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FedEx mais líder na carga aérea em 2020 IATA Carga recuperou da Covid-19

FedEx mais líder na carga aérea em 2020

Num ano marcado pela pandemia, que fez disparar o e-commerce e o transporte urgente, a FedEx reforçou a liderança no mercado mundial da carga aérea, que, medido em toneladas-km voadas, recuou 9,1%, face a 2019, de acordo com os dados da IATA. O setor ressentiu-se dos efeitos da Covid-19, com a quase paralisação da economia em largos períodos e a imobilização praticamente total das frotas de passageiros das companhias aéreas imposta pelos confinamentos. A situação só não foi pior porque a urgência do transporte de equipamentos e materiais para o combate à Covid, por um lado, e o desenvolvimento do e-commerce, por outro, animaram a procura, em benefício das companhias com maior capacidade de transporte de carga. E, assim, enquanto o setor recuou 9,1%, a FedEx cresceu 12,3% face a 2019, e com isso reforçou o seu primeiro lugar no ranking mundial. Do mesmo modo, a UPS avançou 11,9% em termos homólogos e subiu assim ao segundo posto, trocando de lugar com a Qatar Airways. Note-se que a América do Norte foi o mercado regional com a melhor performance na carga aérea no ano passado, tendo crescido 4,5% em termos homólogos. Com a maioria dos aviões no chão, perdeu-se o essencial da capacidade de porão. Ao invés, aumentaram os voos charter, de cargueiros e de “preighters”, mas esses não são considerados no ranking da IATA. As companhias com maior capacidade de cargueiros foram, naturalmente, as maiores beneficiadas no contexto de crise, assim se explicando as dez posições ganhas no ranking pela Kalitta Air e pela Aeropologis (13.ª e 14.ª, respetivamente), fruto de crescimentos homólogos de 45% e de 36%. Pela negativa, destacou-se o “afundanço” da Lufthansa, que caiu oito posições, para o 15.º lugar, em consequência de uma quebra de volumes de 33,2%. Ainda assim, manteve-se como a primeira companhia europeia de bandeira, à frente da KLM (24.ª). No top 25 mundial são ainda de assinalar as entradas diretas da EVA Air, para o 19.º lugar, da Ethiopian Airlines, para o 22.º posto, e da Silk Way West Airlines, para o 25.º.

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IATA: Carga recuperou da Covid-19

O mercado mundial de carga aérea registou o melhor primeiro semestre desde 2017, superando claramente os efeitos da pandemia, anunciou a IATA. Em termos acumulados, o mercado de carga aérea registou um crescimento homólogo de 8% entre janeiro e junho, sendo preciso recuar a 2017 para encontrar uma melhor performance (crescimento de 10,2%), sublinha a associação das companhias aéreas. Em junho, a procura cresceu 9,9% face ao mesmo mês de 2019 (a IATA descarta as comparações com 2020, pela excecionalidade do ano passado). O mercado norte-americano voltou a ser o “motor” do setor, garantindo à sua conta 5,9 pp do crescimento global. O Médio Oriente contribuiu com 2,1 pp, a Europa com 1,6 pp, África com 0,5 pp e a Ásia-Pacífico com 0,3 pp. Na prática, e em termos homólogos, a procura de carga aérea cresceu 24% na América do Norte, 17,1% no Médio Oriente, 6,7% na Europa, 32% em África, 0,9% na Ásia-Pacífico. Só a América Latina continuou a destoar, tendo regredido mais 19,9%. Do lado da oferta de capacidade, ela caiu 10,8% em junho, resultado da continuada imobilização de muitos aviões de passageiros. A capacidade nos porões recuou 38,9% e não foi compensada pelo aumento de 29,7% da capacidade dos cargueiros e “preighters”. No acumulado do primeiro semestre, a América do Norte cresceu 20,4%, o Médio Oriente 12,5%, a Europa 5,4%, a Ásia-Pacífico 0,2% e África 32,7%. A América Latina caiu 20,4%. Sempre comparando com 2019.

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