectorial e Manual de Boas Práticas encontram-se disponíveis, gratuitamente, na AORP e na EURISKO.

HA+architects Rua do Paraíso 144 4000-374 Porto T. +351 222 033 202 info@ha-architects.biz www.ha-architects.biz


PROGRAMA FORMAÇÃO PME A AEP e a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) assinalaram no passado dia 03 de Agosto o início do programa Formação PME que irá contemplar de mais de três dezenas de empresas do sector. Sob o tema “Ourivesaria em Acção”, a sessão de abertura decorreu no Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (CINDOR), em Gondomar.

Os dirigentes associativos aproveitaram a ocasião para deixarem palavras de estímulo e também elogios pela “grande coragem das empresas que apostam na implementação de novas estratégias e na mudança de paradigmas de negócio neste programa multi-sectorial e de âmbito nacional”. Mais informamos que as candidaturas a este programa ainda se encontram abertas a novas empresas.

PROGRAMA FORMAÇÃO PME

OURIVESARIA EM ACÇÃO ARRANQUE DA EDIÇÃO 2011-2012

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DESTAQUE DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM MAIS UMA GRANDE EMPRESA SO SECTOR

JOSÉ CARLOS & FILHAS JOSÉ CARLOS & FILHAS

APOSTA NA TECNOLOGIA DE PONTA José Carlos e Filhas apresenta já um longo percurso no sector da ourivesaria e joalharia, tendo começado por tirar um curso de joalharia em França, há cerca de 24 anos. Mais tarde, regressa a Portugal para trabalhar na Garcia Joalheiro durante oito anos, que constituiu para si também uma importante escola. Com o passar do tempo decide criar o seu próprio negócio, uma pequena ourivesa-

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Fale-nos um pouco sobre a empresa José Carlos & Filhas, Joalheiros, Lda. NOME. JOSÉ CARLOS & FILHAS JOALHEIROS, LDA MORADA. RUA DA PEDREIRA, LOTE 15 GUIMARÃES EMAIL. JCF-JOALHEIROS@SAPO.PT SITE. WWW.JCF-JOALHEIROS.COM TEL. +351 253 413 514 ÁREA DE ACTIVIDADE. JOALHARIA - PEDRAS PRECIOSAS E PEÇAS DE ALTA QUALIDADE DE MATERIAIS E ACABAMENTOS

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ria onde reparava peças. Posteriormente, José Carlos idealiza uma colecção, a qual teve uma boa aceitação, e algumas encomendas. Contratou alguns funcionários, vendeu a oficina e fixou-se num espaço mais alargado, o actual, desde há 14 anos. Com isto, dedicou-se exclusivamente à ourivesaria e concretizou o seu “sonho” liderando hoje uma equipa de 30 elementos.

COMO EXPLICA O DESENVOLVIMENTO DESTA GRANDE EMPRESA E O SEU POSICIONAMENTO TENDO EM CONTA O ESTADO ACTUAL DO SECTOR? Sempre tivemos objectivo a evolução e/ou inovação na produção, daí que estamos preparados e equipados para trabalhar e desenvolver artigos em ouro, prata, joalharia e platina. Inovação, qualidade e honestidade são os valores pelos quais a empresa prima acima de tudo. SABEMOS QUE ESTÁ A APOSTAR NUMA PRODUÇÃO COM RECURSO A TECNOLOGIA MAIS AVANÇADA NA CONCRETIZAÇÃO DE PEÇAS. QUE CRITÉRIOS ESTIVERAM NA ORIGEM DESTA ESCOLHA? Esta empresa busca permanentemente o desenvolvimento e o crescimento sustentado, tendo conseguido alcançar este objectivo através da aquisição de equipamento com tecnologia avançada que lhe permite dar resposta às necessidades dos seus clientes de uma forma eficaz e com bastante qualidade.

EXISTE UM PROCESSO DE CRIAÇÃO AVANÇADO COM RECURSO A ESTAS MÁQUINAS. EXPLIQUE-NOS COMO SE DESENVOLVE O PROCESSO DA PROTORIPAGEM. A prototipagem consiste num processo mais ou menos rápido de criação de modelos precisos para fundição. Na nossa empresa pode ser feito de duas formas, que dependendo do tipo de peça serão produzidas por adição de material (impressão de ceras) ou subtracção (“esculpindo” mecanicamente as ceras), sendo que a ambas antecede um modelo 3D. Com a criação destes modelos assistida por computador podemos desenvolver peças orgânicas com volumetrias mais suaves. ACHA QUE O RECURSO A ESTE TIPO DE TECNOLOGIAS, É A CHAVE PARA O SUCESSO DA INDÚSTRIA DA OURIVESARIA PORTUGUESA? Sem dúvida. A verdade é que temos sempre de estar com olhos na inovação e desenvolvimento, e estes equipamentos permite o desenvolvimento de peças que irão, de forma mais fácil, ao encontro dos desejos do cliente. O futuro é uma realidade e nós queremos fazer parte dela.


ENTREVISTA PROF. GONÇALO VASCONCELOS E SOUSA E DIVULGAÇÃO DO COLÓQUIO

“III COLÓQUIO PORTUGUÊS DE OURIVESARIA”

QUEM É O PROFESSOR GONÇALO VASCONCELOS E SOUSA? Alguém que, por paixão e vocação, escolheu a História e a História da Arte como áreas de investigação, e que ensina para formar, e não somente para informar, alunos universitários do 1.º, 2.º e 3.º ciclos, vulgo Licenciatura, Mestrado e Doutoramento. QUAL A SUA EXPERIÊNCIA NO SECTOR? A minha experiência na área da ourivesaria reduz-se à investigação desta arte, sobretudo entre os séculos XVIII e XX, um pouco por todo o País, e, neste momento com muito empenho no desbravar do percurso histórico desta arte no Brasil. E tanto a nível da execução e do estudo das peças, como da utilização das mesmas. QUAIS OS TRABALHOS MAIS SIGNIFICATIVOS NO ÂMBITO DA OURIVESARIA? Escrevi o meu mestrado sobre a joalharia no Porto nos finais do século XVIIII; no doutoramento abordei a prataria no Porto ao tempo do Rococó e do Neoclássico e, na lição de agregação, explorei a joalharia em Portugal no século XIX. Publiquei o meu primeiro estudo de ourivesaria na revista Museu, em 1993, e desde então tenho vindo a dar à estampa diversos livros, artigos em revistas, entradas de catálogos, versando sobretudo os séculos XVIII a XX. No âmbito dos livros que publiquei referentes ao século XX ressaltaria os estudos que escrevi sobre dois grandes ourives: Luiz Ferreira (1909-1994) e Manuel Alcino.

O QUE O MOTIVOU A DEDICAR-SE AO ESTUDO DE SECTOR E AO ENSINO DESTE? A paixão por este universo vem desde muito novo, e quando conclui a Licenciatura em Ciências Históricas (variante Património), em 1994, logo pensei em seguir a via académica, pelo que, em termos profissionais, a única profissão que tive foi a de professor universitário, que exerço desde 1995, tendo leccionado tanto em Lisboa como no Porto. No âmbito do ensino da ourivesaria criei as pós-graduações em Design de Ourivesaria da Universidade Católica e a primeira edição do mestrado, de que ultimamente se têm vindo a defender diversos projectos finais.

QUANDO SE FALA EM OURIVESARIA PORTUGUESA O QUE LHE VEM À IDEIA EN TERMOS HISTÓRICOS E CONTEMPORÂNEOS? No passado português ou do nosso actual território, há momentos verdadeiramente únicos, como a ourivesaria do ouro da cultura castreja, ou a explosão do barroco e do rococó. Isto meramente em termos de apreço pessoal e não em termos de julgamento da mais-valia histórica de outras épocas, que foram tão ou mais ricas. Em termos contemporâneos, salientaria a renovação operada na prataria desde finais do século XX e na joalharia, fundamentalmente nesta última, e de que hoje há tantos e esforçados intérpretes. E, do ponto de vista historiográfico, estou muito atento a esta realidade, sobretudo desde que oriento a dissertação de doutoramento da Cristina Filipe sobre a joalharia contemporânea em Portugal, que vai desde os anos 60 do século XX até à actualidade.

O QUE O SEDUZ PARA CONTINUAR DEDICADO AO ESTUDO DESTA ARTE? A importância do investimento económico e artístico em ourivesaria, de Norte a Sul de Portugal e ao longo das distintas épocas foi de tal forma importante, que a obtenção de elementos é maciçamente retirada fonte. Por isso, o acesso a novas informações é permanente e ainda há tanto por fazer, por investigar, por inventariar…. De qualquer forma, verificamos a existência de tantas peças de joalharia e de prataria, que nunca nos cansamos de ver objectos diferentes, pois estão continuamente a aparecer, seja nos museus, na Igreja, nos antiquários ou nas leiloeiras, exemplares nunca antes vistos e que nos obrigam a um revisionismo permanente de muitas das ideias. A VISÃO QUE TEM SO ESTADO ACTUAL DO SECTOR. O sector, no estado de crise económica em que nos encontramos, deve continuar a apostar na qualidade, na internacionalização (com base na qualidade actual, com referências históricas sólidas de um passado que valorizou muito a ourivesaria, mas para isso é preciso editar obras sobre esse passado com versão em inglês, de forma a poder chegar a todo o mundo!). Os ourives necessitam de receber formação estética e de abrir horizontes, apostando num design renovado, sem quebrar, contudo, os elos com a tradição da ourivesaria portuguesa.

ENTREVISTA

17 E 18 DE NOVEMBRO 2011

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APRESENTAÇÃO DO PROJECTO CIONP COM A UCP. O CIONP – Centro Interpretativo da Ourivesaria do Norte de Portugal foi criado em 2009 tendo iniciado as suas actividades essencialmente a partir de 2010. Encontra-se integrado no CITAR – Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes, ligado à Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. Representa um esforço e uma aposta institucional desta Universidade na valorização das Artes Decorativas Portuguesas, nomeadamente da Ourivesaria, de que o Norte de Portugal é particularmente rico.

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ENTREVISTA

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EM QUE MEDIDA PODERÁ SER UM BENEFÍCIO PARA O SECTOR DA OURIVESARIA? Os diversos propósitos do CIONP prendem-se com um sentido geral de valorização histórica desta arte, e, especialmente, com o seu estudo e dinamização enquanto Património de um legado milenar. Há que impulsionar o registo e inventário dos arquivos das antigas casas de ourivesaria, bem como de um conjunto de espólios extensivos ao Norte de Portugal. Portanto, se houver ourives ou particulares com acervos que queiram ver organizados e estudados podem dirigir-se ao CIONP que serão estudadas hipóteses da sua inventariação. É fundamental que o futuro da Ourivesaria não esqueça a relevância desta actividade no passado de Portugal, e que teve no Norte do País, sobretudo a partir da segunda metade do século XIX, os seus principais epicentros. E o conhecimento e divulgação desse legado terá, certamente, um forte impacto no prestígio que a ourivesaria actual possa alcançar internacionalmente.

EM QUE MOLDES SE DESENVOLVE ESTE PROJECTO? O CIONP candidatou um conjunto de quinze acções ao financiamento do QREN, através do programa ON2, ligado à Comissão de Coordenação da Região Norte, o que foi determinante para a prossecução económica das suas actividades. Até ao momento, já foi organizado um muito concorrido ciclo de palestras sobre “Ouro e prata: Os metais na vida das gentes do Norte de Portugal”, que decorreu no auditório da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, com a colaboração desta Instituição. Foram, igualmente, publicados três livros, um sobre António Maria Ribeiro, o grande ourives portuense da primeira metade do século XX, da autoria de Teresa Maria Trancoso (Maio de 2011), o catálogo de jóias do Museu dos Biscainhos, da minha autoria, publicado em Julho de 2011, e uma terceira obra sobre o uso do ouro nas Festas da Senhora da Agomnia, em Viana do Castelo, em Agosto de 2011. Serão, ainda, realizados DVDs sobre o uso do ouro nas Festas de Nossa Senhora da Agonia e sobre as filigranas em Gondomar e na Póvoa de Lanhoso, bem como a edição de mais de dez livros sobre distintos

aspectos da ourivesaria em diversos pontos do Norte de Portugal. Em Novembro de 2011 será organizado o III Colóquio Português de Ourivesaria, com a presença dos mais reputados especialistas portugueses nos diversos aspectos desta arte. Numa segunda fase das actividades do CIONP, apostaremos na ligação ao novo design, mas esta nova etapa ainda está a ser preparada. QUAL A LIGAÇÃO DESTES DOIS PROJECTOS, O COLÓQUIO E O CIONP. As diversas edições deste evento foram sempre promovidas por instituições com as quais estive ou estou

relacionado. Este III Colóquio Português de Ourivesaria encontra-se, agora, sob os auspícios do CIONP, registando-se uma grande expectativa nesta terceira edição. Os distintos temas a abordar são muito apelativos e espera-se a edição das actas logo em Março de 2012, havendo já financiamento garantido. Convidámos, igualmente, duas especialistas espanholas de renome, Letizia Arbeteta Mira e Carmen Heredia, para nos virem falar de aspectos distintos da joalharia e da prataria de Espanha, possivelmente com relações com Portugal.


PREÇOS DO OURO REGISTAM RECORDE MÁXIMO

Estas preocupações provocaram violentas derrapagens nas praças bolsistas e fizeram subir os preços do metal amarelo, um activo tido como um bom investi-

mento face à volatilidade das divisas internacionais e dos mercados financeiros. O ouro, tal como a prata, funciona como activo de refúgio em tempos de turbulência económica e financeira, como os que se vivem actualmente.

PREÇOS DO OURO

Os preços do ouro registaram nos últimos tempos uma elevada subida, 1895 doláres a onça. Neste contexto, os mercados financeiros continuam agitados pela perspectiva de uma nova recessão económica nos Estados Unidos e na Europa, bem como pelos desenvolvimentos da crise de dívida no seio da Zona Euro.

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ESAD POS-GRADUAÇÃO DESIGN DE JOALHARRIA

ESAD MATOSINHOS

INSCRIÇÃO. 12 A 16 DE DEZEMBRO 2O11 SITE. WWW.ESAD.PT CONTACTO. EPG@ESAD.PT

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PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN DE JOALHARIA A Pós-Graduação em Design de Joalharia da ESAD é uma formação profissionalizante e especializada, que visa dotar os alunos de conhecimentos e competências específicas neste âmbito. Pretende articular e incrementar o estudo e a reflexão teórica sobre joalharia nas Unidades Curriculares teóricas e de projecto, o marketing, a exploração de materiais e tecnologias clássicas e contemporâneas, e as tecnologias do domínio digital, conducentes a prototipagem rápida.

A 2ª edição da Pós-Graduação em Design de Joalharia da ESAD conta uma experiência que, não sendo longa, é densa e amplamente favorável: bons resultados académicos e projectuais, pareceres francamente favoráveis de professores nacionais e estrangeiros, bem como de empresários que acolheram alunos para estágios. Conta, também, com opiniões francamente positivas daqueles que melhor se podem pronunciar: os próprios formandos que frequentaram o curso anterior.

Esta Pós-Graduação prevê creditação no 1º ano do Mestrado em Design da ESAD, favorecendo continuação de estudos. Assim, a grande maioria dos formandos que frequentaram a edição anterior, estão actualmente a terminar o segundo ano do referido mestrado, na área de especialização de Produto. Actualmente, após terminarem um estágio foram já, também na sua maioria, contratados pelas respectivas empresas. Na perspectiva de internacionalizar o design de joalharia portuguesa e ampliar o mercado, a ESAD conta com a estreita colaboração do Projecto Gradouro, Universidade do Minho, TecMinho. Conta também com várias parcerias, nomeadamente com empresas que integram o Consórcio Gradouro. Considera-se que é por esta via que, articulando design e franca abertura às necessidades das empresas, que os mais ambiciosos objectivos, no sentido da internacionalização, podem ser atingidos.

ANA CAMPOS Coordenadora da Pós-Graduação em Design de Joalharia da ESAD. Agosto 2011

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Para isso basta enviar um email para silvia.silva@aorp.pt e passará a constar automaticamente da nossa lista de destinatários. Também poderá contactar-nos telefonicamente (T. +351 225 379 161/2/3) e indicar-nos o endereço de email onde pretende receber a sua newsletter AORP. JUNTE-SE A NÓS. UNIDOS VALORIZAMOS.


“OURAR E TRAJAR” E DOAÇÃO DE MAIS DE 500 PEÇAS DE OURO TRADICIONAL E POPULAR No passado dia 30 de Julho, nos Antigos Paços do Concelho, o empresário vianense Manuel Freitas concretizou dois actos simbólicos. O primeiro foi a edição do livro “Ourar e Trajar”, cuja autoria partilha com o falecido etnógrafo vianense, Amadeu Costa.

Uma obra com textos em português e inglês e ilustrado com fotografias onde o ouro e os trajes vianenses são ilustrados por diversas caras conhecidas. É importante referir que as receitas resultantes da venda deste livro revertem a favor do Berço e para o serviço de apoio a idosos da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. O segundo acto simbólico foi a doação, através da Fundação Eduardo Freitas, da colecção particular de ouro de Viana de Manuel Freitas. São centenas de peças de ouro e prata usadas pelas mulheres vianenses ao longo dos tempos e que agora são doados à cidade através da Fundação Eduardo Freitas. Na cerimónia marou presença a fadista Kátia Guerreiro, entre muitos outros convidados.

O antigo cofre do Banco de Portugal em Viana do Castelo recebeu a exposição com centenas de peças ilustrativas do ouro popular tradicional, doadas pelo ourives Manuel Freitas ao município. Entre a colecção de 650 peças contam-se sobretudo dezenas em ouro popular mas também outras mais trabalhadas, entre as quais um pesado colar de Gramalheira ou vistosas Custódias, além dos típicos brincos oferecidos às crianças pelos familiares. A cerimónia aconteceu as 18h00 e incluiu o lançamento do livro “Ourar e Trajar”, da autoria de anuel Freitas, sobre ourivesaria e trajes regionais. “Ourar e Trajar” é a obra que se segue, vinte anos depois, dos mesmos autores, Amadeu Costa (falecido em 1999) e Manuel Freitas, terem apresentado o livro

LANÇAMENTO DO LIVRO “OURAR E TRAJAR”

LANÇAMENTO DO LIVRO

17 “Ouro Popular Português”. Uniarte Gráfica, S.A. edita este livro de 270 páginas em português e inglês, com centenas de imagens de peças da ourivesaria tradicional, a sua história e os belíssimos trajes de viana. Muitas jovens bonitas e pessoas públicas, como Amália Rodrigues, Beatriz Costa, a artista plástica Joana Vasconcelos ou as fadistas Kátia guerreiro e Joana Amendoeira ofereceram a sua imagem “ostentando” peças da ourivesaria tradicional com toque de modernidade. Segundo o autor, este livro é uma obra de homenagem aos grandes artistas da Póvoa do Lanhos e de Gondomar “gente de quem nos podemos orgulhar e de cujas mãos saem as mais belas peças de ourivesaria de todo o mundo”.

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ESPAÇO ASSOCIADO. GIL SOUSA

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ESPAÇO ASSOCIADO

GILSOUSA QUEM SÃO A GILSOUSA é uma empresa de alta joalharia idealizada para a concretização de jóias modernas, compostas por um intenso cunho de intemporalidade. O seu elevado requinte e esplendor é escrito através de sinuosas linhas brilhantes, reveladoras de uma cobiçável arte, história e desenho. Uma minuciosa atenção aos pormenores e acabamentos, faz sobressair a sua intensa personalidade, que alicerçada ao mais refinado ouro, serve de berço para a mais pura e genuína escolha de gemas, embalando deste modo os nossos desejos e sentimentos para uma viagem de autêntico devaneio sensorial. O QUE FAZEM Com base numa ideologia de incessante motivação, procuramos conceber e desdobrar sensações e sentimentos, sempre aliados a uma meticulosa postura na hora de execução e utilização das mais puras e requintadas matérias-primas. É através da mescla destes ingredientes que nos propomos a transportar, para um mundo de imaginação e fantasia, todos aqueles que desejem embarcar pelo mundo GILSOUSA.

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POSICIONAMENTO NO SECTOR A GILSOUSA desde a sua origem prestou-se a disponibilizar produtos de alta joalharia. O predomínio de uma clara singularidade

e irreverência aliada ao uso de excepcionais metais preciosos e pedras preciosas, permitiu-nos ombreando de forma intempestiva com marcas que vinham marcando o mercado pela sua história e tradição, elevando assim, de uma forma prestigiante este género de produto nacional. OBJECTIVOS PRESENTES E FUTUROS Os objectivos passam pela consolidação da posição do Grupo GILSOUSA no mercado nacional, por intermédia da marca GILSOUSA e da marca SimpleSecrets ao mesmo tempo que se dá uma proliferação para mercados internacionais, que previamente foram identificados como alvos preferenciais, através de uma estratégia assente numa penetração ponderada e gradual. DINÂMICA DE GRUPO E SECTORIAL A alta joalharia é tida como a pedra basilar de todo o negócio que brota do Grupo GILSOUSA. Contudo e tendo em conta as mutações que o mercado tem sofrido nos últimos tempos, a empresa, como é do seu apanágio, procurou adaptar-se aos novos hábitos e necessidades que o nosso “core business” não cobria no mercado. Dá-se então o nascimento da SimpleSecrets, uma marca vocacionada para um público urbano e cosmopolita, que transpira requinte e esplendor um pouco

à imagem do cliente GILSOUSA. A diferença prende-se essencialmente ao nível dos materiais, onde a prata e as pedras semi-preciosas reinam sem nunca perder de vista o glamour que sempre foi espelhado nas nossas obras. O objectivo centra-se em permitir a aquisição de peças da minha autoria por valores, que seriam impossíveis de praticar na GILSOUSA. Neste momento estamos ainda a preparar um novo produto, que de certa forma está inserido na filosofia do Grupo, mas que trabalha um sector totalmente distinto, estou a falar de um sector, que me é muito querido o sector do calçado. PROJECTOS Como referi anteriormente encontramo-nos a trabalhar um novo tipo de produto, que apesar de ainda estar numa fase embrionária irá com certeza usufruir de uma excelente aceitação por parte do mercado e terá naturalmente muito sucesso.

A história e tradição, desta “arte”, aliadas à classe, à magia e à beleza, são alguns dos ingredientes de uma receita, que me permitirá criar autênticas obras de arte e consequentemente revestir e salpicar a realidade com pinceladas de sedução e paixão.

O QUE A MARCA PROCURA A marca procura em 1ª instancia elevar o nome de Portugal e mostrar a todos que existem profissionais de excelência nos mais diversos sectores. Limpando de uma forma inexorável a imagem que recentemente tem sido veiculada ao nosso país. Dito isto, prometemos uma contínua busca em melhorar toda a estrutura que está por detrás do Grupo GILSOUSA, conservando os nossos níveis de qualidade ao mesmo tempo que nos aventuramos em outros percursos mais ou menos desconhecidos. ESTRATÉGIA GILSOUSA A nossa estratégia visa proporcionar aos clientes uma experiência única, procuramos mais que vender uma jóia, criar fortes laços emocionais com a pessoa que enverga a peça. Seja GILSOUSA ou SimpleSecrets o propósito é criar um vínculo da tal forma intenso, que transporte a pessoa

por uma viagem sensorial para um mundo de fantasia e imaginação, reacendendo harmoniosamente a chama de paixão que vive dentro de todos nós. Este é o claro mote pelo qual nos regemos e nos continuaremos a reger.


ESPAÇO ASSOCIADO. GIL SOUSA

POSICIONAMENTO DA MARCA O Grupo GILSOUSA foca-se especialmente num nicho de mercado, onde predomina um consumidor exigente que prima pelo requinte e bom gosto. Trata-se de um público B, B+, A e A+ que sabe o que quer e que privilegia a originalidade e autenticidade. Quer se trate de uma peça GILSOUSA ou SimpleSecrets, esta é sempre desenvolvida com um infindável ciclo de vida em mente, ultrapassando tendências e modas e mantendo-se assim sempre actual e refrescante para todos os nossos clientes. O SAPATO GIL SOUSA É O PROJECTO. EXPLIQUE-NOS DE ONDE SURGIU ESSA IDEIA. Pode-se dizer que o calçado é um sonho antigo, pois é algo que já algum tempo vinha germinando na minha cabeça. A minha profunda paixão por esse mundo era de tal maneira forte que me sentia, de uma forma imensurável, atraído por toda uma realidade, que em muito se assemelha à da joalharia. O conceito passa um pouco por providenciar “jóias” para os pés, o facto de apresentarmos, peças singulares que envolvem brilhos e reflexos acaba por cair espontaneamente nessa percepção. Dizem que as verdadeiras jóias de uma mulher são os seus sapatos, agora provavelmente terão razão ao proferir essa afirmação.

CRIARAM, COM OUTRAS EMPRESAS, UM UNIVERSO EXCLUSIVAMENTE PORTUGUÊS. PODE ELUCIDAR UM POUCO ESSE TEMA? Como é política do Grupo estamos em constante busca de formas de enaltecer o orgulho que temos em sermos lusitanos. Nesse sentido estamos a executar uma forte aposta na divulgação e promoção de produtos/serviços que espelhem a elevada qualidade e singularidade que existe no seio nacional. Foi seguindo este registo que a empresa, numa atitude inédita na história do Grupo, decidiu criar um universo de marcas portuguesas com o intuito de demonstrar toda a grandeza e patriotismo que habita em Portugal.

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O objectivo passa por criar uma rede entre várias empresas de elevado talento de diferentes sectores, que partilhem uma linguagem estética e um público-alvo semelhante, de modo a utilizar as sinergias e gerar consequentemente confiança entre os seus clientes, garantindo então uma maior valorização da percepção que o produto nacional usufrui na mente do consumidor. Queremos acima de tudo prestar um serviço ao país, ao apelarmos ao espírito de entreajuda na recuperação do mesmo e solicitarmos às pessoas que apostem no produto de origem portuguesa, pois só assim poderemos inverter um rumo que se avizinha muito tumultuoso.

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ZERUS

1º EVENTO ZERUS JEWELLERY COIMBRA HOTEL Dª INÊS · 2 JULHO 2011 Sendo a ZERUS a marca pioneira na comercialização de ouro de 9 kt, inovou também numa nova forma de realizar eventos, proporcionando aos clientes uma formação muito útil e inovadora, essa formação visou essencialmente apetrechar os seus clientes de mais algumas ferramentas para melhor atingirem os seus objectivos, ou seja um despertar de consciências para as novas realidades do mercado. No final da noite para terminar, um workshop de danças em que todos os presentes se divertiram e interagiram duma forma espontânea e natural, for-

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talecendo os laços que se vão criando com a relação comercial. Tiveram neste evento umas largas dezenas de clientes sendo intenção da Zerus tornar este evento anual. Esta iniciativa promoveu acima de tudo uma nova dinâmica e forma de estar no sector, a relação da Zerus com os seus clientes é para aprofundar e para responder as novas exigências que cada vez mais são colocadas aos seus parceiros comerciais, a Zerus inovou com esta iniciativa, e muito em breve continuará a inovar.

REVISTA PORTUGAL GEMAS AGORA NAS REDES SOCIAIS Após quase 2 anos volvidos sobre a última publicação da Portugal Gemas, a magazine digital de gemas e joalharia que contava já com mais de 1000 subscritores em todo o Mundo, o seu editor, o gemólogo Rui Galopim de Carvalho e nosso associado, propõe agora os mesmos conteúdos num formato diferente disponível nas redes sociais, o Facebook.

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Desde 2008 a 2010, esta revista digital em formato PDF foi saindo trimestralmente e distribuída gratuitamente para os seus muitos subscritores lusófonos e não só, espalhados por todo o mundo. Esta publicação colmatava uma lacuna no panorama editorial em português na área da gemologia e, pela natureza do seu editor, conferia alguma portugalidade aos temas, designadamente com artigos relacionados com a utilização das gemas em joalharia histórica nacional. Todavia, por motivos vários, incluindo o elevado grau de exigência e tempo necessário à produção, edição e revisão de todos os

conteúdos, a revista deixou de ser remetida para os endereços de correio electrónico dos subscritores e, em consequência disso, muitas foram as mensagens de incentivo para que a revista não acabasse. Foi nesse quadro que se decidiu aproveitar os suportes oferecidos pelas redes sociais, neste caso o Facebook, e retomar a partilha da informação com os que têm na gemologia e joalharia interesses pessoais ou profissionais. Assim, no final do mês de Junho, iniciou-se esta nova etapa da Portugal Gemas onde se podem encontrar quase todos os conteúdos que, na versão digital, eram partilhados, designadamente artigos de fundo, notícias e recensões críticas a publicações, sendo novidade a criação de albums de fotografias, próprios da plataforma Facebook, sendo temáticos e abordando matérias que vão deste os Tesouros Gemológicos de Portugal a informação técnica de gemologia,

passando por curiosidades, diamantes, pérolas, notas biográficas de personalidades ligadas ao mundo das pedras e pequenos apontamentos sobre pedras em Museus de Portugal. Sendo uma página meramente de carácter cultural e científico, de terceiros apenas poderá ser encontrada informação institucional e não de carácter comercial. O ritmo de publicação dos conteúdos é agora menos condicionado e permite, igualmente, a interacção com o leitor o que, também, é um dado positivo face ao formato estático da versão publicada em PDF.

Para conhecer a nova Portugal Gemas pode aceder a www.facebook.com/portugal. gemas e, para subscrever os conteúdos, basta clicar no botão “Like” ou “Gosto”. No caso de entender meritoso, faça como nós e partilhe no seu mural os artigos e notícias que vão sendo publicados permitindo que se amplie a audiência desta página onde, além de se falar de pedras, se promove e exalta a herança histórica que os nossos antepassados joalheiros nos deixaram, reconhecendo-se Portugal como um país onde a excelência de execução e o carácter e identidade das criações são dignas de todos.


APPICAPS

LANÇA REVISTA PORTUGUESE SOUL COM ESPECIAL DESTAQUE À FILIGRANA PORTUGUESA

APPICAPS

A APICCAPS acaba de lançar a revista Portuguese Soul. Distribuída a milhares de retalhistas de moda em mais de 30 países, a nova publicação procura potenciar a portugalidade, associando-a à excelência da oferta portuguesa de calçado. De periodicidade semestral, a revista Portuguese Soul integra-se na campanha de imagem que o sector de calçado tem em curso, com o apoio do Programa Compete, que pretende reposicionar a oferta portuguesa na cena competitiva internacional. A revista Portuguese Soul procura explorar os aspectos mais marcantes que caracterizam a indústria portuguesa de calçado, destacando as últimas inovações e eventos do sector e os seus protagonistas, da mesma forma que convida importadores de todo o mundo a uma viagem intemporal pelo território Português. Temas como o fado, o turismo ou a cultura portuguesa

são referências incontornáveis da nova publicação. A lenda do Galo de Barcelos, a famosa receita dos pasteis de nata ou informações válidas sobre Guimarães Capital Europeia da Cultura ou Douro – Património Mundial da Humanidade merecem amplo destaque. Portuguese Soul revela, ainda, as últimas propostas de moda de algumas das mais importantes marcas de calçado, associando-as as últimas colecções de vários dos designers portugueses de referência como Luís Buchinho, Nuno Baltazar ou Ricardo Dourado, da mesma forma que destaca o trabalho dos finalistas do curso de modelação e design do Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado. Oportunidade ainda para destacar o importante papel que os dois grandes eventos da moda portuguesa, Modalisboa e Portugal Fashion, têm desempenhado nos últimos 20 anos.

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SUGESTÕES DE LAZER

SUGESTÕES DE LAZER

FEIRA FEIRA. JOYACOR 2011 XXVII FEIRA DE JOALHARIA DE CÓRDOBA, ESPANHA LOCAL. PARQUE DE JOALHARIA DE CÓRDOBA DATA. DE 10 A 14 DE NOVEMBRO DE 2011

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LIVRO Manuel Rodrigues de Freitas conjuntamente com Uniarte Gráfica SA e a Câmara Municipal de Viana do Castelo apresentam o livro Ourar e Trajar. Uma homenagem às mulheres portuguesas e aos grandes artistas de Gondomar e Póvoa do Lanhoso de onde saiem bonitas peças de Ourivesaria de todo o mundo.

LIVRO. OURAR E TRAJAR DE. MANUEL FREITAS E AMADEU COSTA

SITE

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URL. WWW.VAM.AC.UK/PAGE/J/JEWELLERY


WWW.AORP.PT

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A AORP LANÇA O NOVO SITE DESAFIANDO O NOSSO SECTOR! PRIMAMOS, MAIS UMA VEZ, PELA EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO.

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